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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Quando peguei meu presente de Natal na caixa do correio, no portão, antes mesmo de abrir, senti o peso de seu conteúdo: 20 páginas de uma edição de tirar o fôlego de qualquer viajante que se disponha a viajar na arte da escrita. A folha A4 logo deu o seu chilique: - Elisabeth, sua maluca, você não vai querer que eu seja o seu “saco de viagem” para carregar tanta bagagem literária! De minha parte, faço ouvidos moucos e me ponho a pensar, digitando as palavras, porque o desafio é muito estimulante.

E vamos engatar a marcha à ré e pegar o túnel do tempo: “Papai Noel existe” – a frase de efeito na manchete, “Há 50 Anos”, em dezembro de 1971, não perdeu a validade. Seja pelo legado de São Nicolau ou pelas tradições que acompanham a magia do Natal, o Bom Velhinho está entranhado na cultura natalina e ai de quem tentar banir a sua figura emblemática, pois, sem essa ilusão, é bater de frente com a vida.

Mas vejam só quem encontrei nesta feliz viagem: Robério Canto! Que prazer, meu caro ídolo! Eu sempre dizia: quando eu crescer quero escrever igual a ele. Bem, eu cresci, mas e daí? Continuo esperando o meu crescimento literário, como quem “espera Juliana”. Agora, acabei de aprender, em cada canto do texto de Robério que “há muito tempo eu já devia ter aprendido a não sonhar com coisas que não posso ter...”.

Além do Papai Noel, outra tradição inserida na cultura natalina foi a brincadeira do “amigo secreto”. Agora tudo está modernizado com as ferramentas da internet, que fazem todo o serviço e “é possível brincar até mesmo remotamente”. Sorteios, definição de valores dos presentes, vitrines virtuais e até “escolher quem tirar ou não no sorteio”, tudo é possível. No modo antigo, por exemplo, se a pessoa tirasse alguém que não fosse do seu agrado, a estratégia era dizer: “tirei meu nome”, e trocar o papelzinho.

Neste “Natal do Reencontro” as energias foram promissoras, porque estamos cientes de quanto é bom reunir. Cidade linda, casas enfeitadas, crianças preparando biscoitos, presentes criativos, os bordados de Júlia Santarém, receitas para a ceia caipira... O jornal é um verdadeiro banquete de ideias para o novo ano. Contudo, a charge de Silvério foi concisa: “Se beber não dirija”. Os aniversários acontecem e saudamos a Estrela Dalva Ventura, pelo seu dia 25! Vivas também para o Carlos Rapiso, estimado e competente contador, por seu novo ciclo, na próxima quinta-feira, 30.

“A magia não pode parar” e surpreender as crianças é algo cada vez mais emocionante, que não há de sair de moda. Encontrar Arnaldo Miranda na edição especial de Natal foi uma surpresa e tanto. Confesso que me emocionei, me sentindo dentro do seu texto. Também me faço a mesma pergunta, Arnaldo, pois, em nossa vida modesta, como meus pais conseguiam “ajuntar a sabedoria, a delicadeza, a generosidade, a solidariedade aos ritos sagrados?...”. Meu lar era assim mesmo, e eu “vasculhava a casa”, procurando o Bom Velhinho que me deixava os presentes. Que magia, que lindo, Arnaldo!

Gabriel Alves nos convidou: “agora é hora de repensar. Refletir sobre o que ficou para trás e o que ainda vem pela frente...”. Sabemos, como destacou Ana Borges, que a “celebração do nascimento do menino Jesus renova a fé e reaviva a esperança  em um novo tempo...”. E Jesus, “o ser de luz”, como acentuou Wanderson Nogueira, é o “homem que conviveu com a humanidade, fez escolhas que pareciam impactantes. Ele escolheu os excluídos. Ele ouvia, compreendia e entendia os que não eram ouvidos, os invisíveis...”. Descobrir esses invisíveis é nossa tarefa humana. Dom Luiz Ricci, nosso bispo diocesano, afirmou: “Quanto mais humanos, mais nos aproximamos de Deus e da santidade. Quanto mais humanos, melhores seremos...”. Entre os “Aromas de Natal”, o pastor Gerson Acker foi intenso ao perceber os mais sutis “cheiros”, do estábulo aos sabores da mesa natalina. Entretanto, completou: “A essência do aroma de Natal é Jesus, o Filho de Deus, que se torna humano. É cheiro de bebê. É cheiro de leite materno. É cheiro de família...”. Feliz Jesus todos os dias no seu coração! Eis o perfeito Natal!

 

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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