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A VOZ DA SERRA é o provocador das nossas emoções!

terça-feira, 22 de março de 2022

Mais um Outono caindo nas graças da natureza! No Caderno Z do último fim de semana, as folhas caem no gosto de nossos leitores, no colorido exuberante das fotos de Henrique Pinheiro. De início, Ana Borges nos abre o leque de conhecimentos, no assunto da vez: “é o outono, época de colheita, com seus frutos típicos, bem maduros. Seu nome, aliás, vem do latim e significa, justamente, ‘amadurecer’...”. O saber nos amadurece e, em nós, a natureza é um processo de adaptação aos ciclos naturais. Para mim, o grande desafio é sentir os dias ficando menores. Contudo, as estrelas chegam mais cedo.

Mais um Outono caindo nas graças da natureza! No Caderno Z do último fim de semana, as folhas caem no gosto de nossos leitores, no colorido exuberante das fotos de Henrique Pinheiro. De início, Ana Borges nos abre o leque de conhecimentos, no assunto da vez: “é o outono, época de colheita, com seus frutos típicos, bem maduros. Seu nome, aliás, vem do latim e significa, justamente, ‘amadurecer’...”. O saber nos amadurece e, em nós, a natureza é um processo de adaptação aos ciclos naturais. Para mim, o grande desafio é sentir os dias ficando menores. Contudo, as estrelas chegam mais cedo. “As temperaturas tendem a ser mais amenas”, mas, em nossa cidade, é preciso revirar gavetas, porque o frio nunca se atrasa.

Os estudos meteorológicos indicam que o La Niña terminará no decorrer do outono. Porém, é cedo ainda para especulações sobre a vinda do El Niño e, por essa razão, o serviço de previsões do tempo recomenda “cautela com a tomada de decisão”. Nova Friburgo, entre tantos bons motivos, é um convite diário para o espetáculo ao ar livre. Sob o nosso céu aberto, de azul intenso, os passeios, caminhadas e escaladas são roteiros imperdíveis. As flores brincam na dança da estação e as frutas se esmeram em doçuras para o nosso deleite. Os caquis se esborracham de tão maduros e docinhos. Quem resiste?

Bem-vinda seja a nova estação e, como bem enfatiza Wanderson Nogueira, no maravilhoso texto Flores de outono, “cabe o bom conselho de viver intensamente cada uma delas. O mais interessante é que aprenderemos a gostar de aspectos que não notávamos e sentiremos saudades de cotidianos que aproveitamos menos do que deveríamos. Se percebêssemos enquanto a mágica acontece, nosso talento contemplativo nos visitaria mais... Por mais diversos que sejam os desenhos que as nuvens fazem nunca se repetirão com as mesmas curvas e traços.” Que lindo!

Seguindo a viagem literária, “Há 50 Anos", em 18 de março de 1972 fora inaugurado o conjunto habitacional Bom Pastor, na Vila Amélia. Uma novidade e tanto, que até o então governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha, compareceu ao evento. Outro grande passo era a implantação dos orelhões pelo centro da cidade. Começava o tempo das fichas, o que era um grande avanço para a época! Caiu a ficha?

Quem está de idade nova é o André Gomes e foi destaque na coluna Sociais pelo seu aniversário comemorado no último sábado, 19. Muito querido pelos friburguenses, André se destaca, percorrendo com sua vassoura mágica, as calçadas da Avenida Alberto Braune, conquistando amizades. E para ele, ofereço aqui uma trova: “André: Deixa a rua tão limpinha / de um modo extraordinário / que se a rua fosse minha / eu dobrava o seu salário!”

O segundo episódio da série de reportagens "2 anos de pandemia", muito bem apresentado pela brilhante jornalista, Adriana Oliveira, nos trouxe mais narrativas do transcurso da pandemia em 2020. Lendo os relatos, parece que nos passa um filme de apreensões na lembrança. Pode ser que alguém tenha se esquecido de que em julho do ano em destaque, fora anunciado, oficialmente, pelo "então secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, que Nova Friburgo ficaria sem hospital de campanha". E toda a sua estrutura montada na Avenida Roberto Silveira se transformou no "elefante branco" da charge de Silvério. E era um desfile de bandeiras, um sobe e desce de cores no mastro das incertezas. E nossa cidade “chegou a 200 mortos às vésperas do Natal”, um dado humano, irreparável e triste.

Sonhando ainda com dias melhores, há um alento para este ano com o Carnaval de Maio. Serão quatro dias de festa na cidade com a culminância dos festejos dos 204 anos de Nova Friburgo. A expectativa para o “Carnaval Fora de Época”, por si só, costura as nossas fantasias e borda de paetês os sonhos de que, no mês das mães e das noivas, teremos o melhor presente que possamos almejar – a alegria carnavalesca. O figurino da moda outono/inverno, na charge de Silvério, nos anima. Tomara que o veranico de maio venha nos visitar e nos permita vestir as fantasias, sejam elas de cetim ou de retalhos de sonhos que sobraram das nossas esperanças. Vale sonhar, pessoal!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Curtindo nos States

terça-feira, 22 de março de 2022

Curtindo nos States

O simpático e querido empresário do ramo farmacêutico Marcus Antonio Lutterbach Dalbuone, que há alguns anos deixou a vizinha Cantagalo e se destacou em Nova Friburgo, encontra-se curtindo merecidas férias.

Marcus e a esposa Andréa estão fazendo um giro especial por Nova York. O passeio se estenderá até o próximo dia 30. Que beleza! Abraços e bons divertimento, amigos!

Roosevelt, honoris causa

Curtindo nos States

O simpático e querido empresário do ramo farmacêutico Marcus Antonio Lutterbach Dalbuone, que há alguns anos deixou a vizinha Cantagalo e se destacou em Nova Friburgo, encontra-se curtindo merecidas férias.

Marcus e a esposa Andréa estão fazendo um giro especial por Nova York. O passeio se estenderá até o próximo dia 30. Que beleza! Abraços e bons divertimento, amigos!

Roosevelt, honoris causa

O conhecido e admirado Roosevelt Serafim Concy, advogado,  atual presidente do Nova Friburgo Country Clube e diretor executivo da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) é sempre merecedor de homenagens e cumprimentos, ainda mais agora, por ter sido condecorado recentemente com o  título e medalha Doutor Honoris Causa. A honraria foi concedida  pela Instituição de Ensino Superior Iscecap.

A cerimônia ocorreu no último dia 12 na sede da LBV, a Legião da Boa Vontade, em Brasília, seguindo tradicional ritual da Universidade de Coimbra em Portugal, desde que passou a existir há 700 anos.

Aniversários em família

No último sábado, 19, a linda menina Sara Costa Milani e sua mãe Cristiane, vistas na foto, comemoraram mais um aniversário. Por isso, esta coluna se associando aos avós da Sara, o casal Linete e Luiz Carlos, bem como ao pai da Sara e marido da Cristiane, Fabrício, e os tios e irmãos Viviane e Luiz Carlos, incluindo também os avós paternos Lili e Edmo e a bisavô Áurea, desejam um mundo de felicidades para a Sarinha e sua mamãe querida. Parabéns!

Rio Expo Food

Hoje, 22, diversos empresários do ramo de supermercados, mercearias, hotéis, panificadoras e outros estabelecimentos similares, estão engajados num compromisso à parte que não se restringe as suas atividades normais de trabalho.

É que como ocorre anualmente, começou ontem, 21, e vai até amanhã, 23, mais uma edição do evento Super Rio Expo Food, dedicado ao varejo do setor alimentício. A realização é da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro e reúne profissionais, executivos e fornecedores para supermercados, hotéis, restaurantes, bares, padarias, confeitarias e lojas de conveniência.

Durante o evento, os participantes, muitos deles aqui de Nova Friburgo, têm a oportunidade de fazer novos contatos, compartilhar experiências e conhecer as últimas novidades na indústria de alimentos e bebidas e equipamentos do Brasil.

Aniversariou no sábado

Nossas congratulações com votos de feliz aniversário ao simpático Marcelo Fernandes Motta, na foto junto à esposa Denise e filho Leonardo de Assis Fonseca Motta.

Isso, porque o Marcelo que foi gerente da ANS - Agência Nacional de Saúde e é genro do amigo Maurílio de Assis Fonseca, aniversariou no último sábado, 19, também para satisfação dos demais familiares e muitos amigos.

Maçonaria em alta

A maçonaria friburguense estará ainda mais em alta na noite desta quinta-feira, 24.

É que a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Professor Oscar Argolo, que tem seu templo próximo a Via Expressa em Olaria, estará realizando sessão solene para formalizar a entrega da Comenda da Ordem do Mérito de Dom Pedro I a um dos seus membros e mais antigos maçons da região, José Joaquim de Souza.

Afim de abrilhantar e tornar o acontecimento ainda mais marcante, estarão presentes o grão mestre estadual do GOB-RJ (Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro), Aíldo Carolino, e o Grande Primaz do Rito Brasileiro, Nei Inocêncio dos Santos.

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A verdade vos tornará livres

terça-feira, 22 de março de 2022

Diante de uma sociedade cada vez mais influenciada e polarizada por notícias falsas e discursos de ódio, faz-se oportuno partilhar a atualidade da mensagem do Papa Francisco para o 52° Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 13 de maio de 2018, com o lema " A verdade vos tornará livres (Jo 8,32) - Fake news e Jornalismo da paz", a qual dividimos em dez pontos:

1. "A comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão", afirma o Papa. Exalta a capacidade humana de expressão, compartilhamento e construção de sua própria memória.

Diante de uma sociedade cada vez mais influenciada e polarizada por notícias falsas e discursos de ódio, faz-se oportuno partilhar a atualidade da mensagem do Papa Francisco para o 52° Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 13 de maio de 2018, com o lema " A verdade vos tornará livres (Jo 8,32) - Fake news e Jornalismo da paz", a qual dividimos em dez pontos:

1. "A comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão", afirma o Papa. Exalta a capacidade humana de expressão, compartilhamento e construção de sua própria memória.

2. Porém, o egoísmo é um sentimento destrutivo, capaz de distorcer a comunicação e a verdade, em prol de um bem individual ou de um grupo.

3. Um tema a ser refletido são as "fake news" - as notícias falsas, que são "notícias" verossímeis - aquilo que parece intuitivamente verdadeiro, mas não é. São capazes de chamar a atenção dos leitores e receptores, usando estereótipos e preconceitos generalizados. Exploram emoções como ansiedade, desprezo, ira e frustração e se difundem, em sua maioria, nas redes sociais, onde ganham visibilidade e tornam seus danos irreparáveis.

4. As notícias falsas, segundo o Pontífice, visam objetivos prefixados - como influenciar opções políticas e favorecer lucros econômicos. Geram ambientes digitais de confronto, de descrédito do outro, que passa a ser visto como um inimigo. Uma demonização que pode fomentar conflitos. Devem ser erradicadas em uma corrente de conscientização das pessoas que interagem com este conteúdo.

5. O drama da desinformação gera intolerância, arrogância e ódio e as fake news seguem a "lógica da serpente", como na narração do pecado original, como figura de confusão e tentação para o homem e para a mulher. "Este episódio bíblico revela assim um fato essencial para o nosso tema: nenhuma desinformação é inofensiva; antes, pelo contrário, fiar-se naquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos".

6. Comunicar a verdade: O Papa Francisco manifesta o desejo de uma contribuição para a prevenção da difusão destas notícias falsas e para a redescoberta do valor da profissão jornalística e da responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade." O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade". Considera louváveis as iniciativas que ensinam os homens e mulheres como avaliar o conteúdo comunicativo e a não serem divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores de seu desvendamento. Valoriza também as iniciativas institucionais e jurídicas neste objetivo.

7. O homem descobre sempre mais a verdade quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. "O melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga de um diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem", explicita o Vigário de Cristo.

 8. Jornalismo de paz: o Papa direciona a mensagem aos jornalistas que, segundo ele, são obrigados por profissão a ser responsáveis ao informar. Como guardiães das notícias, não desempenham apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão, "tem o dever de lembrar que no centro da notícia não estão a velocidade em comunicá-la, nem o impacto sobre a audiência, mas as pessoas. Informar é formar; é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz".

9. Francisco convidou os profissionais de comunicação a promover um jornalismo de paz que não negue a existência de problemas graves, mas que, pelo contrário, não use de fingimentos, seja hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas. Um jornalismo a serviço das pessoas que não se limite a queimar notícias, mas que se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, favorecendo a compreensão das raízes e empenhado em indicar soluções e alternativas.

10.Termina com uma oração inspirada na oração franciscana da paz: "Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz. Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão" (trecho da oração final da mensagem).

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Mais uma livraria que fecha as portas

segunda-feira, 21 de março de 2022

“Tudo muda, nada é para sempre”. Esta foi a frase que brotou no meu
pensamento quando soube que a Papelaria Arabesco irá fechar as portas em
breve. Durante anos a Arabesco, também livraria, nos ofereceu bons livros.
Inclusive os que escrevi foram por ela acolhidos e expostos cuidadosamente
em suas estantes.
Tudo se transforma neste mundo dinâmico. Quando um lugar de livros é
fechado, surgem tristeza e vazios carregados de lembranças. Certamente,
esse lugar de comércio será substituído por outro; soube que será uma
padaria, a Dona Emília.

“Tudo muda, nada é para sempre”. Esta foi a frase que brotou no meu
pensamento quando soube que a Papelaria Arabesco irá fechar as portas em
breve. Durante anos a Arabesco, também livraria, nos ofereceu bons livros.
Inclusive os que escrevi foram por ela acolhidos e expostos cuidadosamente
em suas estantes.
Tudo se transforma neste mundo dinâmico. Quando um lugar de livros é
fechado, surgem tristeza e vazios carregados de lembranças. Certamente,
esse lugar de comércio será substituído por outro; soube que será uma
padaria, a Dona Emília.
Engraçado que quando ando na Avenida Alberto Braune, a Arabesco me
é constantemente uma referência de lugar. Ou seja, antes ou depois, do
mesmo lado ou do outro da rua. Mas por que a Arabesco assim me parece?
Volta e meia pergunto aos meus botões, um tanto quanto intrigada. Agora,
escrevendo, consigo compreender os motivos: ela guarda algo que me atrai,
alimenta minha mente e espírito. Querendo saber dos meus livros, entrava lá e
acabava me perdendo em tantos outros, em diversos estilos literários. Não
resta dúvida que sempre me foi agradável ver minha obra exposta na parte
infanto-juvenil. Como a Arabesco sabia me fazer sentir acolhida e importante!
Vou guardá-la na lembrança de forma carinhosa e saudosa.
Desconheço os motivos da decisão de fechá-la. Pode haver sérias razões
e pessoais. Porém também sei que o mundo virtual está repleto de livros a
oferecer aos leitores. Eu, inclusive, uso com frequência o e-book; a cada dia
estou mais adaptada à leitura na tela. Aliás, já tinha lido artigos a respeito do
crescimento das bibliotecas e livrarias virtuais, que teriam potenciais para
preencher as necessidades dos leitores. Talvez porque ofereçam mais
praticidade aos usuários, principalmente os de idade escolar, seja para adquirir
livros, seja para guardá-los. Os livros virtuais, sem peso e volume, devem ser
considerados. Cada e-book comporta muitas estantes de livros.

A Arabesco é aquela loja simpática, aberta aos amantes de papelaria,
como eu, e aos leitores. É um lugar movimentado, com aquele cheiro de livro.
Ah, meus amigos, o livro tem um cheiro que vicia. Há leitores que abrem um
livro e põe-se a cheirá-lo. Confesso que cultivo tal hábito inexplicavelmente
prazeroso.
Quando ligo meu e-book não sinto nenhum cheiro, apenas vejo as
palavras surgirem no brilho da tela. Ora pois, seu uso e manuseio são frios,
rotineiros e nada atraentes. De fato, os textos me dizem o mesmo que os do
livro de papel, mas ainda não criei um hábito que me enterneça. Tenho
esperanças de que vou descobrir.
Pois bem, a vida é assim, segue seus rumos sem fazer consultas ou
perguntas; acontece e surpreende. Bom que aproveitei a Arabesco.
Aliás, a gente tem que desfrutar o que tem nas mãos porque, de repente,
antes do nascer do sol...

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Inaugurado o conjunto Bom Pastor

sábado, 19 de março de 2022

Edição de 18 e 19 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 18 e 19 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Conjunto Bom Pastor - Inauguração do conjunto habitacional da Vila Amélia será neste 18 de março com direito a solenidade que terá a presença do ministro do Interior, general Costa Cavalcante e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha. 
  • Nova Friburgo já tem telefones públicos - Ficha neles! A cidade, enfim, ganha um presente muito útil trazido pela CTB, a Companhia Telefônica Brasileira. Friburguenses, façam uso dos orelhões espalhados pelo centro da cidade.      
  • Governo em ação - A Prefeitura de Friburgo cumprindo um programa de comemorações por mais um aniversário da Revolução, inaugura as escolas Bairro Aprazível, no Vale dos Pinheiros; Espírito Santo, no bairro Olaria, e Praça da Bandeira, em frente ao quartel da Polícia Militar. 
  • Leões rugem nas serras - Friburgo terá durante quatro dias da segunda quinzena de abril, mais de dois mil leões, rugindo nas serras, com as suas domadoras, na reunião distrital do “Lions Clube”. A diretoria é composta pelo presidente, João Luiz Aguilera Campos; diretor social, Elias Antonio Yunes; diretores, Ênio Cabral, Adolfo Brill e Manoel Carneiro de Menezes. Os convencionais farão palestras, passeios, visita ao prefeito, percorrendo os pontos turísticos. A direção local promoverá festividades, tais como: desfiles, apresentação de corais em praça pública, etc. 
  • “Pega Fogo” o Legislativo Friburguense - O "Pega Fogo” na Câmara Municipal de nossa terra até que foi “legal" pois o "escalpelamento" foi geral. O negócio esquentou, mas no fundo, os representantes do povo cumpriram uma missão sagrada qual seja a de defender a já depauperada bolsa do povo. Desta vez, sim, os delegados da população disseram para que estavam no Legislativo. Parabéns!  

Pílulas:

  • Outra matéria bomba foi a do parecer, inclusive da auditoria a respeito do momentoso assunto das contas do Hospital Santo Antônio - Santa Casa. Ouvimos os mais desencontrados comentários sobre grande relatório publicado, cujo conteúdo total não tivemos a oportunidade de conhecer. Só sabemos que a exposição é assinada pelo conceituado advogado Dr. Sebastião Pinheiro, o que, por si só garante cunho de absoluta seriedade e autenticidade. 
  • A política friburguense esteve calma e sem novidades na semana que se finda. Afora uns estertores de desespero pela antevisão de derrota eleitoral, a “coisa” vai sendo devidamente arrumada. Os grupos em grande atividade vão caminhando para o grande embate das urnas do vindouro 15 de novembro. São visíveis os esvaziamentos de lideranças espúrias, enquanto os autênticos homens públicos sentem fortalecimento nas suas respectivas posições. É a roda da política que está sempre a girar, jogando para o chão e para espatifar-se inautênticos os aproveitadores, os vaidosos, os que fazem profissão das funções públicas, os que vivem de astúcias eleitoreiras! 
  • Conforme nossa nota da passada semana, a “quente” matéria somente esquentou porque “dormiram” os órgãos de assistência aos municípios, um dos quais sentenciou que os mandatos eram de dois anos, depois sentenciou que era de um ano e finalmente recomendou a observação de parecer de um grande jurista pátrio, cujo parecer faz lembrar a anedota do anel de ouro do português: às vezes é de ouro e às vezes não o é.  

E mais… 

  • Vereadores não se ajustaram aos acintosos aumentos tarifários de telefone e da água… 
  • Edital de convocação para a fundação da Unimed Nova Friburgo… 
  • Ano de profícuas realizações do Nova Friburgo Country Clube… 

 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Edêsio Alves, Odilon Humberto Spinelli e José Bizzotto (19); Maria José Braga, Dalvacy do Rêgo, José Gonçalves Bertão, Juvenal Goulart e Gamaliel Borges Pinheiro (20); Maria Odette Heringer, Flora Sertã, Maria Lessa Ventura, José Carlos Jardim e Maria José Jardim (21); Valéria de Iracê e João Batista Spinelli (22); Aracy Cúrio, Arlindo Angelino, José Dutra da Costa e Gisele Passenato (23);  Richard Ihns (24); Elvirinha Gandur e Neuza Ruiz (25).
Foto da galeria
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Flores de outono

sábado, 19 de março de 2022
Foto de capa
(Foto: Freepik)

Flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo. Pudera todos os amores serem assim: vindouros no inverno, apaixonados na primavera e reinventados em todos os verões. Os amores têm muito que aprender com as flores, e nós, com as estações. 

As flores despedaçam, pois sua natureza é frágil. Não porque nasçam para voar a qualquer vento, mas porque são filhas do cuidado e sua beleza reside na capacidade resiliente de voar e se plantar em terreno de fértil imaginação para suas cores. 

Flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo. Pudera todos os amores serem assim: vindouros no inverno, apaixonados na primavera e reinventados em todos os verões. Os amores têm muito que aprender com as flores, e nós, com as estações. 

As flores despedaçam, pois sua natureza é frágil. Não porque nasçam para voar a qualquer vento, mas porque são filhas do cuidado e sua beleza reside na capacidade resiliente de voar e se plantar em terreno de fértil imaginação para suas cores. 

As estações mudam para cumprir o ciclo da vida, nunca estática e sempre dinâmica. Nem amiga ou inimiga da volatilidade, apenas adaptativa à complexidade que é insistir para garantir a existência. 

Em tempos artífices em que frutas são possíveis em qualquer estação, flores e amores seguem, no entanto, o rito poético de, ainda que pecar, não transgredir o sentido de suas razões de serem como são. 

E somos como somos: viajantes no tempo que nos cabe. Ao não saber a quantidade de cada estação que teremos, cabe o bom conselho de viver intensamente cada uma delas. O mais interessante é que aprenderemos a gostar de aspectos que não notávamos e sentiremos saudades de cotidianos que aproveitamos menos do que deveríamos. Se percebêssemos enquanto a mágica acontece, nosso talento contemplativo nos visitaria mais... Por mais diversos que sejam os desenhos que as nuvens fazem nunca se repetirão com as mesmas curvas e traços.  

Choraremos sempre diferente, ainda que por motivos semelhantes. Porque a lágrima da primavera futura já acumula a experiência do choro do outono passado. A vida só sabe seguir para frente, ainda que nem sempre em frente. 

Saberemos então sermos folhas que secam no chão para alimentar raízes que logo serão novas árvores. Sermos água que corre nos carnavais do verão para cristalizar no gelo do frio que atenta à ausência do calor. 

Sermos cores variadas que salpicam as paisagens para, quem sabe, sermos fotografia que se aprecia nos salões das grandes exposições. Talvez aí se possa fazer entendimento que boas fotos necessitam de luz. Desse brilho que só os olhos podem ter. Dessa alegria e agonia de ser efêmero, tanto quanto memória. 

Poeiras de estrelas não causam alergia a quem ousa respirá-las. Céus de inverno também. Mas as flores de outono são teimosas, pois driblam a finitude de tudo na sina da reinvenção para além de sua própria estação. 

Afinal, flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo.

 

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Prêmio Nacional de Educação

sexta-feira, 18 de março de 2022

Prêmio Nacional de Educação
Ex-aluno do Polo Cecierj/Cederj de Nova Friburgo é um dos 12 finalistas do Prêmio Professor Transformador. O pedagogo Carlos Henrique Patrício concorre na categoria Ensino Fundamental I, com o seu projeto intitulado: “Escola Humanizada – Acolher, Escutar e Pertencer”. O reconhecido concurso do Instituto Significare selecionou à etapa final 350 trabalhos, ente os quais do ex-aluno do polo Nova Friburgo.

Prêmio Nacional de Educação
Ex-aluno do Polo Cecierj/Cederj de Nova Friburgo é um dos 12 finalistas do Prêmio Professor Transformador. O pedagogo Carlos Henrique Patrício concorre na categoria Ensino Fundamental I, com o seu projeto intitulado: “Escola Humanizada – Acolher, Escutar e Pertencer”. O reconhecido concurso do Instituto Significare selecionou à etapa final 350 trabalhos, ente os quais do ex-aluno do polo Nova Friburgo.

Formação de excelência
O resultado será anunciado na Feira de Educação e Tecnologia Bett Brasil 2022, que acontece entre os dias 10 e 13 de maio. Carlos atua como docente da rede pública de ensino desde 2005, quando concluiu o curso Normal. No Cecierj/Cederj se graduou em Licenciatura em Pedagogia, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), finalizando o curso em 2016. O polo local está entusiasmado com as conquistas de seu ex-aluno e vem divulgando em suas redes mais essa possibilidade de conquista.

Outros prêmios
O pedagogo formado em Nova Friburgo, já havia conquistado, em 2018, o prêmio Professores do Brasil, do MEC. Em 2019, recebeu a premiação Gestão Escolar, devido a sua atuação na rede pública municipal de Magé. Em 2020, foi agraciado com a menção de reconhecimento pela rede Conectando Saberes, pelo seu projeto “Reconstruindo o Contexto de Experiências”. Em 2021, recebeu o Prêmio Paulo Freire conferido pela Alerj.

Parlamento Juvenil
O Parlamento Juvenil sobe a serra e realiza hoje, 18, em Nova Friburgo, a capacitação dos eleitos do Centro-Norte fluminense. Após todo o rito eleitoral e de uma capacitação online, os jovens da rede estadual de ensino, entre 14 e 18 anos, se encontrarão pela primeira vez com a coordenação do projeto e entre eles mesmos. Será um dia inteiro de atividades no Instituto de Educação de Nova Friburgo (Ienf).

Região representada
De Nova Friburgo, os eleitos foram: Gabriela Soares (Ienf) e Felipe Gabriel Knupp (Rei Alberto I). Antes de Nova Friburgo, a caravana passou por Maricá, com os municípios da divisão regional da Secretaria estadual de Educação (Seeduc) das Baixadas Litorâneas e Petrópolis pela regional Serrana I. Na semana que vem, o projeto passará pela capital, Volta Redonda, Vassouras, Itaperuna e Campos, respectivamente. A edição em si do Parlamento Juvenil, com a semana parlamentar, está prevista para 22 a 28 de maio.

Shows e eventos em alta
Mais dois grandes shows estão confirmados para Nova Friburgo. Zé Ramalho se apresentará no Nova Friburgo Country Clube no dia 16 de abril. O evento era para ter acontecido em abril de 2020, mas com a pandemia precisou ser remarcado. Dois anos depois, a espera está próxima do fim. Já no carnaval de maio, haverá o evento ‘Serra Sunset’ e já confirmou como atração principal, dia 15, os cantores Dilsinho e Ferrugem. Por falar em eventos remarcados, a tradicional festa Booze que ocorreria no fim de semana que estourou a pandemia pela primeira vez, ocorre neste sábado, 19.

De volta
Fernando Bonan está de volta ao comando do esporte da Rádio Nova Friburgo FM. O Juventude da Serra iniciou na emissora, quando ainda era AM, na década de 80. Após quase 40 anos na emissora das montanhas, teve um breve hiato que chegou ao fim. No próximo dia 28, uma segunda-feira, Bonan reestreia o Friburgo Esportes, às 18h05. As transmissões dos jogos de futebol, tão marcantes, retornam em breve e com todo o vapor no Brasileirão.

Explode coração
Considerado o maior gol do rádio esportivo do Brasil, Bonan teve passagem pela Rádio Globo, e à época, conciliou a jornada com a Rádio Friburgo. A volta do programa, assim como as transmissões de futebol, misturam nostalgia da época de ouro do rádio esportivo, assim como inovação de quem sabe se reinventar.

AM para FM
A Rádio Nova Friburgo mudou de dial no ano passado, saindo do canal 660 AM para o 107,5 FM. Com a necessidade de abertura para frequência de celulares, o Governo Federal abriu a possibilidade de as emissoras AM migrarem para o FM. Mudança de equipamentos e torre foram um dos passos que tiveram que ser dados pela direção da emissora para garantir som de qualidade e sintonia ampliada.

Golaço
Com mais de 75 anos de atividades ininterruptas, a Nova Friburgo FM, vem mesclando tradição com novas caras e tecnologia que garante sinal de qualidade no radinho e outras possibilidades por aplicativo de streeming e redes sociais. A volta das transmissões esportivas com seu mais marcante narrador é, em dúvida, um golaço!

Palavreando
“Flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo. Pudera todos os amores ser assim: vindouros no inverno, apaixonados na primavera e reinventados em todos os verões”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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Ainda mais do mesmo

sexta-feira, 18 de março de 2022

[Não se assuste, talvez você realmente já tenha lido esse texto. Foi a forma que eu encontrei de fortalecer, ainda mais, o que fora dito em 11 de fevereiro. Afinal, estamos vivendo ainda mais do mesmo. Portanto, é hora de dominar o assunto.]

[Não se assuste, talvez você realmente já tenha lido esse texto. Foi a forma que eu encontrei de fortalecer, ainda mais, o que fora dito em 11 de fevereiro. Afinal, estamos vivendo ainda mais do mesmo. Portanto, é hora de dominar o assunto.]

A vida financeira corre sempre pelos mesmos caminhos, mas por sermos movidos pela emoção, trazemos sempre um pouco mais de aventura ao rotineiro. Digo isso, pois hoje vamos falar sobre política monetária; na última quarta-feira, vimos mais um aumento –o nono consecutivo, chegando a 11,75% a.a. – de juros e é hora de voltar a praticar a realidade que fora exercida,quando nossa Selic via seus últimos momentos aos patamares de dois dígitos. Mas, então, se é mais do mesmo, porque tanta gente ainda não sabe como aplicar as estratégias socioeconômicas ao contexto financeiro pessoal? É esse o tema do texto.

Antes de mais nada, e serve como forma de relembrar o que já estudamos por aqui, vamos entender os conceitos por trás das metas de juros e inflação parachegarmos ao nosso objetivo: adequar o planejamento financeiro pessoal aos diferentes momentos econômicos de um país (e, até mesmo, realidades internacionais). Calculados através de complexas fórmulas matemáticas e muita pesquisa, as metas de inflação e juros balizam as estratégias das mais diversas políticas econômicas de uma nação e podemos sintetizar os dois possíveis cenários a termos específicos (e, pra variar, em inglês, como a maioria dos economistas gostam de rebuscar, de maneira quase desnecessária, o vocabulário técnico): hawkish e dovish.

Uma simples tradução, portanto, não seria capaz de elucidar seus significados, já que hawk significa falcão e, dove, pomba – em inglês. Pois vamos, então, aos conceitos. O termo hawkish refere-se a posturas maisinclinadas a juros altos e grande preocupação com inflação. Ao passo que Dovish representa cenários voltados a juros baixos e pequena preocupação inflacionária. Como exercício, antes de ir ao próximo parágrafo pare e reflita: qual postura o Banco Centralestá tomando neste momento em relação a sua política monetária?

Parou? Refletiu? Pois bem, depois de mais decinco anos adotando postura dovish – já que vemos a Selic caindo desde 2016 –, chegamos a patamares recordes de juros com a Selic em 2,0% a.a. até que surgisse a necessidade de subidas significativas nesta taxa. Portanto, respondendo à minha pergunta, desde março de 2021 o BC impõe postura hawkish a suas decisões de estratégia monetária e econômica.

Reparou que agora eu associei estratégias econômicas ao contexto monetário? Chegamos onde eu queria! Pode parecer pouco relevante, mas os números que você acompanha no jornal têm impactos realmente muito fortes na sua realidade. Vou tentar simplificar ainda mais.

Postura hawkish

Juros altos, dinheiro caro e maior custo com dívidas públicas. Aqui, investidores optam por títulos públicos e bancários, devido a alta remuneração associada a pouco risco. Portanto, com pouco incentivo a crédito, consumo e investimento em setores produtivos observamos o baixo crescimento econômico.

Por outro lado, é momento de atrair capital estrangeiro!

Se você precisa recorrer a crédito, este não é o melhor momento; analise de maneira bastante criteriosa.

Postura dovish

Juros baixos, dinheiro barato e menor custo com dívidas públicas. Neste cenário, investidores precisam se expor ao risco dos mercados de capitais para alcançar rentabilidades mais expressivas. Isso incentiva os setores produtivos e possibilita maior crescimento econômico.

Com relação aos investimentos estrangeiros, este cenário pode desincentivar (ou tornar mais pontual) a entrada de capital.

Por fim, precisando de crédito, aqui você pode encontrar boas oportunidades.

É importante compreender como a dinâmica econômica (e monetária) pode ser relevantepara o planejamento de suas estratégias pessoais e, até mesmo, empresariais.

Espero ter ajudado!

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Eu também acredito na rapaziada

sexta-feira, 18 de março de 2022

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Tem gente que olha para o céu e agradece quando as oportunidades surgem ainda que venham acompanhadas de dedicação extrema, de trabalho árduo. Gente que acolhe uma missão e por ela se transforma no melhor que pode ser. Gente que não se acomoda, que encara, vai à luta, mesmo diante das dificuldades e da desconfiança dos outros, das indagações constantes sobre se é ou não capaz de dar conta do que está por vir. É claro que ele é capaz. Ele acredita nisso e faz acontecer.

Dá a sensação de que pessoas com esse perfil de enfrentamento e superação trazem em seu DNA a marca da coragem, apesar de todo medo pelo novo, pela missão grandiosa que pode estar por vir. Seria bom se os jovens fossem incentivados e encorajados a darem o melhor de si para vencerem a si mesmo e aos desafios impostos pela vida.

Podem ser grandiosas oportunidades de crescimento e evolução, instrumentos úteis à formação de uma sociedade em que superar desafios pessoais em prol de um objetivo, de um projeto, de um trabalho seja valorizado. Não é questão de retorno financeiro. Não apenas. É questão também de repercussão social. De ser exemplo para outras pessoas que continuam investindo sua energia e acreditando que vencer obstáculos pode ser uma forma eloquente de crescimento pessoal e profissional. Ser jovem que ensina jovem; que acredita em jovem; que aprende com jovem; que compartilha com jovem. Ser jovem que vai encarar sim, o que der e vier, com dignidade e hombridade. É disso que estou falando.

Nas palavras de Martin Luther King, temos um bom conselho: “Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.” Que esse jovem corajoso que vai vencer o mundo – o seu mundo, tenha força e sabedoria para investir o mais nobre de si na construção de algo melhor.

Há que se endossar cada palavra e concordar com Gonzaguinha quando pronunciou a bela canção que diz assim: “Eu acredito é na rapaziada/ que segue em frente e segura o rojão/ eu ponho fé é na fé da moçada/ que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou à luta com essa juventude/Que não corre da raia a troco de nada/Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada.”

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A tesoura da censura

sexta-feira, 18 de março de 2022

A história da censura acompanha a humanidade desde o passado até o presente, apesar dos muitos direitos garantidos em pleno século 21. À grosso modo, “censura” se define como uma ação de restrição de conteúdo ou mesmo de circulação de alguma mensagem, seja artística, jornalística etc, e geralmente atrelada à justificativa de proteção de um grupo ou indivíduo.

A história da censura acompanha a humanidade desde o passado até o presente, apesar dos muitos direitos garantidos em pleno século 21. À grosso modo, “censura” se define como uma ação de restrição de conteúdo ou mesmo de circulação de alguma mensagem, seja artística, jornalística etc, e geralmente atrelada à justificativa de proteção de um grupo ou indivíduo.

Os históricos e clamados direitos à liberdade de expressão, artística e jornalística foram, sem dúvida alguma, um dos marcos mais importantes da história moderna brasileira, uma vez que censurado em diversos momentos históricos conturbados.

Durante a vigência dos “anos de chumbo”, houve a criação do Ato Institucional nº 5, medida mais dura da ditadura militar, que implementou a censura no Brasil, época de muitas torturas, prisões, exílios, restrições artística e mortes. Contudo, com o fim do regime militar, nossa lei maior a assegurou uma gama de direitos fundamentais, para que a democracia fosse nossa principal fonte para o progresso.

Em um ato de repercussão nacional, a Prefeitura de Nova Friburgo foi acusada de censurar obras artísticas, com representações de corpos femininos, em evento no Dia Internacional da Mulher. A artista visual Elis Pinto, relatou ter sido instruída a retirar de exposição obras antes da visita do prefeito.

Bom, fato é que o corpo nu é um dos retratos mais antigos em obras de arte, desde a época das cavernas, passando por toda história da arte e que chegou a resistir até nas épocas mais sombrias da Idade Média. Muitas das obras mais famosas da história da humanidade, apesar de possuírem o nu, são reconhecidas pela sua grandeza nos museus, igrejas e exposições de arte por todo mundo como: A Vênus de Milo (século 2 a.C.)Laocoonte e seus filhos (entre os séculos 1a.C. e 1 d.C.)O nascimento de Vênus de Botticelli (1484); David de Michelangelo (1501)As três graças de Rafael (1504); Olympia de Manet (1863); Nu deitado de Amedeo Modigliani (1917). 

 A própria pintura ultra conhecida “A Criação de Adão”, obra de Michelangelo foi feita no teto da Capela Sistina e que possuem um valor histórico tão importante que podem ser facilmente encontradas em livros escolares brasileiros. Nesse sentido, qual deveria ser a baliza do que pode e o que não pode?

A Constituição, berço das leis do nosso país, definiu como direito fundamental a livre expressão intelectual e artística, independentemente de censura. A arte possui o seu papel fundamental para evolução da sociedade e em todos os momentos históricos, teve sua participação, mesmo que censurada pelas polêmicas e pelo choque, mas que possibilitaram o crescimento da humanidade em seu senso crítico.

Recentemente, um caso ficou muito famoso no Brasil: o filme “Como ser o pior aluno da escola” foi censurado, após o vilão da trama, de forma caricaturizada, assediar verbalmente menores de idade. A história ganhou uma repercussão gigantesca e dividiu as pessoas, principalmente, politicamente.

Devemos levar em conta, que um filme internacional, que não mencionarei o nome em respeito aos menores de idade que leêm essa coluna, que choca com cenas fortes de pedofilia, necrofilia e abusos sexuais, é permitido no Brasil, com a classificação etária de 18 anos. Então, devemos nos perguntar, qual a régua para medir a censura? A proteção do menor de idade ou a ideologia política de quem não comunga com sua cartilha?

O próprio Charles Chaplin, teve seu filme “O Ditador”, em que fazia uma crítica aos regimes facistas e nazistas, censurado no Brasil durante a Era Vargas. A justificativa era que o filme continha um teor “comunista” e “ultrajante para as forças militares”. Hoje, é um clássico da história cinematográfica.

É muito importante que as tesouras da censura não tenham esse poder cerceador que emerge cada dia mais. Pode haver um balizamento de idade do que pode ser assistido em determinada idade? Deve. Assim como aconteceu, na última quarta-feira, 16, com o filme brasileiro que havia sido recém censurado. O cerceamento artístico é muito perigoso e sua prática não traz nenhuma boa lembrança na história da humanidade.

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