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A troca de afetos no final de ano

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Hoje vou falar da literatura que acontece na vida, das palavras que não
são escritas, mas ditas espontaneamente, dos gestos que não são descritos,
porém expressos com naturalidade. A literatura corre pelos meandros das
relações afetivas entre os seres deste planeta azulado, a safira do sistema
solar.
Nesta época do ano, a afetividade está aflorada e manifesta de formas
diferentes. O olhar e o sorriso ganham um brilho especial, os braços parecem
ficar maiores para acolher o outro e os beijos mais estalados. Os acenos mais

Hoje vou falar da literatura que acontece na vida, das palavras que não
são escritas, mas ditas espontaneamente, dos gestos que não são descritos,
porém expressos com naturalidade. A literatura corre pelos meandros das
relações afetivas entre os seres deste planeta azulado, a safira do sistema
solar.
Nesta época do ano, a afetividade está aflorada e manifesta de formas
diferentes. O olhar e o sorriso ganham um brilho especial, os braços parecem
ficar maiores para acolher o outro e os beijos mais estalados. Os acenos mais
vibrantes. Até as lágrimas deixam-se correr facilmente pelas faces.
Os afetos contornam a vida através de um esforço esperançoso para que
as coragens e as disposições nos animem frente aos desafios do tempo que
estão por vir. Nos últimos dias do ano, há questões pendentes a serem
resolvidas, acenos de despedidas, relações a serem comemoradas e
resgatadas, motivos para celebrar a vida. É um tempo de finalização ante o
novo ano que vai chegar.
Tenho sentido isso nas trocas de mensagens de Natal, já que os cuidados
com a saúde nos exigem certa distância. As emoções, mesmos que tocadas
pelo Covid-19, explodem constantemente em nossos afetos. Ah, somos seres
de sentimentos, cercados por tantos outros, como os animais e as plantas.
Somos uma vida dentre tantas que fazem os sentimentos borbulharem do
nascer ao pôr-do-sol.
O vermelho vibrante, como a intensidade do sangue, surge nas
mensagens às pessoas queridas, possibilitando a troca de bons afetos e
desejos. É prazeroso construir, enviar e receber mensagens. Os cartões de
Natal, encaminhados pelos correios, deixaram de existir faz tempo, os virtuais
tomaram conta da internet porque as pessoas continuam a sentir necessidade
de trocar afetos neste final de ano. É um intercâmbio que alimenta a alma
porque nos faz sentir amados. Os modos de amar estão sendo modificados
pela modernidade, mas o amor ainda não pereceu. Continua a manter-se vivo,

pronto para interagir, enquanto força que revitaliza nossas energias e fortalece
nossos elos com a vida. Salva-nos!
O Natal se caracteriza por uma energia forte que emana do interior de
cada ser vivo. Os animais também fazem parte do Natal, tal qual as plantas.
Inclusive o pinheiro e a rena são símbolos marcantes deste tempo.
Que neste final de ano, a troca de afetos seja como um óleo que unte
nossas forças para trilharmos os caminhos de 2022.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Presente de Natal

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Eu estava num quiosque em Copacabana, tomando uma caipirinha atrás da outra, esperando Juliana e pressentindo que Juliana não viria. Tinha chovido durante o dia, a tarde estava cinzenta, o mar vinha que parecia querer engolir a cidade, mas de repente mudava de ideia e estancava na beira da praia. Eu fazia força para não pensar em nada, mas a Ju também era uma onda que ia e voltava sem cessar.

Eu estava num quiosque em Copacabana, tomando uma caipirinha atrás da outra, esperando Juliana e pressentindo que Juliana não viria. Tinha chovido durante o dia, a tarde estava cinzenta, o mar vinha que parecia querer engolir a cidade, mas de repente mudava de ideia e estancava na beira da praia. Eu fazia força para não pensar em nada, mas a Ju também era uma onda que ia e voltava sem cessar.

Foi aí que dois meninos passaram na frente do quiosque, chutando uma bola já meio gasta de tanto levar pontapé. Fiquei me perguntado onde, naquela tarde feiosa, eles iriam jogar, a areia ainda encharcada não era uma opção. Mal eles saíram do meu campo de visão e eu já tinha me esquecido de como eles eram, se eram brancos ou negros, se vestiam camisa de algum time de futebol ou uniforme escolar. Somente a bola ficou, quicando na minha memória.

... O mais importante era a bola. Na ruazinha obscura em que a gente morava, um menino tinha bicicleta — velha, mas tinha —. E o Gutemberg (a mãe dele brigava se a gente chamava ele de Guto), o Gutemberg até estudava em escola particular. Nada disso me doía. Mas quase todos tinham bola de couro, presente de Natais passados. E a minha era uma porcaria de borracha, a única vez que eu levei ela pra pelada foi a maior vaia, voltei pra casa chorando.

Era dezembro de novo. Eu não pensava em bicicleta, ou em passeio ao Rio de Janeiro. Gutemberg já tinha ido e dizia ser muito maior e mais bonita do que nossa cidade, com prédios que raspavam nas nuvens. Eu queria era uma bola de couro. Uma vez sonhei que estava entrando no campinho de terra, a bola apertada embaixo do braço, brilhando que nem que fosse de ouro.

Mamãe quase não saía mais da cama, vovó tinha vindo de Campos tomar conta da casa e atazanar a minha vida. Mal eu botava o pé na rua, e ela já estava na janela gritando: “Entra pra dentro menino!” Mas foi bom, porque papai não precisava mais pagar empregada. Além disso, eu vi ele falando com mamãe que as coisas estavam melhorando na oficina.

Os dois meninos passaram de volta. Reparei que estavam com camisa do Flamengo. Parece que tinham desistido de bater bola e iam fazer qualquer outra coisa enquanto a noite não chegava. Eu é que não desistia. Naquele Natal, vovó ajudando em casa, a oficina com mais serviço, eu podia enfim pedir uma bola de couro. Na vida toda, foi o único bilhete que escrevi pro meu pai.  Botei num envelope e enfiei no bolso do macacão dele. Não tive resposta, mas tive certeza. No dia 25 ia sair de casa bem cedo, chutando uma bola de couro novinha. A rua inteira ia ficar parada, me admirando dar chutinhos pra lá e pra cá, driblando a mim mesmo.

Vinte e quatro chegou, vovó fez rabanada e doce de abóbora. De noite papai saiu todo contente, todo mundo na casa parecia contente, até mamãe, que veio pra sala e ficou olhando a televisão velha que vovô tinha mandado lá de Campos.

Eu esperei até tarde. Mas depois pensei que era melhor dormir, para aumentar a emoção do presente quando acordasse. Levantei antes de todo mundo, corri para a sala e vi a sacola com meu nome. O coração disparou... A mão tremia enquanto eu rasgava o papel ...

Tomei mais uma caipirinha e fui me arrastando em direção ao apartamento. Juliana não viria mesmo. Há muito tempo eu já devia ter aprendido a não sonhar com coisas que não posso ter.

 

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Boas festas!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Seria mais prático escrever um enorme “Feliz Natal” como o título desta semana, mas não seria uma abertura das mais receptivas. Afinal, ainda que o cristianismo seja extremamente forte na miscigenação da cultura brasileira, há diversas pessoas que poderiam não se sentir representadas por esse texto. Eu mesmo, não sou dos mais religiosos e acabei tornando esse momento como tema da coluna desta edição especial.

Seria mais prático escrever um enorme “Feliz Natal” como o título desta semana, mas não seria uma abertura das mais receptivas. Afinal, ainda que o cristianismo seja extremamente forte na miscigenação da cultura brasileira, há diversas pessoas que poderiam não se sentir representadas por esse texto. Eu mesmo, não sou dos mais religiosos e acabei tornando esse momento como tema da coluna desta edição especial.

Ruas lotadas, comércios fervorosos, é tempo de garantir geração de receita no momento de maior fomento ao consumo do ano. A propósito, falamos muito sobre consumo ao longo de 2021 (continuaremos falando em 2022) e você já deve ter repensado alguns princípios e valores que regem o seu estilo de vida. Sazonalidades de mercado são momentos delicados para o consumidor e aqueles que já têm fortes tendências consumistas correm grandes riscos de uma economia desajustada para o início do ano que está para chegar.

Enfim, agora é hora de repensar. Refletir sobre o que ficou para trás e o que ainda vem pela frente. Só assim nos tornamos capazes de entender o agora. Aliás, é o que mais importa; é o único momento para nos tornamos responsáveis pelas consequências das nossas decisões. Já parou para pensar sobre como a ideia de “recomeço” é extremamente reconfortante para nossos corações – e para os planos que ainda vamos concluir?

- “Ano que vem eu começo.” – disse o esperançoso sem iniciativa.

- “Virando o ano eu faço.” – afirmou a procrastinadora.

- “Depois do carnaval é que as coisas engrenam.” – comentou o preguiçoso.

Ou até mesmo o mais usual:

 - “Segunda-feira eu inicio meu projeto!” – falaram todos em algum momento da vida.

Novos ciclos são a oportunidade de nos encontrarmos motivados para novos projetos; novos objetivos. Use toda essa energia a seu favor, esse é o momento de renovar-se. Só não se perca!

Se o Natal é uma comemoração para você e sua família, viva-o com intensidade. Caso não seja um costume seu, faça o mesmo à sua maneira. Para ambas as possibilidades, posso desejar enorme felicidade nos corações de cada um de vocês que estiveram comigo ao longo deste ano. A mim, agora, só me resta agradecer.

Portanto, MUITO OBRIGADO!

Boas festas!

 

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Papai Noel existe

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

A VOZ DA SERRA noticiou na edição especial do Natal de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

A VOZ DA SERRA noticiou na edição especial do Natal de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Papai Noel existe - Pode existir Natal sem peru, mas sem Papai Noel, não. Pouco importa que as lojas exibam cada uma o seu velhinho, concorrendo para desmistificar a figura que tanto usam em benefício próprio. A ideia do Natal está ligada a Papai Noel assim como este está relacionado com o costume de presentear os filhos e parentes neste 25 de dezembro, acredite-se ou não nele. Quase todo mundo participa das festividades de Natal, mas pouca gente imagina tudo o que cerca a maior, mais universal e mais antiga festa da humanidade. O mais comum diante do Natal é aceitar a festa como se ela tivesse sido comemorada com a presença do Papai Noel, do presépio, dos presentes da árvore e das canções. Entretanto, antes de ser o que é, o Natal passou por muitas transformações. Papai Noel existe, ou melhor existiu. E foi um santo, que tem uma história tão simples como a de tantos outros. 
  • Santa Claus - O dia de São Nicolau passou a ser comemorado em outros países europeus. Bélgica, Alemanha, Dinamarca e Grã-Bretanha incluíram entre seus costumes a festa de São Nicolau, ou Santa Claus - uma corruptela do nome original e que foi mais tarde adotada para designar Papai Noel em muitos países.  
  • Natal: O presente que realmente tem valor - Sejam verdade os braços abertos e reais as mãos estendidas, venham elas ocupadas com os presentes tradicionais ou estejam nuas, mas que sejam francas, plenas daquele presente maior que todos, da amizade que não tem preço. Retratem as palavras e os bons votos a verdade de pensamento bons. Nada é a tradição se a sinceridade não a conforma, e coisa alguma valem os votos, sem o desejo veemente de que se cumpram. A magia deste dia especial pode convertê-los em verdade se com força os formulamos, em nome de Cristo. Consideremos que ele deve ser o grande presente, mais ainda no dia de seu Natal do que em qualquer época do ano na civilização que é a nossa, e que intitulamos cristã. 
  • O centro urbano e os bairros enfeitados com motivos natalinos - O prefeito Feliciano Costa colocou nos logradouros do centro urbano e dos bairros, ornamentação das mais festivas e dentro do espírito do Natal. Um ambiente de alegria, com árvore de Natal, grandes velas, presépio, estrelas, feéricas iluminação, engalanam nossas ruas e praças. Impressões as mais lisonjeiras foram as colhidas pela nossa reportagem, sobre o aspecto festivo dos ornatos multicolores que em profusão estão colocados de norte a sul da cidade.  
  • Já se vai divisando no céu - Uma nova estrela anunciando a chegada do menino Deus. É tempo de abraços fraternais e com os nossos, vai também uma ardente prece, rogando ao Senhor que proporcione aos prezados leitores um maravilhoso Natal. 
  • Feliz Natal! - Neste momento em que o espírito do Natal sobrepaira, ensejando uma atmosfera festiva e serena; nos instantes em que os sinos repicam, ouvindo-se comovedoras clarinadas anunciadoras dos solenes momentos em que a humanidade comemora o nascimento do Menino Jesus, evocamos a proteção do alto para os que conduzem os povos, lembrando-lhes que os exemplos dados pelo Messias, Salvador do Mundo não serão deixados no esquecimento. Um Natal Feliz para todos!  

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Nair Cattermol Barreto (19); Rivaldo Pereira, Hélio Guimarães e Edmundo Weber (23); Jabes Silva (24); Leina Dutra (26); Luiz Gonçalves e Luz Mastrangelo Neto (27); Décio Torres (28); Nader Bom, Hélcio Assis e Cláudia Oliveira (29). 

 

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Quem celebramos e por que celebramos, mas quem somos?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

​Todo final de ano é assim e por mais que se assemelhem, todo 25 de dezembro é a mesma retórica. Famílias, amigos, colegas de trabalho, igrejas se reúnem para, em comunhão, celebrar o nascimento do menino pobre que nasceu em uma manjedoura, cujo enredo de sua história seria improvável.

​Todo final de ano é assim e por mais que se assemelhem, todo 25 de dezembro é a mesma retórica. Famílias, amigos, colegas de trabalho, igrejas se reúnem para, em comunhão, celebrar o nascimento do menino pobre que nasceu em uma manjedoura, cujo enredo de sua história seria improvável.

Celebram o salvador, o ser mais importante de todos os tempos, mas também o exemplo e o que representa. O problema é que muitos não sabem o que representa e tantos outros que até sabem, não praticam o que Ele representa. Nem no dia 25 de dezembro, tampouco nos demais dias do ano. Estar com quem se gosta, ser solidário, fazer sua oração são maneiras dessa experiência de ser cristão, mas é muito pouco, próximo do mínimo. 

Sem querer ter propriedade da verdade, diria que Cristo lamente tantos que usam Seu nome em vão. E não preciso ser teólogo para dizer que Cristo segue sendo crucificado todos os dias, cada vez que usam suas palavras para atacar o próximo ou determinar o que é vida plena para quem sequer se conhece.

Usam inapropriadamente seu nome em vão os que são racistas. Historiadores já cravam certeza há tempos: Jesus não era branco. Usam inapropriadamente seu exemplo em vão os preconceituosos: Jesus era acolhedor. Usam inapropriadamente seu nome em vão os que apontam a fé alheia e dizem que só a igreja salva: Cristo foi crucificado pelos religiosos de sua época. Usam inapropriadamente seu exemplo em vão os que apontam arminha com a mão: Jesus era um ser de paz, ainda que enfrentasse o sistema da época. Não à toa, Leighton Ford e tantos outros escritores e estudiosos dizem: Jesus foi o maior revolucionário de todos os tempos. O maior psicólogo também, diz Baker.

Porque Jesus, o ser de luz, mas também o homem que conviveu com a humanidade, fez escolhas que pareceriam impactantes para os que se dizem muito cristãos nos dias de hoje. Ele escolheu os excluídos. Ele ouvia, compreendia e entendia os que não eram ouvidos, os invisíveis. Combatia a hipocrisia tão em voga em boa parte dos moralistas que vendem teorias de prosperidade com base no medo. Jesus nunca foi medo, foi sempre afeto. Jesus pregou liberdade, vida e amor sem limites. Então, pergunto: qual Cristo você celebra?

Celebra porque sabe da grandeza de todos os seus feitos entre milagres e escolhas cotidianas? Que cristão é você? Quem temos sido? Quem somos?

Precisamos responder em uma autoavaliação sincera. Daí perceber e entender que ser cristão não é fácil, mas que é preciso tentar de todo o coração. Ser e praticar. Indagar também, pois é indagando que o mal é desmascarado. Inclusive o mal que reside em nós mesmos ou nos é manipulado a disseminar.

São mais de dois mil anos de sonho de paz, amor, vida plena, harmonia.

Com tantas atrocidades cometidas ao longo dos séculos, não é possível que não tenhamos aprendido com a dor de nossos ancestrais. Tantos erros para que não os cometamos mais. Essa é a verdadeira evolução. Aprender com o passado para fazer diferente. Por isso Jesus Cristo veio e é por isso que habita em nós. Mas precisamos experimentar verdadeiramente o que Ele pregou e praticou.

Não separo os bons cristãos, pois para mim bondade e cristianismo são pleonasmos. Logo, se cristão é - é bondoso. Se não é bondoso e diz ser cristão - não é cristão.

De tal maneira que Jesus Cristo é fé, mas também sentimento. É história, mas também filosofia. Está acima das religiões que o tem como salvador. Vive no coração e na prática. É essa força presente no Natal. Mas isso é pouco, pois se estende em todas as coisas do cotidiano nosso de cada dia. E é aí que Ele realmente se sente celebrado: no dia a dia, para além de todo 25 de dezembro, especialmente, nos dias mais corridos e menos observados, naquilo que fazemos quando ninguém vê. Porque é longe da plateia, da espera por aplausos, das efemérides que se mostra quem realmente somos. Cristãos?

É com essa reflexão que deixo meu feliz natal a todos! Que celebremos o Cristo vivo e que pede para reger os nossos corações!

           

 

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“O povo que andava na escuridão viu uma grande luz” (Is 9,1)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

“A Palavra eterna se fez pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Se fez criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós. Desde então a Palavra já não é apenas audível, não possui somente uma voz; agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo podemos ver: Jesus de Nazaré” (Bento XVI, Verbum Domini, 12).

“A Palavra eterna se fez pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Se fez criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós. Desde então a Palavra já não é apenas audível, não possui somente uma voz; agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo podemos ver: Jesus de Nazaré” (Bento XVI, Verbum Domini, 12).

O Príncipe da Paz quer renascer em nós e, com Ele, podemos também renascer para uma vida nova, orientada pela Palavra de Deus, jamais pelo ódio, divisões, mentiras e desinformação. Se Jesus vem ao nosso encontro precisamos encontrá-Lo no próximo e vivenciar o amor e a unidade: “Agora e em todos os tempos, Ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade” (Prefácio Advento I).

“Na realidade, só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente o mistério do homem” (GS, 22). A doutrina sobre a dignidade do ser humano se funda na Criação, Encarnação e Redenção. A dignidade humana, portanto, consiste em saber que Cristo, assumindo a nossa condição e redimindo a humanidade, está ao lado, isto é, unido a todos os homens e mulheres deste planeta, ainda que alguns não sejam conscientes dessa realidade e presença. “Em Cristo a natureza humana foi assumida e não destruída, por isso mesmo também em nós foi elevada a sublime dignidade. Porque, pela sua Encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem” (Ibid.).    

Somos todos irmãos! Logo, Natal é assumir o compromisso de humanizar nossas relações e toda a sociedade. Vamos assumir um compromisso concreto de tornar o próximo ano mais humano. Nesse tempo de avaliação, reflexão, agradecimento, encontros e formulação de bons propósitos para o próximo ano, cremos ser importante propor as seguintes interrogações: o que eu posso fazer para tornar 2022 um ano mais humano? Antes, o que eu fiz para tornar 2021 mais humano? Estou crescendo como pessoa humana ou me desumanizando em atos e atitudes destrutivas?

Precisamos fugir e evitar todas propostas, mensagens e atitudes que nos desumanizam. O caminho da humanização não tem fim. Quanto mais humanos, mais tomamos consciência de que temos ainda um longo percurso de crescimento. “A busca da santidade não me torna menos humano porque é o encontro da minha fragilidade com a força da Graça” (Francisco, GE, n.34). A vida humana e espiritual tem por objetivo ajudar o ser humano a ser o que ele pode e deve ser: melhor. O ser humano pode se elevar, se plenificar, embora tenha consciência que a plenitude e completude está reservada para a vida eterna.

Ser melhor não significa ser completo e perfeito. Quanto mais somos humanos, mais nos aproximamos de Deus e da santidade. Quanto mais humanos, melhores seremos. Afinal, tudo aquilo que é verdadeiramente humano é também divino, pois Jesus assumiu a nossa condição humana no Natal que estamos celebrando. O mundo contemporâneo carece de humanismo. Fala-se muito em humanização no mundo da saúde, ciências, tecnologias, economia, política, trabalho, redes sociais, entre outros. Constata-se hoje um excesso de conhecimento e informação, porém pouco humanismo nas relações. A solidariedade e comprometimento com o semelhante potencializam nossa humanidade. Por isso, vejamos o que podemos fazer em âmbito pessoal, eclesial, comunitário e social para que 2022 seja um ano mais humano.  Para tanto precisamos ser mais humanos! “Semear a paz ao nosso redor: isso é santidade” (Francisco, GE, n.89).

Cantemos: “Só o amor, muda o que já se fez. E a força da paz junta todos outra vez... Se você começar outros vão te acompanhar” (Roupa Nova). A ocasião permite externar, como bispo diocesano, um sincero agradecimento a todos e todas que, não obstante a pandemia e situações adversas, continuaram servindo à vida, fazendo o bem e vivenciando sua fé, em Cristo Vivo e companheiro de caminhada.  Gratidão por todas as iniciativas de cuidado com a vida pessoal e do próximo, especialmente dos pobres e vulneráveis. Renovemos nossa esperança de dias melhores. Acolhemos Jesus com abertura de coração, rezando: Vem Senhor Jesus, fica conosco e nos torne mais humanos. Feliz Natal a todos e todas! Vamos em frente, de pé, no olhar da fé. Com minha benção, gratidão sincera e proximidade.

 

 

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Orçamento bilionário para campanha política em 2022

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

O Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, concluiu a votação na última terça-feira, 21, a proposta para o orçamento da União em 2022. A aprovação pelos deputados federais se deu com folga com 358 votos favoráveis e 97 contra. Com os senadores, não foi diferente, 51 votos a 20.

O Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, concluiu a votação na última terça-feira, 21, a proposta para o orçamento da União em 2022. A aprovação pelos deputados federais se deu com folga com 358 votos favoráveis e 97 contra. Com os senadores, não foi diferente, 51 votos a 20.

A votação da Lei Orçamentária Anual é um requisito essencial para o encerramento do ano parlamentar e tem como principal objetivo definir a distribuição dos valores que cada setor do país irá receber de verba federal, como: saúde, educação, “Auxílio Brasil”, compra de vacinas, emendas parlamentares, “vale-gás” e para o famoso fundão eleitoral.

O que é o fundo eleitoral e qual o peso no nosso bolso?

Ocorre que após muitos desdobramentos da Operação Lava-Jato e decisões do Supremo Tribunal Federal visando a diminuição do financiamento eleitoral por pessoas físicas e jurídicas, houve a criação da lei 13.487/17, que instituiu um grande fundo de verbas públicas para o financiamento das campanhas políticas, o fundão eleitoral.

Após muita discussão, aprovação do valor de R$ 5,7 bilhões pelo presidente e um corte de valor de última hora pelo relator no Congresso, o custo aprovado para o fundão eleitoral que irá ser distribuído aos partidos políticos foi definido em R$ 4,93 bilhões.

Um aumento de R$ 3,2 bilhões em relação às últimas eleições, que ficaram em R$1,7 bilhão. O valor para ser gasto com campanhas em 2022 quase triplicou, em meio à crises de saúde e financeiras.

Fato é que a verba eleitoral é exorbitante e ultrapassa o limite do bom senso. Os gastos com campanha serão maiores do que os gastos com a compra de vacinas. Se somarmos os custos dos reajustes salariais de policiais federais, policiais rodoviários federais, membros do Departamento Penitenciário Nacional, agentes comunitários de saúde e agentes de combate à pandemia e mais o valor destinado para Auxílio-Gás em todo território nacional, não chega nem perto da verba pública destinada para a campanha do ano que vem.

União entre os opostos

A aprovação do novo valor do fundo proporcionou um momento raro na política e conseguiu unir parlamentares da base do governo e oposição. Tanto o PL, partido do atual presidente, Jair Bolsonaro, e o PT, do ex-presidente Lula, votaram a favor do fundão eleitoral.

De acordo a lei que regula a distribuição de verba do fundo eleitoral, partidos com mais membros no Congresso Nacional e com maiores número de votos nas últimas eleições receberão maior percentual de verba para campanha. Os partidos que sairão mais beneficiados com a bolada foram o PT e o PSL, com quase R$ 1 bilhão, cada.

Moral da história

Mesmo que soe agradável para a democracia que os políticos sejam financiados em suas campanhas pelo dinheiro público, com o intuito de não ficarem devendo favores a quem os financiou, os cofres públicos não podem e não devem servir, quase como um banquete, aos interesses particulares de cada partido e de cada indivíduo que visa se eleger.

Por sinal, as contribuições pagas pelos brasileiros ao governo foram  feitas de uma forma muito suada neste 2021, um ano tomado pelo desemprego em massa da população, pelas mortes ocasionadas pela Covid-19 e pela superinflação que pesou no bolso do cidadão e tomou conta dos preços no Brasil, seja no custo dos produtos nas prateleiras do mercado ou custo final nas bombas de combustíveis.

E para você, se já não parecesse suficiente o brasileiro ter que trabalhar 149 dias nesse ano, ou seja, até 29 de maio, somente para pagar impostos, conforme demonstrado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Impostos, teremos que lidar com a informação de que uma grande fatia do dinheiro dos nossos impostos servirá como um banquete para campanha política, em tempos de fome da população.

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Podemos aprender com o Natal

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Por que podemos ser duros em aprender coisas importantes na vida? Por que muitas vezes temos que sofrer bastante para aprender? Por que mesmo sofrendo com uma atitude que praticamos, voltamos a fazer a mesma coisa? Não há uma resposta única e simples para questões como essas. 

Por que podemos ser duros em aprender coisas importantes na vida? Por que muitas vezes temos que sofrer bastante para aprender? Por que mesmo sofrendo com uma atitude que praticamos, voltamos a fazer a mesma coisa? Não há uma resposta única e simples para questões como essas. 

Dr. Scott Peck, psiquiatra norte-americano, inicia seu livro chamado “A Trilha Menos Percorrida” com a frase: “A vida é difícil.” A filosofia budista afirma que “viver é sofrer”. Jesus disse que “no mundo tereis aflições”. Melody Beattie autora de livros sobre codependência afetiva, escreveu: “A vida machuca”. Afinal, a vida é boa ou não? Para responder esta questão, talvez tenhamos que fazer outras perguntas: Qual vida? De que pessoa? O que você chama de “vida”?

A vida dói porque surgem dores fora e dentro de nós. Dores emocionais, físicas, da alma, de perdas, de maldades contra a gente, ou as que fazemos contra as pessoas. O sábio rei Salomão escreveu que: “Deus fez os seres humanos bons e equilibrados, mas nós criamos muitas complicações.” (Eclesiastes 7:29). Não sei em que classe de seres humanos hoje em dia não encontramos corrupção. Tem corrupção até em CPI que investiga corrupção! A vida é cheia de muita injustiça social, muito abuso perverso e egoísta do poder. E isso dói. Faz a vida doer mais do que precisaria.

O Natal sob o ponto de vista cristão, fala de nascimento de esperança de justiça. No Natal nasceu a Justiça em Pessoa, que viveu vida justa, sempre voltado para aliviar o sofrimento das pessoas. Um modelo máximo e perfeito de ser humano saudável.

O Natal nos ensina a evitar praticar os mesmos erros e nos machucar, ferindo outras pessoas. Você só pode ser feliz ajudando os outros, sem conflitos de interesses. Conflitos de interesses significa você fazer algo na vida, em sua profissão, no exercício de cargos sociais, políticos, empresariais, até eclesiásticos, tendo participações de poder e ganhos materiais, ferindo a justiça, a lisura.

Podemos aprender com o Natal no sentido da espiritualidade. A pandemia da Covid-19 tocou em muitas pessoas no mundo todo no sentido de passar a terem interesse no crescimento espiritual e não continuarem na obsessão pelo crescimento econômico. Cientistas como Harold Koenig (Duke University), John R. Peteet (Harvard University), Kenneth Pargment (Bowling Green State University) têm trazido informações científicas importantes para nossa saúde física e mental relacionadas com a prática da religião e espiritualidade.

Vem coisa pior do que a pandemia da Covid-19 pela frente. Haverá “angústia entre as nações” (Lucas 21:25) mais do que já existe hoje em países com muito sofrimento. O que vai sustentar você? Não será poder econômico, nem político, ou seu status social, sua fama, nem a arrogância e prepotência de alguns. Será o Natal. Podemos aprender a ter força para sobreviver com o Natal. Bom Natal!

 

 

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Arthur e Alice, os nomes mais registrados

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Arthur e Alice, os nomes mais registrados
Se no Brasil, Miguel, entre os meninos, e Helena, entre as meninas, foram os nomes mais escolhidos pelas famílias para os nascidos, em Nova Friburgo, os campeões são Arthur e Alice. Coincidentemente, ano passado, Arthur e Alice já estiveram no topo dos nomes mais registrados nos cartórios.

Arthur e Alice, os nomes mais registrados
Se no Brasil, Miguel, entre os meninos, e Helena, entre as meninas, foram os nomes mais escolhidos pelas famílias para os nascidos, em Nova Friburgo, os campeões são Arthur e Alice. Coincidentemente, ano passado, Arthur e Alice já estiveram no topo dos nomes mais registrados nos cartórios.

Theo e Laura despontam
O ranking foi elaborado a partir do Portal da Transparência do Registro Civil. No Top 10 friburguense, Arthur com 42 registros é seguido por Theo (39), Bernardo (34), Noah (34), Gael (32), Davi (27), Heitor (25), Miguel (24), Vicente (23) e Gabriel (19). Já para as meninas, a lista que começa com Alice com 39 certidões de nascimento expedidas é seguida por Laura (34), Maitê (32), Helena (30), Antonella (18), Isadora (14), Liz (13), Sophia (13), Valentina (13) e Ágatha (12). Apesar do ano ainda não ter acabado, poucas mudanças devem acontecer nesta lista.  

Mais mortes do que nascimentos
Faltando menos de dez dias para acabar o ano, Nova Friburgo teve 1.951 nascimentos em 2021. O número dificilmente vai superar o ano passado que teve o registro de 2.115 nascimentos, já que é bastante improvável que tenhamos nesses últimos dias quase 200 nascimentos. O número de óbitos é histórico: 2.252 mortes. Isso quer dizer que pela primeira vez, possivelmente na história, Nova Friburgo teve mais mortes do que nascimentos, déficit de 301 vidas.

Covid-19, a tragédia
Entre as causas de mortes, a Covid-19 foi a campeã. Segundo os registros cartoriais, 622 mortes foram causadas pela doença. Subtraindo essa causa de morte, estaríamos próximos da média anual de óbitos. A média de mortes de Nova Friburgo, excetuando 2011 e 2020/2021 é de 1.502 mortes/ano. 2011, ano da tragédia climática, foram 1.876 mortes. Excetuando as vidas perdidas pelas circunstâncias do ano (442), teríamos 1.434.

Covid altera média de óbitos anual
Em 2019, quando tivemos o último ano sem coronavírus foram 1.562 mortes registradas. Já em 2020, com a pandemia, o número saltou para 1.848. No entanto, neste 2021, o número de mortes pela Covid-19 foi mais do que o dobro do ano anterior. Mesmo subtraindo as mortes causadas pela pandemia, ainda sim 2021 teria número superior de óbitos, mas não tão longe da média dos últimos dez anos: 1.630.

Doenças respiratórias – as que mais matam
Entre as causas de mortes, seguido da Covid-19 (622), vem septicemia, que é a infecção por bactérias, fungos ou vírus, (192), pneumonia (185), AVC (149), insuficiência respiratória (104), Infarto (88) e doenças cardiovasculares (85). Outros tipos de óbitos somam 727.

Casamentos em 2021
Ainda na lista dos registros cartoriais, Nova Friburgo teve até aqui 1.060 enlaces matrimoniais. Número superior aos 911 registrados em 2020, ano em que a pandemia se instalou a partir do quarto mês, influenciando diretamente no número que foi inferior aos anos anteriores. Em 2019, por exemplo, foram 1.182 casamentos registrados. Em 2018, o número de casamentos foi exatamente o mesmo: 1.182. Ressaltando que todos os números foram esmiuçados através de estudos do Portal da Transparência alimentados pelos cartórios.

Pós-graduação na Uerj
O Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro abrirá no dia 5 de janeiro, as inscrições para a seleção de candidatos ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais. A turma terá início em 2022/1º semestre. O mestrado possui como áreas de concentração Materiais Não-Metálicos e Física e Mecânica dos Materiais. O edital e os formulários para inscrição já estão disponíveis no site do IPRJ: www.iprj.uerj.br.

Festa comunitária
Pelo 16º ano, só interrompido em 2020 por causa da pandemia, a comunidade de Mury, promoveu uma festa de Natal para cerca de 300 crianças do distrito e suas famílias. O evento liderado pelo Bar do Renatinho, fechou a Rua da Igualdade, no último fim de semana, onde foram instalados brinquedos como escorrega e pula-pula. Houve também teatro infantil e distribuição de cachorro-quente, algodão doce e brinquedos por um Papai Noel a caráter.

Mury
A festa é patrocinada por comerciantes do distrito, além de fregueses e amigos do dono do bar, Renato Castro. Uma rifa ainda será promovida para arcar com outros custos do já tradicional evento. Para completar, um bolo de dois metros fez a alegria da confraternização entre crianças e suas famílias.

Palavreando
“Milagres existem, eu sei. Há uma porção deles em todos os lugares. Se o Natal faz com que fiquemos mais atentos, observa e verá. Se o Natal nos faz melhores, por que não manter permanente esse sentimento”.

 

Foto da galeria
Encerrada a temporada 2021 do Cantinho do Papagaio. O espaço de samba no Córrego Dantas segue atraindo muitas pessoas, de todas as idades, todos os fins de semana, com As Filhas de Bamba e convidados diversos. Os eventos no Cantinho que vem se firmando com a maior roda de samba da cidade retornam no dia 9 de janeiro. Nesse ano, vale lembrar, o Cantinho teve a perda de seu idealizador. Em sua memória, os eventos seguem cada vez mais cheios.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Na plataforma de embarque, um brinde ao Caderno Z que nos proporcionou os mais incríveis temas durante este confuso 2021, um ano, literalmente, ímpar. Embarcar com Ana Borges nos apresentando um parecer de Bill Gates sobre a pandemia é algo inusitado e bem-vindo. Bill, com a inteligência que possui, não trataria o assunto com leviandade e considera que 2022 possa ser o ano do final das tormentas pandêmicas, mas ressalta que as pessoas devem tomar a vacina e ainda usar máscara.

Na plataforma de embarque, um brinde ao Caderno Z que nos proporcionou os mais incríveis temas durante este confuso 2021, um ano, literalmente, ímpar. Embarcar com Ana Borges nos apresentando um parecer de Bill Gates sobre a pandemia é algo inusitado e bem-vindo. Bill, com a inteligência que possui, não trataria o assunto com leviandade e considera que 2022 possa ser o ano do final das tormentas pandêmicas, mas ressalta que as pessoas devem tomar a vacina e ainda usar máscara. Acredita que “todo mundo estará um pouco mais saudável, um pouco mais normal...” embora ele ainda não saiba o que significará o “ser normal”. Tomara, Bill, que você esteja certo!

Igor Fonseca, instrutor de yoga, destaca a máxima do professor Hermógenes: “Entrega, confia, aceita e agradece”, lembrando que devemos experimentar a “força das boas relações e criarmos os fundamentos de uma vida próspera...” e tudo com “uma atitude de fé ou confiança no mundo...”. Wanderson Nogueira dissertou muito bem sobre a fé: “Ao esperar, não honro a fé. Ao silenciar, não honro a fé. Inerte, também não honro a fé. Fé pede ação, tanto quanto sonhos sem ação, são apenas sonhos”. Que lindo! Com tantos ensinamentos, estamos aptos para planejar o fim de ano, quando juntaremos “todos os signos”, porque cada pessoa tem alguma coisa boa para contribuir com uma bela “ceia emocional”. Eu, libriana, estou “sempre disposta a apaziguar qualquer tipo de situação em casa...”. E quanto a você, o que diz seu signo? Qual é a sua contribuição?

Quando saio do Caderno Z para me embrenhar nas demais matérias, sempre me pairam dúvidas sobre o que comentar primeiro. Como estamos na semana do Natal, a charge de Silvério traduz muito bem que Papai Noel não deu conta de trazer o presente mais esperado pela nossa cidade e região: o Hospital do Câncer. Dez anos de espera para o nascimento de um anseio da população. São anos de expectativas e mais uma frustração pelo ano que se finda sem que o projeto avance. Agora, a previsão de reinício das obras ficou agendada para fevereiro de 2022. Vamos cruzar os dedos!

Um estudo da Firjan aponta a previsão de melhorias nas rodovias RJs 116, 142 e 144, “além de investimentos em infraestrutura e desenvolvimento urbano”. Boas falas, porque estradas boas e seguras garantem progresso e facilidades. Eu aprendi com meu pai a valorizar o trecho urbano da RJ-116 que corta Nova Friburgo. É lindo que o progresso passe por aqui também. Falando em estradas, para quem for viajar no fim de ano, o jornal trouxe dicas para quem tem plantas. Vale para o dia a dia.

“Desvestir um santo para vestir outro”. Eu ouvia esse ditado em minha casa de infância e jamais pensei que ele pudesse ser aplicado nas demandas orçamentárias de nossa cidade. Pois é o que pegou de mau jeito a classe artística, com a emenda do projeto de lei, “transferindo recursos destinados às subvenções sociais das entidades ligadas à cultura, para aumentar o repasse às agremiações carnavalescas”. O carnaval merece e precisa de investimentos, afinal, é um instrumento cultural de relevância, mas que não sejam retirados de outros setores. Joffre Evandro, secretário municipal de Cultura, Daniela Santi, diretora teatral e Jorge Ayer, presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, disseram tudo, em defesa do que é de direito de cada setor.  

Mais uma lei criada em Nova Friburgo: “Todos os assentos dos ônibus agora são preferenciais”. Sobram leis para a falta de educação de berço. Nossa cidade está linda, pronta para os festejos natalinos. Tem até chafariz funcionando. Porém, como diz a canção de Caetano, “é preciso estar atento e forte” para não gastar mais do que se pode. Atenção ao seu azeite se não está adulterado. Há uma relação de marcas retiradas das prateleiras dos mercados. Os alimentos e presentes alavancam a inflação do Natal. As despesas com energia devem ser observadas na decoração natalina da casa. Com tantas recomendações, as luzes precisam estar acesas dentro do nosso coração. Esse, sim, é o templo mais bem-vindo para o nascimento de Jesus. Feliz Natal, minha gente querida!

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