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Números que deveriam ampliar a flexibilização?

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Pelo menos 65% da população em idade de se vacinar contra a Covid-19, em Nova Friburgo, completou o esquema vacinal com duas doses. Segundo a prefeitura, 113.014 pessoas receberam as duas doses, sendo que 4.360 destas receberam a dose única da Janssen. O Ministério da Saúde usa os cálculos da população estimada de 2020, ou seja, ligeiramente menor do que a estimativa populacional de 2021.

 

Falta de censo e senso atrapalham

Pelo menos 65% da população em idade de se vacinar contra a Covid-19, em Nova Friburgo, completou o esquema vacinal com duas doses. Segundo a prefeitura, 113.014 pessoas receberam as duas doses, sendo que 4.360 destas receberam a dose única da Janssen. O Ministério da Saúde usa os cálculos da população estimada de 2020, ou seja, ligeiramente menor do que a estimativa populacional de 2021.

 

Falta de censo e senso atrapalham

Assim, a população friburguense em idade de vacinar seria 172.600 pessoas. 18.500 seria a população aproximada, menor de 12 anos. Com a ausência do censo demográfico, o dado pode ser impreciso. A última aferição in loco se deu em 2010. Há um censo previsto para o ano que vem, mas que vem encontrando dificuldades de ser realizado por cortes do Governo Federal no orçamento específico para esse fim, mesmo com determinação judicial para que seja realizado.

 

Dados divergentes

Voltando a vacinação, a coluna já havia divulgado na semana passada que 87% da população local tomou a primeira dose. Os dados de vacinação completa diferem dos da prefeitura, que passou a divulgar, após a aferição da coluna, o vacinômetro, ou seja, o percentual de vacinados. A prefeitura diz que 58,86% da população está completamente vacinada com as duas doses. De qualquer sorte um número muito próximo do mágico 65% que a coluna defende ter sido atingido.

 

Por que mágico?

65% foi o número estabelecido pelo Comitê Científico da cidade do Rio de Janeiro para duas medidas impactantes no cotidiano: a desobrigação do uso de máscaras em locais abertos (sem grandes aglomerações) e a liberação de 100% da utilização dos espaços fechados, como restaurantes, casas de festas e boates. Essa marca está muito próxima de ser atingida na capital que está com 60% da população imunizada com as duas doses ou dose única.

 

Estado atingiu 60%

O Estado do Rio de Janeiro, no conjunto de seus 92 municípios, também atingiu a marca de 60% da população com o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Pelas contas da Prefeitura de Nova Friburgo, portanto, o município estaria abaixo da média estadual. Pelos dados da coluna, estaria acima da média. Motivada ou não pela coluna em passar a divulgar o percentual de imunizados, seria legal a prefeitura divulgar também o percentual de vacinas aplicadas e que seguem sem estar no sistema oficial do SUS: 24% permanecem sem cadastro. 

 

Ciência x negacionismo

O Comitê Científico do Rio reúne médicos e especialistas de diferentes áreas de saúde e vem tomando as decisões acerca da pandemia desde o início da gestão que assumiu em 1º de janeiro. A meta para a flexibilização mais ampla está documentada em estudos internacionais que baseiam as decisões do grupo. Tudo leva a crer que a partir da semana que vem, a flexibilização ampliada já ocorra na capital. Essa nova fase acontece a partir dos 65% e será ampliada ainda mais quando atingir 75% da população com o esquema vacinal completo.

 

Nada de supetão

Por óbvio, há controvérsias e debate se 65% de imunizados já permite a liberação total dos espaços fechados e a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre. Na ciência, ainda mais num cenário de pandemia e novos desafios, as decisões têm base, mas não são 100% seguras, ainda que apontem para mais seguras ou menos seguras. O fato é que números e estudos devem ser levados em conta para mais assertividade.    

 

Cidade do atraso

Em Nova Friburgo, o convívio com a falta de planejamento tem sido uma constante. A prefeitura não dá indícios de trabalhar com números e não dá qualquer sinal de que acompanhará a capital. Pelo contrário: recentemente, sancionou uma lei que multa quem não usar máscaras. Medida que cá entre nós, deveria ter sido tomada lá atrás e não agora. A discussão do momento deveria ser passaporte de vacina e liberação de máscaras em espaços abertos. Além, é claro, de ampliação de campanha para quem tomou a primeira dose volte para a segunda. Nenhuma das três frentes, no entanto, parece estar em andamento.

 

Volta de eventos

O próximo fim de semana tem programada a volta de dois eventos shows, no Espaço Ypu. No entanto, além das medidas sanitárias, a capacidade de público será reduzida. Os organizadores de eventos, setor que emprega aproximadamente dez mil pessoas, é um dos mais atingidos na pandemia e certamente o último a estar voltando. Acredita-se que os eventos com artistas locais são testes para a retomada dos grandes shows.

 

Ironia

Lembrando que as casas de festas e boates da cidade já retomaram as atividades com medidas sanitárias e restrição de público e horário. No entanto, chega a ser irônico o encerramento à 1h da madrugada, muitas das vezes com força policial. É como se antes de uma, a letra fria da lei protegesse as pessoas e depois de uma, não. 

 

Novo Ensino Médio

O novo ensino médio que entra em vigor no ano que vem, só será instituído na rede estadual do Rio de Janeiro em 2023. A partir do ano que vem, o ensino médio passará por uma mudança em sua carga horária e no conteúdo nas aulas de aula. Dentre outras mudanças, a carga horária sobe de quatro para cinco horas diárias; as disciplinas precisarão conversar entre si — interdisciplinaridade e cada aluno poderá montar sua grade, escolhendo as áreas de maior interesse.

 

RJ para trás

As mudanças são regulamentadas por uma lei aprovada em 2017 – ou seja, as redes de ensino tiveram quatro anos para se preparar até a estreia, marcada para o início do ano que vem. O início, entretanto, vai variar e muito de um estado para outro. Cada estado definirá um leque de opções dentro de cinco frentes: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.

 

Transição

No plano do Estado do Rio de Janeiro, os alunos, com exceção das escolas integrais, vão ter apenas conteúdo da Base Nacional Comum Curricular em 2022. As escolhas de itinerários formativos só vão valer a partir de 2023. Mesmo assim, já no ano que vem, a rede estadual inicia a travessia já aplicando a interdisciplinaridade entre as matérias.

 

Chamada para pós

O Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro abre de 1º a 12 de novembro, as inscrições para a seleção de candidatos ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, para turma com início em 2022, no primeiro semestre. O curso de mestrado possui duas áreas de concentração e seis linhas de pesquisa. Informações pelo site do IPRJ: www.iprj.uerj.br.

 

Palavreando

“Tento inventar um mundo em que tudo é exatamente como eu gostaria que fosse. Nem tanto. Um mundo em que tudo fosse pelo menos - justo. Afinal, não se pode culpar ninguém pelas próprias tragédias, mas o que se espera é um mínimo de compreensão, de equilíbrio naquilo que se dá para se ter”.

 

Legenda foto

O Tecle Mulher está completando dez anos de estudos, campanhas e acompanhamento de dados sobre a violência contra as mulheres em Nova Friburgo, muitas das vezes confrontando os dados apresentados pelas autoridades locais, prestando serviço relevante de cobrança de transparência. Para marcar a data, faz lançamento de uma publicação. Hoje, 20, às 18h, no Espaço Babel, na Avenida Galdino do Valle Filho, 9, no Centro.

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18 de outubro, Dia do Médico

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

O dia do médico é comemorado em 18 de outubro, dia que a Igreja Católica comemora a memória de São Lucas, o evangelista, que tornou-se o padroeiro dos médicos. Ele nasceu na Antioquia, onde atualmente está a Turquia, e estudou medicina em Alexandria, tendo exercido sua profissão em Roma, onde foi médico do imperador Tibério. Apesar disso, buscava praticar a medicina entre os mais necessitados afastando-se por isso, depois de certo tempo, das atividades no palácio.

O dia do médico é comemorado em 18 de outubro, dia que a Igreja Católica comemora a memória de São Lucas, o evangelista, que tornou-se o padroeiro dos médicos. Ele nasceu na Antioquia, onde atualmente está a Turquia, e estudou medicina em Alexandria, tendo exercido sua profissão em Roma, onde foi médico do imperador Tibério. Apesar disso, buscava praticar a medicina entre os mais necessitados afastando-se por isso, depois de certo tempo, das atividades no palácio.

Na bíblia, as primeiras citações sobre Lucas estão nas epístolas de Paulo, que fazem referência a ele como "colaborador" e "o médico amado" (CO 4:14). Apesar disso, antes mesmo de se converter ao cristianismo, ele dedicava a vida aos humildes, pregando a solidariedade e o amor. Por isso, desde o século 15, comemora-se o Dia do Médico na data de seu nascimento, 18 de outubro.

Esse introito se faz necessário não só para explicar a razão da comemoração dessa data, mas também para deixar claro que, na realidade, o dia do médico é todo dia, pois esse profissional é imprescindível no exercício diário de zelar pela saúde do ser humano. Seja nas ações preventivas, seja nas ações curativas, seja na capacidade de ouvir e consolar seu semelhante, o médico tem de estar a postos, sempre que solicitado.

Nesses últimos dois fatídicos anos, em que o planeta foi assolado pela pandemia da Covid-19, esses profissionais, juntamente com toda a equipe de saúde, exerceram papel relevante na preservação da vida humana. Foi uma luta encarniçada em que muitos tombaram pelo caminho, mas dignificaram uma categoria que muitas vezes é criticada, mas que mostra sempre o seu valor, principalmente quando posta à prova. Muitos foram aqueles, durante o pico máximo da contaminação, que foram obrigados a dormirem fora de casa, para não arriscarem contaminar os seus entes queridos. Sacrificaram a própria família em razão de sua missão de cuidar dos seus semelhantes.

Como diz Pedro Rachid, “o médico não é mais especial do que nós, não ele não é, somos todos iguais, sem nenhuma distinção diante do Criador. Mas, possuem algo que não desfrutamos, enquanto humanos”. “O médico tem nas mãos vidas, a grande criação de Deus, por isso são extraordinários, exclusivos e essenciais aos planos do Senhor”. E continua: “Em patamar elevado, cuida de nós, sara nossas feridas, cura nossas doenças e salva vidas. Guiados pelas mãos divinas, são anjos disfarçados, dependentes de carinho e do amor da gente”. E conclui: “São exclusivos, mas naturais, o que os difere vem do perfume da alma, são como nós, apenas uma aura em seu estado áureo, sempre pronto a salvar vidas, o maior e mais importante presente de Deus”.

Tudo o que sou devo à medicina e ao período de 43 anos em que atuei como médico, seja no âmbito público ou no privado, onde fiz muitos amigos, pois ao longo da profissão não são poucos os pacientes que se tornam amigos de seus médicos. Encostei o estetoscópio em 2017, pois senti que os mais jovens que chegavam para engrossar a lista de endocrinologistas da cidade, eram capazes de conduzir o bastão com dignidade e, sobretudo, com capacidade.

Mas, não me desliguei totalmente da profissão, pois ser médico é para sempre. Assim, atendi ao convite de prestar ajuda à Adinf (Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo), me dedicando de novo aquilo que fiz durante toda a minha vida, agora num trabalho cuja remuneração maior é o reconhecimento daqueles que necessitam de cuidados e, sobretudo, de ajuda.

Um excelente Dia do Médico a todos os meus colegas de profissão, com ênfase naqueles que se desdobraram no combate ao maldito vírus chinês. Um especial agradecimento aos que perderam a vida para o coronavírus e a seus familiares, pois o sacrifício deles não foi em vão.

 

Max Wolosker é médico e jornalista. Escreve às quartas-feiras.

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De peito aberto

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

 

Nem vou lembrar agora a palavra pudor, que já é quase um arcaísmo

 

 

Nem vou lembrar agora a palavra pudor, que já é quase um arcaísmo

 

O nordestino não é mais o mesmo e, pelo visto, as nordestinas menos ainda.    Eis a conclusão a que cheguei depois de ter sabido pela imprensa que em Natal algumas beldades locais desfilaram pelas ruas em carro aberto, despidas da cintura para cima. Na verdade, da cintura para baixo também era grande a escassez de tecido, não havendo mais do que uns modestos pedaços de pano, tão estreitos que só mesmo olhando com muita atenção (o que eu evitei fazer) se poderia dizer de que cor eles eram. A princípio pensei que a causa da nudez pública fosse o calor potiguar, e que as moças estivessem apenas querendo pegar um arzinho para refrescar.

Mas, indo um pouco além do lide, verifiquei que o i(nu)sitado desfile teve como objetivo defender o direito de as mulheres andarem de peito aberto, o que, alegam elas, os homens fazem há milênios sem que ninguém veja nada demais nisso.  Sem querer falar dos aspectos morais, sociológicos, políticos ou quaisquer outros que o tema possa suscitar, limito-me a olhar o assunto pelo lado estético. Nem vou lembrar agora a palavra pudor, que já é quase um arcaísmo, sobrevivendo a duras penas num canto esquecido dos dicionários. Diferenças de volume, formato e finalidade explicam por que, se Juliana Paes e o marido saíssem pela praia de Ipanema des-vestidos como recomendam as moças natalenses, ele poderia estar não apenas pelado, mas também carregando nas costas um tubarão recém-pescado que ninguém notaria sua presença.

 Mas creio que quem mais irá combater esse movimento são as próprias mulheres porque, convenhamos, não são todas que possuem encantos suficientes para assim se exibirem. Vinícius de Moraes diria que, para aderir à nova moda, beleza é fundamental. Imagine então como sofreriam as que, por não possuírem os requisitos exigidos pela novidade, precisassem manter oculto o que as outras orgulhosamente andassem exibindo. Seria o reconhecimento da própria feiura. Ora, de todas as desgraças que neste mundo podem se abater sobre qualquer mulher, sentir-se feia é a mais dolorosa. Se bem que, pensando melhor, talvez nem mesmo as mais belas entrem nessa de sair pelas ruas sem lenço e sem documento. Porque, embora digam que o que é bonito merece ser mostrado, certas belezas tanto mais encantam quanto mais ocultas permanecem.

E foi o comportamento de nossas conterrâneas do Nordeste que me fez lembrar da história de Lady Godiva. Essa senhora, que viveu na Inglaterra séculos antes de Cristo, até hoje é famosa por ter cavalgado nua pelas ruas de sua cidade. Porém não foi para exibir sua beleza que ela fez esse passeio equestre. Na verdade, seu motivo era bem mais nobre do que o das citadas moças brasileiras.

Diz a lenda que seu marido era cobrador de impostos, o que ele fazia com voracidade escandalosa. Se bem que, comparado com seus colegas brasileiros, qualquer cobrador de impostos, por mais voraz que seja, não passa de um principiante. Pois bem, Godiva tinha um coração de ouro e sofria com as privações que o povo passava para pagar tanto imposto. Daí que ela pediu ao marido que diminuísse a cobrança. Ele respondeu — sem pensar na besteira que estava fazendo — que só atenderia o pedido se ela desfilasse pelas ruas vestida apenas por seus belos cabelos. Pra quê?! Não tardou muito e lá estava ela, ao natural, como tinha vindo ao mundo, atravessando a cidade de lado a lado.

Dizem que os moradores fizeram um acordo e prometeram que ninguém olharia para aquela dama encantadora, que os defendia de forma tão generosa. Tenho minhas dúvidas de que todos tenham cumprido a promessa, mas o que importa é que os impostos foram realmente diminuídos. Oh, se a esposa de algum dos nossos governantes se dispusesse a se sacrificar assim pelo povo brasileiro! A gente nem ia exigir que ela fosse bonita. E também jurava que não ia olhar. Talvez não cumprisse, mas como é que os políticos iam exigir isso de nós, se também eles tão raramente cumprem o que prometem?

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AVS é um mestre da educação - Enquanto informa, educa!

terça-feira, 19 de outubro de 2021

“Ser professor, uma luta diária” – Assim, o Caderno Z do último fim de semana se engalanou para homenagear a data de 15 de outubro, Dia do Professor. Pelo segundo ano, as comemorações se turvam em decorrência da pandemia, embora já tenhamos uma perspectiva de retorno ao formato presencial. O educador Cláudio Sassaki, neste ciclo pandêmico, definiu bem o que é ser um profissional da educação como “o herói de mil faces”, pois, “em sua jornada, o professor transformou os espaços domésticos – os seus e os dos alunos – em salas de aula”.

“Ser professor, uma luta diária” – Assim, o Caderno Z do último fim de semana se engalanou para homenagear a data de 15 de outubro, Dia do Professor. Pelo segundo ano, as comemorações se turvam em decorrência da pandemia, embora já tenhamos uma perspectiva de retorno ao formato presencial. O educador Cláudio Sassaki, neste ciclo pandêmico, definiu bem o que é ser um profissional da educação como “o herói de mil faces”, pois, “em sua jornada, o professor transformou os espaços domésticos – os seus e os dos alunos – em salas de aula”. Com isso, esteve mais perto ainda dos pais e responsáveis e, semelhante aos  heróis, “sentiu o desânimo e a exaustão baterem forte, mas, a autodeterminação em continuar, deu esperança aos demais...”.

Rubem Alves destacava que “a função de um professor é instigar o estudante a ter gosto e vontade de aprender, de abraçar o conhecimento. É ensinar a pensar. Quando o professor fala provoca a curiosidade da criança e ela interage e questiona”. Wanderson Nogueira fez abordagem sobre o ser professor e, mais do que “sagrar a profissão”, é preciso dar a ela o devido reconhecimento, pois, “efetivamente pouco se faz”. E disse, de forma exemplar: “o professor é o intercessor de todos os outros profissionais. É o preparador, é o acendedor de chama, é o condutor de sonhos. Um teimoso, insistente...”. E por essa teimosia, eles são, como eu gosto de dizer – os heróis da resistência.

A educação é um processo contínuo de renovação. Assim, a 6ª edição do Educa Week 2021 acontece nesta semana, se encerrando no próximo sábado, 23. O evento, online, é transmitido diariamente pelo YouTube, entre 8h30 e 21h, com a participação de nomes de expressão nacional e internacional. A programação é aberta ao público, bastando acessar www.educaweek.com.br. Na abrangência educativa, o Ministério da Educação lançou o edital Re-Saber com o intuito de fortalecer a educação profissional.  Que beleza!

Ontem, 18, celebramos o Dia do Médico, outra profissão imprescindível para garantir o bem-estar da humanidade. É hora de rendermos uma salva de palmas para os doutores e doutoras que se dedicam a cuidar de todos nós. A VOZ DA SERRA lembrou a desafiadora tarefa, em 2020, no enfrentamento da pandemia, quando mais de mil estudantes de medicina em final de curso, tiveram a graduação antecipada para que pudessem reforçar os atendimentos nas emergências da saúde pública. Parabéns! “Em “Sociais”, nesta quarta, 20, é aniversário do grande amigo, o jornalista Luiz Antônio Dias. Mais um libriano festejando idade nova. Saúde e muitas realizações. Um forte abraço!

A civilização é um processo engraçado, que precisa criar leis para se fazer cumprir determinados comportamentos que deveriam ser práticas naturais dos humanos. Agora em Nova Friburgo há uma lei para punir quem praticar maus tratos a animais. A lei é bem ampla e é bom que todos saibam de suas implicações, pois, se não for por bem, que seja pela punição legal. Falando nisso, a lei municipal 4.699/19, que visa o ordenamento e limpeza dos cabos e fios emaranhados nos postes da cidade, está na pauta dos entendimentos entre a concessionária Energisa, as empresas de internet e o Legislativo. A charge de Silvério fala por nós, no “Jogo dos Erros”, mostrando aquela sonhada limpeza no visual. Por um fio de esperança!

O novo normal da educação requer muito empenho, tanto das escolas, quanto dos alunos e de seus familiares. Mais do nunca, a boa vontade deve estar em todos os planos para o retorno seguro. As escolas particulares estão todas abertas e, no âmbito municipal, apenas 58% com aulas presenciais, pois nem todas as escolas possuem as condições necessárias para uma volta segura. A opção de ensino remoto continua possível.

Merece louvor o mutirão que pais e alunos da Escola Municipal Cecília Meireles, no bairro Cascatinha, promoveram para o retorno do ensino presencial. O espírito de Cecília se regozija nos próprios versos: “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa”. Parabéns a todos pelo mutirão, pois, como anteviu Cecília, tudo agora é Reinvenção... e a vida, a vida, a vida, só é possível reinventada...”.

 

Elisabeth Souza Cruz é jornalista, poetisa e presidente da seção Nova Friburgo da UBT, a União Brasileira dos Trovadores. Escreve às terças-feiras.  

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Li·ber·da·de

terça-feira, 19 de outubro de 2021

1. Nível de total e legítima autonomia que representa o ideal maior de um cidadão, de um povo ou de um país;

2. Poder de agir livremente, dentro de uma sociedade organizada, de acordo com os limites impostos pela lei;

3. Faculdade que tem o indivíduo de decidir pelo que mais lhe convém.

 

1. Nível de total e legítima autonomia que representa o ideal maior de um cidadão, de um povo ou de um país;

2. Poder de agir livremente, dentro de uma sociedade organizada, de acordo com os limites impostos pela lei;

3. Faculdade que tem o indivíduo de decidir pelo que mais lhe convém.

 

Em uma busca rápida pela web sobre o verbete ‘liberdade’, é unânime a definição acima. Apesar de cada linha filosófica apresentar uma vertente da definição do conceito, impera que a liberdade é imprescindível para a organização social e felicidade pessoal. No entanto, não é difícil encontrar atitudes que tendem a antagonizar o desejo supremo de liberdade presente no coração do homem.

Centrado em seus próprios interesses e ideologias, o homem moderno tende a usurpar o conceito de liberdade para benefício próprio, agindo violenta e indiscriminadamente contra quem pensa diferente de si.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) alerta para o perigo que sentinela a liberdade, fruto da cultura individualista e egoísta hodierna. Em primeiro lugar, o compêndio da doutrina católica esclarece que o exercício da liberdade não implica o direito de dizer e fazer tudo o que se quer. “É falso pretender que o homem, sujeito da liberdade, se basta a si mesmo, tendo por fim a satisfação do seu interesse próprio no gozo dos bens terrenos”. E, depois, denuncia: “as condições de ordem econômica e social, política e cultural, requeridas para um justo exercício da liberdade, são com demasiada frequência desprezadas e violadas” (CIC, 1740).

O que fora constatado pelo Magistério da Igreja é fruto de sua atenta ação em favor da humanidade. Denunciando as ameaças à liberdade, seu maior desejo é que o indivíduo seja capaz de identificar as situações de cegueira e de injustiça que abalam a vida moral e induzem tanto os fracos como os fortes na tentação de pecar contra a caridade.

É certo que quem se afasta da lei moral, atenta contra a sua própria liberdade, aprisiona a si mesmo e quebra os laços de fraternidade com os seus semelhantes. Somos livres para defender a vida, a dignidade e o bem comum. Somos livres para, no exercício consciente de nossa cidadania, acusar mentalidades que fazem sucumbir a paz e a prosperidade da nação. Somos livres para expor nossos pensamentos, sem que para isso seja necessário usar de violência verbal, moral e física contra quem quer que seja.

A sabedoria popular já ensina que a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro. Assim, qualquer ato que fira a dignidade e a liberdade do outro é um ato contra a liberdade. Portanto, ao fim desta reflexão, não se pode deixar de dizer que o crime contra a liberdade é agravado quando é praticado por quem tem o dever de zelar pela liberdade e dignidade de todos.

Quando se trata da atividade política, nos ajuda lembrar o que diz o Papa Francisco: “Todos têm não apenas a liberdade, o direito, como também a obrigação de dizer o que pensam para ajudar o bem comum. É legítimo usar esta liberdade, mas sem ofender” (15 jan. 2015). Diante destas questões, é preciso rever nossas atitudes e buscar praticá-las na verdade e caridade a fim de conquistarmos a verdadeira liberdade.

 

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é assessor da Pastoral de Comunicação da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Três novos maçons

terça-feira, 19 de outubro de 2021

 

         A quase bicentenária Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo, uma das antigas do Brasil, conta com o reforço de mais um trio de irmãos para o quadro de membros de sua oficina.

         Com observâncias a todos as precauções sanitárias, foi realizada de forma presencial no último sábado, 16, a posse (iniciação) dos novos integrantes Alexandre de Azevedo, Emanoel da Costa Leite e Erick Dinelli Thurler, vistos na foto.

 

         A quase bicentenária Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo, uma das antigas do Brasil, conta com o reforço de mais um trio de irmãos para o quadro de membros de sua oficina.

         Com observâncias a todos as precauções sanitárias, foi realizada de forma presencial no último sábado, 16, a posse (iniciação) dos novos integrantes Alexandre de Azevedo, Emanoel da Costa Leite e Erick Dinelli Thurler, vistos na foto.

         Ao venerável (presidente) Edmar José Bernabé, sua diretoria e todos os integrantes da ARLS Indústria e Caridade, parabéns pelas novas aquisições e aos três iniciados, congratulações com votos de muitos progressos na milenar ordem maçônica.

 

Aniversariante da sexta

         Pelo admirado ser humano que é, assim como empresário dos mais competentes e respeitados, o queridíssimo André Kuaurk Chianca (foto) terá que arrumar muitos momentos a parte em suas ocupações profissionais na próxima sexta-feira, 22.

         Isso, para que possa receber mensagens, cumprimentos e manifestações de carinho de muitos amigos e admiradores, em razão de celebrar neste dia o seu aniversário natalício. De nossa parte, congratulações desde já ao grande André Chianca.

 

Roosevelt de novo!

         No próximo domingo, 24, será dia de eleição no Nova Friburgo Country Clube com a certeza da vitória do prestigiado,  Roosevelt Concy, para a presidência, sucedendo o competente Celso de Oliveira Santos que esta para findar mandato a frente daquele maravilhoso clube. Desta forma, Roosevelt será pela terceira vez presidente do NFCC. Parabéns!

 

Vivas para a Maria!

         Nesta terça-feira, 19, a linda mocinha da foto, a riostrense Maria está completando seu terceiro aninho de vida, para alegria toda especial dos pais Willian e Michele Alves, da irmãzinha Luíza, assim como também dos avós Vera e Bira (paternos) e Jorgina Helena e Geraldo "Fumaça" Alves (maternos).

 

Valeu, amigos e AVS

         Como nunca é demais agradecer, minha gratidão pelo carinho a diversos amigos que até hoje, já anteciparam os cumprimentos a mim pelo transcurso do aniversário deste colunista amanhã, 20. Em especial, muito obrigado aos queridos amigos de A VOZ DA SERRA, pela carinhosa nota na coluna Sociais na edição do último fim de semana.

 

Com 3° aninho

         No último fim de semana e em família, o querido casal Rodrigo e Daniele comemorou o segundo aniversário do querido filhinho, Bernardo Gomes Sarno Mangia, irmão do também fofíssimo Ricardinho. O aniversário foi motivo de grande satisfação para os avós maternos Getúlio e Nélia, a avó paterna, Sandra, a madrinha Tatiane, tios e demais familiares, em meio as saudades eternas do vovó paterno Ricardo que nos deixou e que na foto montagem aparece aí ao lado do Bernardo.

 

Esta coluna é publicada às terças-feiras.

 

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Os mestres são como pássaros, espalham sementes!

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Hoje, 15 de outubro de 2021, acordei pensando que os verdadeiros mestres não
precisam de salas de aula, nem de púlpitos. Precisam de asas. São como pássaros,
passam a vida espalhando sementes.
Saint-Exupéry, meu mestre maior, era aviador e, pelos tantos céus que voou, foi
deixando sementes. Assim, quero abraçar os professores com os pensamentos dele,
tão ricos de humanidade.
. “Você é eternamente responsável por aquilo que cativou”. (do personagem do
livro “O Pequeno Príncipe”, traduzido por Ferreira Gullar).

Hoje, 15 de outubro de 2021, acordei pensando que os verdadeiros mestres não
precisam de salas de aula, nem de púlpitos. Precisam de asas. São como pássaros,
passam a vida espalhando sementes.
Saint-Exupéry, meu mestre maior, era aviador e, pelos tantos céus que voou, foi
deixando sementes. Assim, quero abraçar os professores com os pensamentos dele,
tão ricos de humanidade.
. “Você é eternamente responsável por aquilo que cativou”. (do personagem do
livro “O Pequeno Príncipe”, traduzido por Ferreira Gullar).
. “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.
. “Se você quer construir um navio, não chame as pessoas para juntar madeira ou
atribua-lhe tarefas e trabalho, mas sim ensine-os a desejar a infinita
imensidão do oceano”.
. “Se queres compreender a palavra “felicidade”, indispensável se torna entendê-
la como recompensa e não como fim”.
. “Sempre há outra chance, uma outra amizade, um outro amor. Para todo fim,
um recomeço”.
. “A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca”.
. “Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua
ternura, não sabe amar”.
. “Na vida não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e,
então, a elas seguem-se as soluções”.
. “O futuro você não pode prever, mas permitir que ele aconteça”.
. “As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes”.

. “O futuro não é o lugar aonde estamos indo, mas um lugar que estamos
criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo
muda tanto o realizador quanto o destino”.
Para finalizar, penso que os professores que “passam por nós, não vão sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”.

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Sagrada sacrificada profissão

sábado, 16 de outubro de 2021

Tudo que é sagrado advém do sacrifício? Para ser sagrado há de se sacrificar? Melhor então não ser sagrado e sair desse conceito sobrenatural para doses de realidade. Ser professor no Brasil é a pior das escolhas. 

Como sagrados para a história, a consagração só vem depois da morte? Viver assim, não é vida em abundância. Portanto, não sagrem a profissão de educador, tampouco venham com toda essa poesia e discurso repetido em todo quinze de outubro. 

Tudo que é sagrado advém do sacrifício? Para ser sagrado há de se sacrificar? Melhor então não ser sagrado e sair desse conceito sobrenatural para doses de realidade. Ser professor no Brasil é a pior das escolhas. 

Como sagrados para a história, a consagração só vem depois da morte? Viver assim, não é vida em abundância. Portanto, não sagrem a profissão de educador, tampouco venham com toda essa poesia e discurso repetido em todo quinze de outubro. 

Se o discurso não é um hábito, então não presta. Todos esses que discursam o valor do professor, sem efetivamente darem valor, são falsos. E dessa gente estamos de saco cheio. Propagadores da ignorância que tomam conta da política e não fazem através dela a sua real função: servir, cuidar do futuro no presente. 

Sabem ler e escrever através de um professor? Então leiam o que digo: vão à merda! Antes de merda tem crase, pois configura mandar a algum lugar com artigo feminino. Aprendi com um professor. Uma querida professora de português me ensinou vários macetes, entre os quais esse da crase sobre ir a algum lugar. Antes de ir, volte. Se você volta “da”, significa que há artigo: você vai “à”, com crase. Se você volta “de”, significa que não há artigo: você vai “a”, sem crase. Você, portanto, volta da merda, ainda que não sei bem se algum dia sairemos dela...

Que futuro tem uma nação sem educação? Estamos colhendo os frutos do nosso analfabetismo político. Estamos colhendo o que políticos de estimação de muita gente boa por aí plantaram. Pior: através do poder das sementes que nós, o povo, concedemos. 

Portanto, essas efemérides de exaltar os professores, como muitas anteriores, pedem protesto. Não há homenagem mais adequada. 

Como professor formado, ainda que nunca tenha exercido de fato a profissão, acredito que o professor é o intercessor de todos os outros profissionais. É o preparador, é o acendedor de chama, é o condutor de sonhos. Um teimoso insistente, é verdade.  

Não há engenheiro sem professor. Um médico passa por professores. Não há padre ou pastor sem professor. Um dentista passa por professores. Não há veterinário sem professor. Um professor passa por professores. E todos, absolutamente todos os profissionais, do jornalista ao químico, do técnico em enfermagem ao aviador, passam pelas habilidades de professores. Que concedem seus conhecimentos e aprendem junto dos e com seus alunos. Não tem mágica nessa relação. Tem estudo, planejamento, engajamento, entrega e até idealismo.  

Assim, muito se fala em valorização dos professores, mas efetivamente pouco se faz. E por mais que todos os demais profissionais tenham passado, se influenciado e se forjado por professores, como sociedade não defendemos essa valorização como prioritária. Sabemos que nossos filhos precisarão de professores motivados, bem pagos, mas nem assim… 

A educação é considerada a ferramenta essencial da evolução pessoal, humana e coletiva e não há educação sem professor. O intermediário entre o conhecimento e o conhecedor. O desafio é enorme de construir uma educação brasileira que de fato construa um País menos desigual e melhor. 

Uma educação que ensine para a vida e para uma vida com amor. Uma educação que nos leve a outro patamar de cidadania e compromisso com o outro. Uma educação que auxilie em resolver problemas da vida real, mais do que apenas equações de segundo grau. Uma educação que ensine a mandar à merda (com crase), aqueles que usurpam a Pátria e nos vendem por trocados que nos causam fome e miséria. 

Formar bons professores que possam ter dignidade salarial e estrutural para formar tantos outros e assim gestar uma nova Nação.     

 

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Dois importantes eventos movimentam Nova Friburgo

sábado, 16 de outubro de 2021
Foto de capa

Edição de 16 e 17 de outubro de 1971

Manchetes:

Edição de 16 e 17 de outubro de 1971

Manchetes:

Baile das Debutantes no Country Clube e 1ª Feira de Arte: O' 'Baile das Debutantes'', edição de 1971, neste 16 de outubro, certamente será mais um acontecimento realmente ''fora de série'' que muito irá movimentar socialmente nossa cidade com um elevado número de senhorinhas que ingresssarão nos meandros da sociedade friburguense, após batismo ''sul-generis'', triunfal e ao som de divina música. Um espetáculo no salão do Nova Friburgo Country Clube que todos os anos alcança excepcional sucesso e que carreia para a cidade uma enorme corrente turística.

I Feira de Artes em Nova Friburgo: Também neste dia 16, as atenções estarão voltadas para a abertura da 1ª Feira de Artes de Nova Friburgo, com transcurso festivo até o fim do corrente mês em vários espaços de nossa cidade. O evento terá a participação de Cleyde Yaconis, Orquestra de Percussão de Neuza Namour, Pascoal Carlos Magno e um grande número de presenças honrosas já confirmadas. 

Ações da Petrobras permitirá implantação de universidade: O secretário geral da prefeitura friburguense, declarou que já existem planos definidos quanto à aplicação das verbas provenientes das vendas de ações da Petrobras, estimadas em CR$ 2 milhões, salientando que esta soma é de fundamental importância para a criação da Universidade da Serra dos Órgãos, a ser instalada em convênio com a Fundação Educacional e Cultural de Nova Friburgo, Fundação Educacional de Teresópolis, Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia e a Fundação Getúlio Vargas.

Vasconcellos Tôrres em Friburgo: Visitou-nos trazendo o seu carinhoso abraço, o senador Vasconcellos Tôrres, autêntico líder da política fluminense e homem público que jamais perde contato com os correligionários e amigos, estando sempre na cúpula dos acontecimentos ocorridos nas zonas de sua influência. Prestimoso, alegre, sempre pronto a servir, o ilustre e querido senador sabe mesmo fazer amigos e conservar amizades, aliás os grandes triunfos dos seus sucessos eleitorial.

Paulo Azevedo: O garotão Paulo César Vassallo de Azevedo, que é filho do dr. Paulo Vassallo Azevedo e da professora Julieta Campos Azevedo completa no próximo dia 21 mais um aniversário natalício, ocasião em que receberá carinhosas demonstrações de afeto dos seus familiares e da multidão de seus amigos.

Bodas de Prata: Estará festejando 25 anos de união conjugal neste 19 de outubro de 1971 o casal Elias Antonio Yunes - Elia Madureira Yunes. Elementos da mais alta projeção na sociedade friburguense, o conhecido e querido par que vê passar tão significativa data será homenageado pelo vastíssimo círculo de amizade das famílias entrelaçadas pelo citado matrimônio. Uma sequência de demonstrações de sentido afetivo estará sendo promovida pelos filhos do casal, todas de intenso júbilo. 

Aniversário do dr. Miranda Fortes: O dia 20 de outubro assinala o aniversário natalicio do querido médico, Miranda Fortes, mestre da medicina. Pediatra renomado, cuja fama ultrapassou nossas fronteiras, ecoando inclusive na Norte América, já que integra, para honra do Brasil e de Friburgo, a sua Academy of Pediatrics. Jornalista, poeta intelectual de rara estirpe, faz parte da Academia Friburguense de Letras e é sócio correspondente de vários outros cenáculos da poesia e arte dos estados brasileiros. Professor emérito, o dr. Miranda Fortes, de quando em quando, por puro idealismo e vontade de transmitir conhecimentos, dirige e aplica cursos de especializações técnicas, nos quais sempre evidencia o mais alto cabedal em prática e teoria da matéria que estiver em equação.

Pílulas:

Começa neste fim de semana em nossa terra, a I Feira de Artes, louvável iniciativa de um grupo de pessoas dispostas a trabalhar em favor do grande mundo das artes. Uma programação variada, intensa e sobretudo inteligente preenderá a atenção geral até o final do mês. Bravos, senhores responsáveis pelos espetáculos! 

Continuamos a manter o mesmo ponto de vista inicial: no problema sem problema das ações da Petrobrás para o desenvolvimento de um vastissimo plano educacional, as opiniões podem ser divergentes, podem ser absolutamente antagônicas e até sistematicamente oposicionistas, apenas.

Não está muito longe de acontecer nesta história da venda das ações da Petrobras pela prefeitura, que se advogue no sentido do Executivo não mais realizar obras, aplicando o dinheiro arrecadado em mais ações da mesma Petrobras que pode acontecer, serem valorizadas permanentemente. Também, poderá surgir a ideia da aquisição obrigatória de letras de câmbio até a de transformar as prefeituras em casas bancárias, financeiras e assemelhadas.

Sociais:

A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Jaqueline (16); Carmem Costa (17); Maria de Lourdes (18); Mário César Miranda Fortes, Eda Maria Castro Nunes e Dagmar Marins da Silva (20); Vitorino Moreira da Costa (20); Paulo César Vassalo de Azevedo (21) e João Agrello (23).

 Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim. 

 

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Ser professora

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

 Escrever sobre professores, falar sobre professores ... ser professora! Tarefa difícil. É simples, porém grandioso. Doloroso, porém prazeroso. Desafiador e enriquecedor ao mesmo tempo. 

Começo, do início de tudo para, ao final, agradecer por ser quem sou. Devo isso também a todos os mestres e mestras, cujo dia celebramos neste 15 de outubro, e que passaram por minha vida, que marcaram minha trajetória. E não digo por mim, e sim por cada um de nós. Todos carregamos no delinear de nossas vidas marcas deixadas por aqueles que nos ensinaram, com quem aprendemos de tudo um pouco.  

 Escrever sobre professores, falar sobre professores ... ser professora! Tarefa difícil. É simples, porém grandioso. Doloroso, porém prazeroso. Desafiador e enriquecedor ao mesmo tempo. 

Começo, do início de tudo para, ao final, agradecer por ser quem sou. Devo isso também a todos os mestres e mestras, cujo dia celebramos neste 15 de outubro, e que passaram por minha vida, que marcaram minha trajetória. E não digo por mim, e sim por cada um de nós. Todos carregamos no delinear de nossas vidas marcas deixadas por aqueles que nos ensinaram, com quem aprendemos de tudo um pouco.  

            Há algo “humanamente humano” demais na docência. Faço questão de tratar com pleonasmo algo tão imponente que é dedicar boa parte da vida a ensinar aos outros, a trocar experiência, contar tudo o que sabe e desejar fortemente que aprendam, que apreendam e evoluam a partir dos ensinamentos. Docência é expressão do amor. Não é novidade que ser professor ou professora no Brasil é um ato de coragem. Os desafios são muitos. Não é para amadores. Sabemos das nossas dores. Sentimos na pele. E não são poucas.

            Por mais que o magistério consista em uma belíssima carreira, que deve encher os peitos de orgulho, não podemos romantizar a ponto de negarmos as barreiras que devem ser enfrentadas e ultrapassadas dia a dia. São muitas. E ainda assim, sabedores de parte das dificuldades com as quais iremos nos deparar, teimamos na escolha de sermos professores. E está aí algo que temos de lindo. Mas não mais belo que a relação entre professor e aluno, o tesouro infindável de crescimento, de partilha de conhecimento, de experiências preciosas, de afeto transbordado. 

O professor ou a professora, lá na infância, talvez seja nosso verdadeiro primeiro contato com o mundo humano (e adulto) para além da família. Na escola, é quem nos mostra o mundo através de seu olhar e nos conduz para novas etapas de aprendizagem e interação. Lembro-me de como essa figura me importou desde a primeira vez. Muito valor sendo agregado. Sentia como se tivesse naquela pessoa, alguém em quem eu poderia confiar. A quem orgulhosa eu mostrava minhas primeiras sílabas escritas e quem eu adoraria que hoje lesse meus textos. Alguém que me ensinou muito sobre as letras, a convivência e os seres humanos. E aprendi, vivendo, que uma das formas mais bonitas de ensinar é por meio do exemplo. Ensinar a ser, sendo. Sendo amor. Sendo estudiosa. Sendo educada. Sendo honesta.

Guardo até hoje nomes, sobrenomes, jeitos, trejeitos, vozes e, principalmente, ensinamentos, de muitos dos professores que tive ao longo da vida. Cravaram seus rostos em minha história de maneira indelével. E alguns desses mestres, a quem guardo no coração com apreço especial, possuíam (possuem) uma característica além da brilhante formação e do notável conhecimento do conteúdo: o amor! Nítido amor por lecionar; tão límpido quanto o amor pelos alunos. De importantes para minha formação, se tornaram, então, inesquecíveis.

Em tempos sombrios, felizmente continuo crendo que a educação é o caminho. Sou defensora fervorosa de que o estudo fomenta a construção de um patrimônio incalculável e intransferível. Acredito que a formação de profissionais alinhados com sentimentos nobres, conhecedores de seus deveres e defensores de direitos e prerrogativas de todos os seres, possa transformar o mundo. Para melhor. Cada vez mais. Sem limites. Tenho esperança.

Mas não tem sido simples. Escolher a vida docente é lidar com uma dicotomia constante, entre desejar o aprendizado dos alunos e lidar com as mazelas humanas absolutamente complexas. Vida de professora é vida sem monotonia. Novos olhares, novos desafios, novos problemas, assunto para estudar, dificuldade para lidar. Tudo isso junto e misturado. E se me perguntarem se vale à pena, mil vezes responderei, sem pestanejar: vale!

Ser professora é uma grande e difícil missão. Muito difícil. Tem que amar para exercer.  Por felicidade, cruzamos com alunos tão incríveis que a tarefa fica mais leve e prazerosa. Contribuir positivamente para o crescimento de alguém é algo sublime. Por isso, dia e noite desejo manifestar gratidão aos alunos, pois sem esse grupo tão especial de gente do bem, também não cresceríamos enquanto pessoas que somos antes de sermos profissionais. A vida me fez professora. De gente grande. De gente linda, de gente cheia de sonhos. E dificuldades. E peculiaridades muitas vezes difíceis de lidar. E força de vontade. Sinto vontade de dizer que tudo vai dar certo para eles. Sinto que vai. É o que desejo para cada um deles. É preciso manterem o caminho do bem. E serem honestos. Serem esforçados. Acreditarem em seu potencial. E trabalharem duro. Estudarem muito. Sentindo-se muito gratos pela oportunidade de evoluírem.

Os grandes exemplos de devoção à profissão que vejo em muitos professores, uniram-se à uma vontade pessoal de contribuir para fazer pessoas felizes onde quer que eu esteja. Acredito plenamente nessa fórmula. Empatia, carinho, cumplicidade são combustíveis para o crescimento coletivo e individual, para a tolerância, o respeito e a dignidade que vai muito além dos livros. Eis aqui, a minha gratidão. Ser professora faz de mim esse emaranhado complexo e repleto de amor, que no final das contas e no princípio de tudo, é o que salva!

Paula Farsoun é advogada e profesora de Direito do Trabalho. Escreve às sextas-feiras.  

 

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