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Novembro Azul, bandeira amarela, esperança verde, A VOZ DA SERRA é o arco-íris da informação!

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

“Seja homem, se cuide!” – Este foi o alerta do Caderno Z do último fim de semana e nada tem a ver com o retorno da palavra “maricas” que anda bombando na mídia. O tema diz respeito a um assunto muito sério: “Combater o câncer de próstata...”. A doença parece coisa da modernidade, mas sua presença é datada em torno de 35 mil anos. Com tanto tempo de existência, ainda há homens preconceituosos na relação com os cuidados de prevenção.

“Seja homem, se cuide!” – Este foi o alerta do Caderno Z do último fim de semana e nada tem a ver com o retorno da palavra “maricas” que anda bombando na mídia. O tema diz respeito a um assunto muito sério: “Combater o câncer de próstata...”. A doença parece coisa da modernidade, mas sua presença é datada em torno de 35 mil anos. Com tanto tempo de existência, ainda há homens preconceituosos na relação com os cuidados de prevenção. O “toque retal”, que suscinta até piadas, assusta grande parte da classe masculina, mas o médico urologista Leonardo Teixeira alerta sobre a importância do exame, pois, “a detecção precoce da doença é importantíssima para tratar e salvar a vida do paciente”. Entre outros fatores importantes, “o exame precisa ser feito, na rotina anual do homem”.

A campanha “Novembro Azul” de conscientização tem auxiliado na libertação masculina dos preconceitos, mas ainda há fatores que atrapalham como as questões financeiras e a “falta de disponibilidade nos postos de saúde”. Há casos em que até mesmo no atendimento particular, há dificuldades para a marcação de uma consulta, muitas vezes, marcada para dois meses adiante ou mais. Provavelmente, a conscientização aumentou e trouxe mais procura pelas consultas. Contudo, ninguém se desespere, pois o Caderno Z trouxe relatos de pacientes que estão curados e vivem a vida plenamente. Como citado em um dos depoimentos: “O importante é estar em dia com a saúde”.

Falando em saúde, para quem gosta de umas biritas, é bom ficar atento, pois a fiscalização da Lei Seca voltará a realizar blitzes em Nova Friburgo. Com as atividades suspensas desde o início da pandemia, em março, o retorno da fiscalização se faz necessário e só no feriado de Finados o sistema registrou 33% de “motorista com sinais de alcoolemia”. Algumas medidas de segurança sanitária foram adotadas para que a fiscalização possa ser efetuada sem riscos de contágio do coronavírus. Lembrando que a pandemia continua aumentando os números de infectados em Nova Friburgo.

Em “Há 50 anos”, o assunto não poderia ser outro: “Eleições 1970: Chegou a hora, friburguenses!”. Aquele 15 de novembro, em nada diferente do atual de 2020, pedia: “Com a arma da democracia – o voto – elejamos os que realmente trabalham por Nova Friburgo e pelo seu povo”. E esse, passe o tempo que passar, é o ideal de uma eleição.

Em 1970 o sistema de eleições era ainda por cédulas e a contagem de votos demorava cerca de uns cinco dias, o que demandava o trabalho dos escrutinadores. De lá para cá, muita coisa melhorou, em especial com a urna eletrônica e a definição dos resultados em tempo relâmpago, como tem sido. Contudo, o sistema ainda pretende se modernizar e quem garante mais agilidade é o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Ainda em estudos, o ministro “quer viabilizar votação via telefone celular”. Não se sabe para quando, mas já está no campo das ideias. O futuro é logo ali!

A coluna voltou e um brinde aos destaques em Massimo, pois deu muita saudade! E em “Para Refletir”, a máxima de Molière vem bem a calhar: “A virtude é o primeiro título de nobreza; eu não presto tanta atenção ao nome desta ou daquela pessoa, mas antes aos seus atos”. Molière nasceu em 1622 e viveu até 1673 e as suas ideias continuam atuais e necessárias. A história é isso: as pessoas passam, mas deixam seu rastro de luz.

A política também faz história e deixa rastros nos caminhos de uma cidade. Estamos concluindo uma eleição. A foto de capa no jornal, com a fachada da prefeitura “meramente ilustrativa”, apresentou, em cada janela, a foto de um candidato ao Executivo. “Quem leva?” – A frase trouxe a interrogação do povo. O Cão Sentado, na charge de Silvério, pensa! É o pensamento de todos nós. Hoje já sabemos “quem  levou!”. Ao prefeito eleito, Johnny Maycon, desde já, os votos de muita luz na governança. Os demais, que não se elegerem, não desanimem: juntem suas bagagens de nobres ideais e vamos, todos juntos, trabalhar para a edificação de uma Nova Friburgo cada vez melhor!

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Sonhos e decepções

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Sonhos e decepções

Passada mais uma eleição e após todos candidatos que ficam realmente empolgados e certos de si quanto a vitória, sobram no caso desta oportunidade de 2020, constatações de realizações de um sonho para prefeito e 21 para vereadores, restando as constatações de decepções para 15 candidatos ao Executivo e 545 postulantes à Câmara Municipal.

Como muitos hão de seguir sonhando acordados, a próxima tentativa deve se renovar em 2024.

Oskar com nova idade

Sonhos e decepções

Passada mais uma eleição e após todos candidatos que ficam realmente empolgados e certos de si quanto a vitória, sobram no caso desta oportunidade de 2020, constatações de realizações de um sonho para prefeito e 21 para vereadores, restando as constatações de decepções para 15 candidatos ao Executivo e 545 postulantes à Câmara Municipal.

Como muitos hão de seguir sonhando acordados, a próxima tentativa deve se renovar em 2024.

Oskar com nova idade

Na próxima sexta-feira, 20, além do Dia da Consciência Negra e celebração ao líder Zumbi dos Palmares, o feriado estadual será especial para alguém muito querido:  Oskar Albim Betran, na foto acompanhado da amada esposa Conceição de Carmo.

Neste dia, o gente boa, Oskar, estará completando seus 82 anos de idade. A ele, os parabéns com votos de muitas felicidades!

Menos vereadores à vista

Pelo andar da carruagem, é possível que na próxima eleição de 2024 venha ficar ainda mais difícil se eleger vereador em Nova Friburgo.

Isso, por que se fizermos uma comparação de nosso município aos de Petrópolis e Nova Iguaçu, por exemplo, a própria Câmara Municipal deverá se tocar e estudar a possibilidade de redução do quadro de parlamentares para o futuro.

Petrópolis, com população estimada em 306.678 moradores e 240.152 eleitores, inclusive por conta disso tendo a necessidade de realização de 2° turno da eleição, elegeu no último domingo, 15 vereadores.

Já Nova Iguaçu, com a expressiva população de 823.302 habitantes e grande eleitorado de 511.354 e que também realizará 2° turno no próximo dia 29, diminuiu já neste pleito, a quantidade de 15 para 11 cadeiras em seu Legislativo.

Aqui em Nova Friburgo, que tem população estimada em 191.158 habitantes e 151.502 eleitores e, portanto, sem a necessidade de realizar 2° turno, elegeu 21 edis para a nova composição da Câmara Municipal a partir de 1° de janeiro de 2021.

Parabéns!

Nossas congratulações a delegada da Polícia Civil, Danielle Christine Bessa Netto de Barros. Não somente pela conquista de 4.249 votos, mas também por conta do seu aniversário.

Na próxima sexta-feira, 20, ela estará completando 50 anos de idade. Felicidades!

Vai vendo!

 Todos sabem que existem datas comemorativas para quase tudo. Ontem, 17, por exemplo, foi celebrado o Dia Internacional do Estudante e Dia da Criatividade.

Agora, fica fácil de entender por que algumas mentes brilhantes tiraram de suas cabeças datas relativas para tudo, se observarmos que nesta quinta-feira, 19, será comemorado o Dia do Vaso Sanitário. É mole?

Vale lembrar que neste dia 19 de novembro, celebra-se o Dia da Bandeira.

Parabéns, Johnny!

Parabéns e votos de total êxito ao prefeito eleito de Nova Friburgo, Johnny Maycon Cordeiro Ribeiro, que comandará os destinos de nossa cidade de 2021 a 2024. Esperamos que a partir de 1° de janeiro próximo, ele passe a conduzir a prefeitura da melhor forma possível, garantindo bem estar e maior qualidade de vida para todos os friburguenses.

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Oskar com nova idade
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Já vai tarde

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Para pensar:

"Nas veredas da vida construímos passo a passo nosso destino para a honra ou desonra.”

Paulo Roberto Barbosa

Para refletir:

“A lei do retorno é implacável! A vida se encarrega de dar, a cada um, o que merece.”

Mallu Moraes

Já vai tarde

Para pensar:

"Nas veredas da vida construímos passo a passo nosso destino para a honra ou desonra.”

Paulo Roberto Barbosa

Para refletir:

“A lei do retorno é implacável! A vida se encarrega de dar, a cada um, o que merece.”

Mallu Moraes

Já vai tarde

A coluna falará bastante sobre as eleições ao longo da semana, e amanhã, 18, irá dedicar bastante espaço à vitória de Johnny Maycon e o que se pode esperar de seu mandato, bem como da nova composição do plenário de nossa Câmara Municipal.

Hoje, contudo, é dia de reservar algumas palavras a essa inglória gestão atual, que há muito já deveria ter sido abreviada por vias institucionais, mas de algum modo durou o suficiente para que pudesse ser despejada a vassouradas do Palácio Barão de Nova Friburgo pela soberana vontade popular.

O peso da máquina

Pelos quatro cantos do Brasil analistas políticos falam sobre a tendência de reeleição entre os prefeitos, sobre a influência da máquina administrativa na construção dos resultados, o peso dos votos de nomeados e seus familiares no desfecho da corrida eleitoral.

Sobretudo em cidades de interior, nas quais o percentual de funcionários municipais é sempre mais alto entre a totalidade da população.

Naufrágio

E, apesar de tudo isso, apesar de tudo a que se apelou, o prefeito Renato Bravo foi condenado à 10ª posição na tabela de votos, limitado ao apoio de 3.538 friburguenses.

Desconte desta lista nomeados/agregados/parasitas e seus familiares, e o que resta é praticamente nada. Sem o suporte da máquina administrativa certamente teria disputado as últimas posições, com votação medida em três dígitos.

E olhe lá.

É, de muito longe, o maior naufrágio eleitoral já sofrido por um prefeito na história de Nova Friburgo.

Não acabou

Talvez o leitor considere estas palavras duras demais, mas só quem cobriu este governo no cotidiano, ouvindo dia após dia relatos e áudios escandalosos, lendo documentos e tomando parte em seguidas apurações, e em meio a tudo isso teve de ouvir gracinhas e deboches em razão da demora judicial, tem noção do quão baixo se chegou na administração municipal ao longo destes quatro anos.

Acreditem: a verdadeira dimensão do que foi este governo só será conhecida pelo friburguense médio dentro de alguns anos, quando as inúmeras denúncias, muitas das quais ricamente fundamentadas, vierem a público.

Cartão de visitas

De fato, qualquer ilusão que este colunista pudesse alimentar a respeito do caráter dos mandatários na atual gestão caiu por terra ainda nos primeiros meses de governo.

É bem verdade que houve problemas sérios desde a transição, mas a real percepção sobre o tipo de gente com quem estávamos lidando se deu quando a gestão da Saúde determinou que fossem continuadas as cirurgias eletivas e orientou pacientes a processarem os médicos que se recusassem a operar, um dia após este colunista ter telefonado ao prefeito para informar, com provas, que o Hospital Municipal Raul Sertã não estava esterilizando instrumentos cirúrgicos de maneira satisfatória.

Revolta

Não sabíamos, naquela altura, que as mesmas responsáveis pela medida já mantinham contato por e-mail com a empresa que dias mais tarde seria beneficiária de um contrato emergencial de valor altíssimo para a prestação do serviço de esterilização externa, o qual jamais prestou de maneira aceitável.

Ainda hoje, lembrar que pessoas possivelmente sofreram de forma evitável e tiveram seus quadros agravados por esse tipo de atuação causa indignação.

Miríade

Desde então dezenas de outros episódios trataram de confirmar as péssimas impressões daqueles primeiros dias.

Poderíamos falar sobre as razões que levaram o primeiro secretário de Saúde a pedir exoneração com apenas 45 dias de governo, sobre a famigerada Ata de Caxias, os contratos emergenciais de fornecimento de alimentação hospitalar, o contexto em que se deram os pareceres na compra de seringas, a forma como a cidade foi deixada nas mãos da concessionária de transporte coletivo.

Nem fingiu

Poderíamos, paralelamente, falar sobre promessas de campanha que jamais foram merecedoras de ao menos uma tentativa ensaiada e teatral de realização, entre as quais se destacam as UPAs de Olaria e São Geraldo.

O povo, no entanto, já disse tudo que precisava ser dito sobre o conjunto da obra.

E, no devido momento, a Justiça também há de nos dar oportunidade de aprofundar muitos destes episódios.

Grotesco

Em meio a tanto mau cheiro, a campanha eleitoral da reeleição teve o mérito de conseguir piorar o que já era putrefato.

Episódios como a chamada “live da verdade” encontram-se, desde já e para sempre, entre os momentos mais grotescos de toda a história política friburguense.

O tipo de vídeo que merece ser guardado para consultas futuras.

Molecagem

E o que dizer sobre a indigna sugestão de que as críticas deste espaço teriam origem na redução de gastos com a publicação de atos oficiais, quando foi o próprio governo - e somente ele - quem diversas vezes tentou estabelecer esse vínculo, dando a entender que iria reduzir as publicações se as críticas não cessassem?

O leitor faz ideia de quantas vezes “ameaças” dessa natureza chegaram aos ouvidos deste colunista?

O tipo de postura, enfim, que se espera de moleques, jamais de estadistas.

Desconexão

Aliás, o contraste entre a previsível tragédia eleitoral e o empenho do governo para que pudesse reverter a reprovação das contas de 2018 e assim tomar parte na eleição apenas reforça a desconexão absoluta com a realidade das ruas, e mostra o quão espessa e opaca se tornou a bolha em torno de quem afastou de perto de si qualquer voz que ponderasse, que não bajulasse, que não aceitasse jogar sob quaisquer circunstâncias.

Porque, é claro, pessoas de grande valor também passaram pela atual gestão.

Grandes

Pessoas como Ângelo Jaquel, ex-secretário de Infraestrutura e Logística, que foi atacado publicamente nos corredores da prefeitura, aos berros, por ter salvado parte do processo licitatório que já se encontrava maduro e tinha potencial de preservar o erário dos danos causados à adesão à Ata de Caxias.

Pessoas como o ex-procurador Sávio Rodrigues, que sofreu toda forma de ataque por ter se portado como legítimo procurador, orientador do governo no sentido de preservar os interesses coletivos, tendo se colocado no caminho de muitas operações de natureza extremamente questionável.

Gratidão

Pessoas como as incontáveis fontes deste espaço, servidores que não tinham a opção de pedir exoneração, mas que não concordavam com o que estavam vendo e fizeram questão de contribuir com informações e provas que tantas vezes sustentaram denúncias e deram a este colunista a segurança necessária para que pudesse escrever tudo que escreveu, sempre com cartas guardadas na manga, sempre em condições de publicar muito mais caso alguém tentasse desmentir o que quer que fosse.

A todas estas pessoas - algumas conhecidas, outras não - a sociedade friburguense deveria reservar toda sua gratidão.

Vergonha

Por outro lado, não podemos encerrar essa coluna sem lembrar do grande contingente de carreiristas que, quando se viram diante de sinais inequívocos de que o interesse coletivo estava sendo vilipendiado, optaram egoística e covardemente por virar os olhos e tapar os ouvidos.

Que cada comentário bajulador em postagem mentirosa seja printado, que cada alegação de que as denúncias não passavam de “politicagem” sejam guardadas, que ninguém esqueça desses pusilânimes - alguns tristemente jovens - que se dispuseram a jogar pela janela o interesse coletivo quando o interesse pessoal esteve em jogo.

Quanta pequenez. Quanta vergonha!

Porta dos fundos

Mesmo para um prefeito de ocasião, como foi o caso de Renato Bravo, alçado à prefeitura muito mais pela rejeição reservada a seus adversários do que por qualquer lastro próprio, a mensagem popular foi forte e clara demais.

No próximo dia 1º de janeiro, o governo que tão cedo perdeu as ruas, cujo líder jamais foi à Câmara Municipal, que chegou ao isolamento extremo de fechar os acessos ao palanque oficial em datas comemorativas, deixará o Palácio Barão de Nova Friburgo pela porta dos fundos para assumir seu lugar nos porões da história.

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Eleições 1970: Feliciano Costa é o novo prefeito e Waldir Costa é reeleito deputado estadual

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Edição de 21 e 22 de novembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 21 e 22 de novembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • Vereadores eleitos pelo MDB – Celcyo Folly (1.329 votos); Alencar Pires Barroso (1.163); Manoel C. Menezes (803); Bento F. Neto (774); Dirceu Spitz (728); Oswaldo Lehrer (716); Adahil da Cruz (631); Newton J. D'Angelo (543).
  • Eleitos pela Arena – Benício Valladares (991); Sebastião Pacheco (720); Joffre da Costa (610); Adhemar Verly (587); José Melhorança (587); Geraldo Pinheiro (575); Manoel dos Santos (569); Hamilton Werneck (521); José C. Schuenck (424).
  • Deputado Estadual: Waldir Costa, na liderança e com eleição garantida. Messias de Moraes Teixeira e Paulo Vassallo de Azevedo, embora com votação em Friburgo insuficiente para já assegurar vitória tiveram bons contingentes de votos com municípios vizinhos, esperando-se que, também, estejam eleitos. Com expressiva votação em Nova Friburgo e em municípios desta região, o dr. Waldir Costa tem assegurada a sua reeleição para a deputação estadual, na qual continuará a dignificar o mandato que os friburguenses lhe confiaram. Em declarações públicas colhidas pela nossa reportagem, o industrial Alvaro de Almeida afirmou categoricamente que já é candidato ao Executivo Municipal no vindouro pleito de 1972. Na caminhada a ser empreendida na devida oportunidade, serão corrigidos muitos erros e desacertos da presente campanha, assim como recompostas várias situações e lideranças atualmente atuantes.
  • Lição do pleito - Há alguma lição especial a ser tirada do pleito realizado no passado domingo? Uma eleição municipal é via de regra, uma caixa de surpresas e, portanto, tudo o que aconteceu, em proporções menores ou maiores constitui repetição dos acontecimentos anteriores. Evidentemente que desta vez o partido de oposição, não “aguentou” a carga emocionada inauguração do viaduto da Rua Mac-Niven, realização capaz de impressionar vivamente, em véspera de eleição, como efetivamente impressionou. A nossa cidade foi sacudida pelas providências oficiais relacionadas com as festas inauguratórias. Música, foguetes, escolas de samba, carros de propaganda, volantes, uma de infinidade de artifícios para levar o povo ao bairro Ypu, além da fabulosa motivação da obra, que nos seus últimos 20 dias canalizou para Friburgo todos os recursos disponíveis: máquinas, transportes, usina asfáltica e mais de dois mil operários, divididos em três turmas que trabalharam nas horas do dia e da noite, ininterruptamente. 

Pílulas

  • As eleições de domingo último decorreram em ambiente de absoluta calma, e total respeito entre todos. Justiça Eleitoral, partidos, candidatos, eleitores, e até simples assistentes, deram a mais cabal demonstração de espírito cívico, valorizando sobremodo o espetáculo das urnas. É o povo de Friburgo em mais uma de suas manifestações que ficarão gravadas para sempre, pelo exemplo de respeito mútuo com que se comportou em matéria tão apaixonante como é a política partidária. Salve!
  • Quando o eleitorado se joga para um lado ninguém segura a avalanche. Mas a verdade nua e crua é que nenhum votante se joga por jogar e sim por que a sua preferência já estava inclinada por queixas, por reclamações e até por raiva de gente de um lado e motivada por simpatias ou impactos por gente do outro lado. Ganha, como ganhou, a facção que conseguiu maior aproximação, maior comunicação com o povo. A respeito do assunto, o grande filósofo Chacrinha, da TV Globo, diz sempre que, quem não se comunica se trumbica.
  • O prefeito eleito, dr. Feliciano Costa é um experimentado timoneiro da administração pública. Já foi chefe do Executivo escolhido pelo voto do povo. Disputando as funções, novamente, postulava com autenticidade, já que não era uma experiência também, pelo voto do povo foi deputado estadual. Ao descrevermos isso somente uma lição queremos tirar: o povo sabia em quem estava votando e votou como queria. Os verdadeiros democratas entendem bem as manifestações do eleitorado, que tem o direito inalienável de exercer o voto, com a soberania absoluta, total, sem que alguém, quem quer que seja, se meta a conselheiro, a censor, a “dono” de zonas e de regiões.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Nelson Kemp, Maria Cristina Cordeiro (21); Regina Lúcia Yunes, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, Sergio Miranda (22); Oswaldo Carpenter Meyer, Nelly Monteiro Káppel, Célia Milled (23); Olinda Vasconcellos Coutinho, Ricardo José de Oliveira (24); Paulo Folly (26); Adriana Ventura, Esther Pecly Ventura, Mariana Hottz de Oliveira (27).

 

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Haverá surpresas no café da manhã?

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Escrevi este texto há uns quinze anos. Entretanto, para mim, continua a ser
atual, pois me deparo com as questões que nele apresento quando escrevo.
Como esta coluna é para alimentar o leitor e o escritor, decidi trazê-lo aqui. Posto
que é interessante ao leitor conhecer as agruras que o escritor sofre ao produzir
um texto a ser degustado pelo leitor. Posto que para o escritor é saudável refletir
um pouco mais sobre o ato de escrever, que se constitui num desafio constante
porque as ideias nos rondam, cutucam e são insistentes, porém apresentam-se

Escrevi este texto há uns quinze anos. Entretanto, para mim, continua a ser
atual, pois me deparo com as questões que nele apresento quando escrevo.
Como esta coluna é para alimentar o leitor e o escritor, decidi trazê-lo aqui. Posto
que é interessante ao leitor conhecer as agruras que o escritor sofre ao produzir
um texto a ser degustado pelo leitor. Posto que para o escritor é saudável refletir
um pouco mais sobre o ato de escrever, que se constitui num desafio constante
porque as ideias nos rondam, cutucam e são insistentes, porém apresentam-se
de modo confuso, descontinuado e contraditório. Os personagens aparecem
repartidos, escondidos em sombras e indefinidos. Durante o processo criativo,
vamos aos extremos e, quase simultaneamente, mergulhamos em incertezas e
saboreamos o néctar dos deuses. Somente quando superamos os medos que
nos recheiam e conseguimos escutar a nossa voz narrativa com nitidez,
conseguimos “literar”. Para inventar, descobrir e ir além dos limites é preciso
assumir nossas idiossincrasias e deixarmos de ser marionetes das opiniões
alheias.

***

Sempre suspeitei que começar é mais difícil do que terminar. Nada é pior
para um escritor do que estar diante de linhas vazias! O vazio é
assustador, é uma ausência que faz com que tudo o que esteja à volta perca o
sentido. Quando a busca pelo novo se torna faminta, ele sente as ideias
germinarem em suas entranhas.
Deixo os dedos dedilharem o texto, letra por letra, como se pudesse,
assim, descobrir onde as ideias estão fincando suas raízes, os canais que minha
alma encontra para se alimentar. É difícil e sofrido escutar a minha voz, que é
única neste vasto mundo ruidoso. De repente, uma energia me leva no tempo e
me faz vislumbrar o passado. Sinto os personagens que criarei me transportarem
para seus mundos.
As linhas vazias gritam, querendo me sugerir algo. Um suspense?  A
sensação de amor me invade. Um conto romântico? Uma história que

começa com tudo perfeito. A beleza dos corpos, a sedução e a força das cores
pincelam um ambiente. Os momentos de despedida são intensos e atiçam minha
criatividade. Um sobressalto quebra o devaneio. Um crime? O texto tem que falar,
as frases devem surpreender. Como é difícil abrir os braços ao leitor e
aconchegá-lo. Não sei quem é a pessoa do leitor. Pode ser um só, como tantos.
Nada posso explicar, nem concluir; quem deve fazê-lo não sou eu. Ainda não
consigo saber dos motivos. Não tenho com quem compartilhar esta
responsabilidade. Estou só. Suspiro.
É um mote sem pé e cabeça, um plano que começa a se desenhar. Por que
não falar do dia a dia? Uma tragédia? Não, as passagens são fortes. Apenas um
delito? As livrarias, os cinemas, os jornais, as revistas e as conversas de esquina
estão lotados de violações, e eu escreverei somente mais uma?! Tenho que
tomar cuidado com os clichês. O vulgar é fácil de imaginar; o difícil é mostrar o
quotidiano com maestria.
Pode ser uma comédia...O humor sempre ajuda.
Os personagens precisam nascer. Ângela me passeia na memória, a
personagem que Clarice Lispector, num de seus últimos livros, “Um
sopro de vida”, que foi por ela delineada ponto por ponto. Levei quatro horas para
ler o livro de Clarice. Quanto tempo ela levou para construir Ângela? Escrever é
assim. Levamos uma eternidade para elaborar um capítulo, e o leitor o devora em
minutos.
Será um crime sem morte? Uma calúnia? Quais serão os personagens?
Eles terão de aparecer no branco do papel e se apresentar a mim. Terão de me
seduzir, me fazer apaixonar por eles a tal ponto que possa deixá-los criar o
próprio contexto de suas existências. Serão dois jovens como Mário e Adélia?
Um padre e uma cigana? E Dul!? Gostei do apelido. Terá ele a alma de Iago ou
de Pierrot? De Medeia ou de Alice? O branco me cutuca, fazendo-me mergulhar
mais uma vez no vazio. Quem são vocês?
Já é madrugada e estou exausta! Os personagens me farão companhia
na mesa do café da manhã. Que surpresas me trarão? Será que me servirão
panquecas doces com pimenta?

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Voto consciente

sábado, 14 de novembro de 2020

Para pensar:

"A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana.”

Charles Darwin

Para refletir:

“A virtude é o primeiro título de nobreza; eu não presto tanta atenção ao nome desta ou daquela pessoa, mas antes aos seus atos.”

Molière

Voto consciente

Para pensar:

"A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana.”

Charles Darwin

Para refletir:

“A virtude é o primeiro título de nobreza; eu não presto tanta atenção ao nome desta ou daquela pessoa, mas antes aos seus atos.”

Molière

Voto consciente

Os últimos dias têm sido extremamente turbulentos, uma experiência antropológica que vem mostrando a quantidade de pessoas dispostas a abrir mão de princípios em nome de um objetivo pessoal, e também o tipo de consequência que esse tipo de postura, quando adotada coletivamente, traz à sociedade.

Em linhas gerais a campanha pela prefeitura em Nova Friburgo tem sido muito, muito baixa, com raras e louváveis exceções, que podemos exaltar no futuro.

Muleta

A VOZ DA SERRA esteve várias vezes na linha de tiro, e não poderia ser diferente num momento em que tantas equipes a serviço de grupos específicos - muitas vezes assumindo esta condição - reivindicam credibilidade como se isentas fossem e invertem os fatos, ridicularizando tudo que não lhes seja favorável em meio a acusações vazias.

De fato, já faz tempo que chamar a imprensa e a mídia de podre, de lixo, tornou-se muleta para narrativas reducionistas, teatralizadas e populistas, de “luta contra o sistema”.

Quantos são os que percebem o objetivo claro (e os riscos) de unir poder, máquina pública e monopólio sobre a verdade, ou que se incomodam com isso?

Coerência

Este espaço, todavia, se dirige a quem ainda leva a si mesmo a sério, e conserva respeito pela própria opinião.

Não chegamos aqui há pouco tempo, e nos dois últimos mandatos demos demonstrações muito claras, para quem quis ver, de que nossa linha editorial não está à venda e não se altera quando da prestação ou não de qualquer serviço ao poder público.

Por coerência, quem chama a mídia de vendida, quem critica a associação entre verbas públicas e linha editorial, deveria reservar a devida atenção a este veículo.

Credibilidade

Sabemos, no entanto, que na maioria das vezes não se tratam de acusações com substância, mas genéricas e levianas, com objetivos muito claros, e que por isso não se portam com coerência.

É sintomático, por exemplo, que, no momento de tentar dar credibilidade a uma notícia falsa, tantos grupos que atacam a mídia insiram marcas da imprensa séria nas peças que inventam.

Pouco importa.

Os muitos leitores que dão vida a este espaço dão seguidas demonstrações de que ainda existe público para conversas mais sérias, e hoje precisamos ter uma dessas.

Conjuntura frágil

Como dissemos no início desta semana, o momento é delicado e muito perigoso para Nova Friburgo.

Em meio a essa conjuntura louca de pandemia e vácuo de liderança o número de candidatos explodiu, quase que triplicou, agregando riscos e oportunidades num momento em que o processo de formação de opinião encontra-se fortemente prejudicado.

A árvore e os frutos

Sabia-se, desde o início, que a pulverização de tempo e espaço, aliada ao curto e limitado período de campanha, levaria grupos menos afeitos a ética a tomar os rumos da apelação, da busca por gatilhos, atalhos, e o voto fácil, automático.

De certo modo, contudo, isso serviu para que muitas máscaras pudessem cair.

É fácil, afinal, reconhecer quem trata o eleitor como criança, quem interpreta um personagem estereotipado, quem evita propostas concretas e factíveis e se esforça por mergulhar a disputa municipal na polarização federal.

Critérios práticos

O que ninguém diz ao eleitor é que, no Brasil inteiro, a escolha de partidos por parte de quem pretende se candidatar na esfera municipal se dá - com exceções fáceis de perceber - por critérios em nada relacionados a ideologia.

“Quais as opções que eu tenho?” “Quais os partidos que estão carentes de liderança municipal?” “Onde tenho mais chances de me eleger?” “Onde terei mais apoio e liberdade?” “Qual o discurso que rende mais votos atualmente?”

Além, é claro, das muitas candidaturas movidas por convites de amigos.

Ingenuidade

Seria ótimo se tivéssemos apenas cinco ou seis partidos, todos com bandeiras bem definidas.

A realidade, contudo, é de que a política - com exceções que todos conhecem - é o quintal dos caciques, local de tráfico de influência, de venda de apoio e tempo de TV.

É ingenuidade demais acreditar que pelo partido automaticamente se reconhece o caráter, tanto mais quando resta evidente que políticos picaretas sempre migrarão para onde a popularidade é maior.

Separar o joio do trigo é - ou deveria ser - parte do processo de escolha.

Vale sempre pesquisar

A Justiça disponibiliza muitas informações valiosas ao eleitor que busca se aprofundar.

O recente debate promovido entre os candidatos a vice-prefeito trouxe à tona por exemplo, que há candidatos aqui em Nova Friburgo respondendo a processos e/ou com dívidas ativas medidas em dezenas ou mesmo centenas de milhares de reais, algo que parece preocupante para quem pretende ser gestor de uma cidade do porte de Nova Friburgo.

São informações públicas, ao alcance de qualquer um.

Olhar com atenção

Fato é que a experiência cobrindo política e lidando com a maioria dos grupos que agora se candidatam aponta para um cenário curioso e perigoso, no qual ao menos quatro grupos estão nitidamente com objetivos não republicanos, ao passo que alguns grupos sérios parecem invisíveis em razão do partido pelo qual militam ou por não haver a crença de que têm chances reais.

Curioso esse processo, no qual tantos sentem que não podem ou não devem votar em quem gostariam, especialmente numa eleição que se revela aberta e indefinida, por mais que muitos grupos tentem dizer o contrário.

Tudo aberto

Eleições internas simuladas pelas empresas 3F e Predial Primus reforçam essa percepção.

Na primeira, como seria de se esperar, o resultado foi bem semelhante àquele obtido na Stam.

Já na segunda, o que se viu foi um agravamento das tendências apontadas pela pesquisa encomendada por A VOZ DA SERRA.

Enfim, o jogo está aberto, e a bola está nos pés do eleitor.

Alerta

Por fim, fica aqui mais uma vez o alerta a respeito da boca de urna.

Se algum eleitor testemunhar esse tipo de situação tem o dever de denunciar.

E mais: quem joga o vale tudo precisa ser punido nas urnas. Somente o eleitor tem o poder de estabelecer as regras daquilo que funciona ou não funciona, daquilo que é ou não é aceitável, daquilo que o convence ou não convence.

A moralização da política começa pelo eleitor, pela sua autoestima, pela forma como espera ser tratado.

Bom voto!

A todos os leitores, que neste espaço ajudaram a contar a história de anos difíceis e frustrantes, fica o desejo de que votem de maneira consciente, que se façam respeitar, e que continuem aqui após as eleições, cobrando que as promessas feitas sejam cumpridas.

Seguiremos juntos, na esperança de que o contexto nos permita elogiar mais e criticar menos.

Bom voto a todos.

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Eleições 1970: Chegou a hora, friburguenses!

sábado, 14 de novembro de 2020

Edição de 14 e 15 de novembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 14 e 15 de novembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • Chegou a hora, friburguenses! - Com a arma da democracia – o voto – elejamos neste 15 de novembro de 1970, os que realmente trabalham por Nova Friburgo e pelo seu povo.
  • Eleitor, atenção! - Somente compareça a sua seção eleitoral após conhecer o modo certo de votar. Qualquer dúvida e para qualquer informação sobre assuntos da Legislação Eleitoral, os postos do MDB possuem pessoal habilitado para as devidas orientações. 
  • 240 apartamentos e 12 casas - Para que a Cohab-RJ levasse para frente o plano de construir na Rua Fernando Ennes, 240 apartamentos e 12 casas, para gente de condições modestas, com preços reduzidos e total financiamento, houve não só a interveniência, como também a participação monetária da prefeitura, que garantiu a total urbanização da área, com água, luz e esgoto, possibilitando deste modo que famílias de muito poucos recursos mensais, tenham condições de candidatar-se as unidades que serão construídas. À administração municipal, mais uma vez, participa diretamente no problema máximo da população: possuir casa própria.
  • Estamos vivos, vivinhos da Silva - Neste dia 15 - dia da nossa República - as urnas vão receber os votos do eleitorado. Não obstante todos os percalços, a democracia vai funcionar e o eleitor terá a  chance de escolher seus mandatários nas funções públicas e nos parlamentos. Se você não sabe direitinho, eleitor, peça alguém que saiba, como preencher as cédulas de votação. Vamos cumprir nosso dever cívico. Vote eleitor. Escolha o novo prefeito.
  • Centro de Cultura e Museu Histórico inaugurados - A prefeitura e a Fundação Educacional Nova Friburgo inauguraram, na Praça Presidente Getúlio Vargas, 71, o Centro de Cultura e o Museu Histórico, recém-criados órgãos em favor da cultura friburguense.

 Pílulas

  • E o viaduto de Friburgo foi inaugurado. Bonita obra, não há dúvida e que serviu para embelezar a fisionomia da entrada da nossa cidade. Realmente, o governador Geremias de Mattos Fontes objetivou com o mencionado viaduto, homenagear Nova Friburgo e o seu povo, marcando a sua passagem pelo governo de modo especial para a Suíça Brasileira. O que foi pena, mas naturalíssimo pela incapacidade já muito demonstrada pelo doutor engenheiro ex-prefeito de Friburgo na chefia do DER, foi o fato de ter jogado todo o enorme tráfego de nossa cidade, em um verdadeiro funil pelas estreitíssimas vias da Praça Marcílio Dias para então desembocar nas estreitas avenidas marginais ao Rio Bengalas - zona até então residencial e na qual os mais bonitos prédios estão localizados.    
  • Nunca combatemos a construção do viaduto, obra por si só importante e prevista em Planos Diretores por prefeitos da nossa terra. O que desde o principio não aceitamos e cada vez mais combateremos é a transformação criminosa de um centro urbano em eixo rodoviário, mormente numa ocasião em que se prenuncia enormíssimo aumento de tráfego pesado pelas nossas ruas. O negócio e questão mesmo de cuca e a do homem responsável pelo assunto que estamos ventilando, tinha chegado ao ponto culminante da deterioração.
  • A tese que este jornal defende não é própria. Foi haurida em boas fontes e coincide, exatamente com o que aqui disse o coronel Celso Franco, em trabalho que temos em nosso poder, em sínteses que publicamos em nossas colunas e em palestras em clubes de serviços, rádio e na prefeitura. “Constitui verdadeiro crime e desconhecimento técnico a construção de estradas de rodagem, eixos ou nomes que se queira dar, cortando cidades, pois cada vez mais a técnica manda exteriorizar estradas, fugir dos centros ‘urbanos’”. Pois bem, a inteligência do homem e dos seus “consagrados” mentores técnicos, foi fazer o que não deviam, o que os capazes, os realmente competentes jamais o fariam.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Antonio Vanzilotta Dotino, Dorphilia Eyer Vassallo e Edson Silva (14); Suzi Cunha (15); Aryosaldo de Almeida Ventura e José Antonio Ventura Junior (16); Maria Luiz Soares, Silvio de Beuclair, Hercília Bittencourt Sampaio e Jona Honorina Bastos (17); Norma de Freitas Madureira, Carlos Vassallo Azevedo e Lucien Sardou Xavier (18); Haroldo Braune e Marizette de Almeida (20).

 

Foto da galeria
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Ao próximo prefeito

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Para pensar:

"As questões políticas são muito sérias para serem deixadas para os políticos.”

Hannah Arendt

Para refletir:

“A coragem significa um forte desejo de viver, sob a forma de disposição para morrer.”

G. K. Chesterton

Ao próximo prefeito

Para pensar:

"As questões políticas são muito sérias para serem deixadas para os políticos.”

Hannah Arendt

Para refletir:

“A coragem significa um forte desejo de viver, sob a forma de disposição para morrer.”

G. K. Chesterton

Ao próximo prefeito

Há quatro anos atrás esta coluna publicou uma carta aberta ao prefeito que dias depois seria eleito, ainda sem saber quem ele seria, manifestando o desejo de estabelecer uma parceria construtiva, moralizada, colocando a enorme rede de informantes à disposição do poder público com o intuito de agilizar a solução de problemas.

Nada que envolvesse dinheiro ou qualquer contrapartida asquerosa, nem tampouco que comprometesse a isenção da linha editorial.

Apenas o desejo de ajudar a cidade a melhorar.

Disposição

Infelizmente, o estender da mão foi absolutamente unilateral.

A frustração do trabalho nestes últimos quatro anos, no entanto, é tema a ser abordado no futuro.

Por ora, a coluna deseja apenas reafirmar ao próximo prefeito ou à próxima prefeita que a disposição aqui sempre foi e sempre será a de ajudar.

Se houver a possibilidade de que um problema venha a ser resolvido sem que a notícia precise ser publicada, não vemos problema nisso.

O que importa é que a cidade melhore, não somos sensacionalistas.

Fazer por merecer

Independentemente de quem quer que venha a ser eleito, este espaço respeitará, como sempre fez, a vontade popular.

Evidentemente não faremos vista grossa caso algo de nocivo à coletividade seja identificado, mas torcemos para que a próxima gestão nos dê a oportunidade de elogiar mais do que criticar.

Que faça por merecer nossa confiança e nosso respeito.

Que coloque o interesse coletivo em primeiro lugar.

Porque quem quiser trabalhar com seriedade terá sempre o apoio deste espaço.

A vez da Haga

Em meio a tanta podridão, tanto mau-caráter se revelando, período eleitoral também tem umas coisas muito legais.

Ontem, 12, falamos aqui sobre a simulação de votação realizada junto aos funcionários da Stam.

Hoje, faremos o mesmo em relação ao pessoal da Haga.

E é muito legal isso, ver essas tradições se consolidando, o pessoal interessado, o engajamento, a busca por referências.

Bacana.

Jogo aberto

Novamente a coluna não pode dar o resultado, mas pode tecer comentários.

De novo, o número somado de brancos, nulos e abstenções supera por grande margem o do candidato mais votado, não deixando dúvidas a respeito da margem ainda existente para mudanças de última hora, bem como sobre a importância de que a sociedade se una para não tolerar qualquer forma de boca de urna.

Não é aceitável que algumas horas de jogo sujo e derramamento de dinheiro obtido de maneira obscura resultem em quatro anos de carência de representação.

Alinhado

Feita esta introdução, vale registrar que a prévia entre os funcionários da Haga esteve muito alinhada à pesquisa encomendada por A VOZ DA SERRA, ao contrário do que houve na Stam.

Vale observar, ainda, que o universo amostral foi menor.

Ao todo, foram contabilizados 190 votos.

Todavia, o pessoal da Haga se orgulha de ter acertado o vencedor nas últimas quatro eleições, o que deve dizer algo a respeito da representatividade de seus quadros.

Sem máscaras

Outro aspecto positivo trazido por este período eleitoral é justamente a oportunidade rara de vermos tantas máscaras caindo.

As eleições vão passar, mas quem puder printar postagens e guardar vídeos certamente fará um bem a si mesmo, quando, no futuro, algumas destas pessoas vierem reivindicar alguma credibilidade.

Este colunista, infelizmente, viu algumas estrelas se apagarem recentemente.

E sabe que não está sozinho nessa percepção.

É hoje!

A friburguense Ilona Szabó é personagem de destaque hoje no Paris Peace Forum, onde, a partir das 11h (horário de Brasília) apresenta o projeto do Instituto Igarapé sobre crimes ambientais na Amazônia.

Interessados em participar podem se inscrever no endereço https://registration.parispeaceforum.org.

Por falar nela...

Na noite de ontem, 12, Ilona também participou de um bate-papo virtual promovido pela Editora Companhia das Letras como parte da divulgação de seu mais novo livro, “A Defesa do Espaço Cívico”, já disponível no mercado.

Collor e Azevedo

A coluna pediu mais informações, e novamente foi atendida.

Ivan Prado Fernandes, do Observatório Social, ajuda a contextualizar de forma mais profunda o encontro entre Fernando Collor de Mello e o ex-prefeito de Nova Friburgo Paulo Azevedo.

Aspas

“A coluna publicou uma foto de dezembro de 1989 em que o presidente eleito Fernando Collor visita o prefeito Paulo Azevedo. Na ocasião eu era o presidente do PRN, partido do Collor, e fui quem o convidou e o levou a visitar o Paulinho.

O Collor tinha muito carinho e gratidão à nossa cidade porque foi aqui que ele foi lançado como candidato à presidente da República. Tenho muitas outras fotos do Collor em nossa cidade. Inclusive um almoço de adesão à sua candidatura que realizamos no Country Clube.”

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Viver é político

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Viver, por si só, é um ato político, de alguma maneira. A forma como se vive expressa, em alguma medida, o lugar que se decide ocupar no mundo. Não me refiro à política e nem aos políticos. Faço alusão às nossas escolhas reais enquanto cidadãos todos os dias. Estamos atravessando um período que consubstancia grande marco da democracia que tem um de seus vértices no processo eleitoral, quando os cidadãos escolhem por meio do voto secreto parte de seus representantes conforme as diretrizes constitucionais.

Viver, por si só, é um ato político, de alguma maneira. A forma como se vive expressa, em alguma medida, o lugar que se decide ocupar no mundo. Não me refiro à política e nem aos políticos. Faço alusão às nossas escolhas reais enquanto cidadãos todos os dias. Estamos atravessando um período que consubstancia grande marco da democracia que tem um de seus vértices no processo eleitoral, quando os cidadãos escolhem por meio do voto secreto parte de seus representantes conforme as diretrizes constitucionais. No próximo domingo, 15,  escolheremos muitos de nossos governantes, chefes do Poder Executivo e componentes do Poder Legislativo em âmbito municipal. De fato, as eleições são um acontecimento extremamente importante para uma sociedade fincada nos preceitos democráticos.

Contudo, não só as eleições municipais decodificam os atos políticos que praticamos nesses tempos. E em todos os outros. De alguma forma, tudo é político. A forma como se vive, repita-se, a rigor, manifesta em profundidade escolhas que dizem bastante sobre nós e nossa sociedade como um todo. Somos protagonistas da estrutura social e nossas ações e omissões podem representar, também, muito do que evoluímos – ou involuímos – enquanto coletividade. A forma como tratamos as pessoas em geral, como nos preocupamos com o meio ambiente, a limpeza do bairro, o respeito às estruturas educacionais, às leis, aos outros, os exemplos aos filhos, a postura no trabalho, dizem muito sobre nós.

A dicotomia entre direita e esquerda como embate ideológico pode configurar uma bipolaridade que às vezes me parece rasa, sobretudo quando olhamos pelo viés do dia a dia, das pequenas coisas, dos impactos reais das vidas das pessoas. Penso que diante das múltiplas formas de existir, dentro do campo do livre arbítrio de cada um, os atos políticos cotidianos podem retratar efeitos reais, volúveis ou duradouros, sentidos pela coletividade. Até mesmo a escala de prioridades das pessoas podem refletir no meio social.

Aquilo que escolhemos fazer no dia a dia pode fazer alguma diferença social, para melhor ou pior, já que tudo começa por um pequeno protótipo. Um pequeno problema que se torna uma grande causa, uma pequena solução que também pode se tornar uma grande causa. Uma boa ideia pode espelhar resultados geniais, da mesma forma que uma má ideia pode gerar prejuízos severos.

Estamos há meses enfrentando um contexto pandêmico sem precedentes. É, de fato, um laboratório de vida que nos impõe uma vulnerabilidade tamanha frente a problemas gigantes. Como estamos passando por esta fase? O que estamos aprendendo, contribuindo? Já parou para pensar como suas ações podem ajudar a salvar vidas, por exemplo? Tem feito bom uso das máscaras por mais desconfortáveis que sejam? Tem respeitado os idosos? Os profissionais da saúde? Tem contribuído com informações baseadas em fontes fidedignas? Tem procurado ajudar os que mais estão precisando? Tem feito o que pode pelos trabalhadores? E pelas empresas que te remuneram? Pelo comerciante local? Pelos mais vulneráveis?  O que tem feito de bom, de útil? Sua honestidade segue ilibada, seu caráter preservado, consegue sentir compaixão e agir dentro de sua esfera de possibilidades? Veja se não é uma escola e tanto de vida. Nossas condutas nesse momento não estão previstas em cartilhas anteriormente estudadas. Vivemos o hoje e queremos todos a sobrevivência digna. E que tudo passe. Como nos ajudamos, creia, também diz muito sobre os seres políticos que somos. Fica a reflexão.

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O 13º não é salário extra

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O ano foi atípico e há quem já tenha recebido o 13º salário adiantado ainda nos primeiros meses de 2020, mas no próximo dia 30 termina o prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º salário e é hora de se planejar. Afinal, é importante ter em mente que o 13º salário não é e nunca foi um salário extra; é direito do trabalhador. Portando, deve, sim, fazer parte do seu planejamento orçamentário anual.

O ano foi atípico e há quem já tenha recebido o 13º salário adiantado ainda nos primeiros meses de 2020, mas no próximo dia 30 termina o prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º salário e é hora de se planejar. Afinal, é importante ter em mente que o 13º salário não é e nunca foi um salário extra; é direito do trabalhador. Portando, deve, sim, fazer parte do seu planejamento orçamentário anual.

Inicialmente conhecido como gratificação de Natal, o 13º foi implementado no Brasil em 1962 com o intuito de recalcular o salário anual do trabalhador assalariado. A lógica é simples: considerando quatro semanas por mês, a conta não bate quando sabe-se que, ao longo de um ano, temos 52 semanas. Por isso são 13 pagamentos de salário ao longo do ano. Prática comum em outros países ao redor do mundo, como Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e, entre outros, Espanha – que chega a ter, inclusive, o 14º salário. É a maneira correta para o cálculo anual de salário? Não sei, mas está no caminho do desenvolvimento social.

Portanto, já que não é um salário extra – é direito –, devemos sempre considerá-lo como parte do orçamento e ter planejado o que fazer com o dinheiro. Façamos o seguinte: planejaremos, agora, um pouco das suas finanças para o ano de 2021 começar bem estruturado financeiramente.Então, o que fazer com o 13º salário?

Eliminar e evitar contrair dívidas é o primeiro grande passo para alcançar o equilíbrio financeiro. Por isso, de antemão, o primeiro destino do dinheiro deve ser para arcar com as dívidas ativas, seja quitando ou apenas amortizando-as.

Ponto importante a ser esclarecido, dificilmente algum produto de investimento trará rentabilidade maior que as taxas de juros (consulte o CET – Custo Efetivo Total da operação) no mercado de crédito, portanto, faça suas contas: descubra qual é a sua dívida mais cara e comece por esta a quitação de suas dívidas.

Agora, caso você não possua dívidas ou já conseguiu quitá-las e sobrou algum dinheiro, a segunda alocação planejada dos recursos do 13º vai para os seus gastos futuros. O final de ano sempre vem com alguns custos sazonais, como o Natal e viagens por exemplo; então, já que não tem mais dívidas, aproveite. Mas lembre-se, assim como o final do ano, o início do ano também tem seus custos: material escolar, matrículas, IPTU e IPVA são exemplos de gastos que podem comprometer suas finanças pessoais.

Por fim, com suas finanças planejadas e bem estruturadas, o 13º salário encontra uma situação de equilíbrio, cujo planejamento o incluiu no orçamento anual para estabelecer um padrão de vida condizente com as receitas e só lhe resta a liberdade de decidir o que fazer com seu próprio dinheiro. Agora suas finanças abrem espaço para poupar e investir: uma ótima escolha para o futuro.

Gaste melhor, poupe sempre e invista com qualidade.

Faça, do seu dinheiro, uma ferramenta de liberdade. Pense nisso!

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