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Curtir o Inverno

quinta-feira, 19 de junho de 2025

       Há quem torça o nariz assim que as temperaturas caem e os ventos frios anunciam a chegada do inverno. Há quem conte os dias para o retorno do calor, como se o frio fosse um inimigo incômodo a ser vencido, suportado com cobertores e queixas. Mas eu proponho outra lente: e se, em vez de resistir, a gente acolhesse o inverno? E se, em vez de sobreviver a ele, a gente escolhesse vivê-lo?

       Há quem torça o nariz assim que as temperaturas caem e os ventos frios anunciam a chegada do inverno. Há quem conte os dias para o retorno do calor, como se o frio fosse um inimigo incômodo a ser vencido, suportado com cobertores e queixas. Mas eu proponho outra lente: e se, em vez de resistir, a gente acolhesse o inverno? E se, em vez de sobreviver a ele, a gente escolhesse vivê-lo?

       Não é preciso muito para perceber que o inverno convida à introspecção. Os dias menores, as noites mais longas, a natureza em pausa — tudo nos empurra, de forma quase silenciosa, para dentro. Dentro de casa. Dentro de nós. E talvez esse seja o maior presente da estação: a chance de reencontro com aquilo que o ritmo frenético do verão muitas vezes arrasta para debaixo do tapete.

       Nos meses mais frios, somos quase obrigados a desacelerar. Trocar o agito por um bom livro, uma manta, uma xícara de chá fumegante. Aquecer o corpo, mas também o espírito. Pode ser desconfortável no início — como tudo o que exige presença. Mas basta nos permitirmos um pouco para perceber o quanto há de beleza no recolhimento.

       Curtir o inverno talvez seja justamente isso: fazer as pazes com a quietude. Com o não fazer tanto. Com o vestir mais, com o comer mais quente, com o conversar mais devagar. É aceitar que não se trata de uma estação improdutiva, e sim de um tempo de gestação invisível. Enquanto tudo parece dormindo, há brotos sendo preparados. E não raro, em meio ao silêncio das noites geladas, nascem ideias, compreensões e afetos que jamais emergiriam no calor dos dias ruidosos.

       Tem também o lado de fora. Os casacos, os cachecóis, as botas — pequenos prazeres que tornam os passeios, mesmo os breves, mais charmosos. O céu de inverno costuma ser de uma nitidez quase poética, e as manhãs, com aquele sol tímido, mas luminoso, têm um sabor especial. O frio nos convida a estarmos mais juntos — porque calor humano também aquece.

       Não falo de romantizar excessivamente. Há invernos internos difíceis de atravessar, e há corpos que sofrem com a queda das temperaturas. Reconheço isso.  Mas mesmo assim insisto: há delicadezas no inverno que só se revelam para quem está disposto a senti-las. E senti-las é uma escolha.

       Assim como escolhemos o que comer, o que vestir ou com quem estar, também podemos escolher como atravessar uma estação. A vida, afinal, é feita disso — da forma como atravessamos os dias, os tempos, os climas, os ciclos. E o inverno é mais um desses capítulos que merecem ser vividos com intenção.

       Curti-lo, então, não é só sobre gostar do frio. É sobre aceitar que há tempos que pedem pausa. Que exigem cuidados. Que nos chamam à escuta. E talvez não haja maior sabedoria do que saber aproveitar cada estação com o que ela tem a oferecer. Sem pressa. Sem fuga. Com presença.

       Que a gente curta o inverno, então. Com sopa quente, cobertor no sofá, música baixa e conversas demoradas. Com alma aquecida, mesmo quando os pés estiverem frios. Com olhos atentos aos detalhes e coração aberto à beleza dos silêncios. Porque, às vezes, é só no frio que a gente aprende a se aquecer de verdade.

 

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Resultados distintos

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Em nova rodada da A2 Estadual, base do Frizão tem vitória e derrota em casa

O Friburguense experimentou a alegria da vitória e a frustração pelo resultado negativo, no mesmo dia, pela nona rodada do Campeonato Carioca da Série A2, nas categorias infantil e juvenil. As partidas contra o Bonsucesso foram realizadas no último domingo, 15, no estádio Eduardo Guinle.

Em nova rodada da A2 Estadual, base do Frizão tem vitória e derrota em casa

O Friburguense experimentou a alegria da vitória e a frustração pelo resultado negativo, no mesmo dia, pela nona rodada do Campeonato Carioca da Série A2, nas categorias infantil e juvenil. As partidas contra o Bonsucesso foram realizadas no último domingo, 15, no estádio Eduardo Guinle.

A vitória foi conquistada pela equipe Sub-15, pelo placar de 1 a 0. Com o resultado, o Frizão foi a 12 pontos, e agora ocupa a sétima colocação do grupo B. A campanha aponta para quatro vitórias e cinco derrotas na competição, sendo 13 gols marcados e 13 sofridos. Já a equipe Sub-17 acabou perdendo por 2 a 0, mas segue no G-4, ocupando a quarta posição, com 11 pontos ganhos. São três vitórias, um empate e cinco derrotas. A equipe juvenil balançou as redes em 16 oportunidades, e foi vazada 15 vezes.

Na rodada do próximo domingo, 22, o Frizão viaja para enfrentar a equipe do Petrópolis, com os jogos acontecendo às 13h e 15h, no CT Pedrinho Vicençote. O grupo A conta com as equipes do Petrópolis, São Gonçalo, Pérolas Negras, Resende, Audax Rio, Cabofriense, São Cristóvão, Rio de Janeiro, 7 de Abril, Bonsucesso, Artsul e Nova Cidade. O Friburguense está na chave B, com Araruama, Duque de Caxias, América, Americano, Olaria, Campo Grande, Serra Macaense, Paduano, Barra Mansa e Niteroiense.

Sequência do Friburguense

  • 22/Jun, Dom - Petrópolis x Friburguense, CT Pedrinho Vicençote
  • 29/Jun, Dom - Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle
  • 06/Jul, Dom - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim Flores

 

Nova fórmula

Com menos datas e formato diferente, Carioca de 2026 é definido

O tradicional Campeonato Carioca vai mudar de formato para 2026. Com redução de 16 para 10 datas, a competição terá novo regulamento e vai ser disputada de 21 de janeiro a 15 de março. As definições que sacramentaram as mudanças foram discutidas durante reunião do Conselho Arbitral, proposta pela Ferj.

Conforme o formato aprovado, os 12 times serão divididos em dois grupos com seis times cada, e os jogos irão acontecer contra equipes do grupo oposto. Os quatro melhores de casa chave avançam para realizar as quartas de final em jogo único. O 1º colocado do grupo enfrenta o 4º do próprio grupo, e 2º e 3º medem forças. As semifinais terão partidas de ida e volta, e a grande final será decidida em um único duelo.

O Grupo A terá Fluminense, Vasco, Volta Redonda, Sampaio Corrêa, Portuguesa e o Campeão da A2, que está em andamento. Já o Grupo B será formado por Botafogo, Flamengo, Madureira, Maricá, Boavista e Nova Iguaçu.

A Taça Rio contará com os quatro times que não avançarem para as semifinais do Carioca e definirá vagas de Copa do Brasil e da Série D do Campeonato Brasileiro.

 

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    O Tricolor da Serra em uma das partidas realizadas em casa: equipes seguem buscando a classificação (Divulgação)

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    Novo formato do Estadual reduz datas, divide times em grupos e prevê final em jogo único (Divulgação)

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Fazendo cera

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Sim, já fomos piores do que somos!

A Fifa decidiu que seja punido com um escanteio o time cujo goleiro retiver a bola por mais de oito segundos. A regra já existia, mas o tempo era menor e quase nunca aplicada. Enquanto o juiz botava a boca no trombone, ou melhor, o apito na boca, o goleiro já tinha se livrado da bola e ficava impune. Pode ser que agora essa prática antijogo seja eliminada ou ao menos reduzida. Em oito segundos até quem não entende de futebol é capaz de tomar a decisão de apontar para uma das quatro esquinas do gramado.

Sim, já fomos piores do que somos!

A Fifa decidiu que seja punido com um escanteio o time cujo goleiro retiver a bola por mais de oito segundos. A regra já existia, mas o tempo era menor e quase nunca aplicada. Enquanto o juiz botava a boca no trombone, ou melhor, o apito na boca, o goleiro já tinha se livrado da bola e ficava impune. Pode ser que agora essa prática antijogo seja eliminada ou ao menos reduzida. Em oito segundos até quem não entende de futebol é capaz de tomar a decisão de apontar para uma das quatro esquinas do gramado.

Mas o que me chamou a atenção nem foi essa oportuna providência da Fifa. Foi a expressão usada por quem redigiu a notícia: “fazer cera”. Eu pensava que ninguém mais no mundo falasse e menos ainda que escrevesse coisa tão antiga. Acho que no velho Egito, quando um escravo custava a levantar uma pedra da pirâmide, lá vinha o soldado dando chibatadas e gritando: Para de fazer cera! Ou seja, é dos tempos em que nem existia futebol. Se bem que bater bola chutando o crânio dos inimigos mortos em batalha é coisa do tempo dos faraós. Até porque na época a criançada não tinha muitos brinquedos e uma cabeça humana era perfeita para uma pelada, mesmo que ainda estivesse cabeluda. Sim, já fomos piores do que somos!

“Fazer cera” me fez lembrar palavras que antigamente tinham lugar de destaque na fala das pessoas e que caíram no esquecimento, mudaram de sentido ou que ainda são usadas quando um coroa de cabelo branco (ou pintado) abre a boca. Por exemplo, de uma pessoa atraente se dizia que era boa pinta, o tipo que onde chegasse botava pra quebrar. Um broto era uma garota bonita, se tivesse borogodó, aí mesmo é que ninguém resistia. Não sei como atualmente se elogia uma jovem bonita, há muito ando afastado desses galanteios. A verdade é que estou boiando nesse assunto. Ou, dizendo de outra forma: não saco patavinas dessas coisas do arco da velha. Bulhufas!

Enfim, tudo muda. As palavras, então, não se pode confiar nelas! Mal a gente se acostuma com o significado de uma e esse significado já significa outra coisa. Tomemos a palavra “manco”, que no uso geral significa coxo, ou seja, aquele que, como ensinam os dicionários, “caminha apoiando-se mais em uma das pernas”. Pois Cervantes, o grande gênio da literatura universal, era conhecido como “O Manco de Lepanto”, por ter perdido, durante uma batalha naval, uma das... pernas? Não! Uma das mãos. Aliás, só de olhar já dá para desconfiar que “manco” vem de “mão”. De como essa palavra caiu das mãos para os pés, eis aí uma tarefa para os etimologistas.

Outro dia encontrei um conhecido que há muito não via, e a primeira coisa que ele me disse foi “mas você não mudou nada!” A princípio, pensei que ele estava me confundindo com outra pessoa, naturalmente mais jovem. Depois pensei que estivesse sendo irônico, como se quisesse dizer: “Caramba, você está um caco!” Mas seu sorriso cordial me convenceu de que era apenas uma gentileza. Mas nem esse tipo de gentileza é totalmente isento de perigo. Imagine a reação de uma senhora que tenha feito plástica e ouça “você não mudou nada”, quando na verdade esperava ouvir: “A cada dia você está mais jovem e mais bonita!” Bem, aí o jeito é começar a fazer cera!

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Leão XIV: o treinamento diário do amor constrói um mundo novo

terça-feira, 17 de junho de 2025

Na Solenidade da Santíssima Trindade, no último domingo, 15, o Papa Leão XIV presidiu a missa na Basílica de São Pedro para o Jubileu do Esporte, que, segundo ele, é "um meio precioso de formação cristã", pois ensina a colaboração e valoriza a concretude do estar juntos. Ele recordou "a vida simples e luminosa" de Pier Giorgio Frassati, padroeiro dos esportistas, que será canonizado em 7 de setembro, e Paulo VI sobre a contribuição do esporte para trazer paz e esperança a uma sociedade devastada pela guerra. A missa reuniu 6.500 pessoas.

Na Solenidade da Santíssima Trindade, no último domingo, 15, o Papa Leão XIV presidiu a missa na Basílica de São Pedro para o Jubileu do Esporte, que, segundo ele, é "um meio precioso de formação cristã", pois ensina a colaboração e valoriza a concretude do estar juntos. Ele recordou "a vida simples e luminosa" de Pier Giorgio Frassati, padroeiro dos esportistas, que será canonizado em 7 de setembro, e Paulo VI sobre a contribuição do esporte para trazer paz e esperança a uma sociedade devastada pela guerra. A missa reuniu 6.500 pessoas. "Para Santo Agostinho, a Trindade e a sabedoria estão intimamente ligadas. A sabedoria divina se revela na Santíssima Trindade, e a sabedoria sempre nos conduz à verdade", disse o Pontífice no início de sua homilia.

 

O esporte pode nos ajudar a encontrar o Deus Trino

De acordo com o Papa, "o binômio Trindade-esporte não é usado com muita frequência, mas a associação não é descabida". “Na verdade, toda boa atividade humana traz em si um reflexo da beleza de Deus, e certamente o esporte está entre elas. Afinal, Deus não é estático, nem está fechado em si mesmo. É comunhão, relação viva entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que se abre à humanidade e ao mundo. A teologia denomina essa realidade de pericoresis, ou seja, “dança”: uma dança de amor recíproco.”

"A vida brota deste dinamismo divino", disse ainda o Papa. "Fomos criados por um Deus que se compraz e se alegra em dar a existência às suas criaturas e que “brinca”, como nos recordou a primeira leitura. Alguns padres dizem, com ousadia, que há um Deus ludens, que se diverte. Eis a razão pela qual o esporte pode nos ajudar a encontrar o Deus Trino: porque exige um movimento do eu para o outro, que é certamente exterior, mas também e sobretudo interior. Sem isso, ele se reduz a uma estéril competição de egoísmos", sublinhou.

Leão XIV citou as palavras de São João Paulo II, que foi, como sabemos, um esportista: "O esporte é alegria de viver, de brincar, de festejar, e como tal deve ser valorizado". Segundo o Papa, o esporte leva o atleta a dar-se, a “jogar-se”.

“Trata-se de dar-se aos outros – para o próprio crescimento, para os torcedores, para os entes queridos, para os treinadores, para os colaboradores, para o público, até mesmo para os adversários – e, sendo verdadeiramente um esportista, isso vale além do resultado.”

 

Um meio precioso de formação humana e cristã

A seguir, Leão XIV destacou três aspectos que tornam o esporte, hoje, "um meio precioso de formação humana e cristã".

"Em primeiro lugar, numa sociedade marcada pela solidão, em que o individualismo exagerado deslocou o centro de gravidade do “nós” para o “eu”, fazendo com que o outro fosse ignorado, o esporte – especialmente quando é praticado em conjunto – ensina o valor da colaboração, do caminhar juntos, daquela partilha que, como já dissemos, está no coração da vida de Deus", disse o Papa, reiterando que desse modo, o esporte "pode tornar-se um instrumento importante de recomposição e de encontro: entre os povos, nas comunidades, nos ambientes escolares e profissionais, nas famílias".

"Em segundo lugar, numa sociedade cada vez mais digital, em que as tecnologias, embora aproximando pessoas distantes, muitas vezes afastam aqueles que estão próximos, o esporte valoriza a concretude do estar juntos, o sentido do corpo, do espaço, do esforço, do tempo real", sublinhou. "Assim, contra a tentação de fugir para mundos virtuais, o esporte ajuda a manter um contato saudável com a natureza e com a vida concreta, único lugar onde é possível exercer o amor", enfatizou o Pontífice.

"Em terceiro lugar, numa sociedade competitiva, onde parece que apenas os fortes e os vencedores merecem viver, o esporte também ensina a perder, colocando o homem frente a frente, na arte da derrota, com uma das verdades mais profundas da sua condição: a fragilidade, o limite, a imperfeição", sublinhou Leão XIV. "Isto é importante, porque é a partir da experiência dessa fragilidade que nos abrimos à esperança. O atleta que nunca erra, que nunca perde, não existe. Os campeões não são máquinas infalíveis, mas homens e mulheres que, mesmo derrotados, encontram a coragem para se reerguer", reiterou.

 

O papel do esporte na vida dos santos do nosso tempo

O Papa recordou que "o esporte teve um papel significativo na vida de muitos santos do nosso tempo, tanto como prática pessoal quanto como meio de evangelização". “Pensemos no Beato Pier Giorgio Frassati, padroeiro dos esportistas, que será proclamado santo no próximo dia 7 de setembro. A sua vida, simples e luminosa, recorda-nos que assim como ninguém nasce campeão, ninguém nasce santo. É o treinamento diário do amor que nos aproxima da vitória definitiva e nos torna capazes de trabalhar para construção de um mundo novo.”

 

A Igreja confia aos esportistas uma missão

O Pontífice lembrou São Paulo VI, "que 20 anos após o fim da II Guerra Mundial, recordava aos membros de uma associação esportiva católica o quanto o esporte tinha contribuído para trazer de volta a paz e a esperança a uma sociedade devastada pelas consequências da guerra".

“Queridos esportistas, a Igreja confia a vocês uma missão maravilhosa: ser reflexo do amor de Deus Trino em suas atividades, pelo bem de vocês e pelo bem dos irmãos. Deixem-se envolver com entusiasmo por esta missão: como atletas, como formadores, como sociedade, como grupos, como famílias.” Leão XIV referiu-se à Mãe de Jesus, tão discreta, mas tão cheia de solicitude, de dinamismo, que “corre” para Deus e para os outros, como o Papa Francisco gostava de recordar.

O Papa concluiu, convidando a pedir a Maria que "acompanhe as nossas iniciativas e os nossos esforços, orientando-os sempre para o melhor, até à vitória definitiva: a da eternidade, o 'campo infinito' onde o jogo não terá fim e a alegria será plena".

 

Fonte: Vatican News

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De tudo um pouco

terça-feira, 17 de junho de 2025

Supercopa SAF tem início, com equilíbrio, bolas na rede e gol de goleiro

A primeira rodada da Supercopa SAF 2025, realizada no último domingo, 15, no Estádio Manoel Cabral Sobrinho, em São Lourenço, reservou de tudo um pouco. Jogos equilibrados, disputas com boa qualidade técnica e muitos gols. Um deles, especial, marcado por um goleiro, já no final de partida. Os árbitros escalados foram Tiago Marques, Emerson Souza, Leonardo Contarato e Adolfo Roberto.

Supercopa SAF tem início, com equilíbrio, bolas na rede e gol de goleiro

A primeira rodada da Supercopa SAF 2025, realizada no último domingo, 15, no Estádio Manoel Cabral Sobrinho, em São Lourenço, reservou de tudo um pouco. Jogos equilibrados, disputas com boa qualidade técnica e muitos gols. Um deles, especial, marcado por um goleiro, já no final de partida. Os árbitros escalados foram Tiago Marques, Emerson Souza, Leonardo Contarato e Adolfo Roberto.

Na partida inaugural desta edição, o Unidos do Alto venceu o Santa Cruz, 3 a 1. Os gols foram marcados por: Taruan (22min, 1°T), Rodolfo Carlos Wendel (20min, 2°T) e Rodrigo Xavier (41min, 2°T) assinalaram a contagem para o Unidos do Alto. Enquanto Rodolfo Souza (33min, 1°T) descontou para o Santa Cruz.   

Em seguida, Amparo e JDA fizeram um duelo de seis gols, e ficaram no empate por 3 a 3. Os gols foram assinalados por: Emerson Pereira – duas vezes (13min e 23 min, 1º T) e Luan Lucas (33min, 1°T) marcaram para o JDA. Enquanto Pablo Knopp – duas vezes (1min e 35 min, 2°T) e Sávio da Silva (13min, 2°T) balançaram as redes para o time do 4º distrito.

No mesmo panorama de equilíbrio, Friburgo Sporting e São Pedro ficaram no empate, 1 a 1. Luã de Souza abriu o placar para o Friburgo Sporting, aos 22 minutos do primeiro tempo, enquanto o São Pedro igualou o marcador com Igor Nolasco, aos 32 minutos da etapa final.

A partida que fechou a rodada reservou um momento especial para a torcida da casa: com um gol de falta do goleiro John Kennedy, aos 40 minutos do 2º tempo, o São Lourenço venceu o Estrela do Mar por 1 a 0.

 

SEGUNDA RODADA

A segunda rodada será promovida no próximo domingo, 22, no Estádio Guilherme Gripp, em Amparo. O primeiro duelo, às 9h, será entre Friburgo Sporting e Estrela do Mar. Logo depois, às 10h45, medem forças as equipes do São Pedro e JDA, com o duelo entre Santa Cruz e São Lourenço vindo logo na sequência. O último jogo, às 14h45, será entre os donos da casa e Unidos do Alto.

O Grupo A conta com as participações de Santa Cruz, São Pedro, Amparo e Estrela do Mar. Já o Grupo B terá as equipes do JDA (estreante), Unidos do Alto, São Lourenço e Friburgo Sporting.

Mantendo a essência de percorrer diversas localidades da cidade, a Supercopa deste ano terá as partidas realizadas nos estádios Manoel Cabral Sobrinho, em São Lourenço (Primeira Rodada), Guilherme Gripp, em Amparo (Segunda Rodada), João Mendes da Silva, em São Pedro da Serra (Terceira Rodada) e Jove Aguinaldo Blaudt, também no 7º distrito (Quarta Rodada).

De acordo com o regulamento da Supercopa SAF, os jogos acontecerão em turno único, com as equipes dos grupos enfrentando adversários da outra chave. A competição contará ainda com uma fase decisiva (semifinal e final).

 

Tabela da Primeira Fase

1ª RODADA

Domingo (15 de junho)

Local: Estádio Manoel Cabral Sobrinho, São Lourenço

Unidos do Alto 3x1 Santa Cruz

Amparo 3x3 JDA                    

Friburgo Sporting 1x1 São Pedro   

Estrela do Mar 0x1 São Lourenço

 

2ª RODADA

Domingo (22 de junho)

Local: Estádio Guilherme L. Gripp, Amparo

9h - Friburgo Sporting x Estrela do Mar

10h45min - São Pedro x JDA

12h45min - Santa Cruz x São Lourenço

14h45min - Amparo x Unidos do Alto

 

3ª RODADA

Domingo (29 de junho)

Local: Estádio João Mendes da Silva, São Pedro

9h - São Lourenço x Amparo

10h45min - Santa Cruz x Friburgo Sporting

12h45min - Estrela do Mar x JDA

14h45min - São Pedro x Unidos do Alto

 

4ª RODADA

Domingo (06 de julho)

Local: Estádio Jove Aguinaldo Blaudt- Estrela do Mar

9h- São Lourenço x São Pedro

10h45min- JDA x Santa Cruz

12h45min- Amparo x Friburgo Sporting

14h45min- Unidos do Alto x Estrela do Mar

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    Unidos do Alto mostrou força ao conquistar boa vitória em sua estreia (Crédito: Rafael Seabra)

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    Equilíbrio e muitos gols na partida entre Amparo de JDA (Crédito: Rafael Seabra)

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    Atual campeão, São Pedro estreou com empate na edição deste ano (Crédito: Rafael Seabra)

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    Última partida foi decidida com gol de goleiro, fazendo a festa da torcida do São Lourenço (Crédito: Rafael Seabra)

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A VOZ DA SERRA é inovador e nos renova

terça-feira, 17 de junho de 2025

        Os livros nunca foram uma novidade em minha infância: fosse Natal, Páscoa, aniversário ou datas festivas era sempre um presente admirável. Para o Dia das Mães, mamãe dizia: “não me tragam panelas, quero livros!” Fernanda, minha filha, em seus seis anos de idade, quando saímos da casa de uma família amiga, comentou: “Achei aquela casa muito esquisita, pois não vi um livro lá!”.

        Os livros nunca foram uma novidade em minha infância: fosse Natal, Páscoa, aniversário ou datas festivas era sempre um presente admirável. Para o Dia das Mães, mamãe dizia: “não me tragam panelas, quero livros!” Fernanda, minha filha, em seus seis anos de idade, quando saímos da casa de uma família amiga, comentou: “Achei aquela casa muito esquisita, pois não vi um livro lá!”.

        Faltar livros em uma casa sempre foi o nosso espanto. Entendemos a importância que a leitura tem para a promoção do desenvolvimento humano. Muito nos orgulha que a cidade do Rio de Janeiro tenha sido eleita - “Capital Mundial do Livro” pela Unesco. O Caderno Z, também fomentador da leitura, nos traz notícias da Bienal Rio 2025, evento já iniciado desde a sexta-feira, 13.

        São décadas de uma existência próspera vivenciada em meio ao cotidiano da história do Brasil que perpassou por episódios marcantes: o fim da ditadura militar, a democracia vencendo os muros da submissão, os meios de comunicação se ampliando, a vinda da internet, dando mais incentivo e facilidades para a expansão das artes literárias em todas as formas. Estar na Bienal é entrar no mundo mágico dos saberes e saber-se protagonista do ideal de vida nova, mais centrada nas percepções latentes e, assim, muito mais apreciável. São pessoas girando em torno de uma coletividade abrangente, de gente de todas as esferas sociais. Os livros são janelas para novos horizontes; devemos abri-las!

        As atrações da Bienal são convidativas: do Labirinto Histórico ao Café Literário tem até Roda-Gigante Leitura. O escritor e jornalista, Ruy Castro, é o homenageado e está cercado de ícones das artes literárias do Brasil e do exterior. Tem até representação de Nova Friburgo com a participação de Luiz Henrique Silva.

        Para as crianças, a Bienal apresenta a Biblioteca Fantástica, com 500m², “sem paredes e absolutamente lúdico”. A “febre” do momento, ou seja, livros para colorir, também marca presença na Bienal e detalhe: o que parece ser para crianças, conquistou o mundo adulto.

        Sobre o amor, o psicanalista, doutor Matthias Ammann, autor do livro “Antes, Durante, Depois do Amor”, em entrevista para Ana Borges, entre muitas considerações importantes, ressalta: “Parece-me que o amor exige flexibilidade e uma abertura ao desconhecido, ao grande enigma – um lugar que dificilmente se deixa prender em uma única receita de bolo ou em uma resposta definitiva”. Vale ler, reler e exercitar o amor!

        Em “Há 50 Anos”, a novidade vinha ainda em passos lentos, porém, avançados para a época. Tratava a manchete da edição: “Parcerias vão garantir transmissão de futebol a cores pela TV”. Os contratos estariam todos fechados e para aqueles próximos dias da segunda quinzena de junho de 1975, seria colocado um transmissor no Caledônia possibilitando, assim, a transmissão colorida dos jogos de futebol e da programação geral das emissoras de TV com sinal em Nova Friburgo. Era, então, o fim daquela chapa colorida que podia ser colocada na tela do televisor. Quem se lembra dessa chapa que coloria as imagens? O ruim era quando a cara do artista ficava azul ou verde.

        Em “Sociais”, meu amigo Girlan Guilland ao lado de sua musa/esposa, a doce Rose, festejando mais um 14 de junho. Os filhos Ilana e Illan são as edições ampliadas, melhoradas e atualizadas, as joias dessa saudável união. É um festejo para o mês inteiro. Outra joia de junho é a querida Izabel Cristina, a simpatia em pessoa, atuante na recepção de A VOZ DA SERRA que, este ano, ganhou um feriado no dia de seu aniversário, na próxima quinta, 19. Que beleza! Parabéns e felicidades para esses queridos geminianos.

        Outro aniversário imponente, na quarta-feira, 11, quando um festejo brindou os 114 anos da antiga Fábrica de Rendas, hoje transformada em Espaço Arp. A VOZ DA SERRA noticiou o evento e os votos da colunista são de mais e mais sucesso. A propósito, conheci no último sábado, 14, na churrascaria Quinta Rica, um grupo de ex-funcionários da Fábrica de Rendas. De três em três meses, o grupo se reúne para festejar as memórias e as amizades de sempre. Achei lindo esse grupo de entusiastas. Minhas felicitações!

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Como estamos lidando com nossas formigas?

terça-feira, 17 de junho de 2025

Entre uma leitura e outra, já que tenho o hábito de ler dois livros ao mesmo tempo, percebo, a cada vez que recomeço a ler, as diferenças nos modos de pensar, na cultura em que os autores estão inseridos. É enriquecedor notar como as ideias mudam no tempo, no espaço e na individualidade de cada escritor. De fato, a leitura de Dostoiévski tem me feito respirar um tempo maior.  

Entre uma leitura e outra, já que tenho o hábito de ler dois livros ao mesmo tempo, percebo, a cada vez que recomeço a ler, as diferenças nos modos de pensar, na cultura em que os autores estão inseridos. É enriquecedor notar como as ideias mudam no tempo, no espaço e na individualidade de cada escritor. De fato, a leitura de Dostoiévski tem me feito respirar um tempo maior.  

Estou lendo “Não conte para as formigas”, escrito por uma amiga muito querida, Mônica Alvarenga, recentemente lançado pela editora 7 Letras. Me deparo com a voz do inconsciente do personagem, um texto denso, que começa com o enfrentamento do medo de escrever um diário. É o seu primeiro livro, em que desbrava os caminhos do fazer literário.

Tão logo começo a ler, me reporto a Leopold Blomm, personagem de Ulisses, livro clássico de James Joyce, quando ele caminha pela areia de uma praia em Dublin, capital da República da Irlanda do Sul, e pensa. James Joyce consegue mostrar o turbilhão de ideias, expondo o movimento do pensamento do personagem através de ideias soltas, contraditórias, repartidas e energizadas por sentimentos conflitantes em busca de sentidos e da catarse de sensações fortes.

Depois de ler quase todo o livro, retornei à primeira página, e constato, como a própria Mônica fala, que o livro é um grito. Aquele grito que sai do fundo das emoções, das mais remotas lembranças, que, em um determinado momento da vida, precisamos dar. Gritar para recomeçar e dar novos rumos à vida. Gritar para acenar ao passado, não para esquecê-lo ou perdê-lo posto que está encruado em cada uma de nossas células. As lembranças andam por nós como formigas, fazendo caminhos certos. Como vamos tratá-las? Será que vamos escutar, ao longo da vida e na mesma entonação, a melodia que nos cantam?

Ah!, é um texto desafiador. A vida é bela e guarda em caixas de papelão e madrepérola as nossas histórias, construídas através de tantos encontros e desencontros. As formigas as protegem e apontam para as verdades presentes, mesmo que camufladas, nas decisões que balançam entre lados opostos: um sempre querendo permanecer e se aquietar; o outro decidindo ir além, dar um passo avante e ousado.

Amigo, leitor, vivemos no meio desse pêndulo escutando nossas formigas que nos dizem palavras. Que não nos basta ouvi-las; é preciso vê-las, abraçá-las para festejar a pessoa que somos. Para conseguir decifrar a beleza no que é feio e a feiura que existe no belo, mesmo sem querer notá-la por ser desagradável e indigesto. Na verdade, a beleza plena é um sonho distante.

As formigas são como os fungos da nossa existência, que habitam em nossas raízes, que desenham a realidade. Muito diferente do mundo virtual em que tudo o que se pretende expor é perfeito. Não há fragilidades. Diferentemente de nossos corpos, tão reais e efêmeros, sempre tem braços imensos que podem nos abraçar e nos fazer apaixonar por nós mesmos. O grande trunfo da humanidade.

Ufa, que leitura, uma verdadeira sessão de terapia!

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Pontapé inicial

sábado, 14 de junho de 2025

Supercopa SAF terá primeira rodada promovida neste domingo, 15

A bola vai rolar para a principal competição do futebol amador de Nova Friburgo. A Supercopa SAF 2025 terá a primeira rodada neste domingo, 15, com as partidas acontecendo no Estádio Manoel Cabral Sobrinho, em São Lourenço. Oito tradicionais clubes da cidade vão buscar a taça mais importante da modalidade, e terão um longo caminho a percorrer até a grande final, que será realizada no Estádio Márcio Branco, em Stucky.

Supercopa SAF terá primeira rodada promovida neste domingo, 15

A bola vai rolar para a principal competição do futebol amador de Nova Friburgo. A Supercopa SAF 2025 terá a primeira rodada neste domingo, 15, com as partidas acontecendo no Estádio Manoel Cabral Sobrinho, em São Lourenço. Oito tradicionais clubes da cidade vão buscar a taça mais importante da modalidade, e terão um longo caminho a percorrer até a grande final, que será realizada no Estádio Márcio Branco, em Stucky.

“São 10 edições da Supercopa SAF, e a cada ano, estamos tentando fazer o melhor para o esporte de Nova Friburgo. Nosso agradecimento à Prefeitura de Nova Friburgo, à Liga Nova Friburgo de Desportos e ao nosso patrocinador, Tuti Fruti. Gratidão a todas as equipes participantes”, disse Jailson Silveira, representante da Comissão Organizadora.

A entrega dos uniformes das oito equipes participantes foi uma das atrações do lançamento oficial da competição. O evento foi realizado na última quarta-feira 11, no Auditório da Secretaria de Educação (antigo prédio da Oi). Na ocasião, foram oferecidas bolas de futebol e bolsas de uniformes para cada equipe, e disponibilizado o regulamento impresso da Supercopa SAF.

“A Liga Nova Friburgo de Desportos vai participar da Supercopa SAF com a documentação. A competição é muito importante, porque a cada domingo os jogos são realizados em diversos bairros do município”, salientou o presidente da Liga Nova Friburgo de Desportos, Geraldo Heringer.

COMPETIÇÃO

Nesta primeira rodada, Unidos do Alto e Santa Cruz abrem a competição, às 9h. A segunda partida do dia, às 10h45, terá o Amparo — única equipe presente em todas as edições — encarando o estreante JDA. Logo na sequência, o atual campeão, São Pedro, pega o Friburgo Sporting, e o duelo da zona rural, entre Estrela do Mar e São Lourenço, às 14h45, fecha o domingo.

O Grupo A conta com as participações de Santa Cruz, São Pedro, Amparo e Estrela do Mar. Já o Grupo B terá as equipes do JDA (estreante), Unidos do Alto, São Lourenço e Friburgo Sporting.

Mantendo a essência de percorrer diversas localidades da cidade, a Supercopa deste ano terá as partidas realizadas nos estádios Manoel Cabral Sobrinho, em São Lourenço (Primeira Rodada), Guilherme Gripp, em Amparo (Segunda Rodada), João Mendes da Silva, em São Pedro da Serra (Terceira Rodada) e Jove Aguinaldo Blaudt, também no sétimo distrito (Quarta rodada).

De acordo com o regulamento da Supercopa SAF, os jogos acontecerão em turno único, com as equipes dos grupos enfrentando adversários da outra chave. A competição contará ainda com uma fase decisiva (semifinal e final).

TÍTULOS

A Supercopa SAF de Futebol Amador 2025 é idealizada pelo SAF Assistencial, organizada pela Liga Nova Friburgo de Desportos e conta com a coorganização da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, através da Prefeitura de Nova Friburgo. A competição terá o patrocínio da empresa Tuti Fruti e os apoios da Mantoo e Intertv.

O São Pedro é o atual campeão, ao conquistar, de maneira invicta, a Supercopa SAF 2024. Com o título, o time do 7º distrito avançou na galeria de conquistas, chegando à sua segunda taça.

O Corujão, de Olaria, é o maior vencedor da história da competição, com três conquistas. O Vargem Alta possui também dois títulos, enquanto Unidos do Alto e Estrela do Mar levaram uma taça cada.

 

Tabela da Primeira Fase

1ª RODADA

Domingo (15 de junho)

Local: Estádio Manoel Cabral Sobrinho - São Lourenço

9h - Unidos do Alto x Santa Cruz

10h45min - Amparo x JDA                    

12h45min - Friburgo Sporting x São Pedro   

14h45min - Estrela do Mar x São Lourenço

 

2ª RODADA

Domingo (22 de junho)

Local: Estádio Guilherme L. Gripp - Amparo

9h - Friburgo Sporting x Estrela do Mar

10h45min - São Pedro x JDA

12h45min - Santa Cruz x São Lourenço

14h45min - Amparo x Unidos do Alto

 

3ª RODADA

Domingo (29 de junho)

Local: Estádio João Mendes da Silva - São Pedro

9h - São Lourenço x Amparo

10h45min - Santa Cruz x Friburgo Sporting

12h45min - Estrela do Mar x JDA

14h45min - São Pedro x Unidos do Alto

 

4ª RODADA

Domingo (6 de julho)

Local: Estádio Jove Aguinaldo Blaudt - Estrela do Mar

9h - São Lourenço x São Pedro

10h45min - JDA x Santa Cruz

12h45min - Amparo x Friburgo Sporting

14h45min - Unidos do Alto x Estrela do Mar

  • Foto da galeria

    São Pedro buscará o tricampeonato, após as duas conquistas das últimas edições (Créditos: Rafael Seabra)

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    A competição manterá a tradição de percorrer diversas localidades de Nova Friburgo (Créditos: Rafael Seabra)

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    Organizadores celebram o sucesso do campeonato, que mantém raízes e acrescenta novidades a cada ano (Créditos: Rafael Seabra)

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    Uniformes apresentados e entregues: oito times lutam pelo título da Supercopa SAF deste ano (Créditos: Rafael Seabra)

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Parcerias vão garantir transmissão de futebol a cores pela TV

sábado, 14 de junho de 2025

Edições de 14 e 15 de junho de 1975

Manchetes

Edições de 14 e 15 de junho de 1975

Manchetes

Contratos para TV recebem adesões – Os srs. Lair Macedo e Carlos Bini informaram à redação de A VOZ DA SERRA que já estão adiantados os contratos com empresas comerciais e industriais que queiram patrocinar as transmissões de futebol, em circuito fechado, em Nova Friburgo. Eles disseram que os patrocinadores acharam excelentes as condições de tráfego para suas mensagens, já que as emissoras alcançam um raio de mais de um milhão de habitantes. Dentro de aproximadamente um mês, todos os contratos já estarão feitos, e, então, será colocado no Caledônia um novo transmissor que também possibilitará a transmissão de imagem colorida dos jogos de futebol e da programação geral das emissoras de TV com sinal em Friburgo.

Ariosto: “Não sou candidato” - O engenheiro Ariosto Bento de Mello, desmentiu esta semana em uma carta enviada a este jornal sua pretensão em aceitar a candidatura à Prefeitura Municipal nas próximas eleições. Eis a carta enviada à redação de A VOZ DA SERRA: “Sr. Diretor. A última edição da nossa A Voz da Serra, publicou uma notícia de que eu teria concordado em participar das próximas eleições, como candidato a prefeito. E, como não há menor fundamento em tal notícia, muito agradeço retificá-la, na próxima edição. Queira aceitar um abraço agradecido de Ariosto Bento de Mello”.

Country Clube – Muita movimentação nos últimos dias no Nova Friburgo Country Clube para os preparativos da Festa do Colonizador, a tradicional Festa da Cerveja. Marcado como um acontecimento social dos clubes de Nova Friburgo, a Festa do Colonizador vem se firmando a cada ano como uma das grandes atrações turísticas do Estado do Rio de Janeiro. A data da festa será no dia 12 de julho a partir das 18h.

Coquetel da FGV - A Fundação Getúlio Vargas oferecerá à imprensa e convidados um especial coquetel neste fim de semana, quando o professor Amauri Pereira Muniz fará uma importante declaração relacionada com a realização dos exames vestibulares do Cesgranrio em Nova Friburgo. É certa a vinda da uma unidade da Cesgranrio à Friburgo e os estudantes, já no próximo vestibular, poderão fazer as provas em nossa cidade.

Posse no Rotary – No próximo 26 de junho será realizado um jantar festivo para marcar a data de posse do dr. Gilberto Paulo na presidência do Rotary Clube de Nova Friburgo. Sua eleição vem enobrecer ainda mais a posição no Rotary Clube que tem se destacado em Friburgo com grandes realizações comunitárias.

Convênios – A central de medicamentos, através da unidade do Centro de Saúde de Nova Friburgo, firmou convênios com a Clínica Odontológica, Casa dos Pobres e a Afape (Associação Friburguense de Pais e Amigos do Educando). Por outro lado, a direção do Centro de Saúde informou que a média de atendimentos ao público naquela unidade passou a ser de 150 pessoas diariamente.

Aumentam os registros policiais: 16 mortes em uma semana - No último fim de semana em Nova Friburgo foram registradas 16 mortes, quatro delas ocasionadas por acidentes e as demais por mal súbito. Na delegacia de polícia há registro de cinco atropelamentos, 12 assaltos contra residências, veículos estacionados e quatro prisões em flagrante. Nesta semana o principal registro foi: Roberto Bustamante, 35 anos, morador da Praça Getúlio Vargas, que foi atropelado por um Fusca não identificado próximo ao Galeria Bar. Ele está internado no Hospital Santo Antônio.

E mais: 

  • Sandra Cavalcanti, ex-secretária de Educação do antigo Estado da Guanabara virá a Friburgo fazer palestra no Senai
  • Colégio Anchieta festeja o Dia do Padre José de Anchieta (9 de junho)
  • Editorial “Tarifas & Cabide” sobre o aumento de 50% nas contas de água do SAAE

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Mary Silva e Severino Átias (14); Cleise Freitas, Maria June e Gilson Burkhardt (15); Pero Rodrigues, Ricardo Bonam, Lucas Bohner e José da Silva (16); Selma dos Santos, Carlos Augusto, Renato Luiz e Nayara Jabour (17); Cláudio Epelboin e Ruy Pimentel (18); Athiz Freitas, Elias Evangelista e Sandra Maria (19) e Perla Mário (20).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim 

Foto da galeria
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Ser forte dá trabalho

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Todo dia somos bombardeados de frases prontas e pressuposições padronizadas sobre o que é a vida e a forma adequada de viver. Uma dessas frases que circulam por aí, entre aspas, como se bastassem três ou quatro palavras de efeito para explicar o mundo é simplesmente: “seja forte”. Assim. Seca. Curta. Imperativa. Como quem diz: acorda, escova os dentes e resolve a vida.

Todo dia somos bombardeados de frases prontas e pressuposições padronizadas sobre o que é a vida e a forma adequada de viver. Uma dessas frases que circulam por aí, entre aspas, como se bastassem três ou quatro palavras de efeito para explicar o mundo é simplesmente: “seja forte”. Assim. Seca. Curta. Imperativa. Como quem diz: acorda, escova os dentes e resolve a vida.

Ser forte virou palavra de ordem. Slogan. Mandamento. Quase uma obrigação moral. É preciso ser forte no trabalho, nas finanças, nas relações. Ser forte diante da doença, da frustração, do não. Acordar com coragem, dormir com gratidão. E ainda sorrir no meio do caos, porque, afinal, ser forte é também “ser luz” – outra daquelas expressões que parecem exigir de nós mais do que temos para oferecer.

Mas vamos ser sinceros: ser forte dá trabalho. Dá trabalho porque exige energia, ânimo, equilíbrio e certa dose de ilusão também. A gente finge que está tudo bem, que dá conta, que não sente medo. A gente sorri no automático, segura o choro, empurra com a barriga. E se por acaso escorrega e desaba? Aí vem o julgamento: “Cadê a força que você tinha?” A verdade é que ninguém acorda todo dia pronto para encarar o mundo com armadura. Tem dias em que o travesseiro pesa mais que os boletos. Em que o silêncio grita mais alto que qualquer música animada. Em que o cansaço é tão fundo que parece não caber no corpo. E está tudo bem. Está tudo bem não ser forte o tempo inteiro. Está tudo bem admitir que tem horas em que o mundo pesa mais do que o coração pode suportar.

Nos vendem a ideia de que ser forte é ser imbatível. Mas talvez seja exatamente o contrário. Talvez a verdadeira força esteja em reconhecer os próprios limites, em pedir ajuda, em aceitar que ser humano é, por definição, ser vulnerável. Talvez a força esteja em continuar mesmo quando a vontade é de parar. Em levantar mesmo sem ter certeza de para onde ir. Em seguir, mesmo com medo.

A vida é um território acidentado. Tem ladeiras, buracos, dias de sol escaldante e noites de tempestade. E a gente vai andando, tropeçando, levantando, aprendendo. Vai descobrindo que nem toda dor é castigo, nem todo desafio é punição. Que há beleza nas imperfeições, que há poesia no cansaço. Que há força, sim, na fragilidade.

E aí a gente se dá conta: ser forte não é não chorar. É não deixar de amar. É continuar acreditando. É levantar a cabeça mesmo quando ela pesa. É seguir em frente ainda que os passos estejam curtos. Ser forte é, às vezes, apenas não desistir de si mesmo.

Então, se alguém disser que você precisa ser forte, tudo bem. Só não esqueça que você pode ser forte do seu jeito. Pode ter dias ruins, pode se sentir pequeno, pode se recolher. A vida não exige que sejamos heróis. Exige apenas que sejamos inteiros — e isso já é muita coisa.

Outra frase pronta, mas que dessa vez, quero aplicar: “Coragem não é ausência de medo. É fazer com ele”. E assim seguimos: entre tropeços e conquistas, entre gargalhadas e lágrimas, tentando ser fortes — ou, pelo menos, honestos. Porque, no fim das contas, viver é isso: um ato de bravura diária, ainda que ninguém esteja vendo.

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