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Novidades no Tesouro Direto
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Para começarmos a falar das novidades, primeiro vale fortalecer alguns conceitos básicos. Tesouro Direto não é um produto, mas uma plataforma onde se concentram diferentes títulos emitidos pelo Governo Federal. É através do Tesouro Direto que investidores podem comprar títulos públicos para financiar projetos a nível nacional e receber sua remuneração com garantia soberana do Tesouro Nacional. Sim, estamos falando da classe de ativos mais segura do país e toda a dívida criada com investidores é direcionada apenas para investimentos, não sendo possível o Tesouro emitir novos títulos para financiar custos de seu orçamento.
É na plataforma do Tesouro Direto que o investidor pessoa física pode se relacionar diretamente com o emissor (o Tesouro Nacional) e acessar três principais títulos: Prefixado, Tesouro Selic e Tesouro IPCA. O Prefixado e Tesouro IPCA, por sua vez, ainda têm a variante com pagamentos semestrais de juros até a data de vencimento. Mas então, onde entra a novidade já mencionada no próprio título deste texto? Numa quarta classificação de títulos, o Tesouro Renda+.
Com funcionamento semelhante ao Tesouro IPCA, o Tesouro Renda+ promove ganho de capital com retorno híbrido entre inflação e prefixado. Um exemplo? Imagine a taxa de rentabilidade anual em IPCA + 6,38%. Esta é a taxa do Tesouro Renda+ 2055. Aqui, todos os seus investimentos serão corrigidos pela inflação do período e acrescidos de uma taxa prefixada em 6,38% ao ano.
Mas então, se tão semelhantes, como escolher entre um investimento em Tesouro Renda+ ou Tesouro IPCA? Pois bem, essa é a grande novidade! Tornando-o único entre todas as possibilidades, o Renda+ te garante um complemento de aposentadoria com pagamentos mensais ao longo de 20 anos.
De acordo com o IBGE, 46% dos brasileiros afirmam que o valor da aposentadoria não é o suficiente para cumprir com suas obrigações financeiras. Por esse motivo, outras estratégias podem ser consideradas alternativas: como a previdência privada ou, a grande novidade, o Tesouro Renda+.
Então, usando as ferramentas da própria plataforma do Tesouro Direto, que tal fazermos uma simulação? Para isso, precisaremos de alguns dados e vou usar informações fictícias para ilustrarmos os cálculos. Imagine que Maria tem 43 anos e pretende se aposentar aos 65 com renda mensal de R$ 2.500. Se ela tiver R$ 30 mil de investimento inicial, precisará contribuir mensalmente com aproximadamente R$ 228,43 no Tesouro Renda+ 2045. Nessas condições, a partir de janeiro de 2045 Maria poderá contar com essa renda mensal para complementar sua aposentadoria do INSS.
Se você acompanha esta coluna já tem conhecimentos financeiros mais rebuscados e deve estar se perguntando: mas receber R$ 2,5 mil em 2045 vai valer a pena? Sim, porque será esse valor corrigido por toda a inflação do período.
De acordo com o Tesouro Nacional, vamos às características específicas do Renda +:
- O investidor escolhe uma data de aposentadoria e garante um salário complementar por 20 anos;
- O salário recebido por 20 anos é mensalmente corrigido pela inflação, garantindo assim o poder de compra;
- Sem cobrança de Taxa de Custódia da B3 para quem carregar o título até o vencimento;
- É possível começar a investir no Tesouro Renda+ com aproximadamente R$ 30.
Para começar é simples, basta acessar a plataforma online do Tesouro Direto. Cuidar do seu futuro pode ser a melhor decisão a ser tomada hoje.
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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