O Caderno Z do último fim de semana foi o regente de um tema empolgante que mexe com os nossos sentimentos – a Música. João Donato, o inesquecível pianista, cantor, compositor, arranjador, declarou em uma de suas entrevistas: “Música é bom para qualquer coisa, música e água são indispensáveis”. O filósofo Arthur Schopenhauer considerava a música como “o grau excelso da arte”, a que dava aos seres humanos a “sensação de felicidade”. Entretanto, mais do que uma sensação, a música é um constante estado de espírito extasiado.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
Quem, ao saborear uma pizza, pensa na sua invenção? É uma longa trajetória, pois, “seis mil anos antes de Cristo, os egípcios teriam desenvolvido uma massa à base de farinha de trigo e sal”. Mais adiante, os hebreus a aperfeiçoaram, criando o Pão de Abraão”. Os fenícios colocaram cebola e carnes sobre a massa. No início, a pizza era servida aos pobres, “com o objetivo de acabar com a fome do povo”. Em zonas portuárias, “os trabalhadores procuravam comida rápida, barata e de fácil conservação”. A guloseima foi ganhando estilos e as mais variadas coberturas.
“Um coração forte para enfrentar o inverno” – Com esse tema, o Caderno Z elaborou uma pauta pra lá de quente para que possamos enfrentar as baixas temperaturas que já estão colocando as manguinhas de fora. Eu, que já estava quase simpatizando com o frio, desconstruí todo o meu esforço em recebê-lo de braços abertos, pois, nesta época, o frio “aumenta as chances de problemas cardíacos”.
Dizem que o enfrentamento do frio não é sopa, mas, contrariando o dito popular, o frio é sopa, sim, é caldo, é chocolate quente. O Caderno Z nos orienta a tirarmos o maior proveito dos dias frios, pois, “além da produção maior de melatonina, o frio ajuda a limpar os poros” e com isso, a pele ganha mais vigor. É possível diminuir inflamações nas juntas, “porque o clima frio atua como uma bolsa de gelo natural no corpo”. Durante o exercício físico, no frio, é mais fácil queimar calorias, o que faz com que o coração trabalhe mais, “permitindo mais circulação de sangue oxigenado...”.
O mês de junho é um dos mais movimentados por suas festas juninas. É coisa que vem da infância de muita gente. A minha, por exemplo, na Filó, foi regada pelas festas que Marilza Breder organizava na Travessa Bonsucesso 1, onde morei. O Caderno Z trouxe um especial de dar água na boca de quem tem saudade ou de quem adora viver essa emoção. Igrejas, escolas, instituições e comunidades se esmeram em reproduzir ambientes onde nos sentimos com um pé na roça. E haja bambuzal, minha gente!
Ninguém precisa se sentir isolado nos festejos do Dia dos Namorados, caso não tenha a metade da laranja para curtir a data. O Caderno Z do último fim de semana trouxe dicas para que todos possam aproveitar a data em sua totalidade. “Lembre-se de que você não precisa estar acompanhado para ir a um lugar legal ou fazer uma atividade que você gosta. Seja um passeio de bicicleta, um mergulho na praia, ou cachoeira, uma exposição, uma visita a um museu. Ou vá ao cinema, teatro, assista um musical, um show do seu artista preferido.
O que deve ser a hora mais prazerosa de um dia é a noite de sono. Porém, nem sempre é assim e o Caderno Z, sensível aos percalços humanos, nos trouxe uma abordagem especial sobre o tema na edição do último fim de semana. Eu tive um amigo, poeta, médico, em Santa Catarina que, no auge dos seus 80 anos de idade, tratava a própria dificuldade de dormir como uma chance para escrever seus poemas: “E a insônia acomodou-se em meu lençol de bruma e quer dormir comigo... A insônia é uma vadia...”. Era assim que o doutor Miguel Russowsky se distraia com quem lhe roubava o sono.
O Caderno Z nos traz informações sobre o Dia do Geriatra, comemorado em 16 de maio – data que além de ser o aniversário de Nova Friburgo, também celebra o Dia do Gari. Essas comemorações são importantes. Contudo, não importa a nossa profissão ou condição de vida, pois, de um modo ou de outro, todos nós precisaremos de um geriatra. Estamos “na década do envelhecimento saudável” e assim como a adolescência está cada vez mais encurtando o tempo da infância, uma pessoa, a partir dos 35 anos de idade já pode apresentar os primeiros sinais de envelhecimento.
O Dia das Mães, celebrado no segundo domingo de maio, pode se repetir durante os 365 dias do calendário, afinal, todo dia é um dia maravilhoso para se festejar o ser de luz que tem o dom de se chamar “mamãe”. O Caderno Z, que é o pai dos temas empolgantes, trouxe, no último fim de semana, um material interessante para boas reflexões. Minha mãe trabalhou 30 anos na Fábrica de Filó.
É comum alguns temas do Caderno Z me levarem até a minha casa de infância. Lembro-me de quando meu pai comprou uma vitrola, a primeira recomendação foi: “criança não pode mexer!”. Era tentador ver aqueles discos de vinil, empilhados, caindo, um por um, sobre um prato giratório, onde se deitava uma agulha levada por um braço de matéria plástica. A tentação de mexer nunca era maior do que a nossa obediência, afinal, não era coisa de criança. Que atrativo a mais teria, a não ser o de ouvir a música? Nada!