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A VOZ DA SERRA é um provocador de emoções!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
Quando peguei meu presente de Natal na caixa do correio, no portão, antes mesmo de abrir, senti o peso de seu conteúdo: 20 páginas de uma edição de tirar o fôlego de qualquer viajante que se disponha a viajar na arte da escrita. A folha A4 logo deu o seu chilique: - Elisabeth, sua maluca, você não vai querer que eu seja o seu “saco de viagem” para carregar tanta bagagem literária! De minha parte, faço ouvidos moucos e me ponho a pensar, digitando as palavras, porque o desafio é muito estimulante.
E vamos engatar a marcha à ré e pegar o túnel do tempo: “Papai Noel existe” – a frase de efeito na manchete, “Há 50 Anos”, em dezembro de 1971, não perdeu a validade. Seja pelo legado de São Nicolau ou pelas tradições que acompanham a magia do Natal, o Bom Velhinho está entranhado na cultura natalina e ai de quem tentar banir a sua figura emblemática, pois, sem essa ilusão, é bater de frente com a vida.
Mas vejam só quem encontrei nesta feliz viagem: Robério Canto! Que prazer, meu caro ídolo! Eu sempre dizia: quando eu crescer quero escrever igual a ele. Bem, eu cresci, mas e daí? Continuo esperando o meu crescimento literário, como quem “espera Juliana”. Agora, acabei de aprender, em cada canto do texto de Robério que “há muito tempo eu já devia ter aprendido a não sonhar com coisas que não posso ter...”.
Além do Papai Noel, outra tradição inserida na cultura natalina foi a brincadeira do “amigo secreto”. Agora tudo está modernizado com as ferramentas da internet, que fazem todo o serviço e “é possível brincar até mesmo remotamente”. Sorteios, definição de valores dos presentes, vitrines virtuais e até “escolher quem tirar ou não no sorteio”, tudo é possível. No modo antigo, por exemplo, se a pessoa tirasse alguém que não fosse do seu agrado, a estratégia era dizer: “tirei meu nome”, e trocar o papelzinho.
Neste “Natal do Reencontro” as energias foram promissoras, porque estamos cientes de quanto é bom reunir. Cidade linda, casas enfeitadas, crianças preparando biscoitos, presentes criativos, os bordados de Júlia Santarém, receitas para a ceia caipira... O jornal é um verdadeiro banquete de ideias para o novo ano. Contudo, a charge de Silvério foi concisa: “Se beber não dirija”. Os aniversários acontecem e saudamos a Estrela Dalva Ventura, pelo seu dia 25! Vivas também para o Carlos Rapiso, estimado e competente contador, por seu novo ciclo, na próxima quinta-feira, 30.
“A magia não pode parar” e surpreender as crianças é algo cada vez mais emocionante, que não há de sair de moda. Encontrar Arnaldo Miranda na edição especial de Natal foi uma surpresa e tanto. Confesso que me emocionei, me sentindo dentro do seu texto. Também me faço a mesma pergunta, Arnaldo, pois, em nossa vida modesta, como meus pais conseguiam “ajuntar a sabedoria, a delicadeza, a generosidade, a solidariedade aos ritos sagrados?...”. Meu lar era assim mesmo, e eu “vasculhava a casa”, procurando o Bom Velhinho que me deixava os presentes. Que magia, que lindo, Arnaldo!
Gabriel Alves nos convidou: “agora é hora de repensar. Refletir sobre o que ficou para trás e o que ainda vem pela frente...”. Sabemos, como destacou Ana Borges, que a “celebração do nascimento do menino Jesus renova a fé e reaviva a esperança em um novo tempo...”. E Jesus, “o ser de luz”, como acentuou Wanderson Nogueira, é o “homem que conviveu com a humanidade, fez escolhas que pareciam impactantes. Ele escolheu os excluídos. Ele ouvia, compreendia e entendia os que não eram ouvidos, os invisíveis...”. Descobrir esses invisíveis é nossa tarefa humana. Dom Luiz Ricci, nosso bispo diocesano, afirmou: “Quanto mais humanos, mais nos aproximamos de Deus e da santidade. Quanto mais humanos, melhores seremos...”. Entre os “Aromas de Natal”, o pastor Gerson Acker foi intenso ao perceber os mais sutis “cheiros”, do estábulo aos sabores da mesa natalina. Entretanto, completou: “A essência do aroma de Natal é Jesus, o Filho de Deus, que se torna humano. É cheiro de bebê. É cheiro de leite materno. É cheiro de família...”. Feliz Jesus todos os dias no seu coração! Eis o perfeito Natal!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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