Tereza Cristina Malcher Campitelli

Momentos Literários

Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.

30/08/2021

Na semana passada, no Clube de Leitura Vivências, organizado por
Márcia Lobosco, quando debatíamos questões emergentes da leitura do livro
Quase Memória, de Carlos Heitor Cony, surgiu um tema que ainda não tinha
parado para refletir: as diferenças entre a mentira e a fantasia.
Estamos situados na realidade concreta, porém a percebemos de modo
subjetivo. A realidade não é tomada tal como é, mas interpretada, o que nos
oferece uma compreensão particular dos fatos. Lembro-me da carta do escritor

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23/08/2021

O poeta precisa de liberdade para observar a vida e inspirar-se. Aqui, a poesia paira sobre a cidade; sempre e em algum lugar há alguém a reverenciando. 

Ferreira Goulart disse que a poesia nasce do espanto. Da realidade que se desnuda repentinamente, causando no poeta um sentimento que o toca no mais profundo de si, fazendo com que as palavras, não mais do que pedaços de emoções, cheguem tortas ao seu imaginário. Porém, tornam-se perfeitas quando as coloca num poema. 

Quem já não fez um poema?

Quem não se espanta?  

Ah, o vivente precisa de poesia! 

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16/08/2021

A capa do livro faz parte do projeto de criação literária, e cada edição geralmente tem uma própria. É uma interpretação sintética da obra, uma forma de apresentar o texto que leva em conta as principais características da construção literária. É um abre-alas, uma apresentação sedutora em que cada detalhe tem sentido, como a ilustração, as cores, a fonte e os tamanhos de letra utilizados. Expressa os esforços criativos do ilustrador e de todos os envolvidos no projeto, que pretendem apresentar um livro irresistível ao leitor, capaz de tocar seus sentidos e estimular suas emoções.

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09/08/2021

A Academia Friburguense de Letras está abrindo vagas para novos membros efetivos do seu quadro de acadêmicos e do seu Anexo Jovem. A abertura foi adiada desde o primeiro semestre de 2020 por conta da Pandemia causada pelo Covid 19. Agora, na esperança de retorno às atividades, dá um passo efetivo ao retorno à vida acadêmica. 

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02/08/2021

Ao ler o romance “O Lugar do Outro, de Janimary Guerra PeccI, nossa escritora friburguense, fui transportada aos bancos da universidade quando me especializava em Orientação Educacional, finalizando o curso de Pedagogia. Um dos suportes teóricos da formação foi a obra de Karl Rogers, psicólogo americano, que escreveu a respeito do processo terapêutico centrado na pessoa. Mantive seu livro, “Tornar-se Pessoa”, por um longo tempo sob meus olhos, uma vez que além de estudá-lo, fiquei sensibilizada com suas ideias.

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26/07/2021

As oficinas literárias sempre nos oferecem temas para escrever. Nesta semana, Pablo, um amigo de oficina de escrita literária, me deu um motivo para elaborar minha coluna semanal. Mais um. Há poucas semanas, ele havia me enviado o texto “O Poeta e o Fantasiar”, de Freud, escrito em 1908. Ao ler, fiquei instigada em escrever a respeito e elaborei o texto “Beijo de Cetim”.

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19/07/2021

A cada instante um tema me incita a escrever esta coluna semanal. Talvez, por isso, não seja repetitiva nas ideias e na construção delas. Ontem, arrumando minha estante de livros e folheando-os, comecei a pensar na energia que move a equipe que produz o livro, já que é resultado de um trabalho criativo realizado por diferentes profissionais, que se utilizam de conhecimentos e habilidades especializados, investem tempo e energias numa produção literária. 

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12/07/2021

Ao produzir textos em literatura infantil, o escritor deve considerar, em primeira instância, a idade do leitor para o qual está escrevendo. É um cuidado especial, uma vez que o pensamento infantil se transforma na medida em que a criança cresce. Os processos evolutivos da construção do pensamento estão fundamentados na dialética sentir, pensar e agir, bem como na experiência quotidiana e individual.

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05/07/2021

Posso dizer? O escritor tem direito a um dia de preguiça. Sim, senhor! Não é
certo sentir-se culpado por não se sentar à frente de uma folha de papel diariamente e
escrever suas ideias, histórias ou até mesmo devaneios. Mas tem um momento, posso
confessar, que é de todo o seu direito, terminar o dia sem nada escrever. Nenhuma
palavra, sequer rabiscos. É natural que por algumas horas fique cansado de suas frases
e queira perambular que nem as nuvens brancas no céu. Rubem Braga, cronista

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28/06/2021

Há sete semanas, escrevi a coluna “As Estranhezas dos Novos Tempos” em que abordei o fato de uma prima ter falecido, e, sua filha, levado as cinzas da mãe para casa, tendo a finalidade de esperar o momento propício para lançá-las em algum lugar ao lado de pessoas da família, que moram em outros estados. Em tempos de pandemia este momento pode demorar meses.

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