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Crédito Programado

sábado, 23 de abril de 2022

Entender o contexto das suas finanças e estudar as diferentes possibilidades de crédito são pontos fundamentais no processo de planejamento de dívidas. Compreender como diferentes modalidades são aplicadas em seu planejamento financeiro e como funcionam os processos de contratação, cálculos de juros e amortização, relacionamento com instituições financeiras e quitação vão ser o grande diferencial para equilibrar suas finanças e te possibilitar manter uma relação saudável entre o dinheiro e você.

Entender o contexto das suas finanças e estudar as diferentes possibilidades de crédito são pontos fundamentais no processo de planejamento de dívidas. Compreender como diferentes modalidades são aplicadas em seu planejamento financeiro e como funcionam os processos de contratação, cálculos de juros e amortização, relacionamento com instituições financeiras e quitação vão ser o grande diferencial para equilibrar suas finanças e te possibilitar manter uma relação saudável entre o dinheiro e você.

Em contrapartida, dívidas urgentes – e não programadas – tendem a cobrar um preço mais alto: tanto pelas taxas de juros, quanto pelos impactos negativos decorrentes da ausência de planejamento. A propósito, como acabamos de falar em juros, você já ouviu falar em CET? Custo Efetivo Total é o que, de fato, você paga pela contratação do crédito. Neste cálculo, são incluídos fatores além dos juros e podem ser decisivos na sua relação com a dívida. Imagine, a simples efeito de simplificação, um produto com 25% de juros ao ano, mas com 38% de CET: a venda deste torna-se favorável, mas o tomador vai arcar com altos custos ainda não conhecidos, então é sempre importante solicitar as devidas simulações da operação. E também, é claro, prestar muita atenção à desonestidade de bancos e alguns de seus funcionários com as clássicas vendas casadas; um grande vilão das suas finanças.

Por estes e outros motivos, é muito importante estudar o seu contexto e como você pode fazer da dívida uma alavanca para a qualidade de vida – e não o contrário. Portanto, separei alguns fatores importantes a serem esclarecidos para todos os que pretendem manter em dia a saúde das finanças pessoais. Fique com as dicas.

  • Contexto Profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia – caso julgue necessário – caso a renda sofra alterações.
  • Contexto Financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?
  • Estudar o Produto de Crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, Custo Efetivo Total, possibilidades de quitação e amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

         É grande a responsabilidade de assumir dívidas e o planejamento ainda não acabou: chegou a hora de escolher qual o produto de crédito mais condizente com as suas necessidades.

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido à segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência.
  • Empréstimo Pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores.
  • Cartão de Crédito: o crédito para uso imediato, precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.
  • Cheque Especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui é utilizá-lo apenas com a certeza de quitação em poucos dias.

Agora você está preparado para assumir a responsabilidade da contratação de crédito com mais inteligência financeira; use isso a seu favor.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A tal da empatia

sábado, 23 de abril de 2022

Empatia: no dicionário é definida como a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria; compreensão. Você tem a habilidade da compreensão? O lugar do outro te parece confortável?

Empatia: no dicionário é definida como a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria; compreensão. Você tem a habilidade da compreensão? O lugar do outro te parece confortável?

Apenas com o recorte daquilo que se vê, muito pouco ou quase nada de alguém, é possível exercitar ocupar, ainda que em pensamentos, esse lugar? Com dores, amores e dissabores. Parece fácil ir a um lugar que não é seu avistar paisagem bonita, jardim frondoso, experiência próspera, ao passo de que se faz muito difícil ir até lá se o terreno lhe parece arenoso, encoberto de tristeza e dor. E diante disto que é uma certeza, é possível fingir que nada acontece e viver em uma simbólica ilusão de que tudo está bem quando na verdade o caos habita se não nos nossos lares, nos dos vizinhos, nos vizinhos dos nossos vizinhos e por aí vai.

Você conseguiria ainda exercitar a empatia imaginando a dor de quem não ama? Me parece mais simples compreendermos pelo amor, entendermos melhor quem gostamos, nos colocar nos lugares das pessoas queridas. E dos demais? E quanto aos estranhos, aqueles sobre os quais nada sabemos, com quem nunca trocamos, que nada têm a nos oferecer? Conseguimos nos colocar em seus lugares? Alcançamos a dor de um filho que perde um pai? De um colega que perde o emprego? De uma pessoa enferma no leito de um hospital? De alguém que se separa? Que sofre de uma doença psíquica? Que se sente só? Destilamos atos de compreensão por todos ou seguimos com uma bondade seletiva que pouco ou nada vê além de nós mesmos?

Não faça aos outros, aquilo que não gostaria que fizessem com você. É tão simples assim como parece? Deveria ser. Comumente vivemos situações embaraçosas, desconfortáveis, angustiantes e sentimo-nos tristes e sobrecarregados. Situações essas que não raras vezes poderiam ter sido evitadas se nossos interlocutores da vida pensassem em evitar fazer às pessoas aquilo que abominariam que impusessem a elas. Seria bem mais fácil.

Mas, se coabitamos o mesmo planeta, talvez todos já tenhamos entendido ou estejamos próximos de compreender, que essa interação de mentes, de gente, de egos e valores, não é tão simples assim. Não é premissa básica uníssona que evitar impor aos outros, coisas que detestaria que nos impusessem, pode minimizar o sofrimento e o estresse do próximo. É importante até mesmo considerar que sendo múltiplos, não necessariamente partilhamos de dores semelhantes, de modo que às vezes o agir inconsciente atropela qualquer raciocínio sobre o estado de espírito dos receptores de nossas condutas por eles recepcionadas como negativas.  E por aí vai.

Carecemos de uma percepção mais inteligente. Emocionalmente mais inteligente, que considere também os outros, a sociedade como um todo e mesmo o planeta. Talvez devêssemos perceber que há questões que de maneira geral ferem, causam transtorno, prejudicam e geram sofrimento. Não é tão difícil supor que determinadas ações magoam, desestabilizam, deixam as pessoas em apuros de várias ordens.

Gostaria muito que fosse tão simples quanto parece. Que escolher ser pessoa leve fosse tudo de que precisássemos para efetivamente estarmos envoltos pela leveza todo o tempo. Às vezes, o é. Mas como não vivemos em uma bolha e nossas energias se entrelaçam com as dos outros o tempo todo, passa a ser uma arte e uma habilidade diferenciada sabermos nos defender da negatividade, da injustiça, da grosseria, da sobrecarga que nos impõem e ainda assim, seguirmos gratos e sem disseminar o mesmo nível de pensamentos, sentimentos e condutas por aí.

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O lado saudável e doentio de nossa personalidade

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O relacionamento entre pessoas com algum grau de intimidade pode não ser fácil quando se esbarra nas diferenças inevitáveis, sejam ligadas ao gênero – masculino e feminino, ou à geração, necessidades pessoais, e devido a problemas pessoais ainda não resolvidos.

Morrer para o eu e ao mesmo tempo manter os aspectos saudáveis da individualidade e da personalidade também é um desafio. Requer anos de experiência prática na vida para adquirirmos o equilíbrio entre estas duas atitudes.

O relacionamento entre pessoas com algum grau de intimidade pode não ser fácil quando se esbarra nas diferenças inevitáveis, sejam ligadas ao gênero – masculino e feminino, ou à geração, necessidades pessoais, e devido a problemas pessoais ainda não resolvidos.

Morrer para o eu e ao mesmo tempo manter os aspectos saudáveis da individualidade e da personalidade também é um desafio. Requer anos de experiência prática na vida para adquirirmos o equilíbrio entre estas duas atitudes.

Cada pessoa possui um lado saudável que é a parte da personalidade que funciona bem. O lado saudável da personalidade é o que tem bom equilíbrio, é razoável (usa a razão), tem ética, respeita limites próprios e dos outros indivíduos, não invade, evita controlar as pessoas, respeita.

Este lado precisa ser considerado tanto pela própria pessoa a fim de que ela não se desvalorize e se deprecie injustamente, assim como pela pessoa com quem ela convive. É possível olharmos para o lado saudável de alguém sem negar que existe também o lado “sombrio”, complicado, limitado, presente em todos nós.

Jesus era uma Pessoa que procurava sempre olhar o lado saudável das pessoas e mesmo quando se tratava de alguém descontrolado, complicado, possesso, promíscuo, ainda assim Ele Se concentrava no que aquele indivíduo viria a ser caso se sujeitasse aos princípios de comportamento saudável que Ele apontava e se aceitasse Seu oferecimento de ajuda pessoal.

Podemos aprender para fazer o mesmo em nossos relacionamentos. Ou seja, quando estivermos lidando com o lado complicado de alguém, quando este lado complicado estiver em ascendência no nosso contato com a pessoa, podemos dar dois passos para trás, evitar brigar e querer que a pessoa se comporte como desejamos, evitar também que ela abuse de nós, e tentar olhar o lado positivo dela.

Pessoas reivindicam coisas certas de maneira equivocada, ou seja, há pessoas que pedem coisas em seus relacionamentos, conjugal (esposo-esposa), filial (pais-filhos), paternal (filhos-pais), empregatício (patrão-empregado), que são boas em si e necessárias para que aquele tipo específico de contato humano ocorra com bem-estar, só que fazem isto de uma maneira que destrói o próprio contato ao invés de construí-lo. E isto pode se tornar um padrão de comportamento não saudável em pessoas que possuem, como todas, o lado saudável, normal.

Há um lema usado em grupos de ajuda, como o AA, Al-Anon, que diz assim: “Que comece por mim.” Isto significa que ainda que a outra pessoa com quem você convive tenha seu lado complicado, como todos temos, procure começar consigo mesmo o processo de melhorar seu comportamento em vez de esperar que ela compreenda seus problemas e mude também. Pode ser que ela vá compreender e aceitar que também tenha problemas e procurar mudar, mas pode ser que não, porque há pessoas bem defensivas que resistem a qualquer mudança.

Manifeste apreciação pelo lado saudável da outra pessoa sempre que tiver oportunidade para isto. Quem sabe assim ela irá, finalmente, admitir que ela também tem o lado complicado, e decidir trabalhar para resolvê-lo. Mas se mesmo assim ela permanecer na negação e auto-engano, isto será um problema dela. Siga sua vida pedindo ao Criador para ampliar os aspectos saudáveis de sua personalidade e eliminar o lado ruim, por causa de uma decisão e pedido seu.

 

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Gasolina alta: um fenômeno mundial ou local?

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O custo de vida que outrora já não estava barato, ficou em uma situação ainda mais complicada com os muitos eventos globais e locais, em crises, como: a pandemia da Covid-19, aumento do valor do dólar e a insegurança com a guerra entre Ucrânia e Rússia. Não somente nós somos os afetados por todo esse movimento de oscilação de preços, mas o mundo como um todo.

O custo de vida que outrora já não estava barato, ficou em uma situação ainda mais complicada com os muitos eventos globais e locais, em crises, como: a pandemia da Covid-19, aumento do valor do dólar e a insegurança com a guerra entre Ucrânia e Rússia. Não somente nós somos os afetados por todo esse movimento de oscilação de preços, mas o mundo como um todo.

Os preços dos combustíveis vêm assustando motoristas brasileiros – e gerando reflexos por toda economia. Afinal de contas: você tem alguma noção se o aumento estrondoso do valor dos combustíveis é um fenômeno mundial ou apenas local?

A realidade que pesa no bolso

Um novo levantamento feito pelo site de consultorias, Global Petrol Prices, indica que o preço da gasolina no Brasil está 15% acima da média praticada em 170 países do mundo. Assim, o valor da gasolina brasileira está entre uma das mais caras do mundo.

De acordo com a pesquisa, o valor de custo da gasolina, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), nos postos brasileiros custa R$ 7,19 enquanto a média mundial é de R$ 6,29. Nas nossas montanhas, os friburguenses e moradores da região tem se deparado com a gasolina comum próxima a marca dos R$ 8, o litro, visto que moramos no interior do estado com uma das gasolinas mais cara do país.

Por outro lado, é importante vermos que o levantamento feito pela Global Petrol Prices, não leva em conta o poder de compra da população – ou seja, quanto a população ganha e o quanto pode gastar com combustíveis - fazendo com o que a situação brasileira seja ainda mais delicada.

Considerando um trabalhador brasileiro que ganha um salário mínimo – o que representa grande parte da população - a sua situação é ainda mais delicada. O custo para se encher um tanque de 40 litros compromete quase 25% da renda total de maior parte dos brasileiros.

Para quem mora próximo às fronteiras, uma alternativa tem sido sair do país em viagem, reabastecer por lá e voltar com o tanque cheio para economizar. Bem ao nosso lado, na Argentina, a situação é diferente e o brasileiro têm feito filas na Ponte Internacional, que liga o Rio Grande de Sul ao país vizinho.

Mesmo após um aumento de quase 10% no custo dos combustíveis, a gasolina comum está sendo vendida, na Argentina, à um valor de incríveis R$ 3,30. Mas será que esse valor está alto para os hermanos? O custo para encher o mesmo tanque de 40 litros de um trabalhador que ganha um salário mínimo lá, corresponde somente a 10% da renda dele. A gasolina, de fato, aumentou de preço no mundo, contudo, os dados apontam que os custos dos combustíveis estão pesando demais nos bolsos brasileiros.

Recorde após novo aumento

O preço médio da gasolina nacional na última semana chegou ao patamar de R$ 7,49, o mais alto já registrado em todo o país. As informações foram coletadas pela empresa ValeCard, que monitora mais de 25 mil postos de combustíveis por todo Brasil.

E o etanol, que é um substituto da gasolina para muitos brasileiros, e ainda compõe quase 25% do combustível comum também sofreu com os aumentos. De acordo com especialistas, o aumento do preço se dá porque mais brasileiros têm procurado o produto, diminuindo assim, sua disponibilidade no mercado.

Não é de pouco tempo para cá que a gasolina vem subindo. Ocorre que de centavinhos em centavinhos, o aumento acumulado pesa ao nosso bolso a cada mês que passa. De acordo com informações, o combustível que custava, em média, R$ 5,73 em abril do ano passado, sofreu uma alta de 30,7% nos últimos 12 meses.

Mesmo buscando os melhores preços, os brasileiros ainda sentem muito no bolso, o alto custo de encher o tanque do seu automóvel. Thamara Lopes, empresária friburguense relata que necessita do carro para se locomover até clientes, colaboradores e fornecedores, contudo o alto dos combustíveis a fazem repensar sobre o uso dos transportes.

“Os frequentes aumentos impactam no orçamento familiar ao final do mês. Seria um dinheiro que poderia ser empregado em outro lugar. O aumento da gasolina tem interferido não somente nas bombas, mas no custo de todos os produtos que consumimos. Chegamos a um ponto de resignificar se as caminhadas longas fazem bem não somente para a saúde, mas também para o nosso bolso!”

Dia após dia, o brasileiro sente pesar no orçamento familiar o custo de um dos combustíveis mais caros do mundo, especialmente para quem necessita de veículo para trabalhar. Nos momentos atuais, todos nós estamos aguardando ansiosamente por uma redução no valor cobrado pelos combustíveis para que possamos respirar - um pouco, quem sabe - dentro do orçamento familiar.

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Dinheiro do petróleo chega aqui

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Dinheiro do petróleo chega aqui
Nova Friburgo recebeu R$ 3,157 milhões em royalties de petróleo, só em março deste ano, segundo o Centro de Informações de Petróleo e Gás Natural (Cipeg) do Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM/RJ). A alta do preço do barril aumentou a distribuição para todos os municípios, incluindo os não produtores. A faixa de recebimento de Nova Friburgo é igual aos municípios de Petrópolis e Teresópolis.

Dinheiro do petróleo chega aqui
Nova Friburgo recebeu R$ 3,157 milhões em royalties de petróleo, só em março deste ano, segundo o Centro de Informações de Petróleo e Gás Natural (Cipeg) do Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM/RJ). A alta do preço do barril aumentou a distribuição para todos os municípios, incluindo os não produtores. A faixa de recebimento de Nova Friburgo é igual aos municípios de Petrópolis e Teresópolis.

Aumento considerável
Para se ter uma ideia do quanto o valor é expressivo, há 11 anos, Nova Friburgo recebeu por todo o ano de 2011 a quantia de R$ 8,693 milhões. A alta inflação, como defendem especialistas, beneficia principalmente a arrecadação pública. Neste ano de 2022, Nova Friburgo tem a previsão da sua maior arrecadação da história, um aumento de R$ 120 milhões em comparação a 2021 e de quase R$ 150 milhões em comparação a 2020.

Melhores tempos para a arrecadação municipal
A pandemia que aumentou as despesas federais e estaduais, foi “benéfica” para os gastos municipais. Basta observar que no ano passado, por exemplo, com escolas fechadas, houve menos despesas com energia elétrica, não houve despesa com transporte escolar e gastos pequenos com merenda escolar, apenas revertendo parte para aquisição de cestas básicas para alunos de famílias de baixa renda. Portanto, o cenário do ponto de vista financeiro para Nova Friburgo é o melhor em muitos anos. Há espaço para investimentos, como em muito tempo não houve. Será que está aproveitando ou aproveitou-se bem a oportunidade?      

Longe dos produtores
Voltando a arrecadação com a distribuição de recursos de petróleo e gás, ainda que o número de Nova Friburgo tenha aumentado consideravelmente, o município está longe de receber o que os produtores recebem. Maricá segue na liderança absoluta. Em março recebeu R$ 197 milhões só com a distribuição de royalties. Saquarema é o 2º com R$ 157 milhões, seguido de Macaé (R$ 119 milhões), Niterói (R$ 87 milhões) e Campos (R$ 56 milhões). Rio das Ostras, outrora grande recebedora de royalties, recebeu (R$ 21,9 milhões) atrás de cidades praianas vizinhas como Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo.

Crescimento segue
Corroborando com as altas de repasses até para municípios não produtores como Nova Friburgo, estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), considerando os recentes aumentos do barril e as variações de câmbio, o Estado do Rio deve crescer 85% em arrecadação com royalties de petróleo e gás. O Estado recebeu perto de R$ 8 bilhões em 2021, poderá receber mais de R$ 14 bilhões, em 2022.

Municípios ganham
Assim a Firjan avalia que os municípios fluminenses poderão ter um acréscimo na arrecadação de royalties na mesma ordem de grandeza do Estado, ou seja mais de R$ 15 bilhões. No ano passado, as cidades do Rio de Janeiro receberam mais de R$ 8 bilhões em royalties.

Alerta pertinente
Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, no entanto, alerta que não se deve esquecer que esse mercado é cíclico, com altos e baixos, conforme a produção e a conjuntura internacional. “Esses recursos podem e devem ser usados para estimular as economias locais, a partir do desenvolvimento das cadeias de valor e de produção dos mercados de óleo e de gás natural”. Cá entre nós, algo que Rio das Ostras, por exemplo, não fez no tempo de maior bonança.

Novas energias
A gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan defende que esse aumento de quase 85% é uma oportunidade de se criar um ciclo de crescimento, atraindo investimentos que podem responder às demandas da transição energética com integração de novas fontes e novos agentes, que se desdobrarão em emprego e renda. Ainda que a arrecadação de Nova Friburgo seja pequena diante de municípios produtores uma pergunta não cala: o que Nova Friburgo faz com esse recurso?

Participações especiais x royalties
Já a arrecadação dos municípios fluminenses em participações especiais aumentou de forma consecutiva em quatro dos últimos cinco anos, com crescimento superior a 60% em 2021. No ano passado, 15 municípios do Rio receberam perto de R$ 3 bilhões em participações especiais. Ao contrário dos royalties, que incidem sobre toda produção, as participações especiais são receitas extraordinárias provenientes somente de campos com grande volume de produção, licitados sob o regime de concessão.

Mudança de comportamento
Nos primeiros três meses deste ano, os pedidos online em supermercados saltaram 12% em relação ao mesmo período de 2021. Ainda pouco habitual, mas como legado da pandemia, essa forma de consumo indica um aumento que veio para ficar e já é sentido em Nova Friburgo. Vários supermercados locais, de rede ou não, estão investindo em plataformas virtuais.

Inflação
Como curiosidade, os produtos mais vendidos online no Brasil foram as cervejas long neck, óleo de soja e leite em pó. Apesar do aumento, o ticket médio de compras caiu 4,7% no período. A inflação galopante – avalia-se – é a culpada pela queda nos gastos médios. Não há dados específicos do Estado do Rio ou de Nova Friburgo. Mas sente-se que o município – que não é uma ilha, esteja dentro dessa média.

Palavreando
“A equação da sobrevivência é o amor. A fórmula da vida está na habilidade de amar e se apaixonar. Quem será? Nunca haverá certeza até descobrir. Ser capaz de experimentar até quando não puder mais subtrair. Exige força. Pede atenção. Requer entrega”.

O fim de semana foi de Rock The Montain em Itaipava, distrito de Petrópolis. A volta dos grandes eventos atraiu milhares de pessoas para a cidade serrana, inclusive, friburguenses. Entre as atrações, Caetano Veloso, Gal Costa, Alceu Valença, Silva, entre dezenas de outros artistas da nova música brasileira. Uma grande estrutura foi montada com direito a balão, bug jump e até roda gigante. Quatro palcos, praça de alimentação e tendas culturais. Prova concreta que é possível, realizar um evento de magnitude nacional na região. O festival terá as mesmas atrações no próximo fim de semana de feriadão.

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Uma personagem da minha infância

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Tanto a missa quanto o pão doce são capazes desses milagres

Tanto a missa quanto o pão doce são capazes desses milagres

A maior ingratidão é que nem do nome dela eu me lembro. Mas, também, para uma criança de 7 ou 8 anos a pessoa chamar-se João ou Maria, Zezé ou Greta Garbo nenhuma diferença faz. Nem por isso deixa de ser ingratidão. Pois ela foi uma personagem importante no filme da minha infância, nunca protagonista, mas por algum tempo uma figurante de destaque. Morava próximo à nossa casa e, todo domingo, ainda de madrugada, batia levemente na nossa porta (o que agora me faz lembrar os versos daquela “Balada da neve”, de Augusto Gil: “Batem leve, levemente, / como quem chama por mim. / Será chuva? Será gente? / Gente não é, certamente, / e a chuva não bate assim”). Também madrugadora, mamãe já tinha nos acordado e aprontado. E então aquela santa vizinha nos levava de Olaria até o Centro para assistirmos à missa na catedral.

 Íamos a pé, que nenhum de nós tinha dinheiro para o luxo de pegar ônibus, e nem sei se havia ônibus àquela hora. Ela, embora tão ou mais pobre do que nós, talvez pudesse pagar sua própria passagem, mas e as cinco ou seis crianças que ela levava com os cuidados de uma galinha que tomasse conta de pintinhos alheios? Talvez ela sonhasse que daquela ninhada sairia algum santo. No que me diz respeito, reconheço tristemente que esse sonho, se existiu, não se realizou, e só me consola a certeza de que ela não chegou a ver os ralíssimos juros de santidade que resultaram de seus excelsos investimentos em mim. Mas, talvez, quem sabe, algum dos outros meninos pôde compensá-la por aquelas caminhadas nas frias manhãs dos domingos friburguenses.

Não sei por que não íamos à missa numa das igrejas do bairro, tão mais próximas de nossas casas. Duas hipóteses me ocorrem. Pode ser que ela acreditasse que a santidade não se alcança sem algum sacrifício, no que estaria coberta de razão. Veja se Irmã Dulce dormia em palacetes ou se Francisco de Assis andava de carruagem. E o apóstolo Paulo, que teve que cair do cavalo e ficar cego para entrar na linha? Outra possibilidade é que ela queria premiar nosso bom comportamento, e para isso não bastavam as conhecidas padarias do bairro. Uma padaria no coração da cidade, na praça principal... era uma emoção a mais, um acontecimento na vida de crianças tão humildes.

Além do que, provavelmente sacrificando boa parte dos seus ínfimos ganhos de operária, depois da missa ela nos levava à padaria e prodigamente pagava um pãozinho doce para cada um de nós. Era só isso, era tudo, era demais. Voltávamos para casa de alma leve, que tanto a missa quanto o pão doce são capazes desses milagres, quando neles se põe um coração puro e uma barriga vazia.

Só voltei a vê-la muitos anos e muitos pecados depois, quando fui com um grupo de alunos à Casa dos Pobres. Eu a reconheci imediatamente, mas ela apenas me olhou sem me olhar. Marcos nos conta (capítulo 8, versículos de 22 a 26) que Jesus curou um cego em duas etapas e ele só iria enxergar com clareza na segunda delas. Na primeira, disse ter visto os homens e que eles lhe pareciam árvores andando. Então, provavelmente eu era para ela não mais que uma árvore que se mexia no meio de outras árvores inquietas.  E assim eu me afastei, e talvez a velha senhora, cabelos tão alvos, sentadinha no banco, ouvindo as vozes infantis que a rodeavam, vagamente se lembrasse das crianças que ela muito antigamente levava à missa. Não sei se alguma delas foi ou irá para o céu, mas quem as conduzia certamente tem lugar garantido, e será recebida por São Pedro como a Irene de Manuel Bandeira: “Entra, Irene, você não precisa pedir licença”.

 

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O Brasil não é para principiantes

quarta-feira, 20 de abril de 2022

O Brasil mais parece o “samba do afrodescendente ensandecido” que antes da instalação do “politicamente correto”, era chamado de “Samba do Crioulo Doido”, obra do magistral Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta. Digo isso porque somos o único país do mundo em que o carnaval vai ocorrer após a Semana Santa. Pelo calendário católico cristão, a quaresma é o período de 40 dias após a festa pagã do carnaval, que termina no Domingo de Páscoa, ápice da Semana Santa.

O Brasil mais parece o “samba do afrodescendente ensandecido” que antes da instalação do “politicamente correto”, era chamado de “Samba do Crioulo Doido”, obra do magistral Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta. Digo isso porque somos o único país do mundo em que o carnaval vai ocorrer após a Semana Santa. Pelo calendário católico cristão, a quaresma é o período de 40 dias após a festa pagã do carnaval, que termina no Domingo de Páscoa, ápice da Semana Santa.

 Como na Terra de Cabral os acontecimentos mais marcantes acontecem em São Paulo ou no Rio de Janeiro, e como os desfiles das escolas de samba do grupo especial, nesses estados, serão nesta sexta-feira, 22, e no sábado 23, somado aos pontos facultativos de hoje, 20, e sexta feira, 22, decretados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e a prefeitura da capital, teremos os quatro dias de festejos momescos no mês de abril, depois do Domingo de Páscoa.

Claro que algo está por detrás dessa aberração, uma vez que simples desfiles de escolas de samba não deveriam acarretar tamanho disparate. Dizem as más línguas que essa é uma exigência de milicianos e traficantes do Rio de Janeiro, desde que o comando das escolas saiu das mãos dos bicheiros e foi repousar em outras plagas. Pelo sim pelo não, é muito estranho que tanto o governador do Estado como o prefeito carioca aceitem pressões de quem quer que seja, principalmente, quando o país está saindo de uma grave crise financeira. Afinal, foram dois anos em que a economia mundial como um todo e a brasileira, em especial, foi afetada pela pandemia da Covid-19 e a salvação passa pela recuperação dos dias e horas perdidas e não por um aumento da ociosidade.

É falso dizer que o povo assim exigiu, pois, pesquisas feitas com relação ao adiamento dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro em decorrência da pandemia de Covid-19, não foi aprovado pelos fluminenses, segundo pesquisa Datafolha; de acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados são contra a realização da festa agora em abril, enquanto 26% são a favor. Indiferentes são 4%, e 1% não soube opinar. Já sobre os blocos de rua, quando se perguntou aos entrevistados se participariam dos desfiles, 89% disseram que não pretendem participar, enquanto 10% disseram que devem ir curtir a folia nas ruas. Apenas 1% não soube responder. O Datafolha ouviu 1.218 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os últimos dias 5 e 7 em 30 municípios fluminenses. A margem de erro é de três pontos percentuais.

O que salta aos olhos, nessa pesquisa, é que as pessoas ouvidas se mostram muito mais conscientes do que os responsáveis pelos destinos do estado e da cidade do Rio de Janeiro. Sem falar que se por um lado a pandemia está sob controle, sendo classificada agora como endemia, os casos não acabaram. Não se pode prever qual será o resultado da aglomeração de pessoas nas arquibancadas do sambódromo, em que a fiscalização para uso de máscaras será impossível.

Dois anos de “fique em casa”, de restrições ao ir e vir, realmente mexeram com a cabeça das pessoas, tanto é assim que os consultórios de psiquiatras e psicólogos nunca foram tão procurados. No entanto, a distensão tem de ser gradativa, sob o risco de vermos um retorno a enfermarias e UTIs cheios de contaminados pelo vírus da Covid-19. A volta à normalidade é algo que todos queremos e nos alegra muito, mas temos de ter sempre em mente de que todo cuidado é pouco.           

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AVS: a voz de Friburgo que alcança o mundo

terça-feira, 19 de abril de 2022

Vivemos a Semana Santa com intensidade? Muitos, como os religiosos, vivem esse período na perfeita harmonia com a santidade que sua simbologia traduz. Os pesquisadores conhecem todos os meandros de sua história e são capazes de memorizar datas, nomes, locais, tudo na maior precisão. De modo mundano, nos preocupamos com a compra dos peixes, dos ovos de Páscoa, dos vinhos e do bacalhau, o vilão que agora está ainda mais salgado no preço.

Vivemos a Semana Santa com intensidade? Muitos, como os religiosos, vivem esse período na perfeita harmonia com a santidade que sua simbologia traduz. Os pesquisadores conhecem todos os meandros de sua história e são capazes de memorizar datas, nomes, locais, tudo na maior precisão. De modo mundano, nos preocupamos com a compra dos peixes, dos ovos de Páscoa, dos vinhos e do bacalhau, o vilão que agora está ainda mais salgado no preço. Entretanto, na “busca da espiritualidade pascal, o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe o tema da celebração da Paixão de Cristo e assim temos a oportunidade de interiorizarmos nossa relação com a divindade cristã.

O pastor da Igreja Luterana, Gerson Acker, destacou: “Eis o desafio: buscar uma espiritualidade pascal inspirada na memória da luta de Jesus e dos antigos hebreus que buscavam uma sociedade mais simples, justa e digna...”. A pastora da Igreja Sara Nossa Terra, Ana Maria Rangel, ressaltou sobre Jesus: “Ele foi o sacrifício para perdão dos nossos pecados. O verdadeiro Cordeiro pascal, que devemos recordar constantemente, independente de uma data fixada no calendário”. Pautando a Páscoa como uma renovação constante, o padre Celso Macedo Diniz, da Diocese de Nova Friburgo, nos chamou para dentro de nós: “Sabemos que uma revolução interior acontece quando Cristo é conhecido, é preciso renovar a notícia ao mundo para que saibam que Deus pisou na terra dos homens...”.

Wanderson Nogueira fez uma viagem pelo universo das enormidades astronômicas, num texto para excelentes reflexões, diante da pequenez até do nosso Sol. Somos, na condição humana, um nada com muitas missões a cumprir, entre as quais, no dizer de Nogueira: “Para encontrar o que se busca, sempre bastou, daqui mesmo, olhar para o sol e perceber que os ciclos diários mostram que não podemos deter o universo, mas podemos deter a nós mesmos. Amar mais uns aos outros é a boa sugestão dada, há mais de dois mil anos.” Com tão bonita sugestão, tenhamos uma Páscoa todo dia!

O mês de abril tem sido generoso em seus feriados. A Semana Santa se encerrou e já nesta quinta-feira, 21, tem mais um feriado, Tiradentes, e no sábado, 23, São Jorge. Assim, desejando Feliz Páscoa, nas emoções de um coelho feliz, a charge de Silvério na capa da última edição do jornal tem prazo de validade infinito, pois, sempre “Se beber, não dirija”. Em “Sociais”, dois queridos aniversariando: Regina Schlupp festejando a nova idade em plena Páscoa e Dário Salomão aguardando a próxima sexta, 22, para receber os votos de feliz aniversário. Parabéns, queridos!

Se por um lado a pandemia do coronavírus está dando baixa nas taxas de contaminação, uma outra preocupação ocupa os debates sanitários, pois, como destacou A VOZ DA SERRA, está “aberta a temporada das viroses”. Justamente, quando se mantém certo controle da Covid-19, as flexibilizações, a dispensa do uso de máscaras e as facilidades de aglomerações, tudo isso tende a contribuir para o aumento de gripes e doenças respiratórias.

A infectologista Danyelle Cristina Souza esclareceu que “com o frio e a chuva as pessoas tendem a se aglomerar e ficar em ambientes fechados, favorecendo a transmissão dos vírus pelo ar contaminado...”. Fiquemos atentos!

Em “Esportes”, Vinicius Gastin nos trouxe a “doce solidariedade” do grupo “Divas da Serra”. Em parceria com o projeto “Mente de Campeão”, as divas levaram 200 caixas de bombons para o bairro Granja Spinelli, onde crianças e adolescentes festejaram a Páscoa ainda mais doce, com bolo, chocolate e muita animação. Além das guloseimas, “as divas” levaram alegria e confraternização aos grupos contemplados. O Projeto “Mente Campeão” atua no bairro desde 2018, sob a coordenação de Marcos Vinícius Tostes que compartilha ensinamentos, sejam eles em forma de oração ou palestras. Que beleza!

E eu encontro minha amiga Paula Farsoun em “Com a Palavra”. A história de Maria, em sua narrativa, nos levou a refletir sobre o simples exercício da gratidão, sem que haja “um tabuleiro de jogo”, sem “interesses escusos”. Apenas, como prefere Maria, “um olhar grato”. É o que basta na simplicidade de um agradecimento! Feliz semana!

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Com idade nova

terça-feira, 19 de abril de 2022

Com idade nova

Quem passou o dia de ontem, 18, recebendo abraços, beijos e cumprimentos dos coleguinhas e principalmente, do querido pai Fernando Bonan, locutor esportivo e da amável mãe Flávia Namem, jornalista que já atuou em A VOZ DA SERRA, foi o lindo filho, o galãzinho Lucas Ferreira Bonan (foto) que completou seu 11° aniversário.

Parabéns ao Lucas, amor especial também das avós Lecy (paterna) e Helena (materna), com votos de contínuas e eternas felicidades.

Cici Macarrão aniversariou

Com idade nova

Quem passou o dia de ontem, 18, recebendo abraços, beijos e cumprimentos dos coleguinhas e principalmente, do querido pai Fernando Bonan, locutor esportivo e da amável mãe Flávia Namem, jornalista que já atuou em A VOZ DA SERRA, foi o lindo filho, o galãzinho Lucas Ferreira Bonan (foto) que completou seu 11° aniversário.

Parabéns ao Lucas, amor especial também das avós Lecy (paterna) e Helena (materna), com votos de contínuas e eternas felicidades.

Cici Macarrão aniversariou

Compartilhada por muitos amigos e efusivas alegrias, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Saudade registrou o aniversário do seu presidente de honra, Eucir Lima da Silva, o popular Cici Macarrão, ocorrido ontem, 18.

O popular e grande Cici Macarrão é referência na cidade há muitas décadas. Multitarefas, foi jogador de basquete, cartola de futebol, dirigente de banda de música e comandante da sua grande paixão, a Unidos da Saudade. Ao admirado aniversariante, nossas congratulações com votos de continuas felicidades, saúde, paz, alegrias e tudo de bom.

Eleições na Saudade

E por falar em Unidos da Saudade, a roxo e branco do bairro Ypu reelegeu Kassius Sampaio, o Cassinho, presidente da agremiação para o biênio 2022-2024. Fábio Nicoliello, o Fuzil,

será o vice-presidente, e Luiz Cláudio do Amaral, o Cacau, o presidente do Conselho Deliberativo.

A chapa Saudade Renovada – única concorrente no pleito – estabeleceu como metas a estabilização da agremiação, a

retomada da competitividade e a modernização da estrutura patrimonial da sede social.

Eventos maçons no Rio

Boa parte dos membros da Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo está se preparando para dois relevantes eventos na semana que vem, ambos no Rio de Janeiro.

Na próxima segunda-feira, 25 será o grande concerto comemorativo dos 200 anos de fundação do GOB-RJ (Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro) que ocorrerá no exuberante Teatro Municipal do Rio.

Já dois dias depois, na quarta-feira, 27, será no Palácio Lavradio, em sessão solene de homenagens do GOB-RJ para algumas lojas maçônicas centenárias do Estado, entre quais na linha de frente a daqui de Nova Friburgo que em janeiro próximo completa 184 anos.

Em dupla na Câmara

O último sábado, 16, marcou a dose dupla de satisfações oriundas da Câmara Municipal de Nova Friburgo.

É que os vereadores Maycon Queiroz e Cascão, aniversariaram e por isso, passaram o dia recebendo cumprimentos de familiares e amigos.

Parabéns, Leandro!

Hoje, 19, quem está aniversariando é o simpático Leandro Carvalho (foto), filho do estimado casal Adinéia e Roosevelt Cordeiro Carvalho. Por isso, endereçamos os cumprimentos ao Leandro com os votos de saúde, paz e alegrias na vida.

Vivas a Olaria!

Nesta quinta-feira, 21, feriado de Tiradentes, é o dia de festejarmos mais um grande aniversariante friburguense: o populoso e pujante bairro Olaria, o maior e mais importante de Nova Friburgo que completa mais um ano.

Isso, a partir da oficialização desta data com base na lei 3.174 de autoria do então vereador Jorge Carvalho, em 2008.

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A manhã da Ressurreição

terça-feira, 19 de abril de 2022

A terra toda estava envolta em trevas. A esperança havia sido sepultada com o corpo de Jesus. Os discípulos estavam dispersos, incrédulos, retomavam as atividades que exerciam antes de se encontrarem com Jesus. Invadia seus pensamentos a ideia de que tudo havia sido uma grande ilusão. As palavras de paz e fraternidade que ouviram de seus lábios cederam lugar às cenas de terror. Ver o corpo do Mestre pregado no madeiro, a mais terrível morte, transpassou, como uma espada lancinante a alma dos que o seguiam. Tudo perdeu o sentido.

A terra toda estava envolta em trevas. A esperança havia sido sepultada com o corpo de Jesus. Os discípulos estavam dispersos, incrédulos, retomavam as atividades que exerciam antes de se encontrarem com Jesus. Invadia seus pensamentos a ideia de que tudo havia sido uma grande ilusão. As palavras de paz e fraternidade que ouviram de seus lábios cederam lugar às cenas de terror. Ver o corpo do Mestre pregado no madeiro, a mais terrível morte, transpassou, como uma espada lancinante a alma dos que o seguiam. Tudo perdeu o sentido.

Na manhã de Páscoa, também os nossos olhos são levados a verem somente os sinais de morte. O Santo Padre chama de Páscoa de guerra, na qual somos bombardeados a todo instante com as mais cruentas notícias. “Demasiado sangue, vimos; demasiada violência. Também os nossos corações se encheram de medo e angústia, enquanto muitos dos nossos irmãos e irmãs tiveram de se fechar nos subterrâneos para se defender das bombas” (Papa Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa 2022).

Parece que a possibilidade de um mundo de paz, amor e fraternidade não passa de uma utopia inalcançável. “Sentimos dificuldade em acreditar que Jesus tenha verdadeiramente ressuscitado, que tenha verdadeiramente vencido a morte” (idem).

Mas, não podemos nos esquecer que as palavras de vida e verdade que ouvimos de Jesus superam toda a dificuldade. Vejamos o exemplo de Maria Madalena. A dor que envolvia o seu coração era imensurável, só não era maior que o amor que ela sentia pelo seu Mestre. Sem compreender o que estava acontecendo; sem entender como as palavras Dele iriam se cumprir, Madalena pôs-se a caminho, ficaria o mais próximo possível do seu Senhor.

Ao longo do caminho, ela, certamente, recordava os momentos felizes ao lado do Mestre; por vezes, a alegria das memórias era tamanha que aliviava a dor e o sofrimento. Ao mesmo tempo, as lembranças das cenas de terror atroz roubavam-lhe o ar. Mas sua persistência e amor a Jesus a mantiveram firme no caminho e a tornaram a primeira testemunha do ressuscitado.

Bastou ver a pedra removida e os panos no chão, mesmo sem compreender, que a chama da esperança reacendeu em seu coração. Correu ao encontro dos seus e os animou com a notícia.

O exemplo de fé e perseverança desta mulher nos motiva a não desistir. “Hoje mais do que nunca precisamos d’Ele, no termo de uma Quaresma que parece não querer acabar. Temos atrás de nós dois anos de pandemia, que deixaram marcas pesadas. Era o momento de sairmos do túnel juntos, de mãos dadas, juntando as forças e os recursos…” (idem). Em vez disso, somos atormentados pelo terror da guerra.

Contudo, anima-nos o Papa Francisco a encontrarmos os sinais do ressuscitado. Como Madalena, perseverantes no amor e na esperança, precisamos encontrar os sinais que animam e restauram nossas forças e fazê-los serem conhecidos por todo o canto. “No meio da angústia da guerra, não faltam também sinais encorajadores, como as portas abertas de tantas famílias e comunidades que acolhem migrantes e refugiados em toda a Europa. Que estes numerosos atos de caridade se tornem uma bênção para as nossas sociedades, por vezes degradadas por tanto egoísmo e individualismo, e contribuam para torná-las acolhedoras com todos”.

Sejamos, pois, também nós, sinais do ressuscitado! Feliz Páscoa!

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação.

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