Você vive uma relação saudável de consumo?

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 04 de março de 2022

Compreender necessidades específicas é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de oconceito ser simples, as singularidades pessoais tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e num cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Nestas linhas de hoje, a propósito, quero comentar sobre o básico: a consciência de consumo. Somos pessoas diferentes, temos prioridades diferentes, projetos de vidas diferentes, sonhos diferentes; portanto, somos, cada um de nós, diferentes entre si. E por isso venho repensar as estruturas de consumo nesta coluna. Apesar de termosnossas peculiaridades específicas – e muitas vezes únicas –, consumir torna-seumaatividade comum e, por isso, importante repensá-la.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais.Ficam aqui,então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

• Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.

• Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

• Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

• Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novas compras e você não merece viver para pagar boletos.

É reflexo do consumismo a crescente taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras. Nossa moeda é frágil, nosso poder de compra é defasado, vivemos numa economia ainda em processo de maturação e a desorganização financeira cobra o preço pela forte cultura de consumo. Percebemcomo aeducaçãofinanceira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos?É a rotina de todos que usam a moeda como ferramenta de troca.

Por que entãocomprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? É sua, a responsabilidadepela boa relação com o dinheiro. Pense nisso!

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Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

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