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Previdência privada: o guia definitivo para esclarecer suas dúvidas
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
O que é previdência privada?
Investimento com características de longo prazo, a previdência privada é direcionada a pessoas físicas com a necessidade de complemento de renda durante a aposentadoria.
Contudo, apesar de ser esse um dos objetivos mais comuns, a previdência também pode ser destinada a planejamentos de longo prazo sem a necessidade de geração de renda futura, como planejamento sucessório, por exemplo.
Como funciona?
Basicamente, aqui podemos separar a dinâmica em dois momentos antes de partirmos para a funcionalidade técnica.
O primeiro momento é o de acumulação, quando o contratante (investidor) se responsabiliza pelas contribuições mensais ao longo do prazo e de acordo com o valor definido no momento da contratação. Se você contratou um plano de previdência aos 30 e pretende se aposentar aos 65 anos, por exemplo, essa contribuição vai se estender ao longo desses 420 meses subsequentes à contratação. A partir daqui, chegamos no segundo momento, a renda: hora de começar a receber o benefício com características de renda mensal (ou, se for o caso, o resgate total do plano).
Partindo para a funcionalidade técnica, a previdência nada mais é do que um fundo de investimentos. A partir desse pressuposto, fique atento às estratégias adotadas pelo seu plano: podendo passar por títulos públicos, crédito privado, câmbio, juros ou, até mesmo ações e derivativos. Portanto, fique atento para não tomar uma decisão equivocada.
Taxas cobradas
- Administração: cobrança sobre o valor total investido;
- Performance: taxa facultativa, um fundo de investimentos pode fazer essa cobrança caso julgue necessário ser remunerado pela boa performance da gestão ativa;
- Carregamento: também facultativa, esta é uma cobrança percentual sobre toda aplicação realizada;
- Saída: ainda facultativa, a taxa de saída pode ser cobrada sempre que for solicitado algum resgate financeiro antes do prazo predeterminado.
Tributação
- PGBL: possibilitando o abatimento de até 12% da renda bruta tributável (como salário, por exemplo), este plano é recomendado aos contribuintes que fizerem a declaração completa de IR;
- VGBL: por não haver nenhuma possibilidade de incentivo tributário, este plano é recomendado para aqueles que declaram IR pelo modelo simplificado;
- Regressivo: base de cálculo atrelada ao tempo, as alíquotas podem variar de 35 a 10%;
- Progressivo: base de cálculo atrelada a volume financeiro, as alíquotas podem variar de 7,5 a 27,5%.
Contudo, dadas as circunstâncias individuais, eu não consigo te dizer o que é melhor ou pior, mas é importante saber que planos de previdência privada se encontram nas mais diversas estratégias e uma decisão equivocada pode trazer péssimas experiências. Portanto, busque o aconselhamento de um especialista (que, de fato, seja de confiança e não apenas mais um vendedor). A propósito, vale ressaltar, a regulamentação de fundos de previdência permitem a portabilidade e isso pode te salvar de um investimento ruim. Busque seus direitos, principalmente o de um futuro tranquilo.
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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