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Nova doação a Adinf

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Nova doação a Adinf

O Rotary Clube Nova Friburgo Suspiro, vem também contribuindo consideravelmente e desde 2008 com a Adinf, a Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo, na medida em que tem feito doações possíveis, tais como ofertas de insulinas, cestas básicas, produtos dietéticos e materiais para consultório dentário e sala de podologia.

Nova doação a Adinf

O Rotary Clube Nova Friburgo Suspiro, vem também contribuindo consideravelmente e desde 2008 com a Adinf, a Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo, na medida em que tem feito doações possíveis, tais como ofertas de insulinas, cestas básicas, produtos dietéticos e materiais para consultório dentário e sala de podologia.

Agora, ajuda se materializou com a entrega, na última sexta-feira, 18, com a doação de uma máquina de lavagem para facilitar na limpeza e higienização das dependências da Adinf, que funciona em um dos blocos da Fábrica Ypu e tem como atual presidente a dedicada Sonia Ibraim. Na foto, vemos o rotariano Laênio Stutz, em nome do clube de serviço, e demais companheiros, fazendo a entrega do equipamento às secretárias Flávia e Eliane daquela entidade.

Parabéns ao Haroldo

Desde já, o abraço de congratulações desta coluna, assim como de muitos dos seus amigos, boa parte deles que como este colunista, são torcedores do Botafogo, ao querido empresário do segmento de farmácias, Haroldo de Andrade Pereira.

Isso, por que o grande botafoguense Haroldo completa amanhã, 23, mais um aniversário natalício. Felicidades!

Amizade Suíço-Brasileira

Um grupo de bons amigos costumam se encontrar quase toda quinta-feira para um almoço de confraternização em diferentes locais, como ocorreu na semana passada com uma deliciosa caldeirada de frutos do mar no boteco da Cleide Carla, nesta oportunidade conforme mostra a foto (da esquerda para a direita) com Og, Ruy, Marcel, este colunista, Girlan, Lúcio, Ivanir, Neir e Jorge Queiroz.

Este encontro acabou tendo uma conotação duplamente especial, por duas razões oportunas: 1° - a presença no almoço, do suíço mais friburguense de todos, Marcel Augusto Schuwey e 2° - por que em 17 de fevereiro celebra-se o "Dia da Amizade Suíço-Brasileira". A data foi instituída pela lei municipal 1.659, assinada pelo então prefeito Alencar Pires Barroso, em 23 de dezembro de 1981.

Data única na vida

Independentemente do que muitas pessoas, em especial, os numerologistas possam ter o que explicar a respeito da data de hoje, repleta de dois, um fato incontestavelmente é correto e preciso: nunca mais haveremos de ter um dia como o que o calendário assinala hoje: 2 do 2 de 22.

Dia Internacional do Maçom

Por falar em data, o calendário comemorativo assinala que hoje, 22, é o "Dia Internacional do Maçom".

E já que fazemos este lembrete, vale à pena também saber por que desta comemoração ocorrer justamente hoje.

É que neste dia, no ano de 1732 nasceu em Westmoreland Country, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, George Washington, que além de ter sido o primeiro presidente (1796) e segundo (1792) - só não sendo o terceiro (1796) por ter recusado a reeleição dos EUA, foi um dos grandes nomes e mais expressivos nomes da história norte-americana de todos os tempos até falecer em 14 de dezembro de 1799 em decorrência de uma grave infecção na garganta.

Como além de tudo isso e por ter também dado seu nome a capital dos Estados Unidos, George Washington foi um dos maiores maçons da história da Ordem Maçônica no mundo e em decorrência disso, estabeleceu-se há muitos anos, a data de 22 de fevereiro como o Dia Internacional Maçom por ter sido o dia de nascimento dele.

Felicidades ao Alex

Vivas para o gente boa Alex Quintá Blanco Alfaya que estreou nova idade no último domingo, 20. Enviamos as congratulações com votos de muitas felicidades. O aniversariante é o atual presidente da Soamar-NF (Sociedade Amigos da Marinha de Nova Friburgo).

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Maria, modelo de educadora na sabedoria e no amor

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

A Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema "Fraternidade e Educação" e com o lema "Fala com sabedoria, ensina com amor" (Pr 31,26), cumpre o propósito deste evento organizado pela CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, desde 1964: "ser um caminho para que os cristãos vivam a espiritualidade quaresmal com o sentido de mudança e transformação pessoal rumo à solidariedade a um problema concreto da sociedade brasileira". A realidade da educação interpela e exige profunda conversão de todos.

A Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema "Fraternidade e Educação" e com o lema "Fala com sabedoria, ensina com amor" (Pr 31,26), cumpre o propósito deste evento organizado pela CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, desde 1964: "ser um caminho para que os cristãos vivam a espiritualidade quaresmal com o sentido de mudança e transformação pessoal rumo à solidariedade a um problema concreto da sociedade brasileira". A realidade da educação interpela e exige profunda conversão de todos. E ninguém melhor do que Maria, a nossa querida Mãe, para ser referência de uma nova educação que "promova o desenvolvimento pessoal integral, a formação para a vida fraterna e a cidadania" (Texto Base 05).

Maria é a grande educadora da sabedoria que vivia com integridade e fidelidade os valores da fé, da verdade, da justiça, da fraternidade, conforme a Palavra de Deus, fazendo da casa de Nazaré, com São José, a primeira escola das virtudes humanas essencialmente integradas ao sentido maior da vontade do Senhor. Num sólido testemunho de fé-vida, iluminou a infância e a juventude de Jesus, com os exemplos de trabalho, oração, fervor religioso, serviço missionário, partilha de caridade com os mais necessitados, responsabilidade com os deveres da justiça e comunhão social. Ensinava com amor o Filho de Deus, o Verbo Encarnado, que recebeu dela em sua natureza humana, verdadeira e completa, toda a educação ética, religiosa, cultural, espiritual, cidadã, como servo do Pai, no desenvolvimento global de sua humanidade. Os primeiros passos, as primeiras palavras, orações, os conselhos e orientações, a interação dos sentimentos, das tarefas do dia a dia, o suporte e o preparo carinhoso da alimentação, na cumplicidade com o 'homem justo" e pai adotivo do Salvador.

Nossa Mãe das Graças nos apresenta, em sua eloquente humildade e fortaleza, que a base da educação é uma família consistente, alicerçada em Deus, diante dos desafios da vida. Isto nos faz refletir sobre a importância de investirmos em ações de evangelização e formação em favor das famílias, estruturando-as como base de educação integral da pessoa. Deve haver na sociedade e diversos ambientes educacionais uma verdadeira mudança de mentalidade, na busca de um "...caminho educativo integral que humanize, promova e estabeleça relações de proximidade, justiça e paz" (TB 06). Nos diversos âmbitos, a educação deve ser iluminada pela Palavra de Deus, encontrando-se meios eficazes que favoreçam processos mais adequados e criativos a fim de que ninguém seja excluído deste projeto de promoção social.

Maria, Mãe da dignidade humana, ensina com amor e testemunha a educação aberta às culturas, de ações verdadeiramente a serviço da vida, em especial, dos mais pobres. Ela nos convida a "refletir sobre os fundamentos do ato de educar. É encontro no qual todos são educadores e educandos. É tarefa da própria pessoa, da família, da Igreja e de toda a sociedade" (TB Ap.). Ela mesma aprendia muito de todo o processo histórico da encarnação-salvação, enquanto ensinava como mãe zelosa, guardando tudo em seu coração (cf  Lc 2, 16-21;41-51).

A Mãe de Nazaré foi a primeira discípula-missionária do Verbo. Foi a educadora exímia, capaz de escutar e ler nos sinais da história, dialogando e discernindo o caminho, à luz do Espírito, acolhendo com humildade o Mistério de Deus. Iluminam este escutar e discernir, as encíclicas Laudato Si, Fratelli Tutti, as propostas da economia de Francisco e de Clara, apresentadas pelo Papa Francisco.

Por fim, agir, ter passos e metas, um projeto de vida, fonte de uma nova sociedade. A Educação planejada de forma "sinodal", interativa, discernindo os melhores caminhos, políticas públicas, meios específicos, recursos, investimentos, junto às escolas, universidades e outros espaços educativos, com um serviço pastoral. Maria é a mulher da ação, numa profunda espiritualidade que transforma a oração e os ensinamentos em atos de amor solidário, como o serviço a Isabel, a cooperação com os discípulos, dando suporte ao seu filho na sua árdua missão, até aos pés da cruz, em comunhão com os apóstolos, como Mãe da Igreja, participando das ações e múnus da comunidade apostólica, inundada também pela luz de Pentecostes.

Nesta linha do Agir-trnasformar é que o profético Papa Francisco apresenta o Pacto Educativo Global que impulsiona esta campanha e propõe educar para um novo humanismo, com a iluminação dos princípios cristãos. Que Maria, Mãe da Educação, abençoe este projeto e interceda junto ao Filho Mestre, Educador, derramando as graças necessárias para esta humana renovação social.

Boa Campanha da Fraternidade a todos!

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Contrapontos

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Ao ler o conto de Antônio Carlos Vianna, “Dona Katucha”, do seu livro de contos
“Jeito de Matar Lagartas”, Companhia das Letras, eu me deparei com algumas
questões relevantes sobre o envelhecer, a etapa da vida que evolui para a morte,
processo inevitável e implacável. É caracterizada por transformações corpóreas e
mentais degenerativas, que tocam as emoções, a cognição, a sexualidade e a
espiritualidade não somente daquele que envelhece, mas das pessoas que com ele
convivem. É contextual por mais solitário que o sujeito seja.

Ao ler o conto de Antônio Carlos Vianna, “Dona Katucha”, do seu livro de contos
“Jeito de Matar Lagartas”, Companhia das Letras, eu me deparei com algumas
questões relevantes sobre o envelhecer, a etapa da vida que evolui para a morte,
processo inevitável e implacável. É caracterizada por transformações corpóreas e
mentais degenerativas, que tocam as emoções, a cognição, a sexualidade e a
espiritualidade não somente daquele que envelhece, mas das pessoas que com ele
convivem. É contextual por mais solitário que o sujeito seja.
Dona Katucha quer se manter eternamente jovem, possuindo dificuldades em
aceitar o momento fronteiriço que está vivendo. Os anos de envelhecimento
contornam o tempo de vida e delineiam a finitude. O envelhecimento e a morte fazem
parte da vida saudável. Mas o que seria de nós caso a morte não existisse e fôssemos
eternamente adolescentes? Quanta inteligência criativa Oscar Wilde teve para
escrever “O Retrato de Dorian Gray”! Será que Antônio Carlos Vianna se inspirou nessa
obra universal e inquestionável?
Ao ler o delicado trabalho da Dra. Ana Claudia Quintana Arantes, médica
especialista em Cuidados Paliativos, em seu livro “A Morte é um Dia que Vale a Pena
Viver”, editado pela Casa da Palavra, eu me pus a refletir sobre a vida. O
envelhecimento e a morte nos remetem à vida, que é soberana nas etapas existenciais
pelas quais passamos, mesmo no momento da morte. É plena pelas incontáveis
possiblidades que temos para experimentar as circunstâncias nas quais estamos
inseridos.
As biografias! A dos que participaram, de algum modo, da construção das
civilizações, como Nelson Mandela, Charles Chaplin e Santo Agostinho. Por que
também não falar de Rita Lee? Quando o indivíduo mergulha em suas ideias e
vontades toca a vida de muitos e move seu destino pelos seus esforços e talentos. Não
é necessário nascer em berço de ouro. É preciso fortalecer os tesouros guardados em
nossas células.

Viver a vida é superar o medo de ser feliz. E de sofrer. O sofrimento e a felicidade
são dualidades intrínsecas à existência. Se as emoções são únicas, tão particulares
quanto as impressões digitais, o envelhecer é individual. Se podemos ter em mãos o
livre arbítrio, decidimos nosso modo de viver, mesmo nas situações em que não
podemos ter escolhas. Eis, portanto, a sabedoria que construímos nos anos vividos,
que nos aponta para formas de enfrentamento e superação. A inteligência e a
criatividade são nossas parceiras, embora nem sempre utilizadas.
Ah, as palavras de Rainer Maria Rilke, devem ser guardadas em mesinhas de
cabeceira para que possamos ter coragem para enfrentar a vida, em todos seus
mistérios, desafios, tristezas e maravilhas. Posto que a todo instante é preciso tomar
decisões e agir. Fazer algo. O viver sem bravura e perseverança é o mesmo que ter a
vida e não conseguir vivê-la com méritos.
O processo de viver é desencadeado pelas relações de causas e consequências. O
envelhecer é resultado de como vivemos épocas passadas, do modo como ocupamos o
espaço na família, nas comunidades, no trabalho e nas relações amorosas e sociais. A
maneira como ocupamos os espaços é essencial para o nosso equilíbrio físico,
cognitivo, emocional e espiritual. Quando o buscamos com plenitude, estamos
inteiros, dialetizando, a mente, o corpo, as emoções e a espiritualidade.
O envelhecer nos é inquietante!

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“A Friburgo atual - em franco progresso”

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Edição de 19 e 20 de fevereiro de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

Edição de 19 e 20 de fevereiro de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes:

  • “A Friburgo atual - em franco progresso” - O marechal Odylio Denys, que residiu em Friburgo e estudou no Colégio Caribé, ao lado de fluminenses ilustres, entre eles - Macarino de Freitas, Platão Garcia, Olavo Tostes, todos de marcada atuação na vida jurídica do nosso Estado, esteve visitando nossa terra para rever velhos amigos e enamorar-se por nossas belezas. O grande revolucionário teve um encontro com Nelson Kemp, seu companheiro das batalhas cívicas, ao lado de Nilo Peçanha, pugnando pelos governos para o povo. Correu a cidade, recebendo homenagens, como as da prefeitura e do Colégio Nova Friburgo, onde o professor Amaury Muniz, teceu-lhe vibrante hino de saudação patriótica. Comovido e enternecido, o marechal agradeceu e voltou ao Rio, onde, entusiasmado, escreveu longa missiva ao jornalista Kemp, dizendo-lhe: “Logo que me for possível, irei aí de novo, tal boa impressão que trouxe da Friburgo atual - em franco progresso.”  
  • Muito bem! Honra ao mérito! - Pelo bonito espetáculo proporcionado à nossa população que foi o Carnaval 1972, dada as providências tomadas, especialmente no que se referiu aos serviços públicos, admirados e proclamados pelos quatro cantos da cidade, e, ainda aos substanciais auxílios prestados aos blocos, escolas de samba etc. O prefeito Feliciano Costa merece rasgados elogios, o que não nos furtamos a fazê-lo nesta edição, como legítimo porta-voz da população. O que desejamos especialmente salientar, é o arejamento administrativo colocado em prática pela chefia do Executivo, cuja equipe de auxiliares está a merecer, também, francos encômios, pela atividade desenvolvida nos setores relacionados com a prestação de serviços durante o período carnavalesco. Honra ao mérito! 
  • Padilha diz a Fitipaldi que o Estado do Rio pode ter autódromo - A construção de um autódromo no Estado do Rio passou a ser assunto prioritário da administração fluminense e o governador Raimundo Padilha designou o chefe do Gabinete Civil, Mário Gliosci, para que coordene os estudos de sua viabilidade. A promessa foi feita pelo governador ao presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Evânio Leme Nunes Galvão, e aos irmãos Emerson e Wilson Fitipaldi, que compareceram ao Palácio Nilo Peçanha para agradecer o apoio dado pelo governo Padilha ao automobilismo, com a realização do 1º Rally dos Mil Quilômetros fluminenses, que será realizado anualmente. 
  • "Decoração 72” - A firma Contal, com escritório de contabilidade e administração na Rua Almirante Barroso, 14, instituiu importante concurso com o objetivo de escolher e premiar a mais bela ornamentação interna dos clubes da cidade, no carnaval deste ano. A iniciativa das mais inteligentes e oportunas, obteve êxito total. A Comissão Julgadora foi composta de jornalistas e cronistas… 

Pílulas:

  • Enganaram-se os que, fantasiados de líderes, vestiram capa de dirigência emedebista e já agora pensam que estão nivelados aos maiores, podendo deitar catedra em movimentos partidários. Na política, como de resto em quase todas as histórias, os postos são galgados paulatinamente, pelos serviços prestados, pelo valor que representam, e, nunca pelo que os caras pensam que são… 
  • Em março serão abertas as estradas que levarão ao pleito de 15 de novembro. O percurso nas ditas vias não será fácil. Pode-se ganhar partidas de pôquer blefando, mas eleições somente se vence com votos. E votos não se conquista com “matemáticas” próprias. 
  • O carnaval no Country, na Sociedade e no Xadrez esteve acima das melhores perspectivas. Mais uma vez, Friburgo manteve a tradição, apresentando o melhor carnaval do Estado do Rio. A ordem imperou, a animação ultrapassou a tudo quanto pudesse ser esperado, os foliões brincaram a valer e os serviços públicos estiveram impecáveis. 
  • Como tivemos dias maravilhosos de sol, as estradas que conduzem ao nosso município não decepcionaram, e, devido a obras de reforma da serra, em dois pequenos trechos, o trânsito ficou sofrível. 
  • Mais de 40 mil turistas aqui estiveram, prestigiando o nosso carnaval, que diga-se de passagem esteve excelente. As escolas de samba merecem um registro muito especial: apresentações monumentais, luxuosas fantasias, ótima coreografia, música excelente. Merecem parabéns, os diretores das organizações que muitíssimo orgulham a nossa cidade. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Clóvis de Jesus (19); Rozette Haiut (20); Vinicio do Lago Zamith, João Amélio e Vera Lúcia Lima da Silva (21); Tufic Salim Milled, Haiffa Abicalil e Renato Heindenfelder (22); Márcio Ventura, Maurício Ventura, Max George Cleff e Ernesto Pereira de Faria (24).
Foto da galeria
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Convicto

sábado, 19 de fevereiro de 2022

A fé move as pessoas, o idealismo reforça a recusa em esmorecer perante as fraquezas e intrigas alheias, mas é a coragem que determina o poder que temos em mudar o mundo. Mudar nossos bairros, nossa cidade, nossa realidade, a si mesmo. Mudar os lugares e a lida cotidiana, no entanto, só faz sentido se for pelas pessoas. 

A fé move as pessoas, o idealismo reforça a recusa em esmorecer perante as fraquezas e intrigas alheias, mas é a coragem que determina o poder que temos em mudar o mundo. Mudar nossos bairros, nossa cidade, nossa realidade, a si mesmo. Mudar os lugares e a lida cotidiana, no entanto, só faz sentido se for pelas pessoas. 

A vida das pessoas tem que importar. A vida das pessoas é mais do que mero detalhe em leis, discursos e estatísticas. A vida de cada pessoa importa. Afinal, as pessoas são o motivo de existir das cidades, estados e países. É o nosso motivo de insistir na vida. E esse deve ser o motivo fundamental, essencial de toda ação para que a vida de todas as pessoas possa ser melhor, possa ser mais feliz. 

Assim, mudar o mundo só faz sentido se for para melhorar a vida das pessoas e consequentemente a nossa. O mundo não está um lugar nada fácil para se viver. 

É preciso coragem, muita coragem para fazer o que tem que ser feito. Dar a cara à tapa, insistir, teimar na fé, combater o mal não são missões das mais simples. 

Mas também não precisamos complicar tanto, nem se render à preguiça, ao pessimismo ou às narrativas que nos tentam empurrar como roteiros fechados. O enredo de existir é obra em aberto que não aceita verdades prontas da boca de facínoras ou de nossos próprios pensamentos que ocultam traumas. 

É admirável quem age no sonho de revoluções cotidianas, altruisticamente, mais do que propriamente para tentar ter fama. Fazer, promover o diferencial, somar, enxergar os invisíveis, acreditar no coletivo, enfrentar a omissão. É preciso coragem nessa profissão de fé que faz chamamento, urgente e necessário, para se combater as desigualdades, o preconceito, o ódio gratuito às mulheres, a marginalização da população LGBTQIA+. Proteção aos vulneráveis e desprotegidos, pois são eles (nós) que estão em risco permanente. Ensina essa profissão de fé que há situações que não se debate, se combate.     

Construir de forma coletiva, de fato, requer certa abnegação. Que sentido há no individualismo? Que vocação há na gana do poder? Que motivação apaixonante há na vaidade vazia? Nenhum para a primeira pergunta. Nenhuma para a segunda pergunta. Nenhuma para a terceira pergunta. Mas na resposta há sentidos que diferirão os que passarão daqueles que são bons e até invencíveis nessas pequenas grandes batalhas coletivas, para o coletivo e para si mesmo. 

Esses que sobrevivem nas suas profissões de fé podem até aparentar abatimento pela luta árdua e interminável, mas serão os que de fato herdarão a terra. Juntos! Esperançosos sempre, temerosos jamais! E há muito das lutas coletivas dentro dos nossos combates particulares consigo mesmo. Mas em ambos há um objetivo comum: alcançar a felicidade, se permitir a felicidade. E, não há felicidade plena se ao lado o irmão chora ou se não se está contente internamente. É preciso que você seja seu melhor amigo e da sua consciência também.   

As dúvidas são sementes paralíticas. Que essas sementes daninhas sejam arrancadas. Convoque para si, convoquemos para nós, coragem repleta de amor, do tipo que impede observar tudo passivamente. Injustiças são injustiças e têm que ser derrotadas com esforço incansável. Há que se preservar e garantir o maior dos direitos a todos: o de ser feliz, sem que se faça o mundo triste. 

A grandeza dos nossos sonhos nos concede garantias de que, através de nossas atitudes, toda luta vale à pena e pode e deve ser até prazerosa. Quando os propósitos se tornam maiores até do que a realidade vigente, não há nada que possa impedir a caminhada. Um passo de cada vez, hora veloz, outra mais lento – não importa – se convicto. 

 

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Não vacinados morrem mais

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Não vacinados morrem mais
Pelo menos metade das últimas mortes por Covid-19 em Nova Friburgo foi de moradores que não se vacinaram. Só nesta semana o município computou sete óbitos, todos de vítimas com comorbidades, segundo informações da prefeitura. Mesmo com 904 mortes registradas desde o início da pandemia e com os dados de que pessoas não vacinadas correm mais risco de morrer, nem a prefeitura, nem a Câmara de Vereadores aventam a possibilidade de instituir o passaporte de vacinação como forma de motivar a imunização entre os friburguenses.

Não vacinados morrem mais
Pelo menos metade das últimas mortes por Covid-19 em Nova Friburgo foi de moradores que não se vacinaram. Só nesta semana o município computou sete óbitos, todos de vítimas com comorbidades, segundo informações da prefeitura. Mesmo com 904 mortes registradas desde o início da pandemia e com os dados de que pessoas não vacinadas correm mais risco de morrer, nem a prefeitura, nem a Câmara de Vereadores aventam a possibilidade de instituir o passaporte de vacinação como forma de motivar a imunização entre os friburguenses.

Passaporte de vacina
Se nos espaços municipais a exigência não ocorre, como em boa parte dos municípios fluminenses, algumas instituições locais exigem o comprovante de vacinação. É o caso do fórum, da Defensoria Pública e das universidades Uerj e UFF. Alguns eventos, mesmo sem a obrigação imposta pela prefeitura, tem exigido a carteirinha de vacinação e faz o aviso já na compra dos ingressos que não vacinados não poderão entrar nas festas.         

Números não mentem
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, as pessoas que não são vacinadas contra a Covid-19 têm 97 vezes mais chances de morrer de Covid-19 do que as pessoas que são vacinadas e recebem a dose de reforço. O estudo mostra que o número médio de mortes semanais para aqueles que não foram vacinados foi de 9,7 por 100 mil pessoas, mas apenas 0,7 por 100 mil pessoas para aqueles que foram vacinados.

Dose de reforço é fundamental
Para quem não completou o ciclo vacinal esse número cai de 97 para 14 vezes o risco de morrer de Covid-19. Dados do sistema de vigilância Covid-NET, mostram que 54% das pessoas hospitalizadas por Covid-19 com mais de 65 anos não são vacinadas, apesar de somente 12% das pessoas nessa faixa etária não serem vacinadas em geral. Apenas 8% dos pacientes hospitalizados neste conjunto de dados foram vacinados e receberam a dose de reforço. Tendências vistas em todas as faixas etárias.

Uso de imagem por academias
A Justiça entende que o uso de imagem de alunos de academias necessita de autorização expressa e que não vale a autorização de imagem assinada no contrato de matrícula. Quase ninguém lê os contratos com as academias de ginástica, mas quase todos incluem uma cláusula que autoriza o uso de imagem de seus alunos em redes sociais. No entanto, uma decisão desta semana, está tornando nula essa cláusula.

Prudência
Uma academia terá que indenizar uma aluna por uso de imagem nas redes sociais sem autorização expressa. A alegação da academia de que, além da autorização expressa ao assinar o contrato, a representante legal também autorizou o uso da imagem de forma tácita e verbal ao se permitir fazer parte das imagens fotografadas.

Não basta estar escondido no contrato
A decisão da turma que julgou o caso já no recurso destacou que a academia usou as imagens da autora para fins comerciais, uma vez que foram utilizadas para publicidade nas redes sociais. Segundo o colegiado, o uso das imagens para essa finalidade “exige autorização expressa do seu titular ou do seu representante (…), e não somente o que está contido em cláusula de contrato de adesão”.

Direito do consumidor
Ainda que caso isolado, a decisão deve gerar jurisprudência, ou seja, decidir acerca de outros processos semelhantes. Para salvaguardar as academias, a turma destacou que cláusulas de uso de imagem devem ser mencionadas e esclarecidas no momento da assinatura do contrato de forma clara e destacada para que não viole limitação de direito do consumidor, permitindo sua imediata e fácil compreensão.

O retorno
Depois de dois anos de não realização por conta da pandemia, o ator, produtor e diretor teatral, Bernardo Dugin, anuncia a abertura das inscrições para seu já consagrado curso de teatro. Neste ano, com três turmas: adolescentes, crianças e adultos. Como novidade, para além do universo da improvisação teatral, haverá exercícios de interpretação para audiovisual. 

Diversão e aprendizado
As aulas acontecerão às segundas-feiras, no Friburgo Shopping. As inscrições, assim como outras informações, podem ser feitas e obtidas pelo telefone/WhatsApp 21 979 497 107. Quem já fez o curso recomenda pela leveza e, claro, pelos aprendizados adquiridos. O curso é voltado não só para quem quer fazer teatro, mas para todos que falem em público ou tem dificuldades de se colocar. A imersão, além de divertida, geralmente termina com uma apresentação coletiva. 

Só oito
Agora só restam oito participantes entre os mais de três mil inscritos. Abraão Alencar, representante de Nova Friburgo no primeiro reality show de música gospel do Brasil, continua na competição após mais uma eliminatória. O Dom Reality UniCesumar deu a difícil missão aos jurados de em nova rodada de apresentações escolher oito dos 16 classificados. Abraão foi um dos oito que seguem na competição.

Mais uma etapa
Nessa fase da competição que termina na próxima quarta-feira, 23, Abraão Alencar interpretou com maestria a música “Furioso Oceano”, de Jhonas Serra. As caras e bocas dos jurados durante a apresentação já entregavam: o representante de Nova Friburgo seguirá para a fase seguinte. E assim se confirmou quando do anúncio dos oito eliminados e dos oito classificados. A nova fase que manterá apenas quatro participantes está marcada para este domingo, 20.

Na torcida
Caso se classifique nessa etapa, Abraão Alencar representará Nova Friburgo na grande final, marcada para o dia 23. Para acompanhar essa trajetória, os episódios anteriores estão no YouTube e o programa inédito também pode ser assistido pelo canal EAD Unicesumar, às 21h30. O Estado do Rio é o que tem mais representantes na próxima fase, três. São Paulo vem na sequência com dois. Completando os finalistas, SC, DF e PR com um representante cada. 

Premiação de impulso
O campeão do reality vai obter um contrato de cinco anos com a gravadora Destaque, editorial Deezer no lançamento, produção de áudio de três músicas assinadas por Johny Essi, produção de audiovisual de uma música pela Multiforme Filmes, contrato de gestão de carreira artística com Paulo Alberto e uma bolsa de estudos 100% do curso Design Musical. Vale a torcida, afinal é o nome de Nova Friburgo em destaque.

Palavreando
“O enredo de existir é obra em aberto que não aceita verdades prontas da boca de facínoras ou de nossos próprios pensamentos que ocultam traumas”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Siga Friburgo no Instagram traz o registro de Fellipe Faustino, do alto do Pico do Caledônia, a 2.219 metros de altitude. A trilha para o espaço está reaberta. Ainda que os dias nublados não permitam ver toda a paisagem, estar acima das nuvens sem estar em um avião é magnífico.

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Fundos de Investimento na Bolsa de Valores?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Parecem infinitas e desconexas, mas as alternativas de investimentos via mercado financeiro são interligadas e tudo pode se tornar mais fácil quando identificam-se os diferentes produtos e classes de ativos antes mesmo de questionar suas qualidades. É o que faremos hoje: entender o que é umExchange Traded Fund (ETF) e como eles podem fazer parte da sua carteira de investimentos.

Parecem infinitas e desconexas, mas as alternativas de investimentos via mercado financeiro são interligadas e tudo pode se tornar mais fácil quando identificam-se os diferentes produtos e classes de ativos antes mesmo de questionar suas qualidades. É o que faremos hoje: entender o que é umExchange Traded Fund (ETF) e como eles podem fazer parte da sua carteira de investimentos. Já como forma de elucidar um pouco mais o que estamos para abordar, é importante entender que – basicamen te – os ETFs funcionam exatamente como fundos de investimentos, porém, negociados diretamente entre as contrapartes (comprador x vendedor) através da Bolsa deValores.

A propósito, por já termos falado sobre, começaremos por aqui. No Brasil, temos apenasuma bolsa de valores (B3), mas ao redor do mundo existem diversas outras e cada uma delas tem seus índices de referência baseados em critérios específicos. Basicamente, esses critérios englobam determinadas empresas que se enquadram em características predefinidas e, assim, está pronta uma carteira de investimentos: diversificada entre si e com empresas enquadradas no que você acredita. Para exemplificar ainda mais, essas características podem ter a ver com governança, sustentabilidade, tamanho do patrimônio das empresas, distribuição de dividendos ou, até mesmo, empresas estrangeiras.

Abaixo, vou listar alguns ETFs (com seus respectivos códigos de negociação) e caracterizá-los para você entender ainda mais sobre o assunto e ganhar autonomia para seus novos estudos a partir daqui. Lembrando, é claro, que nenhum destes se enquadra como recomendação; aqui, meu único objetivo é mostrá-los para você, leitor, sem me preocupar em passá-los por um crivo de análise aprofundada e qualidade dos ativos.

· BOVA11 - Bus ca refletir a performance, do Índice Bovespa(composto por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil);

· ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);

· GOVE11 - Busca ref letir a performance doÍndice Governança Corporativa Trade (composto po r empresas com padrões de governançacorporativa diferenciados);

· SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas commenor capitalização na B3);

· IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA).

· HASH11 - Busca refletir a performance do índic e Nasdaq Crypto(reflete, globalmente, o movimento do mercado de criptoativos).

Investimentos em ETFs costumam ser mais simples e, apesar da volatilidade, tem liquidação em dois dias úteis e pode ser uma porta de entrada para novos investidores na Bolsa de Valores. Contudo, lembre-se sempre de analisar se os investimentos são condizentes com as características buscadas por você e tem a ver com o seu perfil de investidor. Serão sempre estes detalhes o grande divisor entre boas e más experiências no mercado financeiro; portanto, atente-se a elas para fazer boas escolhas.

 

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Retorno diferente

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Volta às aulas: tudo novo. De novo. É chegado o momento do retorno, do semestre novo na faculdade, do fim das férias escolares, do início do ciclo do meio do ano (aquele que parece passar super rápido culminando com as festas de final de ano). Várias pessoas mudam os cortes de cabelos. Sorrisos revigorados. Encontros não programados. Alunos desfilam uma ou outra roupa nova. Cadernos recém-saídos das estantes das papelarias ganham espaço. Pastas organizadas nos computadores. Energia renovada. Não é assim? Ou era...

Volta às aulas: tudo novo. De novo. É chegado o momento do retorno, do semestre novo na faculdade, do fim das férias escolares, do início do ciclo do meio do ano (aquele que parece passar super rápido culminando com as festas de final de ano). Várias pessoas mudam os cortes de cabelos. Sorrisos revigorados. Encontros não programados. Alunos desfilam uma ou outra roupa nova. Cadernos recém-saídos das estantes das papelarias ganham espaço. Pastas organizadas nos computadores. Energia renovada. Não é assim? Ou era...

Bom, para alguns eu acho que sim. O retorno esconde uma certa magia e disposição, apesar de um estoque inegável cansaço, pois não necessariamente as férias de meio de ano significam tempo à disposição e descanso. Mas ainda assim é uma pausa e o reinício é um tanto interessante. E retornar agora, depois de tudo? Encarar a vida de um “pós pandemia que não acabou”? Essa dinâmica ganha uma nova roupagem quando falamos em um retorno diferente. Não somos mais os mesmos. Fomos inebriados por um longo hiato ... vivemos, nesse meio tempo, sentimentos, experiências inimagináveis. E muitos de nós, não parou, não descansou, não assimilou. Voltamos sem ter ido, num pós-caos - e ainda durante o caos. Voltamos sobreviventes. E exaustos. É esquisito, não é? Não vou mentir: percebo olhares ao longe, suspiros de cansaço, abraços mais distantes, uma insegurança no ar que transcende a emoção de “estar de volta”. Para além das máscaras, de maneira geral, confesso estar vendo olhares mais abatidos. Talvez seja o meu olhar que tenha mudado.

 Quais são as novidades? Quem vamos conhecer? Quem vamos reencontrar? Quais as metas a perseguir, os desafios a percorrer? O que vamos aprender juntos? Dá até um frio na barriga. Recomeços são muito interessantes e podem ser presságios de ricas experiências. A vida é repleta de momentos como a volta às aulas. São sequências de ciclos a serem orquestradas muitas vezes com maestria, outras nem tanto.

Esse grande barato dos reencontros com o ambiente que nos acolhe por longas jornadas e com as pessoas que dão vida a ele não pode ser ofuscado pela correria incessante que os tempos de hoje não raras vezes nos impõem. Tenho a sensação de que a vibração com que começamos etapas novas ditam o ritmo e a cadência do período vindouro. O que esperar das misteriosas semanas que estão por vir? Não podemos prever as adversidades, nem as mudanças, muito menos as próximas surpresas. Mas uma coisa não podemos negar: querendo ou não todas elas acontecem. Invariavelmente. De uma maneira ou de outra. Como tiverem de ser.

Então, que estejamos prontos para acolher o que está por vir começando pelo dia de hoje repleto das sementes que pretendemos colher. É leveza que eu quero? Então que eu seja leve. É emoção que espero? Então deixo o sentimento fluir. São sorrisos sinceros? Então que eu sorria - com a alma!  Se a “volta às aulas” da vida contar com nossa parcela de contribuição positiva para equilibrar esse “velho mundo” com o “tudo novo”, estou certa de que essa longa jornada contará com um sabor especial. 

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Oito dias em Bonito, um pedaço do paraíso no Brasil

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Na semana passada, mais precisamente no dia 7, foi meu aniversário e aproveitei para celebrar a nova idade com uma viagem. Mesmo com a variante Ômicron comendo solta e a velha mídia com seu filão inesgotável, o que não falta é a publicação diária do número de novos casos e do aumento da mortalidade.

Na semana passada, mais precisamente no dia 7, foi meu aniversário e aproveitei para celebrar a nova idade com uma viagem. Mesmo com a variante Ômicron comendo solta e a velha mídia com seu filão inesgotável, o que não falta é a publicação diária do número de novos casos e do aumento da mortalidade. Mesmo assim, para não endoidar e tendo em mente que as medidas preventivas são indispensáveis (uso de máscara, higienização constante das mãos com água e sabão ou com álcool gel, evitar ambientes fechados e manter distância de pelo menos um metro e meio da pessoa que esteja na nossa frente), me dei de presente oito dias em Bonito, no Mato Grosso do Sul, local que ainda não conhecia. Na realidade bonito é um adjetivo pequeno para chamar esse pedaço de paraíso perdido no Brasil.

Para quem gosta de curtir caminhadas, banhos de rio, lagoa ou cachoeiras, ou seja, curtir a natureza, Bonito é uma excelente pedida. Só que aqui estamos falando de água doce, mas se você gosta de mar, outro paraíso perdido no Brasil é a ilha de Fernando de Noronha. Também um passeio inesquecível. Prepare o bolso, pois ambos são caros, porém vale a pena, principalmente se deixarmos em casa computadores, tabletes e qualquer coisa que nos mantenha conectados, exceto o celular e, somente, para uma urgência.

Pode-se chegar ao destino de duas maneiras, um voo do Rio até São Paulo, de São Paulo até Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul. De lá até o nosso destino são quatro horas e meia de ônibus ou carro, numa estrada muito boa. A outra alternativa é um voo direto de Campinas ou São Paulo para Bonito. O único problema é que esses voos não são diários. Mas, é bem menos cansativo. Por exemplo, na nossa volta foram 11 horas de viagem incluindo o tempo gasto no avião, na espera em aeroportos e no retorno para Friburgo.

A cidade tem (números de 2021) 22.421 habitantes e é uma estância turística, além de ter uma agropecuária em expansão. Por isso, reúne vários hotéis, pousadas e resorts, sendo que esses tem o inconveniente de ficarem distantes do centro da cidade. O que eu fiquei, o Zagaia, dista quatro quilômetros da Praça da Liberdade, que é a principal de Bonito. Como municípios com menos de 30 mil habitantes não tem Uber, para ir ao centro, só de táxi. Vários restaurantes, cujo cardápio principal é o peixe, com destaque para o pintado, o dourado, a tilápia e o tambaqui. Muito apreciada é a sopa de piranha, servida no restaurante Casa do João, próximo à praça; dizem os locais que ali se come melhor do que na Casa do Peixe, em Campo Grande e que já tem mais de 40 anos de fundada. Essa eu conheço, pois almocei ali pouco depois da sua fundação. É uma ótima pedida para quem pernoita na capital do estado.

Vale a pena pegar o táxi e conhecer a cidade, o comércio é bem variado. A loja (DiBonito Cachaça) que vende cachaça produzida no local e com sabores da região é uma boa pedida. Outra visita que vale a pena é a Casa do Vidro, especializada em objetos de vidro, o mais interessante, reciclados. São lustres, copos, jarros, vasos, abajures etc.

Por fim, os passeios de Bonito que, segundo um dos guias locais, são aproximadamente 60, eu listei os dez melhores, dos quais fiz três, a saber: Gruta do Lago Azul, em que se desce 280 degraus e chega-se a um lago de águas azul turquesa. Essa coloração e transparência da água acontecem devido à ação de minerais, principalmente o calcário no fundo do lago e da incidência do sol iluminando o interior dela; Gruta de São Mateus que curiosamente é em cima da montanha, mas de uma exuberância sem igual, no que diz respeito a estalactites e estalagmites. Estalactites são formações pontiagudas que partem do teto e estalagmites são as formações pontiagudas que partem do solo. Elas são espeleotemas, isto é, se formam através do gotejamento de água pelas fendas das paredes das cavernas de rocha calcária. E também a Fazenda Mimosa, na serra da Bodoquena, com trilhas e nove cachoeiras, todas aptas ao banho.

Tem ainda o Recanto Ecológico Rio da Prata, em que se vê o fundo do rio com uma variedade de peixes; Rota Ibirá Pe, com seu passeio de caiaque pelo Rio Formoso; Parque Ecológico Rio Formoso; Lagoa Misteriosa nome popular de uma caverna alagada com cerca de 220 metros de profundidade e onde também se pratica mergulhos com snorkel; Cachoeiras da Boca da Onça, também com trilha na serra da Bodoquena e o passeio em quadriciclo no Pantanal. Em todos, vemos uma diversidade de pássaros e peixes, além de macacos, jacarés e mosquitos. Por isso, repelente é um acompanhante indispensável.

Bonito vale a pena ser visitado.

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Nenhuma mulher a menos

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A real intenção para a coluna desta semana, seria abordar o tema sobre o conflito entre Rússia, Ucrânia e a Otan e seus desdobramentos. Em contrapartida, é perceptível que de nada importa abordarmos sobre uma disputa do outro lado do planeta, se em nossa cidade vivemos uma verdadeira guerra contra as mulheres... e que estamos perdendo!

A real intenção para a coluna desta semana, seria abordar o tema sobre o conflito entre Rússia, Ucrânia e a Otan e seus desdobramentos. Em contrapartida, é perceptível que de nada importa abordarmos sobre uma disputa do outro lado do planeta, se em nossa cidade vivemos uma verdadeira guerra contra as mulheres... e que estamos perdendo!

Após, a polêmica decisão do corpo de jurados acerca do caso Rodrigo Marotti, muitos protestos foram realizados no último fim de semana e clamavam pelo fim da violência contra a mulher, contando com a distribuição de folhetos de instrução e gritos por justiça. Pouco depois, na última segunda-feira, 14, mais um caso chocou Nova Friburgo com tamanha brutalidade e que trouxe um sentimento de ainda mais tristeza à população.

O corpo de uma mulher de 37 anos foi encontrado com perfurações e incendiado ao lado de um carro, conforme noticiado por A VOZ DA SERRA. Fato é que esse caso, como relata a reportagem nesta página, foi um verdadeiro soco no rosto da população que sequer havia digerido a notícia pela não condenação por homicídio do acusado da morte de Alessandra Vaz e Daniela Mousinho.

Um crime não necessariamente tem a ver com o outro, mas essa nova tragédia comoveu a sociedade ainda mais pela semelhança entre o “caso Marotti”: o acusado é ex-companheiro, vítimas incendiadas e no mesmo distrito: Mury.

O drama do feminicídio no Brasil

Mas o que esse crime significa, exatamente? Quer dizer que toda e qualquer mulher morta é vítima de feminicídio? A resposta é NÃO!

Feminicídio é o termo usado para denominar o assassinato de mulheres cometido em razão do desprezo, da violência doméstica ou pela condição de gênero, ou seja, pelo simples fato de ser mulher.

Os dados do Brasil quanto a esses crimes bárbaros são revoltantes. Além de sermos considerado o quinto país do mundo que mais mata mulheres, estima-se que só em 2020, pelo menos 1.350 mulheres perderam a vida em crimes considerados como feminicídios. Uma média de uma mulher morta a cada seis horas e meia no país.

Raisa Ribeiro, professora de Direito Constitucional, na UniRio, pesquisadora do Núcleo Interamericano de Direitos Humanos e escritora de livros e artigos científicos explica que vivemos em uma sociedade racista, sexista e homofóbica que acaba constituindo nossa visão de mundo, de uma cultura machista e caracterizada pela dominação masculina.

 “A violência doméstica e familiar contra a mulher é um fenômeno real, grave, sendo consequência de uma sociedade pautada em uma estrutura patriarcal, na qual se privilegia o masculino em detrimento do feminino, tratando as mulheres como objetos dispensáveis e sem valor.”, explica Raisa.

Violência em todos os cantos

O verdadeiro sentimento que paira sob as mulheres é de medo. Existe o receio em andar pela rua e sofrer mais uma importunação, o desânimo em ter que fingir que nada aconteceu depois de um assédio, o pavor de ficar desacompanhada até determinada hora na rua e a impotência de saber, que mesmo acompanhada do seu parceiro a sua vida pode não valer nada.

A violência está em todos os cantos da sociedade, em pequenos gestos, como uma encarada no trânsito, que constrange e amedronta, até os extremos, que chegam às agressões físicas e a morte. Essas violações são tão constantes que, você pode não saber, mas, sem dúvida, conhece uma mulher vítima de violência. No Brasil, segundo o Ipec, 25 mulheres sofrem violência por minuto.

Eu me solidarizo com desmotivação de todas as mulheres pelas lutas que às vezes parecem ser em vão, mas não são. A batalha de mulheres corajosas tem cada dia mais mudado a nossa sociedade, como exemplo, o Tecle Mulher, em Nova Friburgo, que apoia e orienta vítimas, de modo anônimo, de violência doméstica, por meio das redes sociais ou o telefone (21) 995 991 002; ou através da Polícia Militar pelo número, 190.

“O ninguém solta a mão de ninguém nunca fez tanto sentido” – Andreza Vaz, irmã da Alessandra Vaz, morta pelo incêndio em Mury, em 2019.

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