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A defesa de Daniel Silveira se manifesta contra Alexandre de Moraes

quarta-feira, 04 de maio de 2022

Em 21 de abril o presidente da República decretou uma Graça, ao deputado federal Daniel da Silveira, do PTB, em que suspendia sua prisão de 8 anos e 8 meses, em regime fechado, a multa de R$ 100 mil, o uso de tornozeleira eletrônica, restituindo-lhe, ainda, suas redes sociais e seus aparelhos celulares. Isso significa que a partir de tal Graça, Daniel é um homem livre em que para ir e vir não tem mais de prestar contas ao STF, nem a seu membro Alexandre de Moraes. Esse é o resultado da ADI 5874/DF.

Em 21 de abril o presidente da República decretou uma Graça, ao deputado federal Daniel da Silveira, do PTB, em que suspendia sua prisão de 8 anos e 8 meses, em regime fechado, a multa de R$ 100 mil, o uso de tornozeleira eletrônica, restituindo-lhe, ainda, suas redes sociais e seus aparelhos celulares. Isso significa que a partir de tal Graça, Daniel é um homem livre em que para ir e vir não tem mais de prestar contas ao STF, nem a seu membro Alexandre de Moraes. Esse é o resultado da ADI 5874/DF.

Portanto não cabe as muitas interpelações feitas ao STF pelos partidos nanicos de sempre, nem a solicitação da dra. Rosa Weber, a Bolsonaro, para que explique o porquê do seu ato; este deveria imitar o ex-presidente Jânio Quadros e responder-lhe somente: fi-lo porque qui-lo”. Graça, indulto, seja lá o que for, é uma prerrogativa constitucional do mandatário do país, sendo-lhe dispensada explicações. Aliás, quando o presidente Luís Inácio indultou Cesare Batisti, não vimos senadores tendo chiliques, partidos políticos nanicos entrando com ações contra o decreto presidencial, nem membros do STF pedindo explicações para tal ato.

Aliás, bato palmas para o dr. Paulo Faria, advogado de Daniel, que encaminhou a seguinte mensagem ao STF, na pessoa de Alexandre Moraes, em que pede pura e simplesmente o cumprimento do indulto. Colocou Alexandre no seu devido lugar e mostrou que sua autoridade termina onde surge outra de igual quilate, ou seja, a do presidente da República. Eis alguns pontos dessa cobrança, publicado no Jornal da Cidade Online: “Não havendo absolutamente nada mais a ser discutido no âmbito dessa vergonhosa ação penal, nos termos da ADI 5874/DF onde restou evidenciada e clara a desnecessidade do trânsito em julgado requer:

  1. O imediato arquivamento da ação penal 1044/DF, bem como seus “puxadinhos... ou outras quaisquer persecuções em andamento, de conhecimento ou não da defesa, em razão do sigilo;
  2. O imediato restabelecimento de todas as suas redes sociais... por ato ilegal desse relator, e que interferem no exercício de seu mandato;
  3. A devolução de todos os aparelhos celulares confiscados por ordem desse relator, imediatamente;
  4. A imediata devolução da fiança paga em 29/06/2022, no valor de R$ 100 mil com as devidas correções legais e sem deduções;
  5. O fim de todas as perseguições pessoais desse relator comprometendo-se a apagar o nome de Daniel Lúcio da Silveira de vossa mente, respeitando o devido processo legal e a Constituição Federal”.

O texto lembra ainda não ser necessário aguardar o famoso “trânsito em julgado” que advogados e juízes adoram proferir, pois tanto a defesa quanto a acusação não teriam mais como apresentar recursos contra o resultado do julgamento.

E termina com o magistral The End: ”No jargão popular, após o naufrágio nadar...nadar...nadar... e morrer na praia”. E lembra ainda: “Aceitar a realidade não é uma opção e sim um dever legal, vislumbrando a realidade constitucional posta. O desejo pessoal não pode se sobrepor à ordem constitucional. Respeite a Constituição Federal”.

É isso que dá quando advogados, muitas vezes medíocres, se transvestem de juízes, no caso do STF, pseudos juízes e se põem a uma falação verborrágica, muitas vezes sem sentido.Basta bater de frente com causídicos mais experientes e defendendo causas claras e justas, para que suas convicções sejam desnudadas e deixem claro, apenas, um desejo de vingança, preceito esse que é ensinado nas faculdades de Direito, não pertencerem ao dia a dia de um advogado.

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terça-feira, 03 de maio de 2022

Minha casa de infância era "um palco iluminado". Meus pais dançavam no pequeno corredor de acesso aos quartos e, nós, eu e meu irmão, aprendemos, na tenra idade, que a dança era a tradução de tudo o que dispensava palavras. O Caderno Z do último fim de semana, atento ao calendário, destacou o Dia Internacional da Dança, celebrado em 29 de abril, e o Internacional do Jazz, no dia 30. Bem que mamãe dizia os versos de Vicente de Carvalho: "raiava o claro mês das garças forasteiras: abril, sorrindo em flor pelos outeiros, nadando em luz na oscilação das ondas...".

Minha casa de infância era "um palco iluminado". Meus pais dançavam no pequeno corredor de acesso aos quartos e, nós, eu e meu irmão, aprendemos, na tenra idade, que a dança era a tradução de tudo o que dispensava palavras. O Caderno Z do último fim de semana, atento ao calendário, destacou o Dia Internacional da Dança, celebrado em 29 de abril, e o Internacional do Jazz, no dia 30. Bem que mamãe dizia os versos de Vicente de Carvalho: "raiava o claro mês das garças forasteiras: abril, sorrindo em flor pelos outeiros, nadando em luz na oscilação das ondas...". Tudo na vida é uma eterna dança e conhecer a história e origem do Jazz Dance é uma viagem que atravessa os tempos, na mistura dos ritmos, dos instrumentos, dos gestos e dos costumes naturais dos negros.

Nomes em destaques como Duke Ellington, Louis Armstrong, Miles Dewy Davis III, encantam com suas histórias de vida entrelaçadas com a música. E queira ou não queira, quando se fala em jazz, vem logo a figura de Armstrong, a verdadeira encarnação do ritmo. O "Z" também nos trouxe a magia da dança em seus vários estilos pelo mundo. Na Itália surgiu o balé, o tango na Argentina, a salsa em Cuba, o sapateado na Irlanda. O breakdance é uma dança de rua, da cultura do hip-hop, criada por afro-americanos e latinos, em Nova York. A dança do ventre teve origem no Egito em rituais e cultos religiosos, reverenciando a fertilidade na celebração da vida. Na China surgiu, há mais de mil anos, a dança Yangko, de movimentos de quadris e cintura definidos. A zumba, em Miami, nasceu do improviso de um esquecimento de um CD, quando o professor resolveu, então, criar uma coreografia para a ocasião. E o samba, dança de raízes africanas, nasceu na Bahia e conquistou seu espaço entre os brasileiros.

Assim dançantes, deixamos o Caderno Z com Wanderson Nogueira:  "Que a dança seja tão dançada como o baile das estrelas do universo. Que do caos se fez e siga a se fazer galáxias. Que do sopro surja a vida. Que perdure a tão perseguida abundância. Dançar é talento, mas dançar com a vida de si mesmo é o maior dos dons”. Que lindo!

E já que falamos em dança, nossa querida professora de dança do ventre, Monara Emerick festejará a passagem para seu novo ciclo no próximo domingo, 8 de maio. Em “Sociais”, ela apareceu lindamente acompanhada por seu pai, Jorginho, que também é aniversariante de maio, nesta segunda-feira, 2. Com um festejo culminando no Dia das Mães, vai nosso abraço caloroso para a querida Margot, minha amiga de longa data. Parabéns aos familiares e ao filho do casal, o DJ Saulo Emerick.

Muito importante a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Nova Friburgo, no primeiro dia útil deste mês de maio. Em sua visita, a agenda incluiu encontro com prefeitos e secretários de saúde da região, visitas às futuras instalações da UPA de Olaria, no prédio do antigo Sase e ao futuro Hospital do Câncer, na Ponte da Saudade. As possibilidades são boas de as obras desses projetos fluírem para o bem da cidade e de toda a nossa região. O governador Claudio Castro também garante presença, o que enriquece ainda mais o encontro das autoridades. Falando nisso, Chistiane Coelho conversou com o nosso vice-prefeito, Mário Sérgio Abreu dos Santos. Serginho, como é conhecido, está na expectativa de assumir o cargo de superintendente da Subsecretaria de Projetos Especiais do Estado do Rio de Janeiro.

Boa notícia festejando o Dia do Trabalhador é a informação de que “depois da queda na geração de empregos, setores começam a se recuperar”. A presidente regional da Firjan no Centro-Norte fluminense, Márcia Carestiato Sancho, está otimista: “Precisamos unir forças em todas as esferas em busca de caminhos para o desenvolvimento.” Que seja a busca pautada no sucesso para todos. A união é sempre a força que impulsiona, não somente os negócios, mas a vida humana. Pelo bem comum, a Câmara de Nova Friburgo aprovou o projeto que propõe a gratuidade nos ônibus para quem doar sangue. Parabéns! A melhor bolsa de valores é mesmo a bolsa de sangue!

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A força transformadora do trabalho

terça-feira, 03 de maio de 2022

A celebração do Dia do Trabalho é a manutenção da memória de uma conquista de grande importância para a humanidade. Em 1º de maio de 1886, milhares de trabalhadores iniciaram uma greve nas fábricas de Chicago, Estados Unidos, exigindo uma jornada laboral de oito horas diárias e condições justas e dignas.

Hoje, mais de um século depois, ainda somos surpreendidos com notícias de homens e mulheres que vivem e convivem em condições ultrajantes de trabalho. Pessoas subjugadas por sua etnia, cor de pele, sexo e idade. A luta permanece constante.

A celebração do Dia do Trabalho é a manutenção da memória de uma conquista de grande importância para a humanidade. Em 1º de maio de 1886, milhares de trabalhadores iniciaram uma greve nas fábricas de Chicago, Estados Unidos, exigindo uma jornada laboral de oito horas diárias e condições justas e dignas.

Hoje, mais de um século depois, ainda somos surpreendidos com notícias de homens e mulheres que vivem e convivem em condições ultrajantes de trabalho. Pessoas subjugadas por sua etnia, cor de pele, sexo e idade. A luta permanece constante.

O labor constitui, desde o princípio do mundo, uma dimensão fundamental da existência humana sobre a terra. A Sagrada Escritura ensina que Deus, após criar homem e mulher à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1,27), ordena-lhes submeter a terra (cf. Gn 1,28), tornando-os participantes de sua obra criadora.

Refletindo sobre a dignidade da labuta, o Papa Francisco diz que “é o trabalho que torna o homem semelhante a Deus, pois com o trabalho o homem é criador, é capaz de criar, de criar muitas coisas; até mesmo de criar uma família para seguir em frente. O homem é criador e cria com o trabalho. Esta é a vocação. (...) o trabalho tem em si uma bondade e cria a harmonia das coisas - beleza, bondade - e envolve o homem em tudo: no seu pensamento, na sua atuação, em tudo. O homem participa no trabalho. É a primeira vocação do homem: trabalhar. E isto dá dignidade ao homem. É a dignidade que o faz assemelhar-se a Deus. A dignidade do trabalho” (Homilia, 1 mai. 2020).

Infelizmente, a busca desenfreada pelo poder faz com que seja furtado do labor sua bela força transformadora, assumindo um caráter opressivo e penoso. A expansão da economia global e a constante luta pelo lucro agrava a competitividade e limita o valor do homem e do trabalho à produtividade. Merece destaque as significativas mudanças estratégicas para a ampliação dos lucros dos investidores e os consequentes impactos sobre a classe dos trabalhadores (cf. Visita Pastoral do Papa Francisco a Gênova).

A influência da cultura do materialismo faz com que tratemos o trabalho humano como uma mercadoria e a pessoa como uma força anônima, necessária para a produção. Nesta dinâmica, cresce a necessidade de longas jornadas, em detrimento do descanso digno de operário, além da precarização da labuta, causada pelo aumento da terceirização, entre tantas outras situações que privam o trabalhador de sua dignidade. É necessário sempre relembrar que o “trabalho é ‘para o homem’ e não o homem ‘para o trabalho’” (Laborem exercens, 6).

Não se pode cair na tentação de julgar o valor e a dignidade do labor apenas pelas conquistas materiais e financeiras que ele proporciona. Pois, independentemente da finalidade e objeto do trabalho - de todo e qualquer que seja - permanece sempre a pessoa como seu sujeito principal.

Importante lembrar que a missão de submeter a si a terra e tudo o que ela contém, de governar o mundo na justiça e na santidade implica a ordenação de todo trabalho humano à glorificação do nome de Deus por toda a terra (cf. Gaudium et Spes, 34).

Neste sentido, o trabalho humano, “longe de ser desprovido de dignidade, molesto e odioso, é, pelo contrário, uma fonte de alegria, de felicidade e de nobreza” (Fulgens Radiatur, 29). O labor não é apenas uma ação que transforma as coisas provendo o sustento do homem e da sociedade; é, antes de tudo, realização plena do próprio sujeito que executa a ação; por meio do serviço “se aprende muitas coisas, desenvolve as próprias faculdades, sai de si e eleva-se sobre si mesmo. Este desenvolvimento, bem compreendido, vale mais do que os bens externos que se possam conseguir” (Gaudium et spes, 35), fazendo valer assim a sabedoria popular: o trabalho enobrece o homem.

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação.

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Amigos do Paissandu

terça-feira, 03 de maio de 2022

Mais um momento de muitas alegrias, lembranças e carinhos em prol de belas e grandiosas amizades: assim foi o 10° Encontro festivo que os "Amigos do Paissandu" (foto) curtiram na residência do querido casal Lúcia e Rui Benvenuti, na tarde do último sábado, 30 de abril, no bairro Braunes.

Cerca de 60 "Amigos do Paissandu" participaram da alegre e divertida confraternização, com churrasco, chope, bolo e música ao vivo com Ratinho e Caíto.

Mais um momento de muitas alegrias, lembranças e carinhos em prol de belas e grandiosas amizades: assim foi o 10° Encontro festivo que os "Amigos do Paissandu" (foto) curtiram na residência do querido casal Lúcia e Rui Benvenuti, na tarde do último sábado, 30 de abril, no bairro Braunes.

Cerca de 60 "Amigos do Paissandu" participaram da alegre e divertida confraternização, com churrasco, chope, bolo e música ao vivo com Ratinho e Caíto.

Geraldino Cabral Arouca, um dos principais articuladores do grupo que conta com Marinho da banca do Paissandu e tantos outros, já está marcando o próximo encontro para setembro.

 

Parabéns ao Joelson

 No último domingo, 1º de maio, quem passou o dia recebendo cumprimentos, não propriamente pelo Dia do Trabalhador e sim por completar 61 anos de idade, foi Joelson José de Almeida Martins, o conhecido engenheiro civil e vereador friburguense Joelson do Pote.  Felicidades!

 

Celebração e datas do HRS

Hoje, 3, às 15h, o bispo da Diocese de Nova Friburgo, Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, contando com participação do padre Marcelo Piller, celebra missa especial na capelinha do Hospital Raul Sertã.

Isso em razão de duas recentes datas relevantes que envolvem aquela unidade de saúde. Na última quinta-feira, 28 de abril, completou 104 anos da formalização da Associação de Caridade de Nova Friburgo que tinha como provedor Farinha Filho.

Já a outra data, no último domingo, 1°, marcou os 101 anos que aquela instituição beneficente de saúde passou a ser denominada de Benemérita Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Nova Friburgo, ocasião em que o provedor era Acácio Borges e que o empresário Raul Sertã doou um terreno no final da Rua General Osório, onde foi construído o Hospital Raul Sertã, inaugurado em julho de 1951.

 

Testemunhos marcantes

O capítulo da Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno) de Nova Friburgo presidido pelo dr. Jorge Ferreira, teve mais um de seus memoráveis jantares na noite da última sexta-feira, 29 de abril, no Hotel Dominguez Plaza, em razão de no cardápio, ter constado fabulosos e impactantes depoimentos de vida de dois marcantes preletores.

O primeiro foi de Uziel Lima que saiu de sua adolescência na Favela de Manguinhos no Rio para se tornar grande jurista, teólogo e PHD em filosofia.

Já o outro, que também emocionou e mexeu com os presentes, foi o do libanês Nasrat Mohamad Jamil Rassoul, que foi considerado um dos maiores chefes do narcotráfico no Brasil e do mundo, ligado ao Cartel de Calí na Colômbia e que como um raro exemplo, conseguiu sair de tal situação, após ficar pouco tempo preso e segue hoje, há mais de duas décadas, se apresentando como arquivo vivo e aberto rodando pelo país contando sua história de ascensão, queda e superação.

Tudo isso e muito mais envolvendo Uziel e Nasrat, graças as restaurações de que foram alvos, após as entregas plenas de suas vidas a Deus.

No registro fotográfico, os palestrantes desta oportunidade, Uziel Lima e Nasrat Rassoul com o dr. Jorge Ferreira, sentado.

 

Com idades novas

Abraços de congratulações desde já para dois queridos amigos deste colunista que estreiam idades novas nesta semana.

Amanhã, 4, o prezado Justo Urquiza da Nóbrega Neto completa 45 anos e na quinta-feira, 5, será a vez do querido Rodrigo França Silva completar seus 4.2. Felicidades e mais felicidades aos dois.

 

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Metamorfoses

segunda-feira, 02 de maio de 2022

Hoje, quando acordei, a obra de Raul Seixas rondou meus pensamentos. Logo depois Macunaíma, de Mário de Andrade. E, lá fui eu adentrado as construções desses gênios, que pretendiam tocar as pessoas da sua época com suas críticas a partir da insatisfação com o estado de coisas que reinava. Haverá meigas mudanças? Ou sempre se apresentarão de modo irreverente? 

Hoje, quando acordei, a obra de Raul Seixas rondou meus pensamentos. Logo depois Macunaíma, de Mário de Andrade. E, lá fui eu adentrado as construções desses gênios, que pretendiam tocar as pessoas da sua época com suas críticas a partir da insatisfação com o estado de coisas que reinava. Haverá meigas mudanças? Ou sempre se apresentarão de modo irreverente? 

O pensamento deles criou balbúrdia e influenciou mudanças. Como é preciso ter autenticidade, coragem e ousadia para mudar! Vejam alguns versos da poesia de Mário e a letra da música de Raul, duas obras que desconstroem o sujeito, que sujeitado está nas realidades das épocas em que estavam inseridos. 

        Ode ao Burguês                                  Maluco Beleza

                      Mário de Andrade                              Raul Seixas 

Eu insulto o burguês! O burguês níquel,                            Enquanto você se esforça para ser

o burguês-burguês.                                                   Um sujeito normal

A digestão bem-feita de São Paulo               E fazer tudo igual

O homem que sendo francês, brasileiro,           Eu do meu lado pretendo ser louco

Italiano,

É sempre um cauteloso pouco a pouco!               Um maluco total

Eu insulto as aristocratas cautelosas!               Na loucura real

Os barões lampiões! Os condes Joões!               Cantarolando na minha maluquez

Os duques Zurros!

Que vivem dentro de muros sem pulos;                Misturada com minha lucidez

E gemem sangres de alguns mil-réis fracos            Vou ficar

Para dizerem que as filhas da senhora falam             Ficar com certeza maluco beleza

O francês

E tocam o “Printemps” com as unhas                                  Esse caminho que eu mesmo    escolhi

Eu insulto o burguês funesto!                                              É tão fácil seguir

O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições        Por não ter onde ir

Fora os algarismam os amanhãs!                                       Cantarolando a minha maluquez

Olha a vida dos nossos setembros                                   Misturada com minha lucidez

Fará sol? Choverá? Arlequinal!

Mas à chuva dos rosais

O êxtase fará sempre sol

Morte à gordura!

Morte às adiposidades cerebrais!

Morte ao burguês mensal!

Ao burguês tílburi!

Padaria suissa! Morte ao Adriano!

“— Aí filha, que te darei pelos teus anos?

— Um colar...  — Conto e  quinhentos!!!

Mas nós morremos de fome!”

 

De Mário a Raul tantas transformações ocorreram na vida do brasileiro. Partindo de uma crítica, um clamor à libertação dos padrões retrógrados do século XIX, Mário expressa a vontade de conquistar a satisfação consigo para enriquecer a mente e o espírito de expressões autênticas e superar a força das aparências, que sempre enganam.

E Raul, seguindo o mesmo rumo, depois de muitas batalhas e conquistas, fala das incertezas, resultantes da vitória revolucionária, de modo que a libertação dos grilhões burgueses trouxe a necessidade do estabelecimento de outros padrões de pensamento e realização. Que certamente criaram reações adversas e metamorfoses culturais.

Há 2.500 anos atrás, Heráclito já entendia da dialética da vida! Tudo muda, ninguém se banha duas vezes nas mesmas águas do de um rio. 

 

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Friburgo sem transporte coletivo depois das 22h

sábado, 30 de abril de 2022

Edição de 29 e 30 de abril de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

Edição de 29 e 30 de abril de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

  • Depois das 22h, nem um só transporte coletivo transita pela cidade - Como se entende esse fato?  A alegação de pouco movimento não deve dominar em absoluto. Serviço público, tem um sentido social muito mais amplo, não podendo prevalecer o simples interesse das concessionárias. Estamos certos de que o prefeito Feliciano Costa, tão logo entre no assunto, o solucionará, como legítimo mandatário da população. 
  • Vem causando estranheza - Em todos os círculos sociais do município, o fato da direção da Fábrica de Filó não ter tido, até o momento, qualquer reação de contradita defesa, justificação ou mesmo de explicação a respeito das graves denúncias públicas, feitas através um semanário local, pelo Sindicato Têxtil, sr. João Vicente, que apontou um regime de terror implantado na referida fábrica e da enorme série de arbitrariedades cometidas em direção do operariado, pelo donos do complexo industrial. 
  • Esclarecimento da Casa de Saúde São Lucas ao povo de Nova Friburgo - Com referência à notícia publicada no Jornal da Serra, edição 7/14 de abril de 1972, sob o título “Uma das maiores equipes de cardiologia do mundo presta serviços no hospital Santo Antônio”, vem a público, com a finalidade exclusiva de estabelecer a verdade dos fatos mencionados na referida notícia. O grupo de cardiologistas a que se refere aquele semanário, pertence ao corpo médico da Casa de Saúde São Lucas, desde a sua fundação em 1966 e não “presta também serviços” como quis fazer crer o redator da nota. 
  • Drª. Elizabeth Batista Bussinger - É com alegria e grande orgulho que assinalamos o enorme sucesso alcançado pela nossa conterrânea, senhorinha Elizabeth Batista Bussinger, que participou do concurso para Promotor de Justiça do nosso Estado. Ela conseguiu o décimo lugar, devendo ser assinalado que, na ordem de classificação chegou na frente de renomados advogados, juízes de outros estados, juristas guanabarinos, mineiros, paulistas e nortistas, fazendo portanto um sucesso digno de apreciação mui especial.
  • Espetacular desfile do “Lions Clube” - Não é preciso descrever outro qualquer evento da Convenção Leonística L-3, para dizermos que a mesma constituiu um sucesso, já que seu mais recente desfile foi simplesmente excelente, realmente “fora de série” vibrante, repleto de alacridade e trazendo momentos de indizível contentamento, movimentação e sensação num espetáculo de intensa vibração comunitária. 

Pílulas:

  • O senador Ruy Santos enfaticamente declara aos jornalistas que “foi um verdadeiro show democrático” a convenção nacional da Arena. 
  • Com a eleição de Ulisses Guimarães para a presidência do MDB nacional, os autênticos sofreram fragorosa derrota dentro do próprio partido. 
  • Dentro de um mês no máximo, uma série de modificações sofrerá o sistema eleitoral. Parece assentada a inelegibilidade dos executivos passados, assim como dos integrantes dos passados parlamentos. A ideia predominante é a de rejuvenescimento dos quadros. 
  • Um consta que tomou muita consistência nos últimos dias: quatro municípios fluminenses, inclusive Nova Friburgo, o que para nós, é mais importante, será declarado zona eleitoral, valendo dizer que não terá eleições para prefeito… 
  • Os mandatos dos atuais prefeitos seriam prorrogados por mais dois anos, abandonando-se as incoincidências de mandatos com o sistema antigo da coincidência. 

E mais… 

  • Dirigentes da Autarquia de Água declaram que entregariam os serviços de fornecimento de água, “a qualquer momento, se o Executivo desejasse…” 
  • IV Taça do Colonizador, no Nova Friburgo Country Clube
  • Reunião para venda de ações da Petrobras

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Davy Canto e Suely Canto (21); Conceição Côrtes Teixeira e Oscar Schultz (1º de maio); Abel Rodrigues e João Batista de Moraes (2); Marly de Almeida, Rafael Pecci, Ned Torres e Regina Maria de Fátima (3); José Pires Barroso e Maria Natividade (4); Melsene Schlupp (5); Maria Nilce Ventura Coutinho e Alice Cúrio (6). 








 

Foto da galeria
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Minha liberdade dança

sábado, 30 de abril de 2022
Foto de capa
(Foto: Freepik)

Dancei mesmo sem saber dançar como me aconselhou Tim Maia. Soltar a mente foi o mais difícil. Abrir as asas de anjo foi fácil. Mas ao fim da noite, sempre me perco e não sei bem dizer se fui céu ou inverno. Mas volto a abri-las assim mesmo, sem medo de frio ou fogo. 

Dancei mesmo sem saber dançar como me aconselhou Tim Maia. Soltar a mente foi o mais difícil. Abrir as asas de anjo foi fácil. Mas ao fim da noite, sempre me perco e não sei bem dizer se fui céu ou inverno. Mas volto a abri-las assim mesmo, sem medo de frio ou fogo. 

Difícil lembrar liberdades fúteis, pois são também fugazes. O paraíso não existe. Tampouco o inferno. Mas creio em Deus. Faz parte da minha licença poética, desse meu blues dançante com a poesia. Nada é tão cruel como pregam pastores das teorias de prosperidade. Repito: Deus não é meritocrata. Liberdade é ser feliz. O que é se entregar? 

Sambei na avenida dos meus carnavais como se o carnaval não tivesse fim. Ser rei, plebeu, vestir alegorias e se desnudar em adereços, ser eu sem ser eu, ser tudo o que não fui ou que desejei ser. Coleção de notas dez pode me fazer campeão, mas não me libertam. Porque liberdade não é desejo ou consagração — é algo que ainda não sei o nome, como me disse Clarice... A tal carnavalesca de poesias, avessa à carnavais. Quartas-feiras de cinzas serão sempre cinzas. Azuis, talvez. Não sei e nem me obrigo saber. Sambar não tem regra. 

Fui feliz, tanto quanto triste, como o bailarino que no palco de sua solidão achou que se libertar era apenas quebrar as correntes. Para ser livre é preciso muito mais. Muito mais do que dançar, ser trapezista, abrir algemas. A dança liberta, mas apenas dançar não garante liberdade. Ter chaves para cadeados podem até te levar a abrir cada um, mas é preciso coragem para enfrentar o que vem depois. O que fazer com as mãos livres abertas ao voo, à queda, ao desconhecido, ao que já se experimentou? Repetirá o passado? Será diferente o futuro com os mesmos rodopios do presente? Cairá ou saltará?

A sobriedade é inimiga da liberdade — dirão. Passageiro da liberdade não embarca em libertinagens de alucinógenos, ainda que reconheça a prosperidade dos segundos que alimenta. Mas entende que é abastança sem chão, com teto. Liberdade no outro só existe se você está liberto para si mesmo. 

O que não sai da minha cabeça me faz flutuar. O que está na minha mente me apavora. Libertará? Eu corro riscos enquanto rabisco com o dedo o vapor no vidro do Box do chuveiro. Do outro lado — você em mim mesmo — essa tal liberdade. Dança à minha frente e atrás de mim também. Se pudesse escolher o que vejo… Escolheria ver tudo. Dançar mais do que conforme a música. As asas de um beija-flor não podem ser paralisadas. 

Armas ferem a liberdade de voar. Aprovação ou reprovação não têm nada a ver com liberdade, porque ninguém está aqui para ser condenado ou absolvido, nem por si mesmo. Que seja livre o vento! Que a dança seja tão dançada como no baile das estrelas do universo. Que do caos se fez e siga a se fazer galáxias. Que do sopro surja vida. Que perdure a tão perseguida abundância. 

Dançar é talento, mas dançar com a vida de si mesmo é o maior dos dons.  

 

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2022 com mais mortes do que nascimentos

sexta-feira, 29 de abril de 2022

2022 com mais mortes do que nascimentos
Nova Friburgo segue tendo mais mortes do que nascimentos em 2022. Apesar do declarado fim da pandemia pelo Ministério da Saúde, com a visível redução no número de óbitos pela Covid-19, Nova Friburgo continua no inédito fenômeno registrado, em 2021, de mais óbitos do que nascimentos. Nesses quatro primeiros meses do ano, o município registra 593 mortes para 573 nascimentos. Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil.

2022 com mais mortes do que nascimentos
Nova Friburgo segue tendo mais mortes do que nascimentos em 2022. Apesar do declarado fim da pandemia pelo Ministério da Saúde, com a visível redução no número de óbitos pela Covid-19, Nova Friburgo continua no inédito fenômeno registrado, em 2021, de mais óbitos do que nascimentos. Nesses quatro primeiros meses do ano, o município registra 593 mortes para 573 nascimentos. Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil.

Menos nascimentos
As pessoas estão tendo menos filhos. Na comparação dos quatro primeiros meses do ano passado com esse ano, Nova Friburgo registrou uma queda de natalidade de 16%. Foram 684 bebês de janeiro a abril de 2021 caindo para 573, neste ano. Em 2022, apenas o mês de março superou o número de nascidos de 2021: 181 para 184.

Déficit
A queda na taxa de natalidade friburguense talvez explique mais o déficit populacional do que propriamente o número de óbitos que, apesar de maior neste ano do que de nascimentos, teve acentuada queda de quase 27%. Nos quatro primeiros meses do ano passado foram 808 mortes, a maioria por Covid-19, ante 593 em 2022.

Impacto da Covid
Chama atenção exatamente a curva de óbitos pela Covid: janeiro deste ano teve mais mortes do que janeiro de 2021 (192 ante 179), enquanto abril do ano passado teve 285 mortes ante 100 neste ano. Janeiro de 2022 e abril de 2021 foram considerados meses de ápice de casos e consequentemente de vítimas fatais pela doença.          

Números do ano passado
Nova Friburgo fechou o ano de 2021 com 2.319 óbitos registrados, superando as duas piores marcas até então: 1.876 mortes em 2011 (ano da tragédia climática) e os 1.848 óbitos de 2020, quando se iniciou a pandemia da Covid-19. Em todo 2021 foram registrados 2.015 nascimentos, abaixo da marca de 2020, quando foram registrados 2.128 recém-nascidos. Ano passado, portanto, Nova Friburgo fechou o ano com 304 vidas a menos.

Impacto no Censo
Mesmo com os primeiros números de 2022 é difícil cravar uma tendência, ainda que pelas comparações mensais de janeiro a abril, se perceba uma redução importante no número de nascimentos, seguindo uma trajetória decrescente que vem desde 2020. Tudo isso - reforça-se - deve impactar o Censo, a se realizar em agosto, em todo o país. O último Censo foi em 2010, portanto antes de dois marcos na linha do tempo: a tragédia climática de 2011 e a pandemia da Covid-19. A conferir.

Carnaval exportação
Nova Friburgo segue com profissionais do seu carnaval em destaque e a folia 2022 não poderia ter sido mais histórica. Nos dois maiores desfiles de escolas de samba do Brasil, firburguenses forjados pelas escolas de samba daqui, foram protagonistas. Na Grande Rio, campeã pela primeira vez, Evandro Malandro interpretou o potente samba do enredo sobre Exu. No carro de som, ainda teve outro filho da terra: Kaísso (intérprete principal da Imperatriz de Olaria). Em São Paulo, o carnavalesco Jorge Freitas se sagrou mais uma vez campeão, com o título da Mancha Verde.

Maior campeão de todos
Para se ter ideia do feito de Jorge Freitas que nesse ano comandou uma comissão de carnaval, foi o sexto título dele na Terra da Garoa, tornando-se o maior campeão desde que os desfiles foram oficializados. Isso mesmo: o maior campeão do carnaval de São Paulo é um friburguense - Jorge Freitas. Ele que assinou vários desfiles das agremiações de Nova Friburgo, com passagens ainda pelo carnaval carioca, nas gigantes Portela e Vila Isabel.

Volta, Jorginho
Consolidado no carnaval de São Paulo, Jorge Freitas vem sendo cotado para voltar ao grupo especial do Rio de Janeiro, em 2023. Mas, por enquanto, apenas especulações. Com relação aos outros campeões, Evandro Malandro segue como intérprete principal da campeã. Tudo indica que a escola de Caxias, no ano que vem, terá Zeca Pagodinho como enredo. Vale lembrar que outro friburgunese que brilhou nesse carnaval foi Guto, um dos intérpretes do carro de som da Viradouro (3ª colocada).       

Inspiração friburguense
A compositora, cantora e flautista Larissa Goretkin que apesar de carioca tem forte ligação com Nova Friburgo, onde morou por mais de uma década antes de mudar para Portugal, lança neste domingo, 1º de maio, o seu primeiro álbum autoral. No entanto, antes, sábado, 30, às 16h, ela faz questão de fazer um pré-lançamento especial para Nova Friburgo. No Espaço Babel, realiza um bate-papo virtual com a apresentação em primeira mão do álbum Volume 1.

Momento exclusivo
Além da artista, haverá apresentações presenciais do coral “Nós que amamos cantar” e dos musicistas Miguel Bevilacqua e Diogo Rebel. Cartografia Interna, em tradução livre é o nome do álbum de Larissa Goretkin que além de compor, escreveu e tocou todos os arranjos de flauta da obra. Em sua passagem por Nova Friburgo, a artista criou o projeto de musicalização “Música Lúdica” e o “Trio Glaziou” para protestar contra o corte indevido de árvores da Praça Getúlio Vargas.

Palavreando
“O paraíso não existe. Tampouco o inferno. Mas creio em Deus. Faz parte da minha licença poética, desse meu blues dançante com a poesia. Nada é tão cruel como pregam pastores das teorias de prosperidade. Repito: Deus não é meritocrata. Liberdade é ser feliz. O que é se entregar?”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

 

O Nova Friburgo Futebol Clube celebra 108 anos de fundação do Friburgo Futebol Clube, que junto com os extintos Esperança e Conselheiro, deram origem ao alvirrubro. Para celebrar a data, foram homenageadas mulheres que têm serviços prestados ao clube, ao esporte e à sociedade friburguense. Entre as homenageadas, Adriana Poletti Mello (na foto representada por Renata Souza), Fátima Zarife, Suenni Pinto Fernandes, Gisele Macário Castilho (representada por Zoé), Marly Pinel, Vera Cintra e Margarida Velloso. Na solenidade, uma aula com a enciclopédia do futebol friburguense, Juca Berbet que presidiu a sessão, ao lado do presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini

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Já recebeu seu 13º salário?

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Eu sei, ainda é abril; mas sim, já é tempo de conversarmos sobre o 13º salário. Desde 2020, por motivos óbvios decorrentes da crise que acabara de se iniciar com a humanidade ainda em choque devido a pandemia da Covid-19, a bonificação passou a ser adiantada em caráter emergencial a fim de mitigar os impactos econômicos do que ainda estava por vir. Foi uma forma de injetar liquidez na economia do país e possibilitar – um pouco – mais tranquilidade aos cidadãos.

Eu sei, ainda é abril; mas sim, já é tempo de conversarmos sobre o 13º salário. Desde 2020, por motivos óbvios decorrentes da crise que acabara de se iniciar com a humanidade ainda em choque devido a pandemia da Covid-19, a bonificação passou a ser adiantada em caráter emergencial a fim de mitigar os impactos econômicos do que ainda estava por vir. Foi uma forma de injetar liquidez na economia do país e possibilitar – um pouco – mais tranquilidade aos cidadãos. Mas esse adiantamento não cabe a todos e vale a explicação antes que o assunto se torne confuso: a primeira parcela do 13º salário de 2022 começou a ser paga na última segunda-feira, 25, para aposentados e pensionistas do INSS.

Então, agora que o assunto está esclarecido, pergunto de novo: você já recebeu seu 13º?
Em caso de resposta positiva, você é beneficiário do serviço de previdência social do Brasil e precisa de planejamento claro do que fazer em diante. Contudo, em caso de resposta negativa, também não há a necessidade de deixar o assunto para um próximo momento; você pode já começar seu planejamento com ainda mais antecedência.

Planejamento, por sua vez, é mapear seus compromissos financeiros e definir prioridades – de orçamento, objetivos e sonhos. O 13º, em 1962, surgiu com o nome de Gratificação de Natal. Era considerado um presente aos trabalhadores; algo a mais. Entretanto, nos dias de hoje percebe-se o benefício como parte do programa orçamentário. Afinal, é lei para todo funcionário CLT, servidor público ou beneficiário do sistema de seguro social e precisa ser encarado com a certeza do que é concreto o suficiente para podermos contar com seu recebimento.

Dentro da certeza do planejamento, é hora de encarar onde encaixar sua estratégia de consumo da renda. Em condições padrão, o 13º no final do ano encontra gastos sazonais e pode ser uma grande ajuda no seu orçamento. Contudo, por conta da data, vou generalizar as possibilidades e, de alguma forma, te ajudar a esclarecer seu orçamento. Então seguem as dicas!

Eliminar e evitar contrair dívidas, é o primeiro grande passo para alcançar o equilíbrio financeiro. Então, de antemão, o primeiro destino do dinheiro deve ser para arcar com as dívidas ativas, seja quitando ou apenas amortizando-as. Comece pelas com maior Custo Efetivo Total (CET), são as suas dívidas mais caras.

Agora, caso você não possua dívidas ou já conseguiu quitá-las e sobrou algum dinheiro, a segunda alocação planejada dos recursos do 13º vai para os seus gastos futuros. O final de ano sempre vem com alguns custos sazonais, como o Natal e viagens de verão, por exemplo; então, já que não tem mais dívidas, aproveite! Mas lembre-se, assim como o final do ano, o início do ano também tem seus custos: material escolar, matrículas, IPTU e IPVA são exemplos de gastos que podem comprometer suas finanças pessoais.

Por fim, com suas finanças planejadas e bem estruturadas, o 13º salário encontra uma situação de equilíbrio, cujo planejamento o incluiu no orçamento anual para estabelecer um padrão de vida condizente com as receitas e lhe resta a liberdade de decidir o que fazer com seu próprio dinheiro. Agora suas finanças abrem espaço para poupar e investir: uma ótima escolha para o futuro.

Seu dinheiro é apenas uma ferramenta. Portanto, aprenda a usá-la a seu favor.

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Pétalas

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Ofereça flores. Em uma pétala, pode haver o mundo inteiro. O mundo de alguém. Existindo por aí, interagindo com as pessoas, olhando as multidões, percebendo o cotidiano, não podemos alcançar com nossos olhos o que está por trás dos olhos daquelas pessoas. O mundo delas. Seus problemas, seus sonhos, seus amores, suas dificuldades. É uma imensidão inalcançável.

Ofereça flores. Em uma pétala, pode haver o mundo inteiro. O mundo de alguém. Existindo por aí, interagindo com as pessoas, olhando as multidões, percebendo o cotidiano, não podemos alcançar com nossos olhos o que está por trás dos olhos daquelas pessoas. O mundo delas. Seus problemas, seus sonhos, seus amores, suas dificuldades. É uma imensidão inalcançável.

Mas se tem algo que venho aprendendo, é que de uma maneira geral, as histórias por trás das faces não costumam ser fáceis. Tantas vezes vi belos sorrisos e com alguma conversa e um pouco de sensibilidade percebi o tamanho da dor que as pessoas escondiam por trás daquele generoso e gentil esforço em sorrir. Quantas vezes eu disfarcei momentos difíceis utilizando o subterfúgio mais prático do qual podemos lançar mão quando não desejamos despertar a preocupação do outro – o sorriso?

Felizmente a vida sempre me deu muito mais razões para sorrir do que para chorar. E pela abundância de oportunidades que recebi e recebo diariamente, tento optar por oferecer a melhor versão desse recurso maravilhoso que Deus nos deu no meio do rosto. E assim escolho disfarçar um dia difícil, o cansaço extremo, uma notícia inesperada. Não por não ser transparente, mas por acreditar que o esforço gera luz. Inclusive esse estímulo em tentar sorrir para a vida em qualquer circunstância.

É como um ciclo, o primeiro sorriso atrai o próximo, que puxa o seguinte, que recompensa com a retribuição de alguém, que muda a vibração de tudo e que, quando percebemos, já nos tomamos pela energia do sorriso, de quem é grato pela vida e deseja apresentar para o mundo a melhor versão de seu estado de espírito.

E as flores? Então..., convido o leitor para uma experiência nada científica, porém que dá muito certo na prática. Já fiz o teste e é hors concours. É assim: quando alguém estiver triste, enfrentando uma doença, encarando uma fase de luto, passando por muitos problemas, vivenciando preocupações, sentindo-se carente, precisando de afeto e carinho (ou seja, quase todas as pessoas que conhecemos), ofereça uma flor para ela. Pode ser uma única flor. Não precisa ser o jardim inteiro: mas, empregue nela o sentimento do jardim inteiro, do jardim de amor, perdão, compaixão, beleza, união, superação, fraternidade e principalmente, de gratidão. Coloque ali o desejo de que a vida seja tão bela quanto a flor. A alquimia é perfeita. A flor, obra-prima da arte divina, e o seu sentimento, sua intenção de levar felicidade a alguém.

O resultado dessa magia é uma flor de luz que pode transformar a vida de alguém, a começar pela sua, assim como muitas vezes transforma a minha. Por isso digo e repito, na dúvida, ofereça uma flor com o melhor dos sentimentos. Ela harmoniza lares, aquieta mentes, embeleza vidas, enriquece relações, alegra as pessoas. Tem um poder grandioso.

A importância desse gesto pode ter um valor inestimável na vida de alguém, e render belos sorrisos. De dentro para fora. Da alma.

Assim, garanto, uma flor de luz pode mudar o mundo de alguém. Nem que seja por alguns instantes...

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