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Desperte o novo que há em você!

terça-feira, 04 de janeiro de 2022

Esse é um texto sobre o recomeçar, no contexto do Ano Novo que se inicia, mesmo que, a princípio, não pareça. Para os apaixonados por café, nada melhor que começar o dia com uma boa dose da bebida, preparada com grãos moídos na hora e coagem feita em uma cafeteira especial, como a prensa francesa ou a moca italiana, ou mesmo o tradicional coador de pano. Isso é maravilhoso! Contudo, tem gente que não sabe que o sabor do café se perde juntamente com o cheiro que escapa. Pois aquele pó guardado há dias dentro do pote que já está sem cheiro, sem gosto e sem encanto não serve para mais nada.

Esse é um texto sobre o recomeçar, no contexto do Ano Novo que se inicia, mesmo que, a princípio, não pareça. Para os apaixonados por café, nada melhor que começar o dia com uma boa dose da bebida, preparada com grãos moídos na hora e coagem feita em uma cafeteira especial, como a prensa francesa ou a moca italiana, ou mesmo o tradicional coador de pano. Isso é maravilhoso! Contudo, tem gente que não sabe que o sabor do café se perde juntamente com o cheiro que escapa. Pois aquele pó guardado há dias dentro do pote que já está sem cheiro, sem gosto e sem encanto não serve para mais nada. É preciso um novo pó a cada novo dia, se quiser ter cheiro e sabor.

Começar o dia despertando o barista que há em você (profissional que produz cafés especiais e bebidas baseadas no café) é uma ótima maneira de provocar a criatividade ao longo do dia. Não se trata de um requinte. É uma arte, assim como na culinária, que dá à mesa diária um toque de esforço pessoal para não permitir que a rotina se encha de tédio e preguiça.

Mas, por que falar de café se o tema central é o ano novo? A maior parte dos brasileiros inicia o dia com uma boa xícara dessa deliciosa bebida que, aliás, harmoniza com muita coisa. E cada um deles é um pouco barista nessa hora. Quem nunca saboreou o delicioso café da Dona Maria e ficou com receio de recusar, numa visita informal, a bebida mais oferecida em sinal de simpatia e acolhida? O café tem o poder de despertar em nós o recomeçar de todo dia, mas também o começar de uma aproximação amigável. É como se disséssemos: “não tenho nada a oferecer, porém, com o café se abre meu coração para você que se aproxima de mim”.

A cada novo ano, é preciso despertar algo novo dentro de nós para uma aproximação amigável com a nova etapa, que não pode acontecer sem o esforço realizado no ano anterior, dia após dia, tal como o café de todos os dias desperta em nós o sabor de recomeçar a jornada diária. Nada de mágico acontece na virada do ano. Eu e você continuaremos a mesma pessoa: aquela que soube recomeçar todos os dias com criatividade ou aquela que desistiu muitas vezes de despertar o barista que há em si logo pela manhã.

Na vida espiritual, é preciso despertar o santo que há em nós pela capacidade de, a cada manhã, a cada recomeço preparar com a bebida da oração a mesa alegre do dia a dia. Ninguém aprende a fazer um café delicioso sem o conhecimento e prática necessárias. E, assim como não é mágica despertar algo novo e criativo dentro de nós, tão pouco o é começar o ano sendo uma pessoa melhor, mais disponível, mais amável, mais generosa para com Deus, mais santa. O ano é novo para quem está se propondo ao novo a cada dia; para quem soube recomeçar depois de cada queda; quem não se conformou com o que já sabia, mas manteve a mente aberta a novos conhecimentos. Em resumo, não há nada de novo ao redor se dentro já não houver.

Não! Infelizmente, não existe um “pó de pirlimpimpim” que transforme tudo que eu fiz de errado em algo maravilhoso. Com responsabilidade e maturidade, enfrentemos com novo ânimo as consequências das escolhas erradas. Entretanto, assim como um novo dia pode começar melhor com o pó de café cheiroso, com sabor de moído na hora, assim sua vida se enche de esperança com o ano novo se você oferecer a ele o propósito de não desistir. Não temos nenhuma mágica a nosso favor, mas temos a graça de Cristo que opera na vontade e a aperfeiçoa. Assim, queira ser novo no Ano Novo, queira aproveitar mais uma chance e Deus também quererá te ajudar. Por fim, ofereça ao Ano Novo uma acolhida amorosa, cheia de realismo, mas graciosa e diga: “não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café?”

Padre Celso Henrique Macedo Diniz é administrador da Paróquia Santo Antônio e Cristo Ressuscitado, no Prado, distrito de Conselheiro Paulino. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Tempo de guardar e ser guardado

segunda-feira, 03 de janeiro de 2022

 

Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.

 

Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo:

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

Gosto desse poema de Antônio Cícero. Gosto de guardá-lo em meus
pensamentos e, sempre quando olho ou toco algo que me sensibiliza, recito-o
baixinho, só para escutar. É bom resguardar o que nos enriquece ou que nos
faz ser o que somos. São bens que não podem ser esquecidos ou perdidos.
Está sobre minha escrivaninha um peso que era da Dona Lourdes, uma
vizinha a quem estimava e que faleceu com quase cem anos. Sua filha, Leda,
pediu para que eu escolhesse algo da casa da mãe para guardar de
recordação. Escolhi um peso de vidro com flores desenhadas ao fundo, na
certeza de que a energia da Dona Lourdes me iluminaria quando estivesse
produzindo textos ou fazendo qualquer outra coisa. Ela me incentivava nas
conversas quando tomávamos um cafezinho com bolo ou biscoito em sua sala.

Sempre que conversávamos, admirava sua firmeza de opinião, inteligência e
consideração pelas pessoas. Ah, eu era uma delas.
Guardo em vários cantos do meu quarto os bilhetes que recebi da
mamãe, da minha filha e de amigos. Enquadrei alguns, como um que escrevi
para mamãe, quando tinha oito anos, em que lhe ofereci meu coração de
criança. E da minha filha em que me deseja amor. Um está do lado do outro,
bem na minha frente.
Estou cercada de guardados!
Assim, movendo meu olhar entre minhas relíquias, espero que em 2022
possamos cuidar dos nossos guardados e fazer tantos outros. E sermos
guardados pelos 360 dias que vão nos acolher.

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O pior ano das nossas vidas

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Sei que o título assusta. Me assusta também. Porém, igualmente me enche de esperança. Porque não é um tributo às nossas mazelas, mas um decreto: se foi o pior, só o melhor nos visitará a partir de agora.

Sei que o título assusta. Me assusta também. Porém, igualmente me enche de esperança. Porque não é um tributo às nossas mazelas, mas um decreto: se foi o pior, só o melhor nos visitará a partir de agora.

Sei que cada um teve suas conquistas e dramas. Individualmente – o ano, essa coleção de meses, semanas, dias e horas – é particular para cada um. Com chegadas e partidas, com perrengues financeiros e de saúde, com progresso e prosperidade, com metas alcançadas e outras abandonadas. Com começos, novos começos e fins que se quis e outros que não se desejou. E os próximos anos seguirão sendo assim, com mais ou menos intensidade, aqui e acolá.

Mas e coletivamente? Seria o coletivo a reunião de cada querer individual? Outras forças nos atravessam e nos influenciam? O quanto o que a sociedade faz me impede ou me possibilita ser mais feliz?

O que suponho saber é que o pior ano das nossas vidas está terminando. E por mais cruel que possa ter sido, é anúncio de boas novas! Se o pior se despede, é porque o melhor ainda está por vir. Não é apenas parte da minha natureza otimista. É a constatação quase que matemática, confirmada pela sabedoria popular no seu célebre ditado: “depois da tempestade, vem a bonança”.

Nunca demos tantos adeuses. E não é uma percepção sem lógica. Nunca se morreu tanta gente. Está nos números que são mais que CPFs. São rostos que só habitam agora a nossa saudade. O triste nisso tudo é saber que várias dessas mortes seriam evitáveis.

Veio a vacina, feita pela ciência em tempo recorde, que repele o vírus. Outra vacina, no entanto, está em processo lento e depende de cada um de nós: a vacina do anti negacionismo.

O negacionismo tem muito a ver com excesso de achismo de inteligência. “Todos são burros, todos estão enganados, quase todas as fotos e fatos são manipulados”. A estupidez saiu de vez do armário, travestida de heroísmo, com arminha na mão e disparando raios de ódio e antipatia. As redes sociais viraram a arena preferida. Campo de guerra em que se agride, se acusa mais do que opina e me pergunto, quem se é verdadeiramente: o que tecla na rede social ou o que no olho no olho não faria o que faz lá? No mundo dos algoritmos não podemos nos permitir se robotizar.                                    

Após todo enclausuramento, que possamos abrir as janelas, fechar as janelas dos aplicativos do smartphone, escancarar o coração, sair para a vida, viver e deixar viver. Deixar ser feliz. Fazer as pazes com a natureza, respirá-la com profundidade, se reconhecer nesse maravilhoso ciclo que é a vida em seu sagrado tempo. Não! Não é a pandemia que nos obrigou a aprender isso. Mas nossa falha jornada até aqui.

Talvez, o pior ano das nossas vidas seja a escada que precisávamos. Ter os músculos das pernas doídos para avançarmos, evoluirmos. Mas nada é a escada se não estabelecemos a relação que temos com os seus desafios. De nada adianta se não guardamos memória da dificuldade em respirar, da saudade doída e apertada da perda antecipada, da vontade de ajudar ao próximo e do quanto é libertário ver o outro crescendo, abrindo sorriso sincero.

A pandemia, a escada são simbolismos dos nossos enfrentamentos, assim como da nossa fragilidade. Talvez mais cientes do quanto somos frágeis, nos tornemos mais fortes ao se ver humanos. Todos, igualmente, humanos.

Eu não sei, mas espero que esse tenha sido mesmo o pior ano das nossas vidas e que nada de tão ruim aconteça conosco. Que os próximos anos sejam os melhores, porque aprendemos a passar pelo pior e saímos mais humanos. Se não formos mais humanos... Sei que com o passar do tempo, tragédias são esquecidas. Mas que todos que aqui estiveram possam ter memória e que façam dessas memórias trampolim para tornar o mundo um lugar mais feliz, harmônico e prazeroso.

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Lições que podemos aprender com Santa Catarina

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Em alemão, “Wanderlust” é definido como um termo que expressa o desejo em explorar o mundo. O sentimento de pegar um carro, um avião, ou mesmo uma bicicleta para viajar proporciona a nós uma sensação indescritível e só quem ama desbravar outros lugares sabe o aconchego que isso nos traz.

Em alemão, “Wanderlust” é definido como um termo que expressa o desejo em explorar o mundo. O sentimento de pegar um carro, um avião, ou mesmo uma bicicleta para viajar proporciona a nós uma sensação indescritível e só quem ama desbravar outros lugares sabe o aconchego que isso nos traz.

Não sei se somente eu, mas confesso que sempre me pego olhando ao redor dos lugares que visito e busco reparar o que há de melhor pelos quatro cantos das cidades e que poderia ser aplicado na nossa querida Nova Friburgo. Seja uma política criada através de uma lei ou mesmo, projetos que fariam a diferença na nossa cidade, que possui um potencial imenso, mas que não consegue alavancar de forma constante. Então, trazemos o questionamento. O que Nova Friburgo poderia aprender e melhorar na vida do friburguense?

A importância de uma meta

Um fato inegável é que Santa Catarina há muito tempo atrás decidiu que iria se tornar um dos polos industriais mais fortes de Brasil e fez disso uma realidade. Essa política fez com que cidades, do interior do estado e com a população próxima a nossa, se desenvolvessem e se tornassem referência no cenário nacional, como Chapecó, Criciúma e São José, entre outras.

Além disso, é inegável que, de uns anos para cá, o Estado de Santa Catarina decidiu que quer ser o maior polo turístico do Brasil. Assim, obras de pequeno, médio e grande porte vêm sendo feitas em todas as cidades do Estado proporcionando que os turistas vivam experiências únicas, tragam dinheiro para as cidades e as recomendem para outras pessoas.

Contudo, a sensação que temos é que Nova Friburgo encontra-se perdida. Com o passar dos anos, grandes indústrias se foram e poucos investimentos foram feitos na cidade para que nos tornássemos um grande polo turístico na região e no nosso estado.

A falta de uma meta definida para a cidade nos faz perder a identidade e torna nossa Nova Friburgo uma incógnita para o crescimento nos próximos anos. Afinal, se não sabemos onde queremos chegar, como iremos mudar? Temos que ter foco!

Ter metas e objetivos claros e bem definidos é primordial para a cidade. O propósito tem potencial de motivar e nortear as ações e a jornada evolutiva de qualquer tipo de projeto, fazendo com que a cidade toda sinta-se, diariamente, engajada, no sentido de vê-los tornando-se realidade em suas vidas.

Parcerias público-privadas

Historicamente, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) já existem há muito tempo, mas chegaram agora ao Brasil para solucionar de uma forma clara e socialmente eficaz com relação ao investimento privado e a infraestrutura pública em áreas de altíssima relevância social.

É possível conciliar um grande investimento público com a iniciativa privada e ter ótimos benefícios para a sociedade. O antigo mercado de peixes era conflitante com as políticas de higiene e de bem estar social e hoje dá espaço a um dos pontos turísticos mais visitados da capital catarinense, Florianópolis. Restaurantes com comidas típicas, vendas de artesanatos, alugueis de pontos comerciais e shows de artistas locais, mostram como o Mercado Público da capital é mega rentável não somente ao Estado, mas a toda população empresária e empregada beneficiada pela obra pública.

Zelo com a cidade

Parece simples e óbvio, mas é possível perceber que as diferenças estão nos pequenos detalhes. Nova Friburgo é sem dúvida, uma das cidades mais lindas desse país, com montanhas, rios, cachoeiras e um clima único e que tem um potencial de crescimento gigantesco.

É fato que as belezas naturais da nossa cidade dão um banho em municípios referências no turismo como: Gramado-RS e Campos do Jordão-SP. Em Santa Catarina não é diferente o zelo com que as cidades são administradas, contando sempre com ruas limpas e sem buracos, podas feitas e obras simples, como, por exemplo, a estruturação e o embelezamento dos pontos de ônibus para que a cidade seja bela até onde não se esperava beleza. Nova Friburgo perde muito em detalhes pequenos.

Resumo da ópera

Fato é que Nova Friburgo não está numa redoma e não somente podemos, mas devemos, nos inspirar com o que deu certo além das nossas montanhas.

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Como desejar Feliz Ano Novo?

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Evito assistir os noticiários na TV por existir conflitos de interesses nas notícias. Hoje (27 dezembro, quando redigi esta coluna) numa rede de TV famosa falou-se que a vacinação em crianças contra a Covid-19 é segura. O apresentador fez uma infeliz e errada comparação sobre a diminuição de problemas de saúde no Brasil em crianças por causa de vacinas aplicadas já há muitos anos, dizendo que com a vacina da Covid-19 ocorrerá o mesmo, ou seja, trará benefícios para crianças.

Evito assistir os noticiários na TV por existir conflitos de interesses nas notícias. Hoje (27 dezembro, quando redigi esta coluna) numa rede de TV famosa falou-se que a vacinação em crianças contra a Covid-19 é segura. O apresentador fez uma infeliz e errada comparação sobre a diminuição de problemas de saúde no Brasil em crianças por causa de vacinas aplicadas já há muitos anos, dizendo que com a vacina da Covid-19 ocorrerá o mesmo, ou seja, trará benefícios para crianças.

A verdade é que as vacinas infantis antigas tiveram um longo período de pesquisas antes de serem liberadas, e a da Covid-19 é ainda experimental. Por isso não é cientificamente correto fazer tal comparação. Quando um noticiário (jornal, TV, rádio, revista, web) mostra só um lado da questão, em relação à Covid-19 ou outro assunto, fica a presença da parcialidade da empresa de comunicação. No noticiário citado acima ficou claro que a maneira como anunciaram o tema da vacinação de crianças com o imunizante Pfizer tinha conotação política e não científica. Foi mais um ataque ao presidente da República.

O que seria correto, ético e sem conflitos de interesses neste contexto de vacinação de crianças contra a Covid-19? Seria mostrar ao público estudos variados sobre esta vacina, os que falam de possíveis benefícios e os que falam dos perigos para a saúde das crianças se forem expostas a uma vacina ainda em fase experimental.

Poderosos laboratórios farmacêuticos premiam com altos honorários cientistas que se vendem aos interesses capitalistas desta indústria. Canais de comunicação deixam a ciência de lado (ainda que a citam) para fazerem o sujo jogo político, manipulando a informação para fins partidários e econômicos, com uma roupagem científica comprometida. Isto ilude a população brasileira que só obtém informações por estes canais de TV cheios de conflitos de interesses de poder.

A carta-divulgação da Anvisa (de 20/12/2021) comentou que a decisão de vacinar pessoas entre 5 e 11 anos de idade está baseada em trabalhos realizados pela Pfizer, quando, na verdade, para aumentar a confiabilidade, seria preciso considerar pesquisas de grupos independentes, sem conflitos de interesses. Por causa de disputas políticas visando o poder, a divulgação científica imparcial feita pela mídia é deixada de lado, e a população que se dane.

Por que os principais telejornais do país não mostram os dois lados da ciência sobre a vacina da Covid-19 para o público ser informado e tomar sua decisão pessoal? Não sou contra a vacina da Covid-19, mas sim contra a vacinação indiscriminada e em crianças (por enquanto), e contra o passaporte sanitário que não tem base científica nenhuma, sendo um instrumento de controle político com fins econômicos egocêntricos.

Como dizer “feliz ano novo” num contexto social de manipulação de informação, conflitos de interesses, corrupção descarada, e ataque aos líderes governantes que querem o bem da nação, preservação da família, da ética e da boa moral?

Dr. José Augusto Nasser, médico e neurocientista, formado em Biologia Molecular na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, um dos centros mais importantes sobre o estudo de contaminação viral do mundo, afirmou numa audiência pública no plenário do CLDF em Brasília em 8/12/2021: “Quem falou que [vacinas da Covid-19] são seguras?” Ele mesmo responde: “As agências (FDA, Anvisa etc.).” E pergunta: “Quem patrocinou os estudos que foram para as agências?” E responde: “As indústrias farmacêuticas!” E complementa: “Como vão dizer que isto não é seguro, se são elas que patrocinam os estudos?” E terminou sua fala dizendo: “Não vacinem suas crianças. Protejam suas crianças. Sejam corajosos para protegerem suas crianças. As crianças têm timo [glândula no peito especializada em defesa imunológica], as crianças têm imunidade natural. As crianças não precisam de algo que é muito, muito pior do que a doença.”

Desejo um Ano Novo com notícias verdadeiras na mídia, sem conflito de interesses. Mas sei que isso não se tornará realidade porque a maldade avança velozmente no mundo. Interesses de poder e econômicos estão tirando nossa liberdade. Então, desejo que você se proteja no Novo Ano com a verdade.

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Governador Raymundo Padilha atento à estrada da serra

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Edição de 28 a 30 de dezembro de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

Edição de 28 a 30 de dezembro de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

  • Estradas da nossa Serra - Governador atento ao assunto: O ano de 1971 que vai nos deixando, foi marcado pelos aumentos que resultaram na exploração do povo, principalmente em relação aos gêneros alimentícios e demais artigos de consumo nos lares. Daí, todos dizerem - com exceção, é óbvio, de uma chusma de privilegiados - 1971 já vai tarde… 
  • Conforme comunicação que diretamente recebemos, as obras da estrada da serra, estarão, a partir de janeiro de 1972 em ritmo super acelerado, de modo a que sejam concluídas com a máxima urgência. O governador Raymundo Padilha, tomou na melhor conta as justas reclamações que fizemos, agindo assim, como um governante sempre atento aos problemas do povo.  
  • Muito bem, prefeito Feliciano Costa: O prefeito de Friburgo, Feliciano Costa, num gesto que muito nos sensibilizou, enviou ao jornal uma mensagem especial, na qual, além de cumprimentos e votos de boas festas, salientou o quanto foi útil ao seu governo, o apoio leal e desinteressado que lhe oferecemos. O fidalgo gesto do Executivo veio demonstrar como o marujo-médico está preparado para as funções que o povo friburguense lhe confiou através das urnas do passado pleito. 

 

Mensagem para 1972

Ano novo!...
Tua chegada é festa
que ao mundo todo empresta, 
alegria fraternal
sabor tradicional nos votos de boas festas, 
boa entrada de ano
sem nenhum desengano.

Ano novo!... 
chegas sempre risonho 
como um dourado sonho 
cheio de fé e esperança
e trazendo a lembrança
de um bebê pequenino
sonhando com carinho
como um brinde divino. 

Ano novo!... 
tu chegas sempre em meio 
de uma imensa alegria
que nos traz esse dia
por vezes traz ventura
outras vezes amargura.
esquecemos porém
todas as nossas mágoas
se marcaram ao passado, 
e esperar que o presente
dê ao mundo permanente
alegria anual
numa paz mundial.  

Ano novo!... 
para nossa juventude
tão pra frente, e estudiosa, 
que o novo ano ilumine, 
e transforme seu caminho 
numa estrada luminosa. 

Ano novo!... 
que o sorriso da criança
nada possa ensombrear, 
e que seja entre sorrisos
todo o seu caminhar. 

Ano novo!... 
que tu sejas ano novo
assim para todos nós
um caminho florido, 
que todos os espinhos
possam ser afastados,
e nosso pensamentos
como os nosso desejos
possam ser ajustados. 

Salve! 1972. (Maria Thereza)

 

Pílulas:

  • Com esta edição damos por terminadas as tarefas a que nos propomos relativas a 1971. Vamos partir para novas lutas que, já sabemos, serão árduas e altamente desgastadoras, dada a péssima qualidade do “material” que teremos de enfrentar e que enfrentaremos, sem um só segundo de pausa. Embora não sejamos “palmatória” do mundo, o ânimo com que combatemos os espoletas da sociedade e da política locais não arrefecerá jamais. Não descansaremos, enquanto não vermos amplamente derrotados, certos políticos da nossa terra que fazem da traição a constante das suas carreiras de homens públicos. 
  • No ano da graça de Nosso Senhor, 1972, na seara da política da nossa terra, histórias para alguns verdadeiramente inesperadas e desagradáveis irão acontecer. “O canto do cisne" ocorrerá para glória da política friburguense e felicidade do nosso povo. O vaso tantas vezes vai à fonte que um dia quebra… Não adianta fome para funções públicas. O eleitorado será devidamente esclarecido. Duvidamos que ainda incorra no erro palmar de eleger inutilidades… A coisa é esperar a abertura das urnas! 
  • Verdadeiramente apoiado pela opinião pública friburguense, o industrial Álvaro de Almeida, já se prepara para os embates das urnas em 1972. O fato de não querer participar do diretório local do MDB não quer dizer, em absoluto, que o ex-deputado que tão bem representou o nosso povo na assembleia, vai abandonar a política ou que está desanimado. Ao contrário, está tomando “gás” e diuturnamente funciona em termos da eleição programada. Como membro destacado do diretório estadual do MDB, é presença certa nas reuniões daquele organismo e vem sendo assediado para concorrer a deputação. Nada resolvido até então. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Rogério Sampaio (31); Sebastião Mário de Azevedo (2 de janeiro); Getúlio César Garcia Ventura, Melicia Garcia Figueiró e Amadeu Villa (3); Walter Soares da Cunha, Mário Antônio Thurler, Nair Figueiredo Bizzotto e Georgeta Crelier Maia (4); Pedro Cúrio (5); Hamilton Nogueira, Júlio José da Silva e Lourdes de Mello (6); João Luiz Aguilera Campos (7); Alberto Kunzel, Gilberto Moreira Costa, Luzia Garcia Ventura e Beatrice Cariello (8). 

E mais:

  • Nova Friburgo de fora da reforma do ensino primário em 1972 
  • Orquestras super piramidais nas festas de réveillon do Contry Clube, SEF e Xadrez  

 

Foto da galeria
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Medicina na Uerj

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Medicina na Uerj
A Universidade do Estado do Rio (Uerj) está retomando seu plano de interiorização e vai se instalar em Cabo Frio, cidade bastante procurada pelos friburguenses, alguns dos quais tem casa de veraneio. A ideia é implantar a Faculdade de Ciências Médicas nas instalações do Hospital Universitário Reitor Hésio Cordeiro que foi considerado de utilidade pública pela prefeitura da cidade praiana.

Medicina na Uerj
A Universidade do Estado do Rio (Uerj) está retomando seu plano de interiorização e vai se instalar em Cabo Frio, cidade bastante procurada pelos friburguenses, alguns dos quais tem casa de veraneio. A ideia é implantar a Faculdade de Ciências Médicas nas instalações do Hospital Universitário Reitor Hésio Cordeiro que foi considerado de utilidade pública pela prefeitura da cidade praiana.

Aqui, ainda não
Mais dois cursos devem ser implantados: Ciências Ambientais e Geografia. A Uerj dará como próximo passo a solicitação da desapropriação do prédio do hospital e mais as instalações da extinta Ferlagos, ambos localizados no bairro Jardim Flamboyant. O curso de medicina é um sonho antigo de Nova Friburgo, mas que não parece ainda muito longe.

Medicina em Nova Friburgo?
Por óbvio, o sonho ideal é de que venha por uma instituição pública, mas há em curso uma avaliação da instalação do curso de medicina em Nova Friburgo, através da universidade Estácio de Sá. Nada ainda muito formalizado. Recentemente, foram abertas inscrições para Medicina Veterinária. O curso exigirá uma estrutura maior, incluindo um novo espaço para as atividades práticas. A soma desse novo curso com os já existentes na área de biomédicas (Fisioterapia, Psicologia e Enfermagem) são vistos como embriões para a empreitada de Medicina.

Sem novos cursos, por enquanto
Com relação à Uerj Nova Friburgo, a pandemia certamente deu um freada nos planos de novos cursos, inclusive já discutidos em alguns conselhos da universidade. Mas, por enquanto, nada previsto, pelo menos para 2022. A discussão de bastidores era a possibilidade de trazer pós-graduações na área de Direito, uma vez que Nova Friburgo tem muitos graduados na área, mas raras ofertas de pós-graduação.            

Saldo de empregos positivo
Nova Friburgo gerou 311 novos postos de trabalho no mês de novembro. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), da Secretaria Nacional do Trabalho. No acumulado do ano, são 2.855 novos postos de trabalho formais. Ainda não estão contemplados os dados de dezembro que só serão divulgados no final do mês de janeiro.

Força das confecções
O setor industrial foi o maior responsável pelo crescimento, sendo responsável por 45% de todas as novas contratações em Nova Friburgo. Destaque para as confecções, setor que mais gerou empregos: 726. O destaque negativo em 2021 é o setor de supermercados, com 139 vagas a menos. Curiosamente, apesar de novos supermercados inaugurados neste ano, isso não refletiu na maior geração de empregos. 

2020 superado
Após terminar 2020 com um saldo de 620 desempregos, Nova Friburgo superou a pandemia e não só recuperou as vagas perdidas no ano anterior como ampliou em quase cinco vezes os empregos formais.

11º no Estado
Apesar da marca expressiva, Nova Friburgo não figura mais entre os dez melhores geradores de emprego do Estado, posição que ficou no primeiro semestre. O município ficou na 11ª posição, atrás de: Rio de Janeiro (1º), Macaé (2º), Niterói (3º), São Gonçalo (4º), Duque de Caxias (5º), Campos (6º), Nova Iguaçu (7º), Volta Redonda (8º), Petrópolis (9º) e Araruama (10º).

Desigualdade vacinal
Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam que apenas 16% dos municípios do Brasil apresentam mais de 80% da população com o esquema vacinal completo e alerta para a distribuição vacinal desigual. Isso é preocupante porque locais com baixa cobertura de vacinação representam um risco para a população local e se tornam porta de entrada para novas variantes.

Números desatualizados
No entanto, como a plataforma usa os dados do Ministério da Saúde, os dados podem ter defasagem. Isso porque, municípios como Nova Friburgo ainda não conseguiram regularizar a aplicação da vacina e o devido cadastro na plataforma do Governo Federal. Pela plataforma, Nova Friburgo teria completado o esquema vacinal (2ª dose) em 63,84% da população alvo (acima de 12 anos). Já a prefeitura divulga ter completado o esquema vacinal de 93,49% dessa população.

Melhor x pior
Ou seja, pelos números frios, sem a devida atualização, mas que dão base para os estudos técnicos do Ministério da Saúde, Governo do Estado e a própria Fiocruz, Nova Friburgo estaria entre os municípios brasileiros “em atraso” na vacinação. Pelos números da prefeitura, certamente estaria entre os melhores do país e do mundo. Resta saber quando os dados ficarão condizentes com a realidade.      

Palavreando
“Sorrio de longe, sinto de perto que a vida é mais do que um ano que passa com todas as suas tragédias e milagres e bem mais do que um ano que chega com todas as suas promessas e planos.  Agora sou o que sou, amanhã já não sei”.

Ano de 2021 foi de muitas perdas. No cotidiano que começa a se reestabelecer, três ausências são muito sentidas na vida prática do friburguense. Figuras que, se não ilustravam os jornais ou no campo das autoridades, eram extremamente queridas e faziam parte do dia a dia da cidade. A coluna faz questão de relembrar hoje, Lauro, Papagaio e Cesar Namer. O ano começou com a perda do Seu Lauro para a Covid-19. Mais antigo barbeiro da cidade, era também um cidadão participativo no Parque Maria Teresa. Papagaio, o pai das Filhas de Bamba. O entusiasta da mais autêntica roda de samba de Nova Friburgo, lá no seu cantinho, no Córrego Dantas. Acometido por um câncer, deixou legado com as filhas. E por último, mais recentemente, Nova Friburgo perdeu o mais mineiro dos friburguenses. Dono do melhor arroz com feijão da serra, César era um tricolor de bom coração já deixa muitas saudades.   

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A VOZ DA SERRA é um provocador de emoções!

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Quando peguei meu presente de Natal na caixa do correio, no portão, antes mesmo de abrir, senti o peso de seu conteúdo: 20 páginas de uma edição de tirar o fôlego de qualquer viajante que se disponha a viajar na arte da escrita. A folha A4 logo deu o seu chilique: - Elisabeth, sua maluca, você não vai querer que eu seja o seu “saco de viagem” para carregar tanta bagagem literária! De minha parte, faço ouvidos moucos e me ponho a pensar, digitando as palavras, porque o desafio é muito estimulante.

Quando peguei meu presente de Natal na caixa do correio, no portão, antes mesmo de abrir, senti o peso de seu conteúdo: 20 páginas de uma edição de tirar o fôlego de qualquer viajante que se disponha a viajar na arte da escrita. A folha A4 logo deu o seu chilique: - Elisabeth, sua maluca, você não vai querer que eu seja o seu “saco de viagem” para carregar tanta bagagem literária! De minha parte, faço ouvidos moucos e me ponho a pensar, digitando as palavras, porque o desafio é muito estimulante.

E vamos engatar a marcha à ré e pegar o túnel do tempo: “Papai Noel existe” – a frase de efeito na manchete, “Há 50 Anos”, em dezembro de 1971, não perdeu a validade. Seja pelo legado de São Nicolau ou pelas tradições que acompanham a magia do Natal, o Bom Velhinho está entranhado na cultura natalina e ai de quem tentar banir a sua figura emblemática, pois, sem essa ilusão, é bater de frente com a vida.

Mas vejam só quem encontrei nesta feliz viagem: Robério Canto! Que prazer, meu caro ídolo! Eu sempre dizia: quando eu crescer quero escrever igual a ele. Bem, eu cresci, mas e daí? Continuo esperando o meu crescimento literário, como quem “espera Juliana”. Agora, acabei de aprender, em cada canto do texto de Robério que “há muito tempo eu já devia ter aprendido a não sonhar com coisas que não posso ter...”.

Além do Papai Noel, outra tradição inserida na cultura natalina foi a brincadeira do “amigo secreto”. Agora tudo está modernizado com as ferramentas da internet, que fazem todo o serviço e “é possível brincar até mesmo remotamente”. Sorteios, definição de valores dos presentes, vitrines virtuais e até “escolher quem tirar ou não no sorteio”, tudo é possível. No modo antigo, por exemplo, se a pessoa tirasse alguém que não fosse do seu agrado, a estratégia era dizer: “tirei meu nome”, e trocar o papelzinho.

Neste “Natal do Reencontro” as energias foram promissoras, porque estamos cientes de quanto é bom reunir. Cidade linda, casas enfeitadas, crianças preparando biscoitos, presentes criativos, os bordados de Júlia Santarém, receitas para a ceia caipira... O jornal é um verdadeiro banquete de ideias para o novo ano. Contudo, a charge de Silvério foi concisa: “Se beber não dirija”. Os aniversários acontecem e saudamos a Estrela Dalva Ventura, pelo seu dia 25! Vivas também para o Carlos Rapiso, estimado e competente contador, por seu novo ciclo, na próxima quinta-feira, 30.

“A magia não pode parar” e surpreender as crianças é algo cada vez mais emocionante, que não há de sair de moda. Encontrar Arnaldo Miranda na edição especial de Natal foi uma surpresa e tanto. Confesso que me emocionei, me sentindo dentro do seu texto. Também me faço a mesma pergunta, Arnaldo, pois, em nossa vida modesta, como meus pais conseguiam “ajuntar a sabedoria, a delicadeza, a generosidade, a solidariedade aos ritos sagrados?...”. Meu lar era assim mesmo, e eu “vasculhava a casa”, procurando o Bom Velhinho que me deixava os presentes. Que magia, que lindo, Arnaldo!

Gabriel Alves nos convidou: “agora é hora de repensar. Refletir sobre o que ficou para trás e o que ainda vem pela frente...”. Sabemos, como destacou Ana Borges, que a “celebração do nascimento do menino Jesus renova a fé e reaviva a esperança  em um novo tempo...”. E Jesus, “o ser de luz”, como acentuou Wanderson Nogueira, é o “homem que conviveu com a humanidade, fez escolhas que pareciam impactantes. Ele escolheu os excluídos. Ele ouvia, compreendia e entendia os que não eram ouvidos, os invisíveis...”. Descobrir esses invisíveis é nossa tarefa humana. Dom Luiz Ricci, nosso bispo diocesano, afirmou: “Quanto mais humanos, mais nos aproximamos de Deus e da santidade. Quanto mais humanos, melhores seremos...”. Entre os “Aromas de Natal”, o pastor Gerson Acker foi intenso ao perceber os mais sutis “cheiros”, do estábulo aos sabores da mesa natalina. Entretanto, completou: “A essência do aroma de Natal é Jesus, o Filho de Deus, que se torna humano. É cheiro de bebê. É cheiro de leite materno. É cheiro de família...”. Feliz Jesus todos os dias no seu coração! Eis o perfeito Natal!

 

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Estreou nova idade

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Estreou nova idade

Nesta última segunda-feira do ano, 27 de dezembro, quem passou o dia recebendo parabéns pelo 49° aniversário, foi o admirado Marcelo Machado da Cruz, na foto acompanhado da esposa Selda e dos filhos Marcelly e Gabriel.

Congratulações pela nova idade e tudo de bom ao grande Marcelo.

Trégua natalina

Ao que parece, até a tristeza por conta das mortes por Covid-19 deu um tempinho neste Natal.

Estreou nova idade

Nesta última segunda-feira do ano, 27 de dezembro, quem passou o dia recebendo parabéns pelo 49° aniversário, foi o admirado Marcelo Machado da Cruz, na foto acompanhado da esposa Selda e dos filhos Marcelly e Gabriel.

Congratulações pela nova idade e tudo de bom ao grande Marcelo.

Trégua natalina

Ao que parece, até a tristeza por conta das mortes por Covid-19 deu um tempinho neste Natal.

Assim como praticamente todo o comércio fechou as portas sobretudo na tarde/noite do último sábado, 25, dando folga merecida aos funcionários, até mesmo o memorial que fica no bairro Duas Pedras esteve fechado sem funcionamento por conta da inexistência de velórios.

"O veneno que me salva"

O ex-vereador friburguense Cláudio Damião (foto), que no passado esteve a frente do Sindicato dos Bancários da região, se consolida também como poeta e escritor.

Após o sucesso de sua primeira publicação da poesia "Janelas do Tempo", em 2012, Cláudio lançou recentemente mais um livro de poesia: "O veneno que me salva", que pode ser encontrado em uma livraria na Rua Monsenhor José Antonio Teixeira.

Maçonaria e Campesina

Duas destacadas instituições friburguenses começarão o novo ano celebrando aniversários de fundação. Dia 2 de janeiro, a Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo completará 183 anos. No dia 6, os parabéns vão para a Sociedade Musical Campesina Friburguense que comemora 152 anos de fundação. Nesta data que também é o Dia de Reis, coincidentemente, o presidente da banda, Carlos Magno da Silva, o Maguinho, soma mais um ano de vida.

Vivas a dupla querida!

Desde já, antecipamos os cumprimentos em dose dupla de satisfação a dois estimados amigos que aniversariam nesta quinta-feira, 30: Eric Lugon e o conhecido advogado, dr. José Carlos Alves, figuras bem conhecidas e queridas em Nova Friburgo. Felicidades e mais felicidades, é o que desejamos!

Maravilhoso e feliz 2022!

Nesta última terça-feira do ano de 2021 que foi marcado por vitórias e alegrias, apesar de muitas adversidades enfrentadas por muitos, apresentamos aos leitores, colegas de trabalho no jornal e amigos em geral, os sinceros votos de feliz 2022, recebendo-o como uma porta aberta para renovações de fé, realizações de novos sonhos com muita saúde, paz, alegrias e grandes realizações.

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Agir com misericórdia

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Aproxima-se o fim de mais um ano e a abertura de mais um ciclo em nossas vidas. Todo recomeçar é permeado da esperança de que tudo será diferente. No entanto, está sob nossa responsabilidade fazer construir essa nova realidade. Diante de tudo o que vivemos em 2021, é desejo comum que em 2022 sejamos promotores de humanidade. Assim, é urgente que a misericórdia ocupe o primeiro lugar em nossas atitudes.

Aproxima-se o fim de mais um ano e a abertura de mais um ciclo em nossas vidas. Todo recomeçar é permeado da esperança de que tudo será diferente. No entanto, está sob nossa responsabilidade fazer construir essa nova realidade. Diante de tudo o que vivemos em 2021, é desejo comum que em 2022 sejamos promotores de humanidade. Assim, é urgente que a misericórdia ocupe o primeiro lugar em nossas atitudes.

Na bula de proclamação do Ano Santo da Misericórdia (2015-2016), o Santo Padre convocou toda a Igreja para ser sinal eficaz do agir de Deus Pai. Somos chamados a testemunhar a misericórdia de Deus por toda a humanidade. Não é aleatória a escolha deste tema na era em que vivemos. O mundo está necessitado de misericórdia, a humanidade está necessitada de compaixão.

Como um pastor que conduz seu rebanho, o Papa Francisco encaminha toda sua grei às entranhas da misericórdia de Deus. Ele traça com clareza o caminho que devemos seguir, mostra-nos necessitados da misericórdia, evidencia exemplos, ensina-nos a ver a misericórdia divina que toca nossa humanidade e nos faz relembrar como deve ser o agir de um verdadeiro cristão.

O Sumo Pontífice faz-nos perceber que somos necessitados da misericórdia de Deus. Já em sua primeira missa com o povo (17 de março de  2013), o Santo Padre diz que o primeiro passo para experimentar a misericórdia é reconhecer que somos necessitados dela. Somos homens feridos pelo pecado. Sabemos escolher entre o bem e o mal, mas devido a nossa fraqueza escolhemos o mal. E esta realidade acrescenta-se à ideia de que nosso pecado não pode ser perdoado. Falta-nos a experiência concreta da misericórdia. “(...) é triste ver como a experiência do perdão na nossa cultura vai rareando cada vez mais” (Misericordiae vultus, 10).

Nosso agir, por vezes, se aproxima do “servo sem compaixão” (Mt 18,22), que tendo sido perdoado de uma alta dívida foi incapaz de perdoar a pequena parcela de seu devedor. Afirma, categoricamente, o Santo Padre que a misericórdia não pode ser compreendida por nós só como a agir do Pai, mas é um dever para nós cristãos. “Somos chamados a viver a misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conosco” (idem, 9). Assim, por termos experimentado a misericórdia divina, somos impelidos a expressá-la em nosso agir.

Façamos com que este próximo ano seja marcado pela misericórdia, estando atentos às dores de nossos irmãos, às suas necessidades mais urgentes, partilhando como verdadeiros irmãos e fazendo acontecer a paz, igualdade e fraternidade.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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