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Abaixo da média

sexta-feira, 04 de março de 2022

Abaixo da média
Estimativa, indica que Nova Friburgo foi a décima cidade mais procurada no Estado do Rio de Janeiro pelos turistas durante o feriado de carnaval. Segundo dados da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Nova Friburgo registrou média de ocupação de 68,6%, bem abaixo da campeã, Arraial do Cabo, que registrou ocupação média de 95%. Nova Friburgo também ficou abaixo da média do Estado que foi de 78,48%.

Abaixo da média
Estimativa, indica que Nova Friburgo foi a décima cidade mais procurada no Estado do Rio de Janeiro pelos turistas durante o feriado de carnaval. Segundo dados da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Nova Friburgo registrou média de ocupação de 68,6%, bem abaixo da campeã, Arraial do Cabo, que registrou ocupação média de 95%. Nova Friburgo também ficou abaixo da média do Estado que foi de 78,48%.

Cidades praianas em vantagem
Na Região Serrana, o melhor resultado do feriado para a rede de hotéis e pousadas foi Teresópolis, com média de 69,4%. Atrás de Arraial do Cabo, se destacaram ainda as cidades praianas de Paraty, Angra dos Reis, Búzios, Cabo Frio, Macaé e Rio das Ostras, todas com ocupação acima de 80%. Os dados não levam em conta os números da capital. A cidade do Rio de Janeiro foi o destino mais procurado do Brasil, mesmo não tendo carnaval oficial.     

Próximo de mil
Com 917 mortes por Covid confirmadas desde o início da pandemia, Nova Friburgo continua com testagem positiva de Covid na casa de 50%, ou seja, pouco mais da metade dos testes realizados tem dado positivo. Ainda não se pode dizer se as festas de carnaval elevarão ou não esses números. Especialistas acreditam que os próximos 15 dias darão a noção se a pandemia arrefeceu mesmo, já que o feriadão representou um verdadeiro teste para as aglomerações.  

Vacinação infantil em baixa
De acordo com a prefeitura, Nova Friburgo já vacinou 96,49% da população com 12 anos ou mais com duas doses ou aplicação única. A vacinação infantil, no entanto, permanece baixa. Apenas 32,13% da população estimada. Mesmo com o baixo número, as autoridades não fazem qualquer tipo de campanha para motivar a vacinação e contam com a imprensa para fazer esse papel. Lamentável.

Fim das máscaras
Como A VOZ DA SERRA noticia na página 3 desta edição, o Governo do Estado resolveu flexibilizar o uso de máscaras em locais fechados. A decisão já valia para espaços abertos. No entanto, cabe a cada prefeitura essa decisão. Nova Friburgo foi uma das últimas a adotar a obrigatoriedade do uso de máscaras. Ocorrerá o mesmo quanto à sua liberação?

Mudanças em breve
A cidade também jamais adotou a política de obrigatoriedade de comprovante da vacina, diferentemente da maioria das cidades fluminenses. No município do Rio de Janeiro, o Comitê Científico é quem orienta as decisões da prefeitura, com base em dados e estatísticas. O indicativo é que ainda neste mês deve cair a obrigatoriedade de usar máscara em locais fechados e desobrigar o passaporte de vacina.

Pós carnaval
Por causa das aglomerações que ocorreram no feriado, os dados vão continuar em análise. No entanto, não apresentando crescimento por conta da alta cobertura vacinal, a cidade do Rio acredita que será possível flexibilizar as medidas mesmo após as festas. As decisões da capital, como já dito, são tomadas por análises científicas, são importantes pois podem nortear as decisões de outros municípios. Vamos aguardar o tempo da gestão friburguense para ver as decisões que serão tomadas acerca do tema.

Vendas em queda
Por falar em máscaras, as vendas despencaram e muitas empresas já cessaram a produção do material de proteção. Diga-se de passagem, a produção de máscaras ajudou muitas confecções friburguenses a sobreviver. Com as medidas de flexibilização, de fato, é arriscado manter a produção. Também pode se levar em conta que os brasileiros de maneira geral já têm coleção de máscaras.

Moda íntima
Já no segundo semestre do ano passado, voltou- se a priorizar a produção normal de peças de moda íntima. Segundo confeccionistas, até novembro do ano passado as vendas de produtos de moda íntima estavam em alta, com vendas excelentes. Porém, o ano de 2022 não começou dos melhores para o setor. Contam que houve uma forte queda nas vendas, mas é mantido o otimismo de que em abril, as vendas voltem a melhorar.

Capital da Moda Íntima
Apesar da queda nas vendas em comparação ao ano passado, o segmento da moda íntima feminina segue como um dos que mais cresce no país, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. O setor movimenta mais de R$ 3,6 bilhões por ano em todo Brasil. Nova Friburgo continua como o maior produtor do país, ainda que Fortaleza-CE e Juruaia-MG invistam pesado em marketing para tentar “roubar” o título friburguense de Capital da Moda Íntima.

De volta
Após dois anos sem sessões presenciais devido à pandemia, o cineclube Lumière, voltou a exibir filmes com a presença de público, nesta semana. As exibições serão realizadas na sede da banda Euterpe Lumiarense e no Espaço Ecoarte, em São Pedro da Serra, sempre às 19h. Todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 serão seguidos para que as sessões sejam seguras.

Sessão de cinema
Os participantes deverão apresentar comprovante de vacinação e utilizar a máscara de proteção durante a permanência no local. O Lumière tem quase seis anos de existência. Após as sessões são feitas rodas de bate-papo. Neste mês de março, a programação será dedicada ao ciclo de filmes "Grandes Diretores", com uma homenagem a Nelson Pereira dos Santos.

Palavreando
“Se tivéssemos olhado para dentro. Dentro de nós e na soma de todos nós. Esquecemos de perceber que Deus está em nós, por nós, entre nós, somos nós na tarefa de desatar os nós”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

O sol finalmente firmou em Nova Friburgo. Segundo o Climatempo, no entanto, há a previsão de céu nublado nesta sexta-feira, 4, com 80% de probabilidade de chuva. O sol só deve voltar a pino na segunda-feira, 7. A conferir.

 

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Você vive uma relação saudável de consumo?

sexta-feira, 04 de março de 2022

Compreender necessidades específicas é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de oconceito ser simples, as singularidades pessoais tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e num cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Compreender necessidades específicas é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de oconceito ser simples, as singularidades pessoais tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e num cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Nestas linhas de hoje, a propósito, quero comentar sobre o básico: a consciência de consumo. Somos pessoas diferentes, temos prioridades diferentes, projetos de vidas diferentes, sonhos diferentes; portanto, somos, cada um de nós, diferentes entre si. E por isso venho repensar as estruturas de consumo nesta coluna. Apesar de termosnossas peculiaridades específicas – e muitas vezes únicas –, consumir torna-seumaatividade comum e, por isso, importante repensá-la.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais.Ficam aqui,então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

• Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.

• Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

• Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

• Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novas compras e você não merece viver para pagar boletos.

É reflexo do consumismo a crescente taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras. Nossa moeda é frágil, nosso poder de compra é defasado, vivemos numa economia ainda em processo de maturação e a desorganização financeira cobra o preço pela forte cultura de consumo. Percebemcomo aeducaçãofinanceira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos?É a rotina de todos que usam a moeda como ferramenta de troca.

Por que entãocomprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? É sua, a responsabilidadepela boa relação com o dinheiro. Pense nisso!

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Tardezinha

sexta-feira, 04 de março de 2022

Era um dia comum. Tardezinha. A moça, sobrevivente, pôs-se a pensar. A premissa: cada dia em que estamos vivos é mais um dia de sobrevivência.  Naquela ocasião, teve a oportunidade de tomar com calma a xícara de chá e por incrível que pareça ficou até o amanhecer sem fazer nada que não fosse pensar. Um privilégio, é verdade. A vida tem dessas coisas. Às vezes, se tem a oportunidade de parar ... e pensar.

Era um dia comum. Tardezinha. A moça, sobrevivente, pôs-se a pensar. A premissa: cada dia em que estamos vivos é mais um dia de sobrevivência.  Naquela ocasião, teve a oportunidade de tomar com calma a xícara de chá e por incrível que pareça ficou até o amanhecer sem fazer nada que não fosse pensar. Um privilégio, é verdade. A vida tem dessas coisas. Às vezes, se tem a oportunidade de parar ... e pensar.

Dois pontos de partida tomaram seu tempo e suas reflexões. Primeiro, refletiu sobre as encruzilhadas da vida. Com o dedo da mão direita, desenhou na toalha de mesa e em seu imaginário, aquele ponto central entre dois caminhos, a plaquinha indicando para a esquerda um rumo, para a direita, outro e ela bem ali, no meio. Sem saber para onde ir. Sem saber para qual direção caminhar. É uma situação poética. A vida tem dessas coisas. A encruzilhada, pelo olhar da moça naquele momento de descontração era uma metáfora. Mas na verdade, sentido na pele o desafio da escolha pelo caminho a perseguir, só conseguia perceber um nó. E a moça, naquele meio distante de um real ponto de equilíbrio, sentia que precisava tomar uma decisão. Só não sabia qual.

A vida tem dessas coisas. E nossa, como é difícil! Aquela velha frase de que cada escolha implica em renúncias é uma verdade sentida no âmago do ser. Há quem viva de olhar para trás e se arrepender de ter ido pela direita ao invés da esquerda. Há quem olhe para frente e vislumbre um horizonte único que será perseguido em qualquer caminho, desde que se continue a andar adiante.

Às vezes, até mesmo o ponto nevrálgico da dúvida e da decisão pode merecer uma desconstrução. Pode ser que o tamanho do nó, o embaçamento da visão, o peso preso aos pés e a necessidade de opinião do outro tenham muito a ver com nossas expectativas. Desconstruir barreiras também é um processo. E seguir em frente sem medo de se arrepender pelo que deveria ter sido e não foi é uma baita evolução. Essa foi a segunda reflexão.

A moça percebeu que deveria desconstruir de alguma maneira esse medo de dar errado e o temor de escolher o pior caminho e entender que o processo é assim mesmo e que quanto maior for seu autoconhecimento, maior a probabilidade de celebrar opções que tenham nexo com seus valores e sua trajetória. Percebeu que as questões da vida não vêm com gabarito. E que a encruzilhada não é um enunciado com resposta pronta. Percebeu que mesmo que depois venha a se reconhecer em outro direcionamento na trajetória da vida, aquilo tudo que um dia foi construído, de alguma maneira se permanecerá de pé.

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A guerra que já devia ter acabado

quinta-feira, 03 de março de 2022

A vida rotineira de algumas cidades ucranianas, deu lugar à um cenário de destruição, abandono e guerrilha. A população civil que há duas semanas, levava seus filhos à escola, trabalhava e saía para se divertir, hoje, põe a mão em armas, confecciona coquetéis molotov e resiste contra o grande poderio bélico russo.

A vida rotineira de algumas cidades ucranianas, deu lugar à um cenário de destruição, abandono e guerrilha. A população civil que há duas semanas, levava seus filhos à escola, trabalhava e saía para se divertir, hoje, põe a mão em armas, confecciona coquetéis molotov e resiste contra o grande poderio bélico russo.

Na última quinta-feira, 23 de fevereiro, a Rússia, à comando de Vladimir Putin, tropas e equipamentos militares avançaram pela fronteira com a Ucrânia e, logo ao amanhecer, iniciaram-se os bombardeios com o objetivo principal de tomar a capital, Kiev. Tanques de guerra, caminhões com soldados, caças de última geração e mísseis de alta precisão não foram suficientes na empreitada e o presidente russo, não pensa em recuar e aumenta as ameaças.

Russos e ucranianos fizeram o conflito escalar da força e intensidade de destruição em terra até aos cyberataques, o que muitos chamam de “guerra hibrida”. Hackers, nas guerras atuais, são parte integral das ofensivas que visam desmantelar a infraestrutura e os meios de comunicação e tem sido usados em massa por ambos os lados.

Os ataques hackers possuem efeitos devastadores e podem mudar o curso da guerra. Como exemplo, em 2017, o maior ciberataque da história, nomeado “NotPetya”, prejudicou 80% do funcionamento da Ucrânia, que culminou no desligamento, por várias horas, do sistema de monitoramento de radiação da em Chernobyl. Os Estados Unidos e a Inglaterra acusaram formamente os russos, que sempre negaram qualquer responsabilidade.

A agilidade das notícias, vídeos e fotos por meio das redes nos fazem acompanhar esse conflito quase que em tempo real. E nós, como meros mortais, nos chocamos e lamentamos, cada dia mais, pelas vidas inocentes perdidas à cada minuto dessa guerra.

A guerra fora dos campos de batalha

Além da frustração russa nos campos de batalha no leste europeu, o país tem sofrido pressões externas e é ainda mais afetado por estar isolado da geopolítica internacional. Algumas das potências econômicas mundiais, aliadas à Otan – organização militar com 30 países - pressionam economicamente a Rússia, ao ponto de os danos econômicos sejam tão consideráveis que façam o Kremlin cessar os ataques.

Na prática, as sanções têm como objetivo principal enfraquecer a economia e a moral russa, deixando o país sem dinheiro para comprar armas e gerando perda do apoio da população. Desde a invasão do território vizinho, aumentou o número de empresas que começaram a fugir do país ou suspender seus serviços, motivados pelas duras sanções econômicas.

Até agora, mais de 30 grandes empresas já deram adeus à Rússia, dentre elas, empresas de tecnologia (Apple), fabricantes de avião (Boeing e Airbus), montadoras de automóveis, transporte marítimo e companhias alimentícias. Ao menos cinco petroleiras já encerraram suas operações no país, que é o terceiro maior produtor de petróleo e tem parte significativa do seu PIB atrelada aos combustíveis.

Nos esportes, o Comitê Olímpico Internacional anunciou uma série de medidas restritivas para a participação de equipes russas nos seus eventos, como repúdio às invasões. Mais tarde, a Fifa e a Uefa – confederação dos times europeus - anunciaram a decisão pela suspensão do país na participação dos maiores torneios esportivos do mundo, a Copa do Mundo e a Champions League.

Os Estados Unidos e a União Europeia cortaram a conexão dos seus sistemas financeiros com o banco central russo, que possui dinheiro em reservas no exterior. Dessa forma, estima-se que a Rússia esteja impedida de usar um montante de U$ 630 bilhões, o que faz sua moeda perder cada dia mais poder.

Hoje, o rublo-russo, moeda nacional, atinge a menor cotação histórica desvalorizada ao ponto de alcançar o valor mínimo histórico e a crise interna bate às portas e as geladeiras russas.

Há o temor de guerra nuclear?

Em meio à frustração e ao insucesso, em todas as frentes de guerra, Vladimir Putin e seus ministros ameaçam que, caso as sanções econômicas não cessem, a única alternativa será uma guerra nuclear com potencial destrutivo nunca visto.

Dentre todo arsenal atômico do mundo, 90% dos armamentos encontram-se em poder dos russos e dos americanos. Uma eventual guerra com ogivas nucleares, certamente, poderia por fim à humanidade no planeta e isso não se trata nem de uma questão teórica, é a realidade.

Segundo especialistas em guerra, os russos somente usam da ameaça para intimidarem. Entendem que uma guerra nuclear colocaria os países participantes em um cenário chamado de “destruição mútua e assegurada”, culminando na devastação completa do país atacante e do defensor. Contudo, alertam, que é importante lembrarmos que quando pensamos em Vladimir Putin, não podemos dizer que “ele nunca faria isso”.

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Temos dignidade

quinta-feira, 03 de março de 2022

Cada ser humano tem uma dignidade, e isto não depende da classe social, status econômico, formação acadêmica, linhagem familiar, religião ou ateísmo. Não importam seus erros, falhas, seu presente ou passado complicado. Cada indivíduo possui sua dignidade.

Cada ser humano tem uma dignidade, e isto não depende da classe social, status econômico, formação acadêmica, linhagem familiar, religião ou ateísmo. Não importam seus erros, falhas, seu presente ou passado complicado. Cada indivíduo possui sua dignidade.

Dignidade pode ser definida como honestidade, honra, respeitabilidade, autoridade, respeito a si mesmo, amor-próprio, decência. Você pode discordar da ideia de que todos nós temos dignidade, por pensar que um desonesto, um andarilho, mendigo, assassino, ladrão, pode ter dignidade. Mas tem. Dignidade não deve ser vista sob uma análise superficial do comportamento das pessoas. Ela não é construída no caráter humano por aquisição de bens materiais, cultura, nem por títulos recebidos academicamente, ou pelo poder político, judiciário ou eclesiástico. Não se obtém dignidade por decreto de uma autoridade constituída.

Não julgue pelas aparências. Elas podem ser só aparências. Claro, muitas coisas aparentes são reflexos do que vai no coração ou na mente da pessoa. Mas nem sempre. Um olhar abaixo da superfície dos comportamentos humanos pode revelar coisas fantásticas, negativas ou positivas. Nossos comportamentos sociais são resultado de nossas defesas psicológicas. E podemos nos comportar de forma adaptada ou desadaptada, saudável ou doentiamente.

Qualquer pessoa tem dignidade porque ela é uma pessoa. Pronto! É isso! Ela não é um caixote. Não é um trapo. Não é uma coisa. Não é um objeto. É um sujeito. As Escrituras Sagradas narram que um indivíduo que vivia em Israel quando Jesus viveu lá, estava tão possuído pelo mal, que ao abrir a boca para falar, não era ele quem falava, mas o maligno que se manifestava nele. Jesus olhou além da superfície daquele comportamento rejeitado pela sociedade e pelos “santarrões” da época, e acudiu aquele homem porque Cristo viu dignidade nele.

Eu estava na cidade de Recife, Pernambuco, participando de um Congresso de Psiquiatria. Era noite, não tinha atividades no Congresso e fui dar uma volta numa praça perto do hotel, onde havia carrocinhas de pipoca e de guloseimas, pessoas caminhando, outras conversando sentadas em bancos. Vi garotos na praça parecendo ser aparentemente meninos de rua. Puxei conversa com um deles. Dois outros se aproximaram. Ofereci guloseimas de uma barraca e eles aceitaram. Conversamos um pouco mais. Se achegaram ao nosso grupo de conversa mais uns dois garotos de rua, e vendo os amigos comendo, souberam que eu havia dado a eles a comida, e vieram me pedir. Um dos meninos que estava comendo disse para os amigos recém chegados: “Não peça mais nada a este moço não. Ele já nos deu muita coisa! Ele é bom!” Isto é dignidade. A dignidade não foi minha possível bondade, mas a atitude do garoto em me “proteger” do que ele considerou que poderia ser abuso dos amigos.

Aprenda a olhar sob a superfície dos comportamentos humanos e encontrar ali, no “sub-solo”, características positivas. Aprenda a perceber sua própria dignidade como ser humano, mesmo sendo o que somos, pecadores e imperfeitos. Temos valor e dignidade.

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quinta-feira, 03 de março de 2022

O Caderno Z do último fim de semana, em sua capa, nos inspirou: máscaras, brilhos, plumas e fantasias, tanto nas vestimentas, quanto no imaginário dos foliões. Embora o Carnaval possa ser um estado de espírito o ano inteiro, com bom humor e leveza na vida, nada se compara ao cair nas folias de Momo. O decreto da Prefeitura de Nova Friburgo, sem ser nome de agremiação carnavalesca, saiu “em cima da hora”, liberando festas particulares em salões, clubes e bares, mas, enfatizando o distanciamento de um metro entre os participantes.

O Caderno Z do último fim de semana, em sua capa, nos inspirou: máscaras, brilhos, plumas e fantasias, tanto nas vestimentas, quanto no imaginário dos foliões. Embora o Carnaval possa ser um estado de espírito o ano inteiro, com bom humor e leveza na vida, nada se compara ao cair nas folias de Momo. O decreto da Prefeitura de Nova Friburgo, sem ser nome de agremiação carnavalesca, saiu “em cima da hora”, liberando festas particulares em salões, clubes e bares, mas, enfatizando o distanciamento de um metro entre os participantes. E eu pergunto, sem querer resposta: quem, em sã consciência momesca, haveria de se preocupar com distanciamentos no meio das aglomerações? E logo o Carnaval que é também uma festa de abraços, de ajuntamentos e de agarrações!

Marly Pinel, a estrela alpha da constelação carnavalesca, decidiu ficar em casa, “sair de cena, mais uma vez”, no máximo umas voltas pelas ruas. Mesmo tranquila porque que se vacinou, declara: “Sou muito cuidadosa com a minha saúde, por isso sigo rigorosamente as recomendações dos especialistas...”. Mais adiante, acrescenta: “depois de tantos sacrifícios, não vou facilitar logo agora, quando parece que está perto de a gente se livrar da pandemia...”.  O presidente da Liesbenf, a Liga das Escolas de Samba de Nova Friburgo, José Carlos Espíndola, tem opinião semelhante: “Não condiz com a realidade de agora realizar qualquer tipo de evento nas quadras... Embora já bem controlada, a situação ainda não permite que a gente baixe a guarda.”

Rosângela Cassano nos contou: “Desfilei pela primeira vez ainda na barriga de minha mãe, Eda Cassano...”. Entre tantas recordações, Rosângela citou Eduardo Rodrigues, Leônidas e Tereza da Vilage, pessoas de muita expressão no carnaval friburguense. “Um gostinho de carnaval aqui e acolá” com segurança pode ser que dê mais certo em maio. Vamos esperar que a pandemia se manque!

Wanderson Nogueira fez um apelo que é de todos nós: "Ah, Carnaval... Que saudade de você! Vem para interromper esses tempos de cólera e de gente raivosa que não gosta de fazer obra de arte coletiva. Chega mais perto e me permite protestar contra as malvadezas do mundo, dessa forma divertida, que irrita os que são contra você. Quero pular na maestria de suas multidões e declarar que, por amarmos gente, sou assim tão ligado a você...”. Isso é lindo, pois o Carnaval é festa de gente, de amor e de amores!

Em qualquer tempo e lugar, o Carnaval é sinônimo de saudade pela alegria que nos proporciona. A reportagem de Adriana Oliveira demonstrou o quanto estamos propensos a sentir um vazio cheio de boas recordações, conforme se apresentou a folia de Momo em 2020, a última antes da pandemia no Brasil. Vivemos em nossa cidade uma festa animada, familiar e acolhedora, o que confirma o título de o “segundo maior Carnaval do Estado do Rio. Contudo, sendo uma festa descontraída é fácil romper os limites no trânsito. Assim, a charge de Silvério alertou: “Se beber, não dirija!”. 

Já que nem tudo é brincadeira carnavalesca, o secretário municipal de Defesa Civil, Evi Gomes da Silva, nos deu um panorama sobre a situação da cidade em relação aos períodos de chuvas intensas, alertando que Nova Friburgo temos 254 áreas de risco. São aproximadamente 7.500 casas e 30 mil pessoas vivendo nesses locais. A orientação é para que as pessoas fiquem atentas a qualquer perigo e entrem em contato com a Defesa Civil ligando 199, solicitando uma vistoria.

Em “Sociais”, Tony Ventura festejou aniversário em pleno Carnaval. O último sábado, 26 de fevereiro, certamente foi entre seus queridos familiares, ao lado de sua linda esposa Faninha, dos filhos e netos. Parabéns, querido! E o mês de março foi inaugurado com uma grande comemoração: 51 anos da Stam Metalúrgica. Lider nacional em fechaduras e cadeados, a empresa, que tem a chave do sucesso, tem em seu comando a senhora Helena Herdy Faria, viúva do fundador da marca, Francisco Faria, e o filho Rogério Faria. Com trabalho, dedicação, confiança, crescimento e sustentabilidade, com certeza, o saudoso seu Chico faria tudo outra vez! Parabéns, Stam! “Stamos” juntos aplaudindo sua gigante trajetória!

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Façamos o bem

quinta-feira, 03 de março de 2022

Nesta quarta-feira de cinzas, 2, teve início a Quaresma, tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Com o intuito de nos ajudar neste caminho, o Papa Francisco escreveu a mensagem quaresmal de 2022 refletindo sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: “Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos” (Gal 6, 9-10a).

Nesta quarta-feira de cinzas, 2, teve início a Quaresma, tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Com o intuito de nos ajudar neste caminho, o Papa Francisco escreveu a mensagem quaresmal de 2022 refletindo sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: “Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos” (Gal 6, 9-10a).

Sem dúvida alguma, esta é uma reflexão urgente para o nosso tempo. Francisco, movido pelas palavras do apóstolo, questiona: “Qual poderá ser para nós este tempo favorável?” E responde que é a nossa inteira existência terrena. Mas denuncia: “Muitas vezes, na nossa vida, prevalecem a ganância e a soberba, o anseio de possuir, acumular e consumir, como se vê no homem insensato da parábola evangélica, que considerava assegurada e feliz a sua vida pela grande colheita acumulada nos seus celeiros (cf. Lc 12, 16-21)”.

É preciso mudar a mentalidade. O pontífice diz que a Quaresma nos convida à conversão de tal modo que a vida encontre a sua verdade e beleza menos no possuir do que no doar, menos no acumular do que no semear o bem e partilhá-lo.

Somos chamados a ser “cooperadores de Deus” (1 Cor 3, 9), aproveitando o tempo presente (cf. Ef 5, 16) e o lugar onde Deus nos colocou para semearmos o bem. Somente assim poderemos colher um mundo de paz e de verdadeira prosperidade.

“Um primeiro fruto do bem semeado, temo-lo em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por menor que seja, e nenhuma das nossas «generosas fadigas» se perde (cf. Exort. Evangelii gaudium, 279). Tal como a árvore se reconhece pelos frutos (cf. Mt 7, 16.20), assim também a vida repleta de obras boas é luminosa (cf. Mt 5, 14-16) e difunde pelo mundo o perfume de Cristo (cf. 2 Cor 2, 15). Servir a Deus, livres do pecado, faz maturar frutos de santificação para a salvação de todos (cf. Rm 6, 22)”.

O Papa ainda chama atenção para a generosidade no ato de semear o bem. “É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus: constitui “grande nobreza ser capaz de desencadear processos cujos frutos serão colhidos por outros, com a esperança colocada na força secreta do bem que se semeia» (Enc. Fratelli tutti, 196). Semear o bem para os outros liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus”.

Contra a tentação de fechar-se no egoísmo individualista e, à vista dos sofrimentos alheios, refugiar-se na indiferença, o Papa Francisco convida a humanidade a não desistir diante das dificuldades e desafios de nosso tempo. Em primeiro lugar, nos chama a perseverar na oração. “Precisamos rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa”. Ainda nos anima a não nos cansarmos de extirpar o mal da nossa vida e a não desistir de combater a concupiscência. Por fim, o pontífice nos motiva a fazer o bem, através de uma operosa caridade para com o próximo.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação.

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Soneto 27

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Shakespeare foi abençoado nas ideias que fundamentaram sua vasta e diversificada obra. Ele conseguiu abranger os meandros da existência humana, incluindo até os momentos de vigília antes do adormecer. 

Shakespeare foi abençoado nas ideias que fundamentaram sua vasta e diversificada obra. Ele conseguiu abranger os meandros da existência humana, incluindo até os momentos de vigília antes do adormecer. 

Está nas minhas mãos o livro “44 Sonetos Escolhidos: Homenagem ao Bardo, nos 450 anos de nascimento 1564-2014”, no qual a tradutora, Thereza Christina Rocque da Motta, seleciona 44 sonetos dele. O 27 se reporta ao momento em que nos deitamos, olhamos vagamente para o teto, as paredes do quarto, sem direção, na verdade, e a imaginação acaba por nos embalar, relaxando o corpo cansado.

Ei-lo.

Cansado do trabalho, corro ao leito,

Para repousar meus membros exaustos de viagem;

No entanto, inicia-se uma jornada em minha mente,

Depois que a atividade do meu corpo cessa:

Assim, meus pensamentos (vindos de muito longe)

Começam uma lenta peregrinação até onde estás,

E fazem que meus olhos sonolentos não se fechem,

Encarando o negror que os cegos veem:

Exceto que a visão imaginária de minh’alma

Traz tua sombra invisível,

Que, como uma joia suspensa no escuro,

Adorna a noite turva, a renovar seus traços.

                           Vê! Assim de dia, minhas pernas e, à noite, minha mente

   Nem por mim, nem por ti, encontram paz.

 

O poema 27 vai ao encontro a que um amigo da família, já falecido, o psiquiatra, Dr. Jadyr de Araújo Góes, dizia: a mente trabalha incessantemente durante o dia e durante a noite, de modo que nossos melhores pensamentos e ideias surgem quando dormimos. Por isso, quando temos algo a resolver e não sabemos como, é aconselhável nos deixarmos dormir. Quando acordamos, podemos vislumbrar uma solução. 

Nosso corpo é o maior aliado que temos. Muitas vezes, o usamos de forma inadequada, principalmente as nossas capacidades mentais. Infelizmente, vivemos em uma moderna cultura que nos acostuma a colocar fora de nós os melhores recursos a que podemos recorrer. Ao reconhecermos que os momentos de vigília são nobres, quando nosso pensamento vai longe, trazemos imagens da alma, fatos esquecidos, reflexões sobre o que nos sensibiliza. Ainda experimentamos um turbilhão de ideias geniais — loucas ou sensatas. São momentos em que a divindade, a saudade, a criatividade e a inteligência se misturam e nos mostram alternativas. Nos trazem o novo.

Ah, é o nosso momento furta-cor! 

 

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Qualidade da telefonia em Friburgo: Incompreensível

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Edição de 26 e 27 de fevereiro de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 26 e 27 de fevereiro de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Incompreensível - que a telefônica local - a poderosa CTB (Companhia Telefônica Brasileira) - não instale postos em vários pontos da cidade, para que o enorme número dos que não possuem aparelhos possam comunicar-se com telefones locais e conseguir ligações interurbanas. No momento, a concessionária do importante serviço público, mantém, apenas uma cabine instalada em um bar, que aliás, como é natural não funciona toda a noite, tendo suprimido, inacreditavelmente a que funcionava, no mesmo horário, no fim da Avenida Alberto Braune. 
  • Pavimentação da estrada velha de Conselheiro Paulino - O prefeito Feliciano Costa iniciou a pavimentação da estrada velha de Conselheiro Paulino, que será concluída, com recursos da municipalidade. Trata-se de uma iniciativa da mais alta importância. O trecho a receber revestimento de pedra - areia - paralelepípedos, tem a extensão de seis quilômetros prevendo-se aplicação de mais de um milhão e quinhentos mil paralelepípedos.  
  • Secretário de Educação visita Nova Friburgo - O professor Delton de Mattos Silva, secretário de Educação do Estado do Rio, acompanhado do prefeito, Feliciano Costa, percorreu as obras da prefeitura em vários pontos. Após examinar os melhoramentos, o secretário disse que Friburgo vive sob o impulso de uma administração municipal, que resolve os problemas. O secretário assinou com o prefeito, um convênio, autorizando o uso do ginásio Celso Peçanha e felicitou  Feliciano Costa, por acompanhar o programa de trabalho intensivo dos governos, Raimundo Padilha e Emílio Médici, conduzindo para a frente, o Estado do Rio e o Brasil. 
  • Ginásio Conselheiro Paulino passa a funcionar na Praça da Bandeira - O “Ginásio Conselheiro Paulino”, funcionava no Grupo Escolar Feliciano Costa, mas o seu Conselho Diretor, solicitou auxílio do prefeito para conseguir um local mais apropriado. Depois de vários entendimentos, vieram a Friburgo o comendador Maia e o dr. Tobias Tostes Machado, do CNEC e traçaram, com o professor Amaury Muniz, Presidente da F.E.C, o seu executivo, professor Wilson Teixeira e o dr. Zanon Costa, representando o prefeito municipal, a minuta ser levada ao conselho estadual de cultura, autorizando a transferência do ginásio para grupo escolar, da Praça da Bandeira. 
  • Euterpe Friburguense: 109 anos - A Sociedade Musical Euterpe Friburguense comemora mais um aniversário neste 26 de fevereiro de 1972, sempre prestando relevantíssimos serviços à arte musical de nosso município, enobrecendo-o sobre-modo já que é ela participante de todos os movimentos e dos fastos históricos da terra friburguense, cujos filhos muito se honram de tê-la presente na vanguarda de um caminhar diuturno pela grandeza da “Suíça Brasileira”. Legítimo patrimônio do município, a “Euterpe” é também uma escola de músicos que há fornecido alguma dezenas de “primeira classe” para as bandas de corporações militares. Salve a querida Euterpe, neste dia em que marca mais um glorioso tento na sua existência dedicada a terra friburguense! 
  • Caixa Econômica Federal vai ampliar e modernizar agência em Friburgo - A agência de Nova Friburgo já se encontra em 5º lugar no Estado do Rio, abrindo concurso para mais funcionários. Os aprovados irão receberem mensalmente a remuneração de oitocentos cruzeiros.  

Pílulas:

  • O “Lions Clube” vai realizar em Friburgo uma convenção nacional, na qual deverão participar mais de mil “leões” e “domadoras”. No dia do encerramento, é certa a presença de dois mil convencionais. Daremos notícias detalhadas proximamente. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Antonio Américo Pecly Ventura (26); Ilka Peçanha (28); José Naegele e Ruy Marra da Silva (2); Rachel Lamblet Villaça e Francisco Antonio Mastrângelo (3); Maridéia Paschoal, Dora Wieddemann e José Galeano das Neves (4).
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Por que te quero, carnaval?

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Ah, carnaval! Como te quero todos os anos e cada vez mais. Se pudesse ficar o ano inteiro... Ainda que os amores que produz fiquem batucando meu coração, minhas memórias, nossas mais pertences nostalgias, sinto a ausência da sua presença para além dos seus dias. 

Ah, carnaval! Como te quero todos os anos e cada vez mais. Se pudesse ficar o ano inteiro... Ainda que os amores que produz fiquem batucando meu coração, minhas memórias, nossas mais pertences nostalgias, sinto a ausência da sua presença para além dos seus dias. 

O divino está para você como divindade é! E o divino é a sua passarela, especialmente, na arte do encontro: seja da linha com as fantasias que tomam forma pelas mãos das costureiras; seja pelos paralelos que levam nossos passos da concentração à dispersão; seja pelo compasso do som que sai dos seus tamborins e vai ao encontro dos meus ouvidos; seja pelo que promove nesse entrelace do bloco da liberdade com o bloco da democracia. 

“Gosto que me Enrosco” nas riquezas materiais e de afeto que fabrica. Gosto de te ouvir e adoro te sambar sob “A Batucada dos Nossos Tantãs”. E se “As Rosas Não Falam”, nos tempos que nos visita – cantam. O samba — você — hino à essa tal “Liberdade, Liberdade” que abre as asas sobre nós, é cura e raiz, é “A Voz do Povo”.

Nesses tantos rios que passaram em nossas vidas, aprendemos que se falta o pandeiro, toca no isopor mesmo. Se não tem chocalho, enche a latinha de cerveja (bebida) de areia ou pedrinhas. Se a cuíca não chegar a tempo, o assobio esbanja a espontaneidade que planta em seu povo. Sua vocação é inventiva e nos faz devotos criativos. 

Deixa me fantasiar de serpentina e o confete fazer a alegria das crianças — futuros ou já presentes foliões. Vem e me vacina dessa harmonia de abandonar os adereços que me impõem o ano inteiro para ser quem eu sou. Experimentar o outro no prazer de se abraçar e, se houver encantamento, porque não se beijar, se dar e receber... Até a Quarta-Feira de Cinzas ou para além dela.

Ah, Carnaval... Que saudade de você! Vem para interromper esses tempos de cólera e de gente raivosa que não gosta de fazer obra de arte coletiva. Chega mais perto e me permite protestar contra as malvadezas do mundo, dessa forma divertida, que irrita os que são contra você. Quero pular na maestria de suas multidões e declarar que, por amarmos gente, sou assim tão ligado a você. 

Sigo a te esperar de glitter no rosto, coração de palhaço posto — repleto de emoção. Já separei as fantasias e minha coleção de alegrias para me multiplicar de você. Estou pronto, já há algum tempo, para embarcar nas suas alegorias que traduzem bem viver. Está difícil essa saudade do seu lirismo em poesias, estou louco para te rever. Se atrasar mais um pouco, não nego o sufoco de ter que te aguardar um tanto mais. 

No entanto, livre, leve e solto, estou cada vez mais cheio de energia para desfilar na sua democracia e me embebedar da sua mais festiva paz.        

 

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(Foto: Carlos Mafort)
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