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O escritor e a magia da gaveta

terça-feira, 01 de julho de 2025

Escrever. Errar. Corrigir. Guardar o texto na gaveta. Reescrever. Assim é o processo de criação literária; o escritor vai refazendo o texto sucessivas vezes até considerá-lo pronto. Esta é a norma para quem escreve.

Escrever. Errar. Corrigir. Guardar o texto na gaveta. Reescrever. Assim é o processo de criação literária; o escritor vai refazendo o texto sucessivas vezes até considerá-lo pronto. Esta é a norma para quem escreve.

Certa vez, num curso que fiz na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, sobre produção textual e o respectivo arquivamento no computador, tive a oportunidade de ver rascunhos de escritores renomados que continham trechos assinalados, riscados e reescritos. De certa forma, o curso me acalmou, ao constatar que erros e correções fazem parte do processo criativo e garantem a qualidade do texto.

Inclusive, para esta coluna, meus textos sempre são revisados por um professor e escritor experiente, Márcio Paschoal. Mesmo depois de eu ter relativa experiência e corrigi-los diversas vezes, a revisão retorna, invariavelmente, com erros apontados e sugestões para correção.

Errar é humano! Acredito que “vivemos” para reparar nossas imperfeições. Até já pensei que este mundo é uma oficina de gente. O homem, ao buscar consertar seus defeitos, aprender e aprofundar suas virtudes, faz o mundo evoluir. Agora, a meu ver, precisará buscar novos modos de ser e fazer a fim de resgatar a humanização que vem se perdendo em detrimento do pensamento imediatista e supérfluo. Vivemos, amigos, para acertar amarras e aparar pontas desalinhadas.

Quando comecei a escrever, há 25 anos, participei de oficinas literárias. Logo nas primeiras aulas escutei de diferentes formas que o escritor precisa ter humildade para aceitar críticas e reconhecer seus erros. Bravo! Foi um importante ensinamento que recebi. Não podemos nos acomodar ante as dificuldades, nem pensar que somos perfeitos.

Aprendi com a experiência diária que um texto dificilmente fica pronto sem antes sofrer várias correções e revisões de outros escritores e, principalmente, de leitores. Um texto que conquista a qualidade literária é resultado de um trabalho intenso do escritor e beneficiado pela avaliação de outros. O ponto de vista de cada olhar enriquece a narrativa. Além do que as questões relacionadas à gramática, ortografia e harmonia do emprego das palavras oferecem dignidade e beleza ao texto. Não é agradável ao leitor, durante a leitura, se deparar com erros de concordância e pontuação, por exemplo.

Escrever é, além de ser arte, uma forma do sujeito se expressar através de vários estilos literários, como também caminhar por pontos de vista diferentes. Quanto mais ele desenvolve a capacidade de produzir textos, mais engrandece seus modos de refletir sobre a vida, participar de grupos e interagir com a coletividade. Não se escreve sem refletir a respeito de ideias diferentes, avaliar momentos históricos e culturais diversos, situar informações em contextos específicos. Enfim, o gostar de escrever é uma maneira do escritor extravasar suas emoções e ideias pessoais; ao transformá-las em palavras, libera as energias que não cabem dentro de si.  Quem escreve é um turista nos fatos presentes e passados. É um intrometido, na verdade. Mas não pode ser falastrão.

O escritor escreve para alguém ler. Quem escreve e esquece o texto em gavetas nada contribui para a evolução do viver. É egoísta por não querer compartilhar suas ideias e inseguro por não acreditar no que pensa. Para compartilhar seus escritos é preciso tornar o texto interessante ao leitor, que, por sua vez, busca o prazer de abrir o texto e se degustar com as ideias do autor.

E a gaveta? Ah, ali tem uma magia inexplicável. Escrever um texto e guardá-lo por algum tempo garante ao escritor uma nova percepção a respeito do que escreveu. Tem uma fada, uma bruxa ou sei lá quem naquele espaço escuro e silencioso que faz milagres. É só experimentando para se ter uma ideia do poder que a magia da gaveta tem.

Enfim, quem se propõe a aprender a escrever vai trabalhar carregando as palavras do dicionário e os livros da biblioteca no lombo. Apenas garanto que será uma pessoa um pouco mais feliz!

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Ambição

sábado, 28 de junho de 2025

Friburguense Futsal busca apoio para disputar o Carioca de base e profissional

Um projeto ambicioso, que colocaria Nova Friburgo no centro das atenções quando o assunto é futsal. A modalidade já vem crescendo no município através de iniciativas como o Friburguense Futsal, projeto que se tornou referência na formação de jovens atletas. Mas há um novo e grandioso desafio: levar o nome da cidade para o Campeonato Carioca de Futsal Profissional, organizado pela Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro (FFSERJ).

Friburguense Futsal busca apoio para disputar o Carioca de base e profissional

Um projeto ambicioso, que colocaria Nova Friburgo no centro das atenções quando o assunto é futsal. A modalidade já vem crescendo no município através de iniciativas como o Friburguense Futsal, projeto que se tornou referência na formação de jovens atletas. Mas há um novo e grandioso desafio: levar o nome da cidade para o Campeonato Carioca de Futsal Profissional, organizado pela Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro (FFSERJ).

Com um trabalho consolidado nas categorias de base, o Friburguense Futsal acumula conquistas importantes nos últimos anos. Em 2024, a equipe representou Nova Friburgo na Copa Mundo do Futsal, realizada em Foz do Iguaçu (PR), a maior competição de futsal de base das Américas. A participação colocou os atletas friburguenses em disputa com equipes da Colômbia, Argentina, Paraguai entre outros países, levando-os a serem vistos no cenário nacional e internacional.

Além disso, as equipes formadas por jovens talentos vêm se destacando em diversas competições regionais e estaduais, frequentemente chegando às fases decisivas e se consolidando entre as principais forças do futsal do interior do Rio de Janeiro. Desempenho que chama a atenção não apenas pelos resultados, mas também pela disciplina, organização e qualidade técnica.

“Acho que a gente já conseguiu levantar o futsal de Nova Friburgo, e mostrá-lo para todo o estado, país e o mundo, pois já conseguimos disputar uma competição internacional, a Copa Mundo, com quatro categorias, em Foz do Iguaçu. Isso mostra que o nosso trabalho está bem fundamentado e fixado, buscando pavimentar o restante do caminho. Queremos crescer o projeto para outras categorias para médio prazo, e no curto prazo a ideia é montar uma equipe adulta. Isso vai ser fundamental para as crianças e jovens de Nova Friburgo se aproximar e entenderem melhor as potencialidades do futsal”, explica Sávio Badini, coordenador do projeto.

Agora, o objetivo é ainda maior: estruturar a equipe profissional para disputar o Campeonato Carioca de Futsal e levar o nome de Nova Friburgo para o cenário estadual da modalidade. Para tornar esse sonho realidade, o Friburguense Futsal busca parcerias, apoiadores e patrocinadores.

“O projeto oferece ampla visibilidade, com presença constante nas mídias digitais, eventos esportivos e grande engajamento da comunidade local. A participação no Campeonato Carioca não é apenas uma conquista esportiva, mas também uma oportunidade de fortalecer o nome de Nova Friburgo no cenário esportivo estadual, gerando impactos sociais, econômicos e culturais para a cidade”, avalia.

No primeiro momento, a ideia é formar um time com jogadores de Nova Friburgo e região. Sávio, inclusive, revelou que já há nomes mapeados para dar início a este trabalho. A rotina de treinos e a dedicação exigida seriam, a princípio, divididas com outras tarefas profissionais. Contudo, no curto prazo, acredita-se que seja possível uma dedicação exclusiva.

“Nós acreditamos que o esporte é uma poderosa ferramenta de transformação. Nossa missão vai muito além das quadras: queremos formar atletas, mas, acima de tudo, cidadãos conscientes, preparados para a vida. Já temos garotos que iniciaram no projeto de futsal com a gente, e se tornaram profissionais no campo, atuando inclusive pelo Friburguense. Queremos levar essa mesma ideia para o Futsal”, finaliza.

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    Em destaque no cenário estadual com os jovens, Friburguense apresenta plano ambicioso (Foto: Divulgação / Friburgueunse Futsal)

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    Diversos talentos já se destacam nas competições disputadas pela equipe tricolor (Foto: Divulgação / Friburgueunse Futsal)

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    Busca por formação de equipe profissional no município depende de apoios e parcerias (Foto: Divulgação / Friburgueunse Futsal)

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Faria Lima estuda trazer ensino do 1º grau para os municípios

sábado, 28 de junho de 2025

Edição de 28 e 29 de junho de 1975

Nova Friburgo reúne condições para essa mudança, garantiu secretária de Educação

Edição de 28 e 29 de junho de 1975

Nova Friburgo reúne condições para essa mudança, garantiu secretária de Educação

 Governador Faria Lima estuda: ensino do 1º grau para os municípios – Em entrevista concedida pela secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro, professora Mirthes Wenzel, admitiu a possibilidade de transferência do ensino de 1º grau para a esfera municipal. Foi anunciado que dentre os poucos municípios que têm condições de arcar com essa responsabilidade está Nova Friburgo. A transferência da responsabilidade do ensino de 1º grau para Nova Friburgo deverá ser feita gradativamente a médio e longo prazo.

Sindicato dos Bancários: novo presidente - Foi realizada eleição no Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo, que atua também nos municípios vizinhos como Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Duas Barras, Carmo, Bom Jardim, Cordeiro e Cantagalo. Alípio Jairo Bonn concorreu em chapa única e é o novo presidente da entidade. As urnas, no entanto, foram abertas na Polícia Militar. Em Teresópolis votaram 104 bancários; em Duas Barras e Cantagalo, 14; Bom Jardim, Cordeiro e Cantagalo, 56, e em Friburgo, Alípio recebeu 129 votos. Total de 303.

Rádio inaugura transmissor em novembro A Rádio Nova Friburgo, a partir de 1º de novembro, estará utilizando seu novo transmissor que passa da potência de mil watts na antena para cinco mil watts, alcançando assim o Rio de Janeiro e Niterói, cidades de Minas Gerais e chegando a grande parte do Estado do Rio. Na ocasião, Rádio Nova Friburgo passará a ter o canal 660 Khz deixando o 1.080 Khz. A emissora friburguense poderá então ser sintonizada entre as rádios Relógio e Rádio Copacabana, do Rio de Janeiro. O diretor da Rádio Nova Friburgo, Aloysio de Moura, informou que está preparando uma nova estrutura para a programação para celebrar essa mudança. 

Roberto responde pela água – Desde o último dia 24, quarta-feira, encontra-se respondendo pelo Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (SAAE), o dr. Roberto Cezar Pinto, atual secretário da prefeitura, em substituição ao vice-prefeito, Ítalo Spinelli, que está na Alemanha. Segundo o próprio dr. Roberto Cezar Pinto, ele foi “apanhado de surpresa” para acumular a espinhosa função de secretário geral da municipalidade com a de diretor substituto da SAAE. Nos círculos políticos locais, a surpresa foi ainda maior, pois sabia-se da existência de vários candidatos para o cargo.

Remoção de professores não vem – Este ano não haverá remoção de professores na esfera municipal. A informação é da Secretaria Municipal de Educação, que através de resolução decidiu não atender aos pedidos dos professores lotados em salas de aula para transferência de escola. A remoção só se efetuará, nos casos exclusivos de necessidade de serviço. Após considerações da Secretaria de Educação. Neste 1975, a remoção de professores estará a cargo do Departamento de Administração e serão considerados os pontos obtidos pelos professores.

Bento: “Indicação é minha” – A recente visita do dr. Paulo Areal a Friburgo, visando implantar uma Região Administrativa do Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas), foi originada por uma indicação do vereador Bento Ferreira. A Serla é um órgão ligado à Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro, sendo de sua competência, dentre outras, a drenagem e limpeza de rios e lagos. O dr. Paulo Areal é o atual diretor da Divisão de Projetos da Serla. Segundo o vereador a visita de Paulo Areal para instalar a Serla em Nova Friburgo, irá proporcionar naturalmente a drenagem e limpeza do nosso “Rio Bengalas”.

Pílulas

  • Uma água carregada de cloro, com gosto e cheiro de água sanitária não pode ser benéfica à saúde dos friburguenses. Nem fervendo a água não perde o cheiro e o gosto horrível que está levando os friburguenses a consumir água mineral ou então recorrer às bicas naturais, como por exemplo, a do bairro Lagoinha.
  • Essa de dizer que a água de Friburgo é a mais barata do Estado do Rio e do Brasil, soa como piada. Poderíamos citar inúmeros exemplos de taxas mais baratas. Até a famigerada Sanerj, em alguns municípios, cobra taxa menor, do que está sendo cobrada pelo nosso serviço de água.
  • Parece que o novo diretor do SAAE ou quem está respondendo por sua direção começou a “arrumar a casa”, mudando tudo, dispensando muitos servidores contratados considerados supérfluos, e determinando a suspensão da orgia publicitária que fazia de um espirro do diretor manchetes elogiosas em alguns órgãos de imprensa locais. Que seja verdade, pois antes tarde do que nunca...

 

Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim 

 

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Na frente

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Equipe Honda Racing mantém hegemonia no Brasileiro de Enduro após prova em Itajaí

A equipe Honda Racing subiu no degrau mais alto do pódio na quarta prova do Brasileiro de Enduro 2025 e manteve a hegemonia na competição. Em Itajaí (SC), após as disputas realizadas no último fim de semana, os quatro pilotos do time venceram em suas categorias para ampliar vantagem na classificação do campeonato. Bruno Crivilin ainda garantiu o primeiro lugar na Elite (classificação combinada das principais categorias).

Equipe Honda Racing mantém hegemonia no Brasileiro de Enduro após prova em Itajaí

A equipe Honda Racing subiu no degrau mais alto do pódio na quarta prova do Brasileiro de Enduro 2025 e manteve a hegemonia na competição. Em Itajaí (SC), após as disputas realizadas no último fim de semana, os quatro pilotos do time venceram em suas categorias para ampliar vantagem na classificação do campeonato. Bruno Crivilin ainda garantiu o primeiro lugar na Elite (classificação combinada das principais categorias).

O piloto, inscrito na E1, precisou mostrar toda a sua técnica e experiência diante de características totalmente distintas nos dois dias de prova. Se o percurso era o mesmo, no sábado as trilhas estavam secas e com boa tração. Já no domingo, a chuva da noite reduziu bastante a aderência e tornou o piso bem mais traiçoeiro. "Foi uma prova boa, com dois dias bem diferentes entre si. No segundo as especiais estavam bastante escorregadias, mas consegui me concentrar bem, venci em ambos e o time trabalhou perfeitamente. Vamos para a próxima, que é na minha casa [Aracruz-ES]", disse o capixaba, dono de 12 títulos nacionais.

Já Luciano Rocha foi o melhor na E3 e garantiu ainda a segunda posição na Elite. "A etapa ficou intensa neste domingo, a chuva apimentou bastante a prova e tornou o percurso bem mais técnico. Muito feliz com o desempenho da moto e minha pilotagem. Agradeço a equipe por todo trabalho", resumiu o mineiro, em busca de seu terceiro título brasileiro.

Vinicius Calafati voltou a dominar na E2. O paulista não se incomodou com a dificuldade extra trazida pela lama e o terreno escorregadio. "Ficou mais legal de andar, mais difícil e técnico. Foram dois bons dias, vou seguir trabalhando para fazer ainda melhor", afirmou o paulista, que possui nove títulos nacionais da modalidade no currículo.

No retorno da EF (Feminina) à programação, a hexacampeã Bárbara Neves, mais uma vez, foi soberana. A goiana também garantiu a quarta posição na Intermediária, categoria que disputa paralelamente com os homens. Ela foi mais uma a preferir as condições do segundo dia da prova. "Ficou com mais cara de enduro. Foi um fim de semana muito bom, andei bem também na Intermediária", destacou.

O Brasileiro de Enduro 2025 prossegue nos dias 5 e 6 de julho, em Aracruz (ES).

 

Sem o Frizão...

Quatro equipes saem na frentena abertura da Copa Rio 2025

A não classificação do Friburguense para a fase final da Série B1 do Campeonato Carioca de 2024, além de eliminar as chances de acesso, também impediu que o clube disputasse a Copa Rio deste ano. Sem a presença do Tricolor da Serra, a competição teve início na última quarta-feira, 26, quando quatro equipes saíram em vantagem nos seis jogos que abriram a Primeira Fase.

Destaque para o Campo Grande, que estreou na temporada e bateu o Americano, por 2 a 0, na Rua Bariri. Outro que venceu pelo mesmo placar foi o Resende, que derrotou o Pérolas Negras, no Estádio do Trabalhador, no clássico do Sul Fluminense. Já o líder da Série A2 Carioca, o São Gonçalo, superou o Olaria, por 1 a 0, no Los Lários, em Xerém.

O placar de 1 a 0 se repetiu no triunfo do Carapebus, outro estreante em 2025, sobre o Duque de Caxias. A partida foi realizada no Ferreirão, em Cardoso Moreira. Dois jogos terminaram empatados. O Paduano ficou no 1 a 1 com a Cabofriense, no Leônidas da Silva. Por sua vez, o Niteroiense, que também fez seu primeiro jogo na temporada, empatou sem gols com o América, no Cefat, em Niterói.

Duas partidas encerram os jogos de ida da Primeira Fase da Copa Rio. O Bonsucesso recebe o Araruama, no Leônidas da Silva, enquanto, no Nivaldo Pereira, em Austin, o Artsul enfrenta o Petrópolis.

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    Equipe Honda segue soberana, até o momento, na disputa do Brasileiro de Enduro (Foto: Luhan Grolla)

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    Prova apresentou alto nível de dificuldade, com pistas repletas de vários obstáculos (Foto: Fernanda Balster)

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Investimento

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Ele resolveu investir em si mesmo. Pensou sobre como começar. Resolveu, então, traçar o ponto de partida a começar por suas reflexões. Quis pensar na estratégia. Tentou entender-se. Inevitável. Autoconhecer-se antes de tudo. Como se diz, para quem sequer sabe aonde chegar, qualquer lugar pode ser o destino. Ele queria caminhos. Mergulhou, então, no universo quase desconhecido de saber mais sobre o que deveria saber. Atentou-se em buscar o que queria fazer. Esbarrou no desconhecimento sobre quem ele era. Enganou-se por subestimar a profundidade de seus anseios

Ele resolveu investir em si mesmo. Pensou sobre como começar. Resolveu, então, traçar o ponto de partida a começar por suas reflexões. Quis pensar na estratégia. Tentou entender-se. Inevitável. Autoconhecer-se antes de tudo. Como se diz, para quem sequer sabe aonde chegar, qualquer lugar pode ser o destino. Ele queria caminhos. Mergulhou, então, no universo quase desconhecido de saber mais sobre o que deveria saber. Atentou-se em buscar o que queria fazer. Esbarrou no desconhecimento sobre quem ele era. Enganou-se por subestimar a profundidade de seus anseios

Certo estava de prosseguir. Por instante sentiu-se em um beco sem saída, percurso sem volta. Mas decidiu se conhecer melhor, afinal, seria ele próprio o destinatário de todo o investimento projetado, não poderia apostar todas as fichas no desconhecido. Não queria ser a “zebra” da própria vida. Estava disposto a afundar, se preciso fosse. Resistiria de toda forma. Estava esperançoso por descobrir as asas imaginárias que o possibilitassem voar. Já amava o voo (tanto quanto a metáfora).

Nesse processo, como investidor, percebeu que seus lucros seriam maiores se cuidasse muito bem do seu principal patrimônio, a que apelidou de templo. Referia-se à sua própria saúde. Ao seu corpo físico, mental, espiritual. Concluiu que a mola mestra da máquina, sua mente, estava mal da engrenagem. Enferrujada, em mal estado de funcionamento. Seria ela o início do processo. Começou a aplicar em seus cuidados. O retorno foi rápido. Estava certo de seu propósito e prosseguiu. O equilíbrio pretendido passava pela reforma interior e exterior. Mãos à obra. Logo percebeu que deveria concentrar em si os esforços da reforma, pois só ele se empenharia no nível desejado e conhecia bem o projeto.

Feliz com o resultado, templo em equilíbrio, resolveu transmutar seu olhar sobre o mundo e sobre o outro. Fomentou práticas altruístas e quanto mais útil ao bem do próximo se tornava, mais se deparava com uma sensação até então inédita, que começou a desconfiar que fosse a tal felicidade. Ao olhar-se no espelho, o semblante ranzinza cedia espaço para um sorriso leve que despertava até uma vontade estranha de continuar sorrindo.

Decidiu incrementar suas habilidades. Investir em conhecimento, aprimorar suas habilidades mais técnicas, ler bons livros, priorizar contatos com pessoas a quem admirava. Foi certeiro. O retorno veio a galope. E quanto mais cuidava do seu templo e desenvolvia suas habilidades, mais satisfeito estava por ter feito um bom negócio. Mudou até seu conceito de riqueza. Sentiu-se detentor de um superpoder, voltou a acreditar em si, enxergou seu potencial e percebeu-se habitante de um belo templo, cujas energias sentia-se de longe. Renasceu. Foi o melhor investimento de sua vida.

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Data marcada

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Reunião define o lançamento dos Jogos Estudantis Municipais Friburguenses

Uma das mais tradicionais competições esportivas da cidade, reunindo jovens estudantes, já tem data para acontecer em 2025. Na última semana, a Prefeitura de Nova Friburgo, por meio das secretarias de Educação e de Esportes e Lazer, promoveu a reunião de lançamento dos Jogos Estudantis Municipais Friburguenses (Jemf) 2025. O encontro foi realizado no Auditório da Seduc e reuniu gestores, professores de educação física e representantes das unidades escolares da rede municipal.

Reunião define o lançamento dos Jogos Estudantis Municipais Friburguenses

Uma das mais tradicionais competições esportivas da cidade, reunindo jovens estudantes, já tem data para acontecer em 2025. Na última semana, a Prefeitura de Nova Friburgo, por meio das secretarias de Educação e de Esportes e Lazer, promoveu a reunião de lançamento dos Jogos Estudantis Municipais Friburguenses (Jemf) 2025. O encontro foi realizado no Auditório da Seduc e reuniu gestores, professores de educação física e representantes das unidades escolares da rede municipal.

Durante a reunião, foram discutidos o calendário das competições, as modalidades esportivas e os detalhes da edição de 2025, dando início ao planejamento e à organização desta importante iniciativa esportiva no município.

Neste ano, o Jemf acontecerá entre os dias 22 de setembro e 3 de outubro, com as seguintes modalidades: atletismo, basquete, cabo de guerra, futsal, handebol, queimada, vôlei e xadrez. A cerimônia de abertura será realizada na Praça Dermeval Barbosa Moreira, seguida pela competição de cabo de guerra.

Os Jogos Estudantis Municipais Friburguenses fazem parte do calendário esportivo e educacional de Nova Friburgo, reunindo anualmente alunos de diversas escolas da rede municipal em atividades esportivas que, segundo o município, “promovem a integração, o espírito de equipe e o incentivo à prática de esportes entre os estudantes”.

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Dupla derrota

Garotos do Friburguense não conseguem somar pontos diante do Petrópolis

Em mais uma rodada do Campeonato Carioca da Série A2, nas categorias infantil e juvenil, o Friburguense foi a campo no último domingo, quando enfrentou o Petrópolis, no CT Pedrinho Vicençote, e não conseguiu bons resultados.

A equipe Sub-15, por exemplo, acabou perdendo pelo placar de 3 a 0. Com o resultado, o Frizão segue com os mesmos 12 pontos, e agora ocupa a oitava colocação do grupo B. A campanha aponta para quatro vitórias e seis derrotas na competição, sendo 13 gols marcados e 16 sofridos.

Já a equipe Sub-17 perdeu por 2 a 1, mas segue perto da zona de classificação para a próxima fase, ocupando a quinta posição, com 11 pontos ganhos. São três vitórias, um empate e seis derrotas. A equipe juvenil balançou as redes em 17 oportunidades, e foi vazada outras 17 vezes.

Na rodada do próximo domingo, 29, o Frizão recebe o Artsul, às 13h e 15h, no Estádio Eduardo Guinle, com entrada gratuita. Além deste compromisso, resta o confronto com o Nova Cidade, no dia 06 de julho, no Joaquim Flores, para fechar a fase de classificação.

O grupo A conta com as equipes do Petrópolis, São Gonçalo, Pérolas Negras, Resende, Audax Rio, Cabofriense, São Cristóvão, Rio de Janeiro, 7 de Abril, Bonsucesso, Artsul e Nova Cidade. O Friburguense está na chave B, com Araruama, Duque de Caxias, América, Americano, Olaria, Campo Grande, Serra Macaense, Paduano, Barra Mansa e Niteroiense.

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    Professores, gestores e representantes de escolas participaram do lançamento do JEMF 2025 (Foto: Divulgação / PMNF)

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    A reunião, na última semana, foi comandada pelo Secretário de Esportes, João Victor Duarte (Foto: Divulgação / PMNF)

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A Fevest e o coração têxtil de Nova Friburgo

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Quem vive em Nova Friburgo há algum tempo sabe que junho não é só tempo de casaco, névoa e chocolate quente: é também tempo de Fevest. A tradicional Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima não é apenas um evento no calendário: é um verdadeiro ponto de encontro entre inovação, tradição e negócios que movimenta os quatro cantos da serra.

Quem vive em Nova Friburgo há algum tempo sabe que junho não é só tempo de casaco, névoa e chocolate quente: é também tempo de Fevest. A tradicional Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima não é apenas um evento no calendário: é um verdadeiro ponto de encontro entre inovação, tradição e negócios que movimenta os quatro cantos da serra.

Mais do que vitrines elegantes e desfiles arrojados, a Fevest é o reflexo da identidade produtiva de Nova Friburgo, que se consolidou, ao longo das últimas décadas, como o maior do polo de moda íntima em todo o Brasil – e com muito orgulho, nós friburguenses, batemos no peito para falarmos sobre essa conquista.

A Fevest, que começou na terça-feira, 24, e termina hoje, 26, é a vitrine anual onde os bastidores da indústria ganham holofotes: ali se revela a força de uma cadeia produtiva que vai do desenho ao acabamento, da costureira ao exportador, da qualidade da renda à qualidade do elástico.

Calcinhas, sutiãs e muito mais

A economia local de Nova Friburgo respira moda íntima. São milhares de empregos diretos e indiretos gerados por pequenas, médias e grandes confecções espalhadas por toda a cidade. Muitas dessas empresas são familiares, enraizadas nos bairros, passando de geração em geração como um verdadeiro legado. Outras surgiram quase por acaso, impulsionadas pelo talento e pela coragem de costureiras experientes que decidiram empreender.

A Fevest representa, para esse universo produtivo, muito mais do que uma vitrine. É uma oportunidade concreta de crescimento, de firmar parcerias e de conquistar visibilidade em um mercado competitivo. Mas é também uma experiência que conecta o presente ao passado, permitindo que cada expositor vivencie de perto a história viva — e ainda pulsante — da cidade, com toda sua identidade produtiva.

Durante os dias de feira, o impacto na economia local é visível. A rede hoteleira registra altos índices de ocupação, restaurantes e bares ficam mais movimentados, motoristas de aplicativo garantem uma rotina cheia de corridas, e o comércio em geral sente o aquecimento. É como se Nova Friburgo respirasse um novo ar: mais vibrante, mais cosmopolita, mais integrado ao que há de mais moderno no mercado nacional e internacional.

“Como comecei a atuar recentemente como autônoma, a Fevest representa uma grande oportunidade para mim. É um espaço onde estou ampliando meu portfólio, conhecendo novas empresas, trocando experiências e fazendo networking com profissionais da área. Tudo isso me ajuda a crescer profissionalmente, me motiva a seguir em frente e a buscar constantemente a melhora do meu trabalho”, explica Nathalia Senna, videomaker e storie maker que atua na cobertura de eventos e produção de conteúdo para marcas.

Mas o impacto vai além da semana do evento. Muitos negócios iniciados ali seguem gerando frutos ao longo do ano. São contratos fechados, parcerias firmadas, marcas lançadas e ideias que saem do papel. A Fevest também impulsiona a inovação: é ali que muitas empresas locais apresentam novas tecnologias têxteis, tecidos sustentáveis, designs autorais e soluções para produtividade.

“Estar na Fevest é essencial para a gente, principalmente pela visibilidade que ela traz para a marca e pelos novos contatos que surgem. Temos conseguido alcançar clientes do Brasil inteiro e até de fora, o que é muito importante para o nosso posicionamento. Como trabalhamos com público de atacado, que é quem movimenta nossa demanda, estar aqui fortalece tanto o branding quanto os negócios”, observam Davi Exposito e Thamata Lopes, empresários da Thatha Lopes Lingerie.

Outro aspecto fundamental é o papel social que a feira desempenha. Além de fomentar negócios, a Fevest valoriza o talento local. Desfiles, oficinas e palestras ajudam a qualificar profissionais, despertar vocações e incentivar jovens empreendedores. É um espaço de troca, de aprendizado e de valorização da criatividade — uma característica tão marcante no DNA friburguense.

A feira também colabora para manter viva a identidade da cidade como referência nacional em moda íntima, concorrendo com polos maiores e mais industrializados. Isso exige investimento, organização e, claro, uma dose de orgulho local. E esse orgulho aparece: nas peças bem-acabadas, nos stands caprichados, no sotaque que mistura timidez e confiança ao apresentar uma nova coleção.

Em tempos de economia instável, eventos como a Fevest são âncoras de desenvolvimento. Não só movimentam milhões em negócios, mas criam uma cadeia de valor que distribui renda e oportunidades por toda a região. Para muitos pequenos empreendedores, estar na Fevest é a chance de mostrar sua marca para compradores de fora, firmar presença no mercado e consolidar sua história.

Se Nova Friburgo fosse uma peça de roupa, a Fevest seria sua costura bem-feita: segura, firme e cheia de personalidade. É nela que a cidade reafirma seu lugar no mapa da economia criativa, mostra sua força produtiva e abre portas para o futuro. E por tudo isso, a feira é muito mais do que moda. É movimento, é identidade, é economia pulsando no ritmo das máquinas de costura e da criatividade serrana.

Enquanto houver costureiras afiadas, designers sonhadores e empresários dispostos a acreditar no que fazem, a Fevest continuará sendo um dos maiores orgulhos de Nova Friburgo. E que venham as próximas edições, com mais inovação, mais talento e mais renda girando — porque quando a feira cresce, a cidade inteira cresce com ela.

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Codependente e dependente químico

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Codependência não significa, como parece indicar, que você está dependente de algo junto com outra pessoa. Em psicologia, codependência é fazer por uma pessoa o que ela pode e deve fazer por si mesma.

Codependência não significa, como parece indicar, que você está dependente de algo junto com outra pessoa. Em psicologia, codependência é fazer por uma pessoa o que ela pode e deve fazer por si mesma.

Vamos supor que você esteja lutando com um membro da família viciado em cocaína, álcool ou outra droga. O codependente que convive com esse dependente químico, devido ao seu papel de codependente, em vez de permitir que o viciado enfrente as consequências do vício, tenta proteger seu ente querido dos problemas pelo uso da droga. Por exemplo, pode pagar o aluguel ou a dívida do viciado, pode mentir para as pessoas sobre ele usar substâncias, pode pagar fiança para tirá-lo da prisão, ou seja, o codependente acoberta os erros de comportamento que o viciado apresenta pelo consumo da droga.

A fim de parar a codependência, deixe que o viciado assuma as consequências do vício, mesmo que possa parecer não ter amor por ele ou ser maldade. Quando o dependente químico percebe que o uso das drogas é problemático, ele pode pedir ou esperar que você mantenha isso em segredo para que o vício dele permaneça imperturbável. Ou você pode se sentir tentado a guardar segredos para manter a paz, o que poderá fazer você não tocar no assunto. Porém, ficar calado ajuda a manter o vício. É preciso conversar com todos da família sobre as preocupações com as consequências do uso da droga e pensar que será útil o familiar do dependente químico participar de um grupo Al-Anon ou Nar-Anon que orienta sobre o que fazer com o sofrimento pelo convívio com um viciado em substância. Esses são grupos de apoio gratuitos que oferecem importante ajuda. No site deles, se descobre onde tem um grupo, qual dia e horário se reúnem.

No diálogo entre o viciado e membros da família da mesma casa, deixe claro o que você quer que ele faça em casa e incentive-o a respeitar isso. Explique que se ele desrespeitar as regras do que foi conversado, a disciplina explicada será praticada, mesmo que ao aplicá-la seja doloroso. Deixar o viciado transgredir as leis do funcionamento familiar que ele sabe quais são, passa a mensagem para ele de que não há consequências para o comportamento dele, e que pode manter o vício.

É comum um viciado em substância agir com negação, dizendo que não tem problema com álcool ou outras drogas e não estar disposto a mudar. Essa negação afeta você e a família como um todo, causando dor. Então, mostre que ele precisa seguir o tratamento por ter comportamentos inaceitáveis para a família e ruins para ele mesmo. Pense sobre seu comportamento para com o dependente químico para ver se você tem atitudes de codependência que é ruim para você e todos.

Outros sinais de codependência incluem: dar dinheiro ao viciado sem ele merecer ou sem ganhar por trabalho; culpar os outros pelo comportamento do parente viciado; ver o vício e comportamentos alterados pela droga como causados por outra coisa sem ser a substância; tentar controlar coisas fora do seu controle.

Às vezes, o familiar não terá escolha porque o viciado age mal talvez com violência física ou emocional. Isso é complicado e, embora alguém possa estar "endossando passivamente" o vício de um ente querido através do silêncio ou de outras atitudes de codependência, cada familiar deve cuidar da própria saúde e pode precisar entrar em contato com autoridades capacitadas para pedir ajuda.

Um viciado não aprende com seus erros se for superprotegido. A família é impotente para controlar o dependente químico, e não pode forçá-lo a se recuperar. Em muitas famílias os membros dela vem tentando mudar seu ente querido faz tempo, e não funcionou. Não conseguimos impedir que uma pessoa beba álcool ou use drogas. Mas quando a família se recusa a assumir a responsabilidade das consequências do uso que o viciado faz de álcool ou outras drogas, ela permite que ele enfrente as consequências naturais de seu comportamento. Esse pode ser o começo da recuperação.

Fonte: Fundação Hazelden Betty Ford – 07/09/2021

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Cesar Vasconcellos de Souza

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No caminho, com propósito

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Viver de forma plena, sem questionamentos e percalços é uma utopia que nos assola em boa parte da nossa caminhada.

Um caminhar onde pontos se entrelaçam e se separam no tocar da nossa carruagem, que é criada e decorada por cada um de nós.

Mesmo com todos os adornos, é difícil saber qual estrada é melhor para seguir e caminhar, mas a firmeza de que podemos ir, seja lá de qual maneira for, vai funcionando, pouco a pouco. Porém, quando não entendemos o sentido, vamos nos perdendo ao longo do caminho.

Viver de forma plena, sem questionamentos e percalços é uma utopia que nos assola em boa parte da nossa caminhada.

Um caminhar onde pontos se entrelaçam e se separam no tocar da nossa carruagem, que é criada e decorada por cada um de nós.

Mesmo com todos os adornos, é difícil saber qual estrada é melhor para seguir e caminhar, mas a firmeza de que podemos ir, seja lá de qual maneira for, vai funcionando, pouco a pouco. Porém, quando não entendemos o sentido, vamos nos perdendo ao longo do caminho.

O doce sentido vai voltando quando percebemos que há um propósito. O propósito nos move, faz com que o seguir fique mais leve. É quando tudo e todas aquelas entrelinhas geram sentido e o ir com força total naquilo que acreditamos se torna claro e límpido. Entender esse movimento é quando descobrimos a nossa força motriz, aquilo que nos impulsiona, mas que nem sempre aparece e se deixa chegar.

Ah, se tudo isso ficasse fácil de ser entendido no começo da nossa jornada!

Os pequenos e grandes "ses" ficariam no fundo da carruagem, sem o assombro daquilo que não foi escolhido. Deixaríamos para trás fantasmas que mais parecem enormes sabotadores que fazem com que desacreditemos nas nossas próprias escolhas.

Mas, o que seríamos sem todos os tropeços que nos fazem enxergar os pontos de formas diferentes?

Cada aprendizado que colhemos diante das nossas escolhas, pouco a pouco, vão nos dando pistas para entendermos todo aquele sentido que buscamos. E, quando o propósito é entendido, o momento tão esperado acontece. As sutilezas vão tomando forma e o entendimento passa a ser outro.

Lembro que, quando descobri o meu propósito, falava ao telefone com uma amiga que estava na África fazendo trabalho voluntário. Ao escutar cada palavra sobre as inúmeras experiências que ela vivia por lá, o sentido das coisas se ampliou por aqui. Lágrimas rolaram no canto dos meus olhos, e percebi que tudo estava bem ali, diante de mim. Apenas não conseguia entender, pois muitas vezes, fazemos um emaranhado, uma confusão com todos os nossos sentimentos. Neste momento, a força motriz estava pronta, o caminho estava escolhido.

A motivação que nos alimenta faz com que o florescer fique mais bonito a cada dia, formando lindos canteiros por onde a nossa carruagem passa, mesmo que só a gente consiga ver e entender a dimensão deles.

Canteiros que são regados com suor, lágrimas de alegria, tristeza, raiva, frustração, ansiedade e tudo aquilo que a vida nos prega, dia após dia.

Acreditar em si mesmo e seguir em frente leva tempo, mas não desista. Sua carruagem está logo ali, esperando por você. Apodere-se dela, tome as rédeas e percorra, com coragem, cada caminho que se abrir.

Até a próxima quarta!

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Botafogo mostra sua força e vence o Paris Saint Germain

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Poderia escrever, hoje, sobre vários assuntos como, por exemplo, o falecimento, na terça 17, da minha professora da Comunicação Social e grande amiga, Cristina Gurjão, a quem devo a minha formação jornalística ou ainda da minha viagem de uma semana, num cruzeiro, pelos rios Negro e Solimões, mas esses assuntos ficarão para as próximas colunas.

Poderia escrever, hoje, sobre vários assuntos como, por exemplo, o falecimento, na terça 17, da minha professora da Comunicação Social e grande amiga, Cristina Gurjão, a quem devo a minha formação jornalística ou ainda da minha viagem de uma semana, num cruzeiro, pelos rios Negro e Solimões, mas esses assuntos ficarão para as próximas colunas. Hoje, minha veia alvinegra me fez optar pela vitória maiúscula do Botafogo, quinta- -feira, 19, onde jogadores como Marlon Freitas, Igor Jesus, Savarino, Alex Telles, Gregore e Allan foram os expoentes de um time vencedor, na vitória sobre o Paris Saint Germain. De um lado o campeão da Libertadores da América 2024, do outro o campeão da Champions League 2024, 2025.

Como é de hábito nessa comprometida mídia brasileira, jornalistas esportivos de vários veículos televisivos, do alto de uma empáfia ridícula, apregoavam aos quatro ventos que o problema não era discutir a derrota do Botafogo, mas sim qual seria o placar. Torciam, inclusive, por uma goleada, para mais uma vez denegrirem o plantel alvinegro. Apregoavam que o campeão europeu era infinitamente superior ao brasileiro e que este não teria a mínima chance de vitória. Expunham, a olhos vistos, o velho complexo de cachorro vira lata, tão apregoado pelo genial jornalista Nelson Rodrigues. Aquele complexo que nos faz sempre pensar sermos inferiores aos europeus. O resultado mostrou que o time francês não soube sair do nó tático que Renato Paiva, técnico do Fogão, armou para anular as principais jogadas do adversário. Apesar da maior posse de bola, pouco ameaçou o gol do alvinegro carioca.

Não guardei nomes, pois não me interesso por esses homens da mídia que não sabem fazer outra coisa, a não ser denegrir o futebol brasileiro, no geral e engrandecerem, apenas, Flamengo e Palmeiras, como os únicos dignos representantes do futebol tupiniquim. Mas, foi ridículo desprezarem o Botafogo, atual campeão brasileiro e das Américas, com um futebol que deixou para trás, rubro-negros e alviverdes, no ano passado. Aliás, esses jornalistas, muitos deles sem diploma, denigrem a classe, pois o nível nunca foi tão baixo.

Por uma questão de gestão, afinal o Fogão, atualmente, é uma SAF que junta o lado esportivo com o financeiro e, portanto, tem de ter um time à altura para colher vitórias e campeonatos, mas, também, gerar lucros para o investidor. E esse lucro, na maioria das vezes, advém da venda de jogadores que se destacam. Claro que para o torcedor, a manutenção do plantel, por duas ou três temporadas, é o que interessa já que se tem a expectativa de ganhar vários campeonatos. Vide o Palmeiras que apesar de não ser uma SAF, é bancado por uma instituição financeira de porte. Isso faz com que o time colecione uma gama de campeonatos ganhos, nos últimos cinco anos.

Assim, o Botafogo foi campeão de dois campeonatos de peso, mas viu nove de seus jogadores, entre reservas e titulares, serem vendidos, ao final da temporada. Apesar da espinha dorsal do time vencedor ser mantida, perdas como as de Luís Henrique, Almada e Júnior Santos foram sentidas. Novos jogadores foram adquiridos, mas nem sempre os substitutos estão à altura dos que partiram ou levam tempo a se entrosarem, principalmente quando jogam na Europa, América Latina ou Ásia, onde o tipo de jogo é diferente do brasileiro.

No entanto, passados os três primeiros meses de reconstrução do plantel botafoguense, o recado começou a ser dado em campo, com o time classificado para as etapas seguintes das copas do Brasil, da Libertadores da América e ocupando, no momento, o sexto lugar do Brasileirão 2025. Mas aqui, diga-se de passagem, jogou apenas treze das trinta e oito rodadas previstas. Com a subida de produção do elenco alvinegro, com os que chegaram começando a mostrar serviço, acredito que até o final do primeiro turno, estaremos entre os quatro primeiros, sendo de novo real pretendente ao bicampeonato.

A vitória sobre o Paris Saint Germain foi maiúscula, mostrando que o Botafogo continua a ser um time que tem postura tática com alternativas de jogo segundo o adversário, mostra competitividade e, acima de tudo, espírito de luta que não deixa ninguém se acomodar em campo. Tem uma estratégia a ser cumprida e a faz com objetividade. A vitória de quinta-feira sobre um time europeu numa competição de cunho internacional é a primeira em treze anos de um time brasileiro, pois a última foi a do Corinthians, em 2012, quando venceu o Chelsea da Inglaterra e sagrou-se campeão do mundo, na versão anterior dessa competição.

Os atuais representantes brasileiros, na primeira copa mundial de clubes, promovida pela Fifa, estão bem tendo o Botafogo como líder do grupo B, o Palmeiras está na liderança do grupo A, o Flamengo lidera o grupo D e o Fluminense está na primeira colocação do grupo F.  Diga-se de passagem, que o alvinegro do Rio é o único, entre os brasileiros, a ter de enfrentar dois times europeus. No jogo final da fase de classificação, contra o Atlético de Madri, bastaria um empate para ser o primeiro do grupo.

Com a derrota por um a zero, frente ao Atlético de Madri, na segunda-feira, 23, o Botafogo vai enfrentar o Palmeiras, sábado que vem, pelas oitavas de final. O Palmeiras, ao empatar com o Internacional de Miami, conseguiu a primeira colocação no seu grupo. Quanto ao Flamengo e Fluminense, não tenho como destacar, pois não terei tempo hábil para esperar os resultados.

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