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O que fazer em um dia difícil de viver?

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Tem dias que não nos sentimos bem emocionalmente. Isto é normal nessa vida de lutas para a sobrevivência, pela presença de dificuldades na família, pressão no trabalho, sofrimentos variados decorrentes de má administração pública, consequências físicas, mentais, sociais e econômicas de uma pandemia, desafios financeiros, guerra espiritual entre o bem e o mal dentro e fora de nós, entre outras causas. 

Tem dias que não nos sentimos bem emocionalmente. Isto é normal nessa vida de lutas para a sobrevivência, pela presença de dificuldades na família, pressão no trabalho, sofrimentos variados decorrentes de má administração pública, consequências físicas, mentais, sociais e econômicas de uma pandemia, desafios financeiros, guerra espiritual entre o bem e o mal dentro e fora de nós, entre outras causas. 

Saúde mental não é ausência de angústia ou tristeza. É aprender a lidar com estas dores emocionais de forma construtiva. Podemos aprender. Não para nos tornarmos orgulhosos ou prepotentes achando que somos mais fortes que os outros. Mas aprender a administrar nossas emoções para surgir humildade, serenidade, compaixão especialmente ao sermos iluminados e perceber que todos estamos no mesmo barco da existência com seus desafios.

O que você pode fazer em um dia difícil, em que a angústia, a tristeza, apertam seu peito? Primeiro de tudo aceite que você não é um deus, mas um ser humano com limitações e mesmo tendo uma personalidade mais resistente, aceite que nem sempre é possível estar bem como desejaria.

Em segundo lugar, observe para ver se existe alguma pendência, alguma necessidade de fazer reparação, restituir o que deve, pedir perdão, oferecer perdão, se proteger melhor, colocar limites, pedir coisas em vez de assumir fardos pesados demais desnecessariamente. E faça o que for necessário dentre estes exemplos de atitudes que dependem de você.

Em terceiro lugar, descanse no dia difícil. Descanse fisicamente. Tire um cochilo. Vá caminhar na natureza. Se afaste de barulhos, agitação, shoppings, e use algum tempo para orar e para meditar. Coma menos e consuma alimentos mais leves, naturais, sem estimulantes, pois isso ajuda o cérebro. Evite assistir TV e leia um texto que produz esperança, luz, conforto, talvez uma biografia de alguém que lutou com sofrimentos e obteve melhora, alívio, mesmo sem ter tido necessariamente a cura desejada.

Descanse mentalmente. Isto significa não ficar se cobrando que teria que estar bem, teria que estar funcionando com bom pique no trabalho, teria que estar contente e sem angústia, teria isto ou teria aquilo. Pare com estes pensamentos de “teria que”. E aceite o que pode ser nesse dia, o que pode existir nesse dia. E ao final da jornada diária, ao deitar para dormir, olhe para trás e veja que, apesar de ter sido um dia doloroso, Deus lhe ajudou a realizar algumas coisas.

Em quarto lugar, se for necessário, você pode desabafar com alguém ético e de confiança. Falar ajuda a aliviar. Mas não é com qualquer um. E não precisa colocar nas redes sociais o que você está sentindo neste dia difícil. Escolha uma pessoa de princípios, preferencialmente mais velha que você, em quem você confia, com quem não exista nenhum risco de envolvimento afetivo e sexual.

Em quinto lugar, pense em alguém que precisa de ajuda e faça algo para aliviar a necessidade desta pessoa. Se não for possível ajudar o outro no mesmo dia em que você não está se sentindo bem, faça planos para o mais breve possível oferecer auxílio dentro de seus recursos físicos e materiais. Quando nos envolvemos em ajudar a aliviar o sofrimento de alguém, nossos próprios sofrimentos são também aliviados.

Em sexto lugar, pense que o que é bom, aquilo que é agradável em sua vida mental, passa, infelizmente. Mas diga a si mesmo, relembre a si mesmo no dia doloroso, que o que é ruim, também passa. Repetindo este pensamento, o que é bom, passa. Mas o que é ruim, também passa.

 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Viva a mãe de Deus e nossa!

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Na última terça-feira, 12, celebramos Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Esta grande solenidade da Virgem Mãe de Deus recorda sua presença entre nós. A pequenina imagem de terracota encontrada em outubro de 1717, por três pescadores no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, é reconhecida como uma ação direta de Deus em favor de seu povo. Os muitos sinais que acompanham este esplêndido fato, recordam-nos a presença materna e consoladora da mãe do Senhor na nossa história e na nossa terra, sempre atenta às necessidades dos seus filhos.

Na última terça-feira, 12, celebramos Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Esta grande solenidade da Virgem Mãe de Deus recorda sua presença entre nós. A pequenina imagem de terracota encontrada em outubro de 1717, por três pescadores no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, é reconhecida como uma ação direta de Deus em favor de seu povo. Os muitos sinais que acompanham este esplêndido fato, recordam-nos a presença materna e consoladora da mãe do Senhor na nossa história e na nossa terra, sempre atenta às necessidades dos seus filhos.

As redes vazias dos pobres pescadores que quase se romperam pela abundância de peixes após o “aparecimento” da enegrecida imagem da Imaculada Conceição, ainda hoje têm muito a nos dizer. Maria, na sagrada escritura, é enaltecida por sua intercessão sempre constante.

A virgem é evocada pela rainha Ester, que arriscou a vida para salvar o seu povo da condenação à morte. Maria, perfeita e completamente salva e redimida de todo pecado por pura graça de Deus! Mais que ninguém, ela pode cantar as palavras de Isaías: “Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas joias” (Is 61,10).

Maria pura e casta, totalmente agraciada, totalmente salva por Deus, não esquece de nós, filhos que o filho, Jesus Cristo, lhe deu ao pé da cruz. Ela é a mulher do Apocalipse, em luta constante contra a serpente, o antigo inimigo, que ameaça o povo de Deus; ela é a mulher que, em Caná, intercede pelos esposos, ensina-nos a fazer o que o filho disser e cuida para que a água das nossas pobrezas e das nossas angústias seja transformada no vinho da alegria, fruto da ação do espírito do Cristo ressuscitado (cf. D. Henrique Soares, homilia).

No atual cenário brasileiro e mundial, somos mais uma vez conduzidos aos pés da virgem mãe de Deus e clamar sua intercessão. Nossas redes estão vazias. Falta-nos alegria, esperança e confiança. E mais uma vez ela recolhe nossas necessidades e a apresenta cada uma delas ao seu filho.

Roguemos à rainha e padroeira do Brasil que nos acompanhe em nossas dores, que interceda por nosso país diante de tantas limitações políticas ou sociais ou ecológicas, que ferem a liberdade e a dignidade dos brasileiros e impedem o crescimento da justiça e da paz. Que ela nos ajude a crescer e a nos libertar continuamente.

“Ajuda-nos, mãe de Deus e mãe nossa. Ajuda-nos a construir um Brasil mais cristão, mais justo, mais decente, mais pacífico e solidário, e que, pelas tuas preces maternas, jorre para nós o vinho bom da alegria e sejamos todos, um dia, herdeiros do Reino dos Céus. Amém”!

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação da Diocese de Nova Friburgo.

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O silêncio do rosto

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

A coluna da semana anterior, baseada no texto “O Espelho”, de Guimarães Rosa, contido no livro “Primeiras Estórias”, foi-me intensa, mais ainda pela leitura do livro “As Meninas”, de Lygia Fagundes Teles, no Clube de Leitura Vivências. As leituras me causaram quase um transtorno quando uma ideia me rondou a semana, instigando-me a refletir e a pesquisar sobre rostos. Meu travesseiro sabe disso... 

A coluna da semana anterior, baseada no texto “O Espelho”, de Guimarães Rosa, contido no livro “Primeiras Estórias”, foi-me intensa, mais ainda pela leitura do livro “As Meninas”, de Lygia Fagundes Teles, no Clube de Leitura Vivências. As leituras me causaram quase um transtorno quando uma ideia me rondou a semana, instigando-me a refletir e a pesquisar sobre rostos. Meu travesseiro sabe disso... 

O rosto tem a expressividade do jardim, que mostra como é cuidado, as vidas que guarda, as lágrimas sorvidas por suas terras e os sonhos percebidos pelas abelhas ao colherem o néctar das flores. O jardim fala através do silêncio. O rosto também. Caso o ser que nele habita oculte algo, acaba sendo denunciado através de um trejeito. Os olhos de lince são investigadores competentes, e, diante deles, rosto algum consegue ser dissimulado por longo tempo.

O espelho reflete o rosto que está à sua frente com todas as rugas que o revelam. As rugas não têm o que contar? A personagem Ana Clara, do romance “As Meninas”, tem um rosto marcado pelas tragédias que passou que fizeram com que as mágoas, os infortúnios e as perversidades que sofreu definissem sua fisionomia. Pelo menos no início da leitura não é possível vislumbrar a limpidez do seu rosto e a alma que o reveste. 

A maestria de Guimarães Rosa e de Lygia Fagundes Teles consegue nos dizer que o rosto é a síntese de uma existência. Até na morte é capaz de continuar a falar e a exclamar. 

Os rostos são desafiadores aos artistas. As expressões dos rostos pintados nas telas “Moça de Brinco de Pérola”, Johannes Wermeer, “O Almoço dos Banqueiros”, Renoir, e “Os Retirantes”, Portinari, revelam os sentimentos das pessoas representadas nas imagens. 

 No “Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, o rosto é capaz de revelar a não aceitação da passagem da vida e dos valores que humanizam a existência. Tomado por uma vaidade extrema e desejoso da juventude eterna e prazerosa, Dorian vende sua alma ao diabo para que, em vez dele, seu retrato envelheça e desapareça. Seu desejo é realizado. Sua imagem envelhece, registrando os traços ruins que vão marcando especialmente seu rosto, que vai ficando tão terrível que ele não suporta vê-lo. 

As transformações do rosto confirmam que nascemos, crescemos e morremos. Que somos responsáveis pelas decisões e caminhos que trilhamos. Que podemos ser movidos pela esperança. Que temos possibilidades e limitações.

 

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Delinquência jornalística não vence

sábado, 09 de outubro de 2021
Foto de capa

Manchetes:

Manchetes:

Segundo Padilha, a delinquência jornalística não vence: O governador Raimundo Padilha afirmou, ao receber o título de cidadão honorário de Barra Mansa, que o binômio moralidade-eficiência é o evangelho do seu comportamento político à frente do governo fluminense, pois a moralidade serve como permanente “que nos orienta, não no sentido do que devemos fazer, mas daquilo que não devemos fazer”. Observou que quando fala em eficiência, volta-se para os municípios e para as inquietações naturais de prefeitos e vereadores, “meus assessores permanentes que, a cada reinvidicação me trazem a realidade socioeconômica do Estado do Rio”.

Reforma do Ensino: Hoje, sábado, às 10h, no Salão de Atos do Colégio Anchieta, a palestra do Secretário de Educação do nosso Estado, Prof. Delton de Mattos, sobre o momentoso assunto “Reforma do Ensino”, objeto da mais alta indagação em todos os setores. O conferencista que é uma das grandes autoridades brasileiras na matéria que será debatida, responderá as perguntas que lhe forem encaminhadas previamente. O professorado estadual homenageará o conhecido, afamado e operoso mestre que, com discernimento e competência chefia o órgão controlador do ensino fluminense.

Friburgo e Teresópolis se uniram para fundar a Universidade “Serra dos Órgãos”: Em princípio serão integrados cerca de 18 municípios, criando-se, de imediato, em Teresópolis, a Faculdade de Farmácia e, em Friburgo, as de Engenharia Operacional e Direito. É geral a euforia da mocidade dos dois municípios que quer estudar e verifica um grande interesse de homens públicos e administradores em torno de uma matéria da mais alta transcedência, qual seja o da instituição de variados cursos superiores, nesta cidade.

Colégio Cefel: Segunda-feira, dia 11, às 16 horas, com marcante solenidade, terá lugar a abertura da “Exposição Annual de Trabalho” dos alunos do conceituado Colégio Cêfel, estabelecimento de ensino local que é um justo orgulho friburguense. Na mesma ocasião ocorrerão a abertura das olimpíadas de Curso Primário e o Juramento do Atleta, nas quais competirá a maioria das escolas primárias da nossa cidade, bem como vários grupos escolares estaduais.

Turismo em alto relevo: Carlos Rodolfo Fischer, João Maria P. Braune e mais seus doze colegas de grupo, apresentaram excelente trabalho por ocasião do 1° Ciclo de Estudos sobre Segurança Nacional e Desenvolvimento em Nova Friburgo. O assunto, dos mais complexos e palpitantes, o turismo, foi inteligentemente equacionado, com a afirmativa de que é na escola primária que se inicia a formação da mentalidade turística, já existindo um currículo mínimo de turismo regulamentado pelo Conselho Federal de Educação.

Pílulas:

Quem está a par da situação no Legislativo Municipal, sabe que é tranquilíssima a aprovação da mensagem e consequente resolução que autoriza o Prefeito a alienar ações da Petrobras, para com os recursos  ser realizado um arrojado Plano Educacional – Ensino Superior e Técnico-Profissional. Não será preciso gastar muita saliva.

Tanto quanto possível, daremos, através de nossas colunas, o máximo de subsídio para uma apreciação geral do povo friburguense, a respeito dos pontos de vista, comentários demarches e votos de líderes e de vereadores, na apaixonante matéria do projeto que o prefeito Feliciano Costa está levando à consideração do Legislativo.

Vamos chamar ao preenchimento de um questionário, homens públicos, associações, lideranças dos vários agrupamentos comunitários, políticos em evidência etc, realizando uma enquete de grandes proporções para bem esclarecer cada uma das opiniões pesquisadas. Continuamos a achar que é preciso deixar o momentoso assunto muito bem clareado para a posteridade, notadamente com definições no sentido do futuro pleito eleitoral.

Sociais:

A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Angelo Ruiz, Ruy Coelho da Rocha, Nilo Ferreira Torres e Amil Namen (10); Ary Ventura, Maria Nazareth e Luiz Gustavo (13); Marilse Rangel Ventura e Nydia Rangel da Silveira (14); Dilva de Moraes Martins (15); Benicio Júnior (16); Juvenal Namen, Mônica e Carmen Bravo Costa (17).

 

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Globo Repórter Três Picos

sexta-feira, 08 de outubro de 2021

Globo Repórter Três Picos

O longevo programa de reportagens da Rede Globo terá edição hoje, 08, às 22h40, totalmente dedicada ao Parque dos Três Picos. Boa parte da reportagem de Fernanda Graell foi realizada na área de Salinas e nas montanhas da região. O programa promete mostrar as paisagens exuberantes como os picos, a famosa pedra que contradiz a física e ainda a Mata Atlântica preservada e toda a vida que abriga.

Belíssimas imagens

Globo Repórter Três Picos

O longevo programa de reportagens da Rede Globo terá edição hoje, 08, às 22h40, totalmente dedicada ao Parque dos Três Picos. Boa parte da reportagem de Fernanda Graell foi realizada na área de Salinas e nas montanhas da região. O programa promete mostrar as paisagens exuberantes como os picos, a famosa pedra que contradiz a física e ainda a Mata Atlântica preservada e toda a vida que abriga.

Belíssimas imagens

No anúncio da apresentadora Sandra Annemberg, o programa destaca que os Três Picos é um dos melhores lugares do mundo para se observar pássaros. Além da vida selvagem que convive com as fazendas no entorno do parque, a culinária não fica de fora. A broa de milho e as comidas típicas da região também são abordadas. O programa inédito vai ao ar na TV, mas também poderá ser visto nas plataformas digitais da maior emissora de TV do país e na Globo Internacional.

Meme

“O que é? Onde fica? Como vivem?”. O conhecido chavão do programa não passou batido e a direção do Parque está chamando o público para assistir justamente com o bordão que consagrou o programa de reportagens. A brincadeira conquistou as redes sociais. Certamente para o Parque, que é o maior do Estado, é um momento ímpar estar em rede nacional com imagens incríveis e muitas inéditas de suas maravilhosas paisagens. Vale assistir, com direito a pipoca e tudo.

Em tempos...

No embalo do destaque ao Parque Estadual dos Três Picos, vale ressaltar a campanha de arrecadação de alimentos que será realizada nesse fim de semana em diversos pontos de abrangência da unidade de conservação ambiental. Serão arrecadados alimentos não-perecíveis na subida da serra (Boca do Mato), em Teresópolis, em Guapimirim e na sede dos Três Picos (Salinas - Nova Friburgo). Os donativos serão entregues a associações do entorno do parque que repassarão às famílias necessitadas.   

Só para quem pode

Mas é feriadão ou não é? Com o feriado de terça, 12, há quem vá emendar a segunda e aproveitar o fim de semana. Dependendo da repartição pública, muitos servidores não terão ponto facultativo, então para esses não será feriadão. Pessoal do comércio não só terá que trabalhar na segunda, 11, como acordo coletivo entre representações de empregados e patrões permite abrir na terça de feriado. Então para eles também não será.

Troca de folgas

A maioria das fábricas locais também tem acordo para trocar o feriado do dia 12 por folgas entre Natal e Ano Novo. Então para eles também não será feriadão. Mas cá entre nós: com a inflação galopante e a desvalorização da renda da maioria da população, ter feriadão, mas não poder curtir, é o mesmo que não ter feriadão.

Degusta Búzios

Para quem vai ter esse privilégio de ter feriadão e poder curti-lo, Búzios se prepara para o Degusta Búzios 2021 - Festival Gastronômico da cidade praiana.  Iniciativa da prefeitura local em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Búzios, o festival marca a retomada econômica da cidade. O formato mudou, aumentou de dois para três fins de semana: 14, 15, 16 e 17 de outubro, sempre de quinta a domingo até o fim do mês (21, 22, 23 e 24; 28, 29, 30 e 31). A medida foi tomada para evitar aglomerações.

Boa inveja

Mais de 80 bares e restaurantes de Búzios já confirmaram presença, cada um com seu menu exclusivo. Todos os pratos vão custar R$28 e as sobremesas R$22. Para Búzios tá bem acessível. Este ano as barracas serão padronizadas, distribuídas em vários pontos da cidade: Praça da Ferradura, Rua das Pedras, Rua Manoel Turíbio de Farias, Orla Bardot e Praça dos Ossos. Vários lounges serão espalhados pelo evento, com música e outras atividades culturais. Dá inveja, né? Não de quem vai! Mas inveja de que por aqui não termos iniciativas de retomada por parte do poder público.

Produtores de eventos

Sem dúvidas, os setores mais afetados pela pandemia foram o gastronômico, cinema e de produção de eventos. Muitas cidades estão retomando seus eventos. Por aqui, os próprios produtores consideram tudo muito tímido, inerte ou mesmo atrasado. Enquanto aqui vai começar a se obrigar máscara, outras cidades já falam em desobrigá-las. É uma comparação que se pode fazer com os eventos. Na avaliação de alguns produtores, Nova Friburgo sempre está na rabeira das demais. 

Vacinômetro

Até o fechamento da edição desta coluna, a prefeitura diz ter aplicado 151.237 doses de vacina contra a Covid-19. Confrontando com o número de doses enviadas pelo Estado (159.773), 8.536 têm destino incerto. Foram perdidas? Estão guardadas para repescagem? Só a prefeitura sabe ou deveria revelar. Já com relação à dose única da Janssen, os números batem: 4.360 doses distribuídas pelo Estado e segundo a prefeitura, todas aplicadas. Quanto ao registro no Ministério da Saúde, 208 aplicações, no entanto, seguem sem o registro oficial.

45 mil vacinas em estoque?

A discrepância de doses distribuídas e aplicadas com relação à segunda dose é maior, mas se releva porque essa fase segue em andamento. O Estado diz ter distribuído 133.485, a prefeitura divulga ter aplicado até o dia 01, 88.841. Ou seja, supõe-se que há no estoque 44.644 doses de vacina com orientação para a segunda dose. O medo de muitos friburguenses que aguardam a segunda dose parece superado, até por conta da orientação, por aqui seguida mais tarde, de aplicar Pfizer também em quem recebeu na primeira dose a Astrazeneca.    

Poucas doses a serem enviadas

No mesmo ínterim, considerando que a primeira dose (fase praticamente encerrada) foram 151.237 friburguenses vacinados, o Estado só teria que enviar aproximadamente mais 18 mil doses para garantir o ciclo vacinal em segunda. Resta saber a matemática da dose de reforço (3ª dose) e se houve muita gente que não se imunizou com a primeira. A dificuldade é que muitos friburguenses, com a lentidão local, se vacinarão antes do calendário daqui, na capital ou em outros municípios.           

Mutirão para pagar dívidas

O Procon Estadual abriu até o dia 26, as inscrições para o 1º Mutirão de Renegociação de Débitos. Os interessados devem preencher um formulário disponível no site do Procon-RJ, onde deve disponibilizar informações sobre condições financeiras. O órgão, com base nessas informações vai avaliar se o consumidor se enquadra ou não nos critérios de seleção para participar do mutirão.

Educação financeira

Bancos, financeiras, empresas varejistas, concessionárias de serviços públicos e outros fornecedores vão participar do evento. A ideia é auxiliar os consumidores superendividados a organizar a vida financeira até o final do ano. A ideia é também dar noções de educação financeira para adquirir crédito responsável.

Palavreando

“Vou sorrir com seu abraço, vou me alegrar toda vez que você despertar e ao espreguiçar, pedir um colo, todo o colo do mundo eu vou te dar. Vamos rodar o mundo inteiro, mesmo que numa folha de papel. E juntos, unidos e fortes, seremos para cada si o norte de uma rota para o céu”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

 

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Fora dessa

sexta-feira, 08 de outubro de 2021

         Melhor viver sem trapaça. Observando com o olhar de pessoa completamente leiga os eventos da natureza, consigo, ainda que mais ou menos, perceber uma lógica, o sentido da lei de causa e efeito. Embora sinta dó, assimilo que o predador e a presa tenham entre eles uma questão de sobrevivência, de subsistência, para resolverem. O consolo para além da questão do ciclo natural da vida é a certeza de que os animais agem por instinto e não por intenção de fazer um mal. O quebra-cabeça se encaixa.

         Melhor viver sem trapaça. Observando com o olhar de pessoa completamente leiga os eventos da natureza, consigo, ainda que mais ou menos, perceber uma lógica, o sentido da lei de causa e efeito. Embora sinta dó, assimilo que o predador e a presa tenham entre eles uma questão de sobrevivência, de subsistência, para resolverem. O consolo para além da questão do ciclo natural da vida é a certeza de que os animais agem por instinto e não por intenção de fazer um mal. O quebra-cabeça se encaixa.

         No entanto, quando os animais envolvidos nessa relação de caça e caçador são os humanos, não consigo assimilar. A começar, nós, humanos, somos munidos de inteligência e raciocinamos sobre nossos atos. Não precisamos nos alimentar uns dos outros. A disputa por espaços pode seguir uma linha da boa convivência. De fazer a coisa certa, ainda que essa definição não seja unânime. Nem equânime.

         Somos seres gregários que aprendemos ao longo dos séculos que regras são necessárias para que os limites individuais sejam respeitados. Com o passar do tempo, desenvolvemos a capacidade de nos organizarmos enquanto sociedade e nos estabelecemos detentores de direitos e obrigações. Há leis que nos resguardam, pois sem elas, seria bem mais difícil entendermos tais limites, prerrogativas e deveres.

         Pois bem. E o que temos feito com isso? Quando aprendemos, enquanto sociedade, a sermos trapaceiros, manipuladores, traiçoeiros? Quem ensinou aos homens e mulheres que para alcançar um objetivo, “permite-se” o jogo sujo, a clássica pisada na cabeça do outro para galgar o degrau de cima? Não era para ser assim, honestamente.

         Fazendo uma analogia com a natureza, realmente observamos, em se tratando dos animais, que são feitas emboscadas para abocanhar as presas, que alguns chegam sorrateiramente para atacar, que outros ficam à espreita aguardando a oportunidade ideal para abocanhar o alvo. Vemos a aranha preparar a armadilha para acolher o inseto em sua teia. O animal de maior porte muitas vezes utilizando de seu privilégio da força para atacar o menor. E vice-versa. A ligeireza e a sagacidade de alguns animais pequenos os levam à conquista de objetivos grandiosos. E assim a ordem natural das coisas vai acontecendo.

         E vejamos: nessa lógica que a olhos nus parece dar certo, não há ninguém raciocinando, não há a matéria, o dinheiro como objetivo, os sentimentos de ganância, poder, egoísmo, soberba, passam longe.

         Mas, e conosco, seres humanos? Temos o privilégio da inteligência, a capacidade de discernimento, somos naturalmente semelhantes, entretanto, fazemos um uso discutível da força, da capacidade intelectual, do poder de transformar o mundo para melhor. Ao mesmo tempo em que descobrimos a cura de doenças, criamos bombas atômicas, poluímos os rios, sacrificamos animais, desenvolvemos a violência, desrespeitamos o espaço do outro, desqualificamos o colega para ocupar seu espaço, mentimos, nos corrompemos, utilizamos a máquina pública para fazer o mal, para enriquecer ilicitamente, humilhamos os outros.

         Nossas armadilhas são ofensivas. Nossas presas são os seres que deveríamos amar - e proteger, como as espécies animais fazem com os seus. Utilizamos nossa fábrica de sentimentos para fomentar a ira, o materialismo, a competitividade, a inveja, a ganância, o egoísmo. Quando começamos a errar? E até quando vamos continuar errando? Esse plural me incomoda, e só o utilizo por pertencer a essa grande “espécie” de animais humanos.

         Do jeito que as coisas estão, estou quase pedindo para me “incluírem fora dessa”.

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Sua segurança financeira não depende do Pix

sexta-feira, 08 de outubro de 2021

Para nós, moradores de Nova Friburgo – uma cidade linda e pacata –, é difícil imaginar a realidade de cidadãos das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, mas os riscos de se tornar alvo de assaltos nestes locais é muito mais expressivo e o desenvolvimento de novas tecnologias têm possibilitado a reinvenção das abordagens criminosas. Já parou para refletir como os sequestros relâmpagos e as “saidinhas de banco” têm sido substituídos por outros tipos de golpes?

Para nós, moradores de Nova Friburgo – uma cidade linda e pacata –, é difícil imaginar a realidade de cidadãos das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, mas os riscos de se tornar alvo de assaltos nestes locais é muito mais expressivo e o desenvolvimento de novas tecnologias têm possibilitado a reinvenção das abordagens criminosas. Já parou para refletir como os sequestros relâmpagos e as “saidinhas de banco” têm sido substituídos por outros tipos de golpes? Já não é mais necessário ter acesso a agências bancárias ou serviços de autoatendimento para realizar esse tipo de crime, basta encontrar pessoas com acesso ao mobile banking (serviços bancários através do aplicativo instalado no celular) e internet para – de maneira altamente contemporânea – ser alvo destas quadrilhas.

Contudo, aqui vem o questionamento: este é um problema das novas tecnologias ou do sistema social? Claramente, o sistema social passa por grandes dificuldade há anos – muitos anos – e as mazelas sócio-humanitárias são as principais causas do aumento da criminalidade que, por sua vez, se adapta à realidade de cada época. Percebe como crimes desta natureza financeira sempre existiram e agora vêm migrando para outras ferramentas como o Pix, TED/DOC, boletos e outras possibilidades?

Pois bem, quando produtos com estas características tornam-se alvo de estelionatários, é papel do Estado garantir a segurança de seus usuários. E foi exatamente isso que o Banco Central fez, alterou regras de utilização dos meios de pagamento e transferências bancárias para reduzir os riscos e desincentivar as atividades criminosas. O projeto já vem sendo discutido desde agosto, mas foi a partir da última segunda-feira, dia 04 de outubro, que os novos parâmetros tornaram-se realidade. Agora, os serviços de Pix, TBI, TED, DOC e boletos são limitados a R$1mil entre 20h e 6h. Entretanto, existe a possibilidade de cadastrar contas específicas a fim de excluí-las das regras de limitação, mas o processo de cadastramento tem prazo de 24h a 48h para ser efetivado e, assim, evitar a alteração imediata em situação de risco.

São medidas paliativas, eu concordo, mas essenciais para manter a segurança cidadã enquanto mazelas sócio-humanitárias – o verdadeiro problema – são corrigidas ao longo do tempo; um grande desafio para as autoridades políticas.

Aqui, hoje, meu intuito foi mostrar que você não precisa sentir nenhum tipo de receio ao utilizar novos – e tecnológicos – serviços financeiros; eles são seguros e eficazes. O que compromete a segurança e liberdade cidadã são problemas muito mais complexos e, infelizmente, longe de serem solucionados (mas que existem e promovem violência há séculos, quiçá milênios).

Portanto (e por ora), vida-longa ao Pix!

 

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A queda das redes sociais num mundo globalizado

quinta-feira, 07 de outubro de 2021

Blackout nas comunicações

Devido a uma grande instabilidade, os sites e aplicativos do Instagram, Facebook e Whatsapp ficaram fora do ar por um período de sete horas na tarde desta segunda-feira. Usuários começaram a reclamar de falta de acesso, falha na atualização do feed e do carregamento de mensagens por volta das 12h30 (horário de Brasília), que somente retomou seu pleno funcionamento pelas 19h00.

Blackout nas comunicações

Devido a uma grande instabilidade, os sites e aplicativos do Instagram, Facebook e Whatsapp ficaram fora do ar por um período de sete horas na tarde desta segunda-feira. Usuários começaram a reclamar de falta de acesso, falha na atualização do feed e do carregamento de mensagens por volta das 12h30 (horário de Brasília), que somente retomou seu pleno funcionamento pelas 19h00.

A empresa Facebook por sua vez alega que não foi detectada nenhuma falha de segurança ou ataque hacker, mas que tudo foi proveniente de um erro interno de sistema que ocorreu durante uma configuração e atingiu os roteadores do backbone, pilar basilar que coordena o tráfego de informações na empresa.

De acordo com a Bolsa de Valores americana com negócios do ramo de tecnologia, a Nasdaq, a empresa de Mark Zuckerberg perdeu 5% de valor de mercado em apenas um dia, algo próximo aos 50 bilhões de reais.

Impactos externos

Hoje as empresas de tecnologia estão todas interligadas e de certa forma, coordenam o nosso modo de viver. O dia de segunda-feira pode nos mostrar com clareza o quão dependente somos dos serviços de comunicação, não somente para lazer, mas especialmente para trabalho, comunicação e organização pessoal.

Muitas empresas usam suas redes sociais como vitrine e como principal meio de contato como o cliente num mundo tão globalizado, sem necessariamente, possuir uma sede física em algum lugar. Contudo, com a instabilidade do grupo Facebook dessa semana, muitos empreendedores tiveram impacto direto em suas vendas e relataram prejuízos.

Por sua vez, aplicativos de comunicação como Whatsapp, têm um papel imprescindível na comunicação nos dias atuais, reduzindo as distâncias, aproximando pessoas e trazendo agilidade e fluidez em nossa rotina, conforme apontado por Patrícia Fiasca, jornalista e pós-graduada em Comunicação Integrada pela ESPM:

“Não existem fronteiras e isso ficou ainda mais evidente nos tempos de pandemia, em que tivemos que nos adaptar rapidamente a novos processos e rotinas. Nunca foi tão clara a percepção de que podemos nos comunicar com pessoas em qualquer lugar do mundo e resolver boa parte da nossa vida pelo computador ou celular, já que fazer as coisas presencialmente muitas vezes não é a opção mais viável.”

Por fim, o blackout de segunda-feira serviu para alertar o quão “viciadas” as pessoas estão em acessar as redes sociais a todo tempo. Quem não ficou abrindo os aplicativos de mensagens e de fotos, de minuto em minuto, aguardando ansiosamente o retorno à normalidade, que atire a primeira pedra. Algumas pesquisas apontam que o uso das redes sociais é a primeira coisa feita pela maior parte das pessoas logo ao acordar e a última antes de dormir.

A web-interação é uma realidade na vida das pessoas e que veio para ficar, com seus benefícios e malefícios. Contudo, torna-se necessário entendermos qual o limite entre a dependência do uso e as necessidades habituais ao dia a dia.

Quem nunca lidou com a chata situação de estar junto a um grupo e se deparar com todos, a todo tempo, usando seus smartphones? A habitualidade de postar fotos, vídeos e checar a vida alheia se tornou mais do que um hobbie, mas uma necessidade, conforme indicado pelos pesquisadores do King's College de Londres, que um quarto dos jovens ficam em “pânico” ou “chateados” se o acesso ao aparelho celular lhes for negado.

A queda dos aplicativos do grupo Facebook, nesta semana, trouxe um leve desconforto às pessoas, contudo, segunda-feira foi um dia importante para ressignificarmos algumas coisas. A primeira é que não devemos depender unicamente de uma empresa para comunicação, especialmente se tivermos um negócio. A segunda é que estamos cada vez mais dependentes (e viciados) nas redes sociais. A terceira é que o aplicativo de SMS e de discagem, em nosso celular, ainda tem utilidade e não somente servem para ocupar a memória do aparelho.

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Uma dor de difícil cura

quinta-feira, 07 de outubro de 2021

Podemos sofrer diferentes tipos de dores. Dor física, dor mental, dor social, dor espiritual. Tem alguma que é pior? O que você acha?

Podemos sofrer diferentes tipos de dores. Dor física, dor mental, dor social, dor espiritual. Tem alguma que é pior? O que você acha?

Quem está no momento com dor física, por exemplo, de um câncer, ou de ciática, dor de dente forte, poderá dizer que esta é a pior dor. Quem está vivendo uma situação econômica complicada por ter sido demitido da empresa, talvez diga que esta dor social e financeira é a pior. Se uma outra pessoa está sofrendo abusos no seu lar, seja uma criança abusada pelo pai ou mãe, seja um marido convivendo com uma mulher autoritária e agressiva, ou uma esposa vivendo com um homem violento, certamente isto será visto como a pior dor.

Além disso, alguém pode estar decepcionado com Deus e sofrendo alguma perda que atinge a dimensão espiritual de sua vida, e neste caso poderá avaliar esta dor de origem espiritual como a pior.

Talvez a pior dor seja aquela que a pessoa está vivendo no momento. Porém, uma das dores mais difíceis de se enfrentar é a dor da infidelidade conjugal, a dor que um cônjuge que era fiel, que amava seu companheiro ou sua companheira, passa a experimentar. Nestes casos geralmente há um misto de angústia, tristeza, raiva, decepção, surpresa e espanto.

Por que um esposo trai sua companheira ou uma esposa trai seu companheiro? Se considerarmos os aspectos psicológicos da relação conjugal podemos encontrar algumas explicações. Um marido pode sentir falta de uma mulher, quando tem em casa uma esposa tipo mãe. Uma esposa pode sentir falta de um homem, quando tem em casa um marido tipo pai. Em ambos os casos o que predomina no cônjuge traído é talvez um excesso de papel de mãe e de pai que ela e ele praticam.

Outra explicação pode ser um homem fissurado em sexo, que sofre compulsão sexual e não se sacia com sua esposa. Outro argumento é o de que uma esposa pode ser fissurada em romance, e não se sacia com o que o marido oferece.

Seja qual for o motivo ou os motivos que empurraram a pessoa para uma infidelidade conjugal, nada a justifica. Explica, mas não justifica. Uma pessoa madura que está sofrendo no casamento não vai trair. Ela vai tentar resolver o problema do relacionamento atual que produz infelicidade e frustração.

A dor da infidelidade é de difícil cura. E pode causar muita devastação na família e mesmo entre amigos do casal. Evite isso. Seja sincero, seja sincera com seu cônjuge, abra o jogo e explique que está sentindo falta de algo no casamento ou noivado e mesmo no namoro, e diga o que é. O sofrimento poderá ser muito menos destruidor e devastador se você que está sendo tentado ou tentada a trair seu cônjuge, sentar e conversar com ele e explicar o que está ruim no relacionamento. Não siga modelos mesquinhos e doentios de novelas de televisão.

A dor da infidelidade conjugal tem um processo de cura bem doloroso. Pode levar anos. A ferida pode ir se fechando e reabrir mais adiante e depois começar a cicatrizar de novo. É bem difícil recuperar a confiança. É complicado voltar a ter o sentimento agradável pelo cônjuge que traiu e pelo cônjuge traído. Menos pior talvez seja ser honesto, honesta e romper o relacionamento, do que trair e abrir uma ferida de difícil cura que pode deixar cicatrizes para o resto da vida, em todos da família.

Uma maioria dos casos de infidelidade conjugal tem cura. Neste caso também é melhor prevenir do que tratar. Porque é uma dor de difícil cura. Seja honesto, seja honesta com seu cônjuge. Se tem a sensação de que não ama mais, fale disso, chegue a um acordo, mas evite a infidelidade. Ela também é uma maldade e uma prisão, embora com gosto de liberdade. Uma pessoa interessante lá fora que lhe atrai, também tem problemas. Cuidado, não se iluda.

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De volta aos palcos

quarta-feira, 06 de outubro de 2021

De volta aos palcos
Depois de quase dois anos sem se apresentar com plateia, por conta da pandemia, Benito di Paula vai celebrar seus 80 anos de idade no lugar que o consagrou: o palco e com público. O friburguense mais ilustre se apresentará no Rio de Janeiro exatamente no dia em que nasceu: 28 de novembro. O show será no Viva Rio, às 20h.

De volta aos palcos
Depois de quase dois anos sem se apresentar com plateia, por conta da pandemia, Benito di Paula vai celebrar seus 80 anos de idade no lugar que o consagrou: o palco e com público. O friburguense mais ilustre se apresentará no Rio de Janeiro exatamente no dia em que nasceu: 28 de novembro. O show será no Viva Rio, às 20h.

Benito + Rodrigo
Benito usou esse tempo de isolamento social para estar ao lado do filho, Rodrigo Vellozo, no projeto Benito + Rodrigo em casa, com lives semanais no Instagram e pequenas entrevistas com músicas que relembram a carreira do cantor. Agora, com vacina e consequente relaxamento das medidas sanitárias, pai e filho vão para o palco. Rodrigo é uma das atrações do aguardado show que deve contar com o melhor do repertório do Homem da Montanha.

Obrigatório comprovante de vacinação
Importante lembrar que há um vasto protocolo para estar no show. Como só ocorre daqui a quase dois meses, por enquanto as normas são: público reduzido (um terço da capacidade do espaço), apenas venda por mesas ou camarote com duas ou quatro pessoas que sejam da mesma família ou grupo de convivência comum, obrigatório o uso de máscara e a apresentação de documento com foto e comprovante de vacinação contra a Covid-19 pela plataforma online do SUS (ConectaSUS) para todos que tenham acima de 18 anos. 

Ingressos limitados
Os ingressos só estão sendo vendidos por meio online e custam a partir de R$ 120,00 (R$ 60, a meia para quem tem direito). Com o distanciamento entre as mesas e sem a pista de dança, o espaço onde caberiam até quatro mil pessoas, deve se limitar a aproximadamente mil pessoas, mantida as regras atuais até lá. Ou seja, a quantidade de ingressos é bastante limitada.      

Salve Benito!
Celebrando seus 80 anos, apesar da pandemia e da inércia da cidade, espera-se que Nova Friburgo possa fazer as devidas reverências a esse artista que jamais escondeu suas origens serranas. Show por aqui, homenagens variadas seriam, certamente, muito bem-vindas. Basta olhar para a vizinha Duas Barras com seu conterrâneo Martinho da Vila e quem sabe aprender algo com a experiência de lá.   

Talento friburguense
Tem friburguense campeão de disputa de samba no grupo especial do Rio de Janeiro. O compositor Devid Gonçalves faz parte da parceria vencedora na Viradouro encabeçada por Felipe Filósofo. Considerada pelos críticos como uma obra-prima, o samba apresenta uma inovação para os desfiles. Foi todo feito em forma de carta.

Devid Gonçalves
Os autores revelam que ao lerem a sinopse da atual campeã do carnaval carioca não tiveram dúvidas: buscaram no samba de Noel Rosa, da década de 30, a inspiração para fazer um samba-enredo em forma de carta. O risco da inovação deu certo. O samba conquistou o público, críticos e os jurados da agremiação de Niterói, que escolheram o samba que tem o friburguense no time, como hino de 2022.

Carnaval pós-pandemia
O enredo da Viradouro é: “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”. O desfile vai destacar o sentimento dos cariocas na folia de 1919, que marcou o fim da pandemia da gripe espanhola. Parecido com o que vivemos agora. Assinado pelo cantagalense Tarcísio Zanom. Quer mais filhos da região como protagonistas do maior carnaval do mundo? No carro de som da Viradouro tem o friburguense, Guto. Já na Grande Rio, Evandro Malandro e Kaísso.

Poesia pura
O samba-carta tem tudo para ser um dos melhores entre os 12 que desfilam no carnaval do ano que vem na Marquês de Sapucaí. Começa exatamente como se fosse uma carta do Pierrot apaixonado (o povo) para a Columbina (o carnaval): "Amor, escrevi esta carta sincera. Virei noites à sua espera. Por te querer quase enlouqueci. Pintei o rosto de saudade e andei por aí. Segui seu olhar numa luz tão linda, conduziu meu corpo, ainda, o coração é passageiro do talvez, alegoria ironizando a lucidez. Senti lirismo, estado de graça. Eu fico assim quando você passa”. E segue até ser assinada com data e tudo: “Rio de Janeiro, 05 de março de 1919”.

Rio confirma carnaval
Ressalte-se que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou o carnaval do ano que vem, sem distanciamento e sem limitação de público. As 12 escolas do grupo especial já anunciaram seus sambas, cujas finais estão sendo exibidas na TV Globo, aos sábados. Destaque para os sambas da Mangueira, Grande Rio e Mocidade, apontados ao lado da Viradouro como os melhores da safra.

Outros destaques friburguenses
Pelos enredos, também devem conquistar o público os sambas da Vila Isabel e da São Clemente. A primeira homenageia Martinho da Vila, enquanto a segunda homenageia o comediante Paulo Gustavo que faleceu neste ano. Outros compositores friburguenses também participaram das disputas de samba do carnaval carioca. Destaques para Jefinho que ficou nas semifinais da Imperatriz Leopoldinense e Guto Guimarães, semifinalista na Mangueira. Sempre bom lembrar que o atual Estandarte de Ouro é friburguense: Evandro Malandro, intérprete oficial da Grande Rio.

Tocando em frente
Se o Rio confirma o carnaval, assim como já fez também a cidade de São Paulo, por aqui sem indicativos por parte da Prefeitura. Preocupados, mas alheios às reais intenções dos mandatários locais, as escolas de samba de Nova Friburgo estão tocando a vida e preparando os desfiles. A Imperatriz de Olaria, inclusive, recebe até 29 desse mês, os sambas que pretendem concorrer na disputa da Vermelho e Branco.        

Palavreando
“Quando se é jovem, a gente acredita que o tempo é tão criança quanto nós, mas, na verdade, o tempo nos faz desistir de algumas crenças, como a de que não se pode voar como o Super-Homem”.

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