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Sinodalidade: conversão para mais missionários

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Parte 1

O Documento Final da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, aprovado integralmente pela assembleia, relata e impulsiona uma experiência de Igreja pautada na “comunhão, participação e missão”, com a proposta concreta de uma nova visão que subverte práticas consolidadas.

Parte 1

O Documento Final da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, aprovado integralmente pela assembleia, relata e impulsiona uma experiência de Igreja pautada na “comunhão, participação e missão”, com a proposta concreta de uma nova visão que subverte práticas consolidadas.

O Documento Final, aprovado em todos os seus 155 parágrafos, está publicado e não será objeto de uma exortação do Papa: Francisco decidiu que seja imediatamente divulgado para que possa inspirar a vida da Igreja. “O processo sinodal não se encerra com o término da assembleia, mas inclui a fase de implementação”. Envolvendo todos no “caminho cotidiano com uma metodologia sinodal de consulta e discernimento, identificando modos concretos e percursos formativos para realizar uma tangível conversão sinodal nas várias realidades eclesiais”.

No Documento, em particular, é solicitado aos bispos um compromisso intenso em relação à transparência e à prestação de contas, enquanto — como também declarou o cardeal Férnandez, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé — estão em andamento trabalhos para dar mais espaço e poder às mulheres.

Duas palavras-chave emergem do texto — permeado pela perspectiva e pela proposta de conversão —: “relações” — que é uma maneira de ser Igreja — e “vínculos”, no sentido de um “intercâmbio de dons” entre as Igrejas, vivido de forma dinâmica e, assim, para converter os processos. Justamente as Igrejas locais estão no centro do horizonte missionário, que é o próprio fundamento da experiência de pluralidade da sinodalidade, com todas as estruturas a serviço, em suma, da missão, com o laicato cada vez mais ao centro e protagonista.

E, nessa perspectiva, a concretude de estar enraizados em um “lugar” emerge com força no Documento Final. Também é particularmente significativa a proposta apresentada no Documento para que os Dicastérios da Santa Sé possam iniciar uma consulta “antes de publicar documentos normativos importantes”.

 

A estrutura do Documento

O Documento Final é composto por cinco partes. A primeira, intitulada: O coração da sinodalidade, é seguida pela segunda parte. Juntos, na barca de Pedro — “dedicada à conversão das relações que edificam a comunidade cristã e dão forma à missão na intersecção de vocações, carismas e ministérios”.

A terceira parte — Sobre a tua Palavra — “identifica três práticas intimamente interligadas: discernimento eclesial, processos decisórios, cultura da transparência, da prestação de contas e da avaliação”. A quarta parte — Uma pesca abundante — “delineia a forma como é possível cultivar, de maneira nova, o intercâmbio de dons e o entrelaçamento de vínculos que nos unem na Igreja, em um tempo em que a experiência de enraizamento em um lugar está mudando profundamente”.

Finalmente, a quinta parte — Também eu vos envio — “permite olhar para o primeiro passo a ser dado: promover a formação de todos para a sinodalidade missionária”. Em particular, observa-se que o desenvolvimento do Documento é guiado pelos relatos evangélicos da Ressurreição.

 

As feridas do Ressuscitado continuam a sangrar

A introdução do Documento (1-12) esclarece desde o início a essência do Sínodo como uma “experiência renovada daquele encontro com o Ressuscitado que os discípulos viveram no Cenáculo na noite de Páscoa”. “Contemplando o Ressuscitado” — afirma o Documento — “vislumbramos também os sinais de Suas feridas (…) que continuam a sangrar no corpo de muitos irmãos e irmãs, inclusive devido a nossas próprias falhas.

O olhar voltado ao Senhor não nos afasta dos dramas da história, mas nos abre os olhos para reconhecer o sofrimento que nos rodeia e nos penetra: os rostos das crianças aterrorizadas pela guerra, o choro das mães, os sonhos desfeitos de tantos jovens, os refugiados que enfrentam jornadas terríveis, as vítimas das mudanças climáticas e das injustiças sociais”.

O Sínodo, ao lembrar as “muitas guerras” em curso, uniu-se aos “repetidos apelos do Papa Francisco pela paz, condenando a lógica da violência, do ódio, da vingança”. Além disso, o caminho sinodal é marcadamente ecumênico — “orienta-se para uma unidade plena e visível dos cristãos” — e “constitui um verdadeiro ato de recepção adicional” do Concílio Vaticano II, prolongando sua “inspiração” e renovando “para o mundo de hoje a sua força profética”.

Nem tudo foi fácil, reconhece o Documento: “Não escondemos que experimentamos em nós dificuldades, resistências à mudança e a tentação de fazer prevalecer nossas próprias ideias sobre a escuta da Palavra de Deus e a prática do discernimento”.

 

O coração da sinodalidade

A primeira parte do Documento (13-48) se abre com reflexões compartilhadas sobre a “Igreja Povo de Deus, sacramento de unidade” (15-20) e sobre as “raízes sacramentais do Povo de Deus” (21-27). É um fato que, justamente “graças à experiência dos últimos anos”, o significado dos termos “sinodalidade” e “sinodal” tenha “sido mais bem compreendido e, ainda mais, vivido” (28).

E “cada vez mais, esses termos têm sido associados ao desejo de uma Igreja mais próxima das pessoas e mais relacional, que seja casa e família de Deus” (28). “Em termos simples e sintéticos, pode-se dizer que a sinodalidade é um caminho de renovação espiritual e de reforma estrutural para tornar a Igreja mais participativa e missionária, para torná-la, assim, mais capaz de caminhar com cada homem e mulher, irradiando a luz de Cristo.

Na consciência de que a unidade da Igreja não é uniformidade, “a valorização dos contextos, das culturas e das diversidades, e das relações entre eles, é uma chave para crescer como Igreja sinodal missionária”. Com o fortalecimento das relações também com as demais tradições religiosas, em particular “para construir um mundo melhor” e em paz. (continua na próxima terça-feira, 5 de novembro)

Fonte: Vatican News

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A VOZ DA SERRA é saudável e regenerador

terça-feira, 29 de outubro de 2024

         “O que te faz feliz?” – A pergunta está estampada no Caderno Z, abordando o tema Felicidade. Vinicius de Moraes exaltou a arte de ser feliz como aquela pluma que voa tão leve, mas tem a vida breve e precisa que haja vento sem parar. Metaforicamente, esse vento é o responsável para elevar os nossos anseios e valores. De minha parte, tanta coisa simples me traz felicidade, que eu seria injusta em destacar uma ou outra. Contudo, é justo que eu diga que “viajar’ no jornal A VOZ DA SERRA de fim de semana é um passeio e tanto, é uma volta ao mundo que me faz feliz.

         “O que te faz feliz?” – A pergunta está estampada no Caderno Z, abordando o tema Felicidade. Vinicius de Moraes exaltou a arte de ser feliz como aquela pluma que voa tão leve, mas tem a vida breve e precisa que haja vento sem parar. Metaforicamente, esse vento é o responsável para elevar os nossos anseios e valores. De minha parte, tanta coisa simples me traz felicidade, que eu seria injusta em destacar uma ou outra. Contudo, é justo que eu diga que “viajar’ no jornal A VOZ DA SERRA de fim de semana é um passeio e tanto, é uma volta ao mundo que me faz feliz. Para a doutoranda em psiquiatria e saúde mental, Maria Francisca Moura, “o conceito de felicidade pode ser discutido de formas distintas dentro da filosofia, psicologia, antropologia e psiquiatria”. Segundo suas dicas, percebemos que o mais importante é darmos atenção aos pequenos prazeres no dia a dia e “não fazer da felicidade uma obrigação”. É preciso valorizar as “sutilezas da vida”. Felicidade é um mosaico, um pedacinho aqui, outro ali... uma construção diária.

         Um diálogo entre a Monja Coen e o professor de felicidade, Gustavo Arns, colocou em foco ciência e espiritualidade e, segundo eles, “a busca por um estado de satisfação é um processo que envolve autoconhecimento, equilíbrio e capacidade de viver plenamente o presente”. Como cada pessoa é uma composição única, entendo que não há uma única receita para o mesmo objetivo. De acordo com a psicóloga Jayana Ferreira, “é possível cultivar um estado de bem-estar mesmo em meio às adversidades”. E explica: “A felicidade, longe de ser um estado contínuo, pode ser nutrida por pequenos gestos, pensamentos equilibrados e práticas saudáveis”. O equilíbrio emocional depende muito do que agregamos para o nosso dia a dia, principalmente “limitando o tempo de exposição a informações negativas...”. Tem que haver vigilância constante da energia.

         “Em tempos de crise”, Jayana reforça um aconselhamento: “É essencial comemorar as pequenas conquistas, não importa o que sejam. Esses momentos de celebração nos ajudam a manter uma base emocional mais forte e a nos sentirmos mais realizados”. Vale ressaltar ainda que “criar uma rotina que priorize o bem-estar e a manter-se conectado com pessoas queridas são estratégias eficazes para enfrentar adversidades com mais leveza”. Do lado ruim, tirar sempre um bom proveito.

         Eu costumo dizer que felicidade pode ser tanta coisa que é impossível alguém não encontrar um motivo para estar feliz. É certo que somos colocados diante de desafios que parecem distorcer os nossos propósitos para uma vida melhor. Em sua capa, o Caderno Z resumiu: “Felicidade não é um ponto final alcançado, mas um caminho que percorremos...”. Felicidade é desbravar esse caminho na plenitude de seu percurso.

         Pode parecer lúdico de minha parte, mas a natureza também encontra seus modos de ser feliz. E uma boa notícia é a proposta, já aprovada em primeira discussão na Alerj, para declarar todo o entorno do Rio Macaé como área de interesse turístico. “O rio, que nasce na Serra de Macaé de Cima, no Parque Estadual de Três Picos, em Nova Friburgo, percorre 136 quilômetros até a foz no Oceano Atlântico, no município de Macaé, passando por terras de Casemiro de Abreu”. As fotos de Henrique Pinheiro encantam!

         Vinicius Gastin é o nosso arauto das boas novas esportivas e nos informa que a felicidade também se esmerou para os botonistas do Friburguense, classificados em 3º lugar na disputa da Taça Rio do Futebol de Mesa, no terceiro fim de semana de outubro. Parabéns!  O esporte faz pessoas felizes, os que disputam os torneios e os que aplaudem. Felicidade é o que se vê nos rostinhos dos estudantes da rede pública de ensino, contemplados pelo projeto “De Olho no Futuro”, do Rotary Clube de Nova Friburgo. A ação social, coordenada pela eficiente e querida Marcia Carestiato, completa 21 anos de sua criação e tem feito uma diferença saudável na vida de muitas crianças e jovens.        Produzir a felicidade alheia é um modo eficaz de se conquistar a própria felicidade. E, voltando ao tema do Caderno Z, a pergunta que abriu esta viagem: “O que te faz feliz?”.

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O voo de Antônio Cícero

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Semana passada o poeta Antônio Cícero, com dignidade e determinação, voou para a eternidade. Com admiração pela sua vida e obra, dedico-lhe esta coluna como um modo de GUARDAR a beleza dos seus poemas, que inspiram tantas pessoas, não só as que escrevem, mas aquelas que vivem com ternura e buscam a sabedoria em cada momento dos seus dias.

***

Semana passada o poeta Antônio Cícero, com dignidade e determinação, voou para a eternidade. Com admiração pela sua vida e obra, dedico-lhe esta coluna como um modo de GUARDAR a beleza dos seus poemas, que inspiram tantas pessoas, não só as que escrevem, mas aquelas que vivem com ternura e buscam a sabedoria em cada momento dos seus dias.

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Adeus, Antônio Cícero! Adeus meu poeta a quem GUARDO ao ler e reverenciar suas poéticas palavras, tão bem escolhidas e escritas. Permito que suas doces ideias abracem as minhas que, timidamente, querem lançar voo sobre a folha de papel, o maior desafio para o escritor, e conquistar espaços sem finitudes.

Despeço-me de você com alegria e orgulho por tê-lo conhecido, inclusive pessoalmente, por passear descontraidamente sobre sua obra, por trazê-la aos modos como experimento meus dias, meus momentos. Por vê-lo acenar com simplicidade nos horizontes do meu imaginário. Por planar e dançar sobre seus pensamentos cheios de criatividade, singeleza e atualidade.

A ternura com que costurou cada um dos seus versos me mostra que a vida tem a lindeza de quem a toca com firmeza. Em sua poesia não vejo nem vencedores nem perdedores, mas encontro pessoas que buscam o encontro consigo mesmas.

Até mais ver, Antônio Cícero, vou lhe GUARDAR em toda minha infinitude, não em livros ou cadernos fechados, mas em meus pensamentos fluidos e esperançosos.

 

GUARDAR

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em um cofre não se guarda coisa alguma.

Em um cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por

ela, isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro

do que um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

para guardá-lo;

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarde um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar o que se quer guardar.

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Atropelamento na Av. Roberto Silveira tem vítima fatal

sábado, 26 de outubro de 2024

Edição do dia 26 e 27 de outubro de 1974

 

Manchetes 

Avenida Roberto Silveira tem vítima fatal - A Avenida Roberto Silveira voltou a registrar uma vítima fatal, dessa vez com o atropelamento de Regina Mafort do Amaral, 35 anos, viúva, residente em Córrego do Santo Antônio, em Barra Alegre. Ela também foi internada em estado grave no Hospital Santo Antônio e não resistiu aos graves ferimentos. Vítima de agressão foi medicado no P.U., Waldecir Bolete, 33 anos, morador de Conselheiro Paulino.

Edição do dia 26 e 27 de outubro de 1974

 

Manchetes 

Avenida Roberto Silveira tem vítima fatal - A Avenida Roberto Silveira voltou a registrar uma vítima fatal, dessa vez com o atropelamento de Regina Mafort do Amaral, 35 anos, viúva, residente em Córrego do Santo Antônio, em Barra Alegre. Ela também foi internada em estado grave no Hospital Santo Antônio e não resistiu aos graves ferimentos. Vítima de agressão foi medicado no P.U., Waldecir Bolete, 33 anos, morador de Conselheiro Paulino.

Niterói recebe Hilton Willeman Rosa - Antigo agente local do banco Comércio e Indústria de Minas Gerais em Nova Friburgo e, posteriormente, promovido para a agência daquele mesmo banco, em Petrópolis, o sr. Hilton Willemen Rosa assumiu a filial de Niterói do Banco Nacional S.A, hoje produto de uma fusão do ex- Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais com o Banco Nacional.

INPS: agência local da interpelação à Previdência Social - Promovido pela Superintendência Regional do INPS no Estado do Rio de Janeiro, sob os auspícios da Coordenação de Serviço Social, o INPS inicia, no dia 30, um curso de interpretação da Providência Social, com participação de empresas, associações de classe, entidades sindicais, profissionais liberais e seus segurados de um modo geral.

Telecomunicação em Nova Friburgo - Até 1⁰ de novembro será realizado em Friburgo o 1⁰ Encontro de Telecomunicação patrocinado pela Standart Elétrica, reunindo engenheiros especialistas no assunto que representam vários estados brasileiros. O encontro tem sede no Hotel Garllip.

Estudantes vão ao Paraguai - Estudantes friburguenses, com caravana chefiada pelo professor Délio Freire, seguem para o Paraguai onde passarão uma semana. Os estudantes são da Fundação Getúlio Vargas e ficarão hospedados em residências de outros colegas do colégio experimental mantido pela FGV, em Assunção.

Hélio Arantes obtém vitórias: júri absolve dois - Nos dois julgamentos realizados na última semana, o Tribunal do Juri absolveu os réus Ademar Moisés da Silva e Hilário Moreira da Silva. Autor na defesa de ambos os casos, o dr. Hélio Arantes conseguiu absolvê-los, por unanimidade, usando a tese de legítima defesa. Anunciava- se que o promotor de Justiça irá apelar da decisão por não concordar com o veredito dos dois casos.

 

Sociais  

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Maria Corrêa de Souza, Flesbão Cardoso, sr. Luiz Guilherme Rocha, Heloísa Helena, Sávio Júnior, José Simeão Vidal e Maria de Lourdes Araújo Barros (28); Cláudio Veiga do Valle, Hélio Moreira da Costa, Cláudio Bento de Mello, Acyrema Vassallo de Azevedo e Márcia Haiut (29); Julieta Polo e Ricardo Bento de Mello (30); Maria Cristina de Azevedo (31); Novembro - Leila Senegal, Alfredo dos Santos Spinelli, Maria Inês Macário, José Maria Coutinho Filho e Daniel Marques de Oliveira (1º); Márcio Gonçalves Pereira e Maria José Guimarães Vianna (2); Délio Freire e Valeska Namem (3).

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Bronze de valor

sábado, 26 de outubro de 2024

AFFM / Friburguense é terceiro lugar no Estadual Interclubes de Futmesa (da Regra 12 Toques)

Mais um resultado para colocar na recheada galeria de conquistas. A AFFM / Friburguense foi a terceira colocada da Taça Rio, competição equivalente ao 2º Turno do Campeonato Estadual Interclubes da Regra 12 Toques. O torneio foi realizado na sede do Botafogo Futmesa, no último final de semana, e consagrou o Vasco da Gama como campeão pela terceira vez.

AFFM / Friburguense é terceiro lugar no Estadual Interclubes de Futmesa (da Regra 12 Toques)

Mais um resultado para colocar na recheada galeria de conquistas. A AFFM / Friburguense foi a terceira colocada da Taça Rio, competição equivalente ao 2º Turno do Campeonato Estadual Interclubes da Regra 12 Toques. O torneio foi realizado na sede do Botafogo Futmesa, no último final de semana, e consagrou o Vasco da Gama como campeão pela terceira vez.

O tricampeonato cruzmaltino, com as participações dos ex-Frizão Marcus Vinicius e Rhaniery, foi alcançado com quatro vitórias e uma derrota. Como já havia vencido também a Taça Guanabara, em junho, o Vasco faturou o Estadual de forma direta. A segunda colocação ficou com o Fluminense. Além do terceiro lugar do Tricolor da Serra, a classificação final teve o América em quarto, Flamengo em quinto e União como sexto colocado.

Com mais essa conquista, o Vasco da Gama se isola como o maior vencedor da competição. Conquistou onze vezes o título, sendo o primeiro em 2003. O América possui seis títulos, e o Friburguense foi bicampeão em 2015-2016. A extinta equipe do Ginástico Desportivo, do Rio Comprido, foi bicampeã em 2012-13. Já Fluminense, Flamengo e União Futmesa buscam ainda seu primeiro título.

 

O jogo de Equipe

De acordo com o regulamento do Futmesa, cada equipe atua com quatro jogadores, que se enfrentam em quatro rodadas. A vitória em cada mesa vale três pontos e o empate, um. No final, a equipe que somar mais pontos vence o confronto.

O próximo desafio será o Campeonato Brasileiro Interclubes, entre os dias 15 e 17 de novembro, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. Além do campeão, Vasco, Friburguense, Fluminense e América representarão o Rio de Janeiro na competição.

 

Categoria Retrô

Além da Regra 12 Toques, outra competição recente movimentou o futebol de mesa estadual. Na sede da Fefumerj, no Grajaú TC, foi promovida da primeira edição do Torneio Retrô de Equipes. Um marco para a categoria vinculada à regra Dadinho. Ao todo, 11 equipes (7 clubes e 4 ligas) reuniram mais de 60 jogadores, entre titulares e reservas, durante mais de quatro horas de campeonato. Foram 220 partidas espalhadas em 20 mesas pequenas.

A uma rodada do final, três equipes disputavam o título. Flamengo, líder, América e a ABR, terceira colocada, tinham chances matemáticas de faturar o caneco. Melhor para o já líder Flamengo, que derrotou a LAB por 4 a 0 e terminou a competição com 24 pontos. Ao mesmo tempo aconteceu jogo entre América e ABR, confronto direto no qual o vencedor ainda poderia ficar com a taça, caso o Flamengo perdesse seu jogo. O empate em 2 a 2 beneficiou o clube rubro, que terminou com 21 pontos, contra 19 da Associação de Botão do Redondo.

Além do quarto lugar da LAB, compuseram a classificação final LIB (5°), Grajaú Tênis (6°), Humaitá (7°), Botafogo (8°), Fluminense (9°), Light (10°) e a Liga CZR (11°). A categoria Retrô ainda terá a final individual com os 16 melhores do ranking 2024, a ser disputada no dia 17 de novembro, na Loja Botão FC.

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    AFFM / Friburguense encerra o Estadual de Futmesa 12 Toques com a terceira colocação (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Tricampeonato do Vasco contou com a participação de botonistas friburguenses (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Movimento

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Torneio interno de Kata Hien Kan é promovido no Roqueano Clube

Uma iniciativa para coroar o trabalho feito durante semanas, transformando vidas e descobrindo novos talentos nos universos das artes marciais. O Torneio Interno de Kata Hien Kan foi realizado pelo Projeto Solução no último domingo, 20, no Roqueano Social Clube, em Olaria.

O evento contou com 62 participantes, reunindo crianças de Nova Friburgo, Bom Jardim e do Rio de Janeiro, que foram divididos por categoria de idade e faixa.

Torneio interno de Kata Hien Kan é promovido no Roqueano Clube

Uma iniciativa para coroar o trabalho feito durante semanas, transformando vidas e descobrindo novos talentos nos universos das artes marciais. O Torneio Interno de Kata Hien Kan foi realizado pelo Projeto Solução no último domingo, 20, no Roqueano Social Clube, em Olaria.

O evento contou com 62 participantes, reunindo crianças de Nova Friburgo, Bom Jardim e do Rio de Janeiro, que foram divididos por categoria de idade e faixa.

A ação foi realizada com o objetivo principal de proporcionar aos jovens a oportunidade de participar de um evento de competição esportiva e de conhecer praticantes de karatê de outras academias, motivando assim uma maior integração. O torneio buscou também avaliar o nível técnico dos alunos, e com isso, incentivá-los a treinar mais para buscar a evolução técnica.

“Um torneio de base como esse estimula os jovens a participar campeonatos maiores no futuro, proporcionando a possível descoberta de novos talentos do esporte”, destacam os organizadores.

Além dos benefícios esportivos, a prática do karatê estimula na formação do caráter ao ensinar respeito aos demais atletas, a disciplina, dentro e fora do dojo, o saber perder e ganhar, e conter o espírito de agressão. São valores da filosofia da arte marcial que os jovens irão levar para a vida toda.

“A nossa pasta entende que é importante apoiar projetos como esse, pelo ponto de vista educacional e disciplinar, mantendo o jovem longe das drogas e da violência. Nós apoiamos essas iniciativas através de subvenções, também em clubes como o Roqueano. Faremos tudo ao nosso alcance para que esse tipo de projeto aconteça cada vez mais. O nosso momento esportivo, em especial nas artes marciais, é muito próspero. Nesse sentido, apoiamos projetos sociais, e também criamos em 2023, o Bolsa Atleta, para ajudar diretamente ao atleta”, pontua João Victor Duarte, secretário de Esportes de Nova Friburgo.

Responsável pelas aulas e principal organizador do evento, o Shihan Sidi Gobbi é 6º Dan pela Confederação Brasileira de Karatê, e ensina a modalidade há 40 anos. Filho de Kyoshi Benedito Nelson, 1º faixa preta brasileiro, ele reforça a importância da prática para a transformação social da garotada.

“O esporte é muito importante para trazer saúde e movimento para as crianças, nesse mundo cada vez mais digital. Fora a questão da educação, que está contida dentro desses universos das artes marciais. O esporte faz essa integração, reunindo pessoas de várias classes sociais. E dentro dessas pequenas competições, podem surgir grandes campeões. Em Nova Friburgo temos duas opções que oferecem o Karatê: o Projeto Solução, às terças e quintas-feiras, das 15h às 17h, no Roqueano, de forma gratuita, ou na Acquafitness, nos mesmos dias, a partir de 18h. A idade mínima para começar é de sete anos”, resume o Shihan Sidi Gobbi.

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    A participação feminina também foi destaque durante o evento no Roqueano. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Shihan Sidi Gobbi exaltou a prática do karatê, destacando os seus benefícios esportivos e sociais. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    O torneio contou com premiação e outras atrações: dezenas de crianças participaram. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    O Rio de Janeiro volta a ter um representante na Série B do Campeonato Brasileiro. E, desta vez, não por conta da queda de um dos grandes clubes do Estado. O Volta Redonda sagrou-se campeão da Série C do Campeonato Brasileiro. O time fluminense derrotou o Athletic por 2 a 0, no sábado, 19, pelo jogo de volta da final, na Arena Sicredi, em São João Del-Rei. Como já havia vencido por 1 a 0 na ida, o Tricolor de Aço garantiu o título da competição nacional, de forma inédita. Os gols do Voltaço foram marcados por PK e Bruno Santos. Além de Volta Redonda e Athletic, Ferroviária-SP e Remo-PA subiram de divisão e jogarão a Série B, em 2025. (Foto: Pamela Torres)

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Mosaico

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A vida é um mosaico de experiências, onde cada peça, cada cor, representa momentos de alegria, tristeza, desafios e superações. A jornada é repleta de obstáculos, e a verdadeira essência da humanidade reside na capacidade de se reerguer, mesmo quando as circunstâncias parecem insuperáveis. Superação não é apenas um ato de coragem; é um processo transformador que nos molda, nos ensina e nos prepara para novos horizontes.

A vida é um mosaico de experiências, onde cada peça, cada cor, representa momentos de alegria, tristeza, desafios e superações. A jornada é repleta de obstáculos, e a verdadeira essência da humanidade reside na capacidade de se reerguer, mesmo quando as circunstâncias parecem insuperáveis. Superação não é apenas um ato de coragem; é um processo transformador que nos molda, nos ensina e nos prepara para novos horizontes.

Imagine uma planta que brota em meio às fendas de uma calçada. Esse pequeno ser, apesar das adversidades, busca a luz, a água e, com resiliência, se ergue. Assim como essa planta, muitos de nós enfrentamos dificuldades que nos parecem intransponíveis. Perdas, doenças, crises financeiras ou emocionais são parte do caminho. No entanto, é na adversidade que descobrimos a força que reside dentro de nós.

A superação faz parte de uma jornada contínua da vida. Não se resume a um ato isolado e nem é o destino. Aprender a lidar com a dor é um dos maiores desafios, mas é também uma das maiores lições que podemos ter. O sofrimento, embora difícil, pode nos ensinar sobre compaixão, empatia e a importância das conexões humanas.

Histórias de superação são frequentemente contadas em livros, filmes e palestras inspiradoras. Elas nos lembram que não estamos sozinhos em nossa luta. Pense em figuras como Nelson Mandela, que passou anos encarcerado, mas emergiu como um símbolo de paz e resistência. Ou Malala Yousafzai, que, após um atentado, dedicou sua vida à luta pela educação das meninas em todo o mundo. Essas narrativas nos mostram que a superação é possível e que cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção de um futuro mais esperançoso.

Contudo, é essencial entender que a superação não implica em ignorar a dor ou os sentimentos negativos. O primeiro passo para se erguer é reconhecer e aceitar a situação. É preciso dar voz ao que sentimos, permitir-se chorar, lamentar e, eventualmente, encontrar o caminho para a cura. Ignorar a dor pode levar a uma estagnação emocional, enquanto enfrentá-la é o que nos permite seguir em frente.

O apoio da comunidade e das pessoas ao nosso redor é fundamental nesse processo. Às vezes, a superação é um esforço coletivo. Amigos, familiares ou grupos de apoio podem oferecer a mão que precisamos para nos levantar. A vulnerabilidade de compartilhar nossas lutas é, paradoxalmente, uma fonte de força. Ao nos abrirmos para os outros, encontramos empatia e compreensão, e percebemos que nossas experiências, embora únicas, ressoam com a vida de muitos.

Não nos esqueçamos, pois, que somos indivíduos, únicos, embora a vida gregária seja elementar para moldar quem somos. Comparar nossa jornada com a de outras pessoas pode ser desanimador. O que pode parecer uma pequena vitória para alguém pode ser um grande feito para outra pessoa. A superação é uma experiência íntima e pessoal, e devemos honrar nossos próprios progressos, independentemente de quão pequenos eles possam parecer.

Em última análise, a superação nos ensina que a vida é feita de ciclos. Assim como a noite cede lugar ao dia, nossos momentos de dor podem se transformar em momentos de alegria. Cada desafio traz consigo uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Ao olharmos para trás, percebemos que as dificuldades que enfrentamos moldaram nosso caráter e nos tornaram mais fortes.

Portanto, ao enfrentarmos os altos e baixos da vida, lembremo-nos de que a superação é possível. Em cada queda, há uma lição; em cada desafio, uma oportunidade. Que possamos sempre encontrar a coragem de nos reerguer e a sabedoria para ajudar outros em suas jornadas. Juntos, construímos uma tapeçaria rica em histórias de resiliência, amor e superação.

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Alerta

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Secretaria da Mulher se une a times do Rio na prevenção à violência contra mulheres

Secretaria da Mulher se une a times do Rio na prevenção à violência contra mulheres

Com cinco títulos mundiais, o Brasil é um dos países que mais forma atletas no mundo, sobretudo pela existência dos times de base, que já sabem desde o início que não basta treinar somente o físico. Formar atletas conscientes e seguros de quem são também faz a diferença. Por isso, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria da Mulher e os times Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, firmaram parcerias para levar aos atletas das categorias de base palestras do Serviço de Educação e Responsabilização do Homem (SerH), vinculado à secretaria.

“O SerH é um programa que tem como objetivo a efetivação da Lei Maria da Penha em sua integralidade, trazendo os homens para este movimento, que deve ser coletivo, de prevenção e enfrentamento às violências contra meninas e mulheres. Estamos muito felizes por termos esses novos parceiros, conscientes de seus papéis na sociedade e na formação de seus atletas”, afirma a secretária estadual da Mulher, Heloisa Aguiar.

Nas conversas com os jogadores, foi mostrado como o uso da violência é prejudicial para todos os envolvidos, além de incentivar que os homens estejam lado a lado das mulheres, como aliados, atuando de forma respeitosa. Para o coordenador do SerH, Paulo Sarcon, para prevenir a violência contra a mulher, é preciso alcançar os jovens. Nesse caso, estar nos Centros de Treinamento se torna um importante caminho para levar essa mensagem.

“Fizemos um diálogo sobre o processo de construção da masculinidade e como nós aprendemos a ser homens, sendo sempre pautados, por conta do machismo, a afirmar a masculinidade por meio da violência. Esses processos não são naturais, eles são aprendidos. Dessa forma, é possível que os homens aprendam a ter um comportamento não violento”, explica Paulo.

O treinador do sub-17, Eduardo Zuma, destaca que, além da preparação física, é necessário trazer diálogos importantes, como o exercício das masculinidades para a formação do caráter. “O desempenho faz parte da carreira deles, mas, antes de jogar futebol, os atletas são pessoas que precisam se formar dentro e fora de campo. Acredito que a prevenção é o melhor remédio para tudo. Assim como prevenimos lesões físicas, também podemos prevenir problemas nos relacionamentos, para que eles se conscientizem e tomem boas decisões”, afirma Zuma.

O SerH é um programa que visa a garantia da efetivação da Lei Maria da Penha na sua integralidade, trazendo os homens para este movimento, que deve ser coletivo, de prevenção e enfrentamento às violências contra meninas e mulheres, a partir de três eixos de ação: responsabilização, prevenção às violências e promoção do cuidado.

O eixo de promoção do cuidado visa que o homem esteja lado a lado das mulheres, como aliados, em campanhas de conscientização e mobilização, como a campanha do Laço Branco, no Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, e outros.

O programa também estimula que os municípios implantem a metodologia dos grupos reflexivos para homens, recurso previsto na Lei Maria da Penha, além de promover capacitação técnica para os profissionais que atuarão como facilitadores.

No eixo da responsabilização, são previstos grupos reflexivos nas unidades prisionais a partir de um Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria da Mulher e a Secretaria de Administração Penitenciária.

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    Palestras reuniram atletas das categorias de base dos grandes clubes do Rio (Divulgação Governo do Estado RJ)

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    SerH visa a garantia da efetivação da Lei Maria da Penha na sua integralidade (Divulgação Governo do Estado RJ)

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A verdade pode curar sua mente

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Nossa mente é enganosa. No mais profundo dela existe uma mistura de verdade e mentira. Saúde mental é um progressivo buscar ser verdadeiro consigo mesmo. Numa ficha (uma moeda) norte-americana dos AA – Alcoólicos Anônimos, dada aos membros do grupo por conquistas sobre evitar o primeiro gole, tem a frase: “Para que seu próprio eu seja verdadeiro”. Você é verdadeiro consigo mesmo?

Nossa mente é enganosa. No mais profundo dela existe uma mistura de verdade e mentira. Saúde mental é um progressivo buscar ser verdadeiro consigo mesmo. Numa ficha (uma moeda) norte-americana dos AA – Alcoólicos Anônimos, dada aos membros do grupo por conquistas sobre evitar o primeiro gole, tem a frase: “Para que seu próprio eu seja verdadeiro”. Você é verdadeiro consigo mesmo?

A verdade pode nos libertar do que nos prende em ansiedade, medo, culpa, tristeza, remorso, vergonha. Não é a verdade da tradição, mas da essência dela mesma. Se coloca muita tradição humana acima da pureza da verdade. Mas só existe cura na verdade, do corpo (biológica), da mente (psicológica), do espiritual (transcendental).

A psicoterapia é um procedimento praticado por psicólogo ou psiquiatra formado e treinado em atendimento psicológico, onde se usa diálogo técnico em busca da compreensão da verdade que produz o sofrimento mental que levou a pessoa ao atendimento.

Geralmente as verdades que causam dor mental (tristeza, medo, angústia, vergonha, insegurança, pânico, entre outros tipos) estão mais no campo da mente inconsciente do que da consciente. Por isso, pessoas cultas ou não, num atendimento psicológico dizem: “Não sei por que estou sofrendo isso!” Por que não sabe? Porque a verdade está ainda na mente inconsciente.

Por isso, especialmente na técnica de psicoterapia chamada “psicoterapia de base analítica” a meta principal, além de oferecer acolhimento, empatia, não julgamento, o profissional vai procurar ajudar o cliente a ver como trazer a verdade que está no inconsciente dele para a compreensão consciente na ideia de que conhecendo a verdade sobre seus sofrimentos, se dá grande passo para a liberdade dos mesmos.

Mas existe um requisito básico para que a saúde mental surja: querer conhecer sua verdade pessoal. Isso significa ir acabando com suas mentiras, seus autoenganos, sua ignorância sobre si. É incrível como que homens e mulheres de poder na sociedade procuram uma forma de acusar injustamente os que são do bem por não desejarem a verdade, permanecendo na mentira por causa dos benefícios mundanos da corrupção.

A cura de uma nação, Estado, Município, igreja, sociedade secreta, de certas empresas cheias de conflitos de interesses com poderes sociais, só se dá através da procura, admissão e decisão de praticar a verdade mesmo perdendo fama, dinheiro, poder.

Será que vale à pena ganhar tudo, menos a verdade? Nós, seres humanos, somos os animais que mais enganam a si mesmos e mais ferem as leis naturais, seja pela comida não nutritiva, consumo de bebidas tóxicas, abuso do corpo, obsessão pelo poder econômico, fissura por romance e sexo, acúmulo material egocêntrico, competição, mentira na execução do poder público, fora outras lesões. A Natureza não destrói a si mesma a não ser que seres humanos perturbem o funcionamento ecológico. Mesmo assim, o que ela faz é tentar preservar a vida. Quando você quiser, pesquise sobre a diferença entre morte por necrose e morte por apoptose. A primeira é doentia e visa só destruir. A segunda existe para tentar preservar o que for possível para a vida.

A verdade vencerá independente dos que exercem o poder para acabar com ela ou distorcê-la. Ela anda tropeçando em tribunais, em gabinetes políticos, em comissões de denominações religiosas que fogem da verdade e adotam a tradição como suprema, e na mente humana dominada pelo erro. Nada destrói a verdade. Por isso é importante que a tenhamos em nosso ser, relacionamentos, caráter. Se você quer a verdade e a busca diariamente para aplicá-la na vida, ela vai mostrando suas mentiras favorecendo que seu próprio eu vá passando a ser verdadeiro. Esse é o caminho da cura mental.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Seguro desemprego em risco?

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Quando precisamos equilibrar nossas contas, há duas maneiras didáticas e bem delineadas para se fazer isso: ganhando mais ou gastando menos. Ao contrário do que pensem, não há uma formula mágica que nos permita enriquecer do dia para noite. Caso não adotemos uma destas alternativas, a nossa conta fechará no vermelho.

Quando precisamos equilibrar nossas contas, há duas maneiras didáticas e bem delineadas para se fazer isso: ganhando mais ou gastando menos. Ao contrário do que pensem, não há uma formula mágica que nos permita enriquecer do dia para noite. Caso não adotemos uma destas alternativas, a nossa conta fechará no vermelho.

Em se tratando da mesma teoria aplicada a patamares maiores, como um governo, a ideia é a mesma: arrecada-se mais ou gasta-se menos. Descobriram que se gasta muito com os desempregados no Brasil.  O seguro-desemprego atualmente paga o valor de R$ 45 bilhões aos desempregados em todo o país.

 

Possíveis cortes

Este deveria ser motivo de orgulho, não? É esse dinheiro que socorre o orçamento de milhões de pessoas quando perdem seus empregos. É o que eu penso, afinal gasta-se com tanta besteira nesse Estado. Questiono-me se realmente o peso das contas da União está com quem possivelmente não ganhará um único real no próximo mês.

No entanto, a revisão das regras do seguro-desemprego é uma das alternativas estudadas pela equipe econômica para apertar os cintos e conter os gastos do governo. Um pacote de medidas deve ser apresentado, depois do segundo turno das eleições municipais, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Uma outra corrente defende uma mescla entre o fim do seguro-desemprego para as faixas salariais mais altas e o desconto da multa do FGTS para os grupos com rendimentos intermediários. Em tese, a nova proposta atingiria só trabalhadores que ganhavam mais de quatro salários mínimos (R$ 5.648).

Num exemplo hipotético, um trabalhador “milionário” demitido sem justa causa, recebe R$ 6.900 por conta da multa sobre seu FGTS, pagos pelo seu ex-empregador – fora as demais verbas rescisórias. Recebe também, cinco parcelas de seguro desemprego, no valor de R$ 2.300, pagos pelo governo, no total de R$11.500.

De forma resumida, o desempregado perceberia para si um total R$ 18.400 ao longo de cinco meses, sendo parte pelo governo e parte pelo ex-empregador. No entanto, o governo pretende surfar e conseguir alguns descontos para o pagamento ao desempregado.

Com o projeto da equipe econômica, este desempregado ficaria só com duas parcelas do seguro-desemprego. O valor recebido a título da multa de 40% sob o FGTS depositado (R$ 6.900) seria subtraído da responsabilidade do governo em pagar o seguro desemprego (R$ 11.500). Nesse sentido, o desempregado receberia apenas R$ 4.600 do governo.

Com a mágica, o governo economizaria R$ 5,6 bilhões por ano. A mágica em cima dos desempregados vem sendo cozinhada pela equipe econômica e depende da aprovação do presidente da República. É difícil que prospere, mas abre os olhos de todos. Toda vez que o governo pensa em morder o andar de cima, fracassa, mas quando pretende morder o andar de baixo, consegue.

No entanto, no meio de tantas análises, uma em especial, chama  atenção. Nesse bloco de “bilionários trabalhadores” (que ganham até R$ 2.824), estão apenas 23% dos beneficiários do seguro-desemprego, representando o custo de R$ 15 bilhões. Apenas 0,66% deles ganhavam acima de dez salários mínimos.

Na prática, isso significa que um grupo está recebendo uma parcela maior do total de gastos do que sua representatividade em relação à quantidade de segurados. Em linhas gerais, quem recebe salários mais altos e possui mais condições de ser manter, vem concentrando os maiores valores pagos pelo Estado.

Já diria George Orwell, em seu livro A Revolução dos Bichos: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros”. Em meio aos supersalários de servidores públicos do Estado, auxílios para todo lado e penduricalhos dentro dos governos, é lamentável que a ideia de começar por quem mais precisa seja a alternativa pensada pela equipe econômica

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