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Já recebeu seu 13º salário?
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Eu sei, ainda é abril; mas sim, já é tempo de conversarmos sobre o 13º salário. Desde 2020, por motivos óbvios decorrentes da crise que acabara de se iniciar com a humanidade ainda em choque devido a pandemia da Covid-19, a bonificação passou a ser adiantada em caráter emergencial a fim de mitigar os impactos econômicos do que ainda estava por vir. Foi uma forma de injetar liquidez na economia do país e possibilitar – um pouco – mais tranquilidade aos cidadãos. Mas esse adiantamento não cabe a todos e vale a explicação antes que o assunto se torne confuso: a primeira parcela do 13º salário de 2022 começou a ser paga na última segunda-feira, 25, para aposentados e pensionistas do INSS.
Então, agora que o assunto está esclarecido, pergunto de novo: você já recebeu seu 13º?
Em caso de resposta positiva, você é beneficiário do serviço de previdência social do Brasil e precisa de planejamento claro do que fazer em diante. Contudo, em caso de resposta negativa, também não há a necessidade de deixar o assunto para um próximo momento; você pode já começar seu planejamento com ainda mais antecedência.
Planejamento, por sua vez, é mapear seus compromissos financeiros e definir prioridades – de orçamento, objetivos e sonhos. O 13º, em 1962, surgiu com o nome de Gratificação de Natal. Era considerado um presente aos trabalhadores; algo a mais. Entretanto, nos dias de hoje percebe-se o benefício como parte do programa orçamentário. Afinal, é lei para todo funcionário CLT, servidor público ou beneficiário do sistema de seguro social e precisa ser encarado com a certeza do que é concreto o suficiente para podermos contar com seu recebimento.
Dentro da certeza do planejamento, é hora de encarar onde encaixar sua estratégia de consumo da renda. Em condições padrão, o 13º no final do ano encontra gastos sazonais e pode ser uma grande ajuda no seu orçamento. Contudo, por conta da data, vou generalizar as possibilidades e, de alguma forma, te ajudar a esclarecer seu orçamento. Então seguem as dicas!
Eliminar e evitar contrair dívidas, é o primeiro grande passo para alcançar o equilíbrio financeiro. Então, de antemão, o primeiro destino do dinheiro deve ser para arcar com as dívidas ativas, seja quitando ou apenas amortizando-as. Comece pelas com maior Custo Efetivo Total (CET), são as suas dívidas mais caras.
Agora, caso você não possua dívidas ou já conseguiu quitá-las e sobrou algum dinheiro, a segunda alocação planejada dos recursos do 13º vai para os seus gastos futuros. O final de ano sempre vem com alguns custos sazonais, como o Natal e viagens de verão, por exemplo; então, já que não tem mais dívidas, aproveite! Mas lembre-se, assim como o final do ano, o início do ano também tem seus custos: material escolar, matrículas, IPTU e IPVA são exemplos de gastos que podem comprometer suas finanças pessoais.
Por fim, com suas finanças planejadas e bem estruturadas, o 13º salário encontra uma situação de equilíbrio, cujo planejamento o incluiu no orçamento anual para estabelecer um padrão de vida condizente com as receitas e lhe resta a liberdade de decidir o que fazer com seu próprio dinheiro. Agora suas finanças abrem espaço para poupar e investir: uma ótima escolha para o futuro.
Seu dinheiro é apenas uma ferramenta. Portanto, aprenda a usá-la a seu favor.
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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