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Sumidouro, a pérola perdida de Nova Friburgo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Poucos sabem, mas o município de Sumidouro pertencia a Nova Friburgo no século 19, que possuía um território quase três vezes maior do que nos dias de hoje. Eram quatro as suas freguesias, a de São João Batista, sede da vila, Nossa Senhora da Conceição do Paquequer, São José do Ribeirão e Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão da Sebastiana.

Poucos sabem, mas o município de Sumidouro pertencia a Nova Friburgo no século 19, que possuía um território quase três vezes maior do que nos dias de hoje. Eram quatro as suas freguesias, a de São João Batista, sede da vila, Nossa Senhora da Conceição do Paquequer, São José do Ribeirão e Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão da Sebastiana.

Neste artigo destaco a freguesia que na minha opinião tinha, entre as outras, maior importância econômica, a de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer, conhecida igualmente como Sumidouro. Explico o porquê desta segunda alcunha. O sumidouro das pedras é um sorvedouro das águas, fenômeno muito raro e que encanta. Em um determinado ponto o Rio Paquequer desaparecia sob um leito de pedras percorrendo um trecho subterrâneo até aparecer novamente à frente e aos borbotões. Esse fenômeno do sumiço ou sumidouro das águas infelizmente não existe mais.

A economia de Sumidouro girava com a plantação de café e a produção de açúcar em inúmeros engenhos. Para as margens do Paquequer se dirigiram alguns colonos suíços e mais ao fim do século 19 imigrantes italianos. No período do Império, Sumidouro gerou uma nobreza da terra, o Barão de Aquino. Era proprietário das fazendas Santa Mônica, Santa Maria, Itororó, Conceição do Pinheiro e Areias em Pirapitinga de Itaperuna. Com a crise cafeeira, os descendentes de colonos suíços que para Sumidouro imigraram adquirem as mais importantes propriedades rurais.

A Fazenda Conceição do Pinheiro foi adquirida por Regino Monnerat e a Fazenda Bela Vista pelos Wermelinger. Dando um salto adiante quem adquiriu a Fazenda Mônica foi o médico friburguense dr. Dermeval Barbosa Moreira. Não obstante indivíduos escravizados serem em maior número na Freguesia de São José do Ribeirão do que em Sumidouro, ainda assim reputo esta última freguesia como a de maior expressão econômica para Nova Friburgo.

Minha suposição não se baseia em dados econômicos, pois ainda não os temos pesquisados, mas em observações empíricas. Sumidouro possui inúmeras casas de vivenda das fazendas de café do Império mantidas felizmente até hoje. Não localizei em nenhuma das outras freguesias de Nova Friburgo semelhante patrimônio histórico. No ano de 1881, Nova Friburgo perdeu a freguesia de Sumidouro gerando resistência entre os representantes do município. Não constatei o mesmo protesto quando Nova Friburgo perdeu a freguesia de São José do Ribeirão.

Na ocasião houve muita discussão na assembleia provincial sobre a criação de um novo município, a vila do Carmo, formado pelas freguesias de Nossa Senhora do Monte do Carmo, desanexada do município de Cantagalo e Nossa Senhora da Conceição do Paquequer (Sumidouro), desanexada de Nova Friburgo. A Câmara Municipal de Friburgo impugnou a desanexação já que “...era aquela freguesia a parte mais importante do termo”, conforme o Jornal do Commercio, de 1887, edição 00209.

Curiosamente Cantagalo não fez objeção à perda de sua freguesia e apoiou a iniciativa. O deputado Matheus Fortes que representava Friburgo protestou declarando que se Cantagalo estava farto de muitas e ricas freguesias, que não viesse turbar a vida pacífica de Nova Friburgo. Ainda segundo ele, “Friburgo é uma comarca que conta com quatro freguesias e a mais importante delas é a de Sumidouro...”

A criação de um município às margens do rios Paraíba e Paquequer tendo por sede a povoação do Carmo era um desejo de longa data. Os residentes nas freguesias de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Sumidouro alegavam que tinham população suficiente para se constituírem em município e possuíam importante lavoura e comércio. Argumentaram que ficavam ambas muito distantes das sedes de Friburgo e Cantagalo, nove e sete léguas, respectivamente.

Por outro lado, havia o inconveniente de percorrer longas distâncias para requerer a Justiça, realizar o pagamento dos direitos à fazenda nacional e prestar o oneroso encargo de jurado. As duas freguesias eram limítrofes e a sede da freguesia do Sumidouro distava duas e meia a três léguas da sede da freguesia do Carmo, havendo um caminho fácil e por boa estrada de rodagem. Já as estradas que ligavam estas duas freguesias às sedes de Cantagalo e Friburgo eram precárias em razão das dificuldades que ofereciam as serras do Quilombo, em Cantagalo, e da Cascata em Nova Friburgo.

O juiz de Direito de Cantagalo, José Alves de Azeredo Magalhães, deu parecer favorável a criação do novo município alegando que a freguesia do Carmo mantinha somente relações do foro, do júri e da coletoria com Cantagalo. De fato, não havia relações comerciais entre Carmo e Cantagalo. Os produtos de sua lavoura eram transportados pela Estrada de Ferro D. Pedro II, na estação do Porto Novo do Cunha, não fazendo uso da linha férrea de Cantagalo.

A lei de 13 de outubro de 1881 autorizou a desanexação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Paquequer (Sumidouro) do termo de Nova Friburgo. Em 1890, esta freguesia desmembra-se de Carmo e ganha o predicado de município. Dois anos depois sofreu uma perseguição política e o município foi suprimido. Uma parte passou a pertencer a Carmo, outra a Duas Barras e uma terceira a Sapucaia. No entanto, no mesmo ano, em 1892, foi restabelecido o município de Sumidouro, a pérola perdida de Nova Friburgo.

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    Fazenda Santa Cruz, a pérola perdida de Nova Friburgo

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    Rara imagem da Fazenda Itororó, do Barão de Aquino. Acervo Romildo Pires Machado.

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    Sumidouro preserva as casas de vivenda do Império.

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Será que não estou percebendo algumas coisas?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Na hora do almoço Maria abre a embalagem de molho de tomate para colocar no macarrão e deixa a parte do pacote cortado na pia até o fim da tarde, a menos que seu marido veja e coloque no lixo antes disso. Ela não viu aquele pedaço de embalagem em cima da pia? João acaba de tomar banho de manhã e deixa a toalha embolada e úmida no banheiro até a hora do almoço, a não ser que sua esposa pegue a toalha e a estenda no varal logo após o banho dele. Será que ele não pensou que tinha usado a toalha e que ela precisa ser estendida no varal?

Na hora do almoço Maria abre a embalagem de molho de tomate para colocar no macarrão e deixa a parte do pacote cortado na pia até o fim da tarde, a menos que seu marido veja e coloque no lixo antes disso. Ela não viu aquele pedaço de embalagem em cima da pia? João acaba de tomar banho de manhã e deixa a toalha embolada e úmida no banheiro até a hora do almoço, a não ser que sua esposa pegue a toalha e a estenda no varal logo após o banho dele. Será que ele não pensou que tinha usado a toalha e que ela precisa ser estendida no varal?

Joana abre a geladeira, pega a última azeitona do vidro e o deixa vazio só com o líquido. Ela não percebeu que seria adequado tirar o vidro de lá já que não tinha mais azeitonas? Augusto acaba de almoçar, pega o prato e os talheres que usou para sua refeição, coloca dentro da pia e não os lava, sendo que não há empregada em sua casa, onde vive só ele e sua esposa. Será que ele sente que ela é empregada dele?

Na geladeira tem um pedaço de queijo que já mofou e Rita só vai perceber isto três semanas depois que ela colocou o queijo ali. Como ela esqueceu do queijo mesmo tomando café da manhã todos estes 21 dias? Rodrigo grita lá da garagem de sua casa para sua esposa que está ocupada atendendo alguém ao telefone, berrando: “Onde está a chave do meu carro?” E ainda fica irritado porque ela demorou cinco segundos para responder porque ela estava engolindo a saliva! O carro é dele e ele havia colocado a chave em algum lugar. Será que ele acha que sua esposa é mordoma dele?

Angélica quer tudo mastigado em suas mãos. Não faz nada útil na vida, vive visitando redes sociais, fazendo fofocas, assistindo novelas, comendo besteira mesmo não tendo saúde boa, não ajuda ninguém, e fica mandando seu marido comprar o que ela quer ao invés dela fazer isso. Mateus é também descansado, vive na zona de conforto, quer mandar em todo mundo, em casa e no trabalho, de forma autoritária. Será que ele acha que as pessoas estão aí na vida para servi-lo como se ele fosse um rei?

Casamento é uma união de duas pessoas diferentes. Diferentes. As pessoas têm percepções diferentes. Viviane abre seu imenso guarda-roupas lotado de vestidos, blusas, saias, casacos, e grita para o marido que está compenetrado num cálculo de despesas familiares: “Onde está aquele vestido cor de rosa que você me deu no Natal?” O vestido está um pouco para a direita dos olhos dela. Mas ela não o viu. Não viu e nem pensa que o marido pode estar ocupado. É isto ser uma pessoa folgada, espaçosa?

Autoritários vivem como se fossem reis e todos ao redor tivessem que prestar serviço a elas. Parece mais difícil um autoritário admitir que tem problemas de comportamento do que as pessoas mais mansas. Será que o homem mandão e a mulher mandona acreditam que se admitirem suas falhas deixarão de ter valor como pessoa? Você se casou para ter um companheiro, uma companheira ou querendo um empregado ou empregada?

Não somos iguais. Gêmeos idênticos agem de forma diferente. Um pode ser explosivo, e outro sereno. Geralmente nos casamentos pessoas de temperamentos diferentes se unem. Um quer sexo três vezes por semana, e outro a cada 15 dias. Um quer cinco filhos e outro no máximo um. Um gosta de férias na praia e outro numa fazenda. Um é sentimental demais e outro é racional. Um fala alto, e outro fala baixo. Um quer parentes e amigos em casa com frequência, e o outro só quer os que vivem ali no lar.

Conseguimos ver falhas nos outros e ficamos meio que cegos para nossos defeitos de comportamento e de caráter. É difícil olhar para nós mesmos e ver nossos erros, não é? Geralmente temos uma desculpa ou justificação para eles. Isto começou no Éden, quando Adão disse a Deus que havia sido Eva que o induzira a comer a maçã. E Eva disse que foi a serpente que fez isso com ela. A escada rolante da vida e dos relacionamentos precisa parar em algum momento para você ver melhor, especialmente a si mesmo.

Crescimento pessoal, melhora em relacionamentos no lar, no trabalho, na comunidade religiosa onde você congrega, entre seus amigos e outros parentes, só ocorre se cada um der uma olhada para si, ver onde está falhando e machucando as pessoas, mesmo aquelas que são mais íntimas e que você diz que ama, e decidir lutar para vencer o que hoje, neste momento da sua vida, você já consegue perceber como sendo falhas suas. E tem mais coisas para serem percebidas por você sobre sua conduta.

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Dez anos se passaram desde a maior tragédia climática

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

No dia 10 de janeiro de 2011 já estava chovendo, aumentando o fluxo de água pelo Rio Bengalas, cujos afluentes também tinham um volume acima do normal; os morros já estavam encharcados e a cidade de Nova Friburgo mantinha sua atividade típica de um janeiro de férias, sem que ninguém pudesse adivinhar o que estava para acontecer.

No dia 10 de janeiro de 2011 já estava chovendo, aumentando o fluxo de água pelo Rio Bengalas, cujos afluentes também tinham um volume acima do normal; os morros já estavam encharcados e a cidade de Nova Friburgo mantinha sua atividade típica de um janeiro de férias, sem que ninguém pudesse adivinhar o que estava para acontecer. O dia seguinte também foi de chuvas fortes, mas foi na madrugada de 12 de janeiro que as torneiras do céu se abriram e transformaram Nova Friburgo num extenso lamaçal, com deslizamentos de morros, soterramento de casas e pessoas, um verdadeiro dilúvio em menos de 24 horas. Choveu em torno de 182,8 milímetros, volume esse, que de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), foi 62% maior que o volume máximo, de 113 mm, em 24 de janeiro de 1964.

Em 13 de janeiro daquele ano o portal www.swissinfo.ch divulgou: "Submetida a uma chuva torrencial desde a véspera, dia 11, logo assim que escureceu e durante toda a madrugada, a cidade teve um exorbitante registro de tragédias relacionadas com transbordamentos de rios e riachos, desabamentos, soterramentos, derrubada de árvores, postes, pontes que foram carregadas pela enchente, deslizamentos de pedras etc. E o que é mais sério, houve um grande número de mortos e de pessoas desaparecidas.

Infelizmente a maioria das cidades brasileiras tem tido um crescimento acelerado de habitações, ruas de acesso aos novos bairros etc., mas um crescimento da pior forma possível, um crescimento desordenado quanto aos gabaritos oficiais, sob todos os aspectos, principalmente nas partes onde se concentram as populações mais carentes: nas beiras dos rios, nas encostas de morros, nas colinas, nas montanhas, onde as pessoas constroem os mais diversos tipos de habitação, quase sempre ocupando espaços inimagináveis, tanto exíguos quanto inadequados”.

Essa catástrofe que deixou, no seu rastro, mais de 900 mortos na Região Serrana, oficialmente pouco mais de 400 somente em Nova Friburgo, atingiu, também, Petrópolis e Teresópolis com igual poder de destruição e de vítimas fatais e desabrigados. Foi tão marcante, a ponto de ser notícia no mundo inteiro, pois o poder da internet faz com que esses acontecimentos tenham divulgação quase imediata.

Lembro-me que apesar de ter um sono profundo, acordei de madrugada com o barulho dos trovões, que se sucediam e da chuva batendo no telhado, num estrondo também grande; ao escorrer pelas telhas, a impressão que se tinha era que se despejavam baldes de água em movimento constante e sucessivo, tal o volume de água que produzia.

Os moradores do Cônego na manhã do dia 12, não faziam ideia da destruição que se produziu no centro e bairros adjacentes. Só à medida que iam acordando, tomaram conhecimento da extensão da tragédia. Confesso que demorei a prestar socorro aos meus sogros, que na época moravam na Rua Trajano de Almeida, no Paissandu, pois um córrego na saída de minha rua transbordou e jogou uma camada de lama na ponte, de quase um metro. Tivemos de esperar um trator remover todo o entulho, para podermos prestar socorro aos nossos familiares.

Dentro da casa de meus sogros, mais alta que o nível da rua em quase um metro, a água subiu cerca de 80 centímetros e eles só se salvaram porque conseguiram ficar em cima do colchão, que com uma camada de isopor em baixo, teve o poder de flutuar; senão teriam se afogado. Mas escaparam, também, de serem soterrados, pois um morro atrás da casa deslizou e se tivesse derrubado o imóvel de trás, tudo iria de roldão. A sujeira dentro de casa era uma tristeza.

O que mais se viu foi lama por toda a parte, com o Paissandu atingido, a destruição lastrando no Suspiro com a Igreja de Santo Antônio em lastimável estado, assim como a Praça das Colônias e os imóveis ao redor. Quase impossível chegar a localidades mais distantes como Conselheiro Paulino e Riograndina, que tiveram nos helicópteros, sua grande tábua de salvação.

A cidade se mobilizou em socorro às vítimas e era pungente a passagem dos caminhões, entulhados de sacos pretos, que guardavam as vítimas fatais. Pior foi a tristeza do reconhecimento dos corpos concentrados no ginásio do antigo Colégio Ribeiro de Almeida, atual Instituto de Educação (Ienf), na Praça Dermeval Barbosa Moreira. Mas, o espírito de solidariedade dos friburguenses e o trabalho incansável do Corpo de Bombeiros, dos médicos nos hospitais da cidade, da Marinha e do Exército brasileiros e da nossa imprensa, onde repórteres, cinegrafistas e técnicos foram importantes na divulgação dos acontecimentos, foram de ajuda inestimável.

O saldo positivo é que muitas obras de contenção de encostas e drenagem dos rios foram feitas, ao longo desses dez anos e, pelo menos por ora, os acontecimentos trágicos ficaram na lembrança de todos, mas não se repetiram mais, com a mesma intensidade.

Passados dez anos desta tragédia, parabenizo a todos que deram sua contribuição para minorar o sofrimento das vítimas de janeiro de 2011.

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De janeiro de 2011 a janeiro de 2021, os desafios continuam em cena!

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Todo roteiro da nossa viagem em A VOZ DA SERRA, que envolva um passaporte para 12 de janeiro de 2011, há de ser sempre um misto de tristeza e superação. É algo que nos remete às vias da reflexão. Relembrar a tragédia climática faz parte do nosso consciente individual e coletivo. São passados dez anos e a catástrofe vem à tona e mesmo quem não ficou afetado, fisicamente, no plano emocional foi um desastre que repercute até hoje. O tempo abranda a dor, mas não apaga os seus reflexos. Em certas situações, somos chamados ao exercício da resignação, mas, nem por isso, deixamos de sofrer.

Todo roteiro da nossa viagem em A VOZ DA SERRA, que envolva um passaporte para 12 de janeiro de 2011, há de ser sempre um misto de tristeza e superação. É algo que nos remete às vias da reflexão. Relembrar a tragédia climática faz parte do nosso consciente individual e coletivo. São passados dez anos e a catástrofe vem à tona e mesmo quem não ficou afetado, fisicamente, no plano emocional foi um desastre que repercute até hoje. O tempo abranda a dor, mas não apaga os seus reflexos. Em certas situações, somos chamados ao exercício da resignação, mas, nem por isso, deixamos de sofrer.

Uma atitude louvável é a do governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Bonfim de Castro e Silva, que transferiu a sede do governo por três dias, para a Região Serrana. A transferência provisória tem por objetivo prestar homenagem póstuma às vítimas da tragédia climática de 2011 e aos bombeiros. O governador visita Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis cumprindo agenda de compromissos, como atos ecumênicos, ouvir demandas das prefeituras e da população e se inteirar das prioridades para traçar novas estratégias na prevenção de tragédias. Parabéns pela sensibilidade!

Guilherme Alt nos trouxe páginas de fortes emoções e por sermos uma construção de sensibilidades, nosso olhar se enebria e a alma se enternece. “Essa data mexe comigo”, disse o padre Leão, relatando as experiências vividas. Ele, que em 2011 era o responsável pela capela de Santo Antônio, no Suspiro, teve a oportunidade de lidar diretamente com a tristeza de um lado e a solidariedade, do outro. Contudo, era hora de agir e ajudar as pessoas desabrigadas. E destaca: “Se hoje a capela está de pé é porque foi reconstruída pelos friburguenses e com dinheiro de friburguenses. Tivemos muitos empresários que foram amigos e fizeram a diferença com doações para que a paróquia fosse reconstruída...”. E acrescenta: “Foi uma união de todos e muito bonita”.

A construção da Capela de Santo Antônio teve sua história marcante a partir de uma promessa do maestro Samuel Antônio dos Santos que, 1858, vindo de Portugal numa embarcação, prestes a um naufrágio, prometera, caso houvesse salvação, edificar uma igreja e uma banda musical na cidade onde fosse firmar residência. Estabelecido em Nova Friburgo, a capela foi erguida em torno de 1884. Vale lembrar que a Banda Euterpe Friburguense também foi criada, cumprindo-se a promessa do maestro Samuel.

Thiago Lima conversou com o professor da UFF, Renato Varges, que viveu uma experiência inusitada ao tomar conhecimento do tamanho da tragédia no Suspiro e logo pensou se o sacrário teria sido resgatado. A princípio, a quantidade de lama impedia o acesso às proximidades da igreja. Sem perder a esperança, no dia 14, dois dias depois da tragédia, ele e a esposa passaram “quase o dia inteiro” no local e encontraram a imagem de Nossa Senhora Aparecida, coberta de lama, porém intacta. A santa, entregue ao bispo, foi restaurada, sendo devolvida ao seu lugar, depois da recuperação da capela.

“A lembrança que guardei é de que eu sobrevivi” – conta Rose Evans em seus  relatos para Fernando Moreira. A designer de interiores, moradora do prédio Monte Carlo, nos emociona: “Fisicamente não sofri nada, mas aquele acontecimento mudou minha vida de diversas formas...”. E entre os desabafos de Rose Evans, fica uma mensagem, a todos nós, em especial, neste momento da pandemia do coronavírus: “A vida tem uma força transformadora e nossa capacidade de adaptação e sobrevivência é grande. Esse episódio também me ensinou que a fé constrói e reconstrói. Que a esperança é a força impulsionadora de energia. Que pessoas unidas conseguem resultados inimagináveis”.

Diante da foto do Edifício Monte Carlo, totalmente recuperado, eu observo a grandeza da inteligência humana com força capaz de refazer o prédio, sem deixar vestígios do desabamento. Uma verdadeira obra provando que, em se tratando de construção civil, tudo é possível. E eu penso: a reforma mais desafiadora ainda é a reforma humana. Edificar nosso melhor modelo é a construção diária de todos nós!

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Com primeiro aninho

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Com primeiro aninho

Na próxima sexta-feira, 15, será um dia de imensa e especial alegria a mais no lar do simpático casal Rudof e Silvia. Isso, por que a linda filhinha deles, a bonequinha Helena - com os pais na foto – vai completar neste dia seu 1° aninho de vida. 

Parabéns à Helena! Desejamos a ela um mundo de felicidades para a pequena menina, seus pais e familiares, inclusive a avó paterna e super coruja, Vera Regina.

Tristezas de janeiro

Com primeiro aninho

Na próxima sexta-feira, 15, será um dia de imensa e especial alegria a mais no lar do simpático casal Rudof e Silvia. Isso, por que a linda filhinha deles, a bonequinha Helena - com os pais na foto – vai completar neste dia seu 1° aninho de vida. 

Parabéns à Helena! Desejamos a ela um mundo de felicidades para a pequena menina, seus pais e familiares, inclusive a avó paterna e super coruja, Vera Regina.

Tristezas de janeiro

A marcante e, infelizmente, triste data que marca os dez anos da tragédia das chuvas de 2011 não se configura apenas como uma década daquela tragédia climática que fez toda Nova Friburgo sofrer muito naquela fatídica madrugada de 12 de janeiro.

Ontem, 11, também, completou exatos 15 anos em que nos deixou, o grande e inesquecível Francisco Faria, o conhecido Chico da Stam, que deixou eternas saudades, não somente na equipe da metalúrgica, mas também em toda Nova Friburgo, cidade pela qual muito fez.

Níver da Ana Luiza

A última quarta-feira, 6, o dia foi dos Reis Magos e também de uma linda princesinha. Trata-se dessa fofura aí da foto, Ana Luiza Demani, filha do querido casal Fabiana e Isaque Demani, vereador em nossa cidade, e irmã da super dupla Luiz Miguel e Mateus.

Parabéns para a Ana Luiza pelo seu 4° aniversário, com votos de felicidades também aos seus familiares.

Com idade nova

No último domingo, 10, o dia foi de parabéns para o prezado Jorge Comba da Costa (foto), figura bastante conhecida e admirada em Nova Friburgo pelo seu lado profissional no segmento de relevantes projetos criativos e manutenções de equipamentos industriais nas áreas mecânicas e hidráulicas.

Isso, por que o grande Jorge Comba completou seus 78 anos de idade, mais em forma, criativo e produtivo que nunca. Nossas congratulações e os votos de tudo de bom ao querido amigo!

Empossados na SEF (1)

Observando rigorosamente os protocolos de segurança, com distanciamento entre as cadeiras, uso de máscaras, higienizações com álcool em gel e sem parte festiva e cumprimentos individuais, aconteceu na noite do último dia 4, no ginásio do Bolão, a posse dos novos diretores do clube SEF - Sociedade Esportiva Friburguense para o biênio 2021/2022, eleitos em 6 de dezembro.

À mesa conduzindo a solenidade, estiveram o presidente e o secretário do Conselho Deliberativo, Mathias Biba Borges e Marcos Sanglard, tendo ainda aos seus lados o presidente reeleito do Conselho Diretor João Eduardo Marques Schlupp com seu vice Antonio Américo Pecly Ventura, o conhecido Toni Ventura.

Assim, foram formalizadas as posses do Conselho Fiscal com o presidente Fábio Marques da Silva e membros efetivos Paulo José Teixeira e Diego Sarno Machado. Já no Conselho Diretor, João Schlupp foi reconduzido como presidente da SEF; diretor administrativo Roberto Souza de Oliveira Júnior (Robertinho); diretora de tesouraria Jaqueline de Souza Nogueira; diretor de finanças Pablo Araújo Honório; diretor jurídico Alexandre Corrêa da Silva; diretor de secretaria Carlos José Santos Valente; diretor de bolão Jefferson Barbio de Oliveira; diretor social e cultural Janayna Leal Saade; diretor de esportes e lazer Rafael Alexandre Barros; diretor de patrimônio Adriano Maduro e diretor de saúde e higiene Francisco Rodrigues Quaresma.

Empossados na SEF (2)

Em seu discurso de posse, o presidente João Schlupp (foto) disse que apesar das adversidades, inclusive em decorrência da continuidade da bandeira vermelha, inadimplência e outras adversidades, garantiu que com toda sua diretoria continuará fazendo o melhor para a SEF afim de satisfazer e até surpreender o quadro social. O ilustre sócio benemérito Dalton Carestiato saudou e desejou felicidades aos empossados e por sua vez, o vice Toni Ventura além de confirmar as boas expectativas com a vinda por aí do Centro Brasileiro de Basquetebol.

Daltons também propôs um minuto de silêncio em memória de dois estimados sócios da SEF falecidos recentemente, e prestou uma homenagem póstuma a todos os friburguenses que perderam suas vidas vítimas da Covid-19.

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    Com primeiro aninho

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    Níver da Ana Luiza

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    Com idade nova

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    Empossados na SEF (2)

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Dez anos de superação

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Lembramos essa semana os dez anos da tragédia climática que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro. O dia 12 de janeiro de 2011 ficou marcado no coração e na mente de todos os que viveram e sobreviveram a este acontecimento fatídico. As marcas são visíveis e incontáveis, muitos ainda convivem com as dores e o medo, consequências de uma noite de pavor.

Friburgo foi a cidade mais atingida da região, contabilizando 429 mortes e inúmeros desabrigados. Mas, em meio ao caos, os moradores da cidade viram florescer a esperança regada pela solidariedade.

Lembramos essa semana os dez anos da tragédia climática que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro. O dia 12 de janeiro de 2011 ficou marcado no coração e na mente de todos os que viveram e sobreviveram a este acontecimento fatídico. As marcas são visíveis e incontáveis, muitos ainda convivem com as dores e o medo, consequências de uma noite de pavor.

Friburgo foi a cidade mais atingida da região, contabilizando 429 mortes e inúmeros desabrigados. Mas, em meio ao caos, os moradores da cidade viram florescer a esperança regada pela solidariedade.

É neste sentido que queremos relembrar aqueles dias. Valorizamos e respeitamos, sim, a dor de tantos quantos estiveram imersos não só nos escombros, mas de todos que quase submergiram sob a lama do descaso e da indiferença. Contudo, destacamos a força de superação dos friburguenses.

O mencionado dia 12 de janeiro de 2011 mudou a história da cidade. O relevo deste fato não se poderá medir somente pelo horror vivido, nem pela tristeza de tantas vidas perdidas em meio aos destroços, mas sim, pela atitude solidária de todos os moradores, superando, inclusive, perdas familiares para socorrer os que sobreviveram.

A unidade e a fraternidade foram fundamentais para alimentar a esperança de quem havia perdido tudo. A meta era reconstruir não apenas a cidade e as casas, mas principalmente os corações. Muitos abriram mão do pouco que lhes restou para partilhar com quem havia perdido até a razão de continuar a viver. As diferenças foram superadas e independente de credos e posição social todos se abraçaram na certeza de que somos irmãos.

Sem dúvida ainda há muito o que fazer. Precisamos investir nos mais diversos campos do exercício do bem comum. Coincidentemente celebramos dez anos de superação vivendo a pandemia de Covid-19, uma realidade que exige de nós os mesmos sentimentos de amor mútuo, responsabilidade e respeito.

As situações adversas de nossa história sempre revelaram o melhor e o pior da humanidade. Estejamos atentos ao que vivemos e busquemos trilhar caminhos que nos conduzem ao bem e à paz. Assim, tenhamos sempre diante de nós que a reconstrução da dignidade, o zelo pelo bem comum e a superação das dificuldades são compromissos de todos.

É o que faz ecoar as palavras do Papa Francisco: “Ou seguimos em frente pelo caminho da solidariedade ou as coisas irão piorar. Quero repetir: de uma crise não se sai como antes. A pandemia é uma crise. De uma crise, sai-se melhor ou pior. Temos que escolher. E a solidariedade é precisamente o caminho para sair melhores da crise” (Audiência Geral, 2 set. 2020).

Façamos nossa parte! E sem nos esquecermos da história, de tudo o que foi construído no passado, vivamos o presente a fim de construirmos um futuro de verdade, justiça e paz para todos.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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O grande encontro

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

São raros os momentos na vida em que nos deparados com a verdade,
em que sentimos que somos invadidos pela constatação de fatos, que, muitas
vezes e naturalmente, negamos reconhecê-los como realidades presentes em
nossa história de vida. Um desses raros momentos é o da morte. Ninguém
consegue mentir na hora de findar.
A maioria das pessoas, como eu, não gosta de pensar nesta última etapa
da vida, nos minutos finais. A médica Ana Claudia Quintana Arantes, autora do
livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, editado pela Casa da Palavra,

São raros os momentos na vida em que nos deparados com a verdade,
em que sentimos que somos invadidos pela constatação de fatos, que, muitas
vezes e naturalmente, negamos reconhecê-los como realidades presentes em
nossa história de vida. Um desses raros momentos é o da morte. Ninguém
consegue mentir na hora de findar.
A maioria das pessoas, como eu, não gosta de pensar nesta última etapa
da vida, nos minutos finais. A médica Ana Claudia Quintana Arantes, autora do
livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, editado pela Casa da Palavra,
em 2016, através de uma escrita leve e cativante, por incrível que pareça,
coloca-nos frente a frente com a premissa: a única certeza de que temos na
vida é que vamos morrer um dia. Com vasta experiência e estudiosa em
Cuidados Paliativos, prática da medicina que, segundo a Organização Mundial
de Saúde, consiste na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar
que objetiva a melhora da qualidade de vida de pacientes e de seus familiares
diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e do alívio
do sofrimento.
Ah, a literatura nos salva durante a vida, do nascer ao morrer. Esse livro
tem me mostrado que estar preparado para o derradeiro momento é um modo
de findar com dignidade. Ler, pensar, falar e escrever a respeito é um ato de
coragem e de amor a si. Não é um gesto de autoconsolo, mas um modo
amadurecido de refletir sobre a vida, ou seja, uma avaliação sobre as decisões
que tomamos e como as realizamos. A vida é única. O tempo passa e não
retorna. Cada dia acordamos para um dia diferente. O modo como vamos
morrer será a síntese de tudo o que vivemos.


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

(Poema Tabacaria de Álvaro de Campos – Fernando Pessoa)

Nosso poeta, através do seu heterônimo, revela a essência da existência
humana na primeira estrofe de “Tabacaria”: somos seres em permanente
realização.
Na proximidade da morte, as dimensões espiritual e emocional dominam
a consciência. É o grande encontro. Não é um momento de abandono, nem de
deterioração. Mas de cura.
Quando partimos deixamos nossas gavetas cheias. Não levamos malas
carregadas de materialidades. Neste momento, podemos nos tornar heróis
quando temos a possibilidade de perceber grandezas: a nossa, a do outro e a
da natureza.
A literatura ao nos oferecer a possibilidade de compreender o processo
de morte com sabedoria, nos abre os olhos para lidar com a vida de modo
diferente, para observar o que nossas decisões têm nos oferecido e para
constatar o que temos possibilidades de ser e de fazer.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Conselho de Educação aprova Faculdade de Odontologia

sábado, 09 de janeiro de 2021

Edição de 9 e 10 de janeiro de 1971
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

Edição de 9 e 10 de janeiro de 1971
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

  • Já aprovada pelo Conselho de Educação a Faculdade de Odontologia local - A Fundação Educacional de Nova Friburgo começou a inscrever candidatos ao primeiro ano do curso de formação de dentistas. São 60 vagas. A Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo já tem a aprovação do Conselho de Educação. 
  • Carnaval e turismo - Louvável a atitude do prefeito eleito, Feliciano Costa, que vai tomar posse em 31 de janeiro. Ele vislumbrou que o tempo seria exíguo para planejar e executar o carnaval como deve ocorrer nas cidades que investem no turismo. Por isso, foi designado um Grupo de Trabalho para estudar como será a ornamentação carnavalesca e decorativa, iluminação de cidade, principalmente — como ponto de partida para a animação do reinado de momo e, consequentemente, como de real interesse para o comércio.
  • Fluminense A.C. - O clube anuncia a reabertura do seu parque aquático, após a inauguração das obras de reforma das piscinas e banho turco. O clube azulino possui agora o que de mais bonito e moderno existe em matéria de piscina.
  • Não se brinca com fogo… A falta de água vem ocasionando desespero para os moradores dos pontos afetados. Do jeito que a situação está falta pouco para surgir incidentes sérios.
  • Aniversário do deputado Álvaro de Almeida - Como sempre acontece, o deputado Álvaro de Almeida passou o 31 de dezembro de 1970, dia do seu aniversário, no aconchego do lar junto com familiares, inclusive sua mãe e irmã, que vieram do Rio de Janeiro para felicitá-lo. Embora desejando fugir as manifestações, o aniversariante não pode evitar os abraços dos amigos que durante todo o dia lotaram a sua residência para levar-lhe, também, votos de felicidades ao político e industrial que representa o nosso povo até o dia 31 de janeiro na Assembleia Legislativa.
  • Dr. Waldir Costa - A partir de 31 de janeiro, o nosso município terá somente um porta-voz na Assembleia fluminense: o ilustre médico e prestigiado político dr. Waldir Costa. Com um colégio eleitoral que daria para eleger no mínimo, quatro deputados, Nova Friburgo, que na legislatura passada mandou ao Parlamento do nosso Estado três delegados, desta vez,  conseguiu, apenas, a eleição do dr. Waldir Costa, que assim terá que desdobrar-se para que os interesses de nossa terra não fiquem postergados por falta de assistência parlamentar.

Pílulas

  • Ao que tudo indica, o esporte friburguense está partindo para grandes conquistas. Um sopro renovador parece inclinar-se para o lado de colocar-se um paradeiro no ramerrão que após atordoar o nosso decadente futebol, pouco faltou para aniquilá-lo totalmente. Várias vezes, clamamos por ação, pela entrega da direção dos clubes a homens arejados, capazes de pelo menos compreender o valor de muita coisa existente por aí, absolutamente necessária a coexistência pacifica do esporte com o geral da comunidade. 
  • Nenhuma iniciativa, agremiação, firma e indivíduo chegará aos degraus do sucesso, da fama, do progresso, do êxito total, deixando de Iodo a força incomensurável da imprensa, dos veículos de promoções publicitárias das fórmulas enfim que os "grandes" das nações descobriram para promoções publicitárias junto às massas. 
  • Vamos ter um carnaval animado, com gordos auxílios às escolas de samba, ornamentação das vias públicas e um sem número de atrações no reinado de momo. A comissão especial sob a presidência de Lucas Bohrer vai mandar brasa. O dr. Feliciano Costa, quer que a cidade se apresente bem ornamentada e bem Iluminada.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Walter Soares da Cunha e Pedro Cúrio (5); Hamilton Nogueira, Olga Bonan Orlando, Louder Melo Schimith e Júlio José da Silva (6); Victório Luiz Spinelli, Alberto Paulo Künzel, Gilberto Moreira da Costa, Luzia Garcia Ventura e Beatrice Cariello (8); Layse Ventura Coutinho, Rivaldo de Carvalho, Liége Laginestra Motta e Justina Silva Lima Carvalho (9); Rubem Leal Pinto, Tenente Juvenal Soares de Mello, Lucia Martinez e Márcio Lugon (10); Pedro Paulo Cúrio e Oswaldo Zarife (11); Waldyr de Moraes Bezerra (12); Reginaldo Amin, Elias Marra da Silva e João Hélio Rocha (13); Heloisa Veiga do Valle (14); Marieta Braga Marra da Silva e Leda Belga (15).

 

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Pausa para respirar

sexta-feira, 08 de janeiro de 2021

Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.

Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.

Recebemos cotidianamente uma avalanche motivacional para seguirmos sempre em frente, haja o que houver, venha o que vier. E por mais que realmente seguir em frente por vezes seja o caminho mais recomendável, percebo que não raras vezes precisamos é de uma pausa efetiva para respirarmos, para nos reconectarmos, para reunirmos forças, renovarmos o repertório, oxigenarmos a mente e darmos consolo ao corpo, muitas vezes tratado com tanta displicência ao longo dos dias de rotina pesada.

Nosso templo precisa de cuidados. E ouso dizer que precisamos priorizá-lo, elevá-lo ao patamar do topo, vertermos nossa atenção, nossas ações, em prol dele, sem o qual simplesmente não temos como seguir adiante. Isso envolve todos os cuidados com nossa saúde física, mental, espiritual ... envolve ser presente, respirar com atenção, ler bons livros, pensar em coisas boas, sonhar com um futuro bom, exercitar o corpo, trabalhar com gratidão, amar e ser amado, cuidar das relações e tudo aquilo que é intangível, primordial e que faz a vida ter sentido.

Essa pausa a que me refiro não é o ficar estático. É o respeito ao tempo de florir-se, de não atropelar a si próprio em nome dessa correria desvairada que impõe barulho em nossas vidas. É o saber respeitar limites, dar descanso ao corpo e refrescar a mente de maus pensamentos, de demandas além da conta e telas coloridas. É o dispersar-se menos com o que não interessa e deixar a mente fluir.

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Os primeiros passos para investir

sexta-feira, 08 de janeiro de 2021

Todos os investidores precisam passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. O processo de abertura de conta contempla etapas importantes para que a experiência do investidor torne-se positiva e condizente com o seu planejamento. Bom, é hora de começarmos a destacar as características específicas que diferenciam as possibilidades em cada instituição possível para custodiar seus ativos.

Todos os investidores precisam passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. O processo de abertura de conta contempla etapas importantes para que a experiência do investidor torne-se positiva e condizente com o seu planejamento. Bom, é hora de começarmos a destacar as características específicas que diferenciam as possibilidades em cada instituição possível para custodiar seus ativos.

O primeiro ponto é definir se quer investir por conta própria ou contar com o auxílio de assessorias especializadas. A Assessoria de Investimentos é um serviço oferecido pelas grandes instituições e costumam ter custos adicionais pouco ou nada relevantes dentro da corretora. Acredite, investir com auxílio profissional pode ser o seu grande diferencial de desempenho.

O segundo ponto a refletir é sobre o que você espera da sua corretora: garantia do FGC, grande diversificação de produtos; assessoria de investimentos; serviços de banco; taxas de corretagem baratas; plataformas ágeis; qualidade de atendimento; acesso à crédito e seguros; enfim, o que julgar necessário para o sucesso da sua estratégia. O legal é ver a internet possibilitando muito conteúdo de qualidade para te ajudar a pensar nisso; uma dica é conferir o canal “Me poupe”, de Nathalia Arcuri, nas mídias sociais (principalmente YouTube), será uma grande ajuda para os seus primeiros passos.

Definida a corretora para os seus investimentos (pode ser mais de uma, caso considere necessário), é hora de abrir a sua conta. Os processos costumam ser simples; bastante padrão, como qualquer outra abertura de conta em instituições financeiras. Fornecidos os dados solicitados, geralmente em 24 horas o procedimento de aprovação e efetuado e você pode começar a pôr em prática toda a estratégia planejada ao longo deste progresso. Agora, é hora de fazer suas primeiras transferências.

Fique tranquilo, se você chegou até aqui mantendo as precauções e seguindo todas as dicas, o resultado é seguro! Ao transferir dinheiro para a sua conta na corretora, certifique-se de que a transferência é para a sua própria titularidade. Todo recurso destinado aos seus investimentos deve estar em alguma conta cadastrada no seu próprio CPF; caso contrário, é fraude. A propósito, nunca deixe o dinheiro na conta de terceiros (mascarados de assessores ou consultores) para fazer investimentos em produtos do mercado financeiro; eles estão cometendo crimes!

Não quero te assustar; muito pelo contrário, quero te tranquilizar e dizer que o seu investimento vai ser muito seguro caso não caia nas conversas de criminosos. Portanto, basta bom senso e um pouco de conhecimento básico para tomar a decisão correta. Finalizando esta primeira caminhada aos investimentos, após a transferência de capital para a sua conta na corretora, é hora de definir as alocações da sua carteira e manter o planejamento em dia para obter os melhores resultados.

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