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Justiça

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Para pensar:
"A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.”
Aristóteles

Para refletir:
“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”
Platão

Justiça

Tornou-se um aforismo, em alguns casos um hábito preguiçoso, dizer que o Brasil é o país da impunidade.

Para pensar:
"A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.”
Aristóteles

Para refletir:
“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”
Platão

Justiça

Tornou-se um aforismo, em alguns casos um hábito preguiçoso, dizer que o Brasil é o país da impunidade.

Mas, como acontece tantas vezes, a generalização termina por ir além da conta e perder a razão que, numa abordagem mais moderada, continuaria lá.

Ora, existe impunidade no Brasil? Claro que sim, e muita. E, quando se trata da gestão pública, esta impunidade é certamente mais acentuada na esfera municipal.

Mas definitivamente não se pode generalizar, sob pena de sermos nós mesmos os injustos.

Sem alarde

Porque muitas vezes a Justiça age de maneira silenciosa e longe dos holofotes.

Por vezes lenta, como o ponteiro da hora, que ao observador parece estar parado, mas em seu ritmo discreto gira 1º a cada dois minutos.

Pois bem, dia desses uma fonte deste espaço saiu em busca de determinadas informações e acabou encontrando algumas pepitas pelo caminho, que francamente não esperava encontrar.

Mirou no que viu, e acertou no que não viu.

Desde então a coluna tem processado um volume grande de informações, que começa divulgar na edição de hoje.

Relembrando

Os leitores habituais devem se lembrar que no dia 24 de outubro de 2017 foi protocolada pelos vereadores Professor Pierre, Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Wellington Moreira e Marcinho Alves a Operação Legislativa “Mãos de Sangue”, e também aberto inquérito no MPF.

Em dezembro daquele  ano, ocorreu a primeira operação da PF, intitulada "Esterilização".

As investigações pelo MPF, todavia, seguiram seu curso.

Aprofundamento

Em setembro de 2019, o vereador Professor Pierre apresentou isoladamente uma segunda representação, denominada suboperação legislativa "Juízo Final", na qual apontou superfaturamento da Ata de Preços de Duque de Caxias, aferida pelo município em 2017, em projeções diversas que indicaram patamares entre 50% e 60%.

Tais projeções foram obtidas a partir de detalhada quantificação de valores reunidos em meio a extensiva análise do banco de dados do Ministério da Saúde (BPS - Banco de Preços em Saúde) e as licitações do Município.

Efeitos

Como dito, a representação do vereador foi encaminhada à PF e ao MPF em setembro.

Pouco depois, no dia 27 de novembro de 2019, o Ministério Público Federal impetrou ação na Justiça Federal, solicitando deferimento do juízo competente para operações.

Em processo já conclusivo, o MPF reproduziu em sua petição exemplos de tabelas constantes da suboperação Juízo Final.

E fez comprovar em suas apurações as ligações telefônicas estabelecidas entre o ex-secretário de Governo e empresários.

Abaixo, alguns trechos da manifestação do MPF, assinada pelos procuradores da República João Felipe Villa do Miu e Felipe Almeida Bogado Leite.

Aspas (1)

“Em novembro de 2017, o Ministério Público Federal recebeu substanciosa representação formulada por vereadores de Nova Friburgo dando conta de graves crimes praticados em contratações feitas pela Secretaria Municipal de Saúde ao longo de 2017. Os desvios de conduta reportados são graves e têm relação direta com a deterioração dos serviços de saúde pública no município, no ano de 2017 em diante, que vem afetando milhares de pessoas usuárias do SUS em Nova Friburgo e região circunvizinha.”

Aspas (2)

“O aprofundamento da investigação do evento ‘Carona Caxias’ e o afastamento dos sigilos forneceram quadro probatório consistente da existência de esquema criminoso articulado para a prática de delitos de associação criminosa, fraude ao caráter competitivo de licitação e peculato, além de indícios de corrupção ativa e passiva.

Em síntese, a investigação do MPF reuniu provas de atuação criminosa de agentes públicos e empresários de distribuidoras de medicamentos para desvio de verbas da saúde municipal.”

Sem sutilezas

Na peça, Bruno Villas Bôas, que foi coordenador de campanha de Renato Bravo à prefeitura em 2016, coordenador da transição de governo e ex-secretário municipal de Governo e da Casa Civil durante a primeira metade da atual gestão municipal, é descrito sem meias palavras como “chefe do esquema”.

Outros quatro ex-servidores também tiveram suas atuações identificadas na ação.

Entre eles estão as ex-secretárias municipais de Saúde Suzane Oliveira de Menezes e Michelle Silvares Duarte de Oliveira.

Aspas (3)

“Na mesma linha da constatação feita pela CGU, a representação [Juízo Final] apresentou dados de que o valor total das notas fiscais emitidas pelas empresas investigadas (...) superava o valor total liquidado e pago às empresas pela Prefeitura de Nova Friburgo, indicando que, mesmo após dois anos da entrega dos medicamentos, a referidas empresas não foram pagas — nem reclamaram — o crédito perante o município. O MPF submeteu as tabelas comparativas objeto da representação a escrutínio da perícia técnica do parquet. No parecer (...) a expert do MPF ratificou os números apresentados no método de comparação BPS, ressalvando pequenas inconsistências.”

Aspas (4)

“Dados do Sittel colhidos a partir da quebra de sigilo telefônico dão conta que Bruno Villas Bôas travou contatos diretos e frequentes com os sócios da empresa Telemedic Ltda (...) ao longo de 2017, antes e durante o processo ARP Caxias, sem que semelhante padrão de comunicação tenha se repetido em relação a outros fornecedores de medicamentos da prefeitura. A frequência e intensidade das comunicações demonstram o vínculo formado pelos principais agentes do esquema criminoso.”

Medidas cautelares

A coluna poderia continuar reproduzindo trechos indefinidamente, mas o leitor certamente já percebeu que o Ministério Público Federal utilizou termos muito mais incisivos do que esta coluna, ainda que tivéssemos, há muito tempo, conhecimento acerca da maioria das informações ali reunidas, e que terminaram por redundar no pedido feito ao Juízo Federal sobre a necessidade de medidas cautelares, que a seguir foram deferidas pelo juiz federal da 1ª Vara Federal de Nova Friburgo, Artur Emílio de Carvalho Pinto - substituto, o qual determinou as ações constantes de sua decisão em 5 de dezembro de 2019.

Carona de Duque

A seguir, no dia 22 de janeiro de 2020, como desdobramento de tudo que foi descrito aqui, foi deflagrada a Operação "Carona de Duque", amplamente noticiada no Brasil inteiro.

Fruto de atuação conjunta por parte do Ministério Público Federal (por ação dos procuradores da República João Felipe Villa do Miu e Felipe Almeida Bogado Leite); da 

Polícia Federal (sob o comando do chefe do departamento em Macaé, delegado Alexandre do Nascimento), e da Controladoria Geral da União.

Aspas (5)

Em consequência dessa operação, até mesmo veículos de Bruno Villas Bôas foram apreendidos e colocados à disposição da Polícia Federal “eis que inexiste qualquer elemento nos autos que indicasse, ainda que minimamente, a origem lícita dos veículos apreendidos. Note-se que o ônus de comprovar a licitude da origem do bem apreendido é do suposto proprietário, o que não ocorreu no caso em comento”.

“Conquanto a defesa alegue que os dois veículos possuiriam origem lícita, o MPF logrou êxito em detalhar dúvidas razoáveis sobre a origem supostamente lícita daqueles bens.” 

Resumo

A história é longa, e nosso espaço é curto.

Em resumo, o ex-secretário tentou recorrer em 2ª instância, mas não logrou êxito no Tribunal.

A rigor, a Procuradora Regional da República, em uma das manifestações ao Tribunal, foi tão enfática quanto o foram as declarações que reproduzimos acima.

O processo judicial está parcialmente disponibilizado ao acesso, ainda contando com partes sob sigilo.

Naturalmente isso significa que as investigações não cessaram.

Exemplo e vergonha

A respeito de todo este episódio, a coluna não pode deixar de enfatizar a efetividade alcançada quando órgãos como o Poder Legislativo, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a CGU operam de maneira coordenada e em harmonia.

Nem tampouco pode deixar de se dirigir a todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, por razões de conveniência medíocre, ironizaram todas as denúncias apresentadas no plenário da Câmara e neste espaço, reduzindo tudo a “politicagem” enquanto demonstravam confiar em “blindagens” por influência de padrinhos cujas identidades, em meio a ironias, nem ao menos faziam questão de disfarçar.

Desabafo

Ainda existe sim gente séria na Justiça, na imprensa, na política, nos quadros de servidores municipais, e em todas as instituições.

Gente que não se vende e não se cala.

Aos leitores, a coluna pede perdão pelo desabafo.

Foto da galeria
Aspas (4) : Bruno Villas Boas (Foto: Henrique Pinheiro)
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Do pó à luz

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Tudo estava empoeirado. Parecia não existir ninguém ali, aliás, parecia que ninguém trabalhava, conversava, tomava uma xícara de café ou lia um livro naquele ambiente. Era até difícil imaginar o tanto de decisões que poderiam ter sido tomadas naquela sala de reuniões ou a troca de olhares entre os anfitriões. Nas caixas havia sinais de que alguém passara por ali; havia folhas brancas, novas, entre as amareladas e gastas pelo tempo. Nas prateleiras, tesouros em forma de livros novos dividiam espaço com as “relíquias” do século passado.

Tudo estava empoeirado. Parecia não existir ninguém ali, aliás, parecia que ninguém trabalhava, conversava, tomava uma xícara de café ou lia um livro naquele ambiente. Era até difícil imaginar o tanto de decisões que poderiam ter sido tomadas naquela sala de reuniões ou a troca de olhares entre os anfitriões. Nas caixas havia sinais de que alguém passara por ali; havia folhas brancas, novas, entre as amareladas e gastas pelo tempo. Nas prateleiras, tesouros em forma de livros novos dividiam espaço com as “relíquias” do século passado. Sim, o século passado estava logo ali – deu-se conta de que ele próprio já era uma antiguidade de outra época.

Tomado por uma curiosidade de entender aquele local, prosseguiu, afinal de contas, passaria lá todos os seus dias, quando não algumas noites. Avistou um computador que chamaria de seu muito em breve. Imaginou se teria internet, acesso aos programas dos quais precisava para trabalhar e lembrou-se da necessidade de abrir sua caixa de e-mail. Aproximou-se, viu uma luz acesa no equipamento abaixo e respirou aliviado por não ser o único por ali.

Percebeu, então, a escuridão a que estava submerso. Sentiu a energia presa, uma angústia no peito, a sensação de que aquilo era estranho, feio, sem vida. Pôs-se a refletir em como mudar, recomeçar, dar novo sentido e reescrever aquela história. Sabia que o trabalho seria grandioso, mas não havia como fugir, vez que aceitara a missão e era homem de palavra. E mais, queria realmente fazer da lagarta a borboleta e ser o promotor daquela metamorfose antinatural.

Luz! Era isso. Queria que a luz entrasse e fizesse morada por entre aquelas prateleiras, passando pelas janelas que percebeu serem bem grandes e se instalando por ali como o dono de tudo. Que simples. Correu para o interruptor e acendeu as luzes, algo que tragado pela energia sombria do local esquecera-se completamente de fazer. Ufa, melhorou. Abriu as janelas, deixou o vento circular e recebeu da natureza uma brisa especial. Providenciou uma limpeza de tudo. Contou com ajuda, mas arregaçou as mangas e propôs-se a promovê-la. Foi um processo lindo.

Enquanto limpava tudo aquilo, percebeu que purificava ao mesmo tempo a sua própria alma. Colocou flores por todos os cantos, fez um café tão caprichado que seu cheiro espalhou-se por tudo. Os livros em ordem. Poltronas prontas a convidar o próximo leitor. O chão com o brilho que merecia. Viu beleza naquele lugar. Sentiu desejo de ali ficar, motivou-se a trabalhar, quis receber pessoas, recomeçar. Sentiu que a transformação se deu também em seu interior. Recomeçaria em outro nível, com outra energia e daria seu melhor com menos esforço e mais alegria. Pronto. A luz entrou.

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Saiba como recorrer ao crédito

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Todo excesso pode ser prejudicial; nas finanças a regra segue valendo. Saber recorrer ao crédito de forma saudável é fundamental para manter sua qualidade de vida e conquistar seus objetivos. Um bom planejamento é capaz de proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir uma dívida (evite o plural).

Todo excesso pode ser prejudicial; nas finanças a regra segue valendo. Saber recorrer ao crédito de forma saudável é fundamental para manter sua qualidade de vida e conquistar seus objetivos. Um bom planejamento é capaz de proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir uma dívida (evite o plural).

Entretanto, há uma considerável diferença entre dívidas programadas e emergenciais. Contudo, ambas precisam ser planejadas para manter – ou tentar restaurar – a saúde das finanças. Contudo, toda urgência encarece a solução. Dívidas emergenciais não dão abertura para um planejamento completo e costumam ser uma alternativa imediata; por isso, pesquise o mercado de crédito e assuma a responsabilidade da dívida mais barata para seu bolso. Procure identificar dois itens importantes nesta pesquisa: a simulação de parcelas e o CET (Custo Efetivo Total – valor percentual, de fato, arcado pelo cliente sobre o capital recorrido). Lembre-se também: é para evitar essas urgências que existe a reserva de emergência e você precisa começar a construir a sua o quanto antes.

Por outro lado, dívidas programadas podem – e precisam – ter um planejamento completo para evitar futuros problemas. Para facilitar a compreensão, vou separar a explicação em tópicos e definir todos os pontos a serem analisados antes de assinar seu contrato com a instituição financeira.

  • Contexto profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia – caso julgue necessário – caso a renda sofra alterações.
  • Contexto financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?
  • Estudar o produto de crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, Custo Efetivo Total, possibilidades de quitação, amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

É grande a responsabilidade de assumir dívidas e o planejamento ainda não acabou: chegou a hora de escolher qual o produto de crédito mais condizente com as suas necessidades.

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido a segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência. 
  • Empréstimo pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores.
  • Cartão de crédito: o crédito para uso imediato precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.
  • Cheque especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui, é utilizá-lo apenas com a certeza de quitação em poucos dias.

Viver em equilíbrio financeiro não é tarefa fácil, mas a educação financeira está aí para te auxiliar a tomar boas decisões. Portanto, use-as a seu favor.

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Soberba

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Para pensar:
"Paciência, gentileza e compaixão te levarão mais longe do que ódio, criticismo e o desejo de condenar.”
Autor desconhecido

Para refletir:
“Não podemos mudar nada até que aceitemos o que se passa. A condenação não liberta, ela oprime.”
Carl Jung

Soberba

Para pensar:
"Paciência, gentileza e compaixão te levarão mais longe do que ódio, criticismo e o desejo de condenar.”
Autor desconhecido

Para refletir:
“Não podemos mudar nada até que aceitemos o que se passa. A condenação não liberta, ela oprime.”
Carl Jung

Soberba

Há três dias o colunista teve a oportunidade de conversar longamente com um personagem que há algumas décadas circula livremente pelas salas mais restritas da política estadual, e ouviu uma leitura bastante interessante a respeito do destino do governador do Rio, Wilson Witzel.

Em essência, predomina o entendimento de que sua eleição se deu com prestígio que tomou emprestado do presidente da República, Jair Bolsonaro,e aparentemente apenas ele não se deu conta disso.

Nas nuvens

Deslumbrou, superestimou o brilho próprio, acreditou que não precisava dialogar com a Alerj e costurar uma base de apoio.

Antes mesmo de assumir o governo estadual já sonhava com a presidência da República, e nem mesmo conseguia disfarçar isso.

Numa entrevista que se tornaria famosa, assumiu esta ambição com um sorriso revelador, dizendo ter a certeza de que contaria com o apoio de Bolsonaro para tanto.

Desconexão maior com a realidade, impossível.

Pediu para sair

E, claro, paralelamente a tudo isso, houve também todas as situações inaceitáveis que os jornais têm publicado há tantos meses.

A rigor, há quem acredite que teria sido possível abrir processo de impeachment sob diversas justificativas.

O que se passou aqui (e em outras cidades) com os hospitais de campanha foi sórdido demais, mesmo para os padrões do Palácio Guanabara.

Com o que foi “jogado fora” (entre aspas, porque alguém sempre recebe esse dinheiro) daria para ter construído o hospital de oncologia!

Insustentável

Em resumo, o que derrubou o governador foi a insustentável combinação entre os erros que grande parte dos políticos cometem, com outros que apenas ele cometeu.

Sua situação se tornou tão crítica que conseguiu unir todo o parlamento (contra ele).

Não restam dúvidas, por exemplo, de que se Marcelo Crivella tivesse ignorado o parlamento municipal como Witzel fez em relação ao estadual, também já teria sofrido o afastamento há muito tempo.

Serve de lição

Ao fim de mais este triste capítulo da política fluminense resta esperar que o caso Witzel torne o eleitorado um pouco mais crítico quanto às estratégias caronistas e apelativas habitualmente empregadas para estimular a transferência de votos.

É preciso conservar o olhar crítico, analisar propostas e a composição de cada grupo antes de escolher em quem votar, sob pena de ser passado para trás por quem aposta que a maneira mais fácil de se eleger é se apoiando no prestígio de terceiros.

Porque, se o leitor prestar atenção, vai ver que este tipo de comportamento não é exclusivo da esfera estadual não.

Prestação de contas

Na próxima terça-feira, 29, às 15h, o plenário da Câmara Municipal vai abrigar uma audiência pública solicitada pela Secretaria Municipal de Finanças, com o objetivo de realizar a prestação de contas relativas ao 2º quadrimestre de 2020.

Indicação

Entre as matérias no expediente da sessão ordinária de hoje, 24, na Câmara Municipal, a coluna gostaria de destacar a indicação legislativa protocolada pelo vereador Cascão, que solicita a elaboração de projeto de lei, por parte do Executivo, que disponha sobre a inclusão de fisioterapeutas na Equipe Multidisciplinar de Atenção à Gestante no âmbito ambulatorial e hospitalar do município de Nova Friburgo.

Regulamentação

Também está prevista para hoje a segunda e última discussão em torno do projeto de lei ordinária de autoria do Executivo Municipal que “Regulamenta o Serviço de Transporte Remunerado Privado Individual de Passageiros por meio de aplicativo ou outras plataformas de comunicação em rede”.

A coluna entende que a matéria já foi amplamente revisada e debatida junto às partes, e a tendência é pela aprovação.

Hoje, ou em oportunidade futura caso venha a ser retirada de pauta.

Previdência

Apesar de ainda aguardar pareceres, também deve ser apreciado hoje o projeto de lei ordinária 720/2020, que “altera os dispositivos da lei municipal 3.400/2004, que dispõe sobre o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Nova Friburgo e sobre a organização de sua entidade gestora”.

Matéria importante, que merece aprofundamento nos próximos dias.

Inclusive, se o governo entender que um detalhamento neste espaço seria pertinente, o convite está feito.

Títulos

Também devem ser concedidos hoje os títulos de cidadania e de comendador que, não fosse pela Covid-19, teriam sido confirmados quatro meses antes.

Parabéns a todos os agraciados.

Desprotegidos

Esta quarta-feira, 23, começou com a triste imagem de mais um cãozinho atropelado na Via Expressa. Mais uma vidinha interrompida de maneira evitável, precoce e certamente muito dolorosa.

Diante de mais essa tristeza, sobre a qual já não podemos fazer nada, a coluna se sente na obrigação de lembrar que é um absurdo não haver pontos de travessia segura para animais na Via Expressa.

Ao menos dois.

Vamos?

Em meio a tanto dinheiro desperdiçado, investir nesse tipo de frente, tornar nossa cidade referência de respeito à fauna que imerecidamente abriga, seria o tipo de predicado que todo friburguense teria orgulho de agregar.

A coluna fica à disposição da sociedade para ajudar no que lhe for possível, fazendo a ponte entre partes que eventualmente se mostrem interessadas em ajudar.

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O café: subidor de montanhas e destruidor de montanhas (Última parte)

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

De floresta tropical a savana

Uma das muitas funções da cobertura florestal é a de amortecimento e distribuição das águas das chuvas. Quando a floresta é retirada, o fluxo de escoamento da água é aumentado, favorecendo o processo de erosão. A camada superficial dos solos das encostas, onde se localiza o humos florestal, quando expostos diretamente à ação de chuvas mais intensas são arrancados e carregados morro abaixo. A erosão provocada por este processo acabava expondo as raízes dos cafezais e matando os arbustos.

De floresta tropical a savana

Uma das muitas funções da cobertura florestal é a de amortecimento e distribuição das águas das chuvas. Quando a floresta é retirada, o fluxo de escoamento da água é aumentado, favorecendo o processo de erosão. A camada superficial dos solos das encostas, onde se localiza o humos florestal, quando expostos diretamente à ação de chuvas mais intensas são arrancados e carregados morro abaixo. A erosão provocada por este processo acabava expondo as raízes dos cafezais e matando os arbustos.

Outra consequência deste fenômeno era o acúmulo de sedimentos nas várzeas, que ocasionava o assoreamento dos rios e córregos que estivessem próximos às plantações. Ainda que o plantio em curvas de nível já fosse conhecido, os fazendeiros optaram pelo cultivo predatório. A exaustão e a erosão dos solos fazia com que os produtores de café se vissem obrigados a abandonar suas plantações depois de, aproximadamente 20 a 25 anos já que os solos tornavam-se pobres em nutrientes e os cafezais sem vitalidade.

A ideia de abundância de terras nos latifúndios fazia com que fossem considerados desnecessários quaisquer esforços no sentido de preservar os campos utilizados. Por esta lógica, era mais lucrativo derrubar novas extensões de florestas primárias do que destinar tempo de trabalho para a recuperação ou preservação da fertilidade dos solos já utilizados na lavoura. Depois de abandonados, os terrenos ocupados pelos antigos cafezais eram tomados pela erosão ficando quase toda a área coberta por uma vegetação pobre de gramas, capins e samambaias.

Os impactos ambientais causados pela lavoura cafeeira tornavam-se gradualmente nítidos, a partir da segunda metade do século 19. A questão da técnica de sombreamento dos cafezais e da adubação dos terrenos foi tratada naquela ocasião por artigos em que são ressaltadas as vantagens de se plantar as mudas de café ao abrigo de árvores maiores que lhes proporcionassem sombra. Não faltaram obras escritas criticando o comportamento da “rotina”, que consumia os recursos do meio físico de forma não sustentável. Sugestões como processos de adubação, que permitiriam um aproveitamento mais duradouro das áreas cultivadas foram igualmente apresentados. Logo, informação era o que não faltava.

As críticas à rotina do cultivo do café, com sua prática insustentável ganharam um razoável espaço na sociedade sem, contudo, serem capazes de provocar mudanças na conduta dos grandes cafeicultores. A estrutura fundiária baseada nos latifúndios impediu que se preocupassem no trato do amanho da terra. A floresta era considerada abundante e com capacidade de exploração ilimitada. No último quartel do século 19 teve início a decadência da produção de café no vale do Paraíba fluminense. O esgotamento do solo, o surgimento de pragas nas lavouras acrescido a abolição da escravidão provocou a falência de inúmeros barões do café.

Da opulência à ruína foram perdendo suas fazendas por dívida, em leilões. Em aproximadamente oito décadas os cafezais substituiriam a Mata Atlântica em grande parte da região serrana fluminense, provocando as mais profundas e extensas mudanças ambientais. A antiga diversidade natural do ecossistema foi substituída por uma única espécie de planta, o arbusto de milhares de cafeeiros, que tornou o ambiente muito mais vulnerável aos ataques de pragas e a adversidades climáticas alterando de modo intenso o ciclo hidrológico.

A degradação do meio ambiente modificou o regime de chuvas alterando a sua regularidade e gerando períodos de seca, cuja duração levava até oito meses. As gerações futuras pagam um preço caro por essas práticas agrícolas predatórias. Atualmente, o cenário ambiental da região serrana fluminense caracteriza-se por extensas áreas de pastagens com manchas isoladas de capoeiras. Após a rápida passagem do café ao longo do Vale do Paraíba, os cascos do gado entelham trilhas em forma de faixas em ziguezague.

A introdução da pecuária nas propriedades onde se plantava café aumentou a intensidade do desgaste dos solos. O resultado destas ações foi o surgimento de voçorocas e outras formas de erosão, que trouxeram à paisagem um aspecto de intensa degradação. Nenhum traço da floresta primária restou sobre os morros secos e amarelados da região serrana fluminense. Pode-se afirmar que em um período de 30 a 40 anos, o café mudou irreversivelmente um regime hidrológico típico de uma floresta tropical pluvial para o de uma savana.

O Vale do Paraíba ficou na míngua após a fuga do café. Todos os artigos foram adaptados das obras “Ouro, posseiros e fazendas de café. A ocupação e a degradação ambiental da região das Minas de Cantagallo na província do Rio de Janeiro”, de Mauro Leão Gomes e “A Ferro e Fogo” de Warren Dean. 

  • Foto da galeria

    Da opulência à ruína. Fazenda Mont Vernon, em Cantagalo (Acervo pessoal)

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    Nenhum traço da floresta primária restou sobre os morros secos e amarelados da região serrana fluminense (Acervo pessoal)

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    O café mudou um regime hidrológico de floresta tropical pluvial para o de uma savana (Acervo pessoal)

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Você quer se suicidar?

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Se você pensa em suicídio, se quer acabar com sua vida, leia este artigo. Ou se você conhece uma pessoa que tem falado em querer morrer, em se suicidar, envie este artigo para ela. Apresentei recentemente dois programas com este tema na TV Novo Tempo (RCA- canal 23; Sky, 33 e 433; Oi, 214; Net e Claro, 184) e você pode assisti-lo nestes links no YouTube, onde há mais informação sobre o tema:

Se você pensa em suicídio, se quer acabar com sua vida, leia este artigo. Ou se você conhece uma pessoa que tem falado em querer morrer, em se suicidar, envie este artigo para ela. Apresentei recentemente dois programas com este tema na TV Novo Tempo (RCA- canal 23; Sky, 33 e 433; Oi, 214; Net e Claro, 184) e você pode assisti-lo nestes links no YouTube, onde há mais informação sobre o tema:

1)https://www.youtube.com/watch?v=PXLwV3wCEiA&list=PL_iTlHPwdipW9dq9996tmysb5cn7c9NBf&index=21

2)https://www.youtube.com/watch?v=c6RfM4tt3wE&list=PL_iTlHPwdipW9dq9996tmysb5cn7c9NBf&index=20  

Infelizmente cerca de um milhão de pessoas se suicidam cada ano no mundo. São quase 2.740 por dia, 114 por hora, ou quase duas à cada minuto. Se considerarmos as tentativas também, o índice fica entre 15 a 25 milhões por ano. Existem muitas causas para o suicídio, como fatores socioculturais, genéticos, psicodinâmicos, filosófico-existenciais e ambientais. Se a pessoa apresenta alguma enfermidade mental isto se torna um importante fator de risco para o suicídio. Mas alguém pode querer se matar por outra razão, que pode ser econômica por perda do emprego ou falência de seu negócio surgindo dívidas sem poder pagar, sem ter como bancar as despesas da família, ou sente profunda vergonha por algo que ocorreu e acha que não tem saída, não tem solução.

Mas pode ser que no fundo, você não quer morrer. E chegou à conclusão de que não sabe como continuar vivendo com aquilo que para você é um beco sem saída. Deixa-me dizer que sensação de não ter saída é uma sensação, um sentimento. Pense nisso. Sensação e sentimento mudam como o tempo atmosférico. De manhã pode ter céu azul e sol, após o almoço pode nublar, cair um temporal e depois voltar a ter céu azul de novo. Ou seja, o que sentimos de bom, de agradável, passa. Mas o que sentimos de ruim também passa.

Pode existir algo dolorido por longo tempo e assim pensar não ter jeito de parar com esta dor. Mas é importante pensar que a saída para a dor, esta dor ou problema que te empurra para a ideia de se matar, a saída pode ser algo real, mesmo que a solução do problema não ocorra de maneira ideal. A solução pode não ser a que você preferiria ou gostaria, mas pode ser razoável. Além disso é possível aprender a suportar a perda e a frustração, assim como a raiva contra a realidade.

Seus filhos ou netos, precisam de você, mesmo que pareçam e sejam independentes. Você é importante na vida deles. Existe um vínculo afetivo entre vocês. Quem se suicida deixa uma marca na vida do familiar que nunca mais se apaga. E para alguns familiares a morte por suicídio de um parente pode conduzir a um estado depressivo de difícil recuperação.  

Numa mente depressiva, ou com outro sofrimento psiquiátrico, ocorre alteração da neuroquímica cerebral que favorece uma visão distorcida da vida e da realidade e ao corrigir isto, o alívio surge de verdade. É como usar temporariamente um óculos que não é seu, com grau que faz você enxergar embaçado. A visão embaçada não é, portanto, a realidade. É a lente que não é adequada para você. A alteração cerebral que produz sensação negativa da vida, não é permanente e com tratamento ela pode ser corrigida e o cérebro volta a funcionar saudavelmente.

Sua mente pode se adaptar à perda que você pode estar vivendo, ainda que até agora esta adaptação não ocorreu. Não necessariamente você precisará ficar sofrendo na mesma intensidade o tempo todo. Todos nós seres humanos não conseguirmos sentir bem estar o tempo todo, 24 horas por dia, sete dias por semana. Pessoas saudáveis mentalmente sentem sentimentos dolorosos vez ou outra. Saúde mental não é nunca ter tristeza, ansiedade, medo. Mas é quando sentir algo assim, desagradável, não fazer besteira.

Numa hora de crise forte em que em sua mente volta o pensamento suicida, procure comentar com quem estiver perto sobre o que você sente. Se estiver sozinho, telefone para um amigo ou parente e fale do assunto, ou se for possível, saia de casa e vá se encontrar com um familiar ou amigo que te dará suporte na hora da emergência.

Se você vem se tratando com psicólogo, psiquiatra ou médico de família, entre em contato com ele. Ou telefone para o Centro de Valorização da Vida (CVV) no número 188, ligação gratuita de qualquer lugar do Brasil. O CVV é uma organização não-governamental especializada em atendimento de pessoas com ideias suicidas. 

Também numa hora de crise forte em que vem a ideia de se matar, vá a um lugar sossegado, podendo ser seu quarto. Feche a porta para ter silêncio e comece a orar a Deus, abra o coração a ele, fale de suas lutas, de seu desespero, de seu desejo de morrer, e peça para que as ideias pessimistas sejam controladas e afastadas da sua mente pelo poder de Jesus. Ele vai te ajudar independente do que está ocorrendo em sua vida.

Medite este texto: “Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.” Isto está na Bíblia, no livro de Isaías capítulo 57 e versículo 15. Deus está aí com você que está aflito e abatido. E vai te ajudar.

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Comendas

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Para pensar:
"Quem não perdoa se torna um torturador de si mesmo.”
Andrei Moreira

Para refletir:
“Faça algo todo dia que você não quer fazer; esta é a regra de ouro para adquirir o hábito de fazer suas obrigações sem sofrimento.”
Mark Twain

Comendas

Para pensar:
"Quem não perdoa se torna um torturador de si mesmo.”
Andrei Moreira

Para refletir:
“Faça algo todo dia que você não quer fazer; esta é a regra de ouro para adquirir o hábito de fazer suas obrigações sem sofrimento.”
Mark Twain

Comendas

A coluna de ontem, 22, registrou a tramitação do projeto do Executivo voltado a alterar o Plano Municipal de Educação do Município de Nova Friburgo até o ano de 2025, mas é evidente que este não foi o único ponto de interesse na Ordem do Dia da sessão ordinária desta terça-feira, 22.

Na mesma sessão, por exemplo, também foram aprovadas as resoluções legislativas que concederam - conforme a coluna havia antecipado em primeira mão, o título de comendador a Marly Pinel e Carlos Alberto Pecci.

Requerimento

Da mesma forma, o plenário aprovou requerimento de informações apresentado pelo vereador Marcinho Alves direcionado à Prefeitura e à Faol, com questionamentos relacionados “aos itinerários de linhas e horários do transporte coletivo” que a coluna reproduz abaixo.

Parênteses

Antes, contudo, a coluna não pode deixar de elogiar a Câmara Municipal pela rapidez com que tem atualizado seu Sistema de Apoio do Legislativo (Sapl).

Praticamente em tempo real as deliberações do plenário têm sido lançadas ao sistema, facilitando em muito o acesso às informações, sobretudo neste período de pandemia e circulação restrita.

Parabéns, e que sirva de exemplo a outros serviços públicos.

Questionamentos (1)

1) Informar a quantidade de linhas e horários de ônibus em circulação no município de Nova Friburgo, com as respectivas localidades atendidas, antes e durante a pandemia do Covid-19.

2) Requeiro relação dos horários de funcionamento das linhas e horários de ônibus nos dias úteis, feriados, sábados e domingos. (Antes e durante a pandemia do Covid-19).

3) Qual o motivo da brusca retirada das linhas de ônibus em circulação? A retirada é provisória? Se positivo, até quando?

Questionamentos (2)

4) A prefeitura e a Faol têm ciência da superlotação dos coletivos? Se sim, porque não aumentar o número de linhas e/ou horários para melhor atender a demanda?

5) Qual a previsão para o retorno de linhas e horários que foram retiradas? Como por exemplo, a localidade de Pilões que tem sido muito afetada com a mudança.

6) Informar quais as linhas e horários foram retiradas e as respectivas localidades.

7) Informar a relação atualizada do número de funcionários e a frota de coletivos da empresa.

Por falar nisso...

Aproveitando o gancho fornecido pelo requerimento de informações a coluna faz dois registros relacionados ao transporte coletivo municipal.

O primeiro é de que a Faol divulgou nesta semana que atendeu solicitações feitas por associações de moradores e alterou alguns horários de suas linhas.

Sempre se referindo a dias úteis, na linha Centro-Rui Sanglard o horário das 22h10 foi alterado para 22h25.

E na linha de Rio Bonito, sentido Centro, o horário das 7h foi antecipado para 6h.

Troca de comando

O outro é que Paulo Valente, diretor da empresa, recebeu recentemente uma proposta especial de trabalho no Rio de Janeiro, e está voltando para o nível do mar.

Ao longo dos anos de sua atuação serrana o colunista estabeleceu com Paulo uma relação da mais absoluta franqueza, na qual houve diversas discordâncias mas sempre de maneira respeitosa, de ambas as partes.

Houve diálogo, acima de tudo, e isso tornou possível realizar apurações muito melhores e publicar demandas ou críticas de leitores sempre trazendo também o outro lado.

Espaço aberto

A coluna gostaria de que esse canal de diálogo fosse mantido junto à nova direção, e que houvesse algo semelhante também com outras concessionárias e repartições públicas.

O espaço aqui sempre esteve aberto a qualquer um que esteja disposto a falar francamente, admitindo problemas e explicando o que está sendo feito para que sejam resolvidos, ou esclarecendo detalhes importantes no contexto que os produziu.

Ninguém aqui quer ser injusto, embora nos reservemos o direito à discordância respeitosa.

Promessa é dívida

A coluna prometeu, em meados da semana passada, registrar alguns destaques positivos nacional e internacionalmente, relacionados em alguma medida a Nova Friburgo.

Por fim fatores alheios ao nosso controle nos obrigaram a adiar um pouco os registros, mas não nos esquecemos deles.

Reconhecimento

Começando pelo querido Guillaume Isnard, de tão profundos laços com Nova Friburgo, ele foi destaque na terceira edição do Caxias Music Festival, realizado remotamente, e vem chacoalhando o Facebook com a publicação de depoimentos em vídeo de medalhões de nossa MPB relembrando histórias do passado e recomendando que o público dê atenção à sua mais nova composição, apropriadamente intitulada “Quando esse mal passar”.

Entre os que gravaram depoimentos estão Roger Rocha, Lobão, Branco Mello, Dinho Ouro Preto, Léo Jaime, Kiko Zambianchi, Arnaldo Brandão, Nasi, Marcelo Bonfá e Philippe Seabra.

Falando por todos
Importante observar também o papel que vem sendo desempenhado por Isnard na defesa das condições de trabalho e sobrevivência da classe artística, sobretudo neste cenário tão agravado pela pandemia da Covid-19.

Pauta relevante, que tem neste espaço todo o apoio merecido.

Mundo pequeno

E o outro destaque vai para o canadense Rob Muggah, casado com uma friburguense e que costuma passar vários dias do ano por aqui.

Pois bem, Rob é autor do livro "Terra Incognita", ao lado de Ian Goldin, e foi inspirado nesta obra que o Fórum Econômico Mundial produziu um vídeo que, na semana passada, foi compartilhado por ninguém menos que o ator Leonardo di Caprio.

Como resultado, em apenas poucas horas o vídeo já contava com mais de três milhões de visualizações, e este número continuou a subir exponencialmente desde então.

Tema

Tanto o livro quanto o vídeo buscam demonstrar o impacto das mudanças climáticas e a importância dos mapas para que seja possível compreender melhor nossa sociedade, no presente e no futuro.

Respostas

Semana passada a coluna publicou uma imagem de detalhe da entrada da igreja de São Roque em Olaria, clicada pelo talentoso amigo Henrique Pinheiro, que não ficou por aí e recorreu ao photoshop para mostrar o quanto nosso ambiente poderia ser ainda mais bonito se estivesse livre de tanta poluição visual evitável.

Pois bem, com atraso de alguns dias a coluna registra que Lauro Éboli, Manoel Pinto de Faria, Gilberto Éboli  e Igor dos Santos reconheceram a imagem e enviaram respostas corretas.

Fala, leitor!

O fiel leitor Manoel, por sinal, aproveitou o embalo e pediu apoio para divulgar uma situação problemática.

“A Rua Carlos Baltazar da Silveira, ao lado da Casa dos Pobres São Vicente de Paula, está, no meu entendimento, meio largada com relação aos postes de luz que servem para que empresas de prestação  de serviços, ao longo do tempo, abandonem suas ligações e as fiações fiquem penduradas. É comum ver fios caídos nas calçadas e quando a gente pergunta ninguém sabe a quem pertencem. Seria bom se as autoridades competentes pudessem dar uma atenção ao local.”

Foto da galeria
Respostas (Foto: Henrique Pinheiro)
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Eleição é coisa séria. Que em 15 de novembro saibamos separar o joio do trigo

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Depois de um mês de imobilização em função de uma cirurgia do ombro e do falecimento de minha mãe, já me sinto em condições de voltar a escrever meus artigos aqui todas as quartas-feiras. Como as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores estão próximas, 15 de novembro para o primeiro turno e também no dia 29 para o segundo turno (nos municípios com mais de 200 mil eleitores, o que não é o caso de Friburgo), resolvi abordar esse tema, de importância capital para o país como um todo e para nossa cidade, em especial.

Depois de um mês de imobilização em função de uma cirurgia do ombro e do falecimento de minha mãe, já me sinto em condições de voltar a escrever meus artigos aqui todas as quartas-feiras. Como as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores estão próximas, 15 de novembro para o primeiro turno e também no dia 29 para o segundo turno (nos municípios com mais de 200 mil eleitores, o que não é o caso de Friburgo), resolvi abordar esse tema, de importância capital para o país como um todo e para nossa cidade, em especial.

A importância dessa eleição, nem sempre levada a sério, como deveria ser. A população brasileira, cerca de 200 milhões de habitantes, vive hoje, em 5.570 municípios e a qualidade de vida e o bem estar social, cultural e da saúde dependem desses senhores que serão eleitos em novembro e tomarão posse em janeiro de 2021.

Sabemos, principalmente os mais velhos, já destituídos das ilusões e dos arroubos típicos da juventude, que eleição é um comércio sujo, onde o toma lá dá cá é a tônica; e o que é pior, a maioria dos candidatos entram na disputa porque a mamata é muito boa. Não fosse assim, Nova Friburgo não teria 16 candidatos inscritos, uma cidade com pouco menos de 200 mil habitantes. Pasmem, a terra do cão sentado tem mais postulantes que a do Rio de Janeiro, com seus 6,32 milhões de cidadãos; lá são 14 os postulantes ao cargo de prefeito da Cidade Maravilhosa.

Portanto, cabe a nós eleitores tentarmos separar o joio do trigo, aliás, coisa dificílima quando orçamentos graúdos estão em jogo, principalmente com a percepção caolha de nossos políticos, de que o dinheiro público não tem dono. Daí a gastança irresponsável de nossos políticos, sejam eles de que nível forem (prefeitos, governadores, presidentes etc.) Não estou exagerando haja visto os milhões de reais que foram gastos com estádios para a Copa do Mundo de 2014, para as Olimpíadas de 2016, nos hospitais de campanha na atual pandemia, que sequer foram inaugurados, nas inúmeras obras públicas iniciadas a peso de ouro e jamais terminadas.

O eleitor tem obrigação de conhecer o candidato no qual vai votar. Não se basear apenas em dados fornecidos na pré-campanha, pois são muito superficiais. E qualquer marqueteiro experiente sabe muito bem como dourar a pílula. Vejam esse exemplo: “O partido X oficializou a candidatura de fulano de tal à Prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio”.” O anúncio aconteceu em convenção realizada na quarta-feira,16. Ele tem 49 anos, é vereador e iniciou a carreira política em 1992, quando foi candidato pela primeira vez. Foi secretário municipal por seis vezes, em diversos governos”. É muito pouco, pois nada fala de sua formação profissional e se a exerceu a contento, antes de se tornar político. Faltam dados sobre sua vida pessoal, pois antes de mais nada, a vida pública é um espelho do que acontece na vida privada. Daí ser fundamental uma pesquisa sobre quem vai receber nosso voto, sobre aquele em que depositaremos nossa confiança durante os próximos quatro anos.

Vi, recentemente, numa publicação a seguinte pérola: “Se o mesário é voluntário, o político também deveria ser. Com isso, muitos males seriam evitados”. Não chegaria a tanto já que todo trabalho merece uma remuneração, só que elas deveriam ser repensadas. Tem muito vereador em Nova Friburgo que não ganharia, em sua profissão, a metade do que ganha como representante do povo. Daí que seria necessário um estudo profundo sobre o ganho de nossos políticos. Não é possível que um membro do STF receba R$ 11 mil a título de auxílio moradia e R$ 90 mil de auxílio alimentação, por mês, fora um funcionário para arrumar a toga e puxar a cadeira quando esses senhores tomam assento para o início das sessões.

Apesar de ocuparem cargo na mais alta corte do país, a atividade é muito mais política do que jurídica. E quantos trabalhadores conseguem ganhar mais do que R$ 11 mil como salário mensal? Estamos numa encruzilhada, pois nossos prefeitos e vereadores, dos últimos anos prestaram um desserviço à cidade e é preciso uma tomada de posição por parte dos eleitores. Friburgo precisa de uma mudança radical para voltar a ser um arremedo do que já foi. Votemos com consciência e conhecimento.

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O talismã divino

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Entabularam os familiares interessante palestra, acerca das faculdades sublimes de que o mestre dava testemunho amplo, curando loucos e cegos, quando Isabel, a zelosa genitora de João e Tiago, indagou, sem preâmbulos:

— Senhor, terás contigo algum talismã de cuja virtude possamos desfrutar? Algum objeto mágico que nos possa favorecer?

Jesus pousou na matrona os olhos penetrantes e falou, risonho:

Entabularam os familiares interessante palestra, acerca das faculdades sublimes de que o mestre dava testemunho amplo, curando loucos e cegos, quando Isabel, a zelosa genitora de João e Tiago, indagou, sem preâmbulos:

— Senhor, terás contigo algum talismã de cuja virtude possamos desfrutar? Algum objeto mágico que nos possa favorecer?

Jesus pousou na matrona os olhos penetrantes e falou, risonho:

— Realmente, conheço um talismã de maravilhoso poder. Usando-lhe os milagrosos recursos, é possível iniciar a aquisição de todos os dons de nosso pai. Oferece a descoberta dos tesouros do amor que resplandecem ao redor de nós, sem que lhes vejamos, de pronto, a grandeza. Descortina o entendimento, onde a desarmonia castiga os corações. Abre a porta às revelações da arte e da ciência. Estende possibilidades de luminosa comunhão com as fontes divinas da vida. Convida à bênção da meditação nas coisas sagradas. Reata relações de companheiros em discordância. Descerra passagens de luz aos espíritos que se demoram nas sombras. Permite abençoadas sementeiras de alegria. Reveste-se de mil oportunidades de paz com todos. Indica vasta rede de trilhos para o trabalho salutar. Revela mil modos de enriquecer a vida que vivemos. Facilita o acesso da alma ao pensamento dos grandes mestres. Dá comunicações com os mananciais celestes da intuição.

— Que mais? — disse o Senhor, imprimindo ênfase à pergunta.                               

E após sorrir, complacente, continuou:

— Sem esse divino talismã, é impossível começar qualquer obra de luz e paz na Terra.

Os olhos dos ouvintes permutavam expressões de assombro, quando a esposa de Zebedeu inquiriu, espantada:

— Mestre, onde poderemos adquirir semelhante bênção? Dize-nos. Precisamos desse acumulador de felicidade.

O Cristo, então, acrescentou, bem-humorado:

— Esse bendito talismã, Isabel, é propriedade comum a todos. É “a hora que estamos atravessando”... Cada minuto de nossa alma permanece revestido de prodigioso poder oculto, quando sabemos usá-lo no infinito bem, porque toda grandeza e toda decadência, toda vitória e toda ruína são iniciadas com a colaboração do dia.

E diante da perplexidade de todos, rematou:

— O tempo é o divino talismã que devemos aproveitar.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Evolução

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Para pensar:
"O costume é o principal moderador dos atos humanos. Esforcemo-nos por adquirir e conservar bons costumes.”
Francis Bacon

Para refletir:
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.”
Will Durant

Evolução

Uma das coisas que a pandemia de Covid-19 atrasou e atrapalhou foi o processo de introdução de cirurgias videolaparoscópicas no Hospital Municipal Raul Sertã.

Para pensar:
"O costume é o principal moderador dos atos humanos. Esforcemo-nos por adquirir e conservar bons costumes.”
Francis Bacon

Para refletir:
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.”
Will Durant

Evolução

Uma das coisas que a pandemia de Covid-19 atrasou e atrapalhou foi o processo de introdução de cirurgias videolaparoscópicas no Hospital Municipal Raul Sertã.

Os procedimentos eram iminentes quando toda a estrutura precisou se adaptar às demandas do enfrentamento ao coronavírus, e de modo inevitável acabaram entrando em compasso de espera.

Felizmente, contudo, essa espera parece estar chegando ao fim.

Créditos

A boa notícia é que ao longo do último fim de semana nosso principal hospital proporcionou treinamento e capacitação a equipes de enfermagem justamente visando dar início às cirurgias videolaparoscópicas.

A iniciativa foi da enfermeira Sônia Araújo de Oliveira, com apoio da enfermeira Sabrina Schuenck, da instrumentadora Clara e do médico Felipe Carim, que dividiram informações e experiências sobre o tema.

Tomara!

Os diretores Wanderson Cleiton, Josyane Borges e José Cláudio Alonso também tiveram atuação importante, bem como diversos profissionais na Secretaria de Saúde.

À coluna, a direção do hospital promete que “vamos começar em breve a realizar as cirurgias de vídeo”.

Tomara que sim.

Há vagas!

E já que falamos em Saúde, o Diário Oficial eletrônico do município informa que a prefeitura abriu concorrência para contratar ao menos cinco clínicos gerais a fim de atender às necessidades da Secretaria Municipal de Saúde.

Os profissionais serão contratados através de processo seletivo simplificado por seis meses, prorrogáveis por igual ou menor período.

As inscrições estão sendo feitas exclusivamente de forma presencial. Foram abertas nesta segunda-feira, 21, e terminam hoje, 22, sempre das 10h às 16h, no Hospital Municipal Raul Sertã.

Detalhes

O processo de seleção se dará por prova de títulos, em caráter classificatório. Os salários variam de R$ 1.635,33 (para trabalhar em Unidade Básica de Saúde, com carga horária de 20 horas semanais) até R$ 4.262,87 (para trabalhar com plantonista de fim de semana, com carga horária de 24 horas semanais).

A divulgação do resultado do processo seletivo simplificado será feita nesta quarta-feira,  23, no site da prefeitura (www.pmnf.rj.gov.br) e nos quadros de aviso da Secretaria Municipal de Saúde.

A homologação final e divulgação dos candidatos selecionados deve ocorrer já na sexta-feira, 25.

Curiosidade

Na prática, dificilmente um médico que queira verdadeiramente trabalhar no Raul Sertã não encontraria vaga neste momento.

A questão essencial aqui é outra, e diz respeito ao nível de interesse despertado por estas vagas.

A coluna, desde já, está curiosa para ver como será a procura.

Precisa mudar

E, mais uma vez, aproveita para reforçar a urgência absoluta de um concurso para a pasta, bem como de uma profunda auditoria do setor de recursos humanos da Saúde.

A atual carência de médicos não é resultado de um problema imediato, mas de toda uma cadeia de concessões e opções erradas, cuja responsabilidade deve ser compartilhada com gestores do passado também.

Em tempo

Cá entre nós, deve ser muito desanimador colocar a própria saúde em risco em nome da preservação da saúde coletiva, e topar a torto e a direito com fotos de aglomerações injustificáveis, como as que têm sido registradas na Rua Monte Líbano, nas quais o uso de máscaras ficou restrito a uma minoria.

A estes profissionais, o respeito desta coluna.

Triste aniversário

Se tem uma coisa que a experiência nos ensina é que - de modo um tanto assustador - terminamos por nos acostumar ao sofrimento e à precariedade.

O leitor certamente deve ser capaz de lembrar de situações que demandam reparos mas vão sendo adiadas até que quase se tornam invisíveis e se incorporam à paisagem.

Acontece em casa, e acontece também em ambientes públicos.

Tempo demais

Pois bem, o amigo Girlan Guilland, cujo calendário é sempre cheio de oportunas anotações, lembra ao colunista que no dia 10 de outubro vai completar um ano desde o deslizamento que prejudicou o fluxo de veículos na serra, no caminho para Cachoeiras de Macacu.

De fato, é tempo demais. Tanto mais quando levamos em conta que a estação das chuvas está próxima de recomeçar, e isso sempre representa dificuldades extras para este tipo de intervenção, bem como agrega riscos de novas ocorrências.

Naturalmente a coluna abre espaço a manifestações por parte da concessionária, ao mesmo tempo em que cobra do governo estadual a devida fiscalização.

Plano de Educação

No ordem do dia da sessão ordinária de hoje, 22, na Câmara Municipal, consta um projeto do Executivo que "altera a lei municipal no 4.395/2015, que institui o Plano Municipal de Educação do Município de Nova Friburgo até o ano de 2025, bem como seu anexo e dá outras providências".

Para ir além do registro, a coluna convidou o secretário de Educação, Marcelo Verly, a dar suas considerações sobre o projeto, e desde já agradece pela mensagem recebida, que reproduzimos abaixo.

Aspas (1)

“O Plano Municipal de Educação de Nova Friburgo (2015-2025) é uma ferramenta importante de desenvolvimento educacional e social, com duração de dez anos, abrangendo as redes municipal, estadual e federal, além das instituições particulares de ensino de Nova Friburgo. 

Em novembro de 2018, o Pmenf passou por avaliação através da V Conferência Municipal de Educação, contando com a participação de centenas de delegados que se reuniram com o objetivo de acompanhar o processo de avaliação e monitoramento das metas e estratégias apontadas no Pmenf, bem como apreciar e votar as notas técnicas que apontaram a necessidade de correção das inconsistências apresentadas pelo Plano local à luz do Plano Nacional de Educação (PNE), de acordo com a realidade local.”

Aspas (2)

“A avaliação do Pmenf se deu por meio de diálogo entre a sociedade civil organizada, movimentos sociais, profissionais da educação e o poder público. Essa construção democrática permitiu que fosse alcançado o objetivo de avaliar o Pmenf, atendendo tanto aos norteadores nacionais como envolvendo as características da educação em nosso município, incorporando ao plano o caráter de flexibilidade necessário para absorver as demandas da sociedade.

Trata-se, portanto, de documento de suma importância para a educação em nossa cidade, fruto do esforço conjunto dos diversos entes e inúmeros profissionais que integram o sistema municipal de educação.”

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