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Está chegando a hora

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Desafio da Ponte está de volta. Conheça o percurso

Desafio da Ponte está de volta. Conheça o percurso

        Retornando ao calendário esportivo após 12 anos, o Desafio da Ponte acontece no próximo dia 3 de agosto, um domingo. A coordenação do evento divulgou os detalhes do percurso de 21 quilômetros da prova. Largando próximo ao Caminho Niemeyer, em Niterói, e chegando no Boulevard Olímpico com Arena de Chegada na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, a prova atravessará a Ponte Presidente Costa e Silva, a conhecida como Ponte Rio-Niterói, que é a maior do hemisfério sul, com mais de 13 quilômetros de extensão. As inscrições estão encerradas.

        Descrevendo em detalhes, a largada em Niterói será nas proximidades do Caminho Niemeyer, na Rua Professor Plínio Leite, seguindo para a Avenida Feliciano Sodré, em direção à praça do pedágio da ponte. Os atletas seguirão até a base operacional e depois para a pista no sentido Niterói-Rio até aproximadamente o seu quilômetro 14, incluindo uma altimetria máxima de 72 metros na passagem pelo vão central e uma altimetria acumulada de cerca de 150 metros.

Já no Rio de Janeiro, a prova seguirá pelo Viaduto do Gasômetro em direção a descida para Avenida Rodrigues Alves e, em sua reta final, o percurso passará pela Rua Rivadávia Corrêa, acessando o Boulevard Olímpico e concluindo na Praça Mauá, onde estará localizada a Arena de Entretenimento do evento.

        “O Desafio da Ponte tem um percurso exigente, com muitas subidas e descidas, além de um cenário incomum, afinal, estamos falando de atravessar uma das pontes de maior extensão do mundo. Entre as grandes motivações para participar da prova estão justamente o seu percurso exclusivo e o objetivo inédito que ele proporciona aos corredores. São essas características que fazem o Desafio da Ponte ser um dos eventos mais atrativos para homens e mulheres que já estão acostumados à preparação de alta performance e à busca por superar limites pessoais”, contou João Traven, diretor da empresa organizadora do evento.

        Ao todo, o Desafio da Ponte terá oito pontos de hidratação, que estarão assim distribuídos ao longo do percurso: Arena de Largada (Km 0), Alça de Retorno na Base Operacional da concessionária EcoVias Ponte (Km 2.6), Km 5.2, próximo ao pórtico 12 da ponte (Km 9.2), próximo ao pórtico 6 (Km 13.1), Avenida Rodrigues Alves 1 (Km 16.1), Avenida Rodrigues Alves 2 (Km 19.1) e Arena de Chegada (Km 21).

        A largada, com início às 6h30, será no sistema de ondas, começando com os corredores de elite das categorias masculina e feminina. Em seguida, às 6h35, largam os atletas com deficiência (ACD). Depois, em intervalos de cinco minutos, as ondas serão divididas conforme os índices técnicos usados no ato da inscrição.

        No ato da inscrição, homens e mulheres precisaram comprovar ter completado, a partir de janeiro de 2024, prova de 21 quilômetros em tempo igual ou inferior a duas horas e 30 minutos ou prova de maratona (42 km) em tempo igual ou inferior a cinco horas. Os resultados obtidos nas provas de 21 km e 42 km das edições de 2024 e 2025 da Maratona do Rio são válidos como índice para o Desafio da Ponte.

 

Origem

        Criada em 1981, a Corrida da Ponte se tornou uma das provas mais desafiadoras e simbólicas do Brasil. Com seu percurso passando pela imponente Ponte Rio–Niterói, o evento não só testa os limites físicos dos corredores como também proporciona um dos cenários mais icônicos do estado do Rio de Janeiro.

        Realizada anualmente até 1986, a prova foi interrompida por questões operacionais e de tráfego na ponte. No entanto, sua importância permaneceu viva na memória dos atletas, culminando em seu grande retorno em 2011, com edições subsequentes em 2012 e 2013. A última edição, realizada em 2013, contou com oito mil corredores.

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Prova volta ao calendário estadual, e cenário emblemático e diferente dos demais eventos (Divulgação/Desafio da Ponte)
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O brasileiro cansou da política ou só aprendeu a ignorar?

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Todo mundo já ouviu — ou já falou — aquela famosa expressão: “Ah, política não é pra mim”. O problema é que, enquanto você foge da política, ela continua decidindo o valor do seu aluguel, a qualidade do seu ônibus e o preço do seu arroz. Fingir que ela não existe só faz bem para quem quer se esconder dela.

Todo mundo já ouviu — ou já falou — aquela famosa expressão: “Ah, política não é pra mim”. O problema é que, enquanto você foge da política, ela continua decidindo o valor do seu aluguel, a qualidade do seu ônibus e o preço do seu arroz. Fingir que ela não existe só faz bem para quem quer se esconder dela.

Tem gente que não assiste mais jornal, não vota com convicção, não sabe o nome do vereador da própria cidade. E, sinceramente? Dá pra entender. A política brasileira virou sinônimo de escândalo, decepção e promessas que morrem no palanque. É um ciclo de expectativas frustradas que esgota até o mais otimista dos brasileiros.

Mas será que o brasileiro realmente desistiu? Ou será que ele só cansou de se importar sozinho? Enquanto alguns gritam nas redes, muitos já não acreditam que vale a pena reclamar. A sensação é de que tudo já está decidido por cima. A política virou um jogo de cartas marcadas — e ninguém quer mais jogar.

 

Cada vez menos “Policarpos Quaresmas”

Lá no começo do século 20, Lima Barreto já deu um aviso que seguimos ignorando: a política não costuma tratar bem quem acredita demais nela. A obra “O Triste Fim de Policarpo Quaresma” conta a história de um homem apaixonado pela pátria, pela cultura nacional, pela ideia de um país mais justo.

Policarpo era um servidor público metódico, honesto, obcecado por fazer do Brasil uma grande nação — e que, por isso mesmo, acabou morrendo nas mãos do próprio sistema em que confiava. Para uma narrativa publicada em 1915, o texto soa estranhamente bem atual.

Quaresma se apaixonou pela política como quem ama com fé cega. Tentou mudar o idioma oficial, defendeu uma agricultura nacionalista, e por fim se alistou na Revolta da Armada, acreditando que poderia ajudar o Brasil de verdade. No entanto, a política que ele tanto venerava o triturou como mais um número — um idealista perdido entre a indiferença do Estado e o cinismo dos poderosos. Morreu traído pelo exato país que queria consertar.

Hoje, ser Policarpo Quaresma virou quase um insulto. A paixão pela política dá lugar à desconfiança, o engajamento vira piada, e o idealismo é confundido com maluquice.

O brasileiro moderno prefere se proteger do que se envolver, rir do que se frustrar, ignorar do que se decepcionar. Ninguém quer morrer pela pátria — e muito menos morrer de decepção por ela. Aos poucos, estamos deixando de ser Quaresmas. E talvez o Brasil e Nova Friburgo nunca tenha precisado tanto de alguns.

 

Sentimento de apatia

Essa apatia coletiva não surgiu do nada. Ela é o resultado de anos de corrupção exposta, de representações que não representam e de instituições que parecem viver num mundo à parte. O cidadão comum olha para a prefeitura ou para a Câmara de Vereadores e não se vê ali. Parece tudo distante, sujo, inatingível — então pra quê se envolver?

O problema é que o silêncio político não é neutro. Ele é terreno fértil para oportunista. Quando a maioria se afasta, quem se aproxima são justamente os que mais se beneficiam da ausência do povo. A política, como a natureza, não tolera vácuos: se você sai, alguém entra. E nem sempre com boas intenções.

A descrença virou moda. E junto com ela, vieram os discursos perigosos: “todos são iguais”, “tem que fechar tudo”, “precisamos de alguém que mande de verdade”. Frases aparentemente simples, mas que escondem um desejo autoritário, travestido de impaciência. Cansamos da política... e começamos a flertar com soluções fáceis.

Enquanto isso, a democracia vai perdendo força, mas de forma silenciosa. Ninguém derruba a politicagem com tanques mais — é no cansaço, na indiferença, no tanto faz. O voto vai ficando vazio, o debate raso, o interesse ausente. E quando a gente percebe, quem fala por todos já não representa ninguém.

É claro que ninguém é obrigado a virar militante. Mas também não dá pra viver como se política fosse algo opcional, como se fosse possível se esconder da cidadania. Ela tá no IPTU, na fila do SUS, no preço do gás, no tarifaço, nas práticas contra a lei. Fugir dela não resolve. É como ignorar o vazamento do teto achando que a água vai cansar primeiro.

 

Somos cansados sobreviventes

Talvez o Brasil não precise de mais heróis. Heróis são para as epopeias, e a vida, no fundo, é feita de prosa, café e de cansaço. A política, com suas fanfarras e seus discursos urgentes, passa do lado de fora da janela como um desfile barulhento – e com bastante irregularidades fiscais. Nós, de dentro, apenas espiamos por uma fresta da cortina.

O nosso patriotismo – e não no sentido partidário, deixe-se claro - virou uma coisa doméstica, silenciosa. Mora no armário, junto com os retratos amarelados e as contas do mês. Cuidamos dele como quem cuida de um bibelô frágil, com medo de que uma lufada de vento o derrube da estante.

A verdade é que a Pátria, essa ideia que fez o pobre do Quaresma sonhar tão alto, para nós, encolheu. Hoje, ela tem o tamanho exato da nossa desesperança de um jogo com cartas marcadas, corrupção e TikTok. E ultimamente ficamos assim, vivendo em pontas de pés ao redor dele. Em silêncio. Para não fazer barulho e acordar a dor.

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Traços de personalidade de uma pessoa má

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Num artigo publicado pela BBC News Brasil em 25 abril de 2019, foi explicado sobre caraterísticas de comportamento que podem revelar se uma pessoa é má. Vamos ver isso a seguir. https://www.bbc.com/portuguese/geral-48047457

Num artigo publicado pela BBC News Brasil em 25 abril de 2019, foi explicado sobre caraterísticas de comportamento que podem revelar se uma pessoa é má. Vamos ver isso a seguir. https://www.bbc.com/portuguese/geral-48047457

Existem pessoas más, ruins, perversas. A Psicologia não consegue explicar completamente a origem disso. Não tenho dúvidas de que existe uma soma de fatores psicológicos e espirituais no comportamento humano. No dia a dia não lidamos só com dificuldades psicológicas, mas também com as do campo espiritual.

O apóstolo Paulo deixa isso claro em sua carta aos Efésios capítulo 6, versículo 12: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Jesus Cristo muitas vezes Se referiu à presença de seres espirituais maus enquando Ele vivia entre os seres humanos. Ver por exemplo: “Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.” João 14:30.

Dentre as centenas de pessoas que Jesus curou, muitas estavam enfermas por causa dessa guerra espiritual, e foram libertas de seres diabólicos. Por exemplo: “E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa?” Lucas 13:16.

Reduzindo problemas comportamentais aos ligados à dimensão psicológica, uma pessoa má tem características como o narcisismo, com fantasias de ter poder ilimitado, desejando sempre a admiração de todos. Tendo psicopatia, não sente empatia pelos outros, não se importando com os sentimentos ou interesses de outras pessoas. A pessoa má apresenta comportamento cínico e usa estratégias para obter benefícios pessoais. É fria emocionalmente, sem humildade, podendo ser corrupta.

Outra característica da pessoa má é o sadismo, ou seja, tendência de se envolver em comportamentos cruéis ou agressivos em busca de prazer ou dominação. Sádica é a pessoa que gosta de causar sofrimento nos outros.

Minna Lyons, pesquisadora da escola de psicologia da Universidade de Liverpool, diz que é importante estudar esses comportamentos entre pessoas em geral, não só nas diagnosticadas com distúrbio de personalidade, para ver como essas características se entrelaçam com outros comportamentos.

A pessoa má com psicopatia pode apresentar comportamentos antissociais, incluindo agressividade e impulsividade, mas nem todos que têm traços psicopáticos são violentos ou criminosos. A psicopatia não é uma doença mental em si, mas um conjunto de características que podem estar presentes em pessoas com transtorno de personalidade antissocial. Psicopatas podem parecer amigáveis e bem-sucedidos, o que pode dificultar a identificação do transtorno. Eles estão por aí na sociedade, em qualquer posição e função.

Os psicopatas e o fascínio que exercem entre as pessoas foram debatidos no 3º Congresso de Psicologia do Cerrado (2016) no Centro Universitário de Várzea Grande. Para o psicólogo Shouzo Abe, especialista em Psicologia Jurídica, a maioria dos psicopatas não são diagnosticados e com base nos sintomas, pode-se suspeitar que muitos atuam como políticos. Para explicar sua teoria, Abe afirma que “o sinal mais forte do transtorno de personalidade antissocial é não se importar com a morte e/ou sofrimento do outro e não sentir culpa ou remorso das suas ações, e quando um político rouba milhões de áreas como a saúde, por exemplo, ele está tirando a vida de pessoas e em muitos casos, sem sentir nada a respeito disso.”

            O especialista em Psicologia Jurídica disse: “Os maiores psicopatas estão na política.” “Mas é claro que para afirmar que determinado político é psicopata, não é tão simples. É um processo que demanda tempo”, esclarece o psicólogo no artigo do site do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso. (https://crpmt.org.br/noticias/os-piores-psicopatas-estao-na-politica-afirma-especialista-em-psicologia-juridica)

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com

www.youtube.com/claramentent

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Todos perguntam...

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Fazer exercício físico no inverno queima mais calorias? Especialistas respondem

Quando a temperatura cai, como nesta época do ano, é comum que a vontade de se exercitar diminua. Ainda mais no frio típico de Nova Friburgo, que acaba sendo um convite ao sedentarismo e a uma alimentação menos balanceada e saudável. Porém, quem busca o emagrecimento ou a manutenção da boa forma, tem bons motivos para espantar a preguiça.

Fazer exercício físico no inverno queima mais calorias? Especialistas respondem

Quando a temperatura cai, como nesta época do ano, é comum que a vontade de se exercitar diminua. Ainda mais no frio típico de Nova Friburgo, que acaba sendo um convite ao sedentarismo e a uma alimentação menos balanceada e saudável. Porém, quem busca o emagrecimento ou a manutenção da boa forma, tem bons motivos para espantar a preguiça.

Estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, descobriu que o corpo aumenta a taxa metabólica para produzir calor quando exposto a temperaturas mais baixas, com a necessidade de manter a temperatura corporal estável (próximo a 36,5 graus). Dessa forma o organismo precisa trabalhar mais para manter sua temperatura ideal.

“O esforço extra exige mais energia, fazendo com que o gasto de glicogênio muscular e a beta-oxidação de gorduras seja mais intensa. Isso ajuda a explicar por que a prática de exercícios no frio pode contribuir para alguns gastos extras de calorias, não se trata de uma solução isolada para a perda de peso, mas sim de um fator complementar” explica o coordenador da UPX Sports, Zair Cândido.

O exercício físico quando praticado no inverno auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, combate à depressão sazonal e melhora a qualidade do sono. A exposição ao frio faz com que o corpo se adapte gradualmente às condições climáticas.

“Com a mudança de estação, aumentam os casos de problemas relacionados ao sistema respiratório, como dores de garganta, viroses e estados gripais. Manter uma rotina ativa com exercícios físicos é uma estratégia eficaz para reforçar o sistema imunológico”, diz Cândido.

Estudos de Harvard indicam que um dos fatores que contribuem para a depressão sazonal durante o inverno é a redução da exposição ao sol. Essa ausência de luminosidade pode interferir na produção de serotonina e aumentar a melatonina — hormônio responsável pela  regulação  do ritmo circadiano.

“A produção desse hormônio em excesso, pode afetar o humor, provocando falta de energia, isolamento social e mais vontade de ingerir comidas calóricas. Nesses casos, a atividade física ajuda a equilibrar os hormônios e, dependendo do tipo de exercício, ainda permite contato maior com os raios solares”, comenta.

Dentre outros fatores, a prática de exercícios físicos influencia diretamente o sono, favorecendo as fases mais profundas — especialmente o sono REM, essencial para a regeneração do corpo e o reforço da imunidade. O desgaste gerado pela atividade física contribui para um sono de qualidade, com menos interrupções durante a noite e maior tempo total de sono. O resultado é um repouso mais eficaz e restaurador. A recomendação é priorizar atividades indoor, como musculação, spinning ou até caminhadas na esteira, pois, por serem realizadas em ambientes fechados, com temperatura mais controlada, contribuem para resultados mais satisfatórios.

Apesar disso, atividades ao ar livre também apresentam seus benefícios — podendo melhorar o humor e aumentar a produção de vitamina D —, o importante é adaptar o treino quando necessário. Independentemente da atividade escolhida, existem cuidados gerais que devem ser considerados especialmente em dias de frio como se aquecer antes de iniciar a atividade física, adequar o vestuário à intensidade do frio, ao tipo de atividade e à duração do exercício, se alimentar e hidratar bem consumindo nutrientes adequados nas quantidades ideais.

Outras recomendações para manter uma rotina saudável mesmo em temperaturas baixas incluem identificar os horários em que se sente mais disposto e com mais energia para treinar, o pode contribuir para que vire um hábito, e não apenas um “esforço”.

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Treinos no inverno podem trazer benefícios, desde que praticados com regularidade e de forma cuidadosa (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)
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A amizade e o elo que sustenta

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Ah, a amizade! Aquela que se faz presente de tantas variadas formas, que enaltece, apoia, afaga, concorda, discorda, discute, mas respeita e cuida.

Sabe a hora de falar e silenciar. Faz a música do rádio tocar, transbordando melodia.

Os amigos são dotados de inúmeras características, tempos distintos, idades variadas, propósitos diferentes, mas estão ali. Perto ou longe, estão ali. Sempre como se fosse ontem.

Ah, a amizade! Aquela que se faz presente de tantas variadas formas, que enaltece, apoia, afaga, concorda, discorda, discute, mas respeita e cuida.

Sabe a hora de falar e silenciar. Faz a música do rádio tocar, transbordando melodia.

Os amigos são dotados de inúmeras características, tempos distintos, idades variadas, propósitos diferentes, mas estão ali. Perto ou longe, estão ali. Sempre como se fosse ontem.

Uma amizade consolidada pode ficar sem contato durante anos, que quando reaparece, a intimidade retorna, as gargalhadas ressurgem, os olhares se entrelaçam, o ombro chega, o silêncio comunica.

É como um livro que se abre exatamente na página em que foi fechado. A história segue viva, mesmo que o tempo tenha passado.

No último domingo, 20, foi comemorado o Dia do Amigo. Uma data que algumas pessoas aproveitam para homenagear. Mas será que esse reconhecimento precisa ser apenas em um dia? Será que precisamos enaltecer os amigos que amamos apenas em datas especiais?

Dizer o que sentimos para o outro, não precisa esperar data comemorativa. Pode acontecer, naturalmente, dia após dia. Sem momento marcado.

Sabemos que, ao longo da vida, as prioridades vão sendo outras, as responsabilidades mudam, as mudanças surgem constantemente.

Aqueles amigos que antes víamos com frequência, já não vemos tanto assim, mas isso não quer dizer que a sintonia do rádio não esteja na mesma vibração.

Amigo entende ausência sem cobrança, sente saudade com nostalgia e celebra a presença como um presente raro.

Tem amizade que mora dentro da gente. Que vira casa, coração aquecido, pouso, cheiro bom de café fresco e bolo saindo do forno.

Que ensina, que provoca, que mostra o mundo com outro olhar, com outro tempo. É chão, é asa. Firma e liberta.

Tem amigo que é pausa no caos, sopro leve no peito. Que traz presença, mesmo na ausência. Não precisa dizer muito, basta estar. Um silêncio conforta. Nos recorda de quem somos, mesmo quando nos esquecemos por um instante.

Não importa o tempo que ficamos sem ver e sair. A relação continua pulsando vida e cor.

Quando estamos com um amigo, a música toca de forma diferente, o som fica profundo, mais verdadeiro, trazendo inúmeros benefícios. Nos enche de alegria.

A sensação de plenitude se fortalece. A alma se reconhece. Porque a amizade verdadeira não passa, permanece. Floresce.

 

Até a próxima quarta!

…….

Contato:

Site: www.camillafiorito.com.br

Instagram: @camilla.fioritoeduc

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Fim da linha

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Derrota fora de casa elimina Frizão Sub-20 da Série B1

        Um resultado para encerrar as chances de classificação para as semifinais da Série B1 do Campeonato Carioca Sub-20. O Tricolor da Serra enfrentou o Bonsucesso na última quarta-feira, 16, no Leônidas da Silva, e acabou derrotado pelo placar de 1 a 0. De fato, apenas a vitória interessava para manter as possibilidades de avançar para a próxima fase da competição.

Derrota fora de casa elimina Frizão Sub-20 da Série B1

        Um resultado para encerrar as chances de classificação para as semifinais da Série B1 do Campeonato Carioca Sub-20. O Tricolor da Serra enfrentou o Bonsucesso na última quarta-feira, 16, no Leônidas da Silva, e acabou derrotado pelo placar de 1 a 0. De fato, apenas a vitória interessava para manter as possibilidades de avançar para a próxima fase da competição.

Com o resultado no Rio de Janeiro, o Tricolor da Serra permaneceu com sete pontos, ocupando a oitava posição. Restando apenas mais uma partida para o fim da primeira fase, equipe está a cinco pontos do quarto colocado, o Paduano, primeiro time na zona de qualificação para as semifinais. Encerrando a participação na competição, o Tricolor da Serra vai receber o Artsul nesta quarta-feira, 23, às 14h45, no Eduardo Guinle. A entrada é gratuita.

        A edição deste ano é disputada por dez clubes, em sistema de pontos corridos. Participam, além do Frizão, as equipes do Carapebus, Artsul, Bonsucesso, Campo Grande, Nova Cidade, Niteroiense, Paduano, São Cristóvão e Serrano. Na disputa da Taça Corcovado, equivalente à fase de classificação, todos se enfrentam em turno único. O primeiro colocado leva o título simbólico, e os quatro melhores avançam para as semifinais.

        A caminhada teve início com a derrota para o Campo Grande, fora de casa, e continuou com a vitória sobre o Paduano, no Eduardo Guinle, o tropeço diante do Serrano, no Atílio Marotti, e a recuperação com novo triunfo, desta vez sobre o Carapebus. Logo após o Tricolor empatou com o Nova Cidade, no Joaquim Flores, antes da sequência de derrotas para o São Cristóvão, Niteroiense e Bonsucesso. 

        O Friburguense, escalado pelo técnico Gedeil, foi a campo, na última quarta, com Helder, Danilo, Guilherme, Yuri e Bryan; Isaque, Ryan, Renan e Cadu; Juninho e Bernardo.

Tabela do Frizão Sub-20

Campo Grande 1 x 0 Friburguense, Ítalo del Cima

Friburguense 3 x 1 Paduano, Eduardo Guinle

Serrano 3 x 1 Friburguense, Atílio Marotti

Friburguense 3 x 1 Carapebus, Eduardo Guinle

Nova Cidade 1 x 1 Friburguense, Joaquim Flores

Friburguense 0 x 1 São Cristóvão, Eduardo Guinle

Niteroiense 2 x 0 Friburguense, Concha Acústica de Niterói

Bonsucesso 1 x 0 Friburguense, Leônidas da Silva

23/jul - Qua - 14h45 - Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

 

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    Frizão Sub-20 encerra hoje sua participação na Série B1, em casa: alguns atletas irão compor plantel principal (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Uma das torcidas organizadas do Friburguense, a Rasta Tricolor promoveu, no último fim de semana, um jogo festivo para reunir alguns dos maiores ídolos da história tricolor. Nomes como Eduardo, Cadão, Ziquinha e outros marcaram presença, no evento realizado no antigo campo do Serrano, em Olaria. “Hoje realizamos o sonho da nossa torcida. Pudemos assistir craques que fizeram história no nosso clube. A nossa missão como torcida é manter a história do Frizão viva e contar para próxima geração. Só temos a agradecer a todos que nos ajudaram e fizeram parte desse dia histórico, e que seja o primeiro de muitos jogos. Agradecemos a parceria e ajuda que tivemos por parte do Friburguense, ao presidente Elberth, ao vice Márcio e ao jurídico Dr. Marlon, além do master do Friburguense social, que nos ajudou com os uniformes e bola para o jogo”, resumem os diretores da torcida, em postagem nas redes sociais. (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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A tornozeleira de Bolsonaro

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Tenho evitado falar em política, mas chega um momento que não podemos nos omitir dos graves problemas que enfrentamos, com relação à ditadura da toga. As sanções impostas por Alexandre de Moraes, membro do STF, ao ex-presidente Jair Bolsonaro são inadmissíveis e fruto de um autoritarismo indescritível. Sem ainda ter sido julgado, Bolsonaro já se encontra em prisão domiciliar e com direitos inerentes a um ser humano cassado.

Tenho evitado falar em política, mas chega um momento que não podemos nos omitir dos graves problemas que enfrentamos, com relação à ditadura da toga. As sanções impostas por Alexandre de Moraes, membro do STF, ao ex-presidente Jair Bolsonaro são inadmissíveis e fruto de um autoritarismo indescritível. Sem ainda ter sido julgado, Bolsonaro já se encontra em prisão domiciliar e com direitos inerentes a um ser humano cassado. Proibi-lo de se comunicar com o próprio filho é fruto de uma mente doentia, típica dos indivíduos que chegam ao poder, não por mérito próprio, mas pelo famoso QI (quem indicou). Lembrem-se que a sua indicação para o STF foi pelas mãos de Michel Temer, que precisava de alguém para defendê-lo, no supremo, em caso de necessidade como aliás ocorreu.

Outro problema grave é a colocação de uma tornozeleira eletrônica numa pessoa que nem julgada ainda foi. O ex-presidente foi indiciado, a meu ver num processo fabricado e cujo fim, sua condenação, todos já sabemos. Mas, isso não capacita o Judiciário de colocar o dito aparelho, dessa maneira. Como o brasileiro é muito debochado e criativo, já existem lojas na Rua 25 de Março, em São Paulo, vendendo-as em plástico. Aliás, estava na hora desse deboche virar coisa séria e o povo passar a encarar com seriedade esses mandos e desmandos do Judiciário e tomar uma posição de descontentamento sério.

Por isso, bato palmas para a decisão do presidente americano de cassar o visto de entrada nos Estados Unidos para oito dos 11 membros do STF, inclusive de seus familiares. É até engraçado o fato de um cidadão brasileiro poder ter acesso a esse documento e, se quiser, pisar em solo americano e membros da mais alta corte do país terem tal regalia negada. Somente Luiz Fux, Kassio Nunes Marques e André Mendonça foram poupados, talvez por não serem “vacas de presépio” como os demais, que comungam com todos os mandos e desmandos de Alexandre de Moraes.

“A perseguição política do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão amplo que não só viola direitos básicos dos brasileiros, como também ultrapassa as fronteiras do Brasil para atingir americanos”, declarou o senador americano Marco Rubio, aliado de Donald Trump, ao justificar tal medida tomada.

Não vou discutir a taxa de 50% em cima dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, pois não estou de acordo com tal ato, que pune os brasileiros na sua totalidade. No entanto, talvez seja um puxão de orelhas em Luís Inácio, que sempre deixou bem clara a sua preferência de acordos comerciais com a China, a Rússia e outros países comunistas, em detrimento do comércio americano, velho e fiel parceiro comercial do Brasil. Se poderemos viver sem essa parceria, numa economia para lá de debilitada só o tempo dirá. Ainda mais com a gastança desenfreada do atual governo.

 Mas, há males que vem para o bem de todos. Com essa taxa, a exportação de carne bovina foi comprometida e, finalmente, a promessa de picanha na laje feita durante a campanha eleitoral de Luís Inácio, vai se concretizar. Sim, porque com certeza tal produto vai baratear no comércio interno e o menos favorecido vai poder comprá-la a baixo custo. Com a nova reforma tributária em gestação, a cerveja não deverá aumentar de preço, ao contrário do vinho, o que tornará o churrasco mais agradável.

Eu, se fosse Jair Bolsonaro, já teria pedido asilo americano desde que essa ´perseguição que lhe foi imposta começou. Com certeza ele seria transportado para solo americano e, de lá, teria muito mais condições de afrontar os mandos e desmandos do atual STF. Foi o que fez Charles de Gaulle, durante a segunda guerra mundial, ao se refugiar na Inglaterra e de lá ajudar a resistência francesa contra as forças nazistas. Bancar o mártir, em terras tupiniquins, em nada vai ajudar, pois suas ações serão completamente tolhidas.

Aliás, é curioso que Luís Inácio, preso e condenado, em três instâncias, por causa dos desvios de dinheiro, na operação Lava-Jato, teve todas as regalias que são negadas a um prisioneiro comum. Visitas íntimas, acesso ilimitado à internet e às redes sociais, poder receber as visitas quem quisesse, conversar com os filhos e outras quejandas mais. Até que numa ação surpreendente, Edson Fachin libertou-o da prisão e o tornou presidente da republiqueta chamada Brasil. Mas, essa já é outra história.

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A poesia é um passarinho que pousa na minha janela

terça-feira, 22 de julho de 2025

Confesso que gostaria de ser poeta, ser capaz de pinçar palavras na Língua Portuguesa e colocá-las nos versos com delicadeza e simplicidade. Sempre que leio uma poesia fico pensando nas ideias contidas nas palavras porque a poesia gosta de conversar baixinho, fazendo quase um cochicho; ela não fala alto, nem faz discursos. Apenas quer se chegar para deixar um registro no leitor que percebe o valor de um poema. Em cada verso existe uma afetividade profunda, provavelmente porque o poeta não consegue expressá-la de outra forma que não seja através da escrita de um poema.

Confesso que gostaria de ser poeta, ser capaz de pinçar palavras na Língua Portuguesa e colocá-las nos versos com delicadeza e simplicidade. Sempre que leio uma poesia fico pensando nas ideias contidas nas palavras porque a poesia gosta de conversar baixinho, fazendo quase um cochicho; ela não fala alto, nem faz discursos. Apenas quer se chegar para deixar um registro no leitor que percebe o valor de um poema. Em cada verso existe uma afetividade profunda, provavelmente porque o poeta não consegue expressá-la de outra forma que não seja através da escrita de um poema.

Um poema chegou a mim não por acaso, veio de uma antiga amiga, Lila Maia, que publicou “Um rio a cada dia”, em cuja capa tem um coração vermelho vibrante e dele sai um sol. Ela me disse que é o de Frida Kahlo, pintora mexicana que trouxe ao mundo uma obra surreal, realista e feminista. Entretanto a vida dela é tão impactante quanto sua obra, posto que é uma mulher vencedora de desafios, uma sobrevivente que encontrou na arte a sua catarse, uma expressão inteligente e criativa.

O que me tocou no livro foi a beleza das poesias, tecidas com maestria e sentimento profundo. Mas especialmente, uma, “Os sapatos de minha mãe”, que pousou na janela da minha alma. É um poema que fala do amor de uma filha por sua mãe. Um amor que é fortalecedor.

Mas como alguém pode pensar que os sapatos revelam uma história de vida, a saudade, a feminilidade?

A relação mãe e filhos funda uma pessoa. É o amor que circunda a experiência de relacionamento ao longo da vida. É o cheiro. São os modos de olhar. O riso. O colo. O beijo. Os jeitos de amar cruzam os destinos de ambas. Não quero pesquisar a respeito do amor filial e maternal. Quero falar do meu sentir através deste texto em prosa porque é o estilo que sei escrever. Basta a sensação da presença que um filho possa transmitir à mãe ou ao contrário. Bastam os objetos deixados sobre as estantes ou mesmo dentro das gavetas do armário que trazem a sensação de estar ao lado, embalando, fortalecendo, mostrando de várias maneiras que vale a pena seguir em frente.

Sei que a ausência da presença possa ser mais comum do que gostaria que fosse. Talvez as dores que pairam sobre o mundo possam decorrer desse espaço vazio, escuro e triste. Cheio de vendavais.

Certa vez, escutei de minha prima, Ana Maria Campitelli, psiquiatra e psicanalista, e que, infelizmente, não está mais entre nós, a história de um amigo que se tornou médico depois de ter perdido sua mãe aos cinco anos de idade e ter sido abandonado pela família e quase deixado à própria sorte. A relação entre ele e a mãe o abasteceu de tal forma que superou os obstáculos do destino, tornou-se um médico respeitado, construiu família e amigos; teve uma vida plena. É belo ver pessoas que foram esculpidas por uma história de amor, mesmo que breve.

Mas, enfim, deixo o poema “Os sapatos da mãe”:

“O que amei naquela mulher de 1,55

Não foi a forma decidida de dizer não,

ou quando mantilha o limite

entre o pacote de biscoitos recheados de morango

e o prato de sopa que deveria ser tomado

sem direito a choro.

O que amei foram seus sapatos.

Tinha o par vermelho com saltos prateados,

meu preferido,

me fazia imaginar que um dia seria meu.

Nem sei quantos sapatos sem embrulho de presente lhe dei.

 

Anos mais tarde quando fui ao seu enterro

Abri o armário e fui tirando todos os sapatos de número 33.

Nenhuma daquelas caixas vazias pode me consolar:

 

calço 37.”

 

P.S.: O título foi um presente que Lila me deu numa conversa sobre seu livro. 

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A importância dos pássaros para o equilíbrio do ecossistema e manutenção do clima

terça-feira, 22 de julho de 2025

Opa! Tudo verde? 

Bora pra mais uma prosa sustentável!

Coloridos, cantantes e muitas vezes discretos, os pássaros são muito mais do que símbolos da beleza natural. Eles exercem papéis essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas e têm influência direta na estabilidade climática do planeta. Em tempos de crise ambiental e aquecimento global, a presença e a proteção dessas espécies são mais importantes do que nunca.

 

Mais do que canto: a função ecológica das aves

Opa! Tudo verde? 

Bora pra mais uma prosa sustentável!

Coloridos, cantantes e muitas vezes discretos, os pássaros são muito mais do que símbolos da beleza natural. Eles exercem papéis essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas e têm influência direta na estabilidade climática do planeta. Em tempos de crise ambiental e aquecimento global, a presença e a proteção dessas espécies são mais importantes do que nunca.

 

Mais do que canto: a função ecológica das aves

Pouca gente sabe, mas os pássaros são verdadeiros engenheiros ecológicos. Suas atividades colaboram de forma natural com a saúde ambiental. Espécies frugívoras, como o tucano-toco (Ramphastos toco), o jacu (Penelope obscura), o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) e o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), são responsáveis por dispersar sementes por grandes distâncias. Ao se alimentarem de frutos e excretarem as sementes em locais distantes, essas aves colaboram diretamente para o crescimento de novas árvores, a recomposição de áreas desmatadas e o fortalecimento da biodiversidade nas florestas.

Outras espécies, como os beija-flores, incluindo o beija-flor-de-papo-branco (Leucochloris albicollis) e o beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), têm papel essencial na polinização de flores. Ao se alimentarem do néctar, transferem pólen de uma planta para outra, contribuindo para a reprodução de inúmeras espécies vegetais — muitas das quais dependem exclusivamente dessa interação para sobreviver.

Além disso, aves insetívoras, como as andorinhas e corujas, ajudam a controlar pragas agrícolas e urbanas, reduzindo a necessidade do uso de agrotóxicos e pesticidas, que também impactam negativamente o solo, a água e outras espécies.

A ação das aves também beneficia diretamente o solo: seus excrementos são fontes ricas de nutrientes e ajudam a fertilizar áreas degradadas. E quanto mais árvores crescem, mais carbono é capturado da atmosfera, o que contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

 

Pássaros e clima: uma relação direta

Estudos científicos já mostraram que florestas regeneradas com a ajuda da fauna nativa, especialmente aves, podem sequestrar até 30% mais carbono do que áreas em regeneração sem a presença de animais. Esse dado, conforme estudo publicado na Nature e em pesquisas da BirdLife International, reforça o papel das aves no combate às mudanças climáticas — ainda que de forma indireta, sua contribuição é vital.

No entanto, essa cadeia natural está em risco. De acordo com a BirdLife International, mais de 1.400 espécies de aves estão ameaçadas de extinção em todo o mundo. No Brasil, segundo dados recentes do ICMBio, pelo menos 160 espécies estão nessa situação.

 

Ameaças constantes

Entre os principais fatores que ameaçam a sobrevivência das aves estão o desmatamento, a fragmentação de habitats, o uso descontrolado de agrotóxicos, as mudanças climáticas, o avanço urbano sobre áreas naturais e o tráfico de animais silvestres — um dos crimes ambientais mais lucrativos do mundo.

Alguns exemplos emblemáticos são a ararinha-azul, que chegou a desaparecer da natureza, e o mutum-de-alagoas, considerado extinto por décadas e recentemente reintroduzido em seu habitat natural graças a esforços de conservação.

 

O que o cidadão pode fazer

A proteção das aves não é responsabilidade exclusiva de governos ou organizações ambientais. Pequenas ações cotidianas fazem diferença. Entre elas:

 

* Plantar árvores nativas em quintais, parques e áreas públicas, oferecendo abrigo e alimento para aves locais;

* Evitar o uso de agrotóxicos e produtos químicos em jardins e plantações;

* Não comprar ou manter aves silvestres em cativeiro;

* Apoiar e divulgar o trabalho de ONGs ambientais que atuam na preservação de espécies ameaçadas;

* Participar de projetos de observação de aves e ciência cidadã, que ajudam a mapear espécies e monitorar a biodiversidade.

 

Canais de denúncia e fiscalização

Crimes ambientais, como o tráfico de aves, a destruição de ninhos ou a derrubada ilegal de árvores, podem e devem ser denunciados. Para isso, o cidadão pode acionar os seguintes órgãos:

 

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Linha Verde: 0800 61 8080

Site: www.ibama.gov.br

 

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

Site: www.icmbio.gov.br

 

A defesa das aves é a defesa do nosso próprio futuro. Elas são termômetros da saúde ambiental e agentes ativos no equilíbrio da vida na Terra. Proteger os pássaros é proteger florestas, rios, solos, o ar que respiramos e o clima que precisamos manter estável. E a boa notícia é que todos podemos fazer parte disso.

Como dizia o ambientalista Aldo Leopold: "A conservação é um estado de harmonia entre o homem e a terra." Que saibamos escutar não só o canto dos pássaros, mas também o alerta que eles nos enviam.

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Festa em azul e branco

terça-feira, 22 de julho de 2025

Estrela do Mar bate o Unidos do Alto e é bi da Supercopa SAF

Estrela do Mar bate o Unidos do Alto e é bi da Supercopa SAF

O brilho na grande final da Supercopa SAF de 2025 foi em azul e branco. Após retornar à disputa da competição, o Estrela do Mar conquistou o bicampeonato do principal evento de futebol amador de Nova Friburgo. E foi uma vitória incontestável, numa final contra um adversário difícil e não menos tradicional. Os 3 a 0 diante do Unidos do Alto no último domingo, 20, no estádio Márcio Branco, no Stucky, coroam uma campanha que ficará para sempre na história da Supercopa, eternizada também na galera de troféus da equipe de São Pedro da Serra.

Como de praxe, o dia da decisão foi marcado por diversas atividades e uma mega estrutura para receber torcedores, jogadores e proporcionar um grande espetáculo. Algo que se comprova já na arbitragem, conduzida por Marcelo de Lima Henrique (CBF-Ceará), sendo auxiliado por Danilo Oliveira e Lucas Castro (ambos CBF-RJ). Outro destaque foram os amistosos infantis, com a presença das escolinhas de futebol. Nova Friburgo, Grêmio de Conselheiro, Friburguense e Guerreirinhos/Fluminense participaram da atividade. Os jogos contaram com dois tempos de 20 minutos (Sub-11) e 25 minutos (Sub-13).

 

A grande final

Com a bola rolando, o primeiro tempo foi marcado por jogadas em profundidade, lançamentos na área e de bolas paradas. O primeiro gol do Estrela do Mar foi marcado aos 9 minutos, em cobrança de falta de Breno Leal, um dos destaques da equipe do sétimo distrito. Na etapa complementar o Unidos do Alto buscava empatar a partida, principalmente em jogadas de bola parada e lances individuais.

Enquanto o Estrela do Mar valorizava a posse de bola e esperava o momento certo para resolver o confronto. Aos 36 minutos, a taça ficou ainda mais perto quando Mateus Conceição ampliou a vantagem. A festa ficou completa quando, aos 45 minutos, Roberto Jeferson deu números finais ao duelo.

Na primeira fase da Supercopa SAF, o Estrela do Mar conquistou duas vitórias, um empate e uma derrota. Marcou nove gols, sofreu quatro e terminou com saldo de cinco positivos. Os números garantiram 58,3% de aproveitamento. Na semifinal, superou o Amparo por 3 a 0, garantindo o título com este mesmo placar no confronto com o Unidos do Alto.

Na edição deste ano, o Grupo A contou com as participações de Santa Cruz, São Pedro, Amparo e Estrela do Mar. Já o Grupo B terá as equipes do Janela das Andorinhas (JDA), Unidos do Alto, São Lourenço e Friburgo Sporting.

 

Supercopa SAF 2025

 

1ª Rodada

Domingo (15 de junho)

Local: Estádio Manoel Cabral Sobrinho- São Lourenço

Unidos do Alto 3 x 1 Santa Cruz

Amparo 3 x 3 JDA                    

Friburgo Sporting 1 x 1 São Pedro   

Estrela do Mar 0 x 1 São Lourenço

 

2ª Rodada

Domingo (22 de junho)

Local: Estádio Guilherme Gripp - Amparo

Friburgo Sporting 3 x 3 Estrela do Mar

São Pedro 0 x 1 JDA

Santa Cruz 2 x 2 São Lourenço

Amparo 0 x 3 Unidos do Alto

 

3ª Rodada

Domingo (29 de junho)

Local: Estádio João Mendes da Silva - São Pedro

São Lourenço 1 x 1 Amparo

Santa Cruz 0 x 2 Friburgo Sporting

Estrela do Mar 2 x 0 JDA

São Pedro 0 x 1 Unidos do Alto

 

4ª Rodada

Domingo (6 de julho)

Local: Estádio Jove Aguinaldo Blaudt - Estrela do Mar

São Lourenço 0 x 1 São Pedro

JDA 3 x 1 Santa Cruz

Amparo 2 x 0 Friburgo Sporting

Estrela do Mar 4 x 0 Unidos do Alto

 

Semifinais

Domingo (13 de julho)

Local: Estádio Eduardo Guinle

Unidos do Alto 1 x 1 JDA

Estrela do Mar 3 x 0 Amparo

 

Final

Domingo (20 de julho)

Local: Estádio Márcio Branco

Unidos do Alto 0 x 3 Estrela do Mar

  • Foto da galeria

    Festa em azul e branco: Estrela do Mar ergue a Supercopa pela segunda vez em sua história (crédito: Rafael Seabra)

  • Foto da galeria

    Confronto com o Unidos do Alto foi equilibrado, prevalecendo a eficiência do Estrela (crédito: Rafael Seabra)

  • Foto da galeria

    Gols na reta final do segundo tempo garantiram a festa do time do sétimo distrito (crédito: Rafael Seabra)

  • Foto da galeria

    Estrela do Mar entra para a galeria dos bicampeões da competição municipal (crédito: Rafael Seabra)

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