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Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2022

terça-feira, 08 de março de 2022

Todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2022, a CF tem com o tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). No último dia 10 de janeiro, o Papa Francisco enviou aos fiéis brasileiros uma mensagem para a vivência desta campanha.

Todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2022, a CF tem com o tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). No último dia 10 de janeiro, o Papa Francisco enviou aos fiéis brasileiros uma mensagem para a vivência desta campanha.

O Pontífice começa a sua reflexão destacando que ao iniciarmos a caminhada quaresmal de conversão rumo à celebração do Mistério Pascal de Cristo, nos dispomos a ouvir o chamado de Deus que deseja conduzir-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, ao encontro pessoal e renovador com o Ressuscitado, em quem temos a verdadeira vida e do qual devemos ser fiéis testemunhas.

Francisco recorda que para auxiliar os fiéis nesse percurso de encontro, a Igreja no Brasil propõe à reflexão de todos, na Campanha da Fraternidade deste ano, o importante tema da relação entre “Fraternidade e Educação”, fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a “cultura do descarte” – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação.

O Bispo de Roma continua a sua reflexão enfatizando que, ao olhar para a sociedade hodierna, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral, como recordado no convite para um Pacto Educativo Global: “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna” (Mensagem do Papa Francisco, 12/09/19).

A mensagem prossegue apontando o seguinte: ao mesmo tempo em que se reconhece e valoriza a responsabilidade dos governos na tarefa de auxiliar as famílias na educação dos filhos, garantindo a todos o acesso à escola, deve-se igualmente reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo: “As religiões sempre tiveram uma relação estreita com a educação, acompanhando as atividades religiosas com as educativas, escolares e acadêmicas. Como no passado, também hoje queremos, com a sabedoria e a humanidade das nossas tradições religiosas, ser estímulo para uma renovada ação educativa que possa fazer crescer no mundo a fraternidade universal” (Discurso do Papa Francisco, 5/10/21).

O Pontífice manifestou o desejo de que a escolha do tema “Fraternidade e Educação” se torne causa de grande esperança em cada comunidade eclesial e de efetiva renovação nas escolas e universidades católicas, a fim de que, tendo como modelo de seu projeto pedagógico a Cristo, transmitam a sabedoria educando com amor, tornando-se assim modelos desta formação integral para as demais instituições educativas.

Desejou igualmente que o itinerário quaresmal, iluminado pela reflexão proposta, seja ocasião de verdadeira conversão e que as sementes lançadas ao longo deste caminho encontrem nos corações dos fiéis a boa terra onde possam frutificar em ações concretas a favor de uma educação integral e de qualidade.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida e como penhor de abundantes graças celestes que auxiliem as iniciativas nascidas a partir da Campanha da Fraternidade, Francisco concedeu à nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham por uma educação mais fraterna, a Bênção Apostólica.

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Qual livro?

segunda-feira, 07 de março de 2022

Taí, esta é uma pergunta que volta e meia a gente se faz. É um questionamento que guarda um valor imenso, caso seja para dar um livro a um filho, neto ou a uma criança. Caso seja um professor. A pergunta também é pertinente para quem quer presentear alguém ou para a escolha de uma leitura pessoal.

Confesso que para mim é uma questão bem delicada, posto que a leitura pode tocar as pessoas no mais fundo das emoções. Especialmente se for criança ou jovem porque, acima de tudo, o conteúdo de um livro influencia os processos de amadurecimento pelos quais está passando.  

Taí, esta é uma pergunta que volta e meia a gente se faz. É um questionamento que guarda um valor imenso, caso seja para dar um livro a um filho, neto ou a uma criança. Caso seja um professor. A pergunta também é pertinente para quem quer presentear alguém ou para a escolha de uma leitura pessoal.

Confesso que para mim é uma questão bem delicada, posto que a leitura pode tocar as pessoas no mais fundo das emoções. Especialmente se for criança ou jovem porque, acima de tudo, o conteúdo de um livro influencia os processos de amadurecimento pelos quais está passando.  

A escolha de um livro precisa considerar aspectos diversos, a começar pelo fato de que o processo de produção literária pulsa na imaginação dos escritores que constroem textos; pulsa nos traços dos ilustradores que a recontam através de imagens ou apenas na capa e contracapa; pulsa nas telas dos diagramadores que configuram o texto nas páginas com harmonia, intercalando-o com ilustrações, no caso dos infantis; pulsa no planejamento dos editores que produzem o livro; pulsa, enfim, no leitor que decodifica o texto e reflete sobre as mensagens nele contidas. 

O leitor está no mundo concreto, vivendo e convivendo com as diversidades do existir. A cada instante se depara com questões conflitantes e instigantes. Buscando respostas, vai conhecendo a si mesmo e o outro, apreendendo o ambiente e lidando com a interminável quantidade de informações e solicitações. O fato é que somos seres de relacionamento e nos vemos através do que nos toca. 

O livro é, de fato, um objeto de consumo. Um bom presente, inclusive. Trata-se de um produto intermediário entre o leitor e a vida, a natureza e a civilização em toda sua história. 

Escritores e toda a equipe de produção editorial sentem a existência de modo particular. É essa sensibilidade que vai fazendo com que delineiem palavras, imagens e configurem o livro, um objeto de inteireza criativa e original.

 Vamos dizer, então, que quem participa do fazer do livro literário manifesta com sensibilidade um modo próprio de sentir, pensar e viver. O livro é expressão criada por artistas sobre os fatos da vida. 

Quando o leitor está entretido num livro, percebe, mesmo que de modo inconsciente, que o que vive está ali, sendo experimentado pelos personagens ou exposto no texto. É um acolhimento. Lendo, compartilha a solidão do sentimento do existir. Não é à toa que os leitores gostam de conhecer os escritores de seus livros e ver os personagens no cinema ou teatro. 

O leitor tem necessidade de falar de si, da sua visão particular que a cada dia constrói do mundo. E a literatura possibilita isto. Falando de um texto, fala também de si. Escuta outro leitor, conversa a respeito, debate temas. Interage culturalmente.

O leitor que aproveita a literatura sente no seu quotidiano o livro pulsar como um coração, até porque, independentemente da idade, ele é um eterno aprendiz. 

E, aí, meu amigo, qual livro você me daria?

 

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Depois da odontologia, Friburgo pode ter mais 2 faculdades

sábado, 05 de março de 2022

Edição de 4 e 5 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 4 e 5 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Medicina, direito ou engenharia - A comissão nomeada pelo prefeito Feliciano Costa com o objetivo de estudar a questão das faculdades a serem instaladas com recursos da venda de ações da Petrobrás, após dar por liquidada a primeira etapa, qual seja a da escolha do terreno e o projeto do prédio onde funcionará a faculdade de odontologia, orçado em cerca de CR$ 6 milhões, vai agora partir para um aprofundado estudo para a instalação de mais uma outra faculdade, que tanto pode ser a de Medicina, como a de Direito ou Engenharia. A matéria está facilitada pela existência de recursos e afinação entre os membros da comissão e do prefeito, todos acordes em dar à "Suíça Brasileira” o título tão almejado de Friburgo, cidade universitária.

Discordamos da posição do Serviço Social que aconselhou a população a não dar esmolas - Temos certeza de que o prefeito de Friburgo, Feliciano Costa, não endossa a infeliz declaração do chefe do Serviço Social, Ebson Deslandes, que somente teria algum cabimento se a quantidade enorme de párias da sociedade que perambula pelas nossas ruas - cegos, aleijados, doentes física e mentalmente - fossem assistidos pelos poderes competentes, o que não acontece, para a desgraça deles e vergonha das instituições, e, nossa. Continuemos, pois, a dar esmolas, com amor, coração aberto, sem ligar a mínima para recomendações ao contrário. 

Virá a Friburgo o Conselho Estadual de Assistência Social - A convite do prefeito Feliciano Costa, virá a Friburgo para uma reunião uma representação do Conselho Estadual de Assistência Social. A importância do conclave é auspiciosa para a cidade, pois um dos temas é o problema da mendicância e a resolução de problemas de assistência social, no intuito de prestar o máximo de atendimento à comunidade. O chefe do executivo municipal tem interesse que sejam discutidos os problemas que mais atingem as massas proletárias. A iniciativa do prefeito, criando em Friburgo o “Centro Comunitário”, assistido pelo Conselho Estadual de Assistência Social, a Diocomia e Capeme, que são apêndices da USAIB, que tem a finalidade da distribuição de roupas, alimentos, medicamentos etc, aos necessitados. 

Uma estrada de primeira classe para Santa Maria Madalena - O governador Raymundo Padilha cumprindo uma promessa feita aos madalenenses, por via do prestigiado homem público, José Dantas dos Santos, aprovou todos os planos relativos à construção de uma estrada de primeira classe para aquela comunidade, já tendo aberto concorrência pública para a importante obra, cujo custo orça pela casa dos CR$ 20 milhões. A nossa reportagem constatou a euforia dominante das lideranças madalenenses com tão importante obra. 

Pílulas:

Com o título por quem os sinos dobram, o jornalista Silva Filho, apreciou muito bem o panorama político dentro das hostes emedebistas. No contexto geral, o suelto está muito bem lançado… É bom que se diga, que embora bem apanhada, a descrição está “meio-morna”, quando o panorama é quentíssimo. Não sabemos por que , a caldeira não explodiu ainda, jogando fumaça para todos os lados… Mas vai acontecer… 

Os usuários da linha de ônibus que ligam o Centro ao bairro Duas Pedras continuam a reclamar… A verdade é que não pode continuar a falta de condução para a vasta zona sob a alegação de que os veículos precisam viajar lotados para não dar prejuízo. Esta não! O serviço de concessões da prefeitura vai examinar o assunto, temos certeza…  

E mais… 

Dr. Waldir Costa no diretório estadual do MDB…
Friburgo esquecida na discagem direta…
Cidade é palco da mais movimentada convenção…
Edgard de Almeida voltará à política partidária…
Dr. Dermeval Barbosa Moreira não disputará cargos eletivos…

Sociais:

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Maridéa Teixeira (4); Hubert Joepgen e Inês Bento de Mello (5); Geraldo Namem e Maria Elizabeth Cariello (6); Carlos Alberto Serrapio Cardoso (7); Regina Maria da Neves e Paulo Murilo Cúrio (8); Alice Ventura Vidal e José Vasconcellos Coutinho (10).

Foto da galeria
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O dia em que Deus se ausentou

sábado, 05 de março de 2022
Foto de capa

No céu de estrelas de outubro, exatamente no mesmo teto azul de julho, tudo parou. Tudo, absolutamente tudo. Paralisou, como cena de filme que pausamos para ir ao banheiro ou para pegar um copo de Coca-Cola. 

No céu de estrelas de outubro, exatamente no mesmo teto azul de julho, tudo parou. Tudo, absolutamente tudo. Paralisou, como cena de filme que pausamos para ir ao banheiro ou para pegar um copo de Coca-Cola. 

As borboletas dos campos sem flores; os discursos que disparam balas nas favelas; as ondas dos mares do Pacífico e do Atlântico; os braços abertos para outros abraços; os icebergs que viajam para encontrar seus Titanics; os lápis dos dedos dos analfabetos funcionais e dos que não sabem escrever o que ditou o amor. Tudo simplesmente parou. O que é bom e ruim. O que é aceito e o que não é aceito. Sem virtudes ou pecados. Sem absolvições ou condenações.  

Quando Deus se ausentou, nem houve a pergunta sobre por que Ele se ausentou. Como se ausentou. A paralisia também cessou os lábios, as palavras, os sentimentos que reavivam e os que corroem também.  

Antes, perguntamos tanto onde está Deus. Procuramos nos céus, para além da Via-Láctea, para o centro da Terra. Vasculhamos nos textos antigos e até na física quântica. Uns recorreram ao Velho Testamento para usurpar liberdades. Outros disseram que vale o que veio depois de Cristo, pois Filho de Deus veio para contestar os religiosos de sua época e indagaram se voltaria agora para contestar os fanáticos dos anos dois mil. Fanáticos? Compõem, conscientemente, bancadas que se misturam à bala que mata e ao boi que desmata. Incoerente, não? Na vasta coleção de incongruências, soaria até absurdo continuar a se perguntar: “Onde está Deus?” Sempre causou mais medo quem responde, do que a constatação empírica.

O dia em que Deus se ausentou veio depois de tantos em que não respondemos sequer onde Ele estava…

Foi em uma aula com a brilhante Yoya Wursch que ela me contou essa história. Um programa francês entrevistava um filósofo e em determinado momento, o repórter pergunta: “você acredita em Deus?” E ele responde: “depende do dia”. Não exatamente com essas palavras, explicou que quando há tragédias, quando inocentes morrem, quando guerras começam, nesses dias — cravou ele — eu não acredito em Deus.   

Mas, af    inal — acreditando na existência de Deus — onde Ele estaria nesses dias em que crianças morreram por balas perdidas, em que a fome ceifou tantos em meio à fartura de poucos, em que furacões tomaram cidades inteiras? 

Se tivéssemos olhado para dentro. Dentro de nós e na soma de todos nós. Esquecemos de perceber que Ele está em nós, por nós, entre nós, somos nós na tarefa de desatar os nós.

Escolhemos paralisar, normalizar, naturalizar tudo por preguiça ou por tentativa de isenção de responsabilidade com o todo. Fácil arrumar culpado e por presunção de culpa futura dar todo crédito ao divino para os raros dias em que o tal filósofo acredita na existência de Deus.  

No céu de estrelas de outubro, exatamente no mesmo teto azul de julho, o relógio parou. O fim do mundo não veio no dia que Nostradamus teria previsto. Os polos terrestres não derreteram por completo, tampouco grandes asteroides caíram nas nossas cabeças e dos gados também. Os buracos negros das galáxias não se alimentaram de nossos corpos, nem extraterrestres escravizaram a humanidade. Em algum momento, tudo simplesmente parou. 

Pausa. Para os que pecam e para aqueles que acusam os pseudos-pecadores. Na paralisia, nem vilões ou heróis. Todos plenamente iguais, preservadas intactas as suas essências que unidas constroem o coletivo de individualidades.

Mas a história do tempo fez todos esquecerem. E o tempo para todos parou. E, na paralisia de quem não vê, forçou-se a mudez, o congelamento dos membros, a surdez. Só os corações se mantiveram, ainda que mecânicos. Ninguém morreu. Todos percebem a presença da ausência ao parar... O completo que vem do vazio. Forçados a parar para sentir? Sentir se partir para tomar partido. Deus se ausentou.

No dia seguinte ao sem Deus — quando? — surgirão todos nós. Porque sem nós, não há Deus. 

 

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Abaixo da média

sexta-feira, 04 de março de 2022

Abaixo da média
Estimativa, indica que Nova Friburgo foi a décima cidade mais procurada no Estado do Rio de Janeiro pelos turistas durante o feriado de carnaval. Segundo dados da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Nova Friburgo registrou média de ocupação de 68,6%, bem abaixo da campeã, Arraial do Cabo, que registrou ocupação média de 95%. Nova Friburgo também ficou abaixo da média do Estado que foi de 78,48%.

Abaixo da média
Estimativa, indica que Nova Friburgo foi a décima cidade mais procurada no Estado do Rio de Janeiro pelos turistas durante o feriado de carnaval. Segundo dados da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Nova Friburgo registrou média de ocupação de 68,6%, bem abaixo da campeã, Arraial do Cabo, que registrou ocupação média de 95%. Nova Friburgo também ficou abaixo da média do Estado que foi de 78,48%.

Cidades praianas em vantagem
Na Região Serrana, o melhor resultado do feriado para a rede de hotéis e pousadas foi Teresópolis, com média de 69,4%. Atrás de Arraial do Cabo, se destacaram ainda as cidades praianas de Paraty, Angra dos Reis, Búzios, Cabo Frio, Macaé e Rio das Ostras, todas com ocupação acima de 80%. Os dados não levam em conta os números da capital. A cidade do Rio de Janeiro foi o destino mais procurado do Brasil, mesmo não tendo carnaval oficial.     

Próximo de mil
Com 917 mortes por Covid confirmadas desde o início da pandemia, Nova Friburgo continua com testagem positiva de Covid na casa de 50%, ou seja, pouco mais da metade dos testes realizados tem dado positivo. Ainda não se pode dizer se as festas de carnaval elevarão ou não esses números. Especialistas acreditam que os próximos 15 dias darão a noção se a pandemia arrefeceu mesmo, já que o feriadão representou um verdadeiro teste para as aglomerações.  

Vacinação infantil em baixa
De acordo com a prefeitura, Nova Friburgo já vacinou 96,49% da população com 12 anos ou mais com duas doses ou aplicação única. A vacinação infantil, no entanto, permanece baixa. Apenas 32,13% da população estimada. Mesmo com o baixo número, as autoridades não fazem qualquer tipo de campanha para motivar a vacinação e contam com a imprensa para fazer esse papel. Lamentável.

Fim das máscaras
Como A VOZ DA SERRA noticia na página 3 desta edição, o Governo do Estado resolveu flexibilizar o uso de máscaras em locais fechados. A decisão já valia para espaços abertos. No entanto, cabe a cada prefeitura essa decisão. Nova Friburgo foi uma das últimas a adotar a obrigatoriedade do uso de máscaras. Ocorrerá o mesmo quanto à sua liberação?

Mudanças em breve
A cidade também jamais adotou a política de obrigatoriedade de comprovante da vacina, diferentemente da maioria das cidades fluminenses. No município do Rio de Janeiro, o Comitê Científico é quem orienta as decisões da prefeitura, com base em dados e estatísticas. O indicativo é que ainda neste mês deve cair a obrigatoriedade de usar máscara em locais fechados e desobrigar o passaporte de vacina.

Pós carnaval
Por causa das aglomerações que ocorreram no feriado, os dados vão continuar em análise. No entanto, não apresentando crescimento por conta da alta cobertura vacinal, a cidade do Rio acredita que será possível flexibilizar as medidas mesmo após as festas. As decisões da capital, como já dito, são tomadas por análises científicas, são importantes pois podem nortear as decisões de outros municípios. Vamos aguardar o tempo da gestão friburguense para ver as decisões que serão tomadas acerca do tema.

Vendas em queda
Por falar em máscaras, as vendas despencaram e muitas empresas já cessaram a produção do material de proteção. Diga-se de passagem, a produção de máscaras ajudou muitas confecções friburguenses a sobreviver. Com as medidas de flexibilização, de fato, é arriscado manter a produção. Também pode se levar em conta que os brasileiros de maneira geral já têm coleção de máscaras.

Moda íntima
Já no segundo semestre do ano passado, voltou- se a priorizar a produção normal de peças de moda íntima. Segundo confeccionistas, até novembro do ano passado as vendas de produtos de moda íntima estavam em alta, com vendas excelentes. Porém, o ano de 2022 não começou dos melhores para o setor. Contam que houve uma forte queda nas vendas, mas é mantido o otimismo de que em abril, as vendas voltem a melhorar.

Capital da Moda Íntima
Apesar da queda nas vendas em comparação ao ano passado, o segmento da moda íntima feminina segue como um dos que mais cresce no país, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. O setor movimenta mais de R$ 3,6 bilhões por ano em todo Brasil. Nova Friburgo continua como o maior produtor do país, ainda que Fortaleza-CE e Juruaia-MG invistam pesado em marketing para tentar “roubar” o título friburguense de Capital da Moda Íntima.

De volta
Após dois anos sem sessões presenciais devido à pandemia, o cineclube Lumière, voltou a exibir filmes com a presença de público, nesta semana. As exibições serão realizadas na sede da banda Euterpe Lumiarense e no Espaço Ecoarte, em São Pedro da Serra, sempre às 19h. Todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 serão seguidos para que as sessões sejam seguras.

Sessão de cinema
Os participantes deverão apresentar comprovante de vacinação e utilizar a máscara de proteção durante a permanência no local. O Lumière tem quase seis anos de existência. Após as sessões são feitas rodas de bate-papo. Neste mês de março, a programação será dedicada ao ciclo de filmes "Grandes Diretores", com uma homenagem a Nelson Pereira dos Santos.

Palavreando
“Se tivéssemos olhado para dentro. Dentro de nós e na soma de todos nós. Esquecemos de perceber que Deus está em nós, por nós, entre nós, somos nós na tarefa de desatar os nós”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

O sol finalmente firmou em Nova Friburgo. Segundo o Climatempo, no entanto, há a previsão de céu nublado nesta sexta-feira, 4, com 80% de probabilidade de chuva. O sol só deve voltar a pino na segunda-feira, 7. A conferir.

 

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Você vive uma relação saudável de consumo?

sexta-feira, 04 de março de 2022

Compreender necessidades específicas é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de oconceito ser simples, as singularidades pessoais tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e num cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Compreender necessidades específicas é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de oconceito ser simples, as singularidades pessoais tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e num cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Nestas linhas de hoje, a propósito, quero comentar sobre o básico: a consciência de consumo. Somos pessoas diferentes, temos prioridades diferentes, projetos de vidas diferentes, sonhos diferentes; portanto, somos, cada um de nós, diferentes entre si. E por isso venho repensar as estruturas de consumo nesta coluna. Apesar de termosnossas peculiaridades específicas – e muitas vezes únicas –, consumir torna-seumaatividade comum e, por isso, importante repensá-la.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais.Ficam aqui,então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

• Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.

• Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

• Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

• Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novas compras e você não merece viver para pagar boletos.

É reflexo do consumismo a crescente taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras. Nossa moeda é frágil, nosso poder de compra é defasado, vivemos numa economia ainda em processo de maturação e a desorganização financeira cobra o preço pela forte cultura de consumo. Percebemcomo aeducaçãofinanceira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos?É a rotina de todos que usam a moeda como ferramenta de troca.

Por que entãocomprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? É sua, a responsabilidadepela boa relação com o dinheiro. Pense nisso!

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Tardezinha

sexta-feira, 04 de março de 2022

Era um dia comum. Tardezinha. A moça, sobrevivente, pôs-se a pensar. A premissa: cada dia em que estamos vivos é mais um dia de sobrevivência.  Naquela ocasião, teve a oportunidade de tomar com calma a xícara de chá e por incrível que pareça ficou até o amanhecer sem fazer nada que não fosse pensar. Um privilégio, é verdade. A vida tem dessas coisas. Às vezes, se tem a oportunidade de parar ... e pensar.

Era um dia comum. Tardezinha. A moça, sobrevivente, pôs-se a pensar. A premissa: cada dia em que estamos vivos é mais um dia de sobrevivência.  Naquela ocasião, teve a oportunidade de tomar com calma a xícara de chá e por incrível que pareça ficou até o amanhecer sem fazer nada que não fosse pensar. Um privilégio, é verdade. A vida tem dessas coisas. Às vezes, se tem a oportunidade de parar ... e pensar.

Dois pontos de partida tomaram seu tempo e suas reflexões. Primeiro, refletiu sobre as encruzilhadas da vida. Com o dedo da mão direita, desenhou na toalha de mesa e em seu imaginário, aquele ponto central entre dois caminhos, a plaquinha indicando para a esquerda um rumo, para a direita, outro e ela bem ali, no meio. Sem saber para onde ir. Sem saber para qual direção caminhar. É uma situação poética. A vida tem dessas coisas. A encruzilhada, pelo olhar da moça naquele momento de descontração era uma metáfora. Mas na verdade, sentido na pele o desafio da escolha pelo caminho a perseguir, só conseguia perceber um nó. E a moça, naquele meio distante de um real ponto de equilíbrio, sentia que precisava tomar uma decisão. Só não sabia qual.

A vida tem dessas coisas. E nossa, como é difícil! Aquela velha frase de que cada escolha implica em renúncias é uma verdade sentida no âmago do ser. Há quem viva de olhar para trás e se arrepender de ter ido pela direita ao invés da esquerda. Há quem olhe para frente e vislumbre um horizonte único que será perseguido em qualquer caminho, desde que se continue a andar adiante.

Às vezes, até mesmo o ponto nevrálgico da dúvida e da decisão pode merecer uma desconstrução. Pode ser que o tamanho do nó, o embaçamento da visão, o peso preso aos pés e a necessidade de opinião do outro tenham muito a ver com nossas expectativas. Desconstruir barreiras também é um processo. E seguir em frente sem medo de se arrepender pelo que deveria ter sido e não foi é uma baita evolução. Essa foi a segunda reflexão.

A moça percebeu que deveria desconstruir de alguma maneira esse medo de dar errado e o temor de escolher o pior caminho e entender que o processo é assim mesmo e que quanto maior for seu autoconhecimento, maior a probabilidade de celebrar opções que tenham nexo com seus valores e sua trajetória. Percebeu que as questões da vida não vêm com gabarito. E que a encruzilhada não é um enunciado com resposta pronta. Percebeu que mesmo que depois venha a se reconhecer em outro direcionamento na trajetória da vida, aquilo tudo que um dia foi construído, de alguma maneira se permanecerá de pé.

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A guerra que já devia ter acabado

quinta-feira, 03 de março de 2022

A vida rotineira de algumas cidades ucranianas, deu lugar à um cenário de destruição, abandono e guerrilha. A população civil que há duas semanas, levava seus filhos à escola, trabalhava e saía para se divertir, hoje, põe a mão em armas, confecciona coquetéis molotov e resiste contra o grande poderio bélico russo.

A vida rotineira de algumas cidades ucranianas, deu lugar à um cenário de destruição, abandono e guerrilha. A população civil que há duas semanas, levava seus filhos à escola, trabalhava e saía para se divertir, hoje, põe a mão em armas, confecciona coquetéis molotov e resiste contra o grande poderio bélico russo.

Na última quinta-feira, 23 de fevereiro, a Rússia, à comando de Vladimir Putin, tropas e equipamentos militares avançaram pela fronteira com a Ucrânia e, logo ao amanhecer, iniciaram-se os bombardeios com o objetivo principal de tomar a capital, Kiev. Tanques de guerra, caminhões com soldados, caças de última geração e mísseis de alta precisão não foram suficientes na empreitada e o presidente russo, não pensa em recuar e aumenta as ameaças.

Russos e ucranianos fizeram o conflito escalar da força e intensidade de destruição em terra até aos cyberataques, o que muitos chamam de “guerra hibrida”. Hackers, nas guerras atuais, são parte integral das ofensivas que visam desmantelar a infraestrutura e os meios de comunicação e tem sido usados em massa por ambos os lados.

Os ataques hackers possuem efeitos devastadores e podem mudar o curso da guerra. Como exemplo, em 2017, o maior ciberataque da história, nomeado “NotPetya”, prejudicou 80% do funcionamento da Ucrânia, que culminou no desligamento, por várias horas, do sistema de monitoramento de radiação da em Chernobyl. Os Estados Unidos e a Inglaterra acusaram formamente os russos, que sempre negaram qualquer responsabilidade.

A agilidade das notícias, vídeos e fotos por meio das redes nos fazem acompanhar esse conflito quase que em tempo real. E nós, como meros mortais, nos chocamos e lamentamos, cada dia mais, pelas vidas inocentes perdidas à cada minuto dessa guerra.

A guerra fora dos campos de batalha

Além da frustração russa nos campos de batalha no leste europeu, o país tem sofrido pressões externas e é ainda mais afetado por estar isolado da geopolítica internacional. Algumas das potências econômicas mundiais, aliadas à Otan – organização militar com 30 países - pressionam economicamente a Rússia, ao ponto de os danos econômicos sejam tão consideráveis que façam o Kremlin cessar os ataques.

Na prática, as sanções têm como objetivo principal enfraquecer a economia e a moral russa, deixando o país sem dinheiro para comprar armas e gerando perda do apoio da população. Desde a invasão do território vizinho, aumentou o número de empresas que começaram a fugir do país ou suspender seus serviços, motivados pelas duras sanções econômicas.

Até agora, mais de 30 grandes empresas já deram adeus à Rússia, dentre elas, empresas de tecnologia (Apple), fabricantes de avião (Boeing e Airbus), montadoras de automóveis, transporte marítimo e companhias alimentícias. Ao menos cinco petroleiras já encerraram suas operações no país, que é o terceiro maior produtor de petróleo e tem parte significativa do seu PIB atrelada aos combustíveis.

Nos esportes, o Comitê Olímpico Internacional anunciou uma série de medidas restritivas para a participação de equipes russas nos seus eventos, como repúdio às invasões. Mais tarde, a Fifa e a Uefa – confederação dos times europeus - anunciaram a decisão pela suspensão do país na participação dos maiores torneios esportivos do mundo, a Copa do Mundo e a Champions League.

Os Estados Unidos e a União Europeia cortaram a conexão dos seus sistemas financeiros com o banco central russo, que possui dinheiro em reservas no exterior. Dessa forma, estima-se que a Rússia esteja impedida de usar um montante de U$ 630 bilhões, o que faz sua moeda perder cada dia mais poder.

Hoje, o rublo-russo, moeda nacional, atinge a menor cotação histórica desvalorizada ao ponto de alcançar o valor mínimo histórico e a crise interna bate às portas e as geladeiras russas.

Há o temor de guerra nuclear?

Em meio à frustração e ao insucesso, em todas as frentes de guerra, Vladimir Putin e seus ministros ameaçam que, caso as sanções econômicas não cessem, a única alternativa será uma guerra nuclear com potencial destrutivo nunca visto.

Dentre todo arsenal atômico do mundo, 90% dos armamentos encontram-se em poder dos russos e dos americanos. Uma eventual guerra com ogivas nucleares, certamente, poderia por fim à humanidade no planeta e isso não se trata nem de uma questão teórica, é a realidade.

Segundo especialistas em guerra, os russos somente usam da ameaça para intimidarem. Entendem que uma guerra nuclear colocaria os países participantes em um cenário chamado de “destruição mútua e assegurada”, culminando na devastação completa do país atacante e do defensor. Contudo, alertam, que é importante lembrarmos que quando pensamos em Vladimir Putin, não podemos dizer que “ele nunca faria isso”.

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Temos dignidade

quinta-feira, 03 de março de 2022

Cada ser humano tem uma dignidade, e isto não depende da classe social, status econômico, formação acadêmica, linhagem familiar, religião ou ateísmo. Não importam seus erros, falhas, seu presente ou passado complicado. Cada indivíduo possui sua dignidade.

Cada ser humano tem uma dignidade, e isto não depende da classe social, status econômico, formação acadêmica, linhagem familiar, religião ou ateísmo. Não importam seus erros, falhas, seu presente ou passado complicado. Cada indivíduo possui sua dignidade.

Dignidade pode ser definida como honestidade, honra, respeitabilidade, autoridade, respeito a si mesmo, amor-próprio, decência. Você pode discordar da ideia de que todos nós temos dignidade, por pensar que um desonesto, um andarilho, mendigo, assassino, ladrão, pode ter dignidade. Mas tem. Dignidade não deve ser vista sob uma análise superficial do comportamento das pessoas. Ela não é construída no caráter humano por aquisição de bens materiais, cultura, nem por títulos recebidos academicamente, ou pelo poder político, judiciário ou eclesiástico. Não se obtém dignidade por decreto de uma autoridade constituída.

Não julgue pelas aparências. Elas podem ser só aparências. Claro, muitas coisas aparentes são reflexos do que vai no coração ou na mente da pessoa. Mas nem sempre. Um olhar abaixo da superfície dos comportamentos humanos pode revelar coisas fantásticas, negativas ou positivas. Nossos comportamentos sociais são resultado de nossas defesas psicológicas. E podemos nos comportar de forma adaptada ou desadaptada, saudável ou doentiamente.

Qualquer pessoa tem dignidade porque ela é uma pessoa. Pronto! É isso! Ela não é um caixote. Não é um trapo. Não é uma coisa. Não é um objeto. É um sujeito. As Escrituras Sagradas narram que um indivíduo que vivia em Israel quando Jesus viveu lá, estava tão possuído pelo mal, que ao abrir a boca para falar, não era ele quem falava, mas o maligno que se manifestava nele. Jesus olhou além da superfície daquele comportamento rejeitado pela sociedade e pelos “santarrões” da época, e acudiu aquele homem porque Cristo viu dignidade nele.

Eu estava na cidade de Recife, Pernambuco, participando de um Congresso de Psiquiatria. Era noite, não tinha atividades no Congresso e fui dar uma volta numa praça perto do hotel, onde havia carrocinhas de pipoca e de guloseimas, pessoas caminhando, outras conversando sentadas em bancos. Vi garotos na praça parecendo ser aparentemente meninos de rua. Puxei conversa com um deles. Dois outros se aproximaram. Ofereci guloseimas de uma barraca e eles aceitaram. Conversamos um pouco mais. Se achegaram ao nosso grupo de conversa mais uns dois garotos de rua, e vendo os amigos comendo, souberam que eu havia dado a eles a comida, e vieram me pedir. Um dos meninos que estava comendo disse para os amigos recém chegados: “Não peça mais nada a este moço não. Ele já nos deu muita coisa! Ele é bom!” Isto é dignidade. A dignidade não foi minha possível bondade, mas a atitude do garoto em me “proteger” do que ele considerou que poderia ser abuso dos amigos.

Aprenda a olhar sob a superfície dos comportamentos humanos e encontrar ali, no “sub-solo”, características positivas. Aprenda a perceber sua própria dignidade como ser humano, mesmo sendo o que somos, pecadores e imperfeitos. Temos valor e dignidade.

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quinta-feira, 03 de março de 2022

O Caderno Z do último fim de semana, em sua capa, nos inspirou: máscaras, brilhos, plumas e fantasias, tanto nas vestimentas, quanto no imaginário dos foliões. Embora o Carnaval possa ser um estado de espírito o ano inteiro, com bom humor e leveza na vida, nada se compara ao cair nas folias de Momo. O decreto da Prefeitura de Nova Friburgo, sem ser nome de agremiação carnavalesca, saiu “em cima da hora”, liberando festas particulares em salões, clubes e bares, mas, enfatizando o distanciamento de um metro entre os participantes.

O Caderno Z do último fim de semana, em sua capa, nos inspirou: máscaras, brilhos, plumas e fantasias, tanto nas vestimentas, quanto no imaginário dos foliões. Embora o Carnaval possa ser um estado de espírito o ano inteiro, com bom humor e leveza na vida, nada se compara ao cair nas folias de Momo. O decreto da Prefeitura de Nova Friburgo, sem ser nome de agremiação carnavalesca, saiu “em cima da hora”, liberando festas particulares em salões, clubes e bares, mas, enfatizando o distanciamento de um metro entre os participantes. E eu pergunto, sem querer resposta: quem, em sã consciência momesca, haveria de se preocupar com distanciamentos no meio das aglomerações? E logo o Carnaval que é também uma festa de abraços, de ajuntamentos e de agarrações!

Marly Pinel, a estrela alpha da constelação carnavalesca, decidiu ficar em casa, “sair de cena, mais uma vez”, no máximo umas voltas pelas ruas. Mesmo tranquila porque que se vacinou, declara: “Sou muito cuidadosa com a minha saúde, por isso sigo rigorosamente as recomendações dos especialistas...”. Mais adiante, acrescenta: “depois de tantos sacrifícios, não vou facilitar logo agora, quando parece que está perto de a gente se livrar da pandemia...”.  O presidente da Liesbenf, a Liga das Escolas de Samba de Nova Friburgo, José Carlos Espíndola, tem opinião semelhante: “Não condiz com a realidade de agora realizar qualquer tipo de evento nas quadras... Embora já bem controlada, a situação ainda não permite que a gente baixe a guarda.”

Rosângela Cassano nos contou: “Desfilei pela primeira vez ainda na barriga de minha mãe, Eda Cassano...”. Entre tantas recordações, Rosângela citou Eduardo Rodrigues, Leônidas e Tereza da Vilage, pessoas de muita expressão no carnaval friburguense. “Um gostinho de carnaval aqui e acolá” com segurança pode ser que dê mais certo em maio. Vamos esperar que a pandemia se manque!

Wanderson Nogueira fez um apelo que é de todos nós: "Ah, Carnaval... Que saudade de você! Vem para interromper esses tempos de cólera e de gente raivosa que não gosta de fazer obra de arte coletiva. Chega mais perto e me permite protestar contra as malvadezas do mundo, dessa forma divertida, que irrita os que são contra você. Quero pular na maestria de suas multidões e declarar que, por amarmos gente, sou assim tão ligado a você...”. Isso é lindo, pois o Carnaval é festa de gente, de amor e de amores!

Em qualquer tempo e lugar, o Carnaval é sinônimo de saudade pela alegria que nos proporciona. A reportagem de Adriana Oliveira demonstrou o quanto estamos propensos a sentir um vazio cheio de boas recordações, conforme se apresentou a folia de Momo em 2020, a última antes da pandemia no Brasil. Vivemos em nossa cidade uma festa animada, familiar e acolhedora, o que confirma o título de o “segundo maior Carnaval do Estado do Rio. Contudo, sendo uma festa descontraída é fácil romper os limites no trânsito. Assim, a charge de Silvério alertou: “Se beber, não dirija!”. 

Já que nem tudo é brincadeira carnavalesca, o secretário municipal de Defesa Civil, Evi Gomes da Silva, nos deu um panorama sobre a situação da cidade em relação aos períodos de chuvas intensas, alertando que Nova Friburgo temos 254 áreas de risco. São aproximadamente 7.500 casas e 30 mil pessoas vivendo nesses locais. A orientação é para que as pessoas fiquem atentas a qualquer perigo e entrem em contato com a Defesa Civil ligando 199, solicitando uma vistoria.

Em “Sociais”, Tony Ventura festejou aniversário em pleno Carnaval. O último sábado, 26 de fevereiro, certamente foi entre seus queridos familiares, ao lado de sua linda esposa Faninha, dos filhos e netos. Parabéns, querido! E o mês de março foi inaugurado com uma grande comemoração: 51 anos da Stam Metalúrgica. Lider nacional em fechaduras e cadeados, a empresa, que tem a chave do sucesso, tem em seu comando a senhora Helena Herdy Faria, viúva do fundador da marca, Francisco Faria, e o filho Rogério Faria. Com trabalho, dedicação, confiança, crescimento e sustentabilidade, com certeza, o saudoso seu Chico faria tudo outra vez! Parabéns, Stam! “Stamos” juntos aplaudindo sua gigante trajetória!

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