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Valeriana para insônia, ansiedade e hipertensão

quinta-feira, 10 de março de 2022

Medicamentos florais, homeopáticos e fitoterápicos são produzidos de maneira diferente e possuem uma filosofia diferente. Os Florais de Bach foram desenvolvidos pelo médico Edward Bach, que entre os anos 1920 e 1930 classificou 38 essências como tratamento alternativo ou complementar para curar emoções negativas e produzir bem-estar físico. Estudos mostram que florais agem semelhante ao placebo, ou seja, remédio sem componentes químicos.

Medicamentos florais, homeopáticos e fitoterápicos são produzidos de maneira diferente e possuem uma filosofia diferente. Os Florais de Bach foram desenvolvidos pelo médico Edward Bach, que entre os anos 1920 e 1930 classificou 38 essências como tratamento alternativo ou complementar para curar emoções negativas e produzir bem-estar físico. Estudos mostram que florais agem semelhante ao placebo, ou seja, remédio sem componentes químicos.

Homeopatia é uma forma de terapia alternativa com forte filosofia atrelada a ela, criada pelo alemão Samuel Hahnemann em 1796, baseada no princípio em latim “similia similibus curantur”, que significa os semelhantes curam os semelhantes. Ou seja, o tratamento homeopático é feito a partir da diluição e dinamização da substância que produz o sintoma num indivíduo saudável. Na produção do remédio homeopático se usa uma substância que produz certa doença, dilui várias vezes, sacode várias vezes (dinamização), e atribui-se que ao final deste processo o que fica no produto é uma energia que atuaria na energia vital em nosso corpo.

Fitoterapia é um tratamento de doenças ou sintomas no qual se usa plantas medicinais. Há fitoterápicos em forma de cápsulas, comprimidos, pomadas e chás. Os fitoterápicos possuem efeito farmacológico conhecido cientificamente.

Um bom fitoterápico é a Valeriana (Valeriana Officinalis) que pode ser comprada sem receita, e produz num bom número de pessoas resultados positivos para insônia, ansiedade, redução da pressão arterial e melhora de cólicas menstruais.

A Valeriana usada para insônia tem vantagens quando comparada com medicamentos indutores sintéticos do sono, por ser, em geral, menos tóxica, não causar dependência importante como os sintéticos fazem. Pessoas com insônia rebelde, de longa data, que já usaram medicamentos sintéticos para ansiedade e insônia, podem não ter bons resultados com a Valeriana porque seu corpo ficou viciado nos remédios “tarja preta”. Mas é possível que usando uma dose maior de Valeriana (exemplo, duas cápsulas de 500mg cada), mais o Lúpulo (Humulus lupulus) em cápsulas (uma cápsula de 250mg), e talvez junto disso tomar a Melissa (Melissa officinalis, uma cápsula de 500mg), ajude a dormir melhor. Nos primeiros três meses da gravidez não se deve usar a Valeriana. Após este período, fale com seu ginecologista. É aconselhável tomar a Valeriana duas horas antes de ir deitar.

Para muitos a Valeriana diminui a ansiedade excessiva. Ela parece não apresentar problemas colaterais como os produzidos por tranquilizantes sintéticos tipo Alprazolam, Bromazepam, Clonazepam, Diazepam, Lorazepam, entre outros. Estes calmantes “tarja preta” além de viciar, alguns alteram a memória de curto prazo, entre outros efeitos negativos. Se precisarem ser usados, estes sintéticos devem ser tomados pelo tempo mais curto possível e sob orientação do seu médico.

Alguns tem a ansiedade diminuída ao tomarem Valeriana de dia sem prejudicar seus reflexos e sem produzir sonolência. Isto ocorre com alguns e não com todos, por isso é preciso avaliar como a Valeriana age de dia em certos indivíduos.

Este fitoterápico pode ajudar a diminuir a pressão arterial em alguns indivíduos. Mas isto precisa ser avaliado pelo médico e não substituir medicamentos para hipertensão pela Valeriana por conta própria.

Valeriana em chá e mesmo a erva na cápsula tem um cheiro bem desagradável. Mas o sabor não é ruim como seu odor. Você pode achar em cápsulas de extrato seco ou em pó. A vantagem da forma em extrato seco é que ele contém apenas os princípios ativos da planta, enquanto que no preparo tipo pó a planta toda é moída.

Como expliquei antes, se você quer usar a Valeriana para combater a insônia, é melhor tomar duas horas antes de ir deitar porque ela em geral demora mais a fazer efeito quando comparada com os medicamentos sintéticos para insônia.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Clube de peso

quarta-feira, 09 de março de 2022

Tributo a Benito di Paula
Foi dado início neste mês as gravações do aguardado álbum de tributo ao cantor friburguense, Benito di Paula. Com a direção do produtor musical Romulo Fróes e supervisão de Rodrigo Vellozo, filho do cantor, o disco vai apresentar gravações inéditas de nomes como Criolo e Teresa Cristina e, claro, grandes sucessos da trajetória do Homem da Montanha.

Tributo a Benito di Paula
Foi dado início neste mês as gravações do aguardado álbum de tributo ao cantor friburguense, Benito di Paula. Com a direção do produtor musical Romulo Fróes e supervisão de Rodrigo Vellozo, filho do cantor, o disco vai apresentar gravações inéditas de nomes como Criolo e Teresa Cristina e, claro, grandes sucessos da trajetória do Homem da Montanha.

Celebrações dos 80
O tributo faz parte das comemorações dos 80 anos de Benito Di Paula, completados em novembro do ano passado, mas que por conta da pandemia não teve celebrações com toda a pompa que o cantor merece. Este será o segundo álbum das celebrações. O primeiro, já lançado nas plataformas de streeming, tem apenas canções inéditas e foi intitulado “O Infalível Zen”.

Grandes nomes da MPB
Já no álbum de tributo é possível antecipar que Juçara Marçal dará voz a icônica canção “Retalhos de Cetim”. Já Ná Ozzetti gravou o samba, “Depois do Amor”, música de Benito que fez muito sucesso na voz da cantora Ângela Maria. Ambas já foram gravadas no estúdio. O mês promete ser de muita movimentação para tirar o aguardado disco do forno. Zeca Baleiro é outro nome que já está em estúdio para o tributo. Ainda não há data divulgada para o lançamento. 

Mapa da Água
Produtos químicos e radioativos foram encontrados em testes feitos com água da torneira de 763 municípios brasileiros. Isso quer dizer que um de cada quatro municípios que fizeram os testes apresentam sérios riscos de saúde aos seus moradores. No Estado do Rio de Janeiro, apenas 22 dos 92 municípios foram testados, sendo que em três foram encontradas substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer: Campos, Paraty e Quissamã. 

Nova Friburgo aprovada
Já em São Sebastiao do Alto e Três Rios foram encontradas outras substâncias que geram riscos à saúde, em uma escala abaixo dos mais graves. Nova Friburgo passou no teste e tem substância em sua água em níveis aceitáveis, dentro dos limites regulamentados pelo Brasil. Os dados estão no Mapa da Água e são resultados de testes realizados entre os anos de 2018 e 2020, feitos por empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde.

Região testada
Na região, não foram testadas as águas dos municípios de Bom Jardim, Macuco, Teresópolis, Carmo, Santa Maria Madalena e Cachoeiras de Macacu. A exceção de São Sebastião do Alto, todos que foram testados foram aprovados. A região, curiosamente, foi a com mais municípios testados no Estado. 

Especialistas preocupados
Os casos que estão dentro do limite de segurança não ultrapassaram a concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde. Ou seja, estão abaixo da concentração a partir da qual a substância passa a gerar risco. No entanto, mesmo os municípios que passaram no teste têm riscos na avaliação de alguns especialistas que argumentam que as doses aceitas no Brasil são permissivas, pois são bem mais altas do que as da União Europeia.

Força-tarefa
Especialistas estão pesquisando sobre possíveis riscos oferecidos pela mistura de diferentes substâncias na água, mesmo que todas estejam dentro do limite. A Europa já fixou um limite para a soma de substâncias. Isso ainda não existe no Brasil. Os testes são feitos após o tratamento e a maioria dessas substâncias não pode ser removida por filtros ou fervendo a água.

Fato curioso
Segundo o Mapa da Água, as maiores responsáveis pelos problemas com a água no Brasil são substâncias geradas pelo próprio tratamento. Quando o cloro interage com elementos como algas, esgoto ou agrotóxicos, nascem os chamados "subprodutos da desinfecção". Eles estão acima do limite em 493 municípios do Brasil, 21% dos que testaram.

Quem será o adversário?
O Friburguense está de olho na última rodada da fase inicial do Carioca. A definição do rebaixado e futuro adversário do Tricolor da Serra na segundona só será sabido no fim de semana. No entanto, a disputa ficou entre apenas dois times e dos mais tradicionais: Volta Redonda e Boavista. O Boavista só se viu nessa situação, porque foi penalizado com a perda de seis pontos, por escalação irregular em dois jogos. Já o Volta Redonda faz campanha medíocre.

Clube de peso
Na rodada derradeira, o Boavista depende apenas de suas próprias forças para se livrar do descenso. Mas pega o líder e campeão da Taça Guanabara por antecipação, o Fluminense. Já o Volta Redonda sai para encarar a Portuguesa. O time da cidade do aço tem que vencer e torcer para o Boavista não vencer o Fluminense. Em caso de empate, tem que torcer para que o Boavista seja derrotado.

Adversário da estreia
O time rebaixado será o adversário do Friburguense na rodada de abertura da segundona. Curiosamente, o Boavista jamais foi rebaixado no Carioca. Desde que conseguiu o acesso em 2006, jamais caiu. Já o Volta Redonda é o clube do interior que mais vezes disputou o Campeonato Carioca. A última vez em que foi rebaixado foi em 2003, disputando a segundona no mesmo ano, mas só garantindo o retorno no ano seguinte.

Calendário apertado
O Voltaço vem de ótimas temporadas. Foi campeão invicto do Brasileiro da Série D em 2016, e, desde então se manteve na Série C. Aliás, esse será um complicador para a segundona, caso o Volta Redonda seja o rebaixado. Isso porque, a Série C do Brasileiro começa no dia 9 de abril e na primeira fase, o Volta Redonda tem 19 jogos, sempre aos fins de semana, com datas que coincidem com a segundona Carioca.

Vai ser difícil
Caso seja rebaixado, o clube terá que fazer um elenco grande para suportar a jornada já que no Brasileiro terá longas viagens, uma vez que dos participantes a maioria é do Norte e Nordeste do Brasil. De qualquer maneira, Boavista ou Volta Redonda como rebaixado significa que haverá time de peso na luta pelo acesso. Lembrando que a segundona tem além do próprio Friburguense, esquipes tradicionais como América, Americano, Cabofriense e Macaé que, recentemente, estavam na elite. Sem contar o retorno do Olaria.              

Palavreando
“Insistência só é válida quando tem prazo de validade. Ignoro essa pseudo sabedoria sem temer o risco de parecer teimoso. Onde está a minha prudência? - pergunto. A persistência sei bem onde mora - respondo para mim mesmo”.

Após um mês anterior difícil por conta das chuvas e muitas perdas, especialmente de folhosas, no distrito de Campo do Coelho, os últimos dias de sol estão sendo bons para os produtores rurais. A plantação em Centenário é prova dessa fase melhor e encanta pela fartura da terra, mas também pela beleza.

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O banheiro do Papa

quarta-feira, 09 de março de 2022

Talvez nos faltem governantes com o espírito empreendedor daquele cidadão uruguaio

Talvez nos faltem governantes com o espírito empreendedor daquele cidadão uruguaio

É difícil abordar certos assuntos sem perder a elegância. Por exemplo: fiquei sabendo que a ONU estabeleceu dezenove de novembro como o Dia Mundial do Banheiro. A princípio achei engraçado, porque, embora existam as celebrações mais esquisitas que possam ser imaginadas, celebrar o vaso sanitário me pareceu um exagero além da conta. No entanto, mais do que engraçada, a data é triste.  No Brasil, a efeméride se destina a lembrar às autoridades em particular e ao povo em geral que mais de 35 milhões de brasileiros não têm onde se aliviar senão indo atrás do poste ou no meio do mato. Ou então o sujeito faz o que tem que fazer num penico e joga fora, caia onde cair, azar de quem estiver passando por perto na hora em que alguma coisa estranha sair voando pela janela.

Já no Brasil colônia os escravos tinham entre outras tarefas igualmente honrosas a de recolher de manhã o trono que seus senhores haviam enchido no dia anterior, colocá-los no ombro e ir até a praia ou rio mais próximo e despejar ali o precioso conteúdo que, equilibrando mal e mal, entornando aqui e respingando ali, iam levando pelas ruas afora. Aliás, na falta de praia ou rio, qualquer recanto ou esquina da cidade servia para receber esse presente matinal. A poluição era completa. A visual ainda podia ser evitada, sempre era possível virar o rosto para o outro lado. O problema maior era a olfativa, porque ninguém aguenta ficar por muito tempo sem respirar, e aos pulmões humanos mais convém um ar empesteado do que a falta de ar. Sem falar que mal cheiro não pede licença para existir, entra por uma janela e sai pela outra, não sem antes percorrer todos os cômodos da casa.

Não sei se assistiram ao filme o Banheiro do Papa. Pedindo licença pelo spoiler, vou contar. Numa cidadezinha do lado de lá da fronteira Brasil - Uruguai corre a notícia de que João Paulo II em pessoa vai passar por ali. A expectativa é de que milhares de pessoas, de ambos os países, se acotovelem para ver o Sumo Pontífice. Como a população local é bem pobre, todos começam a pensar num jeito de aproveitar a oportunidade para ganhar algum dinheiro. Ou seja, assim como aconteceu com o Natal e tudo mais, o que era espiritual virou comercial. Nos dias que antecederam ao grande evento, cada habitante investiu o que podia ou não podia em alguma coisa de que os turistas viessem a precisar ou quisessem levar como lembrança. A maioria recorreu aos seus supostos dotes culinários e, em consequência, ao longo das ruas por onde desfilaria a comitiva papal havia comida suficiente para matar a fome de todos os fiéis desde o ano zero da Era Cristã.

Um deles, no entanto, se fez uma pergunta mais oportuna: onde esse povo vai se aliviar depois de comer tudo isso? Assim pensando, investiu o dinheiro que não tinha na construção de um banheiro. Mas pobre dá tanto azar na vida que nem o Papa consegue amenizar e a passagem de João Paulo foi tão rápida que ninguém teve tempo sequer para um adeusinho. O máximo que a população viu foi a poeira dos carros que passavam em alta velocidade. O triste fim da história é que ninguém chegou a sentir fome e todo mundo foi embora sem comer e sem precisar, como diz o eufemismo, ir ao banheiro. De modo que o engenhoso construtor ficou ainda mais pobre, mais endividado e provavelmente menos católico.

Talvez nos faltem governantes com o espírito empreendedor daquele cidadão uruguaio. Administradores capazes de fazer com que cada brasileiro usufrua desse direito tão básico e tão esquecido: um banheiro onde possa se trancar, se sentar e ficar pensando na vida. Mas não façamos mal juízo dos nossos homens públicos e das, com licença da má palavra, mulheres públicas. Talvez todos eles pensem — com razão — que brasileiro pobre come tão pouco que não tem como nem por que correr ou recorrer ao vaso sanitário.

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A luta de David contra Golias

quarta-feira, 09 de março de 2022

A história do mundo está cheia de lutas entre David contra Golias e nem sempre se tem o final bíblico de um gigante sair derrotado. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é um absurdo, levando-se em conta a desproporção de forças entre os dois países e os motivos que levaram o país vermelho a invadir sua ex-colônia. Sim, porque quando existia a antiga URSS (união das repúblicas socialistas soviéticas), a Ucrânia pertencia ao grupo dos países da, então, cortina de ferro.

A história do mundo está cheia de lutas entre David contra Golias e nem sempre se tem o final bíblico de um gigante sair derrotado. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é um absurdo, levando-se em conta a desproporção de forças entre os dois países e os motivos que levaram o país vermelho a invadir sua ex-colônia. Sim, porque quando existia a antiga URSS (união das repúblicas socialistas soviéticas), a Ucrânia pertencia ao grupo dos países da, então, cortina de ferro. Aliás, tenho alguma ligação com esse país, pois meu avô paterno nasceu na Polônia, na parte que era dominada pela Rússia, na cidade de Lviv. No século 19, Catarina, imperatriz russa, tinha dividido a Polônia em três partes; uma pertencia à Rússia, a outra ao ex-império Austro Húngaro e uma parte à Prússia, atual Alemanha.

A desculpa para a atual invasão é o fato do governo ucraniano estar tentando se aliar à OTAN (Tratado de Aliança do Atlântico Norte), criado após o término da segunda grande guerra. Se os ucranianos já fizessem parte da OTAN, os russos não declarariam a guerra, pois reza o tratado que se um país membro for invadido, os outros partem em seu socorro. No entanto, o ódio dos russos contra o povo ucraniano é antigo. Na época do sanguinário Stalin, para acabar com o país, ele decretou um cerco, o Holodomor, ou Fome-Terror, ou mesmo Grande Fome, que foi uma crise generalizada de fome que atingiu a Ucrânia durante o regime comunista soviético liderado desde 1922 por Joseph Stalin (1878-1953). O nome vem das palavras em ucraniano "holod" (fome) e "mor" (praga ou morte).

Alguns historiadores, como Timothy Snyder, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que fez uma extensa pesquisa na Ucrânia, estimam o número de mortos em cerca de 3,3 milhões. Outros dizem que o número foi muito maior. Qualquer que ele seja é um trauma que deixou uma ferida profunda e duradoura nessa nação de 44 milhões de habitantes. Daí a disposição do povo de defender seu país com unhas e dentes; mesmo com a desproporcional disposição de forças entre os dois países, os ucranianos vão vender caro a sua vida e lutarão até a última gota de sangue. Por isso, todo o trabalho envolvido na defesa da capital; o entendimento é que se essa cair, o país voltará a ser um satélite russo. Tanto isso é verdade, que um cessar fogo, para a criação de um corredor humanitário que permita a saída dos civis, só será permitido pelo invasor, se a população ucraniana for ou para a Belarus (outro país que voltou para a influência dos comunistas) ou para a própria Rússia.

Fora as riquezas de seu subsolo, a Ucrânia representa, no momento, um tampão entre as forças da OTAN (papel esse ocupado anteriormente pela Polônia) e a Rússia, daí ser um ponto estratégico e forçar o presidente russo Putin a colocar em risco toda a paz mundial. Creio não haver dúvidas de que se o país vermelho se sentira acuado, não hesitará em lançar mão de seu arsenal nuclear, o que desencadearia uma guerra nuclear com todas as suas nefastas consequências.

O povo russo é mau, o que é comprovado por uma ação, cuja intenção principal, é destruir um povo e seu país, abrindo portas para uma ocupação total do inimigo, com a anexação de usinas nucleares, reservas de petróleo, e o que de mais for importante. Aqui, os fins justificam os meios doa a quem doer. Portanto, até a Batalha de Kiev, muitas atrocidades serão vistas ao vivo e as cores, pelas reportagens televisivas do mundo inteiro. Ávida por parar com o prato cheio que dominou a mídia, nos últimos dois anos, a pandemia da Covid, ela encontrou nessa guerra um novo pote de mel.

E pensar que é nesse regime vermelho, cor de sangue, que uns idiotas das terras tupiniquins sonham em ver implantado por aqui. Um ditador, com um poder extraordinário, mantido por magnatas que se aproveitam desse poderio e vivem nababescamente. Mas, o estrangulamento econômico que o ocidente tenta impor aos russos, pode ter algum efeito caso esses magnatas vislumbrem uma perda importante de ganhos. O rublo, moeda russa, já se desvalorizou cerca de 30% e a população começa a sentir os efeitos de um desabastecimento, o que pode impopularizar Putin.

Até agora, infelizmente, o que parece é que o ocidente se curvou ao poderio russo.

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A VOZ DA SERRA é uma trajetória de confiança e credibilidade!

terça-feira, 08 de março de 2022

Se viajar para fora do Brasil é bom, melhor ainda é viajar para dentro do nosso espaço geográfico, começando pela cidade onde habitamos. Há pessoas que já foram aos quatro cantos do mundo, mas não conhecem os arredores de Nova Friburgo. Com o Caderno Z do último fim de semana em mãos, a viagem pode começar em suas páginas e daí será fácil seguir roteiros rumo aos encantos da Região Serrana. O empresário João Carlos Leal, proprietário da Pousada Canteiros, está otimista quanto ao final do verão: "O calor atrai o carioca para as nossas cachoeiras, para o clima mais ameno, mais saudável.

Se viajar para fora do Brasil é bom, melhor ainda é viajar para dentro do nosso espaço geográfico, começando pela cidade onde habitamos. Há pessoas que já foram aos quatro cantos do mundo, mas não conhecem os arredores de Nova Friburgo. Com o Caderno Z do último fim de semana em mãos, a viagem pode começar em suas páginas e daí será fácil seguir roteiros rumo aos encantos da Região Serrana. O empresário João Carlos Leal, proprietário da Pousada Canteiros, está otimista quanto ao final do verão: "O calor atrai o carioca para as nossas cachoeiras, para o clima mais ameno, mais saudável. Essa atmosfera de cidade do interior é muito relaxante e as pessoas estão em busca de paz, sossego, segurança, tranquilidade, o que aqui em São Pedro da Serra tem de sobra...".

Em Lumiar não é diferente, com suas cachoeiras e espaços de lazer para toda a família. A procura é tanta que a recomendação é a de que as pessoas cheguem cedo. Há bons lugares ao sol, com opções de sombra também. Há propriedades particulares com excelente disposição de conforto como estacionamento, restaurante, banheiros, área para fazer piquenique e até camping e canoagem como disponibiliza a Toca da Onça. O Encontro dos Rios Macaé e Bonito, além da força das águas, há pequenas piscinas naturais irresistíveis ao banho.

O Poço Feio que, pelas belezas que possui não faz jus ao nome, é outro local aprazível, assim como a Cachoeira São José, a Indiana Jones e o Poço da Giannini. Qualquer destino nos leva a lugares fascinantes. Conforme ressaltou Edson Almeida (Biá): “O turismo tem que ser bom para as comunidades locais para ser ainda melhor para os turistas que chegam...”. É como uma casa arrumada para a visita!

A natureza se esmera na região “da serra verde imperial” e há o costume de se entender a beleza associada ao poder da “criação divina”. Entretanto, Wanderson Nogueira nos coloca para pensar em “O dia em que Deus se ausentou”. São inúmeros questionamentos para mais uma pergunta: “Onde está Deus?” E prossegue: “Mas, afinal, acreditando na existência de Deus – onde Ele estaria nesses dias em que crianças morreram por balas perdidas, em que a fome ceifou tantos em meio a fartura de poucos, em que furacões tomaram cidades inteiras?” São respostas que variam, mas “Ele está em nós, por nós, entre nós, somos nós na tarefa de desatar os nós...”. 

E vamos adiante que há muito assunto na pauta. Em “Há 50 anos”, um tema muito debatido até hoje. Meio século se passou e a solução ainda não foi achada, pois, em 1972, o debate era a recomendação do serviço social para que as pessoas não dessem mais esmolas aos “párias da sociedade”. O posicionamento de alguns era no sentido, então, de cobrar das autoridades assistência para os necessitados. Atualmente a situação persiste, com muita intensidade, embora o serviço social, em sua abrangência, tente amenizar as carências das pessoas em condição de vulnerabilidade.

“A eventual liberação do uso de máscaras está em discussão, provocando até uma enquete realizada por A VOZ DA SERRA. As opiniões são variadas, em maioria sugerindo a liberação geral. Sempre ouvi dizer – “time que está ganhando não se mexe”, pois se já temos índices de melhoria nas taxas de contaminação, seria prudente dar mais um tempo para a total confirmação de que a pandemia desistiu de nós. Adaptada ao seu uso, de minha parte, vou usando, cuidando da máscara como se fosse uma joia.

De máscara estilizada, num número 8 entre rosa e coração, o Cão Sentado, na charge de Silvério, se mostrou feliz pela celebração do Dia Internacional de Mulher neste 8 de março. Antecipando as homenagens, a Câmara Municipal concedeu ontem, 7, à noite. a Medalha Mulher Cidadã Heloneida Studart a lideranças, em sessão solene. A VOZ DA SERRA conversou com quatro mulheres, ícones do empresariado friburguense: Danielle Moreira, Fernanda Gripp, Márcia Carestiato e Tatiana Gonçalves. Amor, liderança e competência dão o toque feminino ao sucesso empresarial. Com respeito e reconhecimento, que todo dia seja um dia especial para festejar as mulheres de todo o mundo!

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Desejos realizados

terça-feira, 08 de março de 2022

Desejos realizados

Conforme A VOZ DA SERRA noticiou, faleceu no último dia 1º, o querido médico boliviano radicado há anos em Nova Friburgo, Dr. Javier Ronald Flores Morelli, que também foi diretor da cooperativa Unimed, e deixou muitas saudades.

Desejos realizados

Conforme A VOZ DA SERRA noticiou, faleceu no último dia 1º, o querido médico boliviano radicado há anos em Nova Friburgo, Dr. Javier Ronald Flores Morelli, que também foi diretor da cooperativa Unimed, e deixou muitas saudades.

Sua família enlutada, fez questão de cumprir no último fim de semana seus três últimos desejos: ter seu corpo cremado, para que as cinzas dos seus restos mortais fossem jogadas, parte no distrito bom-jardinense de São José do Ribeirão, terra de sua esposa e a outra parte, na Praia do Forte, em Cabo Frio, que ele adorava.

Parabéns ao Hugo

Renovados parabéns ao admirado Hugo Damaceno (foto), competente funcionário do setor de TI (Tecnologia da Informação) do Tribuna de Justiça, pela passagem do seu 44º aniversário comemorado na última quinta-feira, 3.

Naturalmente, a ocasião foi também motivo de alegrias a mais para duas especiais pessoas da sua vida, a esposa Patrícia e o filhão João Gabriel.

Sexteto bem especial

A temporada é de parabéns pra você entre um grupo de pessoas de grande amizade. No último domingo, 6, a celebração foi por conta do aniversário do conhecido médico Domênico Sanglard Balbi.  Hoje, 8, em dose dupla, celebram mais um ano de vida, o simpático professor Carlos Alexandre Veloso, do Colégio São João Batista e o advogado Carlos Pereira de Melo.

Amanhã, 9, quem soma mais um ano de experiência na vida é o conceituado empresário de ramo de combustíveis Anderson Caetano Trancozo. E na próxima sexta-feira, 11, o dia será de parabéns para o amigo de múltiplas atividades Erick Dinelli Thurler. No domingo, 13, o calendário assinala a troca de idade do amigão José Modesto Arouca, apresentador do Pensando Nova Friburgo, da TV Zoom.

A este timaço de amigos que realmente merecem tudo de bom, nossas congratulações pelos aniversários.

Engenharia em Floripa

Recentemente, os queridos amigos deste colunista, Patrícia e Hugo, tiveram mais um orgulho com o filhão amado, João Gabriel Carvalho Damaceno (foto), de 18 anos.

O dedicado jovem foi aprovado com mérito e obteve excelente colocação para cursar Engenharia Civil na Escola da Marinha na IFSC - Universidade Federal de Santa Catarina e já embarca nesta sexta-feira, 11, para Florianópolis, a capital catarinense.

Nossas congratulações à linda família e desejamos os votos de muito sucesso para o admirado João Gabriel, neste novo desafio em sua vida.

Vivas para elas!

Como nunca é demais cumprimentar as mulheres que sempre merecem mais e mais, nossos parabéns também para todas elas pelo seu dia internacional celebrado hoje, 8,

Mulher são todas iguais... igualmente maravilhosas e por isso para todas, os nossos parabéns!

Aniversariou na sexta

Quem passou recebendo os parabéns com satisfações e carinhos como bem merece, por ter completado mais um aniversário na última sexta-feira, 4, foi a simpática e eficiente funcionária da Procuradoria Geral do Estado em Nova Friburgo, Tânia de Abreu Silveira (foto).

 Por isso e assim como fizeram seus pais, familiares, muitos amigos e principalmente a filha Beatriz, o amor maior de sua vida, nossas felicitações também à querida Tânia.

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Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2022

terça-feira, 08 de março de 2022

Todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2022, a CF tem com o tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). No último dia 10 de janeiro, o Papa Francisco enviou aos fiéis brasileiros uma mensagem para a vivência desta campanha.

Todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2022, a CF tem com o tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). No último dia 10 de janeiro, o Papa Francisco enviou aos fiéis brasileiros uma mensagem para a vivência desta campanha.

O Pontífice começa a sua reflexão destacando que ao iniciarmos a caminhada quaresmal de conversão rumo à celebração do Mistério Pascal de Cristo, nos dispomos a ouvir o chamado de Deus que deseja conduzir-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, ao encontro pessoal e renovador com o Ressuscitado, em quem temos a verdadeira vida e do qual devemos ser fiéis testemunhas.

Francisco recorda que para auxiliar os fiéis nesse percurso de encontro, a Igreja no Brasil propõe à reflexão de todos, na Campanha da Fraternidade deste ano, o importante tema da relação entre “Fraternidade e Educação”, fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a “cultura do descarte” – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação.

O Bispo de Roma continua a sua reflexão enfatizando que, ao olhar para a sociedade hodierna, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral, como recordado no convite para um Pacto Educativo Global: “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna” (Mensagem do Papa Francisco, 12/09/19).

A mensagem prossegue apontando o seguinte: ao mesmo tempo em que se reconhece e valoriza a responsabilidade dos governos na tarefa de auxiliar as famílias na educação dos filhos, garantindo a todos o acesso à escola, deve-se igualmente reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo: “As religiões sempre tiveram uma relação estreita com a educação, acompanhando as atividades religiosas com as educativas, escolares e acadêmicas. Como no passado, também hoje queremos, com a sabedoria e a humanidade das nossas tradições religiosas, ser estímulo para uma renovada ação educativa que possa fazer crescer no mundo a fraternidade universal” (Discurso do Papa Francisco, 5/10/21).

O Pontífice manifestou o desejo de que a escolha do tema “Fraternidade e Educação” se torne causa de grande esperança em cada comunidade eclesial e de efetiva renovação nas escolas e universidades católicas, a fim de que, tendo como modelo de seu projeto pedagógico a Cristo, transmitam a sabedoria educando com amor, tornando-se assim modelos desta formação integral para as demais instituições educativas.

Desejou igualmente que o itinerário quaresmal, iluminado pela reflexão proposta, seja ocasião de verdadeira conversão e que as sementes lançadas ao longo deste caminho encontrem nos corações dos fiéis a boa terra onde possam frutificar em ações concretas a favor de uma educação integral e de qualidade.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida e como penhor de abundantes graças celestes que auxiliem as iniciativas nascidas a partir da Campanha da Fraternidade, Francisco concedeu à nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham por uma educação mais fraterna, a Bênção Apostólica.

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Qual livro?

segunda-feira, 07 de março de 2022

Taí, esta é uma pergunta que volta e meia a gente se faz. É um questionamento que guarda um valor imenso, caso seja para dar um livro a um filho, neto ou a uma criança. Caso seja um professor. A pergunta também é pertinente para quem quer presentear alguém ou para a escolha de uma leitura pessoal.

Confesso que para mim é uma questão bem delicada, posto que a leitura pode tocar as pessoas no mais fundo das emoções. Especialmente se for criança ou jovem porque, acima de tudo, o conteúdo de um livro influencia os processos de amadurecimento pelos quais está passando.  

Taí, esta é uma pergunta que volta e meia a gente se faz. É um questionamento que guarda um valor imenso, caso seja para dar um livro a um filho, neto ou a uma criança. Caso seja um professor. A pergunta também é pertinente para quem quer presentear alguém ou para a escolha de uma leitura pessoal.

Confesso que para mim é uma questão bem delicada, posto que a leitura pode tocar as pessoas no mais fundo das emoções. Especialmente se for criança ou jovem porque, acima de tudo, o conteúdo de um livro influencia os processos de amadurecimento pelos quais está passando.  

A escolha de um livro precisa considerar aspectos diversos, a começar pelo fato de que o processo de produção literária pulsa na imaginação dos escritores que constroem textos; pulsa nos traços dos ilustradores que a recontam através de imagens ou apenas na capa e contracapa; pulsa nas telas dos diagramadores que configuram o texto nas páginas com harmonia, intercalando-o com ilustrações, no caso dos infantis; pulsa no planejamento dos editores que produzem o livro; pulsa, enfim, no leitor que decodifica o texto e reflete sobre as mensagens nele contidas. 

O leitor está no mundo concreto, vivendo e convivendo com as diversidades do existir. A cada instante se depara com questões conflitantes e instigantes. Buscando respostas, vai conhecendo a si mesmo e o outro, apreendendo o ambiente e lidando com a interminável quantidade de informações e solicitações. O fato é que somos seres de relacionamento e nos vemos através do que nos toca. 

O livro é, de fato, um objeto de consumo. Um bom presente, inclusive. Trata-se de um produto intermediário entre o leitor e a vida, a natureza e a civilização em toda sua história. 

Escritores e toda a equipe de produção editorial sentem a existência de modo particular. É essa sensibilidade que vai fazendo com que delineiem palavras, imagens e configurem o livro, um objeto de inteireza criativa e original.

 Vamos dizer, então, que quem participa do fazer do livro literário manifesta com sensibilidade um modo próprio de sentir, pensar e viver. O livro é expressão criada por artistas sobre os fatos da vida. 

Quando o leitor está entretido num livro, percebe, mesmo que de modo inconsciente, que o que vive está ali, sendo experimentado pelos personagens ou exposto no texto. É um acolhimento. Lendo, compartilha a solidão do sentimento do existir. Não é à toa que os leitores gostam de conhecer os escritores de seus livros e ver os personagens no cinema ou teatro. 

O leitor tem necessidade de falar de si, da sua visão particular que a cada dia constrói do mundo. E a literatura possibilita isto. Falando de um texto, fala também de si. Escuta outro leitor, conversa a respeito, debate temas. Interage culturalmente.

O leitor que aproveita a literatura sente no seu quotidiano o livro pulsar como um coração, até porque, independentemente da idade, ele é um eterno aprendiz. 

E, aí, meu amigo, qual livro você me daria?

 

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Depois da odontologia, Friburgo pode ter mais 2 faculdades

sábado, 05 de março de 2022

Edição de 4 e 5 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 4 e 5 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Medicina, direito ou engenharia - A comissão nomeada pelo prefeito Feliciano Costa com o objetivo de estudar a questão das faculdades a serem instaladas com recursos da venda de ações da Petrobrás, após dar por liquidada a primeira etapa, qual seja a da escolha do terreno e o projeto do prédio onde funcionará a faculdade de odontologia, orçado em cerca de CR$ 6 milhões, vai agora partir para um aprofundado estudo para a instalação de mais uma outra faculdade, que tanto pode ser a de Medicina, como a de Direito ou Engenharia. A matéria está facilitada pela existência de recursos e afinação entre os membros da comissão e do prefeito, todos acordes em dar à "Suíça Brasileira” o título tão almejado de Friburgo, cidade universitária.

Discordamos da posição do Serviço Social que aconselhou a população a não dar esmolas - Temos certeza de que o prefeito de Friburgo, Feliciano Costa, não endossa a infeliz declaração do chefe do Serviço Social, Ebson Deslandes, que somente teria algum cabimento se a quantidade enorme de párias da sociedade que perambula pelas nossas ruas - cegos, aleijados, doentes física e mentalmente - fossem assistidos pelos poderes competentes, o que não acontece, para a desgraça deles e vergonha das instituições, e, nossa. Continuemos, pois, a dar esmolas, com amor, coração aberto, sem ligar a mínima para recomendações ao contrário. 

Virá a Friburgo o Conselho Estadual de Assistência Social - A convite do prefeito Feliciano Costa, virá a Friburgo para uma reunião uma representação do Conselho Estadual de Assistência Social. A importância do conclave é auspiciosa para a cidade, pois um dos temas é o problema da mendicância e a resolução de problemas de assistência social, no intuito de prestar o máximo de atendimento à comunidade. O chefe do executivo municipal tem interesse que sejam discutidos os problemas que mais atingem as massas proletárias. A iniciativa do prefeito, criando em Friburgo o “Centro Comunitário”, assistido pelo Conselho Estadual de Assistência Social, a Diocomia e Capeme, que são apêndices da USAIB, que tem a finalidade da distribuição de roupas, alimentos, medicamentos etc, aos necessitados. 

Uma estrada de primeira classe para Santa Maria Madalena - O governador Raymundo Padilha cumprindo uma promessa feita aos madalenenses, por via do prestigiado homem público, José Dantas dos Santos, aprovou todos os planos relativos à construção de uma estrada de primeira classe para aquela comunidade, já tendo aberto concorrência pública para a importante obra, cujo custo orça pela casa dos CR$ 20 milhões. A nossa reportagem constatou a euforia dominante das lideranças madalenenses com tão importante obra. 

Pílulas:

Com o título por quem os sinos dobram, o jornalista Silva Filho, apreciou muito bem o panorama político dentro das hostes emedebistas. No contexto geral, o suelto está muito bem lançado… É bom que se diga, que embora bem apanhada, a descrição está “meio-morna”, quando o panorama é quentíssimo. Não sabemos por que , a caldeira não explodiu ainda, jogando fumaça para todos os lados… Mas vai acontecer… 

Os usuários da linha de ônibus que ligam o Centro ao bairro Duas Pedras continuam a reclamar… A verdade é que não pode continuar a falta de condução para a vasta zona sob a alegação de que os veículos precisam viajar lotados para não dar prejuízo. Esta não! O serviço de concessões da prefeitura vai examinar o assunto, temos certeza…  

E mais… 

Dr. Waldir Costa no diretório estadual do MDB…
Friburgo esquecida na discagem direta…
Cidade é palco da mais movimentada convenção…
Edgard de Almeida voltará à política partidária…
Dr. Dermeval Barbosa Moreira não disputará cargos eletivos…

Sociais:

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Maridéa Teixeira (4); Hubert Joepgen e Inês Bento de Mello (5); Geraldo Namem e Maria Elizabeth Cariello (6); Carlos Alberto Serrapio Cardoso (7); Regina Maria da Neves e Paulo Murilo Cúrio (8); Alice Ventura Vidal e José Vasconcellos Coutinho (10).

Foto da galeria
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O dia em que Deus se ausentou

sábado, 05 de março de 2022
Foto de capa

No céu de estrelas de outubro, exatamente no mesmo teto azul de julho, tudo parou. Tudo, absolutamente tudo. Paralisou, como cena de filme que pausamos para ir ao banheiro ou para pegar um copo de Coca-Cola. 

No céu de estrelas de outubro, exatamente no mesmo teto azul de julho, tudo parou. Tudo, absolutamente tudo. Paralisou, como cena de filme que pausamos para ir ao banheiro ou para pegar um copo de Coca-Cola. 

As borboletas dos campos sem flores; os discursos que disparam balas nas favelas; as ondas dos mares do Pacífico e do Atlântico; os braços abertos para outros abraços; os icebergs que viajam para encontrar seus Titanics; os lápis dos dedos dos analfabetos funcionais e dos que não sabem escrever o que ditou o amor. Tudo simplesmente parou. O que é bom e ruim. O que é aceito e o que não é aceito. Sem virtudes ou pecados. Sem absolvições ou condenações.  

Quando Deus se ausentou, nem houve a pergunta sobre por que Ele se ausentou. Como se ausentou. A paralisia também cessou os lábios, as palavras, os sentimentos que reavivam e os que corroem também.  

Antes, perguntamos tanto onde está Deus. Procuramos nos céus, para além da Via-Láctea, para o centro da Terra. Vasculhamos nos textos antigos e até na física quântica. Uns recorreram ao Velho Testamento para usurpar liberdades. Outros disseram que vale o que veio depois de Cristo, pois Filho de Deus veio para contestar os religiosos de sua época e indagaram se voltaria agora para contestar os fanáticos dos anos dois mil. Fanáticos? Compõem, conscientemente, bancadas que se misturam à bala que mata e ao boi que desmata. Incoerente, não? Na vasta coleção de incongruências, soaria até absurdo continuar a se perguntar: “Onde está Deus?” Sempre causou mais medo quem responde, do que a constatação empírica.

O dia em que Deus se ausentou veio depois de tantos em que não respondemos sequer onde Ele estava…

Foi em uma aula com a brilhante Yoya Wursch que ela me contou essa história. Um programa francês entrevistava um filósofo e em determinado momento, o repórter pergunta: “você acredita em Deus?” E ele responde: “depende do dia”. Não exatamente com essas palavras, explicou que quando há tragédias, quando inocentes morrem, quando guerras começam, nesses dias — cravou ele — eu não acredito em Deus.   

Mas, af    inal — acreditando na existência de Deus — onde Ele estaria nesses dias em que crianças morreram por balas perdidas, em que a fome ceifou tantos em meio à fartura de poucos, em que furacões tomaram cidades inteiras? 

Se tivéssemos olhado para dentro. Dentro de nós e na soma de todos nós. Esquecemos de perceber que Ele está em nós, por nós, entre nós, somos nós na tarefa de desatar os nós.

Escolhemos paralisar, normalizar, naturalizar tudo por preguiça ou por tentativa de isenção de responsabilidade com o todo. Fácil arrumar culpado e por presunção de culpa futura dar todo crédito ao divino para os raros dias em que o tal filósofo acredita na existência de Deus.  

No céu de estrelas de outubro, exatamente no mesmo teto azul de julho, o relógio parou. O fim do mundo não veio no dia que Nostradamus teria previsto. Os polos terrestres não derreteram por completo, tampouco grandes asteroides caíram nas nossas cabeças e dos gados também. Os buracos negros das galáxias não se alimentaram de nossos corpos, nem extraterrestres escravizaram a humanidade. Em algum momento, tudo simplesmente parou. 

Pausa. Para os que pecam e para aqueles que acusam os pseudos-pecadores. Na paralisia, nem vilões ou heróis. Todos plenamente iguais, preservadas intactas as suas essências que unidas constroem o coletivo de individualidades.

Mas a história do tempo fez todos esquecerem. E o tempo para todos parou. E, na paralisia de quem não vê, forçou-se a mudez, o congelamento dos membros, a surdez. Só os corações se mantiveram, ainda que mecânicos. Ninguém morreu. Todos percebem a presença da ausência ao parar... O completo que vem do vazio. Forçados a parar para sentir? Sentir se partir para tomar partido. Deus se ausentou.

No dia seguinte ao sem Deus — quando? — surgirão todos nós. Porque sem nós, não há Deus. 

 

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