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Campanha da Fraternidade 2024

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Caros irmãos, hoje trazemos para a reflexão o texto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a respeito da abertura da Campanha da Fraternidade 2024. A Santa Missa aconteceu no Santuário Nacional de Aparecida, presidida por dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no último dia 18. “Jesus foi levado para o deserto! Deserto é o lugar onde nada separa Jesus de Deus!

Caros irmãos, hoje trazemos para a reflexão o texto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a respeito da abertura da Campanha da Fraternidade 2024. A Santa Missa aconteceu no Santuário Nacional de Aparecida, presidida por dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no último dia 18. “Jesus foi levado para o deserto! Deserto é o lugar onde nada separa Jesus de Deus!

Estamos iniciando nossa caminhada de 40 dias, rumo à celebração da Páscoa. Também nós, com Jesus, desejamos viver este tempo de ‘deserto’ mais intensamente na escuta da Palavra, pois ela converte o coração; na prática dos exercícios característicos deste tempo (oração, jejum e caridade), no cultivo da solidariedade, pois sabemos: somos todos irmãos e irmãs.

Quaresma é tempo favorável para sairmos de nossa alienação existencial causada pelo pecado. É tempo de resgatarmos nossa identidade batismal, ou seja, de irmãos e irmãs, em Cristo. É tempo de conversão! Conversão consiste em rever o modo de ser, de viver, de agir, de relacionar-se para conduzir uma vida segundo o Evangelho. A conversão passa pela experiência da humildade, da aceitação do outro e da alegria do encontro com o Crucificado-Ressuscitado, que continua perguntando a cada um de nós: “Tu me amas?” Um coração convertido, jamais será indiferente aos irmãos e irmãs, pois sabe que o amor a Deus e ao próximo sintetizam o projeto do Reino. Um coração convertido é um coração fraterno.

Corações fraternos são sinal de santidade, característica de quem acolheu o projeto de Jesus, reconhecendo que todos são filhos e filhas do mesmo Pai, e, portanto, irmãos e irmãs. A Campanha da Fraternidade da qual participamos, nos ajuda a viver a fraternidade ainda mais concretamente; oferece oportunidade para viver ainda mais intensamente a espiritualidade quaresmal; auxilia na vivência concreta do mandamento da caridade, do amor ao próximo.

A fraternidade é irmã gêmea da conversão. Não existe autêntica conversão sem o cultivo da fraternidade; em outras palavras, não há verdadeira conversão sem promoção da amizade social, de relações humanas mais atentas, respeitosas, cuidadosas, ultrapassando barreiras da geografia e do espaço (FT, n.1). Fraternidade e amizade social! “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8).” (d. Jaime Spengler)

Fonte: CNBB

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Iluminação pública: solicitação atendida

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

“Na última sexta-feira, 16, tive gratas surpresas. A primeira foi verificar a publicação de minha carta nesta seção do jornal relatando a espera de seis meses pela troca da lâmpada de um poste no Loteamento Bonfim, na Chácara do Paraíso, onde moro, e apelando às autoridades pelo devido reparo. A segunda surpresa foi perceber, à tarde, a chegada de uma equipe do setor de iluminação pública da prefeitura que providenciou a tão esperada troca da lâmpada. Muito obrigado ao jornal por alertar a prefeitura sobre o problema que foi motivo de muita reclamação.

“Na última sexta-feira, 16, tive gratas surpresas. A primeira foi verificar a publicação de minha carta nesta seção do jornal relatando a espera de seis meses pela troca da lâmpada de um poste no Loteamento Bonfim, na Chácara do Paraíso, onde moro, e apelando às autoridades pelo devido reparo. A segunda surpresa foi perceber, à tarde, a chegada de uma equipe do setor de iluminação pública da prefeitura que providenciou a tão esperada troca da lâmpada. Muito obrigado ao jornal por alertar a prefeitura sobre o problema que foi motivo de muita reclamação. Tenho dificuldades para enxergar e temia sair à noite e sofrer um acidente por causa da escuridão. Muito obrigado também a Prefeitura de Nova Friburgo que atendeu ao meu apelo. Já não sabia mais a quem recorrer.”

Maria Salete Huback

 

Perigo nas Braunes 

“Os moradores da Rua Diana, no bairro Braunes, já estão acostumados, infelizmente, com tantas dificuldades. Além da falta da iluminação pública, pois há lâmpadas queimadas nos postes há vários meses, motoristas e pedestres se arriscam diariamente com os inúmeros buracos dessa rua. Recentemente, equipes da prefeitura estiveram aqui e promoveram uma operação tapa-buracos que pouco adiantou. Com as recentes chuvas, as camadas de asfalto vem se soltando e um enorme buraco surgiu bem no meio da pista. Foi preciso sinalizá-lo com galhos de árvore para evitar que alguém ou algum veículo caia na cratera e sofra consequências graves. Em nome dos moradores, apelo por uma intervenção urgente aqui. Afinal, pagamos um dos IPTUs mais caros da cidade e não temos contrapartida do poder público. Pelo contrário, só temos buracos e escuridão. Será que no mês que vem nosso IPTU de 2024 chegará com desconto?”

Antônio Carlos de Alvarenga 

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Os heróis invisíveis

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Certa vez, numa conversa informal, falávamos de pessoas importantes que eram divulgadas nas mídias, expostas em fotos e reverenciadas. Repentinamente, perguntaram por que as pessoas do povo — aquelas que pertenciam à vida da comunidade e que passavam sem serem notadas — não mereceriam o mesmo tratamento. Não houve resposta significativa. Possivelmente todos, como eu, ficamos com a questão entalada nos pensamentos e sem uma conclusão. Volta e meia, tempos depois e até hoje, a pergunta me rodeia, beija e belisca.

Certa vez, numa conversa informal, falávamos de pessoas importantes que eram divulgadas nas mídias, expostas em fotos e reverenciadas. Repentinamente, perguntaram por que as pessoas do povo — aquelas que pertenciam à vida da comunidade e que passavam sem serem notadas — não mereceriam o mesmo tratamento. Não houve resposta significativa. Possivelmente todos, como eu, ficamos com a questão entalada nos pensamentos e sem uma conclusão. Volta e meia, tempos depois e até hoje, a pergunta me rodeia, beija e belisca. Durante o carnaval, após terminar de ler um livro, comecei a procurar uma nova leitura e resolvi buscar um de contos (faz tempo que não leio um). Aquela pergunta que guardei acendeu as luzes do título “A vida que ninguém vê”, de Eliane Brum, disponível no e-book, fazendo-o brilhar diante dos meus olhos. “Eita, será que nessas páginas vou encontrar uma resposta que me faça repousá-la num lugar de destaque nas minhas questões existenciais”.

Posto que sim! De certa forma, sempre tive uma resposta banal, daquelas achadas nos bancos das praças, que reduzia a questão ao fato de que as pessoas simples do povo, no quotidiano batido e corrido, não compunham uma notícia capaz de atrair a atenção de outros. Ora, meu amigo, cada indivíduo não faz a vida do lugar acontecer de um jeito próprio? As cidades têm identidades e são construídas diariamente pelos modos de viver dos seus cidadãos. Todos os dias o quotidiano nasce, brota como ramas no chão dos lares, das ruas ou nas paredes das padarias. Não é preciso sair procurando as pessoas do povo calçadas afora. Todos fazem emanar através dos seus corpos, trejeitos, fazeres e palavras os seus talentos, ideias e suas excentricidades. A vida é fantástica para quem tem os olhos capazes de vê-la nos mínimos detalhes.

Contudo nosso olhar é direcionado, não é livre de princípios, sentimentos, aspirações. Não tem a amplitude do descompromisso e toda a repetição de paisagem, como um açougueiro encostado na porta da loja, não passa de uma mesmice. Mas ele tem muito a nos contar desde o momento em que acordou até aquele instante sereno de intervalo do trabalho. Seus sonhos, seus medos, amores. Cada um tem suas revelações.

Em “A vida que ninguém vê”, Eliane descreve com magnífica sensibilidade os mais insignificantes detalhes da vida, minúcias facilmente despercebidas. Ela percorreu o Brasil e achou diamantes esquecidos, portadores de histórias densas, sofridas e heroicas, como a professora que percebeu o andarilho que se dizia chamar Israel e sustentou-o em sua transformação, do carregador de mala do aeroporto que construiu uma família com seu trabalho e do pedinte de rua com deficiência física. Não deixou de expor o sofrimento dos animais dos Jardins Zoológicos, tão admirados e fontes de diversão de tanta gente.

Enfim, a vida invisível transborda nesse livro e os capítulos descortinam heróis. A minha pergunta achou um camarote no meu olhar quando o guardador, aquele que sempre me acena, se aproximou de mim, tomou conta da minha atenção, do meu respeito e admiração. 

Renasci. Mais uma vez. A literatura salva!

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Marginais roubam placa de Feliciano

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Edição de 16 e 17 de fevereiro de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Marginais roubam placa de Feliciano - Placa de inauguração da Faculdade de Odontologia (com o nome do ex-prefeito Feliciano Costa) foi roubada. Praticantes do ato de vandalismo encontraram a faculdade sem vigia da Prefeitura de Friburgo. Caso está com a polícia.

 

Edição de 16 e 17 de fevereiro de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Marginais roubam placa de Feliciano - Placa de inauguração da Faculdade de Odontologia (com o nome do ex-prefeito Feliciano Costa) foi roubada. Praticantes do ato de vandalismo encontraram a faculdade sem vigia da Prefeitura de Friburgo. Caso está com a polícia.

 

Mercado Presidente Médici: Fechado por sugestão de Bento Ferreira - Uma faixa bem pintada e colocada em frente ao Mercado Municipal traz em seu retângulo o seguinte texto: “Em face de ação judicial, este mercado a partir de 10 de fevereiro de 1974, não funcionará.”

 

SEF inaugura tênis - Conduzida há dois anos por uma diretoria jovem, tendo à presidi-la atualmente, Eduardo Miller, a Sociedade Esportiva Friburguense (SEF) inaugura, com coquetel, uma moderna quadra de tênis, parte das obras de reformulação de seu parque esportivo. 

 

Ponte (Brasil-México) do Country: É ponto alto do Carnaval - Preparado para receber 20 mil foliões durante os seus quatro bailes carnavalescos, o Nova Friburgo Country Clube entra na próxima semana dando os retoques finais no esquema que planejou, montou e vem executando desde agosto de 1973. Toda diretoria do clube trabalha exaustivamente para, mais uma vez, apresentar o melhor carnaval do Estado do Rio e, reconhecidamente, um dos melhores carnavais do Brasil. 

 

Confirmado nosso furo: Estrada Friburgo-Teresópolis é mesmo federal - Confirmando o furo de reportagem que demos na semana passada, está pronto o projeto que coloca a estrada Friburgo-Teresópolis como rodovia federal, ficando a estrada agora sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).

 

Friburgo hospeda prefeitos - Pelo menos 62 prefeitos (alguns representados) do Estado do Rio de Janeiro chegaram a Friburgo para o I Encontro Mobral-Prefeitos Fluminenses. O encontro dos chefes de governo dos municípios com os técnicos do Mobral, é o primeiro da espécie e Friburgo foi a escolhida para sediá-lo.

 

Pílulas

Atualmente nas televisões, uma mensagem do Governo Federal vem muito a propósito. Demonstrando a execução de inúmeras e importantes obras, como a Estrada Belém-Brasília, Ilha Solteira, Aeroporto Supersônico e outras, a maioria delas iniciadas em outras administrações. 

Algum assessor, mais privilegiado intelectualmente, poderia explicar o sentido da frase ao nosso prefeito? Poderia esclarecê-lo de que um governo deve ser a continuação de muitos outros, e não tentar ser, como está sendo em Friburgo, o destruidor de seu antecessor? 

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Sydney Souza e Hamil Feres (18); Maria José Mattos e Clóvis de Jesus (19); Júlio Américo do Lago Zamith, Maria Amélia Soares e Rozette Haiut (20); Vinício Zamith, Suzana Sichel, João Amélio e Vera Lúcia Lima (21); Renato Heidenfelder e Tufik Salim Miled (22); Allysson Cardinali (23); Ernesto Pereira Faria, Max George Cleff, Nilza Azevedo Jorge, Márcio Ventura e Maurício Ventura (24).

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Ainda em forma

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Eduardo Guinle completa 70 anos de fundação em maio

A casa do Friburguense é uma referência em termos de espaço esportivo na região. Um “senhor” de quase 70 anos de idade, mas com fôlego para muito mais. Palco de jogos históricos, gravações, eventos e de inúmeras apurações de carnaval em Nova Friburgo – como a deste ano, por exemplo. O estádio Eduardo Guinle irá completar sete décadas de fundação no mês de maio, e continua sendo uma praça importante para o desporto da cidade e de municípios vizinhos.

Eduardo Guinle completa 70 anos de fundação em maio

A casa do Friburguense é uma referência em termos de espaço esportivo na região. Um “senhor” de quase 70 anos de idade, mas com fôlego para muito mais. Palco de jogos históricos, gravações, eventos e de inúmeras apurações de carnaval em Nova Friburgo – como a deste ano, por exemplo. O estádio Eduardo Guinle irá completar sete décadas de fundação no mês de maio, e continua sendo uma praça importante para o desporto da cidade e de municípios vizinhos.

A casa do Tricolor da Serra recebeu cinco jogos durante a Série B1 do Campeonato Carioca de 2023. Foram três vitórias, um empate e uma derrota, na campanha que culminou com a quinta colocação geral. Na A2, o desempenho já não foi tão positivo, com duas vitórias e quatro derrotas em seis partidas. Nesta temporada, o estádio será um aliado importante do Frizão na busca pelo objetivo maior: voltar à segunda divisão do futebol do Rio de Janeiro.

O Eduardo Guinle, no bairro Olaria, possui capacidade para 5.500 pessoas. Porém, a carga total de ingressos, por questões de segurança, é disponibilizada em menor número, mesmo nos jogos de maior apelo de público. O estádio passou por uma reforma em 2008 e conta agora  com a pintura das arquibancadas nas cores do Friburguense, também com um placar eletrônico (que há algum tempo já não se encontra no seu espaço), doado pela Suderj, que recebeu como forma de homenagem a um dos ex-presidentes do clube, Doutor Nilson Homem de Castro, além de cabines para transmissão de emissoras de TV e vestiário para os árbitros e assistentes.

Desde 2014, uma das principais novidades do novo estádio é a setorização das arquibancadas, que passaram a ter cadeiras. Os lugares descobertos foram divididos em setores A, B, C, D, E e F. Nas sociais, o processo foi semelhante, havendo apenas a divisão entre "cobertas" e "tribuna". Também foram feitas obras de ampliação dos portões de entrada e saída de torcedores nas sociais, bem como a construção de um novo portão nas descobertas. O estacionamento para os ônibus das equipes visitantes também foi ampliado, e a rampa de acesso passou a contar com uma ligação com a entrada principal de veículos do estádio.

Um pouco da história

Em 1951, César Guinle, então prefeito de Nova Friburgo, doou uma área de 22.400 metros quadrados que lhe pertencia para que o Fluminense Atlético Clube – atual Friburguense - construísse seu estádio, batizado com o nome do pai de César. O estádio foi inaugurado em 16 de maio de 1954, num amistoso contra o Fluminense Football Club - vencido pelos cariocas pelo placar de 3 a 1. Desde então a praça desportiva foi palco de momentos memoráveis do futebol friburguense e Brasileiro.

Nos anos de 1954 e 1962, Nova Friburgo sediou a pré-temporada da Seleção Brasileira. Passagem que ficou marcada na história do estádio e na cabeça dos moradores da cidade. Os grandes jogos realizados atraíram um enorme público para as modestas arquibancadas do estádio. O recorde em jogo oficial ocorreu na partida entre Friburguense e Botafogo, pelo Campeonato Carioca de 1984. Pagaram pelos ingressos 12.689 espectadores.

Em 14 de março de 1971, dia em que o Fluminense Atlético Clube completou 50 anos de fundação, foi lançada a pedra fundamental que marcava o início da construção das atuais arquibancadas do estádio, que até então eram de madeira e ladeavam todo o campo. A conclusão das obras de construção das arquibancadas de alvenaria se deu da década seguinte.

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    Casa do Friburguense, o estádio Eduardo Guinle completa 70 anos de fundação este ano (Foto: Divulgação)

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    Um dos principais espaços esportivos da região, estádio passou por diversas reformas nos últimos anos (Foto: Divulgação)

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Sem jogo

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Maria circulava por aí. Todo santo dia, mil tarefas por fazer, atividades de não dar conta, alguma energia vital, e a vontade de fazer dar certo. Seu simples viver dentro da normalidade, a intrigava por uma razão: ela não conseguia compreender a razão de alguém sempre exigir-lhe recompensas por alguma coisa ou indagar-lhe sobre seus interesses pelos feitos. Ela sequer conseguia explicar, mas relatara o que lembrava.

Maria circulava por aí. Todo santo dia, mil tarefas por fazer, atividades de não dar conta, alguma energia vital, e a vontade de fazer dar certo. Seu simples viver dentro da normalidade, a intrigava por uma razão: ela não conseguia compreender a razão de alguém sempre exigir-lhe recompensas por alguma coisa ou indagar-lhe sobre seus interesses pelos feitos. Ela sequer conseguia explicar, mas relatara o que lembrava.

Certo dia, em seu trabalho, no executar normal de sua função, precisou se debruçar um pouco mais sobre algumas questões para entregar um resultado melhor a um cliente, cujo caso era menos rotineiro e mais complexo. O fez por dever de ofício, responsabilidade e intenção de solucionar a demanda. Ao terminar o serviço, aliviada e com sorriso no rosto, informou que tudo estava dentro da conformidade e finalizou a demanda. Eis que um colega, em sequência, indagou-lhe se aquele cliente era alguém importante a merecer tamanho empenho e exclamou que agora ele lhe devia um bom favor. Ela, que sequer havia pensado nisso, manteve-se calada e pôs-se a refletir.

Outro dia, ao se deslocar de carro, percebeu que o pneu estava furado. Encostou o veículo e em seguida, foi ajudada por uma pessoa do bairro que vinha logo atrás. Com o auxílio, sentiu-se aliviada e grata. Simpatizou-se com aquele que havia trocado seu pneu, e antes mesmo de perguntar como poderia retribuir a gentileza, ele afirmara em tom de brincadeira: “- Você me deve essa, vou aparecer para cobrar.” Rindo, ela respondeu que sim. E seguiu.

Coisas assim, aconteciam todos os dias, desde gestos brandos a propostas absurdas. Existir fazendo a coisa imputada como certa já lhe colocaria em posição de credora e também de desconfiança, afinal, qual a necessidade de dedicar-se tanto sem querer nada em troca? Começou a reparar, então, como parte da sociedade se coloca, talvez de forma inconsciente, sobre um tabuleiro de jogo, em que ganhar vantagens, dever favores, passar a frente, eliminar adversários, somar pontos passa a incorporar o cotidiano. Esse jogo, Maria, simplesmente, não queria jogar. Mas estava ali, exposta feito uma peça sem opção de não participar.

Ela queria que sentir gratidão bastasse, que dever comprometimento fosse o necessário e conviver com cooperação, harmonia, sensibilidade e responsabilidade fosse regra e não exceção. Sentiu-se a “estranha no ninho”, o “peixe fora d´água”, o “patinho feio”. E conformou-se. E resistiu. Segue circulando por aí e esforçando-se em suas mil atividades, sem interesses escusos. Prefere um olhar grato. E lhe basta.

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Sem iluminação pública

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

“No local onde moro, o Loteamento Bonfim, na Chácara do Paraíso, há um poste que está com a lâmpada queimada há exatos seis meses. Desde então, venho acionando a Prefeitura de Nova Friburgo para que seja providenciada a troca da lâmpada. Tenho vários protocolos registrados no setor de iluminação pública desde o dia 2 de agosto do ano passado, mas até hoje, não fui atendida. O último deles é o IP 765694799/23. Sou idosa. Tenho 78 anos e baixa visão e enfrento muita dificuldade para sair ou chegar em casa, à noite, devido a tamanha escuridão no local. Tenho medo de sofrer um acidente.

“No local onde moro, o Loteamento Bonfim, na Chácara do Paraíso, há um poste que está com a lâmpada queimada há exatos seis meses. Desde então, venho acionando a Prefeitura de Nova Friburgo para que seja providenciada a troca da lâmpada. Tenho vários protocolos registrados no setor de iluminação pública desde o dia 2 de agosto do ano passado, mas até hoje, não fui atendida. O último deles é o IP 765694799/23. Sou idosa. Tenho 78 anos e baixa visão e enfrento muita dificuldade para sair ou chegar em casa, à noite, devido a tamanha escuridão no local. Tenho medo de sofrer um acidente. Cansada de reclamar no setor de iluminação pública, recorri por último à Ouvidoria Geral da prefeitura, onde tenho um protocolo aberto desde 11 de janeiro. No dia 21 passado enviei uma mensagem para o WhatsApp da ouvidoria solicitando a troca da lâmpada, mas também não obtive nenhuma resposta. É preciso que a prefeitura tome uma providência urgente.” 

Maria Salette Huback 

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Glossário de renda variável III – FIIs

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

            Cá estamos, na terceira semana da nossa série de textos e com a certeza de que valeu a pena dedicar os últimos temas ao nosso Glossário de Investimentos. Caso não tenha acompanhado, este é o terceiro texto publicado com o intuito de democratizar o acesso aos conteúdos financeiros, elucidar e desmistificar seus papéis numa carteira de investimentos. Já conversamos sobre Exchange Traded Fund (ETF), Brazilian Depositary Receipt (BDR) e hoje chegou a hora de entender, de fato, o que são os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).

            Cá estamos, na terceira semana da nossa série de textos e com a certeza de que valeu a pena dedicar os últimos temas ao nosso Glossário de Investimentos. Caso não tenha acompanhado, este é o terceiro texto publicado com o intuito de democratizar o acesso aos conteúdos financeiros, elucidar e desmistificar seus papéis numa carteira de investimentos. Já conversamos sobre Exchange Traded Fund (ETF), Brazilian Depositary Receipt (BDR) e hoje chegou a hora de entender, de fato, o que são os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).

            Quando falamos em investimentos, os ativos imobiliários estão entre os mais populares no Brasil; o investimento imobiliário, aqui, é cultural. Afinal, quem nunca sonhou em construir/comprar um imóvel com o intuito de alugá-lo e obter uma renda mensal desse investimento? Parece uma estratégia infalível – e realmente pode ser quando o investidor tem uma série de imóveis e empreendimentos do setor –, mas o risco é enorme para quem tem pouco capital.

            Seguindo a linha de raciocínio da diversificação (você se lembra que este é um ponto fundamental para o sucesso e segurança da sua estratégia, não é mesmo?), vamos montar um cenário hipotético onde o investidor passou a vida trabalhando para construir seu patrimônio e agora tem um único imóvel como investimento. Seu objetivo? Gerar renda mensal. Dentro deste cenário, imagine que – por força do destino – o último inquilino saiu há dois meses e o proprietário ainda está sem ninguém interessado em alugar seu imóvel. Já é um contexto terrível para quem dependia dessa renda, mas quando chegou no quinto mês sem nenhum locatário o proprietário decide alugar mais barato e o retorno sobre o patrimônio já é mínimo. Por fim, agora existe alguém locando este imóvel, mas desta vez o inquilino é desrespeitoso, não paga o aluguel em dia, não cuida do imóvel, traz enormes desconfortos e o final desta história a gente já conhece: muita dor de cabeça e pouco dinheiro.

            Percebe o ponto que pretendo chegar? Hoje, meu intuito é te mostrar as possibilidades de investimentos imobiliários rentáveis e sem toda a burocracia da administração direta. Através do FIIs, você pode se tornar cotista de investimentos em imóveis de primeira linha com locatários de primeira linha. Já pensou em ser dono de um prédio inteiro locado para uma grande indústria farmacêutica? Ou talvez uma rede de galpões logísticos locados para centro de distribuição de grandes marcas, o que acha? Quem sabe, investimentos em uma rede de shoppings ou hotéis?

            Os Fundos de Investimentos Imobiliários são negociados em mercado de bolsa, com liquidez de dois dias úteis e distribuem mensalmente (em grande maioria), aos seus cotistas, os devidos proventos referentes aos aluguéis recebidos pelos imóveis alugados e já isentos de imposto de renda. Tudo isso dentro de normas e regulamentações específicas e auditadas pelas instituições responsáveis pelo bom funcionamento dos mercados, como as CVM e Ambima, por exemplo.

            Esses são os FIIs, complexos dentro de sua simplicidade. A ideia aqui, é fazer seu patrimônio gerar renda mensal (seja para custear seu estilo de vida, seja para reinvestir seu patrimônio) e ser corrigido pela inflação (além, é claro, de gerar valorização do seu investimento ao longo do tempo; exatamente como um imóvel, afinal, você está investindo em imóveis reais). Sem fazer disso uma recomendação de investimentos, sinto-me extremamente à vontade ao dizer que – pessoalmente – os Fundos de Investimentos Imobiliários são minha classe favorita de investimentos. Portanto, considere-os como parte de sua diversificação.

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O direito à morte é um direito à uma vida digna?

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Há quem suspire ao ler sobre a morte natural, com a diferença de poucos dias e horas, entre um e outro, de um casal de mais idade. A romantização da dor da perda – que não tem nada de romântico – apenas mostra que a ausência do outro, às vezes, é tão insuportável que chega a ser fatal.

Há quem suspire ao ler sobre a morte natural, com a diferença de poucos dias e horas, entre um e outro, de um casal de mais idade. A romantização da dor da perda – que não tem nada de romântico – apenas mostra que a ausência do outro, às vezes, é tão insuportável que chega a ser fatal.

Até que a morte os separe? Pois bem, existem pessoas que não seguem a esta lógica e escrevem verdadeiros romances na vida real. Afinal, quem é que nunca conheceu um casal que foi perdidamente apaixonado um pelo outro ao longo da vida e logo quando um dos cônjuges veio a falecer, o outro logo depois também morreu?

Eu acredito ter ouvido muitos desses casos ao longo da minha vida. Até mesmo de cônjuges que não sabiam da morte do outro, e logo depois vieram também a “descansar”. Entretanto, apesar de romantizarmos a morte em alguns momentos, a verdade é o que assunto ainda é um verdadeiro tabu em nossa sociedade.

De mãos dadas ao último adeus

Nos últimos dias, um caso chamou bastante atenção de todos. O ex-primeiro-ministro da Holanda, Dries van Agte e sua esposa Eugenie van Agt-Krekelberg optaram por uma eutanásia dupla e morreram de mãos dadas no último dia 5. Ambos tinham 93 anos de idade.

O ex-premiê holandês não tinha se recuperado plenamente de uma hemorragia cerebral, sofrida em 2019, que lhe deixara muitas sequelas, lhe afastando do público e de seu trabalho de militância. Sua esposa, optou por não viver sem o marido, ainda de acordo com a fundação criada por ela.

A Holanda foi um dos primeiros países do mundo a legalizar a eutanásia. Desde 2002, o procedimento é realizado quando o paciente está em sofrimento, sem perspectiva de alívio ou cura, e queira, por sua vontade própria, morrer de forma assistida e humanizada. Na prática, dois médicos precisam dar autorização, para que o procedimento ocorra.

A eutanásia dupla, em que casais optam por morrer juntos com assistência médica, passou a ser registrada a partir de uma revisão de casos ocorrida em 2020. Naquele ano, 26 pessoas passaram pelo procedimento. Em 2021, foram 32. E 2022, os registros aumentaram expressivamente para 58.

Além da Holanda, outros países como Bélgica, Luxemburgo, Colômbia, Canadá, Espanha, Portugal, Nova Zelândia e Argentina adotam a prática. O ato de não querer prolongar tratamentos que mantenham artificialmente a vida de pacientes por sintomas terminais e irreversíveis ainda é um tabu no Brasil.

Conflitos de direitos e interesses

O inferno, segundo os críticos, seria o destino de quem afronta o “tempo de Deus”. Já outras pessoas, tratam a prática com mais naturalidade, especialmente diante de casos em que a dor do paciente em estar más condições de saúde é quase como uma submissão a uma tortura física e psicológica.

Casos famosos não são difíceis de serem encontrados. O ex-comediante nordestino Shaolim e o ex-piloto de Fórmula 1, Michael Schumacher, sofreram lesão medular, e apesar de conscientes, nada podiam/podem fazer. Em outros casos, doenças irreversíveis como Esclerose Lateral Amiotrófica, que acometeu o ex-astrônomo, Stephen Hawkings, trazem dor ao paciente até a morte.

Apesar de parecer mais humano e coerentes que essas pessoas possam escolher não querer mais viver nestas condições, a prática não é legal no Brasil. As penas para quem causa a morte de um doente podem variar de dois a seis anos, quando comprovado motivo de piedade, a até 20 anos de prisão.

Na Constituição Brasileira, vivemos um embate entre “a dignidade da pessoa humana” e “o direito à vida”, trazendo à tona os debates sociais, religiosos e jurídicos sobre a prática no país. Para uns, a morte é parte inexorável da vida. E se as pessoas têm o direito de viver com dignidade sua própria morte, surge a necessidade de legislar sobre o morrer de forma digna.

Contudo, no Brasil, no artigo 5º de sua Constituição, o direito à vida prevalece como fundamental ao ser humano. Protege-se a vida mesmo quando o seu titular tenta tirá-la. Esse direito é garantido em todas as legislações modernas do mundo, como razão da existência do ser humano com capacidade de fruir de todos os demais direitos.

Um debate extenso, mas necessário

O que muitos julgam ser o contrário de “viver”, é na verdade, uma das etapas inevitáveis da vida pela qual todos nós passaremos. Apesar de não pensarmos no assunto com frequência, todos nós iremos um dia deixar de existir - ao menos num plano físico, a depender da sua crença. Morrer é inevitável.

Devemos continuar a entender que a medicina já não pode seguir o princípio de sustentar toda a vida humana de qualquer jeito, sem que demos a devida atenção à dignidade humana? Ou devemos entender que a permissão de morte de uma forma humanamente digna não pode ser levada em conta?

É importante esclarecer que não se deve confundir “morte digna” com nenhum método de suicídio. Afinal, o direito a viver de forma digna implica também no direito a morrer dignamente? Ao meu ver, não há nada que seja mais cruel que obrigar uma pessoa a sobreviver em meio a padecimentos oprobriosos, em nome de crenças alheias.

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Nova Friburgo recebe a primeira etapa regional do Estadual de Xadrez

        Nova Friburgo vai ser palco de mais um grande evento esportivo. A Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (Fexerj) realizará nos dias 23 e 24 de março a primeira etapa regional da competição estadual no município. O evento acontecerá na Oficina Escola de Artes, no antigo fórum, na Praça Getúlio Vargas, com o apoio das secretarias municipais de Esportes e Lazer, Cultura e Educação.

Nova Friburgo recebe a primeira etapa regional do Estadual de Xadrez

        Nova Friburgo vai ser palco de mais um grande evento esportivo. A Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (Fexerj) realizará nos dias 23 e 24 de março a primeira etapa regional da competição estadual no município. O evento acontecerá na Oficina Escola de Artes, no antigo fórum, na Praça Getúlio Vargas, com o apoio das secretarias municipais de Esportes e Lazer, Cultura e Educação.

        A competição é aberta a atletas credenciados e não credenciados, contando também com a presença de grandes jogadores do cenário estadual. As inscrições podem ser feitas através do sistema Sympla, com valores a partir de R$ 22,50. O regulamento completo está disponível na página da Fexerj na internet (https://fexerj.org.br/)

        Nova Friburgo tem uma longa tradição na prática do jogo de xadrez. O atual Clube de Xadrez Municipal de Nova Friburgo (CXMNF) é apenas mais uma página dessa história, que teve seu marco em 1927, com a inauguração do Clube de Xadrez, no Suspiro, patrimônio histórico, cultural e arquitetônico de nossa cidade.
         A organização é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação. A atual gestora da pasta, Caroline Klein, já conhecia o trabalho do professor Guilherme Silveira, através do projeto “Xadrez nas Escolas - A educação dá aos peões poderes de rei”. Ao assumir a secretaria e o espaço do antigo Colégio Cêfel, foi oferecido ao professor uma sala no espaço para a ampliação do trabalho, inclusive para toda a sociedade friburguense. O clube fica no Complexo Educacional Paulo Rónai, no antigo Colégio Cêfel, na Rua José Tessarolo dos Santos, antiga Baronesa, no Paissandu.

O jogo

        O xadrez é um jogo de tabuleiro, sendo também considerado como esporte. É disputado entre dois jogadores, utilizando-se um tabuleiro e 16 peças, sendo representadas por peões, torres, cavalos, bispos, um rei e uma rainha. Cada peça tem sua particularidade no modo de movimentar-se sobre o tabuleiro.

Ao peão, são apenas permitidos movimentos frontais, de modo que o primeiro movimento de cada peão pode abranger duas casas, os outros movimentos se restringem a uma casa à frente. Embora se movimente para frente, o ataque do peão sempre ocorre na diagonal. A torre pode correr, sem restrições de número de casas, para frente/trás/direita/esquerda.

        O cavalo realiza movimentos em “L” (duas casas em um sentido e uma casa em sentido perpendicular àquele), para qualquer direção. O movimento do bispo ocorre, assim como no caso das torres, sem limitação de casas, porém apenas no sentido diagonal. A rainha tem livre movimentação no jogo. O rei pode apenas ser movimentado de casa em casa, ainda que em qualquer direção do tabuleiro.
        A movimentação das peças, por parte dos jogadores, é feita a partir de estratégia bastante pensada. É por isso que se costuma usar o xadrez como analogia para quaisquer outras ações de estratégias, como as ações políticas, por exemplo.

  • Foto da galeria

    Guilherme Silveira é o coordenador do Clube de Xadrez Municipal de Nova Friburgo (Foto: Divulgação)

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    Jogo de tabuleiro, tradicional há vários anos, é fomentado com atividades e torneios no município (Foto: Divulgação)

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