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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

            O Caderno Z, mestre em temas variados, nos trouxe um panorama sobre a vida dos solteiros, não para descartar os relacionamentos, mas em função de que o valor está em “buscar o estilo de vida que melhor funcione para cada pessoa”. Eu me lembrei de uma canção que papai cantarolava ao violão: “A vida de casado é boa,/ mas a vida de solteiro é melhor /solteiro vai aonde quer/ casado tem que levar a mulher...”. Nunca achei a música uma regra, porque meus pais iam juntos e felizes para todo lado. É certo que existe uma sensação de liberdade em estar sozinho, “livre, leve e solto” para decidir sobre suas escolhas. Esse parece ser o x da questão, o prazer de ir e vir, sem satisfações a dar.

            O fato de se estar sozinho não significa estar na solidão, até porque o primeiro prazer que devemos ter é ficar bem com a gente mesmo, independente de companhia. “O número de solteiros ultrapassa o de casados no Brasil”. Esse dado indica que são 81 milhões de solteiros e 63 milhões de casados”, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE). Ian Kerner, terapeuta matrimonial e familiar da CNN norte-americana, destacou que se nota uma mudança gradual do “casamento romântico” para o “casamento companheiro”, já que as pessoas estão escolhendo “cônjuges que, no início, são mais como melhores amigos do que parceiros apaixonados”. 

            “Casamento gera felicidade?” A pergunta é de resposta difícil ou incerta. Ouvimos, ao logo dos tempos, máximas interessantes, como “casamento é loteria”; “casamento é sorte”. Monica O´Neal, psicóloga, em Massachussetts, entre muitas considerações, destaca: Seja casado ou namorando, você pode otimizar suas chances de um relacionamento feliz comunicando bem o que o seu compromisso, um com o outro, implica”. Jonathan Rothwell, principal economista da Gallup, afirma: “Acho que nunca chegaremos a um ponto nas ciências sociais em que possamos dizer, com alguma precisão, se o  casamento gera felicidade ou não”. A verdade é que hoje a liberdade começa na liberdade de escolha. Estar ou não em um relacionamento é uma decisão pessoal e intransferível. Vovó dizia: “cada um sabe de si e a vizinhança sabe de todos!”.

            A felicidade é algo muito pessoal e depende dos nossos valores e anseios. Ela não é uma estação onde se desce e estaciona os sonhos. Ela flui durante o percurso e vai se mesclando entre os cascalhos e as pedras preciosas. Sendo assim, casados ou solteiros serão mais ou menos felizes, na medida exata de suas conquistas. A exemplo, em “Sociais”, nesta quarta, 21, é o aniversário de Marly Pinel, uma pessoa feliz, que brilha onde quer que esteja. Seja passeando com seu cachorrinho, desfilando no carnaval, na passarela da Alberto Braune, a felicidade é sempre a sua melhor companhia. Parabéns!

            Felicidade também pode ser aquela sensação boa, de dever cumprido dos doadores de sangue. A charge de Silvério, em tempos de campanhas, faz uma boa propagação, com bandeirinha e tudo: “Doe sangue. Salve vidas!”. Se entendemos que felicidade são momentos que desfrutamos ao logo da caminhada, as tecnologias entram no percurso como facilitadoras de algum momento feliz em nossas vidas. Desfrutar dessas facilidades é abrir janelas para o “admirável mundo novo” na palma de nossas mãos. O IBGE divulgou dados de que o número de idosos usando a internet cresceu consideravelmente no Brasil. Os dados também apontam que o uso do aparelho celular está cada vez mais em alta. E não para por aí, pois a quantidade de TVs por assinatura tem diminuído, enquanto “o uso dos serviços de streaming tem aumentado: eles estão em quatro de cada dez lares com televisão”. A tendência tecnológica prevê mudanças no tamanho das parabólicas analógicas e no uso até de sinal digital. Ou seja, tudo é sinal dos tempos!

            Tudo muda e, especialmente, as mudanças climáticas afetam as estações do ano. Ana Borges nos trouxe página dupla sobre o aquecimento global. “O permafrost do planeta, que é a camada do subsolo da crosta terrestre, está se derretendo e a principal causa é o aumento da temperatura da Terra”. Recomendo leitura intensa e muita reflexão.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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