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Contrapontos

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Ao ler o conto de Antônio Carlos Vianna, “Dona Katucha”, do seu livro de contos
“Jeito de Matar Lagartas”, Companhia das Letras, eu me deparei com algumas
questões relevantes sobre o envelhecer, a etapa da vida que evolui para a morte,
processo inevitável e implacável. É caracterizada por transformações corpóreas e
mentais degenerativas, que tocam as emoções, a cognição, a sexualidade e a
espiritualidade não somente daquele que envelhece, mas das pessoas que com ele
convivem. É contextual por mais solitário que o sujeito seja.

Ao ler o conto de Antônio Carlos Vianna, “Dona Katucha”, do seu livro de contos
“Jeito de Matar Lagartas”, Companhia das Letras, eu me deparei com algumas
questões relevantes sobre o envelhecer, a etapa da vida que evolui para a morte,
processo inevitável e implacável. É caracterizada por transformações corpóreas e
mentais degenerativas, que tocam as emoções, a cognição, a sexualidade e a
espiritualidade não somente daquele que envelhece, mas das pessoas que com ele
convivem. É contextual por mais solitário que o sujeito seja.
Dona Katucha quer se manter eternamente jovem, possuindo dificuldades em
aceitar o momento fronteiriço que está vivendo. Os anos de envelhecimento
contornam o tempo de vida e delineiam a finitude. O envelhecimento e a morte fazem
parte da vida saudável. Mas o que seria de nós caso a morte não existisse e fôssemos
eternamente adolescentes? Quanta inteligência criativa Oscar Wilde teve para
escrever “O Retrato de Dorian Gray”! Será que Antônio Carlos Vianna se inspirou nessa
obra universal e inquestionável?
Ao ler o delicado trabalho da Dra. Ana Claudia Quintana Arantes, médica
especialista em Cuidados Paliativos, em seu livro “A Morte é um Dia que Vale a Pena
Viver”, editado pela Casa da Palavra, eu me pus a refletir sobre a vida. O
envelhecimento e a morte nos remetem à vida, que é soberana nas etapas existenciais
pelas quais passamos, mesmo no momento da morte. É plena pelas incontáveis
possiblidades que temos para experimentar as circunstâncias nas quais estamos
inseridos.
As biografias! A dos que participaram, de algum modo, da construção das
civilizações, como Nelson Mandela, Charles Chaplin e Santo Agostinho. Por que
também não falar de Rita Lee? Quando o indivíduo mergulha em suas ideias e
vontades toca a vida de muitos e move seu destino pelos seus esforços e talentos. Não
é necessário nascer em berço de ouro. É preciso fortalecer os tesouros guardados em
nossas células.

Viver a vida é superar o medo de ser feliz. E de sofrer. O sofrimento e a felicidade
são dualidades intrínsecas à existência. Se as emoções são únicas, tão particulares
quanto as impressões digitais, o envelhecer é individual. Se podemos ter em mãos o
livre arbítrio, decidimos nosso modo de viver, mesmo nas situações em que não
podemos ter escolhas. Eis, portanto, a sabedoria que construímos nos anos vividos,
que nos aponta para formas de enfrentamento e superação. A inteligência e a
criatividade são nossas parceiras, embora nem sempre utilizadas.
Ah, as palavras de Rainer Maria Rilke, devem ser guardadas em mesinhas de
cabeceira para que possamos ter coragem para enfrentar a vida, em todos seus
mistérios, desafios, tristezas e maravilhas. Posto que a todo instante é preciso tomar
decisões e agir. Fazer algo. O viver sem bravura e perseverança é o mesmo que ter a
vida e não conseguir vivê-la com méritos.
O processo de viver é desencadeado pelas relações de causas e consequências. O
envelhecer é resultado de como vivemos épocas passadas, do modo como ocupamos o
espaço na família, nas comunidades, no trabalho e nas relações amorosas e sociais. A
maneira como ocupamos os espaços é essencial para o nosso equilíbrio físico,
cognitivo, emocional e espiritual. Quando o buscamos com plenitude, estamos
inteiros, dialetizando, a mente, o corpo, as emoções e a espiritualidade.
O envelhecer nos é inquietante!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

“A Friburgo atual - em franco progresso”

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Edição de 19 e 20 de fevereiro de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

Edição de 19 e 20 de fevereiro de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

  • “A Friburgo atual - em franco progresso” - O marechal Odylio Denys, que residiu em Friburgo e estudou no Colégio Caribé, ao lado de fluminenses ilustres, entre eles - Macarino de Freitas, Platão Garcia, Olavo Tostes, todos de marcada atuação na vida jurídica do nosso Estado, esteve visitando nossa terra para rever velhos amigos e enamorar-se por nossas belezas. O grande revolucionário teve um encontro com Nelson Kemp, seu companheiro das batalhas cívicas, ao lado de Nilo Peçanha, pugnando pelos governos para o povo. Correu a cidade, recebendo homenagens, como as da prefeitura e do Colégio Nova Friburgo, onde o professor Amaury Muniz, teceu-lhe vibrante hino de saudação patriótica. Comovido e enternecido, o marechal agradeceu e voltou ao Rio, onde, entusiasmado, escreveu longa missiva ao jornalista Kemp, dizendo-lhe: “Logo que me for possível, irei aí de novo, tal boa impressão que trouxe da Friburgo atual - em franco progresso.”  
  • Muito bem! Honra ao mérito! - Pelo bonito espetáculo proporcionado à nossa população que foi o Carnaval 1972, dada as providências tomadas, especialmente no que se referiu aos serviços públicos, admirados e proclamados pelos quatro cantos da cidade, e, ainda aos substanciais auxílios prestados aos blocos, escolas de samba etc. O prefeito Feliciano Costa merece rasgados elogios, o que não nos furtamos a fazê-lo nesta edição, como legítimo porta-voz da população. O que desejamos especialmente salientar, é o arejamento administrativo colocado em prática pela chefia do Executivo, cuja equipe de auxiliares está a merecer, também, francos encômios, pela atividade desenvolvida nos setores relacionados com a prestação de serviços durante o período carnavalesco. Honra ao mérito! 
  • Padilha diz a Fitipaldi que o Estado do Rio pode ter autódromo - A construção de um autódromo no Estado do Rio passou a ser assunto prioritário da administração fluminense e o governador Raimundo Padilha designou o chefe do Gabinete Civil, Mário Gliosci, para que coordene os estudos de sua viabilidade. A promessa foi feita pelo governador ao presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Evânio Leme Nunes Galvão, e aos irmãos Emerson e Wilson Fitipaldi, que compareceram ao Palácio Nilo Peçanha para agradecer o apoio dado pelo governo Padilha ao automobilismo, com a realização do 1º Rally dos Mil Quilômetros fluminenses, que será realizado anualmente. 
  • "Decoração 72” - A firma Contal, com escritório de contabilidade e administração na Rua Almirante Barroso, 14, instituiu importante concurso com o objetivo de escolher e premiar a mais bela ornamentação interna dos clubes da cidade, no carnaval deste ano. A iniciativa das mais inteligentes e oportunas, obteve êxito total. A Comissão Julgadora foi composta de jornalistas e cronistas… 

Pílulas:

  • Enganaram-se os que, fantasiados de líderes, vestiram capa de dirigência emedebista e já agora pensam que estão nivelados aos maiores, podendo deitar catedra em movimentos partidários. Na política, como de resto em quase todas as histórias, os postos são galgados paulatinamente, pelos serviços prestados, pelo valor que representam, e, nunca pelo que os caras pensam que são… 
  • Em março serão abertas as estradas que levarão ao pleito de 15 de novembro. O percurso nas ditas vias não será fácil. Pode-se ganhar partidas de pôquer blefando, mas eleições somente se vence com votos. E votos não se conquista com “matemáticas” próprias. 
  • O carnaval no Country, na Sociedade e no Xadrez esteve acima das melhores perspectivas. Mais uma vez, Friburgo manteve a tradição, apresentando o melhor carnaval do Estado do Rio. A ordem imperou, a animação ultrapassou a tudo quanto pudesse ser esperado, os foliões brincaram a valer e os serviços públicos estiveram impecáveis. 
  • Como tivemos dias maravilhosos de sol, as estradas que conduzem ao nosso município não decepcionaram, e, devido a obras de reforma da serra, em dois pequenos trechos, o trânsito ficou sofrível. 
  • Mais de 40 mil turistas aqui estiveram, prestigiando o nosso carnaval, que diga-se de passagem esteve excelente. As escolas de samba merecem um registro muito especial: apresentações monumentais, luxuosas fantasias, ótima coreografia, música excelente. Merecem parabéns, os diretores das organizações que muitíssimo orgulham a nossa cidade. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Clóvis de Jesus (19); Rozette Haiut (20); Vinicio do Lago Zamith, João Amélio e Vera Lúcia Lima da Silva (21); Tufic Salim Milled, Haiffa Abicalil e Renato Heindenfelder (22); Márcio Ventura, Maurício Ventura, Max George Cleff e Ernesto Pereira de Faria (24).
Foto da galeria
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Convicto

sábado, 19 de fevereiro de 2022

A fé move as pessoas, o idealismo reforça a recusa em esmorecer perante as fraquezas e intrigas alheias, mas é a coragem que determina o poder que temos em mudar o mundo. Mudar nossos bairros, nossa cidade, nossa realidade, a si mesmo. Mudar os lugares e a lida cotidiana, no entanto, só faz sentido se for pelas pessoas. 

A fé move as pessoas, o idealismo reforça a recusa em esmorecer perante as fraquezas e intrigas alheias, mas é a coragem que determina o poder que temos em mudar o mundo. Mudar nossos bairros, nossa cidade, nossa realidade, a si mesmo. Mudar os lugares e a lida cotidiana, no entanto, só faz sentido se for pelas pessoas. 

A vida das pessoas tem que importar. A vida das pessoas é mais do que mero detalhe em leis, discursos e estatísticas. A vida de cada pessoa importa. Afinal, as pessoas são o motivo de existir das cidades, estados e países. É o nosso motivo de insistir na vida. E esse deve ser o motivo fundamental, essencial de toda ação para que a vida de todas as pessoas possa ser melhor, possa ser mais feliz. 

Assim, mudar o mundo só faz sentido se for para melhorar a vida das pessoas e consequentemente a nossa. O mundo não está um lugar nada fácil para se viver. 

É preciso coragem, muita coragem para fazer o que tem que ser feito. Dar a cara à tapa, insistir, teimar na fé, combater o mal não são missões das mais simples. 

Mas também não precisamos complicar tanto, nem se render à preguiça, ao pessimismo ou às narrativas que nos tentam empurrar como roteiros fechados. O enredo de existir é obra em aberto que não aceita verdades prontas da boca de facínoras ou de nossos próprios pensamentos que ocultam traumas. 

É admirável quem age no sonho de revoluções cotidianas, altruisticamente, mais do que propriamente para tentar ter fama. Fazer, promover o diferencial, somar, enxergar os invisíveis, acreditar no coletivo, enfrentar a omissão. É preciso coragem nessa profissão de fé que faz chamamento, urgente e necessário, para se combater as desigualdades, o preconceito, o ódio gratuito às mulheres, a marginalização da população LGBTQIA+. Proteção aos vulneráveis e desprotegidos, pois são eles (nós) que estão em risco permanente. Ensina essa profissão de fé que há situações que não se debate, se combate.     

Construir de forma coletiva, de fato, requer certa abnegação. Que sentido há no individualismo? Que vocação há na gana do poder? Que motivação apaixonante há na vaidade vazia? Nenhum para a primeira pergunta. Nenhuma para a segunda pergunta. Nenhuma para a terceira pergunta. Mas na resposta há sentidos que diferirão os que passarão daqueles que são bons e até invencíveis nessas pequenas grandes batalhas coletivas, para o coletivo e para si mesmo. 

Esses que sobrevivem nas suas profissões de fé podem até aparentar abatimento pela luta árdua e interminável, mas serão os que de fato herdarão a terra. Juntos! Esperançosos sempre, temerosos jamais! E há muito das lutas coletivas dentro dos nossos combates particulares consigo mesmo. Mas em ambos há um objetivo comum: alcançar a felicidade, se permitir a felicidade. E, não há felicidade plena se ao lado o irmão chora ou se não se está contente internamente. É preciso que você seja seu melhor amigo e da sua consciência também.   

As dúvidas são sementes paralíticas. Que essas sementes daninhas sejam arrancadas. Convoque para si, convoquemos para nós, coragem repleta de amor, do tipo que impede observar tudo passivamente. Injustiças são injustiças e têm que ser derrotadas com esforço incansável. Há que se preservar e garantir o maior dos direitos a todos: o de ser feliz, sem que se faça o mundo triste. 

A grandeza dos nossos sonhos nos concede garantias de que, através de nossas atitudes, toda luta vale à pena e pode e deve ser até prazerosa. Quando os propósitos se tornam maiores até do que a realidade vigente, não há nada que possa impedir a caminhada. Um passo de cada vez, hora veloz, outra mais lento – não importa – se convicto. 

 

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Não vacinados morrem mais

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Não vacinados morrem mais
Pelo menos metade das últimas mortes por Covid-19 em Nova Friburgo foi de moradores que não se vacinaram. Só nesta semana o município computou sete óbitos, todos de vítimas com comorbidades, segundo informações da prefeitura. Mesmo com 904 mortes registradas desde o início da pandemia e com os dados de que pessoas não vacinadas correm mais risco de morrer, nem a prefeitura, nem a Câmara de Vereadores aventam a possibilidade de instituir o passaporte de vacinação como forma de motivar a imunização entre os friburguenses.

Não vacinados morrem mais
Pelo menos metade das últimas mortes por Covid-19 em Nova Friburgo foi de moradores que não se vacinaram. Só nesta semana o município computou sete óbitos, todos de vítimas com comorbidades, segundo informações da prefeitura. Mesmo com 904 mortes registradas desde o início da pandemia e com os dados de que pessoas não vacinadas correm mais risco de morrer, nem a prefeitura, nem a Câmara de Vereadores aventam a possibilidade de instituir o passaporte de vacinação como forma de motivar a imunização entre os friburguenses.

Passaporte de vacina
Se nos espaços municipais a exigência não ocorre, como em boa parte dos municípios fluminenses, algumas instituições locais exigem o comprovante de vacinação. É o caso do fórum, da Defensoria Pública e das universidades Uerj e UFF. Alguns eventos, mesmo sem a obrigação imposta pela prefeitura, tem exigido a carteirinha de vacinação e faz o aviso já na compra dos ingressos que não vacinados não poderão entrar nas festas.         

Números não mentem
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, as pessoas que não são vacinadas contra a Covid-19 têm 97 vezes mais chances de morrer de Covid-19 do que as pessoas que são vacinadas e recebem a dose de reforço. O estudo mostra que o número médio de mortes semanais para aqueles que não foram vacinados foi de 9,7 por 100 mil pessoas, mas apenas 0,7 por 100 mil pessoas para aqueles que foram vacinados.

Dose de reforço é fundamental
Para quem não completou o ciclo vacinal esse número cai de 97 para 14 vezes o risco de morrer de Covid-19. Dados do sistema de vigilância Covid-NET, mostram que 54% das pessoas hospitalizadas por Covid-19 com mais de 65 anos não são vacinadas, apesar de somente 12% das pessoas nessa faixa etária não serem vacinadas em geral. Apenas 8% dos pacientes hospitalizados neste conjunto de dados foram vacinados e receberam a dose de reforço. Tendências vistas em todas as faixas etárias.

Uso de imagem por academias
A Justiça entende que o uso de imagem de alunos de academias necessita de autorização expressa e que não vale a autorização de imagem assinada no contrato de matrícula. Quase ninguém lê os contratos com as academias de ginástica, mas quase todos incluem uma cláusula que autoriza o uso de imagem de seus alunos em redes sociais. No entanto, uma decisão desta semana, está tornando nula essa cláusula.

Prudência
Uma academia terá que indenizar uma aluna por uso de imagem nas redes sociais sem autorização expressa. A alegação da academia de que, além da autorização expressa ao assinar o contrato, a representante legal também autorizou o uso da imagem de forma tácita e verbal ao se permitir fazer parte das imagens fotografadas.

Não basta estar escondido no contrato
A decisão da turma que julgou o caso já no recurso destacou que a academia usou as imagens da autora para fins comerciais, uma vez que foram utilizadas para publicidade nas redes sociais. Segundo o colegiado, o uso das imagens para essa finalidade “exige autorização expressa do seu titular ou do seu representante (…), e não somente o que está contido em cláusula de contrato de adesão”.

Direito do consumidor
Ainda que caso isolado, a decisão deve gerar jurisprudência, ou seja, decidir acerca de outros processos semelhantes. Para salvaguardar as academias, a turma destacou que cláusulas de uso de imagem devem ser mencionadas e esclarecidas no momento da assinatura do contrato de forma clara e destacada para que não viole limitação de direito do consumidor, permitindo sua imediata e fácil compreensão.

O retorno
Depois de dois anos de não realização por conta da pandemia, o ator, produtor e diretor teatral, Bernardo Dugin, anuncia a abertura das inscrições para seu já consagrado curso de teatro. Neste ano, com três turmas: adolescentes, crianças e adultos. Como novidade, para além do universo da improvisação teatral, haverá exercícios de interpretação para audiovisual. 

Diversão e aprendizado
As aulas acontecerão às segundas-feiras, no Friburgo Shopping. As inscrições, assim como outras informações, podem ser feitas e obtidas pelo telefone/WhatsApp 21 979 497 107. Quem já fez o curso recomenda pela leveza e, claro, pelos aprendizados adquiridos. O curso é voltado não só para quem quer fazer teatro, mas para todos que falem em público ou tem dificuldades de se colocar. A imersão, além de divertida, geralmente termina com uma apresentação coletiva. 

Só oito
Agora só restam oito participantes entre os mais de três mil inscritos. Abraão Alencar, representante de Nova Friburgo no primeiro reality show de música gospel do Brasil, continua na competição após mais uma eliminatória. O Dom Reality UniCesumar deu a difícil missão aos jurados de em nova rodada de apresentações escolher oito dos 16 classificados. Abraão foi um dos oito que seguem na competição.

Mais uma etapa
Nessa fase da competição que termina na próxima quarta-feira, 23, Abraão Alencar interpretou com maestria a música “Furioso Oceano”, de Jhonas Serra. As caras e bocas dos jurados durante a apresentação já entregavam: o representante de Nova Friburgo seguirá para a fase seguinte. E assim se confirmou quando do anúncio dos oito eliminados e dos oito classificados. A nova fase que manterá apenas quatro participantes está marcada para este domingo, 20.

Na torcida
Caso se classifique nessa etapa, Abraão Alencar representará Nova Friburgo na grande final, marcada para o dia 23. Para acompanhar essa trajetória, os episódios anteriores estão no YouTube e o programa inédito também pode ser assistido pelo canal EAD Unicesumar, às 21h30. O Estado do Rio é o que tem mais representantes na próxima fase, três. São Paulo vem na sequência com dois. Completando os finalistas, SC, DF e PR com um representante cada. 

Premiação de impulso
O campeão do reality vai obter um contrato de cinco anos com a gravadora Destaque, editorial Deezer no lançamento, produção de áudio de três músicas assinadas por Johny Essi, produção de audiovisual de uma música pela Multiforme Filmes, contrato de gestão de carreira artística com Paulo Alberto e uma bolsa de estudos 100% do curso Design Musical. Vale a torcida, afinal é o nome de Nova Friburgo em destaque.

Palavreando
“O enredo de existir é obra em aberto que não aceita verdades prontas da boca de facínoras ou de nossos próprios pensamentos que ocultam traumas”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Siga Friburgo no Instagram traz o registro de Fellipe Faustino, do alto do Pico do Caledônia, a 2.219 metros de altitude. A trilha para o espaço está reaberta. Ainda que os dias nublados não permitam ver toda a paisagem, estar acima das nuvens sem estar em um avião é magnífico.

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Fundos de Investimento na Bolsa de Valores?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Parecem infinitas e desconexas, mas as alternativas de investimentos via mercado financeiro são interligadas e tudo pode se tornar mais fácil quando identificam-se os diferentes produtos e classes de ativos antes mesmo de questionar suas qualidades. É o que faremos hoje: entender o que é umExchange Traded Fund (ETF) e como eles podem fazer parte da sua carteira de investimentos.

Parecem infinitas e desconexas, mas as alternativas de investimentos via mercado financeiro são interligadas e tudo pode se tornar mais fácil quando identificam-se os diferentes produtos e classes de ativos antes mesmo de questionar suas qualidades. É o que faremos hoje: entender o que é umExchange Traded Fund (ETF) e como eles podem fazer parte da sua carteira de investimentos. Já como forma de elucidar um pouco mais o que estamos para abordar, é importante entender que – basicamen te – os ETFs funcionam exatamente como fundos de investimentos, porém, negociados diretamente entre as contrapartes (comprador x vendedor) através da Bolsa deValores.

A propósito, por já termos falado sobre, começaremos por aqui. No Brasil, temos apenasuma bolsa de valores (B3), mas ao redor do mundo existem diversas outras e cada uma delas tem seus índices de referência baseados em critérios específicos. Basicamente, esses critérios englobam determinadas empresas que se enquadram em características predefinidas e, assim, está pronta uma carteira de investimentos: diversificada entre si e com empresas enquadradas no que você acredita. Para exemplificar ainda mais, essas características podem ter a ver com governança, sustentabilidade, tamanho do patrimônio das empresas, distribuição de dividendos ou, até mesmo, empresas estrangeiras.

Abaixo, vou listar alguns ETFs (com seus respectivos códigos de negociação) e caracterizá-los para você entender ainda mais sobre o assunto e ganhar autonomia para seus novos estudos a partir daqui. Lembrando, é claro, que nenhum destes se enquadra como recomendação; aqui, meu único objetivo é mostrá-los para você, leitor, sem me preocupar em passá-los por um crivo de análise aprofundada e qualidade dos ativos.

· BOVA11 - Bus ca refletir a performance, do Índice Bovespa(composto por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil);

· ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);

· GOVE11 - Busca ref letir a performance doÍndice Governança Corporativa Trade (composto po r empresas com padrões de governançacorporativa diferenciados);

· SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas commenor capitalização na B3);

· IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA).

· HASH11 - Busca refletir a performance do índic e Nasdaq Crypto(reflete, globalmente, o movimento do mercado de criptoativos).

Investimentos em ETFs costumam ser mais simples e, apesar da volatilidade, tem liquidação em dois dias úteis e pode ser uma porta de entrada para novos investidores na Bolsa de Valores. Contudo, lembre-se sempre de analisar se os investimentos são condizentes com as características buscadas por você e tem a ver com o seu perfil de investidor. Serão sempre estes detalhes o grande divisor entre boas e más experiências no mercado financeiro; portanto, atente-se a elas para fazer boas escolhas.

 

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Retorno diferente

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Volta às aulas: tudo novo. De novo. É chegado o momento do retorno, do semestre novo na faculdade, do fim das férias escolares, do início do ciclo do meio do ano (aquele que parece passar super rápido culminando com as festas de final de ano). Várias pessoas mudam os cortes de cabelos. Sorrisos revigorados. Encontros não programados. Alunos desfilam uma ou outra roupa nova. Cadernos recém-saídos das estantes das papelarias ganham espaço. Pastas organizadas nos computadores. Energia renovada. Não é assim? Ou era...

Volta às aulas: tudo novo. De novo. É chegado o momento do retorno, do semestre novo na faculdade, do fim das férias escolares, do início do ciclo do meio do ano (aquele que parece passar super rápido culminando com as festas de final de ano). Várias pessoas mudam os cortes de cabelos. Sorrisos revigorados. Encontros não programados. Alunos desfilam uma ou outra roupa nova. Cadernos recém-saídos das estantes das papelarias ganham espaço. Pastas organizadas nos computadores. Energia renovada. Não é assim? Ou era...

Bom, para alguns eu acho que sim. O retorno esconde uma certa magia e disposição, apesar de um estoque inegável cansaço, pois não necessariamente as férias de meio de ano significam tempo à disposição e descanso. Mas ainda assim é uma pausa e o reinício é um tanto interessante. E retornar agora, depois de tudo? Encarar a vida de um “pós pandemia que não acabou”? Essa dinâmica ganha uma nova roupagem quando falamos em um retorno diferente. Não somos mais os mesmos. Fomos inebriados por um longo hiato ... vivemos, nesse meio tempo, sentimentos, experiências inimagináveis. E muitos de nós, não parou, não descansou, não assimilou. Voltamos sem ter ido, num pós-caos - e ainda durante o caos. Voltamos sobreviventes. E exaustos. É esquisito, não é? Não vou mentir: percebo olhares ao longe, suspiros de cansaço, abraços mais distantes, uma insegurança no ar que transcende a emoção de “estar de volta”. Para além das máscaras, de maneira geral, confesso estar vendo olhares mais abatidos. Talvez seja o meu olhar que tenha mudado.

 Quais são as novidades? Quem vamos conhecer? Quem vamos reencontrar? Quais as metas a perseguir, os desafios a percorrer? O que vamos aprender juntos? Dá até um frio na barriga. Recomeços são muito interessantes e podem ser presságios de ricas experiências. A vida é repleta de momentos como a volta às aulas. São sequências de ciclos a serem orquestradas muitas vezes com maestria, outras nem tanto.

Esse grande barato dos reencontros com o ambiente que nos acolhe por longas jornadas e com as pessoas que dão vida a ele não pode ser ofuscado pela correria incessante que os tempos de hoje não raras vezes nos impõem. Tenho a sensação de que a vibração com que começamos etapas novas ditam o ritmo e a cadência do período vindouro. O que esperar das misteriosas semanas que estão por vir? Não podemos prever as adversidades, nem as mudanças, muito menos as próximas surpresas. Mas uma coisa não podemos negar: querendo ou não todas elas acontecem. Invariavelmente. De uma maneira ou de outra. Como tiverem de ser.

Então, que estejamos prontos para acolher o que está por vir começando pelo dia de hoje repleto das sementes que pretendemos colher. É leveza que eu quero? Então que eu seja leve. É emoção que espero? Então deixo o sentimento fluir. São sorrisos sinceros? Então que eu sorria - com a alma!  Se a “volta às aulas” da vida contar com nossa parcela de contribuição positiva para equilibrar esse “velho mundo” com o “tudo novo”, estou certa de que essa longa jornada contará com um sabor especial. 

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Oito dias em Bonito, um pedaço do paraíso no Brasil

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Na semana passada, mais precisamente no dia 7, foi meu aniversário e aproveitei para celebrar a nova idade com uma viagem. Mesmo com a variante Ômicron comendo solta e a velha mídia com seu filão inesgotável, o que não falta é a publicação diária do número de novos casos e do aumento da mortalidade.

Na semana passada, mais precisamente no dia 7, foi meu aniversário e aproveitei para celebrar a nova idade com uma viagem. Mesmo com a variante Ômicron comendo solta e a velha mídia com seu filão inesgotável, o que não falta é a publicação diária do número de novos casos e do aumento da mortalidade. Mesmo assim, para não endoidar e tendo em mente que as medidas preventivas são indispensáveis (uso de máscara, higienização constante das mãos com água e sabão ou com álcool gel, evitar ambientes fechados e manter distância de pelo menos um metro e meio da pessoa que esteja na nossa frente), me dei de presente oito dias em Bonito, no Mato Grosso do Sul, local que ainda não conhecia. Na realidade bonito é um adjetivo pequeno para chamar esse pedaço de paraíso perdido no Brasil.

Para quem gosta de curtir caminhadas, banhos de rio, lagoa ou cachoeiras, ou seja, curtir a natureza, Bonito é uma excelente pedida. Só que aqui estamos falando de água doce, mas se você gosta de mar, outro paraíso perdido no Brasil é a ilha de Fernando de Noronha. Também um passeio inesquecível. Prepare o bolso, pois ambos são caros, porém vale a pena, principalmente se deixarmos em casa computadores, tabletes e qualquer coisa que nos mantenha conectados, exceto o celular e, somente, para uma urgência.

Pode-se chegar ao destino de duas maneiras, um voo do Rio até São Paulo, de São Paulo até Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul. De lá até o nosso destino são quatro horas e meia de ônibus ou carro, numa estrada muito boa. A outra alternativa é um voo direto de Campinas ou São Paulo para Bonito. O único problema é que esses voos não são diários. Mas, é bem menos cansativo. Por exemplo, na nossa volta foram 11 horas de viagem incluindo o tempo gasto no avião, na espera em aeroportos e no retorno para Friburgo.

A cidade tem (números de 2021) 22.421 habitantes e é uma estância turística, além de ter uma agropecuária em expansão. Por isso, reúne vários hotéis, pousadas e resorts, sendo que esses tem o inconveniente de ficarem distantes do centro da cidade. O que eu fiquei, o Zagaia, dista quatro quilômetros da Praça da Liberdade, que é a principal de Bonito. Como municípios com menos de 30 mil habitantes não tem Uber, para ir ao centro, só de táxi. Vários restaurantes, cujo cardápio principal é o peixe, com destaque para o pintado, o dourado, a tilápia e o tambaqui. Muito apreciada é a sopa de piranha, servida no restaurante Casa do João, próximo à praça; dizem os locais que ali se come melhor do que na Casa do Peixe, em Campo Grande e que já tem mais de 40 anos de fundada. Essa eu conheço, pois almocei ali pouco depois da sua fundação. É uma ótima pedida para quem pernoita na capital do estado.

Vale a pena pegar o táxi e conhecer a cidade, o comércio é bem variado. A loja (DiBonito Cachaça) que vende cachaça produzida no local e com sabores da região é uma boa pedida. Outra visita que vale a pena é a Casa do Vidro, especializada em objetos de vidro, o mais interessante, reciclados. São lustres, copos, jarros, vasos, abajures etc.

Por fim, os passeios de Bonito que, segundo um dos guias locais, são aproximadamente 60, eu listei os dez melhores, dos quais fiz três, a saber: Gruta do Lago Azul, em que se desce 280 degraus e chega-se a um lago de águas azul turquesa. Essa coloração e transparência da água acontecem devido à ação de minerais, principalmente o calcário no fundo do lago e da incidência do sol iluminando o interior dela; Gruta de São Mateus que curiosamente é em cima da montanha, mas de uma exuberância sem igual, no que diz respeito a estalactites e estalagmites. Estalactites são formações pontiagudas que partem do teto e estalagmites são as formações pontiagudas que partem do solo. Elas são espeleotemas, isto é, se formam através do gotejamento de água pelas fendas das paredes das cavernas de rocha calcária. E também a Fazenda Mimosa, na serra da Bodoquena, com trilhas e nove cachoeiras, todas aptas ao banho.

Tem ainda o Recanto Ecológico Rio da Prata, em que se vê o fundo do rio com uma variedade de peixes; Rota Ibirá Pe, com seu passeio de caiaque pelo Rio Formoso; Parque Ecológico Rio Formoso; Lagoa Misteriosa nome popular de uma caverna alagada com cerca de 220 metros de profundidade e onde também se pratica mergulhos com snorkel; Cachoeiras da Boca da Onça, também com trilha na serra da Bodoquena e o passeio em quadriciclo no Pantanal. Em todos, vemos uma diversidade de pássaros e peixes, além de macacos, jacarés e mosquitos. Por isso, repelente é um acompanhante indispensável.

Bonito vale a pena ser visitado.

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Nenhuma mulher a menos

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A real intenção para a coluna desta semana, seria abordar o tema sobre o conflito entre Rússia, Ucrânia e a Otan e seus desdobramentos. Em contrapartida, é perceptível que de nada importa abordarmos sobre uma disputa do outro lado do planeta, se em nossa cidade vivemos uma verdadeira guerra contra as mulheres... e que estamos perdendo!

A real intenção para a coluna desta semana, seria abordar o tema sobre o conflito entre Rússia, Ucrânia e a Otan e seus desdobramentos. Em contrapartida, é perceptível que de nada importa abordarmos sobre uma disputa do outro lado do planeta, se em nossa cidade vivemos uma verdadeira guerra contra as mulheres... e que estamos perdendo!

Após, a polêmica decisão do corpo de jurados acerca do caso Rodrigo Marotti, muitos protestos foram realizados no último fim de semana e clamavam pelo fim da violência contra a mulher, contando com a distribuição de folhetos de instrução e gritos por justiça. Pouco depois, na última segunda-feira, 14, mais um caso chocou Nova Friburgo com tamanha brutalidade e que trouxe um sentimento de ainda mais tristeza à população.

O corpo de uma mulher de 37 anos foi encontrado com perfurações e incendiado ao lado de um carro, conforme noticiado por A VOZ DA SERRA. Fato é que esse caso, como relata a reportagem nesta página, foi um verdadeiro soco no rosto da população que sequer havia digerido a notícia pela não condenação por homicídio do acusado da morte de Alessandra Vaz e Daniela Mousinho.

Um crime não necessariamente tem a ver com o outro, mas essa nova tragédia comoveu a sociedade ainda mais pela semelhança entre o “caso Marotti”: o acusado é ex-companheiro, vítimas incendiadas e no mesmo distrito: Mury.

O drama do feminicídio no Brasil

Mas o que esse crime significa, exatamente? Quer dizer que toda e qualquer mulher morta é vítima de feminicídio? A resposta é NÃO!

Feminicídio é o termo usado para denominar o assassinato de mulheres cometido em razão do desprezo, da violência doméstica ou pela condição de gênero, ou seja, pelo simples fato de ser mulher.

Os dados do Brasil quanto a esses crimes bárbaros são revoltantes. Além de sermos considerado o quinto país do mundo que mais mata mulheres, estima-se que só em 2020, pelo menos 1.350 mulheres perderam a vida em crimes considerados como feminicídios. Uma média de uma mulher morta a cada seis horas e meia no país.

Raisa Ribeiro, professora de Direito Constitucional, na UniRio, pesquisadora do Núcleo Interamericano de Direitos Humanos e escritora de livros e artigos científicos explica que vivemos em uma sociedade racista, sexista e homofóbica que acaba constituindo nossa visão de mundo, de uma cultura machista e caracterizada pela dominação masculina.

 “A violência doméstica e familiar contra a mulher é um fenômeno real, grave, sendo consequência de uma sociedade pautada em uma estrutura patriarcal, na qual se privilegia o masculino em detrimento do feminino, tratando as mulheres como objetos dispensáveis e sem valor.”, explica Raisa.

Violência em todos os cantos

O verdadeiro sentimento que paira sob as mulheres é de medo. Existe o receio em andar pela rua e sofrer mais uma importunação, o desânimo em ter que fingir que nada aconteceu depois de um assédio, o pavor de ficar desacompanhada até determinada hora na rua e a impotência de saber, que mesmo acompanhada do seu parceiro a sua vida pode não valer nada.

A violência está em todos os cantos da sociedade, em pequenos gestos, como uma encarada no trânsito, que constrange e amedronta, até os extremos, que chegam às agressões físicas e a morte. Essas violações são tão constantes que, você pode não saber, mas, sem dúvida, conhece uma mulher vítima de violência. No Brasil, segundo o Ipec, 25 mulheres sofrem violência por minuto.

Eu me solidarizo com desmotivação de todas as mulheres pelas lutas que às vezes parecem ser em vão, mas não são. A batalha de mulheres corajosas tem cada dia mais mudado a nossa sociedade, como exemplo, o Tecle Mulher, em Nova Friburgo, que apoia e orienta vítimas, de modo anônimo, de violência doméstica, por meio das redes sociais ou o telefone (21) 995 991 002; ou através da Polícia Militar pelo número, 190.

“O ninguém solta a mão de ninguém nunca fez tanto sentido” – Andreza Vaz, irmã da Alessandra Vaz, morta pelo incêndio em Mury, em 2019.

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Boa moral com bom resultado

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A ministra Damares Alvez, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Federal, foi acusada de ser moralista por criar um programa de prevenção à erotização precoce de crianças.

A ministra Damares Alvez, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Federal, foi acusada de ser moralista por criar um programa de prevenção à erotização precoce de crianças. O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, num artigo seu na Folha de São Paulo (www.conjur.com.br/2017-out-24/lewandowski-clara-linha-divisoria-entre-moral-moralismo), afirmou que moral revela um conjunto de valores e princípios que rege a conduta humana, variando no espaço e no tempo. E moralismo, para ele, é um tipo de patologia (doença) da moral por alguns buscarem impor seus padrões morais.

Concordo que há moralistas hipócritas que não praticam o que exigem dos outros, e podem atacar os que discordam deles, caluniando, difamando e agredindo fisicamente. Mas, o ministro Lewandowski não explicou no artigo que a aplicação da boa moral, da ética, cabe numa sociedade e pode ser feito não de forma doentia. Será melhor deixar práticas antissociais correrem soltas para não cair no moralismo se falarmos contra elas e se autoridades tomarem uma posição em defesa do bem estar social?

O programa do atual Governo Federal para evitar erotização precoce é de boa moral e tem produzido resultados positivos para a família brasileira. Propagandas preventivas de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada de governos passados falavam só: use a camisinha. Por que não ensinaram o jovem a usar a cabecinha para pensar antes de transar e ter gravidez indesejada, como agora está sendo feito?

No Brasil ocorrem 68,4 gestações para cada mil garotas entre 15 e 19 anos de idade, sendo a média mundial 46 para cada mil nesta faixa etária. Preocupa ver que em 2020 foram registradas 17.526 meninas entre 10 e 14 anos de idade que engravidaram.

A gravidez em adolescentes menores de 15 anos é de risco em relação à mortalidade materna. Segundo a Organização Mundial da Saúde, filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e mais mortes do que filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos de mães adolescentes têm taxa de mortalidade infantil duas a três  vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

Adolescentes que engravidam têm maior chance de desenvolver síndromes hipertensivas, partos prematuros, anemia, pré-eclâmpsia, desproporção feto-pélvica, restrição do crescimento fetal, e problemas por abortos provocados. Nas jovens de 15 a 19 anos, a chance de morrer por gravidez ou parto é duas vezes maior do que nas mulheres de 20 anos ou mais. Para menores de 15 anos, o risco é cinco vezes maior.

Abortos produzem consequências dolorosas às vezes para o resto da vida da menina. As de classe média e superior abortam em 80% dos casos e as de classe pobre abortam 20%, e 80% levam a gravidez até o fim. De cada 100 garotas que iniciam a prática sexual, 28 engravidam nos primeiros três meses após este início. Em geral os filhos vão para outros cuidarem. Muitas meninas que engravidam param de estudar.

Com o programa da ministra Damares e equipe, houve redução de 18% de gravidez na adolescência desde 2019. No governo anterior, em 2017, foram registradas 22.146 gravidezes em garotas de 10 a 14 anos, e 458.777 entre 15 e 19 anos de idade. Em 2020, com o programa de educação sexual do Governo Federal caiu para 17.526 em meninas entre 10 e 14 anos, e 363.252 entre 15 e 19 anos de idade. Está funcionando.

Canais poderosos de TV irresponsavelmente favorecem o sexo precoce. Compete à família orientar os filhos sobre sexualidade responsável e domínio dos próprios impulsos. A luta das famílias contra o que a má mídia faz de destruição moral é cruel. Cuide de seus filhos e filhas orientando-os. Sexo no conceito cristão bíblico é para ser praticado dentro do casamento entre um homem e uma mulher comprometidos com o amor. Concordo com a ministra Damares que disse: “Tudo tem seu tempo”.

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Nova Friburgo avança em reality gospel

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Nova Friburgo avança em reality gospel
O representante de Nova Friburgo no primeiro reality show de música gospel do Brasil está na próxima fase do Dom Reality UniCesumar. Depois de deixar mais de três mil concorrentes na etapa classificatória, Abraão Alencar se apresentou diante dos jurados e causou catarse. Ele interpretou a difícil canção Sublime, de Leonardo Gonçalves. Os jurados deferiram inúmeros elogios pela força vocal, técnica e a pegada Black.

Nova Friburgo avança em reality gospel
O representante de Nova Friburgo no primeiro reality show de música gospel do Brasil está na próxima fase do Dom Reality UniCesumar. Depois de deixar mais de três mil concorrentes na etapa classificatória, Abraão Alencar se apresentou diante dos jurados e causou catarse. Ele interpretou a difícil canção Sublime, de Leonardo Gonçalves. Os jurados deferiram inúmeros elogios pela força vocal, técnica e a pegada Black.

Apresentação de arrepiar
O jurado Brunão Morada não escondeu a emoção diante da apresentação e foi um dos que mais se empolgou com a interpretação de Abraão Alencar que nasceu em Ipatinga (MG), mas reside em Nova Friburgo. Ainda haverá mais duas fases antes da final que ocorre dia 23 deste mês, sendo uma delas a repescagem entre os 16 eliminados.

Mercado em crescimento
O vencedor terá um contrato de cinco anos com a maior gravadora do Brasil; destaque editorial Deezer no lançamento; produção de áudio de três músicas assinadas por Johny Essi; produção audiovisual de uma música; contrato de gestão de carreira artística e uma bolsa de estudos 100% de curso de design musical. Segundo a Associação Brasileira de Empresas e Profissionais Evangélicos (Abrepe), 20% do mercado fonográfico do Brasil é formado pelo segmento musical gospel.

Vacinação infantil
O Fórum de Saúde e o Fórum Sindical e Popular de Nova Friburgo fizeram uma carta conjunta sobre a necessidade da vacinação das crianças de cinco a 11 anos no município. Além de citar os possíveis motivos da baixa procura da vacina infantil, reforçam a necessidade de uma ação pública mais contundente sobre a importância da imunização. A carta foi enviada à Defensoria Pública, ao Ministério Público Estadual e à Prefeitura.

Vacina na Escola
Assim como o Brasil, o município tem tido baixa adesão da vacinação infantil. Enquanto isso na cidade do Rio de Janeiro, aproveitando a volta às aulas, foi iniciada a campanha “Vacina na Escola”, com o objetivo de aumentar o número de crianças vacinadas. A expectativa é vacinar 200 mil estudantes de 5 a 11 anos.

Adesão baixa
Até o momento, na capital, apenas cerca de 50% das crianças na faixa etária foram imunizadas contra a doença. Mas o número é bem maior do que o de Nova Friburgo que, segundo dados da própria Prefeitura, não chega a 10%.  A iniciativa carioca é encontrar as crianças que ainda não receberam o imunizante dentro do ambiente escolar.

Iniciativa a ser copiada?
Aqueles que ainda não tiverem tomado a vacina, os responsáveis interessados poderão assinar um termo autorizando a aplicação no ambiente escolar, em uma data que será previamente informada. Com a adesão em baixa, seria uma boa medida a ser adotada em Nova Friburgo. Mas por enquanto, não há qualquer movimento nesse sentido, por aqui.

Feriado de carnaval
Apesar de já existir acordo acerca do funcionamento do comércio no feriado de carnaval, o município ainda não decidiu se haverá folga ou não, especialmente na segunda-feira, 1º de março, véspera do feriado nacional oficial. Nova Friburgo aguardará definição do Estado sobre o feriado, já estipulando que vai seguir o calendário estadual.

Abril e maio
O carnaval em Nova Friburgo foi adiado para o fim de semana de aniversário do município, em 16 de maio. Já a capital do Estado e a maioria das capitais brasileiras adiaram o carnaval para o feriadão de 21 de abril. 

Friburguense à espera
Enquanto assiste o Carioca da série A, segue indefinido o início da segundona do Rio. Ainda que sem data para começar, o Friburguense trabalha com a hipótese de que a competição comece na primeira semana de maio. Em dificuldades financeiras, o clube deve fazer a pré-temporada no hiato entre o fim da primeirona e o início da segunda, ou seja, por cerca de um mês.   

Competição antecipada
Por conta da disputa da Copa do Mundo no final do ano, o campeonato que geralmente termina em agosto ou setembro, se iniciado mesmo em maio, deve acabar em julho. Ainda que não tenha sido discutida de maneira oficial, a fórmula do ano passado deve ser mantida. Certo é que só subirá mesmo um time.

Missão difícil
Para subir, o Friburguense terá que superar 11 adversários: Cabofriense, Gonçalense, Artsul, Americano, América, Macaé, Sampaio Corrêa, Olaria, Maricá e Angra dos Reis; além do time que for rebaixado da elite. Atualmente, o Nova Iguaçu está nessa condição. O Campeonato deve ser disputado em dois turnos, com as equipes divididas em duas chaves de seis. O campeão de cada turno faz a final. 

Palavreando
“Às vezes, me pego pensando que nasci na época errada. Não porque sou especial. Até porque, creio que todos já se flagraram, meio que no susto, com esses devaneios. Será que vim no tempo certo? Talvez do futuro ou tão nostálgico com o que gostaria de ter vivido para se considerar do passado”.

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