Lições que podemos aprender com Santa Catarina

Lucas Barros

Além das Montanhas

Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Em alemão, “Wanderlust” é definido como um termo que expressa o desejo em explorar o mundo. O sentimento de pegar um carro, um avião, ou mesmo uma bicicleta para viajar proporciona a nós uma sensação indescritível e só quem ama desbravar outros lugares sabe o aconchego que isso nos traz.

Não sei se somente eu, mas confesso que sempre me pego olhando ao redor dos lugares que visito e busco reparar o que há de melhor pelos quatro cantos das cidades e que poderia ser aplicado na nossa querida Nova Friburgo. Seja uma política criada através de uma lei ou mesmo, projetos que fariam a diferença na nossa cidade, que possui um potencial imenso, mas que não consegue alavancar de forma constante. Então, trazemos o questionamento. O que Nova Friburgo poderia aprender e melhorar na vida do friburguense?

A importância de uma meta

Um fato inegável é que Santa Catarina há muito tempo atrás decidiu que iria se tornar um dos polos industriais mais fortes de Brasil e fez disso uma realidade. Essa política fez com que cidades, do interior do estado e com a população próxima a nossa, se desenvolvessem e se tornassem referência no cenário nacional, como Chapecó, Criciúma e São José, entre outras.

Além disso, é inegável que, de uns anos para cá, o Estado de Santa Catarina decidiu que quer ser o maior polo turístico do Brasil. Assim, obras de pequeno, médio e grande porte vêm sendo feitas em todas as cidades do Estado proporcionando que os turistas vivam experiências únicas, tragam dinheiro para as cidades e as recomendem para outras pessoas.

Contudo, a sensação que temos é que Nova Friburgo encontra-se perdida. Com o passar dos anos, grandes indústrias se foram e poucos investimentos foram feitos na cidade para que nos tornássemos um grande polo turístico na região e no nosso estado.

A falta de uma meta definida para a cidade nos faz perder a identidade e torna nossa Nova Friburgo uma incógnita para o crescimento nos próximos anos. Afinal, se não sabemos onde queremos chegar, como iremos mudar? Temos que ter foco!

Ter metas e objetivos claros e bem definidos é primordial para a cidade. O propósito tem potencial de motivar e nortear as ações e a jornada evolutiva de qualquer tipo de projeto, fazendo com que a cidade toda sinta-se, diariamente, engajada, no sentido de vê-los tornando-se realidade em suas vidas.

Parcerias público-privadas

Historicamente, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) já existem há muito tempo, mas chegaram agora ao Brasil para solucionar de uma forma clara e socialmente eficaz com relação ao investimento privado e a infraestrutura pública em áreas de altíssima relevância social.

É possível conciliar um grande investimento público com a iniciativa privada e ter ótimos benefícios para a sociedade. O antigo mercado de peixes era conflitante com as políticas de higiene e de bem estar social e hoje dá espaço a um dos pontos turísticos mais visitados da capital catarinense, Florianópolis. Restaurantes com comidas típicas, vendas de artesanatos, alugueis de pontos comerciais e shows de artistas locais, mostram como o Mercado Público da capital é mega rentável não somente ao Estado, mas a toda população empresária e empregada beneficiada pela obra pública.

Zelo com a cidade

Parece simples e óbvio, mas é possível perceber que as diferenças estão nos pequenos detalhes. Nova Friburgo é sem dúvida, uma das cidades mais lindas desse país, com montanhas, rios, cachoeiras e um clima único e que tem um potencial de crescimento gigantesco.

É fato que as belezas naturais da nossa cidade dão um banho em municípios referências no turismo como: Gramado-RS e Campos do Jordão-SP. Em Santa Catarina não é diferente o zelo com que as cidades são administradas, contando sempre com ruas limpas e sem buracos, podas feitas e obras simples, como, por exemplo, a estruturação e o embelezamento dos pontos de ônibus para que a cidade seja bela até onde não se esperava beleza. Nova Friburgo perde muito em detalhes pequenos.

Resumo da ópera

Fato é que Nova Friburgo não está numa redoma e não somente podemos, mas devemos, nos inspirar com o que deu certo além das nossas montanhas.

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Lucas Barros

Além das Montanhas

Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.

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