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Estamos destruindo nossa casa

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Fritjof Capra, foi professor de física quântica na Universidade da California em Berkeley. É um físico teórico e escritor que tem desenvolvido um trabalho sobre a promoção da educação ecológica. Décadas atrás num de seus livros ele falava sobre a importância de uma vida simples, consumo frugal, consciência ecológica para a sobrevivência de nosso planeta. Ele comenta: “O conhecimento vem sendo dominado por grandes corporações mais interessadas em retornos financeiros do que no bem-estar da humanidade.

Fritjof Capra, foi professor de física quântica na Universidade da California em Berkeley. É um físico teórico e escritor que tem desenvolvido um trabalho sobre a promoção da educação ecológica. Décadas atrás num de seus livros ele falava sobre a importância de uma vida simples, consumo frugal, consciência ecológica para a sobrevivência de nosso planeta. Ele comenta: “O conhecimento vem sendo dominado por grandes corporações mais interessadas em retornos financeiros do que no bem-estar da humanidade. Sendo assim, precisamos urgentemente de uma ciência e tecnologia que respeitem a unidade de toda a vida, reconheçam a fundamental interdependência de todo fenômeno natural e nos reconectem com a Terra” (https://ideiasustentavel.com.br/entrevistas-abaixo-o-humanismo-individualista/ Visita em 18/10/2024).

Capra defende a ideia de que todas as formas de vida natural, células, animais, plantas, seres humanos, funcionam melhor em redes e não de forma individualista. Para nossa sobrevivência como raça humana seria necessário uma integração com a Natureza em vez de destruição dela por interesses econômicos egocêntricos.

No mundo capitalista a ideia é que lucrar é mais importante do que a preservação da Natureza, incluindo a vida humana. A política pode usar a tecnologia para fins egocêntricos e de enriquecimento pessoal em vez de usá-la para o desenvolvimento da comunidade, especialmente dos menos favorecidos.

Não iremos seguir muitos anos de vida nesse planeta não tanto porque os gananciosos estão destruindo a vida na Terra, mas também porque a profecia bíblica aponta para o fato de estarmos no fim do fim, antes do retorno de Jesus para o Juízo Final e estabelecimento de uma nova Terra e nova vida com justiça e a morte não mais existirá (ver Daniel capítulo 2 e João capítulo 14 na Bíblia).

O professor Capra fala em “alfabetização ecológica” que é o ensino de como praticar a sustentabilidade para diminuir ou interromper a destruição da Natureza. A ganância material produz burrice ecológica porque com a mente embotada pelo egoísmo o indivíduo segue destruindo para criar seus empreendimentos com fim de lucro. Ele destrói a própria casa onde mora para ter mais dinheiro nos bancos.

Importante para a preservação da vida na Terra não é o que podemos extrair dela, mas como preservá-la. O que a Natureza nos ensina? O que os sintomas de destruição dela trás de lições para nós? Se não atentarmos para os sintomas e partir em busca das suas causas, a destruição prossegue e como consequência temos alimentos contaminados cheios de defensivos químicos, alguns cancerígenos, poluição do ar, aumento dos alimentos super processados feitos com produtos geneticamente modificados, prejudiciais à saúde, entre outros malefícios. Capra explica sobre a importância de obtermos conhecimentos sobre como produzir materiais e tecnologia com uso de produtos biodegradáveis e recicláveis.

A fissura por crescimento econômico faz dos seus participantes pessoas que ficam cegas para o bom senso e chegam ao ponto de violência caso alguém ou uma instituição queira proteger o meio ambiente. Conheço gente que foi ameaçada de morte por empreendedores imobiliários por defender a não destruição de lagoas e vegetação em seus relatórios sobre determinadas áreas.

Importante distinguir o bom crescimento do ruim. Capa explica: “O bom crescimento relaciona-se a processos de produção e serviços mais eficientes com energias renováveis, emissões zero, reciclagem contínua de recursos naturais e restauração dos ecossistemas terrestres. As companhias precisam reavaliar seus processos de produção e serviços para determinar quais deles são ecologicamente destrutivos e, por essa razão, devem ser substituídos. Ao mesmo tempo, as empresas precisam diversificar seus portifólios na direção de produtos e serviços verdes.”

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Momento especial

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Friburguense e Vasco fazem amistoso antes da final da Copa Sesc

Friburguense e Vasco fazem amistoso antes da final da Copa Sesc

Um momento marcante para o futsal de Nova Friburgo. Na abertura da fase final do tradicional torneio de futsal, a Copa Sesc, a equipe profissional do Vasco da Gama foi convidada pelo analista de Esportes do Sistema, Rondinelli Esteves, para realizar uma partida de exibição com um combinado de jogadores representando o Friburguense Atlético Clube. O amistoso foi considerado como mais um passo importante para fortalecer a modalidade no município. Vale lembrar que a seleção brasileira, hexacampeã, fez parte de sua preparação na cidade.

"Quando surgiu a oportunidade, ficou claro que seria histórico, e muito importante para o crescimento do futsal em nossa cidade. Assim, procuramos dar significado a convocação, convidando apaixonados e praticantes do futsal de diferentes gerações tanto para jogar, quanto para participar da comissão técnica. Enfim, estamos todos realizando um sonho e plantando uma semente", avalia o professor Fellipe Malhard, responsável pela formação do elenco do Friburguense.

Comandante da equipe e um dos maiores entusiastas do futsal friburguense, o professor Sávio Badini enalteceu a oportunidade e seu significado. “Isso foi muito significativo. Tinha um sonho de montar uma equipe adulta de futsal em Nova Friburgo, e hoje tenho um objetivo, que com o somatório de ajuda dos que aqui estão, nos levarão a um patamar superior. As novas gerações que praticam futsal precisam de referências e expectativas, assim, ao formar uma equipe profissional o ciclo estará harmônico", observa Badini.  

Dentro desse contexto de evolução e objetivos ainda maiores, o pontapé inicial já foi dado há alguns anos no município. O Friburguense Futsal hoje conta com equipes de base com atletas de 6 a 13 anos, representando a cidade e o clube em competições por todo o estado.

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    Elenco montado reuniu jogadores com passagens pela base e profissional do futebol do Friburguense (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Partida foi considerada como um marco importante para o futsal de Nova Friburgo (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Várias crianças, alunas do Friburguense, também acompanharam a partida no Sesc (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Desta sexta-feira, 15, a domingo, 17, a AFFM / Friburguense estará presente no Brasileirão 2024 de Clubes de Futebol de Mesa, na regra 12 Toques. A competição acontecerá em Blumenau-SC. Os botonistas Hiago, Christofer, Márcio, Pirica e Tiel serão os responsáveis por representar a equipe e Nova Friburgo, competindo contra os principais clubes do país na modalidade. São três grupos ao todo nesta competição, e o Frizão estará na chave 1, disputando a primeira fase contra Corinthians, São Paulo, Londrina, Liga Cohatrac (Maranhão) e Fluminense. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Flamengo, campeão da Copa do Brasil 2024

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

No último domingo, 10, o Flamengo sagrou-se o pentacampeão da Copa do Brasil 2024. Depois de vencer o primeiro jogo, no último dia 3, no Maracanã, bastava ao rubro negro um simples empate para levar o caneco, na realidade o quinto, nessa competição. Ao Atlético Mineiro só interessava uma vitória por três gols de diferença ou uma com dois gols para a copa ser decidida nos pênaltis. Com a Arena MRV, em Belo Horizonte-MG, estádio do Atlético, lotada, o time carioca se impôs pelo placar de 1 a 0 e é o campeão, justa e merecidamente.

No último domingo, 10, o Flamengo sagrou-se o pentacampeão da Copa do Brasil 2024. Depois de vencer o primeiro jogo, no último dia 3, no Maracanã, bastava ao rubro negro um simples empate para levar o caneco, na realidade o quinto, nessa competição. Ao Atlético Mineiro só interessava uma vitória por três gols de diferença ou uma com dois gols para a copa ser decidida nos pênaltis. Com a Arena MRV, em Belo Horizonte-MG, estádio do Atlético, lotada, o time carioca se impôs pelo placar de 1 a 0 e é o campeão, justa e merecidamente.

Mesmo tendo a vantagem no marcador o time carioca foi muito superior ao galo mineiro e não seria surpresa nenhuma, se o placar terminasse mais elástico. Para chegar a esse resultado foi preciso trocar um técnico bolorento e carcomido, Tite, por um mais jovem e neófito na profissão, Felipe Luís, que em apenas nove jogos como comandante do rubro negro, conseguiu dar o equilíbrio que estava faltando a uma equipe aguerrida e acostumada a competir.

Após ser eliminado na Libertadores das Américas pela equipe do Penharol, do Uruguai e, em teoria, ter poucas chances de conquistar o Brasileirão desse ano, o Flamengo leva para a Gávea um dos três campeonatos mais importantes entre os disputados pelos clubes brasileiros, os dois já citados e a Taça Brasil.

Pena, que como já se tornou um lugar comum nesse combalido futebol brasileiro, a violência voltou a imperar dentro do estádio. Com o gol do equatoriano Gonçalo Plata, aliás um golaço, a torcida atleticana tomou consciência de que o título estava perdido e começou a falta de educação, civilidade e agressividade que toma conta das principais torcidas brasileiras. Situada atrás do gol defendido pela equipe rubro negra, começaram a atirar vários objetos em cima do goleiro, atormentando-o com raios laser no rosto com o intuito de prejudicar a sua atuação. Para culminar, lançaram um artefato explosivo, que atingiu um fotógrafo de campo e, que segundo notícias veiculadas pela mídia, vai obrigá-lo a submeter-se a uma intervenção cirúrgica.

Atrás do banco de reservas do Flamengo deu-se o mesmo fato, pelo menos sem explosivos, que atingiram vários jogadores, inclusive Gabigol, que já comemoravam o título. Claro, pois faltando pouco mais de dez minutos para o jogo terminar o galo das alterosas não teria condições da marcar quatro gols, que não tinha conseguido fazer em 80 minutos. Espetáculo deplorável que começa a afastar dos estádios as pessoas mais sensatas e mesmo famílias que levam seus filhos para os primeiros contatos com o espetáculo que é o futebol.

É querer demais da atual cúpula dirigente da CBF, órgão diretivo do futebol brasileiro, uma tomada séria para conter esses desmandos. Como se permite a entrada de morteiros e rojões dentro de um estádio completamente lotado, expondo em risco a vida de muitas pessoas. Nas competições a cargo da Conmebol, órgão máximo do futebol sul-americano, as penas são monetariamente e de suspensão de mando de campo rigorosas o que, em parte, minimiza esses desmandos que vemos em terras tupiniquins.

Se fôssemos um país sério, com homens sérios e não folclóricos na direção de muitos órgãos desse país, além de uma multa financeira pesada, o Clube Atlético Mineiro deveria ficar afastado de jogar em seu estádio por, no mínimo três meses. Mas, como aqui tudo acaba em samba, depois de alguns dias de esquecimento tudo vai ser varrido para debaixo do tapete e a baderna, como sempre, vai imperar. Enquanto as federações de futebol do Brasil forem comandadas por pessoas sem o mínimo preparo, apenas com o objetivo de se eternizarem nos cargos e terem, também, a missão de indicar o presidente da CBF, nada será mudado. Pobre futebol brasileiro que um dia, já foi o melhor do mundo.

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Grandes dúvidas

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Se bem que, com o valor das aposentadorias pagas no Brasil, nem múmia japonesa conseguiria viver

            O governo me convoca para que eu prove ainda estar vivo, coisa de que de vez em quando até eu duvido. Sim, porque assisti a um filme em que os mortos custavam a se dar conta da nova realidade, e achavam que fantasmas eram os outros, isso é, os vivos de verdade. Nunca se pode ter certeza de nada. Já dizia Bertold Brecht que “de todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida”.

Se bem que, com o valor das aposentadorias pagas no Brasil, nem múmia japonesa conseguiria viver

            O governo me convoca para que eu prove ainda estar vivo, coisa de que de vez em quando até eu duvido. Sim, porque assisti a um filme em que os mortos custavam a se dar conta da nova realidade, e achavam que fantasmas eram os outros, isso é, os vivos de verdade. Nunca se pode ter certeza de nada. Já dizia Bertold Brecht que “de todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida”.

            Por exemplo. No Japão o número de pessoas centenárias é uma coisa verdadeiramente japonesa. As mulheres da Terra do Sol Nascente são os seres humanos mais longevos do mundo, batem facilmente nos noventa e nos noventa ainda batem nos filhos, nos netos e no marido, se ele ainda estiver vivo e se meter a besta.

             Até algum tempo, quando alguém fazia cem anos, o governo lhe mandava uma taça de prata maior que uma jarra. Mas de repente disparou a crescer o número de velhinhos que se recusava a morrer antes de completar um século. A continuar assim, nem a poderosa economia nipônica aguentava.  Resultado: atualmente o governo oferece uma tacinha do tamanho de um dedal, e olhe lá!

            Pois bem, bateu a dúvida. Era ancião demais, não havia prata que desse. Os gastos com as ricas pensões era uma enormidade. As autoridades resolveram então investigar a história. Numa das casas visitadas, os fiscais encontraram uma múmia deitadinha, coberta por um lençol. Apertados pela polícia, os herdeiros da múmia, que todo mês embolsavam o dinheiro da pensão, alegaram que não sabiam que o digno parente já havia morrido. “Ele sempre foi assim quietinho”, alegaram com a cara mais sincera e sentida.

            Quanto a mim, considero legítima a preocupação do governo em saber se ainda existo, e tanto que fui lá para ser vivamente fichado e fotografado. Convencido de que ainda não sou uma múmia, o Poder julgou-me ainda merecedor dos trocadinhos que mensalmente deposita em minha conta. Se bem que, com o valor das aposentadorias pagas no Brasil, nem múmia japonesa conseguiria viver, só mesmo ficando quietinha embaixo dos lençóis. Tendo provado que eu era eu e ainda respirava, voltei para a rua me sentindo alegre e orgulhoso. Orgulhoso por ter cumprido o dever cívico, alegre porque ─ conspiração da natureza ─ tudo em volta estava cheio de luz e cor.

            De repente, a chateação de atender a uma chamada burocrática havia se convertido na agradável sensação de estar vivo, em paz com tudo e todos, aí incluindo o governo e seus agentes. Longa é a arte, curta é a vida, já dizia nosso amigo Sêneca. Aliás, esse tal de Sêneca foi professor e conselheiro de Nero, aquele de Roma. Ainda hoje resta dúvida sobre qual a responsabilidade de Sêneca nas malvadezas de seu discípulo. Talvez muita, mas não se pode esquecer que o outro conselheiro de Nero chamava-se Burro ou, por extenso, Sexto Afrânio Burro. Um nome desses explica muita coisa.

            E lá fui eu, não menos burro, porém mais satisfeito, porque, feitas as contas, resulta que viver é uma experiência boa, e a gente às vezes a desperdiça com pequenos rancores, velhos preconceitos, tolas fantasias. Não vale a pena gastar a curta vida com essas miudezas. Alegremo-nos por estar vivos. Porque dia chegará em que o governo mandará perguntar por nós, e ficará sabendo que há muito nos tornamos uma múmia, coberta por um curto lençol de terra.

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Fluxos da vida

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Ao ler o livro de contos “Café com broa: histórias de um mascate”, escrito com beleza literária por Tânia Theophilo, encontrei interessantes metáforas. Por que o passado não volta? Quem não guarda essa vontade nos segredos dos sonhos? A vida é cheia de sutilezas não percebidas a olhos vistos.

Ao ler o livro de contos “Café com broa: histórias de um mascate”, escrito com beleza literária por Tânia Theophilo, encontrei interessantes metáforas. Por que o passado não volta? Quem não guarda essa vontade nos segredos dos sonhos? A vida é cheia de sutilezas não percebidas a olhos vistos.

No conto, “A blusa e o homem do rio”, a personagem, uma jovem bonita e corpulenta, lavadeira de margem de rio, profissão que herdou da mãe, deixa uma camisa masculina, que ganhara de um mascate, cair de suas mãos e ser levada pelas águas. Tempos depois ela revê a camisa num homem alto e belo, de olhos e pele negra, a quem se entrega sem incertezas. De um modo metafórico e delicado, Tânia nos mostra que o fluxo do destino é como o movimento das ondas do mar: o que as águas levam, trazem de volta, mas com cores e formas diferentes.

Volta e meia me recordo do dia em que acordei com seis anos, querendo ser mulher. Na época não tinha noção do ser mulher, apenas admirava a postura, os saltos de sapato alto, coisas assim do jeito feminino. Naquele despertar queria sê-la num passe de mágica, sem passar por todos os processos e etapas do crescimento. Não sei por que motivos guardei aquela vontade até hoje, mais de 60 anos depois. E, agora, de modo diferente, ou melhor, atualizado, penso em quantos dias ainda tenho para viver e como vou vivê-los.

Continuo a escrever a linha do tempo com imensa vontade de prolongar meus jovens anos para eternizar minha existência, mesmo sabendo que a finitude é regra geral. Aos seis anos queria conquistar o adolescer, o amadurecer. Hoje quero viver meu futuro com vitalidade e experiência que os 70 anos me deram.

Somos como as lavadeiras das margens de rio: sempre deixamos as roupas escapulirem das nossas mãos, fazendo com que o destino cuide delas e nos traga de outras maneiras. Tive pessoas que tanto amei e se afastaram por causas diversas, mas foram substituídas por outras a quem dediquei afetos profundos. Dei para meus filhos o que recebi da minha mãe, dos meus tios e avós. Papai viajou cedo para o universo, mas foi substituído por homens doces, que me acolheram como filha, sobrinha e neta. Eis que fui generosamente embalada pelo destino que não permitiu que o desamparo da figura paterna me deixasse piores hiatos.

Os lugares onde morei e tive de deixar foram substituídos por outras moradias das quais cuidei com amor. Há 50 anos durmo na mesma cama, apesar de ter trocado de colchão algumas vezes. Ainda não precisei dela me desfazer, porém sei que quando isso acontecer vou me revirar bastante antes de dormir. Por sorte, escrevo este texto, fazendo uma suave terapia de desapego.

O grande aprendizado de que precisamos ter, talvez mais importante até que um curso universitário denso, é não ficar desapaixonado pela vida ante as ausências das pequenas e grandes coisas. Muito menos deixar que o medo de perder seja um escudo que nos impeça de experimentar com plenitude o que o destino nos apresenta.

Finalizo o texto cantarolando “Como uma onda”, gravada por Lulu Santos, que diz que “nada do que foi será do jeito que já foi um dia, pois tudo passa, sempre passará”. Assim como as roupas que o rio leva, os velhos colchões e os acertos e descaminhos em nossas vidas. 

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Produtos ecológicos são realmente mais caros?

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Opa! Tudo verde?

O assunto desta coluna é complexo e exige profundidade sobre os aspectos do comportamento de consumo e o valor embutido que vai além do preço. Cada consumidor tem a sua própria maneira de interpretar a forma como ele próprio quer investir o seu valoroso dinheiro comprando um bem ou serviço. Neste sentido, não quero me atrever a dizer o que está certo ou errado, mas sim trazer algumas reflexões sobre o tema.

Opa! Tudo verde?

O assunto desta coluna é complexo e exige profundidade sobre os aspectos do comportamento de consumo e o valor embutido que vai além do preço. Cada consumidor tem a sua própria maneira de interpretar a forma como ele próprio quer investir o seu valoroso dinheiro comprando um bem ou serviço. Neste sentido, não quero me atrever a dizer o que está certo ou errado, mas sim trazer algumas reflexões sobre o tema.

Particularmente atuo na área de negócio socioambiental desde 2010. Ao longo deste tempo percebi uma crescente preocupação com a sustentabilidade e o impacto ambiental dos produtos que consumimos, e por isso já fui convidado a entrar neste assunto por algumas vezes, inclusive em palestras para grupos de pessoas e empreendedores.

É notável que diversos produtos ecológicos, muitas vezes, tendem a apresentar preços mais elevados em comparação com seus equivalentes tradicionais. Uma das principais razões para o custo mais alto dos produtos ecológicos está relacionada aos métodos de produção mais sustentáveis.

O uso de matérias primas mais responsáveis e processos de fabricação ecologicamente corretos são planejados para impactar o mínimo possível e, para isso, exigem pesquisas, testes, produção artesanal, investimentos em novas fontes energéticas, gestão completa de resíduos, valorização das pessoas, fornecedores certificados e alinhados com o propósito do modelo de negócio mais verde entre muitos outros fatores. É pensar “circular” imaginando que todas as pontas da cadeia devem estar conectadas num mesmo propósito: a construção de um mundo melhor para todos.

 

Por que produtos feitos com “lixo” são mais caros já que não se paga pelo material?

Está aí uma das perguntas que já tive que encontrar respostas para algumas pessoas. No entanto, mesmo com este exercício de “perguntas e respostas” ainda é um tema que exige exemplos claros e profundos para que eu possa tentar explicar a complexidade na formação de preços. Neste sentido, a partir de uma ótica da minha própria vivência de empreendedorismo de impacto tentarei ser objetivo para esclarecer este assunto e trago o exemplo de reuso de banners publicitários.

Elaborado a partir de derivados do petróleo, o banner é um produto que pode levar anos para se decompor no ambiente, contribuindo para o entupimento de bueiros, a poluição de rios e causando danos significativos à saúde humana quando queimado. Ao optarmos pela reutilização desse material, impedimos que seja descartado de maneira irregular, proporcionando uma extensão em sua vida útil. Além disso, essa prática estimula a economia ao impulsionar a cadeia produtiva, enquanto simultaneamente aborda uma questão ambiental crucial. Essa abordagem representa uma proposta valiosa, especialmente para aqueles que já adotam um pensamento mais consciente em relação ao meio ambiente.

Algumas pessoas, no entanto, acreditam que “por vir do lixo”, os produtos feitos a partir do reuso de banners deveriam ser baratos para estimular o consumo. No entanto, é importante considerar os processos produtivos embutidos nesta transformação, assim como:

 

  • Coleta do material - Em muitos casos, existe o custo de logística para recolher os banners.
  • Separação - Em muitos casos, é necessário selecionar os banners por tamanhos e espessuras exigindo tempo para realização deste trabalho.
  • Limpeza - Antes de qualquer coisa, o banner precisa ser higienizado e exige trabalho manual.
  • Corte dos banners - Exige trabalho manual e corta-se poucas peças num mesmo enfesto.
  • Maquinário de costura - É necessário maquinários específicos, mais difíceis de serem encontrados e manuseados, além da manutenção que exige profissional capacitado.
  • Linha e agulha - Específicas e mais difíceis de serem encontradas.
  • Gestão de resíduos - Os pedaços menores de banners devem ser direcionados para o descarte correto.

 

Como pode-se perceber acima, o processo produtivo exige muito mais do que só costurar. Este mesmo pensamento deve ser considerado para outros produtos feitos de maneira mais ecológica. Empreendedores que optam por seguir o caminho da sustentabilidade muitas vezes enfrentam desafios extras ao desenvolver novos produtos ou adaptar os existentes para serem mais ecológicos. O investimento em pesquisa e desenvolvimento para encontrar alternativas sustentáveis e eficientes pode ser dispendioso, refletindo diretamente nos custos dos produtos finais.

Um dos maiores desafios para empreendedores que buscam a sustentabilidade é a falta de incentivos e subsídios governamentais. Enquanto indústrias tradicionais muitas vezes recebem apoio financeiro significativo, os setores ecológicos geralmente têm acesso limitado a esses recursos. Em muitos casos, os negócios mais verdes colaboram para uma cidade mais limpa e preservada, mas os impostos aplicados para estes modelos de negócios são os mesmos das indústrias tradicionais que descarregam seus resíduos em qualquer ponto da cidade.

A ausência de incentivos dificulta, e muito, a competitividade dos produtos ecológicos no mercado, já que os preços mais altos podem afastar os consumidores. Outro fator a ser mensurado nesta prosa é o consumidor final. Embora os produtos ecológicos tenham benefícios ambientais notáveis, muitos consumidores ainda não compreendem totalmente as vantagens. A falta de conscientização e educação ambiental do consumidor pode resultar em uma demanda menor por produtos sustentáveis, o que, por sua vez, contribui para a falta de escala na produção e, consequentemente, para preços mais altos.

Apesar dos desafios enfrentados pelos empreendedores que buscam a sustentabilidade, é crucial reconhecer a importância de consumir produtos mais ecológicos. A adoção de práticas sustentáveis não apenas preserva o meio ambiente, reduzindo a pegada de carbono e o uso de recursos naturais, mas também promove uma mudança cultural em direção a uma economia mais verde.

Consumidores conscientes desempenham um papel vital ao escolherem apoiar produtos ecológicos, incentivando a indústria a inovar e aprimorar suas práticas sustentáveis. Além disso, governos e organizações devem intensificar os esforços para oferecer incentivos financeiros e subsídios àqueles que buscam empreender com foco na sustentabilidade, tornando os produtos ecológicos mais acessíveis e competitivos.

Em última análise, a transição para uma economia mais sustentável exige a colaboração de todos os setores da sociedade. Ao superar os desafios financeiros e promover a conscientização, podemos criar um futuro onde a sustentabilidade não seja apenas uma escolha mais cara, mas sim a norma, beneficiando o planeta e as gerações futuras.

Tudo verde sempre!

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Pela vaga

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Frizão depende apenas de si, contra o Nova Cidade, para avançar na B1

Frizão depende apenas de si, contra o Nova Cidade, para avançar na B1

      O Friburguense não entrou em campo após o empate sem gols com o São Gonçalo, em Nova Friburgo, na semana passada, mas recebeu uma boa notícia. A Justiça deu ganho ao último rival do Frizão em partida contra o Pérolas Negras, que estava sub judice, e com isso o Tricolor da Serra manteve a quarta colocação na Taça Corcovado, a fase de classificação do Campeonato Carioca da Série B1 (terceira divisão do Estadual 2024). Desta forma, a equipe comandada por Gerson Andreotti depende agora apenas de si para chegar às semifinais e lutar pelo acesso.

     O jogo desta terça-feira, 12, contra o Nova Cidade, às 15h, será literalmente uma decisão. Isso porque o adversário soma os mesmos nove pontos do Friburguense, e aparece na quinta colocação nos critérios de desempate (o Frizão tem saldo de gols melhor). Quem vencer, portanto, ficará com o quarto lugar e a vaga na semifinal - Artsul, Paduano e São Gonçalo já estão classificados. O Tricolor da Serra pode até mesmo avançar com um empate, desde que o jogo entre Pérolas Negras e São Cristóvão termine sem vencedor.

     O palco definido para o duelo entre Friburguense e Nova Cidade traz ótimas recordações. Foi exatamente no estádio de Moça Bonita, em Bangu, na Zona Oeste carioca, que o Tricolor ergueu a taça de campeão da Série B1 de 2019, ao vencer o América na grande final. Que os bons fluidos do tradicional estádio possam acompanhar a equipe de Nova Friburgo em mais esse duelo importante para a história do clube.

 

Tabela do Frizão

Friburguense 0 x 1 Pérolas Negras, Eduardo Guinle

Paduano 0 x 1 Friburguense, Antônio de Medeiros

Friburguense 0 x 0 Serrano, Eduardo Guinle

São Cristóvão 1 x 0 Friburguense, Ronaldo Nazário

Friburguense 2 x 0 Artsul, Eduardo Guinle

Belford Roxo 1 x 1 Friburguense, Nélio Gomes

Friburguense 0 x 0 São Gonçalo, Eduardo Guinle

12/11 - Qua - 15h - Nova Cidade x Friburguense, Moça Bonita

 

Classificação da Taça Corcovado

1º- Artsul, 13 pts

2º- Paduano, 13 pts

3º- São Gonçalo, 13 pts

4º- Friburguense, 9 pts

5º- Nova Cidade, 9 pts

6º- Pérolas Negras, 8 pts

7º- São Cristóvão, 7 pts

8º- Serrano, 6 pts

9º- Belford Roxo, 6 pts

 

Operação VAR mira suposta manipulação de resultados na Série B carioca 

        A Delegacia do Consumidor (Decon) realizou, nesta segunda-feira, 11, a "Operação VAR" contra envolvidos em esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol da Série B do Campeonato Carioca de 2024 e lavagem de dinheiro.

A ação teve como objetivo cumprir 11 mandados de busca e apreensão na Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Vila Valqueire, na capital; em Duque de Caxias; na Baixada Fluminense; e um no estado de São Paulo, com apoio da Polícia Civil paulista. Um dos alvos foi preso pela Interpol, na última sexta-feira, 8, em Dubai, nos Emirados Árabes.

        Segundo a Decon, a investigação começou após denúncia da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que apontou fraudes em diversos jogos. As ordens judiciais de busca e apreensão foram expedidas pelo Juizado do Torcedor e Grandes Eventos.

        Um dos casos emblemáticos investigados foi uma partida em que um clube vencia por 3 a 1 no primeiro tempo e sofreu a virada do jogo, perdendo por 5 a 3 no segundo tempo. Esse desfecho gerou um volume significativo de apostas na Ásia, o que chamou a atenção das autoridades e aumentou as suspeitas de manipulação

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    Frizão entra em campo dependendo apenas de si para avançar às semifinais (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Convivendo com lesões durante a B1, Andreotti prepara a equipe para o jogo decisivo (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Papa: Documento final do Sínodo

terça-feira, 12 de novembro de 2024

O Documento Final do Sínodo publicado no dia 26 de outubro foi aprovado nos seus 155 pontos e apresenta o fruto de três anos de escuta do povo de Deus. Um tempo que colocou em caminho milhões de pessoas em todo o mundo refletindo sobre o tema “Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão e missão”.

O Documento Final do Sínodo publicado no dia 26 de outubro foi aprovado nos seus 155 pontos e apresenta o fruto de três anos de escuta do povo de Deus. Um tempo que colocou em caminho milhões de pessoas em todo o mundo refletindo sobre o tema “Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão e missão”.

Nesta segunda e última sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos em Roma participaram 368 membros com direito a voto, dos quais 272 eram bispos; à imagem do que aconteceu na primeira sessão em 2023, mais de 50 votantes foram mulheres, entre religiosas e leigas de vários países.

 

Um caminho de harmonia para todos

O Papa Francisco no seu discurso no encerramento deixou bem claro o caráter inclusivo do texto agora publicado. Sublinhou a procura da “harmonia” num caminho “rumo à plena manifestação do Reino de Deus, que a visão do profeta Isaías nos convida a imaginar como um banquete preparado por Deus para todos os povos”, disse o papa.

“Todos, na esperança de que não falte ninguém. Todos! Todos! Todos” Ninguém fique de fora! Todos! E a palavra-chave é esta: a harmonia, que é obra do Espírito; a Sua primeira manifestação forte, na manhã de Pentecostes, é harmonizar todas aquelas diferenças, todas aquelas línguas, todas aquelas coisas… Harmonia!”, assinalou.

Francisco apelou a uma Igreja sem muros. “Quanto mal causam os homens e mulheres da Igreja quando erguem muros! Não nos devemos comportar como ‘dispensadores da Graça’ que se apropriam do tesouro, amarrando as mãos do Deus misericordioso”, referiu o Santo Padre.

O papa deixou mesmo uma indicação literária com a sugestão de um poema da escritora francesa Madeleine Delbrêl, “a mística das periferias”, sublinhando uma ideia: “acima de tudo, não sejas rígido”.

O papa assinalou que a rigidez é um pecado que tantas vezes também afeta “os clérigos, os consagrados e as consagradas”. Uma chamada de atenção do Santo Padre para que o Documento Final desta assembleia sinodal seja acolhido com abertura.

 

Não há exortação apostólica. Documento final é guia

Francisco anunciou a sua intenção de não publicar uma exortação apostólica, algo que acontece pela primeira vez, mas que está previsto na  constituição apostólica ‘Episcopalis communio‘ sobre o Sínodo dos Bispos, publicada em 2018 pelo Papa Francisco.

“Por isso, não tenho intenção de publicar uma ‘exortação apostólica’. É suficiente aquilo que aprovamos. No Documento há já indicações muito concretas que podem servir de guia para a missão das igrejas, nos diversos continentes, nos diversos contextos: por isso, coloco-o imediatamente à disposição de todos. Por isto, disse que seja publicado. Quero, deste modo, reconhecer o valor do caminho sinodal realizado, que através deste Documento entrego ao santo povo fiel de Deus”, declarou Francisco.

O papa confirmou até junho de 2025 o trabalho dos dez grupos de estudo sobre alguns temas que necessitam de um especial aprofundamento, tais como as questões ligadas à pobreza, a participação das mulheres na Igreja, a formação dos sacerdotes ou o ministério dos bispos.

 

Palavras e atos na receção do Documento nas dioceses

Entretanto, Francisco alertou os participantes no Sínodo para a necessidade de tornar acessível os conteúdos do Documento Final, em especial com o “testemunho da experiência vivida”. “A igreja sinodal para a missão precisa, agora, que as palavras partilhadas sejam acompanhadas de atos”, assinalou o papa.

Abre-se, assim, um tempo novo no qual, tal como disse o papa, as palavras partilhadas devem ser acompanhadas por ações. Ou seja, a receção das conclusões nas dioceses, que é a terceira fase do Sínodo, não deverá ficar apenas pela leitura e reflexão do Documento Final, mas será necessária uma reforçada criatividade na difusão da informação produzida nesta sessão sinodal.

Destaque especial para o método sinodal da “Conversação no Espírito” que no número 45 do Documento Final ficamos a saber que “a sua prática tem suscitado alegria, espanto e gratidão e tem sido experimentada como um caminho de renovação que transforma as pessoas, os grupos e a Igreja”, pode-se ler no Documento.

 

Fase decisiva pede gestos e atitudes sinodais

E segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa a fase decisiva do Sínodo começou agora. D. José Ornelas disse à Agência Ecclesia que esta nova fase é como “um sopro novo”. “O Sínodo não terminou hoje, a fase decisiva do Sínodo começa hoje e é importante que cada Igreja, que cada família, que cada instituição da Igreja possa deixar-se permear por este sopro novo que sai do Sínodo”, disse D. José Ornelas.

O bispo de Leiria-Fátima, assinalou que este “é um documento, sobretudo, de propostas de trabalho, de conversão”. Sublinhou que com o texto agora publicado é preciso transformar as palavras “em gestos e em atitudes, e isto é uma conversão que é preciso que a Igreja faça”, declarou D. José Ornelas.

Uma conversão que deverá passar pelas paróquias, dioceses e movimentos tal como referia, recentemente, no Vatican News, o jornalista e investigador em Ciência das Religiões, Joaquim Franco, afirmando que a dinâmica sinodal “deve ser exemplar em todas as estruturas da Igreja”.

“A dinâmica que este Sínodo imprime deve ser exemplar em todas as estruturas da Igreja; dioceses, paróquias e movimentos. Criando espaços que soltam a pausa do Espírito, espaços para a calma das palavras construtivas, mas também, repito e ouso dizê-lo, em todas as estruturas não religiosas, sociais, comunitárias ou até políticas, chamando todos e todas ao princípio da corresponsabilidade na diferença, à escuta que leva ao encontro”, assinalou Joaquim Franco.

Mais do que palavras, após a XVI Assembleia Ordinária do Sínodo dos bispos, são necessários gestos, atitudes e decisões sinodais.

 

Fonte: Vatican News

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A VOZ DA SERRA tem sempre a melhor impressão

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Em 10 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A partir da leitura do Caderno Z do último fim de semana, podemos ouvir os clamores e demandas de quem sofre de perda auditiva. Ninguém se espante, mas “qualquer pessoa pode ficar surda”, fato ocasionado por algum trauma, um acidente, doenças ou infecções repetidas vezes”. É comum associar a surdez ao envelhecimento, o que tem sido desmitificado. Segundo o IBGE, “a cada 200 crianças que nascem, três são surdas”, provas de que a terceira idade nem sempre vai desenvolver o problema.

Em 10 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A partir da leitura do Caderno Z do último fim de semana, podemos ouvir os clamores e demandas de quem sofre de perda auditiva. Ninguém se espante, mas “qualquer pessoa pode ficar surda”, fato ocasionado por algum trauma, um acidente, doenças ou infecções repetidas vezes”. É comum associar a surdez ao envelhecimento, o que tem sido desmitificado. Segundo o IBGE, “a cada 200 crianças que nascem, três são surdas”, provas de que a terceira idade nem sempre vai desenvolver o problema. O mecanismo da audição é um sistema que pode receber interferências de lesões que danifiquem o seu bom funcionamento.

“O diagnóstico da surdez é feito pelo otorrinolaringologista por intermédio de exames, como a audiometria para identificar o tipo e o grau auditivo e assim indicar o tratamento. A escritora Paula Pfeifer revela: “Eu sou uma surda que ouve”. Em sua trajetória para ouvir as vozes do mundo, Paula encanta e sensibiliza os nossos ouvidos com seus depoimentos e nos deixa uma mensagem: “Quando comecei a compartilhar as minhas dores e conquistas, entendi que podia inspirar muitas pessoas a escutarem o barulho de dentro e mudarem suas próprias vidas”.

Alguns sinais de incapacidade auditiva são fáceis de se identificar. A exemplo, pedir às pessoas que repitam o que falam ou falar mais alto; ouvir música ou TV em volume mais alto do que as outras pessoas; dificuldade de acompanhar uma conversa; fazer leitura labial para entender o que foi falado; não reagir a sons normalmente irritantes e até zumbido nos ouvidos. E ainda, isolar-se ou evitar conversas. Sobre a língua de sinais é bom saber que ela não é universal como se tem afirmado, pois existe “mais de 300 variantes de suas formas pelo mundo”. E no Brasil praticamos a “Língua Brasileira de Sinais” em virtude das diferentes formas de comunicação existentes. E ouvindo a voz que vem do coração, saímos do Caderno Z mais sensíveis ainda com o tema abordado.

Em “Sociais”, uma coluna bem festiva para celebrar aniversários de pessoas queridas. Completando 90 anos de existência empolgante, o querido Gildásio Coutinho, neste domingo, 10. Ao lado de sua amada esposa, Layse, o casal que tem seis filhas, tem razões de sobra para festejar, os netos, bisnetos e agregados. Nosso estimado leitor, Antônio Fukuoca festejou seus 88 anos no dia 6 passado, junto à sua esposa Salete, filhos, netos e bisnetos. Também festejou idade nova, a querida Liana Ventura, nesta segunda-feira, 11, brindando com suas filhas Rachel e Diana e a irmã, Mária Ventura. Só gente bonita! Parabéns!

Que quarteto bonito representou nossa cidade no I Fórum Mulheres de Impressão realizado na Casa Firjan no Rio de Janeiro. Nossa diretora de A VOZ DA SERRA, Adriana Ventura e as competentes Márcia Carestiato, Cinthia Osório e Margareth Rocha formam pilares da indústria gráfica, pois onde quer que elas estejam são mulheres que impressionam na liderança dos seus empreendimentos.

O saudoso e querido ex-prefeito de Nova Friburgo Heródoto Bento de Mello foi homenageado com seu nome no certificado do Prêmio Inova Nova Friburgo. O evento aconteceu no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura e reconheceu talentos locais em 13 categorias, entre empresas, instituições e profissionais. Para 2025, o homenageado será o inesquecível Silvio Ruiz Galvez. Já que estamos falando em sucesso, vivas e parabéns para Adriana Ventura e Vera Cintra, as “novas Amigas da Marinha do Brasil”.

A Fundação Dom João VI está em festa, celebrando os 15 anos de sua criação. Sob a direção do presidente da instituição, Luiz Fernando Folly, na última quinta-feira, 7, a célebre noite marcou o calendário com a presença de ilustres palestrantes e um público, receptivo, que lotou as dependências do salão nobre. A equipe de trabalho do casarão histórico foi incansável para receber a todos com simpatia e delicadezas. O ambiente reluzia como na “Belle Époque”. A nossa história persiste / tudo é muito bem cuidado, / porque a Fundação existe / e Dom João VI é louvado! Parabéns, Fundação!

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ELEIÇÕES 1974: urnas e candidatos esperam votos

sábado, 09 de novembro de 2024

Edição do dia 9 e 10 de novembro de 1974

Manchetes 

Urnas e candidatos esperam votos - Tudo pronto para a eleição deste 15 de novembro de 1974. Candidatos lutam desesperadamente procurando conquistar os votos ainda indefinidos. Feliciano Costa (Arena) e Waldir Costa (MDB), reúnem a preferência do eleitorado e estão sendo considerados como eleitos. Messias Teixeira (Arena), crescendo nos últimos dias, deve ganhar na cidade e pode também ser eleito.

Edição do dia 9 e 10 de novembro de 1974

Manchetes 

Urnas e candidatos esperam votos - Tudo pronto para a eleição deste 15 de novembro de 1974. Candidatos lutam desesperadamente procurando conquistar os votos ainda indefinidos. Feliciano Costa (Arena) e Waldir Costa (MDB), reúnem a preferência do eleitorado e estão sendo considerados como eleitos. Messias Teixeira (Arena), crescendo nos últimos dias, deve ganhar na cidade e pode também ser eleito.

Outra eleição tranquila: Waldir Costa - médico popular, atual deputado estadual (MDB) é outro que tem sua eleição tranquila. É o único candidato à deputado estadual pelo MDB, partido que lhe deverá conferir a quase total votação de seus eleitores friburguenses. Deverá ter, no mínimo, 12 mil votos.

Uma surpresa: Sally - Com o número 118, José Sally é candidato à reeleição para deputado federal. Nos seus quatro anos no cargo, foi um incansável defensor dos segurados do INPS. É apoiado por um forte grupo de amigos, tanto da Arena como do MDB, que conseguiu êxito em Friburgo. Pode ser uma surpresa nas eleições de nossa cidade.

Veja onde votar - A VOZ DA SERRA publica nesta edição a relação complementar das seções eleitorais da zona central. É mais um serviço do jornal aos eleitores, cujo trabalho foi iniciado há duas semanas com as seções do bairro de Olaria. Na coluna “Jornal de Serviço” também está a maneira que o eleitor deverá agir caso fique impossibilitado de votar.

Colégio Estadual inaugura novas instalações - O Colégio Estadual de Nova Friburgo, inaugura neste 11 de novembro suas novas instalações com a presença esperada do governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha; da secretária de Educação do estado, Marília Veloso, e outras autoridades. O colégio possui três pavimentos e tem capacidade para atender a dois mil alunos com equipamentos modernos.

Praça precisa de guarda - Motoristas de táxi que fazem ponto na Praça Marcílio Dias dirigiram veemente apelo ao Detran para regularizar a saída de veículos da Rua do Arco para aquela praça. Eles disseram que diariamente são registrados acidentes no local. A visibilidade deficiente, a falta de guardas e de sinalização e o grande movimento local são as causas dos contínuos choques. O apelo é feito, principalmente pelos motoristas de praça que tem ponto no local, maiores vítimas dos acidentes.

 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Paulo Cézar Vassallo de Azevedo, Leilah, Liana Ventura, Adhemar Araújo, Esmeralda Guedes Spinelli, Rosa Spinelli, Izolda Corrêa Braunes, Jayra de Castro Nunes e Gert Shultz (11); Hygino Orlando (12); Leida Rocha (13); Vera Lúcia Espíndola da Silva, Flávia Lúcia Espíndola, Antônio Vanzilotta Dotino, Dorfila Eyer Vassalo e Claudia Campanucci (14); Suzi Soares da Cunha, Walter Soares da Cunha e Rosane Polo (15); Ariosaldo Almeida Ventura, José Ventura Júnior e Ely Torres (16); Maria Salete, Maria Luiza Soares, Sylvio Beauclair, Hercília Bittencourt Sampaio, Honorina Marques e Yolanda Azevedo Faria (17).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima sob supervisão de Henrique Amorim

Foto da galeria
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