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Grandes esperanças na Prefeitura de Friburgo

sábado, 02 de novembro de 2024

Edição de 2 e 3 de novembro de 1974

Manchetes 

Edição de 2 e 3 de novembro de 1974

Manchetes 

Grandes Esperanças - O prefeito Amâncio Azevedo reuniu os funcionários da prefeitura na última semana. O motivo da reunião foi a punição de um servidor que, em seu carro, trazia uma discreta propaganda de um candidato, que não era do MDB, portanto era da Arena, um partido que não é da simpatia do nosso prefeito. Por razões óbvias. Diga-se, de passagem, que o servidor foi punido por intermédio de Roberto Pinto (secretário geral da prefeitura) e que, ao que tudo indica, tentou agradar ou interpretar a vontade e o pensamento do prefeito Amâncio Azevedo.

Samba sorteia ordem para o Carnaval 1975 - Foi sorteada na Prefeitura Municipal de Nova Friburgo a ordem de entrada das escolas de samba, no desfile da Avenida Alberto Braune para o próximo ano. Ao sorteio compareceram representantes de todas as agremiações carnavalescas da cidade. A ordem oficial é a seguinte: 

1: Império de Olaria 

2: Unidos da Saudade 

3: Unidos do Terreirão 

4: Alunos do Samba 

5: Vilage no Samba 

6: Acadêmicos das Braunes

Alencar ganha elogios - O vereador Alencar Barroso, atual presidente da Câmara Municipal, candidato pelo MDB e deputado federal, recebeu uma carta do também candidato Roberto Saturnino Braga, que agradeceu a recepção que teve quando de sua visita a nossa cidade. 

Outubro teve balanço - Eis os números computados por este jornal referente aos registos no trânsito, hospital e polícia no mês de outubro:

  • Agressões: 33
  • Internados por agressão: 12
  • Atropelados: 24
  • Internaçõs por atropelamentos: 15
  • Colisões: 28
  • Vítimas: 32
  • Vítimas Internadas: 6
  • Suicídios: 3
  • Roubos de carros: 2
  • Afogamentos: 4
  • Assassinatos: 2

Paróquia tem celebração - Coordenada pelo Bispo D. Clemente Isnard, vai começar no dia 8 de dezembro, na Paróquia de São João Batista, a celebração comunitária do ano santo. A celebração visa unir todos os católicos no reencontro com a sua igreja ao mesmo tempo em que são feitas orações pela paz Mundial.

Funcionários homenageiam Padilha - O governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha, foi homenageado em Petrópolis, pela classe dos agentes fiscais e fiscais de renda do Estado do Rio. Em seu discurso de agradecimento, Padilha afirmou que cumpriu o dever, e que termina o seu governo, revivendo a intimidade de sua consciência de homem público e de cristão e que ela não a acusa de ter faltado aos deveres de justiça.

Uma vítima por dia em Friburgo - O trânsito em Nova Friburgo está fazendo uma vítima por dia. As últimas vítimas registradas na cidade são: Maria Goretti Chiapin Barbosa, 11 anos, filha de Sebastião Barbosa e Clair Chiapin, residente em Olaria. Ela foi atendida com escoriações no Posto de Urgência.

 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Angela Maria (4); Bernardo Nunes Pinto (5); Manoel Henriques Villarinho, Lucy Lamy de Souza, Sysley de Souza, Joaquim Mário de Azevedo e Rita Silva Nicolau (6); Jair Castro Nunes e Demerval Moreira (7); Cláudio Moreira da Costa, Sebastião da Silva Mattos, Jofre Martins da Costa e Lília Beatriz Moraes (8); José Mauro (9); Katarina Brehem, Maria Kátia Vianna, Gildásio Stork Coutinho, Fátima Sardou, Hélio José Pereira e Lécio Polo (10).

  • Estagiária sob supervisão de Henrique Amorim 

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Sete anos com a palavra

sexta-feira, 01 de novembro de 2024

Hoje, esta coluna tem um quê especial e peço licença para me dirigir a toda a equipe do Jornal A Voz da Serra e a todos os leitores que me acompanham por aqui. Sou pura gratidão por toda atenção dispendida, todas as sextas-feiras, todas as semanas, há sete anos. Esta semana celebro mais um marco significativo, pois completamos sete anos da coluna "Com a Palavra". Ao longo desse tempo, tivemos a oportunidade de explorar uma diversidade de temas que compõem a rica tapeçaria da nossa sociedade.

Hoje, esta coluna tem um quê especial e peço licença para me dirigir a toda a equipe do Jornal A Voz da Serra e a todos os leitores que me acompanham por aqui. Sou pura gratidão por toda atenção dispendida, todas as sextas-feiras, todas as semanas, há sete anos. Esta semana celebro mais um marco significativo, pois completamos sete anos da coluna "Com a Palavra". Ao longo desse tempo, tivemos a oportunidade de explorar uma diversidade de temas que compõem a rica tapeçaria da nossa sociedade.

Sempre tive intuito de proporcionar um ambiente leve que importasse em verdade e alívio para as pessoas. Que trouxesse leveza, conexão, empatia. Cada texto trazido à coluna é um convite à reflexão e eu sigo reafirmando o papel da imprensa como agente de transformação social.

Sete anos atrás, quando esta coluna foi lançada, o mundo era um lugar diferente. As redes sociais estavam em plena ascensão, e a necessidade de um espaço dedicado à reflexão sincera sobre temas do cotidiano se tornava, para mim, cada vez mais evidente. Em meio a tantas informações, o propósito era claro: oferecer um local onde as pessoas pudessem se conectar com seu lado mais humano.

Cada artigo, cada opinião, cada história trazida para esta coluna fez parte de uma conversa maior. Agradeço a todos que contribuíram de alguma forma, a toda equipe do Jornal que faz a engrenagem girar todos os dias com maestria e a todos os leitores que dedicam um pouquinho do seu tempo para se conectarem com essas palavras que escrevo com todo carinho e humildade. Vocês foram essenciais para moldar a voz da coluna e motivar a continuidade do que expresso por aqui.

Acredito que as palavras têm poder. Elas podem inspirar, provocar e, muitas vezes, transformar. Confio que o diálogo é vital. É na troca de ideias que encontramos caminhos, compreendemos diferentes perspectivas e, quem sabe, chegamos a soluções para os desafios que enfrentamos.

Olhando para o futuro, tenho a certeza de que a jornada continua. Convido cada um de vocês a se juntar a nós, trazendo suas perspectivas e histórias, pois a coluna é, acima de tudo, um reflexo da nossa sociedade. Que esse intuito se protraia no tempo e siga somando. E multiplicando.

Obrigada por fazerem parte da história de "Com a Palavra". Que possamos continuar a escrever juntos, um artigo de cada vez.

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No papel

sexta-feira, 01 de novembro de 2024

Lei que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo é aprovada

A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, em primeira discussão, o projeto de lei, de autoria do vereador Claudio Leandro, que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo. Essas modalidades são as atividades que, fazendo uso de artefatos eletrônicos, caracterizam-se pela competição entre dois ou mais participantes, e individualmente, em um ambiente virtual, no qual são empregadas habilidades e estratégias para alcançar objetivos e obter êxito nos jogos digitais.

Lei que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo é aprovada

A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, em primeira discussão, o projeto de lei, de autoria do vereador Claudio Leandro, que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo. Essas modalidades são as atividades que, fazendo uso de artefatos eletrônicos, caracterizam-se pela competição entre dois ou mais participantes, e individualmente, em um ambiente virtual, no qual são empregadas habilidades e estratégias para alcançar objetivos e obter êxito nos jogos digitais.

Os jogos eletrônicos compreendem todas as formas de entretenimento e competição realizadas por meio de dispositivos, tais como computadores, consoles de videogame, smartphones, tablets e outros. O esporte eletrônico, dentro do contexto desta lei, refere-se às práticas competitivas e organizadas de jogos eletrônicos, que englobam diversas modalidades e gêneros, como os jogos de estratégia em tempo real (RTS), os jogos de tiro em primeira pessoa (FPS), os jogos de luta, os jogos de esportes virtuais, os jogos de simulação e outros.

No sistema de acesso e descenso misto de competição, os jogadores participam de torneios e campeonatos, buscando ascender a categorias superiores por meio de bom desempenho e resultados positivos, ao mesmo tempo em que correm o risco de serem rebaixados caso não atinjam os critérios estabelecidos.

Considera-se também como atividade esportiva eletrônica o suporte técnico, a produção de conteúdo relacionado aos jogos digitais, o streaming de partidas e eventos, as análises de desempenho, a gestão de equipes e outras atividades correlatas que contribuam para o desenvolvimento e o fortalecimento do esporte eletrônico em Nova Friburgo.

O município acompanhará os avanços tecnológicos e novas modalidades de jogos eletrônicos, a fim de garantir a atualização contínua desta lei, buscando sempre a promoção e o desenvolvimento saudável do esporte eletrônico em consonância com os valores éticos e sociais.

O atleta esportivo de jogos eletrônicos é aquele que se dedica de forma profissional ou amadora à prática competitiva de jogos eletrônicos, participando de torneios, competições, ligas e outras modalidades organizadas, demonstrando habilidades técnicas, estratégicas e táticas no ambiente virtual. Os eventos e competições de jogos eletrônicos poderão abranger diferentes modalidades, gêneros e categorias de jogos, contemplando tanto o público amador quanto o profissional.

A organização e divulgação dos eventos e competições poderão ser realizadas por entidades esportivas, instituições de ensino, associações, empresas e demais interessados, mediante autorizações e licenças necessárias junto aos órgãos competentes do município.

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    Projeto de lei foi aprovado pela Câmara, em segunda discussão, e aguarda sanção do prefeito (Foto: Divulgação Vinícius Gastin))

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    Jogos eletrônicos compreendem formas de entretenimento e competição por meio de dispositivos (Foto: Divulgação)

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Bares e restaurantes: regra do horário tem que ser legal para todos

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Nova Friburgo termina este mês com uma ampla discussão sobre as regras de horário de funcionamento de bares e restaurantes em todo o município. Na semana passada, a prefeitura adotou uma medida que visa estabelecer limites no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, bem como de música ao vivo.

Nova Friburgo termina este mês com uma ampla discussão sobre as regras de horário de funcionamento de bares e restaurantes em todo o município. Na semana passada, a prefeitura adotou uma medida que visa estabelecer limites no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, bem como de música ao vivo.

Enquanto região turística e centro de moda íntima de todo o Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo possui um papel vital tanto para a economia regional quanto nacional, especialmente para reconhecidíssima gastronomia local, sendo certo que vários festivais gastronômicos aqui são realizados.

Há diversas décadas, Nova Friburgo tem apresentado uma evolução marcante no setor, com abertura e consolidação de novas casas, atração de chefs renomados e construção de uma sólida cena gastronômica que passou a ser uma das mais respeitadas e considerada por muitos, uma joia dentro do estado.

Ao mesmo tempo que vemos este positivo avanço e o crescimento da importância do setor, um dos maiores empregadores dos friburguenses, outros aspectos legais colocam em pauta discussões sobre as medidas tomadas pela prefeitura que regram o funcionamento destes comércios.

Conforme o decreto 3.147, do último dia 24, bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares poderão funcionar até a 0h de segunda a sexta-feira e até a 1h da madrugada nos fins de semana e feriados. A norma autoriza o uso de música até as 23h de segunda a sexta-feira e até as 0h aos sábados.

 

A prefeitura escreve certo, mas por linhas tortas

Na ponta final desse grande problema estão os moradores vizinhos, que reclamam da bagunça, música alta e sujeira nas ruas. Reclamações justas, já que também envolvem o legítimo direito do sossego e descanso. Colocar balizas delimitantes, inegavelmente é necessário para que se possa viver uma vida em sociedade. No entanto, colocar uma luz sobre o assunto e buscar clareza em regras que possam harmonizar estas questões é de extrema importância.

Pelas novas regras, mesmo estabelecimentos sem exploração de música ou equipamentos sonoros amplificadores, e com razoável ou completo isolamento acústico — como é o caso dos restaurantes refinados de nossa cidade — deverão se adequar aos horários de funcionamento estipulados, o que pode destoar das expectativas dos próprios turistas.

Desta forma, tanto um restaurante que serve truta, vinho e música ambiente, quanto um bar com uma roda de samba ou até mesmo uma casa com shows com centenas de pessoas assistindo um show, são colocados no mesmo âmbito de aprovação e fiscalização, sendo erroneamente tratados da mesma forma.

 

Fora da lista de perturbação do sossego

Apesar da legislação rigorosa para os estabelecimentos, a prefeitura evita cumprir sua responsabilidade de regular o som custeado com as verbas públicas destinadas às secretarias de Turismo e Cultura. No entanto, isso é contraditório, já que o objetivo da legislação seria assegurar o sossego e o descanso da população.

É importante destacar que as atividades religiosas, como cultos e celebrações em templos, incluindo o uso de som amplificado ou exploração de música por meio de autofalantes, também foram excluídas da lista de regulamentação de funcionamento estabelecida pelo decreto municipal.

 

Datas especiais

A legislação é omissa com datas especiais. Temos o segundo maior carnaval do Estado do Rio de Janeiro, ficando atrás apenas da capital, que realiza o maior carnaval do mundo. Durante anos, trios elétricos potentes percorrem toda a Avenida Alberto Braune, costumeiramente encerrando suas atividades musicais após o horário estabelecido pela atual legislação.

Ante a ausência de legislação específica sobre a temática há margem para discussões. Durante o carnaval, quando a própria prefeitura promove e financia festas com trios elétricos e milhares de foliões até além do horário, os estabelecimentos comerciais também terão que fechar suas portas para consumidores e turistas? É algo a se discutir.

 

O setor que mais sofrerá impactos  

Uma outra forma clara de começar a resolver o problema é entender que o setor de bares e restaurantes funciona em um horário diferente do de outros segmentos, não se restringindo ao horário comercial. Afinal, os clientes desses estabelecimentos são os que trabalham no horário comercial.

Para os empresários que precisam gerar renda e empregos, para os músicos, com a volta de uma renda fruto de seu trabalho, para os fiscais trabalharem com maior segurança e, especialmente, para os vizinhos poderem ter seu direito ao sossego preservado, diretrizes equilibradas devem ser seguidas pelo Poder Executivo.

Com as novas medidas adotadas, as regras municipais destoaram um pouco da realidade de como funciona o comércio noturno, abrindo margem para possíveis problemas para os estabelecimentos, para os moradores vizinhos e para a comunidade artística local, especialmente músicos que dependem da noite para manter a sobrevivência.

Um dos efeitos colaterais deverá ocorrer, em especial, com a cena musical, que poderá fazer com que os bares e restaurantes, na busca por trabalhar de forma correta e com medo de retaliações, optem por não abrir mais espaço para os artistas da cidade e oferecer música em seus estabelecimentos.

Entendo que limitar o funcionamento de bares e restaurantes é relevante. No entanto, as brechas da legislação não correspondem à evolução de Nova Friburgo uma cidade turística e universitária, que recebe diariamente turistas de negócios, estudantes e visitantes, trazendo renda, geração de empregos e vida pulsante para a cidade.

Uma legislação deve ajudar na desburocratização, delimitar as alçadas e responsabilidades de atuação e proporcionar o que a legislação deveria fazer: facilitar a vida do empreendedor, gerar emprego, harmonizando a atividade econômica com o convívio social da população. Especialmente em uma cidade onde se fala tanto de turismo.

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Forçar a barra

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Li um pensamento que diz: “Quanto mais eu forço as coisas, mais dura fica minha vida.” Forçar é diferente de esforçar. Forçar é querer controlar, enquanto que esforçar é se empenhar em fazer uma tarefa.

Alguns de nós somos tendentes a querer controlar as coisas e até as pessoas. Isso aumenta a tensão, a preocupação e o estresse interno (pessoal) e externo, no relacionamento com os outros.

Li um pensamento que diz: “Quanto mais eu forço as coisas, mais dura fica minha vida.” Forçar é diferente de esforçar. Forçar é querer controlar, enquanto que esforçar é se empenhar em fazer uma tarefa.

Alguns de nós somos tendentes a querer controlar as coisas e até as pessoas. Isso aumenta a tensão, a preocupação e o estresse interno (pessoal) e externo, no relacionamento com os outros.

Procurar entender de onde vem sua tendência para controlar, é um bom primeiro passo para a recuperação que alivia o peso na vida. Talvez você cresceu se sentindo inseguro por dificuldades em se sentir amado, aceito e valorizado. E essa insegurança pode estar empurrando você para querer controlar tudo na ideia de que o controle resolve a insegurança e o que faltou emocionalmente. Não resolve. A insegurança emocional pode ser resolvida com aceitação das suas limitações, perdas, sem revolta. Tem que ver com perdoar pessoas que não conseguiram lhe dar a nutrição afetiva que produziria segurança. E tem que ver com valorizar sua pessoa pelo que você consegue ser e fazer, mesmo lutando com a sensação de insegurança.

Esta carência (real ou imaginária) pode estar há anos causando em sua pessoa uma sensação de abandono, de falta de identidade. Mas é possível romper esse padrão de comportamento para que a vida se torne leve, sem você ter que forçar as coisas para que se tornem como você quer. Importante entender que não temos poder de controlar outra pessoa. Nesse caso cabe pensar que ela vai ser o que ela consegue ser e não o que você queria que ela fosse.

Procure pensar e detectar que coisas em sua vida você está tentando forçar a barra, especialmente no sentido de atitudes de manipulação de pessoas e também de forçar a si mesmo sem se permitir relaxar e descansar. Decida interromper este comportamento seu. Abra mão de querer controlar. Evite ficar obsessivo quanto ao comportamento de outra pessoa e se volte para viver sua vida, um dia de cada vez.

Vai ficar mais leve sua existência. As pessoas com quem você convive se sentirão mais à vontade com sua presença. Isso pode facilitar o afeto delas chegar até você e, até certo ponto, melhorar algumas de suas carências. E você pode conseguir gostar mais de si de forma não egocêntrica.

Você não precisa controlar ninguém hoje. Controlar é uma ilusão e acabar com a ilusão é um grande passo para encarar a realidade e aprender a viver com ela de modo melhor. Não somos deuses. Não podemos tudo. Não conseguimos tudo dos outros, mesmo dos que nos amam de verdade.

Comece agora mesmo a desmontar seu jeito de ser controlador ou forçador de barra em qualquer sentido que isso existe em sua vida. Sente no banco do carona. Olhe para as montanhas. Faça seu melhor, se esforce para praticar hábitos saudáveis, e para de forçar a barra. É aliviante.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Novas conquistas

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Pequenos atletas do Projeto Solução brilham em competições estaduais de Judô

Os pequenos e as pequenas, quando vestem os kimonos, se transformam em verdadeiros gigantes. Os atletas do Projeto Solução fecharam o mês de outubro com duas conquistas importantes para Nova Friburgo, dentro das disputas do Campeonato Estadual de Judô.

Pequenos atletas do Projeto Solução brilham em competições estaduais de Judô

Os pequenos e as pequenas, quando vestem os kimonos, se transformam em verdadeiros gigantes. Os atletas do Projeto Solução fecharam o mês de outubro com duas conquistas importantes para Nova Friburgo, dentro das disputas do Campeonato Estadual de Judô.

Depois dos bons resultados no início do mês, no Circuito Hajimê - competição para atletas do Sub-9 e Sub-11, com a conquista de dois ouros, três pratas e um bronze, o Projeto brilhou novamente no último sábado, 26, durante a disputa do Campeonato Estadual de Judô.

Dentre os destaques estão os atletas medalhistas Wendel da Silva Mendes de Oliveira, da categoria meio-médio, e Natália Machado Moura, do pesado, ambos do Sub-13.

Depois de vencer os primeiros três combates por ippon, Wendel conquistou a medalha de prata ao ser derrotado na luta final, por Levy Rodrigues, do Instituto Reação. Já Natália venceu seu primeiro combate por ippon, de imobilização, e perdeu o segundo para Raphaela Bento, do Flamengo. Em seguida retornou para a disputa do bronze contra Manuella Mafort, sua colega de treino, também do Projeto Solução. Após disputa equilibrada, venceu por imobilização, conquistando sua medalha.

Essa foi a segunda participação do Projeto Solução nos torneios da elite do judô estadual este ano. Houve outra disputa por medalha de bronze, com Davi Oliveira, do Sub-15, mas o jovem foi derrotado após combate equilibrado.

A coordenação do Projeto Solução mantém o foco para, em 2025, classificar ao menos dois atletas em primeiro lugar no Torneio de Abertura da FJERJ, garantido assim a habilitação para a primeira fase do Brasileiro (reunindo Rio de Janeiro, Minas, Espírito Santo e Bahia, uma vez que essa primeira competição classifica os campeões para a fase regional).

“Para isso, o planejamento dos treinos já vem sendo preparado. Os atletas estão com as técnicas bem treinadas, haja vista a quantidade de ippons (pontuação aplicada ao golpe perfeito) que atletas do Projeto aplicaram, porém a parte tática precisa de muito aprimoramento, diante da falta de experiência competitiva num nível mais elevado ao das categorias de base”, avaliam os treinadores.

Desempenho dos atletas do Projeto Solução:

 

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    Natalia Machado foi buscar uma valorosa medalha de bronze no Estadual (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

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    A prata do pequeno Wendel é mais uma prova do desenvolvimento dos atletas do Projeto Solução (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

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    Com ótimo desempenho, Gabriel Rangel se sagrou campeão de uma das etapas da competição (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

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    Rycharlison se destacou novamente, e foi ao lugar mais alto do pódio (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

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Entre os melhores

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Vinicius Esteves é sétimo no maior Campeonato Brasileiro da (história) da regra Dadinho

Ele é um jovem que deixou de ser promissor para se tornar uma realidade há algum tempo. E levando as cores da AFFM / Fribuguense ao maior Campeonato Brasileiro individual de futebol de mesa da história da regra dadinho, Vinicius Esteves fez história.

Vinicius Esteves é sétimo no maior Campeonato Brasileiro da (história) da regra Dadinho

Ele é um jovem que deixou de ser promissor para se tornar uma realidade há algum tempo. E levando as cores da AFFM / Fribuguense ao maior Campeonato Brasileiro individual de futebol de mesa da história da regra dadinho, Vinicius Esteves fez história.

A sétima colocação na Série Ouro da competição comprova o que já se acompanha em Nova Friburgo há algum tempo: graças ao trabalho de fortalecimento da modalidade, talentos surgem aos montes e se destacam nas principais competições de Futmesa.

Ao todo, 192 atletas disputaram a competição, realizada entre os dias 19 e 20 de outubro, no Clube Monte Sinai, na Tijuca. O campeão foi o botonista Paulinho Quartarone, do Fluminense, após 21 vitórias, três empates e apenas duas derrotas, em 26 jogos. Na final da Série Ouro, o Tricolor goleou Belga, do Flamengo, por incontestáveis 9 a 2. Ao todo, Quartarone balançou o filó 99 vezes, com a excelente média de 3,8 gols por jogo (sofreu 28).

A grandiosidade da 15ª edição do Brasileiro também foi marcada pela presença recorde de 28 agremiações de 11 estados fora do Rio de Janeiro (a meca do dadinho no país). Vieram à Cidade Maravilhosa equipes de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Base Forte e Cepe 2004), Ceará (Fortaleza e Ceará), Paraná (São Braz, Dom Pedro II e Curitibano), Pernambuco (Náutico), Distrito Federal (Gama, AABB e Portuguesa), Minas Gerais (Benfica, Tupi, Magnólia, Futrica, Olympic, Pubplay e Eldorado), Santa Catarina (Vasto Verde, Continente, Beira-Rio e Avaí), Rio Grande do Sul (GNU), Mato Grosso do Sul (Sobotons), Pará (Asfepa) e Alagoas (Pajuçara).

A competição, porém, teve o domínio dos donos da casa, que foram maioria nos pódios não só da Série Ouro, mas da Prata e da Bronze. Na Extra, houve mais equilíbrio. Além do Fla-Flu que decidiu a Série Ouro, na disputa do terceiro lugar a vitória também foi de um atleta tricolor: Maia Jr. fez 4 a 3 em José Augusto, do América. A quinta colocação ficou com Marcus Flávio, do Flamengo, que, com a vantagem do empate, segurou o 2 a 2 com João Paulo, do Eldorado/MG – único “forasteiro” no pódio.

A sétima posição merece um parágrafo à parte, pois foi conquistada exatamente pelo talentoso Vinícius Esteves, do Friburguense, que bateu o rubro-negro Lucas Mendonça, por WO, e, com isso, a oitava posição foi para Rodrigo Bandini, do Fluminense, que ficara na nona colocação.

Na Série Prata, o campeão foi Washington, do Duque de Caxias, que derrotou Bruno Romar, do River, por 2 a 1, e subiu ao lugar mais alto de um pódio que teve dois botonistas que defendem equipes fora do Rio de Janeiro: Capela, do Avaí/SC, e Clovis Silveira, do Continente/SC. Na Série Bronze, a festa foi da imensa torcida bem feliz do Vasco, com a conquista de Renato Oliveira, que, na final, goleou Valcy, do Olaria, por 4 a 1 – Clovis Silveira, do Continente/SC representou as equipes “estrangeiras”.

Já a Série Extra foi a que obteve a classificação mais equilibrada entre os oito premiados (50%) e uma final sem a presença de um clube carioca: Rafael Moreira (Ceará) 6 x 2 Ricardo Soares (Magnólia/MG). Renato Ventura (Benfica/MG) e Rogério (Futrica/MG) também foram os visitantes premiados. Já a categoria Sub-18, com uma classificação à parte, pois os garotos também jogaram o Brasileiro entre os adultos, teve Arthur, da Light, como destaque.

 

Classificação Final

SÉRIE OURO

1º Paulo Quartarone (Fluminense/RJ)

2º Belga (Flamengo/RJ)

3º Maia Jr. (Fluminense/RJ)

4º José Augusto (América/RJ)

5º Marcus Flávio (Flamengo/RJ)

6º João Paulo (Eldorado/MG)

7º Vinícius Esteves (Friburguense/RJ)

8º Rodrigo Bandini (Fluminense/RJ)

 

SÉRIE PRATA

1º Washington (Duque de Caxias/RJ)

2º Bruno Romar (River/RJ)

3º Capela (Avaí/SC)

4º Matoso (River/RJ)

5º Magalhães (Flamengo/RJ)

6º Eduardo Rocha (Vasco/RJ)

7º Clovis Silveira (Continente/SC)

8º Leo Bento (Flamengo/RJ)

 

SÉRIE BRONZE

1º Oliveira (Vasco/RJ)

2º Valcy (Olaria/RJ)

3º Moises (Fluminense/RJ)

4º Cesar (Dobermans/RJ)

5º Regis (América/RJ)

6º Jorge Henrique (Liga Fonte/RJ)

7º Arthur (Light/RJ)

8º Betinho (Eldorado/MG)

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    Jovem botonista friburguense faz história com a sétima colocação no Brasileiro de Dadinho (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Vinicius Esteve entre os melhores do país, na maior competição da história da modalidade (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Rio de Janeiro, uma cidade arruinada

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Quando, em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília, foi orquestrada uma campanha para desestruturar a cidade do Rio de janeiro, com intuito de colocar o foco na nova capital. Passados sessenta e quatro anos, não se justifica mais esse tipo de atitude, mas o Rio continua a sofrer esse descrédito e, agora, agudamente. Vejamos o que ocorreu na semana passada.

Quando, em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília, foi orquestrada uma campanha para desestruturar a cidade do Rio de janeiro, com intuito de colocar o foco na nova capital. Passados sessenta e quatro anos, não se justifica mais esse tipo de atitude, mas o Rio continua a sofrer esse descrédito e, agora, agudamente. Vejamos o que ocorreu na semana passada.

Na última quarta-feira, 23, o Recreio dos Bandeirantes assistiu a uma verdadeira batalha campal com o quebra-quebra iniciado pelos arruaceiros (não podem ser chamados de torcedores do Penharol) quando um de seus componentes foi surpreendido e preso ao roubar um celular. Cenas de agressões, destruição de quiosques da orla, motos incendiadas, carros destruídos, comércio assaltado foram vistas pela televisão, mas vivenciadas ao vivo e a cores pelos moradores, acuados em suas casas, com o trânsito parado. Duzentos e vinte um uruguaios foram levados para a delegacia e vinte e dois permanecem em prisão temporária até hoje. O mais grave é que em dezenove de setembro, um mês e uma semana antes, o Flamengo enfrentou esse mesmo Penharol, no Maracanã, e promoveram, também, cenas de vandalismo e agressões, no Recreio dos Bandeirantes. Será que a Secretaria de Segurança do estado não se lembrava da animosidade dessa torcida? Por que não tomou as devidas providências para que esses fatos não se repetissem?

Mas, na sua sina de cidade, e por que não estado, deixada ao deus dará, no dia seguinte, 24, a coisa foi pior. Na altura do Complexo de Israel, uma das favelas situadas na Avenida Brasil, principal artéria de ligação da zona oeste com o centro da cidade, após uma incursão da polícia militar no local, bandidos atiraram em direção daquela avenida, causando três mortes de pessoas que iam ou estavam trabalhando e causando um grave tumulto. Aliás, desde a tresloucada ordem do membro do STF, Edson Facchin, manietando a atuação da polícia, nos morros e favelas do Rio, que a violência aumentou. O carioca vive acuado, com medo de sair às ruas, preso dentro de suas casas, invertendo a ordem das coisas, pois quem tem de estar atrás das grades são os bandidos, não cidadãos que trabalham e pagam impostos para alavancar a marcha da sociedade.

Segundo a PM, ao chegar às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, os agentes encontraram forte resistência dos criminosos. Para conter a aproximação da PM, eles atearam fogo em carros e várias barricadas, além de terem cavado valas para impedir a ação dos policiais. Na tentativa de fuga, atiraram em direção à Avenida Brasil, causando o tumulto já citado.

Raro, se é que existe, são os dias em que não há relatos de guerra entre milicianos e traficantes, trocando tiros dia e noite; se eles se matassem entre eles, melhor não poderia ser. O problema é que eles colocam em risco a vida de policiais que são pagos, e mal, para manterem a ordem, e, principalmente, de cidadãos e crianças vítimas de balas perdidas. O Rio de Janeiro é, talvez, a cidade campeã de pessoas atingidas ou mortas por balas perdidas.

O grande responsável pelo status quo atual foi Leonel de Moura Brizola, ex-governador do estado, na década de 1980, com sua malfadada ordem de não deixar policiais subirem os morros. Anos depois, Edson Facchin comete o mesmo destempero. Perde com isso a cidade, pois tal estado de coisas compromete o turismo, uma de suas grandes fontes de renda. Além de suas belezas naturais, uma das coisas que, talvez, aumentou o grande fluxo de turistas, para o Nordeste, tenha sido o caos urbano do Rio de Janeiro causado pelo trânsito maluco e pela violência desenfreada.

Infelizmente, a então decantada cidade maravilhosa não tem mais jeito e chega-se à conclusão que a campanha para desacreditá-la teve um grande êxito.

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A garota e o ipê

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Algumas caveiras já nascem maravilhosamente bem vestidas

Algumas caveiras já nascem maravilhosamente bem vestidas

Não tem jeito. A própria Heloisa Pinheiro, que não envelhece nunca na canção de Vinícius e Tom, completou 81 primaveras, como se dizia antigamente, e mais os verões, invernos e outonos correspondentes. Conservadíssima, está tão feliz com a nova idade que comemorou duas vezes o aniversário: em julho e em agosto. Que o tempo, esse implacável inimigo do corpo humano, lhe permita assim permanecer por longos anos, ela, que permanecerá eternamente jovem, para sempre a Garota de Ipanema, a “coisa mais linda, mais cheia de graça”. O Pe. António Vieira disse que a beleza nada mais é do que uma caveira bem vestida. Mas algumas caveiras já nascem maravilhosamente bem vestidas, e esse é o caso de Helô Pinheiro.

Teve razão o Poetinha quando a viu passar “num doce balanço a caminho do mar” e quando concluiu que a beleza é fundamental. Com certeza, e não só a beleza feminina, desde sempre e em todo lugar exaltada em prosa e verso. Mas também a que tantas vezes está ao nosso redor, sem que nela reparemos. Uma conhecida me disse que havia fotografado um ipê na minha rua. Eu já tinha reparado naquele amarelo exagerado, mas, ao retornar para casa, me detive um instante para contemplar o presente que a natureza colocara à disposição de meus olhos, de graça e sem que eu fizesse nada para merecer.

O sucesso de “Garota de Ipanema” se deve com certeza à qualidade da letra e da melodia, mas se deve também à sua inspiração original: a própria beleza. Em vozes que vão de Pery Ribeiro (primeiro a gravá-la) a Frank Sinatra, “Garota de Ipanema” chegou a ser a música mais executada ao redor no mundo, depois de “Yesterday”. Houve um tempo em que se dizia que ela nunca parava de tocar, porque, quando calava em algum lugar do planeta, já começava a se fazer ouvir em outro. Silenciava no Japão e no mesmo instante começava na Islândia. Em 1965 ganhou o Grammy, superando sucessos como “I want to hold your hand”, dos Beatles, e “Hello, Dolly”, com Louis Armstrong. Aliás, certa vez disseram a Tom Jobim que só os Beatles eram mais tocados do que ele, ao que o “maestro soberano”, como o chamou Chico Buarque, respondeu que “sim, mas eles eram quatro!”

Os dicionários ensinam que a beleza é a característica do que apresenta perfeição de formas; o ser ou a coisa que desperta sentimento de êxtase, admiração ou prazer através dos sentidos. Por isso mesmo ilumina os olhos e alegra o coração. A expressão “está cansando a minha beleza” não tem sentido, porque o belo nunca se cansa e nunca nos cansa. Ao contrário, é preciso que ele nos cerque, para que haja leveza num mundo com as guerras, as injustiças, as pequenas e grandes dores que podem tornar a nossa passagem pela existência uma coisa feia e pesada. Como na definição de Shakespeare/Macbeth: “A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum”.

Da garota de Ipanema ao ipê da minha rua, a beleza existe e está aí, ao nosso redor, para nossa contemplação. Quem tem olhos de ver, que veja.

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Produto sustentável: mitos e realidades do preço

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora para mais uma Prosa Sustentável!

Opa! Tudo verde?

Bora para mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre mitos e verdades sobre “Produto Sustentável”. O debate sobre se os produtos sustentáveis são mais caros ou mais baratos do que os tradicionais é frequente e complexo. Em muitos casos, a percepção de que produtos sustentáveis são sempre mais caros é um equívoco. Enquanto alguns produtos podem ter um custo inicial mais elevado devido a processos de produção sustentável ou materiais orgânicos, outros podem ser comparativamente mais acessíveis devido a economias de escala ou subsídios governamentais.

Antes de avançarmos mais um pouco neste contexto, é importante ressaltar um ponto importante nesta conversa: Produtos que não levam em consideração os impactos ambientais contribuem diretamente para o aumento dos prejuízos causados ​​ao meio ambiente. Desde a extração de matérias-primas até a produção, distribuição, uso e descarte, esses produtos geram uma série de consequências negativas, como poluição do ar, da água e do solo, desmatamento, esgotamento de recursos naturais e emissões de gases de efeito estufa. Infelizmente, são os consumidores e o meio ambiente que acabam arcando com os custos desses impactos.

Ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos convencionais, os prejuízos ambientais se acumulam, resultando em danos irreparáveis ​​para os ecossistemas, a biodiversidade e a saúde humana. A poluição do ar e da água afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, causando problemas de saúde, como doenças respiratórias e intoxicações, além de comprometer os recursos hídricos essenciais para a sobrevivência.

O desmatamento e a degradação dos habitats naturais resultantes da produção de produtos convencionais contribuem para a perda da biodiversidade e a extinção de espécies, desequilibrando os ecossistemas e comprometendo serviços essenciais, como a regulação do clima e a polinização de culturas agrícolas. Além disso, os impactos ambientais gerados pelos produtos convencionais têm custos econômicos significativos, que acabam sendo repassados aos consumidores de diversas formas. Seja através de preços mais altos para mitigar danos ambientais, impostos para limpar poluição ou custos para lidar com resíduos e lixo, é o consumidor final que acaba pagando a conta.

Portanto, é fundamental repensar nossos padrões de consumo e optar por produtos que sejam mais sustentáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente. Ao escolhermos produtos ecologicamente responsáveis, não apenas protegemos o meio ambiente e a nossa saúde, mas também contribuímos para a construção de um futuro mais justo e equitativo para todos.

As empresas que optam por práticas sustentáveis muitas vezes enfrentam grandes desafios competitivos e existem diversas razões pelas quais os produtos mais ecológicos tendem a ter um preço mais elevado do que os produtos tradicionais:

Custos de produção mais elevados: A produção de produtos ecológicos muitas vezes envolve o uso de materiais sustentáveis, processos de fabricação menos poluentes e tecnologias mais avançadas, o que pode aumentar os custos de produção.

Menor escala de produção: Produtos ecológicos muitas vezes são produzidos em menor escala do que os produtos convencionais, o que pode resultar em custos unitários mais altos devido à falta de economias de escala.

Certificações e normas ambientais: A obtenção de certificações de sustentabilidade e o cumprimento de normas ambientais podem aumentar os custos de produção para as empresas.

Materiais sustentáveis: O uso de materiais ecológicos, como algodão orgânico, plástico reciclado ou madeira certificada, pode ser mais caro do que os materiais convencionais.

Inovação tecnológica: O desenvolvimento de novas tecnologias e processos mais sustentáveis pode exigir investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento, o que pode aumentar os custos de produção.

No entanto, muitas empresas estão encontrando maneiras criativas de reduzir custos e tornar seus produtos sustentáveis mais acessíveis. Por exemplo, a adoção de embalagens minimalistas ou recicladas pode reduzir os custos de produção e transporte. Além disso, parcerias com organizações de reciclagem e fornecedores locais podem ajudar a reduzir os custos de matéria-prima.

Quanto aos impostos, em alguns casos, produtos sustentáveis podem receber incentivos fiscais ou isenções, dependendo das políticas governamentais em vigor. No entanto, em outros casos, os impostos sobre produtos sustentáveis podem ser semelhantes ou até mais altos do que os aplicados a produtos tradicionais, refletindo a complexidade das políticas tributárias.

O perfil do consumidor mais consciente é variado, mas geralmente inclui pessoas preocupadas com questões ambientais, sociais e éticas. Esse consumidor valoriza a transparência, a responsabilidade social corporativa e está disposto a pagar um pouco mais por produtos que atendam a esses critérios. No entanto, também é importante notar que a acessibilidade financeira continua sendo um fator-chave para muitos consumidores, especialmente em economias em desenvolvimento.

Em suma, a questão de se os produtos sustentáveis são mais caros ou mais baratos do que os tradicionais é multifacetada e depende de uma variedade de fatores. Enquanto alguns produtos sustentáveis podem ter um preço mais elevado devido a investimentos em práticas responsáveis, outros podem ser comparativamente mais acessíveis devido a economias de escala ou políticas governamentais favoráveis. O importante é que a sustentabilidade seja vista como um investimento no futuro do planeta e das gerações futuras, e não apenas como um custo adicional.

Tudo verde sempre!

Foto da galeria
Produtos sustentáveis são mais caros? (Foto: Pixabay.com)
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