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Faz sentido pra você?

sexta-feira, 28 de junho de 2024

            “A vida é um sopro”. Como essa frase faz sentido. Quando o “combo” reflexivo que envolve as dores das perdas, do medo do que poderia ter sido e não foi, da consciência de que a vida passa, de fato, muito rápido, que o tempo realmente não volta e que todos aqueles conselhos de avós que ouvimos quando crianças nada mais são do que a expressão da vida real com a qual invariavelmente nos deparamos, muitas vezes pensamos: precisamos ser felizes. Hoje.

            “A vida é um sopro”. Como essa frase faz sentido. Quando o “combo” reflexivo que envolve as dores das perdas, do medo do que poderia ter sido e não foi, da consciência de que a vida passa, de fato, muito rápido, que o tempo realmente não volta e que todos aqueles conselhos de avós que ouvimos quando crianças nada mais são do que a expressão da vida real com a qual invariavelmente nos deparamos, muitas vezes pensamos: precisamos ser felizes. Hoje.

            O conceito de felicidade é tão flutuante e complexo, quanto relativo. É típico imaginarmos que “com saúde está tudo ótimo”. Viver sem dor, não enfrentar um diagnóstico triste nem tampouco um tratamento difícil, estar com todas as taxas indicadas no exame de sangue em dia, vida transcorrendo perfeitamente, sem nenhuma enfermidade é, de fato, uma existência à beira de um oásis. Contudo, pergunto: basta ter saúde plena para que o indivíduo se sinta verdadeiramente feliz?

Quantas pessoas em perfeitas condições de saúde reclamam noite e dia da ausência de dinheiro, amor, da beleza, do dia cinza, do amigo que não respondeu à mensagem, do sapato que não comprou, daquilo que não fez e não tem, da comparação com todo mundo e sentem-se infelizes? A perspectiva é completamente diferente quando a pessoa encontra-se acamada, por exemplo.

            Uma pessoa feliz que vive em plena paz e harmonia, consegue direcionar mais energia a alguns setores de sua vida do que uma outra que viva o conflito todos os dias em sua vida. Há quem tenha tudo e sinta um vazio completo. Há quem não possua materialmente nada e se sinta preenchido de tudo o que faça sentido. Ser feliz é também uma escolha, cujo ponto de partida pode ser justamente agradecer por aquilo que já se tem. E não me refiro a coisas materiais, propriamente.

Qual seria o pacote ideal de desejos? Nesse universo compelido pelas redes sociais em que consumimos diariamente a felicidade alheia de forma escancarada, para todos os gostos, o desafio parece ser ainda maior. Se a metade vazia do copo, a razão daquele estado de espírito da tristeza for a falta do amor, a solidão, a sensação de distanciamento de um par para amar, com alguns cliques e a expressão do amor se fará na tela do celular ou do computador. Felicidade alheia. Se é a prosperidade o valor mais almejado da vez, também as redes sociais podem se encarregar de apresentar diversas formas de que o dinheiro não deixou de circular, de que as pessoas estão consumindo, investindo, viajando, realizando. Se basta o físico ideal, a aprovação no concurso, o acesso à determinada universidade, a aquisição e um carro novo, seja o que for, as redes sociais também podem fomentar o desejo e afastar o indivíduo da realidade da sua própria vida.

            No fundo, para muitos ainda há de chegar um dia em que se perceberá que a felicidade, aquela felicidade mesmo, com f maiúsculo, não se compra, não se posta, não se vende. Felicidade genuína não se faz com marketing. Se faz com experiências. Com sentimentos. Com o rastro de luz que carregamos conosco ao longo da nossa vida. Que as expectativas da sociedade não existem para serem necessariamente atendidas. Que não apenas em par é possível vivenciar e vivificar o amor. Dá para ser ímpar. E ser feliz! Amor próprio, sabe?

A felicidade real é a busca nem sempre sã, nem vã. Mas necessária. O ser feliz nem sempre é possível. Mas não há beco sem saída que resista a uma expectativa de felicidade. Felicidade não deixa de ser também uma escolha. É um ato político por si só. Que precisa ser vivido, e não noticiado. Isso faz sentido pra você?

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Carros na calçada

quinta-feira, 27 de junho de 2024

“Caminhar pelas calçadas da Rua Dom João IV, no bairro Cascatinha, virou tarefa praticamente impossível. Em vários trechos carros de oficinas mecânicas impedem rotineiramente a passagem de pedestres. Nem precisa de foto para mostrar essa irregularidade. No google maps é possível identificar essas infrações. Abriram recentemente outra oficina e o descaso continua. Vale lembrar que essa rua tem tráfego de ônibus e muitos carros, o que impede os pedestres de caminharem com segurança.

“Caminhar pelas calçadas da Rua Dom João IV, no bairro Cascatinha, virou tarefa praticamente impossível. Em vários trechos carros de oficinas mecânicas impedem rotineiramente a passagem de pedestres. Nem precisa de foto para mostrar essa irregularidade. No google maps é possível identificar essas infrações. Abriram recentemente outra oficina e o descaso continua. Vale lembrar que essa rua tem tráfego de ônibus e muitos carros, o que impede os pedestres de caminharem com segurança. Com os carros para conserto nas oficinas ocupando as calçadas, resta ao pedestre caminhar pela rua disputando espaço com os veículos em movimento. Isso é um absurdo e, o pior, não há fiscalização de trânsito aqui.” 

Marcos Paulo

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Escolha saúde

quinta-feira, 27 de junho de 2024

            Nos Estados Unidos a saúde do povo piora apesar dos avanços tecnológicos. Estatísticas são alarmantes. O que está ocorrendo com nossa sociedade? Veja alguns dados: O suicídio ultrapassou os acidentes de carro como causa número um de morte nos EUA. (American Journal of Public Health, vol. 102, issue 11, Nov 2012). Em 2012 soldados norte-americanos morreram mais por suicídio do que em combate. (www.stripes.com/news/more-soldier-suicides-than-combat-deaths-in-2012-1....)

            Nos Estados Unidos a saúde do povo piora apesar dos avanços tecnológicos. Estatísticas são alarmantes. O que está ocorrendo com nossa sociedade? Veja alguns dados: O suicídio ultrapassou os acidentes de carro como causa número um de morte nos EUA. (American Journal of Public Health, vol. 102, issue 11, Nov 2012). Em 2012 soldados norte-americanos morreram mais por suicídio do que em combate. (www.stripes.com/news/more-soldier-suicides-than-combat-deaths-in-2012-1.201440)

            Um terço dos empregados norte-americanos sofre de estresse crônico debilitante e mais do que a metade dos jovens entre 18 e 33 anos de idade experimenta um nível de estresse que os mantêm com insônia, sendo que muitos são diagnosticados com depressão e desordens de ansiedade. O The Wall Street Journal (5 Março 2013) com o título “Office Stress: His versus Hers”, mostrou que uma pesquisa com 1.501 adultos empregados, 54% deles disseram que recebem salários inferiores às suas contribuições profissionais, e 61% disseram que seu trabalho não oferece adequadas oportunidades para crescimento.

            Pesquisa chocante do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), mostrou que um em cada cinco estudantes entre 14 e 17 anos de idade apresenta TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. (The New York Times, 01 Abril 2013). E um estudo com residentes da cidade de Nova Iorque revelou que uma em cada cinco crianças entre 6 e 12 anos de idade têm sido diagnosticada com TDAH, depressão ou desordem bipolar. (New York Post, 25 Março 2013).

            Estudos têm verificado que o estresse favorece o surgimento de doenças sérias e que o estresse crônico tem um papel forte na progressão do câncer. (www.telegraph.co.uk, 15 de março de 2013). A doença do coração, que mata uma em cada quatro pessoas, também tem um componente forte de estresse na sua causa.

            Cerca de 11% de todos os norte-americanos na idade de 12 anos ou mais estão tomando medicamentos antidepressivos tais como fluoxetina, sertralina, paroxetina, etc. que são drogas sintéticas de resultados controversos. E segundo o CDC dos EUA (outubro de 2011, n.76) 23% de todas as mulheres norte-americanas nos seus 40 a 50 anos de idade, quase uma em cada quatro, toma antidepressivos.

            Fora isso, 6,4 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos de idade diagnosticadas com TDAH tomam Ritalina ou similares. (The New York Times, 1º de abril de 2013). Perto de 28% dos adultos norte-americanos têm problemas com bebida alcoólica, mais do que 90 milhões de pessoas hoje. Em 2011 cerca de 22 milhões usavam drogas ilegais como maconha, cocaína, heroína, alucinógenos e inalantes. (CNN, 8Set2011). Tudo em nome de sair do estresse.

            O que está acontecendo em nosso planeta? Porque a ciência médica não consegue reduzir nosso estresse? Por que com tanta informação não conseguimos felicidade? Por que tanta tragédia, violência, estresse, corrupção, miséria e morte?

            Nos anos 50 quando a sociedade era bem menos violenta, com menos competição perversa, melhor união familiar, as coisas funcionavam melhor, o estresse era menor. Práticas que podem reduzir o estresse de maneira importante incluem: vida no campo, menos acúmulo de bens e coisas desnecessárias, alimento natural, compartilhar em vez de competir, dividir com quem não tem em vez de poupar de forma egoísta, aprender a perdoar ao invés de agredir, desenvolver o sentido e significado espiritual para a vida.

            Você pode fazer isso. Pode escolher isso. E lembre-se: sua vida hoje depende das escolhas que você fez ontem. Sua vida amanhã depende das escolhas que você faz hoje. Escolha cuidadosamente o que você faz com sua vida hoje. Cuidado com o modelo e conceito mundano ou pós-moderno de felicidade, porque eles têm muita falsidade.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – doutorcesar.com.br 

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Brilhando novamente

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Projeto Solução conquista 15 medalhas em etapa da Copa Hajime de Judô

Mantendo a rotina de bons resultados a partir de um trabalho reconhecidamente importante, o Projeto Solução foi novamente destaque durante a 2° Etapa da Copa Hajime de Judô, realizada na Arena Olímpcia de Deodoro, na capital, no último fim de semana. Os pequenos atletas de Nova Friburgo conquistaram o total de 15 medalhas, sendo cinco de ouro, três de prata e sete de bronze. O projeto disputou nas categorias sub-9, sub-11, sub-13 e sub-15, na classes masculina e feminina.

Projeto Solução conquista 15 medalhas em etapa da Copa Hajime de Judô

Mantendo a rotina de bons resultados a partir de um trabalho reconhecidamente importante, o Projeto Solução foi novamente destaque durante a 2° Etapa da Copa Hajime de Judô, realizada na Arena Olímpcia de Deodoro, na capital, no último fim de semana. Os pequenos atletas de Nova Friburgo conquistaram o total de 15 medalhas, sendo cinco de ouro, três de prata e sete de bronze. O projeto disputou nas categorias sub-9, sub-11, sub-13 e sub-15, na classes masculina e feminina.

“Com boas performances este ano, resultado de treinos diários de segunda a sexta-feira, com dias em que se aprimoram as lutas de solo e outros em pé, o grupo tem se desenvolvido bastante tecnicamente”, avalia o professor Hespanha, idealizador e coordenador do Solução.

 Os atletas Gabriel Rangel, Ana Sophia Martins Féu, ambos do Sub-11; Wendel da Silva Mendes Oliveira, do Sub-13, e Lívia Comini e Natália Machado Moura foram os campeões em suas respectivas categorias de peso. O Projeto Solução tem funcionado, desde fevereiro deste ano, no Roqueano Social Clube, e as aulas acontecem na parte da tarde, sendo também oferecidas aulas de karatê.

 

Resultados do Solução

Gabriel Rangel Martins – Sub-11 - campeão

Ana Sophia Martins Feu – Sub-11 - campeã

Wendel da Silva Mendes Oliveira – Sub-13 - campeão

Lívia Comini – Sub-15 - campeã

Natália Machado Moura – Sub-15 - campeã

Paolla Rodrigues Martins – Sub-11 - 2° lugar

Manuella Martins Mafort – Sub-11 - 2° lugar

Rycharlyson de Carvalho Silva Ther – Sub-11 - 2° lugar

Luiz Otávio Pestana Nader – Sub-13 - 3° lugar

Alicia Nunes da Silva – Sub-13 - 3° lugar

Davi Oliveira de Souza – Sub-13 - 3° lugar

Milena Pinheiro da Conceição Azevedo – Sub-13 - 3° lugar

Kauan Nunes da Silva – Sub-9 - 3° lugar

Laís Silveira Heringer – Sub-9 - 3° lugar

Luíza Freze Nacre – Sub-9 - 3° lugar

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    Lívia Comini foi uma das medalhistas de ouro do Solução, na categoria Sub-15 (Foto: Divulgação)

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    Ainda no Sub-15, a jovem talento Natália Moura faturou o primeiro lugar (Foto: Divulgação)

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    Pequeno Gabriel Martins subiu ao lugar mais alto do pódio no Sub-11 (Foto: Divulgação)

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    Entre os meninos, no Sub-13, Wendel Oliveira se destacou e tornou-se campeão (Foto: Divulgação)

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    Ana Sophia Féu levou a medalha de ouro para casa na ca-tegoria Sub-11 (Foto: Divulgação)

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STF descriminaliza uso de maconha. Entenda o que muda

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Na última terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por sua maioria, pela descriminalização do porte de cannabis para o consumo pessoal. O julgamento foi concluído após longos nove anos de sucessivas suspensões. Por sete votos a quatro, a corte definiu que o usuário não poderá responder por crime.

Na última terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por sua maioria, pela descriminalização do porte de cannabis para o consumo pessoal. O julgamento foi concluído após longos nove anos de sucessivas suspensões. Por sete votos a quatro, a corte definiu que o usuário não poderá responder por crime.

No entanto, os debates do STF ainda trazem muitas dúvidas à população acerca do que foi decidido sobre o uso da maconha no Brasil. Não seria esta uma atribuição do Legislativo? Afinal, agora é permitido que toda e qualquer pessoa possa fumar livremente na rua sem uma punição?

Não é legalização

Fumar maconha continua sendo proibido em qualquer situação, e o porte da droga segue como ato ilícito. O cultivo da planta Cannabis Sativa e o seu fumo ainda continuam estritamente proibidos em todo o país. Nesse sentido, ao contrário do que muita gente imagina, a decisão do STF não busca autorizar que pessoas fumem livremente à rua.

O que mudou com a descriminalização é que o usuário (o consumidor) não poderá mais ser submetido a um processo criminal pelo porte da substância, como era anteriormente.  Agora, quem for pego com maconha para uso próprio deverá ser autuado por uma infração administrativa, que conta: com a apreensão da substância, advertência e ter que se submeter a cursos sobre os prejuízos da droga.

Com a decisão, o porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em público ou possuí-la. Mas as punições definidas contra os usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal. Em regra, o usuário só não poderá ser alvo de inquérito policial e nem será fichado.

Limites quantitativos

Apesar do STF ter decidido pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, os ministros ainda terão de fixar os critérios a serem seguidos pela Justiça em processos semelhantes, em especial, a quantidade que difere um traficante de um consumidor. Os critérios atualmente adotados pelo Judiciário são totalmente de cunho pessoal e subjetivo de cada policial, promotor e juiz. E muitas vezes, são levados em conta, os requisitos individuais da pessoa apreendida, como: o local onde mora (se é local de tráfico), sua cor, profissão, onde foi apreendido, idade, classe social e nível de estudo.

Nesse sentido, podemos dizer que nos dias atuais é muito mais provável que um usuário de drogas seja condenado à cadeia por morar na favela da Rocinha, do que haja condenação de um verdadeiro traficante no Leblon – mesmo que os dois possuam a mesma quantidade de droga.

Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber (que já se aposentou), Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia já fixaram como critério quantitativo para caracterizar o consumo pessoal em 60 gramas de maconha – aproximadamente 30 cigarros convencionais - ou seis plantas fêmeas. Já os ministros Cristiano Zanin e Nunes Marques sugerem 25 gramas. Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Dias Toffoli acham que essa definição cabe ao Congresso, ao Poder Legislativo ou à Anvisa.

No entanto, diante da falta de critérios objetivos ante a inércia dos órgãos competentes - sendo certo que a lei de drogas entrou em vigor em 2006 e até hoje não existe critério - os ministros devem buscar um meio-termo. Antes de a sessão ser suspensa na terça-feira, 25, a maioria sinalizou que concordaria em fixar em 40 gramas a quantidade que vão diferenciar o usuário de maconha do traficante até que o Congresso dê a palavra final sobre o assunto e estabeleça uma quantia através de lei.

Para evitar que o traficante se adapte às novas regras e se passe por usuário para driblar as autoridades, os ministros concordaram que caso existam outros elementos de prova na abordagem – como balança de precisão, caderno de anotações, material para preparo da droga, entre outros – deverão responder pelo crime de tráfico.

Ou seja, mesmo que uma pessoa, esteja na posse de uma quantia pequena de drogas, configurada uma mercancia ou o oferecimento à outra pessoa (ainda que gratuito) da Cannabis, resta configurado o tráfico de drogas, atualmente com uma pena mínima de cinco anos de prisão.

Enquanto a Alemanha descriminalizou a maconha em seu território, seguindo os passos de países como Holanda, Canadá, Uruguai, Portugal e alguns estados dos EUA, o assunto ainda continua sendo polêmico no Brasil e dividindo opiniões. Afinal, devemos nos inspirar nos países que mudaram suas leis ou mandar no nosso próprio nariz?

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Melhores cidades do Brasil

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Nova Friburgo não está entre as 100 melhores cidades do Brasil para se morar. Apenas dois municípios fluminenses fazem parte da lista feita pelo jornal Gazeta do Povo. Para chegar ao desafio de enumerar as melhores cidades brasileiras para se viver, o ranking considerou inúmeros indicadores das próprias prefeituras, dos governos estaduais e do Governo Federal, além de organizações do terceiro setor.  

Nova Friburgo reprovada 

Nova Friburgo não está entre as 100 melhores cidades do Brasil para se morar. Apenas dois municípios fluminenses fazem parte da lista feita pelo jornal Gazeta do Povo. Para chegar ao desafio de enumerar as melhores cidades brasileiras para se viver, o ranking considerou inúmeros indicadores das próprias prefeituras, dos governos estaduais e do Governo Federal, além de organizações do terceiro setor.  

Nova Friburgo reprovada 

Nova Friburgo, infelizmente, foi reprovada pela métrica do ranking para considerar um município como de excelência. Para atingir esse nível, deveria obter nota entre zero e dez, no mínimo, sete. Nenhuma surpresa, pois diversos outros rankings também mostram Nova Friburgo em queda e fora do seleto grupo das melhores cidades. Aliás, apenas 169 no Brasil atingiram a nota geral sete.  

Destaque: Carmo

Assim como em outros levantamentos, São Caetano do Sul (SP) ficou com o 1º lugar nacional. A surpresa ficou para os municípios fluminenses. Se Niterói sempre aparece como o melhor, neste ranking, o 1º lugar do Estado ficou com o município de Rio das Flores (25º do Brasil). Destaque ainda para o vizinho Carmo (51º nacional). Do RJ, apenas os dois aparecem entre os 100 primeiros. 

7º lugar no RJ

Nova Friburgo ficou em 355º na posição nacional como melhor lugar para se viver e em 7º lugar, considerando apenas os municípios fluminenses. O top 10 do Estado do Rio de Janeiro ficou assim: 1º Rio das Flores, 2º Carmo, 3º Comendador Levy Gasparian, 4º Niterói, 5º Petrópolis, 6º Vassouras, 7º Nova Friburgo, 8º Porciúncula, 9º Duas Barras e 10º Miguel Pereira. 

Ampla base de dados

O estudo sustenta que os principais critérios para uma vida de qualidade são os mesmos em qualquer lugar do mundo: um lugar seguro, com boa infraestrutura, hospitais e boas escolas, prosperidade econômica e emprego. Com tantas estatísticas disponíveis, no entanto, elas acabam sendo enganosas quando olhadas de forma isolada. Por isso, se compilou uma ampla base de dados, os mais atualizados de cada categoria, para identificar a melhor cidade para morar no Brasil.

Comparação

As estatísticas permitem a comparação direta entre os 5.570 municípios brasileiros. O levantamento da Gazeta do Povo inclui dez categorias diferentes, e utiliza um total de 21 indicadores. Alguns deles, por serem mais relevantes, ganharam peso maior no cálculo da nota final de cada cidade, como educação, taxa de homicídios, saúde, economia e infraestrutura, com peso 1,5. Expectativa de vida, mortes no trânsito, suicídios, cultura e famílias em situação de rua, por exemplo, tiveram peso menor.

Críticas

Uma das dificuldades do levantamento é que boa parte dos dados disponíveis se restringem às cidades com mais de 100 mil habitantes, ou seja, 316 dos 5.570 municípios brasileiros. Optou-se por retirar esses dados, o que impede uma análise aprofundada, trazendo prejuízo à comparação e beneficiando municípios menos populosos. 

Melhores rankings

A coluna, que acompanha vários tipos de rankings que comparam os municípios, avalia que, embora seja relevante, este ranking acaba não sendo o melhor balizador. Os dois melhores rankings, sem sombra de dúvidas, são o Índice de Cidades Sustentáveis e o Ranking de Competitividade entre os municípios. Ambos têm como base os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e são feitos anualmente. Geralmente são divulgados em agosto.     

Ficando para trás

No último índice de competitividade, que mede apenas os 410 maiores municípios do Brasil, Nova Friburgo ocupa a modesta 230ª posição nacional com nota geral de 49,08, onde zero é a menor e 100 a máxima. O município vem tendo quedas seguidas desde a 1ª edição do ranking, em 2020. Era o 124º do país naquele ano, caiu para 158º em 2021 e caiu para 194º em 2022. 106 cidades, portanto, nos ultrapassaram de lá para cá. A conferir os dados de 2024.

Em queda

Já no último ranking do Índice das Cidades Sustentáveis, Nova Friburgo atingiu a sua pior nota desde que o estudo foi criado, em 2015: 53,47, ocupando a 757ª posição do Brasil. Nova Friburgo foi superado por 225 municípios com relação ao ano anterior. A conferir os dados de 2024.

Destaques positivos

Pelo último índice, entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU, as melhores pontuações de Nova Friburgo foram: Água Potável e Saneamento Básico (86,98); Energias Renováveis (82,98); Ações Climáticas (89,16) e Vida Marinha (82,81), pontuações que indicam que o município vem atingindo as metas. Observa-se que todos estão ligados, em grande parte, à iniciativa privada. 

Destaques negativos

Já as piores pontuações e que indicam grandes desafios são os objetivos: Igualdade de Gênero (35,80); Indústria, Infraestrutura e Inovação (7,85); Produção e Consumos Sustentáveis (37,00); Proteção à Vida Terrestre (32,08); Paz, Justiça e Instituições Eficazes (38,92) e Parcerias para Implementação dos Objetivos (20,75).

 

Máfia das apostas no futebol

A Polícia Federal esteve em Nova Friburgo, nesta quarta-feira, 26, para cumprir mandados de busca e apreensão contra pessoas supostamente ligadas a manipulação de resultado em uma partida da Série D do Campeonato Brasileiro deste ano. A suspeita começou na CBF, por conta de estranheza no resultado do jogo Inter de Limeira 3 x 0 Patrocinense, no dia 1º de junho, em que os três gols aconteceram no 1º tempo, dois nos acréscimos, sendo um deles contra. Houve movimentação de apostas suspeitas sobre cravar mais de dois gols na 1ª etapa da partida. 

Jogo limpo

Mas qual o envolvimento de pessoas de Nova Friburgo? Segundo a investigação, determinada empresa com membros de Nova Friburgo, teria firmado parceria com um dos clubes e vários jogadores agenciados por ela foram contratados. A polícia apura a influência dessas pessoas, incluindo as de Nova Friburgo, no resultado da partida, o que pode levar a apuração de outros esquemas. Além de Nova Friburgo, a operação aconteceu em Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), São Paulo, Rio de Janeiro e Tanguá (RJ).      

 

Friburguense

Espera próxima do fim. Falta menos de um mês para o Friburguense, finalmente, voltar a campo para uma partida oficial. A última foi no dia 8 de novembro, pela terceirona, em Macaé. Vitória por 1 a 0. O resultado, no entanto, não foi suficiente para a classificação para as semifinais, sendo o Friburguense eliminado no saldo de gols, por um mísero gol.

Copa Rio

Portanto, após sete meses, o Tricolor Serrano voltará a campo no próximo dia 24, contra o América, no Eduardo Guinle. Partida válida pela primeira fase da Copa Rio, competição mata-mata, que dá vaga na Série D do Brasileiro ou na Copa do Brasil. Caso se classifique, o Friburguense enfrenta o Volta Redonda na segunda fase. 

Em preparação

Gerson Andreotti será o técnico e já treina a equipe Sub-20, que será a base do time que joga a Copa Rio e também a terceirona, prevista para iniciar em setembro. O principal objetivo do time é voltar à segundona no ano que vem. A tabela da competição ainda não saiu, mas é certo que manterá o formato do ano passado, igual ao da primeira e segunda divisão: 12 clubes se enfrentam em turno único, com os quatro primeiros avançando às semifinais.

Dois sobem

A diferença é que sobem para a divisão superior os dois primeiros colocados, portanto, os vencedores das semifinais. Dois clubes desistiram da competição e pediram licença: Barra da Tijuca e Goytacaz. Inusitadamente, dois semifinalistas do ano passado. Eles foram substituídos por Bonsucesso e Zinzane, 3º e 4º colocados, respectivamente, da quarta divisão. Aliás, foi a partir dessas desistências que o Friburguense, que não havia garantido vaga na Copa Rio, herdou um lugar na competição.

Participantes

Desta forma, disputarão a terceirona, além do Friburguense, os seguintes clubes: Nova Cidade, Macaé, Paduano, São Gonçalo, Pérolas Negras, Belford Roxo, São Cristóvão, Bonsucesso, Zinzane e os dois times rebaixados da segundona para a terceira, que disputam a competição no mesmo ano da queda. Neste momento, estariam caindo Serrano e Americano.  


Palavreando

“Dirão que coração gelado pulsa. Retruco: coração frio só sobrevive morto. Vivo mais do que nunca. Que se permita a aventura, a invasão do desconhecido, a finitude das coisas e, por isso mesmo, a entrega enquanto acesa a chama”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

 

#OMELHORFRIODORIO

Nossa melhor estação já vinha fazendo cartão de visita no outono. Mas agora é oficial: o inverno chegou com bruscas quedas de temperatura, especialmente, nos fins de tarde, perdurando até o amanhecer. As montanhas fazendo recortes no céu ou o céu recortado pelas montanhas são capturas deslumbrantes de fazer inveja. 

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No topo

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Kayque Xavier fatura título no Campeonato Estadual de jiu-jítsu

Kayque Xavier fatura título no Campeonato Estadual de jiu-jítsu

        Cada vez mais experiente e competitivo, o jovem Kayque Xavier segue escrevendo a sua história vitoriosa no jiu-jítsu. O atleta friburguense foi campeão estadual No-Gi (sem kimono) pela FJJ-RIO (Federação de Jiu-Jítsu do Estado do Rio de Janeiro), na categoria faixa preta adulto, peso pena, até 67,5kg. Além da conquista, ainda alcançou a 3ª colocação no absoluto (categoria sem limite de peso). O resultado foi conquistado nos últimos dias 15 e 16 de junho, durante evento realizado na Arena da Juventude em Deodoro, no Rio de Janeiro.

        Na semifinal, Kayque bateu o recorde pessoal de finalização mais rápida na faixa preta, com 21 segundos de luta. O friburguense venceu o adversário em uma botinha, superando a sua marcar anterior, de 23 segundos.

        “Gosto de um jiu-jítsu para frente, sempre em busca da finalização. Então, bater esse recorde pessoal foi muito importante para mim. Com essas duas medalhas completei 98 medalhas totais na carreira. Espero completar as 100 neste ano, se Deus quiser”, projeta.       

        Contando com Kayque, a equipe Cicero Costha, de Nova Friburgo, levou o total de 11 atletas para a competição. O grupo é liderado pelo professor Mario Júnior, que esteve no evento e fez a parte de coach dos alunos. Representaram a equipe na categoria No-Gi, os atletas Diogo Milhorance, Pedro Frossard, Rodrigo Braga, Samuel Salazar, Magno Soares, Gabriel Lopes e Leonardo Nepomuceno. Nesta categoria, a equipe ficou em 5º lugar na classificação geral por equipes.

        Já na categoria com kimono, Vitória Almeida, Ulisses Rafael e Heitor Rafael foram os representantes da equipe de Nova Friburgo. 

 

Duque na frente

Caxias bate América e lidera o Carioca da Série A2

        Com um gol de Nathan, o Duque de Caxias bateu o América por 1 a 0, na tarde do último sábado, 22, em Moça Bonita, e disparou na liderança da Série A2 Carioca. Com o triunfo, o Tricolor Caxiense chegou aos 14 pontos, quatro de vantagem para o Mecão, que segue na vice-liderança, com 10.

        Outro destaque é o Olaria, que segue reagindo na Série A2 Carioca e entrou no G4 da Taça Santos Dumont ao vencer a Cabofriense, por 2 a 1, no Elcyr Resende, em Bacaxá. Gutemberg e Macário anotaram os gols do Azulão, com Jones marcando o tento de honra da equipe da Região dos Lagos. Com o triunfo, o time da Rua Bariri subiu para 9 pontos, na 4ª posição, enquanto o Tricolor Praiano segue estacionado com 7 pontos, na 7ª colocação.

        Os demais jogos terminaram empatados. Petrópolis e Americano ficaram 1 a 1, no Atílio Marotti, na Cidade Imperial, pela 6ª rodada da Série A2 Carioca. Luiz Felipe abriu a contagem para o Cano, mas Juan Patrocínio empatou para os mandantes. O resultado foi ruim para ambos os clubes. O time da Região Serrana tem 4 pontos, na 10ª colocação, enquanto o Alvinegro Campista segue na lanterna da Taça Santos Dumont, com apenas 3.

        Também no Atílio Marotti, Serrano e Maricá ficaram no 1 a 1. Cleyton abriu a contagem para o Leão, mas Hugo Borges empatou para os visitantes. Com o resultado, o time da Cidade Imperial segue sem vencer na Série A2 Carioca, com 4 pontos, na 10ª colocação, enquanto o Tricolor Metropolitano está no G4, na 3ª posição, com 10 pontos.      Na outra partida, Araruama e Resende ficaram no 1 a 1, em Bacaxá. Adílio Dybala abriu a contagem para a Arara, mas Tanque empatou para o Gigante do Vale. Com o resultado, o time da Região dos Lagos entrou no G4, com 9 pontos, enquanto a equipe do Sul Fluminense foi para a 7ª posição, com 6 pontos.

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    Kayque volta a se destacar e acrescenta mais um título importante à sua trajetória (Foto: Divulgação)

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    Jovem friburguense no lugar mais alto do pódio: cena que se repete com frequência nos últimos anos (Foto: Divulgação)

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    Equipe Cícero Costha, com 11 atletas, representou Nova Friburgo, no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

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Andando de aplicativo no Rio de Janeiro

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Vai por mim: só fuzil pra dar jeito no Brasil

 

Motorista 1 – O revolucionário

Vai por mim: só fuzil pra dar jeito no Brasil

 

Motorista 1 – O revolucionário

            Olha aí, engarrafado de novo. Não tem mais dia, nem hora, nem lugar. Uma miséria. E os bacanas só roubando a gente, obra que é bom, neca de pitibiriba. Tá vendo algum guarda de trânsito? É ruim! Os carinhas lá de cima só querem faturar e, quando cansam de roubar com a direita, mudam de mão e começam a roubar com a esquerda. Haja banco suíço! E quem paga? O trabalhador, tá na cara. Já fui multado duas vezes na rodoviária no mesmo dia. Estava deixando passageiro, o guardinha achou que eu estava estacionado e me meteu a caneta. Ladroagem geral. 

Eu acho que só tem um jeito: é todo mundo pegar na metralhadora e liquidar essa cambada de ladrões. E quem ficaria no lugar dos que a gente matasse? Ah, meu senhor! Botava gente que não fosse ladrão. E se começar a roubar, igual aos que estão aí, a gente mata também. Mas brasileiro é tudo frouxo. Eu pegava na metralhadora e saia atirando. Uns frouxos!  Só correndo muito sangue é que o Brasil tem jeito. Olha na França: dizem que francês é tudo bicha, mas vê só: o governo pisa no calo do povo e eles vão pra rua, botam fogo em tudo. Mas no Brasil... Na minha opinião, só metendo bala pra acabar com essa ... Desculpa aí o palavrão.  Já vi que o senhor não é de pegar em arma, mas vai por mim: só fuzil pra dar jeito no Brasil. Até rimou!

 

Motorista 2 – O caladão

─ Bom dia!

─ Pode fechar a janela, por favor?

─ Prefiro ir pela praia, se não tiver problema para o senhor.

─ É aquele prédio ali na frente.

─ Obrigado, Bom dia de trabalho para o senhor. Vai com Deus.

BANG! (Porta do carro sendo fechada).

 

Motorista 3 - O otimista

Bom dia, doutor. Bom dia, madame. Tem uma retençãozinha ali na frente, mas é coisa só de dez, quinze minutos. Vinte talvez. Meia hora, no máximo.  Aeroporto?! Sem problema, o avião espera. Rá-rá-rá! Mais uma obra da prefeitura! É a Cidade Maravilhosa maravilhando ainda mais. O senhor vê, enquanto a gente espera liberarem a pista, a gente fica olhando essa beleza de mar, esse céu azul (se bem que hoje tá meio cinzento). E a mulherada, hein?! A madame me desculpe, mas o Rio tem a maior concentração de mulheres bonitas do mundo. Isso é fato verdadeiro e comprovado, tem até pesquisa americana. E o Cristo!? Só em olhar para o Cristo já ganhei o meu dia. Olha lá o bondinho. Nunca andei porque tenho medo, mas que é muito legal, ah, isso é. Assalto? Assaltado só fui uma vez. O cara abriu a janela, meteu um três oitão na minha cara e falou “passa a grana, cidadão!” Ainda teve a gentileza de me chamar de cidadão! É o Rio de Janeiro! Tá aí, chegamos. Corre que o avião ainda deve estar na pista. Vão com Deus, com São Cristóvão e com São Jorge. Ogum proteja o lindo casal! 

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Uma viagem para esquecer

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Retornamos a Friburgo na quarta-feira, 12 de junho e, pela primeira vez, desde que começamos a viajar, com um sentimento de que não era bem aquilo que queríamos. Uma viagem que a princípio pareceu-me bem planejada, foi na realidade um desastre. E de bom ficou a lição de que as próximas viagens terão de ser muito bem pensadas e só serem realizadas quando tivermos a certeza de que vale a pena.

Retornamos a Friburgo na quarta-feira, 12 de junho e, pela primeira vez, desde que começamos a viajar, com um sentimento de que não era bem aquilo que queríamos. Uma viagem que a princípio pareceu-me bem planejada, foi na realidade um desastre. E de bom ficou a lição de que as próximas viagens terão de ser muito bem pensadas e só serem realizadas quando tivermos a certeza de que vale a pena.

Muitas são as razões para a minha sensação de que comeu e não gostou, mas creio que a principal foi a minha falta de sensibilidade em não escutar as palavras sensatas de minha esposa, que achava que nossa idade já não mais permitia fazer o que pretendíamos. Quando se é jovem, ficar quatro a cinco dias num local e seguir em frente é fácil, a idade ajuda a espantar o cansaço natural de tal empreitada, que requer muitos deslocamentos de carro. Ainda mais, que em nossas últimas viagens, passamos a ter um ponto de apoio, com o aluguel de um estúdio ou apartamento e daí partir para visitar o que queríamos. Mesmo que fosse um pouco longe, na volta teríamos tempo de recarregar as baterias e partir para outro passeio. Foi assim que conhecemos a Itália, a Alemanha, a Suíça e outros que a memória agora me falha. Até na Córsega chegamos com nosso carro, atravessando o Mediterrâneo num Ferrie Boat. Acrescente-se ainda que o trânsito nas estradas europeias ficou pesado, tal é o número de caminhões que circulam por elas atualmente.

Além disso, nossa bagagem foi praticamente incompatível com o tempo que lá encontramos. Consultando o “clima tempo”, verificamos que a temperatura no velho mundo estava agradável, pedindo roupas de meia estação e verão. Claro está que roupas de inverno são sempre necessárias, pois o tempo pode mudar repentinamente e fazem falta. O problema é que na primavera, temperaturas invernais não são comuns e chegamos a pegar 8 graus de madrugada, com 15 a 16 durante o dia. Sem falar da chuva que se fez presente na maior parte do tempo em que estivemos em Portugal. Aliás, frio e chuva, ninguém merece. Os europeus estavam surpresos com as baixas temperaturas nessa época. E as inundações, principalmente na Alemanha e França, verdadeiras catástrofes. Na cidade de Ahrweiller, próximo a Bonn, a água chegou a cobrir o segundo andar de muitas casas e a devastação foi terrível.

A ida a Portugal se deveu ao sonho de tirar o visto D7, aquele que permite aos aposentados brasileiros de residirem na terra de Camões. O objetivo era conhecer algumas cidades e avaliar se seriam boas para se morar. Aí veio Vila Real, que foi um pesadelo. Aluguei um pequeno apartamento, pela Booking.com, cujas fotografias eram agradáveis. Nos deparamos com um estúdio no subsolo, sem janelas, na realidade eram dois basculantes, no alto da parede. Fomos obrigados a ficar com o aquecedor ambiente ligado o tempo em que estávamos lá, com muita chuva e frio, o que nos impedia de visitar o que quer que fosse. O carro ficou num estacionamento distante do estúdio, o que me desestimulou de fazer as viagens que tinha programado para visitar Braga, Viana do Castelo e Viseu. O bom da história é que morar em Portugal foi um sonho que passou.

Fomos a Caldas da Rainha, Óbidos, Nazaré, Peniche, Castelo Branco e, no início, Bragança. Cidades bonitas, com seu charme, mas não mais que isso. O que salva Portugal é o fato de ainda ser um país barato, na Europa. Exceto a gasolina que está pela hora da morte. Na França e Alemanha, além do combustível, supermercados, restaurantes e hotéis estão bem mais caros. Na realidade a Europa já era, pois foi invadida pelos imigrantes, principalmente árabes e asiáticos que descaracterizaram completamente a cultura local, não se adaptando e impondo o seu modus vivendi, na maioria das vezes incompatíveis com os hábitos europeus.

Um dos objetivos dessa viagem foi visitar nosso sobrinho que mora em Bonn, Alemanha, e que em 27 de fevereiro submeteu-se a um transplante de fígado. Ele tinha uma doença hepática congênita, que terminou numa cirrose e era a substituição do órgão ou a morte. Felizmente, tudo correu bem e com um mês e meio de cirurgia ele já estava em casa e em franca recuperação. Afinal foram 6 meses de hospitalização sendo que dois em coma ou estado semicomatoso. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, com 1,80m ele chegou a pesar 47 kg. Sua recuperação é uma realidade, a cada dia que passa ele está melhor, uma verdadeira dádiva de Deus.

Viajar agora só pelo Brasil ou América do Sul, mas com no máximo 20 dias fora. Mas, acho que o melhor mesmo é ir para Cabo Frio.

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A VOZ DA SERRA é fato, é foco, é firmeza na informação

terça-feira, 25 de junho de 2024

         Dizem que o enfrentamento do frio não é sopa, mas, contrariando o dito popular, o frio é sopa, sim, é caldo, é chocolate quente. O Caderno Z nos orienta a tirarmos o maior proveito dos dias frios, pois, “além da produção maior de melatonina, o frio ajuda a limpar os poros” e com isso, a pele ganha mais vigor. É possível diminuir inflamações nas juntas, “porque o clima frio atua como uma bolsa de gelo natural no corpo”. Durante o exercício físico, no frio, é mais fácil queimar calorias, o que faz com que o coração trabalhe mais, “permitindo mais circulação de sangue oxigenado...”.

         Dizem que o enfrentamento do frio não é sopa, mas, contrariando o dito popular, o frio é sopa, sim, é caldo, é chocolate quente. O Caderno Z nos orienta a tirarmos o maior proveito dos dias frios, pois, “além da produção maior de melatonina, o frio ajuda a limpar os poros” e com isso, a pele ganha mais vigor. É possível diminuir inflamações nas juntas, “porque o clima frio atua como uma bolsa de gelo natural no corpo”. Durante o exercício físico, no frio, é mais fácil queimar calorias, o que faz com que o coração trabalhe mais, “permitindo mais circulação de sangue oxigenado...”. Dizem também que o frio é melhor para dormir, mas, quando a cama está uma delícia, é hora de pular fora!

         Na alimentação, as sopas são as vedetes. O “Z” aconselha os caldos nutritivos como os de legumes, feijão ou lentilha, que “além de aquecer, fornecem vitaminas, minerais e fibras”. Outra sugestão muito interessante são as saladas quentes. Eu gosto delas até no verão. Investir em chás e infusões, (isso é comigo). O importante é variar as fontes de proteína e consumir alimentos ricos em vitamina D. Aliás, quando possível, uma exposição em ambientes ensolarados. As temperaturas mais baixas favorecem o cultivo agrícola de algumas espécies de frutas como ameixa, maçã e uva. A lavoura se beneficia, em especial, com trigo e cevada.

         Nas regiões tropicais, é o momento de fortalecer o solo e aumentar a irrigação em virtude das poucas chuvas. O período invernal requer ainda adaptação para alguns animais. O turismo nessa época também aumenta e isso é bom para a economia dos lugares onde o frio é mais intenso. Na verdade, eu sinto que o Caderno Z me mostrou tanta coisa boa que o inverno tem que eu até estou gostando dele e, agora, já o vejo com bons olhos. Diferente do verão, o outono e o inverno, produzem longos períodos sem chuva e o Cão Sentado, na charge de Silvério, faz um brado retumbante sobre o perigo das queimadas.

         A Defesa Civil alerta para risco “muito alto” de queimadas. Nada de fogueiras em locais não apropriados, nada de pontas de cigarro ou qualquer coisa que acenda os pavios da natureza. As orientações se estendem, inclusive, para os cuidados com a realização de churrascos e trilhas em dias de altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes, “pois essas condições favorecem a propagação rápida do fogo”.

         Que maravilha de ação solidária o Rotary Caledônia promoveu, angariando ajuda para as famílias gaúchas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O valor arrecadado de R$ 45.347,94 foi repassado ao Rotary de São Leopoldo do Sul. A doação está sendo usada para a compra de colchões e kits de higiene. A Casa da Amizade, do Rotary Clube Nova Friburgo realizou um chá desfile com “quitutes juninos” e a apresentação da coleção de inverno da Monthal, confecção friburguense. São 14 entidades assistenciais atendidas pela Casa da Amizade. O desfile, no restaurante Poivre Gourmet, contou com apoio de empresas e reuniu 130 convidados. Falando em desfile, nesta terça-feira, 25, até quinta-feira, 27, tem Fevest Trend 2024, no Country Clube: negócios, moda e tendências.

         “A Câmara de Vereadores de Nova Friburgo aprovou o projeto de lei, de autoria do Poder Executivo que institui no município a Lei Lilian Barreto de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Nova Friburgo”. Felicito a criação da lei que recebe o nome da inesquecível Lilian, pessoa colossal que conheci em sua atuação junto aos trabalhos da Fundação D. João VI. Seu legado merece ser perpetuado na prática de ações que promovam a preservação de nossos patrimônios. Em meados de 2014, em reunião na Praça do Suspiro, Lilian foi bem clara: “Não pode haver poluição visual a 500 metros da Fonte do Suspiro!” Pois bem, quando tem show no Suspiro, o palco é montado a menos de um metro. Ano passado, em maio, uma das colunas de sustentação do palco estava a um palmo da Fonte. Que seja a memória de Lilian Barreto a nossa “fonte” de inspiração para uma cidade mais atraente por seus patrimônios bem cuidados. E salve a Capela de Santo Antônio, completando 140 anos. Feliz Nova Friburgo!...

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