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Sede da decisão

sábado, 09 de novembro de 2024

Nova Friburgo sedia a final da 11ª Copa Sesc de Futsal

Nova Friburgo sedia a final da 11ª Copa Sesc de Futsal

        Chegou a hora da verdade, e Nova Friburgo será o palco da festa. A 11ª Copa Sesc de Futsal, que reúne equipes formadas por trabalhadores de empresas do setor de comércio de bens, serviços e turismo do estado, terá um grande campeão definido neste fim de semana. Após a disputa das fases regionais, realizadas em nove unidades do Sesc RJ espalhadas pelo estado, foram conhecidas as equipes vencedoras de cada local e, consequentemente, as postulantes ao título, que será disputado na fase final, na quadra do Sesc Nova Friburgo. A entrada é gratuita.
        Nesta sexta-feira, 08, para abrir a fase final da Copa Sesc, foi realizado um amistoso entre o atual campeão carioca e o time da cidade: Vasco x Friburguense. Já neste sábado, 09, será a vez dos nove times classificados para a fase final entrarem em quadra. Das 8h às 17h, as equipes irão se enfrentar na fase classificatória e os quatro melhores times avançarão para as semifinais.
        No domingo, 10, a partir das 8h, serão disputadas duas semifinais e, então, a grande final. Além de toda emoção natural da disputa, outra atração desse dia será a presença surpresa de um grande nome do futebol nacional.
        A Copa Sesc é a maior competição esportiva entre as empresas do comércio, bens, serviço e turismo e comerciários do estado do Rio de Janeiro. “É uma prática de atividade saudável que busca a integração entre as equipes, a melhora do condicionamento físico, manutenção da cultura esportiva e uma ferramenta para estreitar os laços entre o Sesc RJ, seus parceiros e os comerciários. Os custos de viagem, estadia e alimentação dos atletas para a grande decisão são arcados pela instituição”, afirma o Sesc.
 

11ª Copa Sesc de Futsal (masculino)

08/11, às 19h30 - Amistoso Vasco x Friburguense
09/11, das 8h às 17h - Etapa classificatória
10/11, das 8h às 12h - Semifinais e Grande final

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    Nova Friburgo recebe as partidas decisivas de mais uma edição da Copa Sesc (Foto: Divulgação / Sesc)

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    Confirmando a sua rápida ascensão no futebol do Rio de Janeiro, o Maricá foi o campeão da Copa Rio de 2024. O título inédito do clube metropolitano veio após o empate em 0 a 0, com o Olaria, na tarde da última quarta-feira, 06, no Estádio João Saldanha, na segunda partida da decisão da competição. O Tsunami foi beneficiado pelo resultado no jogo de ida, quando venceu a equipe da Rua Bariri, por 1 a 0, com gol do artilheiro Pablo Thomaz. Além da conquista inédita, o Lobisomem, que já havia faturado também a Taça Santos Dumont e a Série A2 Carioca - chegando à elite do futebol do Rio no próximo ano -, vai jogar a Série D do Campeonato Brasileiro em 2025, vaga obtida pelo título. Das 23 partidas disputadas este ano, o Maricá venceu 13 jogos, empatou nove e foi derrotado uma única vez. Já o Azulão, vice-campeão, fica com a vaga na Copa do Brasil do próximo ano. (Foto: Bruno Maia)

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Paradoxo da liberdade

sexta-feira, 08 de novembro de 2024

Em um mundo cada vez mais voltado para a produtividade, a eficiência e a constante busca pelo sucesso, o conceito de felicidade parece, para muitos, estar entrelaçado com a ideia de liberdade. Ser feliz, afinal, é ter liberdade: liberdade para escolher, para ser quem se é, para agir sem amarras. Mas, se pensarmos bem, será que a felicidade e a liberdade são, de fato, os objetivos que pensamos que são? Ou será que nossa busca incessante por essas duas coisas está, paradoxalmente, nos aprisionando ainda mais?

Em um mundo cada vez mais voltado para a produtividade, a eficiência e a constante busca pelo sucesso, o conceito de felicidade parece, para muitos, estar entrelaçado com a ideia de liberdade. Ser feliz, afinal, é ter liberdade: liberdade para escolher, para ser quem se é, para agir sem amarras. Mas, se pensarmos bem, será que a felicidade e a liberdade são, de fato, os objetivos que pensamos que são? Ou será que nossa busca incessante por essas duas coisas está, paradoxalmente, nos aprisionando ainda mais?

Nosso primeiro equívoco costuma ser a ideia de que felicidade é um estado permanente. Estamos acostumados a associá-la a momentos de prazer contínuo, a uma linha de chegada em que, uma vez atingida, podemos descansar e usufruir dessa condição para o resto de nossas vidas. Mas felicidade, se a olharmos com mais atenção, não é um ponto fixo no horizonte, mas uma experiência momentânea, muitas vezes efêmera, que se renova a cada instante. A verdadeira felicidade não está no "ter" ou no "chegar", mas no "ser" e no "viver" intensamente cada etapa da jornada.

É aqui que entra a liberdade. No sentido mais básico, liberdade é a capacidade de agir de acordo com a própria vontade, sem restrições externas ou internas, é assumir ser quem se é. E ponto. A liberdade não é apenas a capacidade de agir conforme nosso desejo imediato, mas a capacidade de escolher nossas limitações de forma consciente. A verdadeira liberdade é a liberdade de escolher as cadeias que nos definem — seja uma profissão, um propósito, uma relação ou um estilo de vida. Sem essas escolhas, sem um compromisso com algo que seja genuinamente importante para nós, nossa liberdade vira um terreno fértil para a confusão, a dispersão e, em última instância, a frustração.

Nesse ponto, os dois conceitos começam a se entrelaçar. A liberdade que nos leva à felicidade não é aquela de seguir todos os nossos impulsos momentâneos, mas sim aquela que vem da autodeterminação e do autoconhecimento. Quando somos livres para escolher os caminhos que ressoam com nossos valores mais profundos, sem pressões externas ou internas, a felicidade não é mais um objetivo distante, mas uma experiência contínua, ancorada nas escolhas que fazemos.

No entanto, nossa sociedade moderna parece oferecer uma visão de felicidade que se aproxima mais de um produto consumível do que de uma experiência vivencial. Buscamos a felicidade como quem compra algo em uma prateleira de supermercado: rápido, fácil e imediato. As redes sociais, com seus filtros perfeitos e suas vitórias parciais, alimentam a ilusão de que a felicidade é uma conquista visível e pública, ao alcance de qualquer um disposto a se esforçar. E, ao mesmo tempo, impõem uma definição de liberdade que é, na verdade, uma forma disfarçada de escravidão: a necessidade de estar sempre disponível, sempre conectado, sempre agradando aos outros.

A verdadeira liberdade, no entanto, muitas vezes está em se desconectar dessas expectativas externas. Ela reside na coragem de se afastar do que não ressoa com a nossa verdade interior, de dizer não quando necessário, de priorizar o que realmente importa e de se permitir errar, aprender e crescer sem pressões.

Mas há algo ainda mais profundo e menos reconhecido nessa busca pela felicidade e pela liberdade. Ela não se refere apenas à liberdade externa, mas também à liberdade interna: a liberdade de ser quem realmente somos, sem as máscaras que usamos para agradar, sem os medos que nos paralisam, sem as crenças limitantes que nos aprisionam. Essa liberdade interior é a chave para a felicidade duradoura, porque ela nos permite viver de forma autêntica e plena, com todas as imperfeições que isso implica.

Quando somos capazes de olhar para dentro e questionar nossas próprias verdades, os preconceitos e as limitações que carregamos, começamos a viver com mais leveza. A verdadeira felicidade, então, não é a ausência de dificuldades ou desafios, mas a capacidade de lidar com eles de maneira consciente, com um senso de propósito e de paz interior. O que liberta, portanto, é o entendimento de que a felicidade não é um destino fixo, mas uma escolha constante, uma prática diária de ser, agir e viver com autenticidade.

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Segue na briga

sexta-feira, 08 de novembro de 2024

Frizão empata sem gols e terá que vencer na rodada final da B1

Frizão empata sem gols e terá que vencer na rodada final da B1

        O cenário não é dos mais simples, mas ainda é possível para o Friburguense. O empate sem gols contra o São Gonçalo, em partida realizada na última quarta-feira, 6, no Eduardo Guinle, impede que o time comandado por Gerson Andreotti dependa apenas de si para avançar às semifinais. O Tricolor volta a campo na próxima terça-feira, dia 12, quando enfrenta o Nova Cidade, fora de casa, no estádio Joaquim Flores, e o primeiro passo será vencer para manter vivo o sonho do acesso à segunda divisão do futebol carioca.

        Além disso, o Pérolas Negras pinta como o principal concorrente à vaga na próxima fase. A equipe de Resende soma oito pontos na tabela de classificação, um a menos que o Friburguense, e irá receber o São Cristóvão na última rodada. Contudo, ainda possui um jogo a menos, contra o São Gonçalo, pela quarta rodada, que está sub judice. Com nove pontos ganhos, o Frizão terá que somar mais três fora de casa, e torcer contra o concorrente.

       

Outros jogos

        Após esta penúltima rodada da Série B1 carioca, Artsul e Paduano garantiram a vaga nas semifinais. O Tricolor da Dutra garantiu a vaga ao golear o Belford Roxo, por 4 a 0, no Nivaldo Pereira, em Austin, na Baixada Fluminense. Já o Trovão Azul, mesmo folgando, foi beneficiado pelos resultados da rodada.

        Ambos chegaram aos 13 pontos e dividem a liderança da Taça Corcovado, com vantagem para o Artsul, nos critérios técnicos. Outra equipe com dois jogos a fazer é exatamente o Pérolas Negras, que arrancou um empate em 2 a 2, com o Serrano, em confronto emocionante, no Atílio Marotti, em Petrópolis.

O Pérolas Negras, que ainda tem chances de classificação, soma oito pontos (6º colocado), enquanto o Leão confirmou a permanência na B1 ao atingir seis pontos, na oitava posição. Quem escapou também do rebaixamento foi o São Cristóvão, que superou o Nova Cidade, por 1 a 0, no Ronaldo Nazário. O time cadete tem sete pontos e está em sétimo lugar, enquanto o Quero-Quero possui nove, na quinta posição.

        Já a Sociedade Esportiva Belford Roxo, de folga na rodada final, terminou sua participação no Campeonato Carioca da Série B1, ao ser goleado por 4 a 0 pelo Artsul, no estádio Nivaldo Pereira, em Nova Iguaçu. O clube acabou rebaixado para a Série B2 em 2025, terminando na lanterna do torneio, sem nenhuma vitória, com seis empates e duas derrotas.

 

Tabela do Frizão

Friburguense 0 x 1 Pérolas Negras, Eduardo Guinle

Paduano 0 x 1 Friburguense, Antônio de Medeiros

Friburguense 0 x 0 Serrano, Eduardo Guinle

São Cristóvão 1 x 0 Friburguense, Ronaldo Nazário

Friburguense 2 x 0 Artsul, Eduardo Guinle

Belford Roxo 1 x 1 Friburguense, Nélio Gomes

Friburguense x São Gonçalo, Eduardo Guinle

12/nov - Ter - 15h - Nova Cidade x Friburguense, a definir

 

Classificação da Taça Corcovado

1º- Artsul, 13 pts

2º- Paduano, 13 pts

3º- São Gonçalo, 10 pts

4º- Friburguense, 9 pts

5º- Nova Cidade, 9 pts

6º- Pérolas Negras, 8 pts

7º- São Cristóvão, 7 pts

8º- Serrano, 6 pts

9º- Belford Roxo, 6 pts

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    Empate em casa deixa Frizão dependente de outros resultados para ir às semifinais (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Andreotti prepara o Friburguense para buscar a vitória em casa e manter chances de acesso (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Eleição americana, alta do dólar e Nova Friburgo

quinta-feira, 07 de novembro de 2024

Pela manhã desta quarta-feira, 6, por volta das 7h30 (horário de Brasília), Donald Trump já havia conquistado a maioria dos delegados necessários para garantir sua vitória. Esse resultado não apenas confirmou uma vitória esperada, como também foi decidida bem antes do previsto.

Pela manhã desta quarta-feira, 6, por volta das 7h30 (horário de Brasília), Donald Trump já havia conquistado a maioria dos delegados necessários para garantir sua vitória. Esse resultado não apenas confirmou uma vitória esperada, como também foi decidida bem antes do previsto.

A votação para a Câmara dos Deputados ainda não foi concluída, e o resultado deve demorar mais para ser definido. No entanto, a apuração parcial já aponta uma vantagem republicana. Caso a maioria seja confirmada em ambas as casas, Trump terá mais facilidade para aprovar suas políticas, o que já está impactando os mercados financeiros.

O dólar turismo alcançou a marca de R$ 6 na manhã desta quarta-feira, 6, após a confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. A moeda americana apresentou valorização global, seguindo uma tendência observada nas últimas, quando os avanços do republicano nas pesquisas de voto já haviam provocado esse movimento.

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos tem gerado um cenário de incerteza e preocupação, especialmente no Brasil, devido à forte alta da moeda americana. Para entender o que pode acontecer nos próximos meses, é preciso considerar alguns fatores:

 

Políticas protecionistas

Os Estados Unidos enfrentam uma inflação considerada alta, especialmente nos preços de produtos essenciais, como alimentos, energia e combustíveis - o que tem gerado preocupação entre a população. A tomada de ações para a redução da inflação americana, podem fortalecer o dólar, impactando economias emergentes como a brasileira.

Além disso, Trump tem um histórico de posicionamentos econômicos protecionistas, com foco em políticas de "America First" (A América em primeiro lugar). A expectativa é de que Trump eleve as tarifas comerciais. Em campanha, prometeu sobretaxar todas as importações, até mesmo de aliados, em 20%, e as chinesas em 60%.

Embora a expectativa seja de que o governo republicano procure impulsionar o crescimento interno dos EUA, qualquer sinal de uma política externa mais isolacionista ou novas tarifas comerciais pode afetar o comércio global e gerar um “furduncinho” nos mercados financeiros, o que inclui em variações repentinas no valor do dólar.

É bem possível que as novas políticas defendidas por Trump possam fazer o dólar avançar nas próximas semanas. Essas medidas podem beneficiar a economia dos EUA, atraindo mais investimentos estrangeiros e pressionando ainda mais a demanda pelo dólar. Em contrapartida, manter a moeda americana mais valorizada ainda frente ao real.

 

Impactos na nossa vida

O Brasil, como economia emergente, é extremamente sensível a mudanças no cenário internacional. A alta do dólar pode afetar negativamente diversos setores da economia brasileira, impactando diretamente nas nossas vidas, desde o preço do pão até mesmo a geração de empregos em nossa cidade.

Com um déficit gigantesco na economia do Brasil, o custo da dívida externa nacional — que é denominada em dólares — tende a aumentar abruptamente. Esse aumento pode abalar a confiança na moeda brasileira, resultando em uma desvalorização do real nos próximos meses.

Além disso, importações, tornam-se mais caras, desde produtos industrializados, até mesmo às matérias primas, como o trigo. Como a maior parte do trigo brasileiro é importado, podemos ver as mudanças a curto prazo mesmo em produtos de mesa como pães, bolos e biscoitos.

Por outro lado, a alta do dólar afeta o preço dos tecidos, de forma direta, no caso das importações, quanto indireta, já que produtos como fibras naturais e sintéticas também são cotados em dólar. Isso pode dificultar as vendas, resultando em menos renda para representantes comerciais, confecções e costureiras, que enfrentam custos mais altos para manter seus negócios funcionando.

Em um mundo extremamente globalizado e interligado, precisamos estar atentos às mudanças do planeta. A coluna Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta, inclusive, com as eleições americanas.

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Só a verdade cura

quinta-feira, 07 de novembro de 2024

Não tem saída para problemas emocionais pessoais, familiares, sociais, políticos e até empresariais, sem o conhecimento e a prática da verdade. A verdade é corretora, preserva a saúde, pessoal, familiar, social, política, corporativa, espiritual. A meta da psicoterapia, que é um tratamento psicológico para resolução de conflitos e sintomas emocionais, é a busca da verdade de como se lida com pensamentos, sentimentos, decisões, motivações, necessidades de afeto, para ver o que funciona mal nisso e o que precisa conserto.

Não tem saída para problemas emocionais pessoais, familiares, sociais, políticos e até empresariais, sem o conhecimento e a prática da verdade. A verdade é corretora, preserva a saúde, pessoal, familiar, social, política, corporativa, espiritual. A meta da psicoterapia, que é um tratamento psicológico para resolução de conflitos e sintomas emocionais, é a busca da verdade de como se lida com pensamentos, sentimentos, decisões, motivações, necessidades de afeto, para ver o que funciona mal nisso e o que precisa conserto. Conhecer a verdade, então, pode libertar a pessoa do sofrimento que ela não mais precisa continuar a ter.

Mas você precisa querer a verdade se deseja cura. Não se pode impor a verdade para quem não a quer. A mentira destrói e seus resultados são desastrosos para a pessoa, para a família, para a sociedade. Nosso organismo funciona bem na base da verdade. Por exemplo, a mentira diz que o vinho faz bem ao coração. A verdade diz que é o resveratrol da uva que pode dilatar artérias e ajudar o coração e a circulação, e que o álcool do vinho continua sendo tóxico para o corpo e o cérebro.

A mídia, por conflitos de interesse, pesquisa superficial, ideologias, ignorância no assunto, muitas vezes divulga para milhões de pessoas informações mentirosas como se fossem verdades científicas. Ou anunciam meia verdade. Mas ninguém precisa continuar sendo enganado se realmente quiser a verdade e se tiver a disposição procurar por ela.

Não tome decisões importantes na sua vida baseado nos seus sentimentos, nas suas emoções, mas no conhecimento racional da verdade, a qual não é algo relativo. Ela tem solidez, conteúdo certo, parâmetros equilibrados, e é estável.

Na estrutura de nosso caráter, se você professa ou não uma religião, existe a mentira e a verdade misturadas. De repente surge de dentro de você um impulso destrutivo que você desconhecia. Daí você agride alguém com uma palavra, uma atitude ou uma omissão. E surge um bom pensamento de ajudar alguém sem nenhum interesse por detrás. O eu não pode curar o eu. Precisamos do poder da verdade que vem de fora e de cima para que ela vá acabando com nossas mentiras se quisermos que ela faça isso e se a escolhermos para governar nossa mente e nossa vida. O que tem escolhido para dirigir sua vida, a mentira ou a verdade?

Os erros existentes na sociedade só podem ser corrigidos pela verdade. Não devemos ter simpatia pelos ricos que oprimem os pobres e nem encorajar os pobres em ações contra os ricos por causa do ciúme e inveja dos ricos. Não apoie aquilo que leva os poderosos a atropelar os fracos e indefesos. Precisamos aprender a ser imparciais e mais que isso, aprender a abrir a mão aos necessitados e ter compaixão pelos aflitos e pelos que estão sofrendo necessidade.

A verdade coloca seu selo sobre as pessoas não em função da posição delas, não devido à riqueza material ou grandeza intelectual delas, mas em função da incorporação da verdade na vida pessoal. É a pureza do coração operada pela verdade que constitui o verdadeiro valor dos seres humanos. E perguntas importantes para você fazer a si mesmo são: Quero a verdade? Quero a verdade para melhorar meu caráter? Quero a verdade para praticá-la e amadurecer em vez de egoistamente só querer tirar benefícios dela? Quero a verdade para ela administrar minha vida? Quero para ela me curar, ou quero a cura na mentira? Não tem cura na mentira, nem pessoal, nem familiar, nem nos poderes sociais.

Você e eu recebemos vida por um tempo para ver se aceitaremos e praticaremos a verdade. Nela obtemos alívio, conseguimos progresso, ajudamos os oprimidos e construímos um estado de coisas na sociedade que favorece a justiça social. O sistema do mundo não funciona baseado na verdade. Mas você pode evitar seguir nessa onda, resistir à mentira, e escolher a verdade que produz cura. Vivendo a verdade você vai ser perseguido, mas ajudará muita gente e terá paz interior que nenhum poder desse mundo poderá tirá-la da sua mente.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Voando

quinta-feira, 07 de novembro de 2024

Sub-17 do Friburguense volta a vencer o Serrano e vai às semifinais da Série A2

Resgatando e fortalecendo as suas raízes, o Friburguense tem muito o que comemorar em relação ao futebol de base neste ano. Além das participações em competições de nível nacional, do convite para uma competição fora do país e dos investimentos feitos, o Tricolor da Serra também celebra os resultados obtidos em campo. E o time sub-17 merece um destaque especial.

Sub-17 do Friburguense volta a vencer o Serrano e vai às semifinais da Série A2

Resgatando e fortalecendo as suas raízes, o Friburguense tem muito o que comemorar em relação ao futebol de base neste ano. Além das participações em competições de nível nacional, do convite para uma competição fora do país e dos investimentos feitos, o Tricolor da Serra também celebra os resultados obtidos em campo. E o time sub-17 merece um destaque especial.

Os meninos seguem brilhando no Campeonato Carioca da Série A2, e voltaram a vencer o Serrano no jogo de volta das quartas de final, repetindo o placar construído em Nova Friburgo. Os 3 a 1 anotados no último sábado, 2, no estádio Atílio Marotti, carimbaram o passaporte do time comandado pelo ídolo Bidu.

O adversário na briga por uma vaga na decisão será o Resende, e o primeiro jogo acontecerá no próximo dia 17, um domingo, no Eduardo Guinle, com a volta acontecendo na quarta-feira, 20. A outra semifinal será entre o América, que eliminou o Belford Roxo, e o vencedor de Maricá e Cabofriense. Os dois times fazem o segundo jogo neste sábado, 9, após empatarem sem gols na partida de ida, realizada em Cabo Frio.

Além da classificação, o Friburguense também se garantiu na Copa Rio da categoria do ano que vem, significando calendário completo para os meninos das categorias sub-15 e 17, de março a julho, enfrentando novamente os times grandes do Estado do Rio de Janeiro.

 

Brasil de volta

Fórmula 1 voltará a ter piloto brasileiro depois de oito anos

Modalidade das mais queridas pelos brasileiros, desde os tempos de Piquet, passando pelo ídolo Ayrton Senna e envolvendo tantos outros nomes, a Fórmula 1 voltará a ter um representante nacional. Gabriel Bortoleto foi confirmado pela Sauber como piloto titular e vai disputar a Fórmula 1 no ano que vem ao lado do alemão Nico Hülkenberg. O Brasil não tinha um representante no torneio desde 2017, último ano de Felipe Massa no grid.

Bortoleto tem 20 anos, é o líder da Fórmula 2 e atual campeão da Fórmula 3. Como assinou contrato plurianual com a Sauber, Gabriel Bortoleto deixará o Programa de Desenvolvimento de Pilotos da McLaren. “Este é um dos projetos mais empolgantes do automobilismo, se não de todo o esporte. Fazer parte de uma equipe que combina a rica história da Sauber e da Audi no automobilismo é uma verdadeira honra. Meu objetivo é crescer com este projeto ambicioso e alcançar o topo do automobilismo”, afirmou o piloto.

Os titulares Valtteri Bottas e Guanyu Zhou não tiveram os contratos renovados com a Sauber. “Estou incrivelmente grato pela oportunidade que a equipe me deu e pela chance de trabalhar ao lado de um piloto experiente como Nico. Ambos os programas têm um histórico comprovado de desenvolver jovens talentos e estou confiante de que juntos escreveremos nossa própria história de sucesso”, completou.

No último domingo, 3, o atual líder da Fórmula 1, Max Verstappen, elogiou o brasileiro: “Se eu fosse a Sauber, já o teria contratado”, disse o piloto holandês aos repórteres antes do Grande Prêmio de São Paulo, em Interlagos.

Oscar Piastri, da McLaren, que ganhou o título da F3 em 2020 e da F2 em 2021, mas teve que esperar um ano antes de conseguir uma vaga na F1, concordou que Bortoleto merecia estar no grid da F1 no ano que vem. “Acho que ele está fazendo um trabalho impressionante. Tenho experiência pessoal com a dor de não conseguir uma vaga. Então, para o bem dele, espero que ele não tenha que passar por isso”, disse o australiano.

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    Meninos do Frizão seguem fazendo bonito e estão nas semifinais da Série A2 (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Equipe comandada por Bidu já se garante entre os grandes na Copa Rio de 2025 (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Bortoleto recebeu diversos elogios, e gera boa expectativa no universo da Fórmula 1 (Foto: Dutch Photo Agency / KTF Sports)

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Boa novidade

quarta-feira, 06 de novembro de 2024

Prêmio Bicicleta Brasil seleciona 76 iniciativas de todo país

        O Ministério das Cidades publicou no Diário Oficial da União as 76 iniciativas habilitadas para a fase de julgamento técnico do Prêmio Bicicleta Brasil. Todos os projetos vão receber o Selo Bicicleta Brasil, um símbolo de reconhecimento de boas práticas que incentivem o uso da bicicleta pelo país.

        As iniciativas são de 15 estados, sendo os líderes em quantidade de projetos, o Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo.

Prêmio Bicicleta Brasil seleciona 76 iniciativas de todo país

        O Ministério das Cidades publicou no Diário Oficial da União as 76 iniciativas habilitadas para a fase de julgamento técnico do Prêmio Bicicleta Brasil. Todos os projetos vão receber o Selo Bicicleta Brasil, um símbolo de reconhecimento de boas práticas que incentivem o uso da bicicleta pelo país.

        As iniciativas são de 15 estados, sendo os líderes em quantidade de projetos, o Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo.

        “Temos projetos de aldeias indígenas, de áreas rurais, de periferias, de cidades médias, grandes. Isso representa uma gama de boas ideias que vão inspirar outras boas ideias em diversos cantos do país”, disse, em nota, o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia.  “Assim, a bicicleta avança em direção ao desenvolvimento de um transporte público integrado e menos poluente”, acrescentou.

        Após a fase de avaliação das iniciativas, os vencedores receberão troféus e certificados e, para as organizações da sociedade civil, haverá ainda recompensas em dinheiro. O primeiro lugar de cada categoria será premiado com R$ 50 mil, o segundo com R$ 20 mil e o terceiro com R$ 5 mil.

        A premiação é dividida em seis categorias: Incentivo ao Uso da Bicicleta; Fomento à Cultura da Bicicleta; Projetos, Planos, Programa e Urbanização; Mobilização e Incidência Política; Segurança Viária e Sistemas de Informação e Redes.

 

Pra cima, Frizão!

Em casa, Tricolor inicia sequência de jogos decisivos pela Série B1

        Dependendo apenas de si para chegar às semifinais da Série B1, o Friburguense faz a primeira de suas duas finais nesta quarta-feira, 06, quando recebe o São Gonçalo, às 15h, no Eduardo Guinle. Os ingressos para a partida, que pode recolocar a equipe no G-4 da competição, são vendidos nas bilheterias do estádio, com preços a partir de R$ 10.

        “Todo jogo, a partir de agora, é um confronto direto. Sabemos disso. Os jogos contra São Gonçalo e Nova Cidade serão difíceis, e precisamos ganhar os dois para classificar. Os times são muito iguais, são jogos de muita briga, mas precisamos passar por cima disso para conseguirmos classificar”, decreta o lateral Ricardinho, autor do gol do Friburguense no empate com o Belford Roxo.

O Frizão soma oito pontos na B1, ocupando a 5ª posição na tabela. Na prática, o time de Nova Friburgo vai encarar ainda dois rivais que estão à sua frente na tabela: São Gonçalo e Nova Cidade, ambos com nove (um a mais em relação à equipe friburguense). Ou seja, duas vitórias selam a vaga na semifinal da B1.

        “Fizemos 40 minutos no campo deles, e os cinco minutos finais do segundo tempo eles poderiam até ter virado o jogo. O segundo tempo foi equilibrado, mas fizemos um bom jogo, de acordo com o campo, e estamos na briga. Dependemos apenas da gente”, reforça o técnico Gerson Andreotti.

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    Primeiro lugar de cada categoria do prêmio receberá a quantia de R$ 50 mil (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

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    Frizão inicia sequência decisiva para seguir sonhando com o acesso à Série A2 (Divulgação: Vínícius Gastin)

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Encontrar os amigos é sempre agradável

quarta-feira, 06 de novembro de 2024

Sábado passado fui ao Rio de Janeiro, para encontrar com meus amigos de mais de 50 anos, colegas de turma e de profissão, para um papo descontraído, na Academia da Cachaça, no Leblon. Anteriormente, nossos encontros eram no famoso bar Veloso, ponto de encontro de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, na década de 1970 e que ficou famoso por causa disso. Mas, com a morte de nosso querido Carlinhos, levado pela covid lá se vão quatro anos, as saudades eram tantas que resolvemos mudar de local.

Sábado passado fui ao Rio de Janeiro, para encontrar com meus amigos de mais de 50 anos, colegas de turma e de profissão, para um papo descontraído, na Academia da Cachaça, no Leblon. Anteriormente, nossos encontros eram no famoso bar Veloso, ponto de encontro de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, na década de 1970 e que ficou famoso por causa disso. Mas, com a morte de nosso querido Carlinhos, levado pela covid lá se vão quatro anos, as saudades eram tantas que resolvemos mudar de local.

Numa mesa que já nos é cativa, pois nossos encontros costumam ser bimensais, éramos oito colegas num papo descontraído e saudável. É proibido falar em doenças, lugar comum de todos nós, por causa da nossa idade, senão as conversas girariam, somente, em torno das artrites, sinovites, artrites e outras ites. No entanto, falar de netos, viagens, do dia a dia dos aposentados e dos que ainda trabalham é saudável e bem-vindo. Poucos pararam de trabalhar totalmente como eu, ainda mais que, como dizemos no jargão médico, a medicina é como uma cachaça e é difícil se afastar dela. Tanto é assim, que mesmo sem clinicar não deixo de comparecer aos encontros científicos do meu grupo de endocrinologistas de Friburgo. É uma maneira de me manter atualizado, numa especialidade em que militei por quarenta anos.

Apesar de a faculdade ser em Niterói, muitos eram do Rio e, sem bairrismo, pois muitas vezes recebemos a visita de amigos de outros estados, a maioria era local, à exceção de mim, de Friburgo, e duas outras colegas do outro lado da baía, de onde falam as más línguas, que a vista da cidade maravilhosa é mesmo maravilhosa.

Durante quase quatro horas bebemos, beliscamos e almoçamos relembrando os tempos de faculdade que já se foram há muito tempo, pois todos temos mais de 70 anos; casos curiosos acontecidos na época do internato, nos plantões de maternidade ou pronto socorro e da vida profissional mesmo. Não faltou também a lembrança daqueles que já se foram, que fizeram e fazem, também, parte da nossa história. Infelizmente, dada a nossa idade, essas notícias tristes vão se tornar mais frequentes, mas não podemos fugir disso, é inevitável. O mais gratificante é saber que colegas que estavam afastados há um bom tempo, que não participaram das nossas comemorações do jubileu de ouro da formatura, começaram a se integrar ao grupo e, hoje, esperam o próximo encontro em 2026, para também, participarem da nossa festa.

Turmas unidas como a nossa não é muito frequente, mas isso deveria ser uma constante, pois os laços de amizade construídos ao longo dos anos são importantes para a nossa história de vida. Me lembro que a minha turma do ginásio, do colégio São Bento, se encontrava pelo menos uma vez por ano, num grande almoço de confraternização. Por causa da pandemia de 2019 o laço se rompeu, mas deveria ser renovado.

Dessa vez não dormi no Rio e voltei para casa ao final da nossa confraternização. Devo confessar que foi cansativo, mas gratificante. Outros encontros já estão em estudo, pois nessa altura do campeonato temos mais é que aproveitar o tempo que nos está, ainda, disponível.

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Sinodalidade: conversão para mais missionários

terça-feira, 05 de novembro de 2024

Parte 2

A conversão das relações

Parte 2

A conversão das relações

“A necessidade de uma Igreja mais capaz de nutrir as relações: com o Senhor, entre homens e mulheres, nas famílias, nas comunidades, entre todos os cristãos, entre grupos sociais, entre religiões, com a criação” é a constatação que abre a segunda parte do Documento (49-77). E “não faltou também quem compartilhou o sofrimento de se sentir excluído ou julgado” (50). “Para ser uma Igreja sinodal, é necessária, portanto, uma verdadeira conversão relacional. Devemos aprender novamente com o Evangelho que o cuidado com as relações e os vínculos não é uma estratégia ou instrumento para uma maior eficácia organizacional, mas é o modo como Deus Pai se revelou em Jesus e no Espírito” (50).

As “recorrentes expressões de dor e sofrimento por parte de mulheres de todas as regiões e continentes, sejam leigas ou consagradas, durante o processo sinodal, revelam o quanto frequentemente falhamos em fazer isso” (52). Em particular, “o chamado à renovação das relações no Senhor Jesus ressoa na pluralidade de contextos” ligados “ao pluralismo das culturas”, com, às vezes, “sinais de lógicas relacionais distorcidas e até mesmo opostas às do Evangelho” (53). O ponto é direto: “Nessa dinâmica encontram-se as raízes dos males que afligem nosso mundo” (54), mas “o fechamento mais radical e dramático é aquele em relação à própria vida humana, que leva ao descarte de crianças, ainda no ventre materno, e dos idosos” (54).

 

Ministérios para a missão

“Carismas, vocação e ministérios para a missão” (57-67) estão no centro do Documento, que visa à participação mais ampla de leigas e leigos. O ministério ordenado é “a serviço da harmonia” (68) e, em especial, “o ministério do bispo” é “unir em unidade os dons do Espírito” (69-71). Entre diversas questões, foi constatado que “a relação constitutiva do Bispo com a Igreja não parece hoje suficientemente clara no caso dos bispos titulares, como os representantes pontifícios e aqueles que servem na Cúria Romana”. Junto com o bispo estão “presbíteros e diáconos” (72-73), para uma “colaboração entre os ministros ordenados na Igreja sinodal” (74). É significativa, ainda, a experiência da “espiritualidade sinodal” (43-48), com a certeza de que “se faltar a profundidade espiritual pessoal e comunitária, a sinodalidade se reduz a um expediente organizacional” (44). Por isso, destaca-se, “praticado com humildade, o estilo sinodal pode tornar a Igreja uma voz profética no mundo de hoje” (47).

 

A conversão dos processos

Na terceira parte do Documento (79-108), é imediatamente destacado que “na oração e no diálogo fraterno, reconhecemos que o discernimento eclesial, o cuidado dos processos decisórios e o compromisso de prestar contas de nossas ações e de avaliar os resultados das decisões tomadas são práticas com as quais respondemos à Palavra que nos indica os caminhos da missão” (79). Em particular, “essas três práticas estão intimamente interligadas. Os processos decisórios necessitam do discernimento eclesial, que requer escuta em um clima de confiança, que a transparência e a prestação de contas sustentam.

A confiança deve ser mútua: aqueles que tomam as decisões precisam poder confiar e ouvir o Povo de Deus, que, por sua vez, necessita poder confiar em quem exerce a autoridade” (80). “O discernimento eclesial para a missão” (81-86), na verdade, “não é uma técnica organizativa, mas uma prática espiritual a ser vivida na fé” e “nunca é a afirmação de um ponto de vista pessoal ou de grupo, nem se resolve na simples soma de opiniões individuais” (82). “A articulação dos processos decisórios” (87-94), “transparência, prestação de contas, avaliação” (95-102), “sinodalidade e organismos de participação” (103-108) são pontos centrais das propostas contidas no Documento, surgidas da experiência do Sínodo.  

 

A conversão dos laços

“Em um tempo em que muda a experiência dos lugares onde a Igreja está enraizada e peregrina, é necessário cultivar de novas formas a troca de dons e a interligação dos laços que nos unem, sustentados pelo ministério dos bispos em comunhão entre si e com o Bispo de Roma”: esta é a essência da quarta parte do Documento (109-139). A expressão “enraizados e peregrinos” (110-119) recorda que “a Igreja não pode ser compreendida sem o enraizamento em um território concreto, em um espaço e em um tempo onde se forma uma experiência compartilhada de encontro com Deus que salva” (110).

Também com uma atenção aos fenômenos da “mobilidade humana” (112) e da “cultura digital” (113). Nessa perspectiva, “caminhar juntos nos diferentes lugares como discípulos de Jesus na diversidade dos carismas e dos ministérios, assim como na troca de dons entre as Igrejas, é um sinal eficaz da presença do amor e da misericórdia de Deus em Cristo” (120). “O horizonte da comunhão na troca de dons é o critério inspirador das relações entre as Igrejas” (124). Daqui surgem os “laços pela unidade: Conferências episcopais e Assembleias eclesiais” (124-129). Particularmente significativa é a reflexão sinodal sobre “o serviço do bispo de Roma” (130-139). Justamente no estilo da colaboração e da escuta, “antes de publicar documentos normativos importantes, os Dicastérios são exortados a iniciar uma consulta das Conferências episcopais e dos organismos correspondentes das Igrejas Orientais Católicas” (135).  

 

Formar um povo de discípulos missionários

“Para que o santo Povo de Deus possa testemunhar a todos a alegria do Evangelho, crescendo na prática da sinodalidade, necessita de uma formação adequada: antes de tudo, à liberdade de filhos e filhas de Deus na sequela de Jesus Cristo, contemplado na oração e reconhecido nos pobres”, afirma o Documento em sua quinta parte (140-151). “Uma das solicitações que emergiram com maior força e de todos os lados ao longo do processo sinodal é que a formação seja integral, contínua e compartilhada” (143).

Também nesse campo retorna a urgência da “troca de dons entre vocações diferentes (comunhão), sob a perspectiva de um serviço a ser prestado (missão) e em um estilo de envolvimento e de educação à corresponsabilidade diferenciada (participação)” (147). E “um outro âmbito de grande relevância é a promoção em todos os ambientes eclesiais de uma cultura de proteção (safeguarding), para tornar as comunidades lugares cada vez mais seguros para os menores e as pessoas vulneráveis” (150). Finalmente, “também os temas da doutrina social da Igreja, do compromisso pela paz e justiça, do cuidado da casa comum e do diálogo intercultural e inter-religioso devem ter maior difusão no Povo de Deus” (151).  

 

Entrega a Maria

“Vivendo o processo sinodal – é a conclusão do Documento (154) – tomamos nova consciência de que a salvação a ser recebida e anunciada passa pelas relações. Vive-se e testemunha-se juntas. A história nos aparece tragicamente marcada pela guerra, pela rivalidade pelo poder, por mil injustiças e opressões. Contudo, sabemos que o Espírito colocou no coração de cada ser humano um desejo profundo e silencioso de relações autênticas e de laços verdadeiros. A própria criação fala de unidade e de compartilhamento, de variedade e interligação entre diferentes formas de vida.” O texto se conclui com a oração à Virgem Maria pela entrega “dos resultados deste Sínodo: ‘Ensina-nos a ser um Povo de discípulos missionários que caminham juntos: uma Igreja sinodal’” (155).

Fonte: Vatican News

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A VOZ DA SERRA é dono de uma credibilidade inabalável

terça-feira, 05 de novembro de 2024

       O Caderno Z, muitas vezes, reflete nos meus ouvidos inquietos os versos de alguma canção. Desta vez, diante de um tema que é tão abrangente, pareço ouvir Lulu Santos cantando: “E a gente vai à luta,/ e conhece a dor, / consideramos justa / toda forma de amor...”. Também posso ouvi-lo cantar: “Nada do que foi será / do jeito que já foi um dia...” e isso porque o nosso tema fala sobre os vários modelos das configurações familiares.

       O Caderno Z, muitas vezes, reflete nos meus ouvidos inquietos os versos de alguma canção. Desta vez, diante de um tema que é tão abrangente, pareço ouvir Lulu Santos cantando: “E a gente vai à luta,/ e conhece a dor, / consideramos justa / toda forma de amor...”. Também posso ouvi-lo cantar: “Nada do que foi será / do jeito que já foi um dia...” e isso porque o nosso tema fala sobre os vários modelos das configurações familiares. Eu diria que as tradições abrem espaço para os conceitos de pluralidade, pois já está sacramentado que “cada família é única, sem precisar seguir padrões”.

       Sendo o amor o elemento primordial para unir pessoas, o que pode haver de mais bonito? Só mesmo uma relação saudável, harmoniosa, focada na naturalidade dos relacionamentos. “Dois pais, duas mães, mãe solo” - numa formação familiar o que conta é a responsabilidade para assumir as condições escolhidas, como tudo na vida exige de nós esse comportamento.  A professora da Unicamp/SP, Joice Vieira, explica que é “mais fácil dar possibilidades para refletirem sobre as pessoas que convivem em seu dia a dia do que definirem seu ciclo familiar pela ausência de alguma figura”. O mais importante é gerar referências “sejam pais biológicos, adotivos, avós ou outras pessoas...”.

       Na “construção de um futuro sólido”, um novo tempo deverá surgir, em especial, para as mães solo que precisam se multiplicar em mil tarefas e buscam “novos modelos de suporte, tanto no âmbito público quanto privado”, como “flexibilidade de horários, subsídios para creches e programas de desenvolvimento e reinserção, entre outras demandas para viabilizar uma vida profissional plena”.

       Num futuro ainda sonhado, há de chegar o tempo em que não haverá mais necessidade de se explicar as razões de como as famílias se formaram. A discriminação e o “estigma social” se perderão no túnel de um tempo, quando o amor será o senhor de todas as prioridades e escolhas humanas.

       Se de um lado, o futuro é promissor, a modernidade tem trazido em sua bagagem avanços que nem sempre são totalmente adequados. É o caso das substâncias utilizadas em cosméticos que podem adiantar a puberdade das meninas. A reportagem da estagiária Lais Lima alerta sobre o fator de risco de doenças, pois “quanto mais cedo uma menina entra na puberdade, mais chances de desenvolver doenças na fase adulta”.

       Outra preocupação é o implante de chips da beleza, o que já levou a Anvisa a suspender a venda, comercialização e propaganda do produto. Liz Tamone, no Especial para A VOZ DA SERRA, trouxe considerações do endocrinologista, doutor Márcio Fernando Lamblet, que alerta: “É preciso ter uma ciência robusta que assegure doses, efeitos colaterais, vantagens e desvantagens de qualquer medicação” e acrescenta: “o maior problema é que se perdeu o controle sobre a quantidade de implantes e os tipos de hormônios usados”. A decisão da Anvisa busca ainda por “intervenções comprovadas”.

       O esporte em Nova Friburgo sempre esteve em alta e, para nosso orgulho, vamos sediar as finais do Campeonato Brasileiro de Seleções de Basquete. Começando na segunda-feira, 4, até o próximo domingo, 11, as partidas acontecerão nos ginásios do Nova Friburgo Country Clube, no Sesc e no Colégio Nossa Senhora das Dores. Outro motivo de orgulho é a vitória de Campito que conquistou o Campeonato Estadual Individual de Pastilha 2024. A taça é nossa, como bem frisou Vinicius Gastin.

       Que tal uma feijoada vegana, uma moqueca de banana-da-terra ou uma coxinha de jaca? O mês onze começou com o Dia Mundial do Vegano – 1º de novembro. Já tivemos o Dia de Finados, quando a saudade fala ainda mais alto em nossos corações. A charge de Silvério chora o “finado” Centro de Arte. No dia 15, a Proclamação da República, e o Dia da Consciência Negra, na quarta-feira, 20. São datas relevantes na história do Brasil. Bom saber que o comércio está autorizado a funcionar nos feriados, pois comércio é vida, é comunicação, é gente circulando e movimentando a cidade. E nosso comércio é lindo e é turismo também. Feliz novembro para Nova Friburgo!

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