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Áudio de WhatsApp

sábado, 13 de junho de 2020

O intestino é o nosso segundo cérebro, por isso é tão importante o que comemos. Foi o que li e concluí de uma entrevista com uma nutricionista especialista no efeito que os alimentos causam, inclusive, depressão e ansiedade. Contrariando os estudos, chocolate e queijos me causam imensa felicidade. Mas sim, eu acredito na força da tese de que somos aquilo que nos alimentamos. Mas sim, sou um indisciplinado. 

O intestino é o nosso segundo cérebro, por isso é tão importante o que comemos. Foi o que li e concluí de uma entrevista com uma nutricionista especialista no efeito que os alimentos causam, inclusive, depressão e ansiedade. Contrariando os estudos, chocolate e queijos me causam imensa felicidade. Mas sim, eu acredito na força da tese de que somos aquilo que nos alimentamos. Mas sim, sou um indisciplinado. 

O cérebro em si... Se para o segundo cérebro (o intestino), o que comemos é tão determinante, para o primeiro (o cérebro mesmo), me parece ser muito importante aquilo que vemos, ouvimos, guardamos. E, acumulamos muito lixo, tanto quanto consumimos muitas meias verdades que na frente formam exército de verdades inteiras, absolutas e autoritárias. No mundo virtual, há preocupação com o lixo que entope as nuvens dos mais gigantes servidores. Nós, como coletividade e indivíduos, também estamos assim: carregados de acúmulos que tomam espaço na nossa massa cinzenta, que sobrecarregada, já não processa tudo como deveria.

Há poucos dias, um amigo - grande amigo mesmo, desses que não são amigos só pela longa data de convivência, mas de ser padrinho de casamento, de contar segredos e tal -  me enviou um áudio de sete minutos e dezesseis segundos no WhatsApp. Quem envia áudio com mais de trinta segundos nesses aplicativos deveria ser castigado. Exatamente sete minutos e dezesseis segundos. Não foi de dezesseis segundos. Foram sete minutos adicionados aos dezesseis segundos. O áudio com vários minutos mais os dezesseis segundo ficou lá. Me encarando com o avatar do meu amigo. Saudade de ouvir a voz desse cara – pensei. Saudade da mesa de bar com ele. Como sabem, eu não consigo beber sozinho. Beber cerveja me obriga companhia. Já até tentei tendo o Vasco como meu amigo. O Vasco de hoje só é amigo dos adversários. Não dou dois goles na dourada. Foi assim que concluí que estou longe de ser alcoólatra. Mas isso é papo para outra hora. Voltando ao áudio de sete minutos e dezesseis segundos do meu amigo... Conversa esperando para ser ouvida. Meu amigo, ainda que em foto, ali me encarando. Cerveja na geladeira. Pimba! (Alguém além do seu avô ainda fala pimba?). É isso! Vou para a mesa de bar imaginária com meu amigo aqui do sofá mesmo. Será melhor que o episódio da série que ainda faltam doze episódios.

O caminho curto até a geladeira me faz refletir que você só ouve áudio tão longo assim se for realmente de alguém que seja muito amigo. Ou da sua mãe. Ainda que você saiba que sua mãe não vai enviar um WhatsApp. Mães sempre ligam. Pelo telefone. Quando não te visitam só para perguntar: “meu filho, tá tudo bem? Por que não me atendeu? Te liguei várias vezes”. Saudade da época do telefone fixo. Nenhuma, no entanto, das contas altíssimas. Antes mesmo de escolher entre Barão ou Ranz considero: “quem sou eu que não posso tirar tempo para um amigo?”. Nesse mundo líquido, como diria (imagino que diria) o autor do célebre livro, escutar áudio de mais de um minuto é ato de empatia, de amor, de pertencimento... Parar o tempo para o que realmente importa.

Não seja enxerido para saber o que tinha no áudio de sete minutos e dezesseis segundos. Virou mais áudios e mais áudios, chamada em vídeo no dia seguinte e até essa despretensiosa crônica que era para ser sobre o tempo e nossa relação com o afeto. Nada como passar o tempo com quem a gente gosta, ainda que na distância atenuada por fibra óptica. O importante é ter o coração perto para acumular no cérebro tudo o que realmente nos alegra e aniquila depressão e ansiedade. Quanto ao segundo cérebro? Fiquei impressionado com a quantidade de artigos e estudos sobre a relação de alimentos com saúde mental. Com cerveja, que só bebo na companhia de amigos, vou cuidando da saúde da minha alma. Um queijinho e um chocolate também vão bem! Agora, vou escutar o áudio de cinco minutos e trinta e quatro segundos da minha irmã.

 

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Conte-me a verdade

sábado, 13 de junho de 2020

“ - Conte-me a verdade, mas se possível, fale com palavras suaves para que não perca meu lampejo de esperança.” Assim pediu o senhor ao neto que chegara à sua casa com informações recentes sobre economia, política e saúde pública. O neto, pôs-se a pensar sobre estranho pedido do avô, afinal, como contar-lhe a verdade sobre o mundo de forma a nutrir alguma esperança? Ele não sabia fazê-lo. Não estava preparado.

“ - Conte-me a verdade, mas se possível, fale com palavras suaves para que não perca meu lampejo de esperança.” Assim pediu o senhor ao neto que chegara à sua casa com informações recentes sobre economia, política e saúde pública. O neto, pôs-se a pensar sobre estranho pedido do avô, afinal, como contar-lhe a verdade sobre o mundo de forma a nutrir alguma esperança? Ele não sabia fazê-lo. Não estava preparado.

Infelizmente, o neto crescera em um contexto em que a tecnologia é o caminho das verdades postas, não se acostumou a pensar em fontes de informação, sequer havia até aquele momento pensando sobre quem seriam as mentes e as mãos a escrever todo aquele conteúdo que ele consumia pelas telas. Não sabia, também, contar os fatos que chegavam até ele de uma forma leve. Ele não foi ensinado sobre ser sincero e gentil ao mesmo tempo. Cresceu ouvindo dizer que o bonito é “falar as coisas na cara, doa a quem doer”. E pasme, sem saber, orgulhoso, empregava sua franqueza sem ao menos saber se trazia verdades.

Também não aprimorou, o jovem, a nutrir esperança. Nem a dele, nem a de ninguém. Entendeu que mesmo o que era esperança ele não sabia, senão o significado vazio da palavra. Pobre jovem, aprendeu pouco sobre coisas tão importantes.

Constatando que o neto seria incapaz de trazer informações verdadeiras sobre tais assuntos e contar-lhe de forma gentil sobre o mundo, sem perder o afeto e a esperança em sua fala, o avô preferiu dialogar pouco com ele. Preferia apenas tomar o chá, ler o jornal e observar a natureza, como forma de afastar dele não o neto, mas a avalanche de dados desencontrados que ele gostava de despejar todos os dias ao chegar em casa. E o fazia até animado, agitado, com uma certa empolgação, deixando o avô por vezes até preocupado.

Dentro de si, além das preocupações com o mundo, com a saúde, com a família , temia pela geração daqueles jovens que pouco liam, pouco acessavam a arte, pouco refletiam, pouco dialogavam. Temeu por crescerem sem esperança. Temeu por não ser uma questão do seu neto e sim de uma geração inteira.

Em vista do seu amor pelo jovem, utilizou das boas técnicas antigas usadas por sua avó com ele décadas antes. Criou o momento deles. Só os dois. Com calma. Polindo a paciência de ambos. Pôs-se a sentar todos os dias com o jovem.  Dialogar. Propôs-se a abrir sua mente para entender esses novos conceitos dessa nova geração. Aprendeu um bocado de coisas. E ensinou ainda mais. Os bate-papos entre eles trouxeram para aquela casa muito mais que aprendizados para ambos. Trouxeram o foco no que é essencial, a presença, a partilha, a construção de memórias afetivas, o entendimento e a evolução de ambos.

O menino aprendeu sobre esperança. E sobre o falar sincero e gentil, com a percepção verdadeira sobre o estado de espírito do interlocutor. E o avô, pasme, aprendeu até a mexer nas redes sociais e interagir com pessoas. Reencontrou velhos amigos e ria da barriga doer relembrando casos antigos pela internet.  E seguiram, juntos, após esse pontapé que nasceu da percepção, reflexão e vontade de uma frase que continha ao mesmo tempo, verdade, gentileza e esperança.

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Continua a polêmica da venda do leite em saquinho plástico e alimentos sobem mais de 6%

sábado, 13 de junho de 2020

Edição de 13 e 14 de junho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

Edição de 13 e 14 de junho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

  • A polêmica do leite em saquinho - Embora não tenhamos recebido nenhum esclarecimento da prefeitura e nem sabido de qualquer  notícia oficial a respeito, estamos cientes que o prefeito Amâncio Azevedo, não só não concordou com a sofreguidão com que estava sendo a dificuldade do povo com a venda do leite empacotado, como ainda manteve a situação existente, qual seja a de não criar e nem deixar privilegiados fornecedores. Assim, Friburgo torna-se campo livre para que qualquer produtor ou revendedor possa colocá-lo aqui, desde que o mesmo seja de primeira qualidade e nos padrões exigidos pelo Governo Federal.
  • Alimentos já subiram 6,19% - O índice do custo de vida atingiu 6,19%, contra 3,10% verificado no mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pelos técnicos do Departamento de Planejamento da Sunab, que apuraram, ainda, um reajuste, de 0,2% durante o mês de maio passado. 
  • Copa do Mundo - O quadro brasileiro, invicto nas oitavas da Copa da Mundo, inicia sua jornada para as quartas de finais, preliando com o forte esquadrão peruano. Três vitórias consecutivas ao jogar contra a Tchecoslováquia, Inglaterra e Romênia deram aos brasileiros a primeira colocação na chave inicial.
  • Água - Continua em ritmo acelerado as obras do novo sistema de abastecimento de água de Friburgo. Mais de três bilhões de cruzeiros antigos serão investidos pelo prefeito Amâncio Azevedo para proporcionar aos friburguenses água de qualidade e em quantidade suficiente, pelo menos, até o ano 2000.
  • Transportes intermunicipais e interestaduais - Estamos cansados de reclamar da morosidade, dos desgastes dos veículos, da falta de atenção com os passageiros, do não cumprimento dos horários, e enfim, da situação caótica em que se encontram os transportes coletivos, de e para Friburgo, por parte das concessionárias. Não se compreende que os setores aos quais compete a fiscalização do problema continuem de braços cruzados. Insistimos para que haja a fiscalização dos regulamentos. A coisa está chegando ao limite máximo da paciência dos usuários, verdadeiros calhambeques são postos a trafegar e o resultado são os constantes enguiços, quebras de peças, desajustes, etc. 
  • Mérito Tamandaré - No dia 11, comemorativo da Batalha do Riachuelo, em cerimônia na Escola Naval, foi agraciado com a medalha "Mérito Tamandaré ", ingressando na Ordem do Mérito Naval, o dr. Paulo José Dutra de Castro, diretor de ensino industrial, do Ministério da Educação e Cultura.  

Pílulas

  • Aqueles dois indecentes cavaletes colocados em frente ao edifício do fórum para marcar privatividade de estacionamento para viaturas de autoridades, o que não é previsto no Código do Trânsito, é um retrato do comodismo permitindo-se irregularidades e infrações cometidas por quem tem obrigação de cumprir, antes de todos. Várias vezes apontamos esse absurdo inconcebível que dá a impressão aos que nos visitam que Friburgo virou aldeia, fazenda abandonada ou terra em que qualquer um faz o que quer. Lamentável.
  • A moçada está esperneando porque o prefeito Amâncio Azevedo vai levar a efeito outra grande iniciativa: estação rodoviária, ao lado da atual sede da prefeitura. Deixa a turminha esbravejar. Afinal, o choro é livre. A caravana passa, incólume  

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Mary Silva (14); Guy Dutra da Costa, Simone Dutra da Costa, Maria June de Castro Nunes e Gilson Burchardt (15); Elias Nami, Pedro Rodrigues, Lucas Bohrer e Ludgero José da Silva (16); Nacyra Jabour e Renato Luiz Penna Lopes (17); Sandra Maria Torres, Atys Luiz Madureira e Cláudio Parca (19).

 

Foto da galeria
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Finalmente!

sábado, 13 de junho de 2020

Para pensar:

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”

Aristóteles

Para refletir:

“O que é a virtude? É, seja qual o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios."

Denis Diderot

Finalmente!

A sexta-feira, 12, começou com boas notícias, como convém ao dia que no Brasil é dedicado aos namorados.

Para pensar:

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”

Aristóteles

Para refletir:

“O que é a virtude? É, seja qual o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios."

Denis Diderot

Finalmente!

A sexta-feira, 12, começou com boas notícias, como convém ao dia que no Brasil é dedicado aos namorados.

Logo pela manhã os aguardados 29 ventiladores mecânicos (respiradores) finalmente foram entregues à Secretaria Municipal de Saúde, aumentando de maneira significativa nossa estrutura imediata de enfrentamento à Covid-19, e, mais do que isso, lançando as bases para a tão necessária ampliação no número de leitos de CTI, para quando a pandemia passar.

Visão geral

Bom, mas o leitor não vem aqui para ser informado sobre aquilo que já sabe, correto?

Sigamos, portanto, para informações complementares, que nos ajudam a ter uma visão mais ampla a respeito do que de fato está acontecendo, e de quais são as evoluções mais prováveis deste quadro.

Distribuição

Os 29 respiradores já se encontram no Hospital Raul Sertã.

O médico André Furtado, que coordena os CTIs da unidade, explica que o espaço que atualmente compreende oito leitos de tratamento intensivo reservados para a Covid-19 será transformado numa unidade semi-intensiva, uma vez que nem todos os pacientes Covid necessitam de cuidados intensivos.

Paralelamente, uma nova central de tratamento intensivo, agora com dez leitos, será aberta a partir da chegada destes aparelhos.

Capacidade

Na tarde desta sexta-feira, 12, a taxa de ocupação dos leitos de CTI para Covid era de 50%.

Caso esta demanda venha a crescer para além da capacidade que já está sendo ampliada em 25%, passa a haver a possibilidade de retorno dos oito leitos semi-intensivos para a condição de intensivos, e ainda a abertura de outros cinco, até a capacidade máxima atual de 23 leitos.

Além das instalações na nova CTI Covid, também serão substituídos respiradores em outros setores do hospital.

Próximos passos

Na próxima segunda-feira, 15, um técnico da empresa Interqualite subirá a serra para retirar os aparelhos das caixas e realizar a instalação nos setores necessários.

A abertura e a instalação só podem ser realizadas por pessoal credenciado, para a preservação da garantia.

A rede pública municipal já dispõe de um profissional qualificado através de curso pela empresa fornecedora, capaz de operá-los após as instalações.

Qualidade

Ainda de acordo com André Furtado, a chegada dos novos aparelhos não terá impactos apenas sobre a quantidade de leitos disponíveis, mas também sobre a qualidade do serviço oferecido.

Aspas

“Nós temos aprendido muita coisa desde que essa pandemia começou. Atualmente está claro que não existe um remédio único para combater o coronavírus, é preciso individualizar o tratamento para cada paciente, de acordo com suas particularidades. Por isso é necessário oferecer o máximo de ferramentas contra a doença, a fim de que os profissionais possam usar a ferramenta certa no momento certo. Com os ventiladores acontece o mesmo. Eles já existem há muito tempo, mas os mais modernos, como estes que acabam de chegar, oferecem mais ferramentas para ajudar a ventilar corretamente. Através deles, certamente nossos pacientes críticos terão melhores chances de sobrevivência.”

Histórico (1)

A coluna também conversou com Marcelo Braune, secretário de Saúde e vice-prefeito, que relembrou várias fases desta história.

“Nós assumimos a gestão no fim de junho de 2019 e logo detectamos diversas necessidades, entre elas a de adquirir novos respiradores. Muito antes da Covid surgir a gente já estava pensando equipar a rede com eles, e havia a verba para isso, das emendas destinadas pelo deputado Júlio Lopes. No fim do ano esse processo de aquisição já estava licitado, com o empenho feito. Mas quando chegou o momento de realizar a entrega, nos disseram de que o Ministério da Saúde estaria confiscando todos os respiradores.”

Histórico (2)

“Pouco depois voltaram atrás, e aqui eu preciso elogiar o trabalho da Procuradoria do Município, que realizou todos os procedimentos de notificação, exigiu explicações, informou que se os aparelhos não fossem entregues seria adotado procedimento judicial, e de fato as medidas foram tomadas. O juiz Fernando Gonçalves enviou o caso para a Vara Cível, o promotor de Justiça Hédel Nara Ramos entendeu a importância da matéria e fez um parecer sem demora alguma, o juiz agiu da mesma forma e deu a sentença. A empresa não recorreu, apenas tentou justificar, mas o juiz manteve seu posicionamento.”

Histórico (3)

“Por fim a empresa alegou que o prazo para a entrega seria de 60 dias após emissão do empenho. Isso nos levaria ao dia 11 de junho, mas como era feriado a entrega ficou para esta sexta-feira, 12, e aconteceu pela manhã. É importante observar também que o custo desses aparelhos acabou ficando muito abaixo dos valores praticados atualmente, justamente porque a compra se deu antes do aumento da procura decorrente da Covid-19. Por tudo isso eu agradeço a toda a equipe que trabalhou por isso. Aos subsecretários; à toda a parte burocrática; à PGM; ao gabinete do prefeito, destacando o trabalho de Leonardo Braz Penna; ao juiz Fernando Gonçalves; ao promotor Hédel; e ao ex-subsecretário Éder Carpi (Ceará), que enquanto esteve na secretaria foi peça importantíssima para essa aquisição.

Parênteses

A chegada nos respiradores é aquilo que no meio político costuma ser tratado como um “filho bonito”, do qual todo mundo quer ser pai.

Há, inclusive, vereador que fez enormes estragos enquanto atuou na Saúde, querendo agora sua fatia de popularidade.

Cá entre nós, se não vier a ser preso por tudo o que fez, já deverá se dar por satisfeito.

Vistoria

A chegada dos respiradores coincidiu com a realização de uma longa vistoria conjunta no Raul Sertã, que também na manhã de sexta-feira reuniu representações do Ministério Público e da Defensoria Pública.

De acordo com o cirurgião José Cláudio Alonso, diretor-médico do HMRS, os representantes do Judiciário “ficaram satisfeitos, vistoriaram várias áreas, consideraram a dinâmica satisfatória, e encontraram uma realidade diferente daquela que imaginavam”.

Tendência (1)

A coluna colheu também outros depoimentos na mesma linha, e a informação de que a capacidade já existente permite que o número de leitos de CTI para Covid-19 possa subir dos oito atuais para até 23, e ainda contar com leitos da rede particular - tudo isso sem levar em conta o hospital de campanha, que neste momento corre o risco de se tornar mais um escândalo em nossa esfera estadual - a coluna só pode concluir que existe, neste momento, uma tendência bem identificada de que o Judiciário venha a considerar alguma margem para flexibilização da quarentena em nossa cidade já nos próximos dias.

Tendência (2)

Naturalmente, espera-se que qualquer passo nesse sentido acentue o aumento no número de casos, mas não restam dúvidas de que, no contexto atual, existe margem estrutural para uma carga maior de atendimentos.

Evidentemente o debate segue aberto e aquecido, e vale frisar que até o momento não existe nenhum posicionamento oficial a esse respeito.

Mas a coluna pode assegurar que tendência de flexibilização nas próximas semanas está bem identificada.

Respeito

Alguns leitores criticaram a coluna por não ter dado a devida ênfase ao estado de saúde da abnegada cuidadora Valéria Lima, ao enfatizar a necessidade de que nossa sociedade assuma sua responsabilidade coletiva em relação aos animais.

Se foi o que pareceu, então a coluna se desculpa.

Sabíamos, aqui, que o estado de Valéria é infelizmente grave enquanto estas linhas estão sendo escritas, mas também que ela está recebendo o suporte possível num dos hospitais de nossa cidade.

Reconhecimento

Evidentemente é triste demais que alguém tão especial, alguém capaz de doar a si mesma em níveis tão elevados, não tenha, nesse momento, condições de fazer aquilo que move os espíritos mais elevados: cuidar dos outros.

Mas tenham a certeza de que foi por conhecer as prioridades de Valéria, e acima de tudo por honrar seu sacrifício, que a coluna manteve o foco em sua causa, sua bandeira, pois certamente ela prefere assim.

Fala, leitora!

“Fiquei indignada com o que vi no dia de Corpus Christi. O trânsito seguindo normalmente, pessoas apressadas fazendo ultrapassagens, e na contramão a pequena procissão com o Santíssimo Sacramento. Uma viatura da Smomu, uns sacerdotes, um seminarista com o microfone rezando, logo atrás um carro com o bispo e o Santíssimo Sacramento. As pessoas indo e vindo, em grande parte alheias ao que se passava. Olhei para aquilo e chorei ao ver a indiferença com que Jesus Eucarístico foi tratado em nossa cidade. Tanta diferença só por que não neste ano não havia os tapetes? Espero, sinceramente, não ver isso novamente enquanto viver. Mando esse depoimento para que as pessoas reflitam a respeito.”

A leitora deixou a critério do colunista divulgar seu nome ou não, e a coluna entendeu que seria melhor preservar sua identidade, para não gerar distrações.

Respostas

Os amigos Marcelo Machado, Rosemarie Künzel, Antônio Lopes, Lourdes Madeira, Ludmila Pereira e Girlan Guilland, além da dupla dinâmica Gilberto e Gerson da Rua General Osório, reconheceram corretamente nosso desafio desta semana.

Como explica Girlan, “o monumento com máscara, desta vez, é o busto do Rei Dom João VI, que na condição de Pai Criador de Nova Friburgo, merece muito mais reverências, cuidados e valorização. Há alguns anos, numa reforma da praça, ele foi deslocado de seu ponto original, onde frequentemente sofre depredações e vandalismos”.

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A decadência dos titulares das nossas instituições

quinta-feira, 11 de junho de 2020

“Após pedir desculpas pela hidroxicloroquina, agora a OMS (Organização Mundial de Saúde) conclui que pacientes com o coronavírus e assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas.

“Após pedir desculpas pela hidroxicloroquina, agora a OMS (Organização Mundial de Saúde) conclui que pacientes com o coronavírus e assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas. Milhões ficaram trancados em casa, perderam seus empregos e afetaram negativamente a economia.” Essas palavras foram ditas pelo presidente  Jair Bolsonaro, mas poderiam ter sido emitidas por qualquer pessoa, ao ser surpreendido com as novas declarações dos três trapalhões da Organização Mundial da Saúde, Maria Von Kerhove diretora dos programas de emergências sanitárias; Tedros Adhanom Ghebreyesus, seu presidente e Michael Ryan, diretor executivo.

Esse posicionamento mostra que o órgão supremo da saúde mundial está mais perdido do que cego em tiroteio, não tem bases científicas para comandar os destinos do mundo numa séria crise de saúde e, na realidade, age de acordo com objetivos não muito claros. Não pode cobrar certas atitudes de seus afiliados se não tem a convicção necessária para sustentar seus argumentos.

Mas, o que vemos nesse primeiro quarto do século 21, é um fenômeno que vem se acentuando com o passar dos tempos. O nível daqueles que detêm postos de comando ou de representação das várias entidades, não têm mais o peso e o valor daqueles do passado. Raríssimas são as exceções, como é o caso da chanceler alemã Ângela Merckel. Com isso assistimos a uma “mediocrização” das instituições, com a consequente banalização de suas atitudes. Pessoas sem preparo para exercerem os cargos que ocupam, colocando em risco a segurança e a vida dos cidadãos.

As economias mundiais sofreram fortes abalos, com seus respectivos PIBs despencando, com todo mundo trancado dentro de casa, sofrendo no caso de americanos e europeus, multas pesadas, se fossem pegos na rua sem um objetivo bem definido; tudo isso por orientação da OMS, pregando que a quarentena horizontal, todos enjaulados, atrasaria o colapso dos hospitais na luta contra a pandemia. Seria a única maneira de garantir vagas em CTIs para todos, pois o ritmo de contágio seria mais lento. Não foi o que se observou nos Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Brasil países muito afetados pela pandemia.

Nesse mesmo raciocínio, combateram ativamente o uso da hidroxicloroquina, mesmo com os trabalhos divulgados pelo cientista francês Didier Raoult, do hospital Raymond-Poincaré. Basearam-se no trabalho divulgado pela revista The Lancet, que mostrou ser o fármaco inócuo no tratamento do corona vírus, em função de um estudo levado a cabo em cinco continentes diferentes, com metodologia científica não uniforme.

Quando a Lancet fez o seu mea culpa e reconheceu a nulidade, em termos científicos, daquele estudo, não restou à OMS reconhecer o seu erro e cassar a maldição lançada sobre a cloroquina. Quantas vidas não poderiam ter sido salvas se o tratamento precoce com a “renegada” tivesse sido instituído? A mesma pergunta podemos fazer, após o cândido reconhecimento pela mesma OMS, de que os pacientes assintomáticos não têm o potencial de infectar outras pessoas.

Será que esse pandemônio causado às economias do mundo inteiro era mesmo necessário? A quem interessa esse caos generalizado a nível mundial? Quem a OMS está acobertando? Já foi exaustivamente comentado que a OMS atrasou, em 15 dias, o comunicado do desastre global iniciado na China. O pior é que, posteriormente, a diretora Von Kerhove afirmou que foi mal interpretada, pois o que quis dizer é que não se sabe a real extensão do potencial de contágio dessas pessoas assintomáticas.

Mas, a entidade máxima da saúde mundial não teria chegado a tais disparates se os líderes das potências envolvidas, não tivessem baixado a cabeça para os mandos e desmandos do sr. Tedros e colaboradores. Nesse mês de junho comemorou-se os 76 anos do desembarque das tropas aliadas, na Normandia, em 6 de junho de 1944, talvez uma das maiores operações de guerra dos últimos tempos. Será que os líderes de hoje teriam a determinação, a inteligência e a coragem daquele que estiveram no comando de tal empreendimento? Difícil responder.

Entre nós, basta fazer uma comparação entre os membros do STF e do Congresso Nacional de hoje com os do século passado, para termos consciência de como o nível baixou. Esse rebaixamento não diz respeito somente ao preparo intelectual deles, mas ao posicionamento ético e moral dos mesmos.

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É preciso tratar a introversão?

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Susan Cain, autora do livro “O Poder dos Quietos”, conta que o dr. Jerry Miller, psicólogo infantil, diretor do Centro para a Criança e a Família da Universidade de Michigan nos Estados Unidos, atendeu os pais de um garoto de 7 anos levado à ele pelo medo do filho ter “problemas” psicológicos. O menino era introvertido mas não apresentava nenhuma doença mental que necessitasse tratamento psicológico ou psiquiátrico.

Susan Cain, autora do livro “O Poder dos Quietos”, conta que o dr. Jerry Miller, psicólogo infantil, diretor do Centro para a Criança e a Família da Universidade de Michigan nos Estados Unidos, atendeu os pais de um garoto de 7 anos levado à ele pelo medo do filho ter “problemas” psicológicos. O menino era introvertido mas não apresentava nenhuma doença mental que necessitasse tratamento psicológico ou psiquiátrico.

O dr. Miller explicou aos pais que não encontrou nenhum problema no garoto. Os pais não ficaram satisfeitos. O menino tinha um irmão mais novo com 4 anos que batia no mais velho vez ou outra e ele não revidava. Os pais incentivavam o mais velho a lutar, revidar, para ver se ele se tornava “ativo”. Além disso eles também colocaram o garoto em esportes competitivos, o levavam a reuniões sociais familiares para ver se ele “desinibia”, mas nada disso interessava ao menino que preferia ficar em casa, estudar, ler, montar brinquedos.

Aqueles pais eram profissionais ativos, assertivos, sociáveis e competitivos. Chegaram a pensar se este filho mais velho teria depressão, o que foi descartado pelo dr. Miller. A verdade é que havia falta de harmonia entre o garoto e seus pais. O menino aceitava seus pais melhor do que eles o aceitavam. Ele simplesmente era um menino introvertido.

Introversão não é doença. É um perfil de comportamento normal. O introvertido gosta de ficar com ele mesmo, não gosta de muito barulho e agitação, prefere conversas mais profundas, não gosta de falar bobagens. O extrovertido é diferente, preferindo ter muita gente em volta, quer aparecer, detesta solidão, sente que precisa de visibilidade.

Aqueles pais ligados demais na vida social e empresarial, não entendiam este filho introvertido. O modelo de pessoa normal para eles era alguém muito social, muito assertivo, agressivo nos “negócios”.

Aliás, não é assim que a sociedade ocidental funciona? Quem são exaltados pela mídia não são as pessoas mais agressivas, mais do tipo “cheguei”, que falam muito, que são competitivas? Será que os introvertidos não servem para nada? O que dizer de Albert Einstein, Bill Gates, só para citar dois famosos introvertidos?

Introversão não é o mesmo que timidez. A timidez é algo sofrido para o tímido, mas a introversão não. Um introvertido não gosta da ideia de mudar para se tornar extrovertido. Ele está satisfeito com seu jeito de ser. Mas o tímido quer mudar, e isto é normal porque ele sofre com a timidez, que é um medo de ser rejeitado, medo de passar vergonha, algo que machuca a pessoa.

Aqueles pais precisariam entender seu filho introvertido e aceitar o jeito dele ser assim e valorizar o que ele gosta e pode fazer. Numa família, numa comunidade religiosa, numa empresa, num grupo social é importante ter pessoas introvertidas e extrovertidas. O introvertido pensa e dá ideias maravilhosas, enquanto que o extrovertido as executa. Precisamos de ambos! Ambos são normais. Não tem que tratar introversão. Ela é um traço normal da personalidade humana. 

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Os Puris, povo indígena de Nova Friburgo

quinta-feira, 11 de junho de 2020

No início do século 19, os indígenas Puri habitavam a Fazenda do Córrego d’Anta reservada como patrimônio pessoal de D. João VI, por ocasião da fundação do município de Nova Friburgo. O juiz Cansanção de Sinimbu informou na ocasião que o Aviso de 3 de dezembro de 1819, determinou removê-los para um aldeamento a fim de não incomodarem os imigrantes suíços que eram esperados na colônia. Na Fundação D. João VI há, inclusive, uma correspondência de 23 de novembro de 1824, com a referência de que os indígenas foram empregados para abrir picadas nas glebas doadas aos colonos suíços.

No início do século 19, os indígenas Puri habitavam a Fazenda do Córrego d’Anta reservada como patrimônio pessoal de D. João VI, por ocasião da fundação do município de Nova Friburgo. O juiz Cansanção de Sinimbu informou na ocasião que o Aviso de 3 de dezembro de 1819, determinou removê-los para um aldeamento a fim de não incomodarem os imigrantes suíços que eram esperados na colônia. Na Fundação D. João VI há, inclusive, uma correspondência de 23 de novembro de 1824, com a referência de que os indígenas foram empregados para abrir picadas nas glebas doadas aos colonos suíços.

O pesquisador Carlos Jayme Jaccoud fez um relato de que em Córrego d’Anta foi encontrado um machado de pedra polida na propriedade de sua família. No terceiro distrito de Nova Friburgo, em Salinas, localizei na propriedade de Almir Tardin um precioso acervo de artefatos indígenas encontrados na região. Os índios puri e coroado habitavam a região serrana e noroeste fluminense onde havia igualmente os koropós e Goytakas As duas etnias puri e coroado formaram um mesmo povo compartilhando a língua e a cultura.

O povo puri é originário dos quatro estados do Sudeste, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Ocuparam tradicionalmente toda a região banhada pela bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Os indígenas botocudos foram representados como os mais ferozes, antropófagos e rudes. O ataque a um quartel no Vale do Rio Doce motivou D. João VI, em 1808, a declarar guerra contra os botocudos.

A historiadora Txâma Xambé (txamapuri@hotmail.com) nos informa que a denominação botocudo era depreciativa e se aplicava majoritariamente aos borum, que viriam a se chamar posteriormente Krenak. Era comum chamar de botocudo ao indígena resistente ao aldeamento e à catequização, o que na prática incluía os puri, considerados pelo governo como selvagens. Os termos tapuia, botocudo e índio bravo se cruzam nos registros e no imaginário da época em oposição aos índios mansos, de catequização viabilizada pelo uso de línguas tupi, conhecidas pelos colonizadores.

Conforme os historiadores Tutushamum e Txâma Xambé, os puri sofreram um processo de genocídio e etnocídio ao longo dos séculos 18 e 19 com a expropriação de seus territórios, diáspora da população sobrevivente e negação de sua existência pelo Estado e pela história oficial. No entanto, a memória da identidade puri permanece viva nas regiões ocupadas tradicionalmente por esse povo. Atualmente, os povos indígenas tem obtido cada vez mais o reconhecimento de seu verdadeiro lugar na história, na cultura e na sociedade, desafiando a política assimilacionista que pretendia extingui-los.

Em 2011, o historiador Tutushamum (indiopuri@gmail.com) deu início a um projeto denominado de Movimento Txemím Puri, composto por puris dos quatro estados anteriormente mencionados. Realizam pesquisas sobre a história, a língua e a cultura de seu povo, promovem o ensino bem como o uso de sua língua e realizam o registro dos saberes de anciãs e anciãos das comunidades puri, preservando suas práticas culturais.

O movimento Txemím Puri igualmente apoia educadores interessados em incluir conteúdos de história e cultura puri em seu trabalho pedagógico. Possui as publicações “Vocabulário Bilíngue Kwaytikindo-Português” e “Povo Puri, História, Cultura e (R)Existência”, volume 1. É o primeiro livro sobre história, língua e cultura Puri produzido por puris, disponibilizado aos educadores. Participa do movimento o escritor e contador de histórias Dauá Puri (dauasilva.puri@gmail.com) que costuma realizar oficinas de contação de lendas e tradições puri.

Uma das preciosidades do movimento Txemím é o resgate de cânticos puri com a sua tradução e que passo a transcrever. O primeiro canto é o “Kanaremundê, Ho bugure”. Hô bugure ita naji. Gwaxantl’eh, gwaxantl’eh, gwaxantl’eh, gwaxantl’eh. Ah, ah kanjana, Maxe tx’mba. Oh, os inimigos foram vencidos. Pular, pular, pular, pular. Eu, eu, bebida. Comer, Beber. O segundo canto é “Kanaremundê Petara”. Petara, petara, poteh, miripon. Ximan xuteh, okora dieh. Lua, lua, luz da noite. Caminho bom, você no céu. O terceiro “Kanaremundê Tangwetá”. Hê hê, hê hê, hê hê hê, hê hê. Tangweta tangwa txo. Ñawera txori kemun. Hê hê, hê hê, hê hê hê, hê hê. Ey lakareh, omrin, apon. Ah sate prike txo.Hê hê, hê hê, hê hê hê, hê hê. A sombra observa o macaco. Ñawera caminha na floresta. Hê hê, hê hê, hê hê hê, hê hê. Meu braço, arco, flecha. Eu vejo irmãos, irmãs. Finalmente o canto “Kanaremundê Tenu-Ahi”. Tenu-ahi, opê potê, tenu-ahi, Tenu-ahi, axe maxe, tenu-ahi. Tenu-ahi, petara sayma, tenu-ahi. Tenu-ahi, ñaman ñamaytu, tenu-ahi. Tenu-ahi, txuri sayma, tenu-ahi. Tenu-ahi, sate makapon, tenu-ahi. Grato, luz do sol, grato. Grato, alimento da terra, grato. Grato, lua brilhante, grato. Grato, frescor da água, grato. Grato, estrela brilhante, grato. Grato, amor dos irmãos, grato.

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    À direita, o historiador Tutushamum criador do Movimento Txemím Puri

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    Os Puri, indígenas que habitavam Nova Friburgo

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    Txâma Xambé, historiadora do Movimento Txemím Puri

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Especial Sala de Aula II - Mapeamento financeiro e orçamento doméstico

quinta-feira, 11 de junho de 2020

No último dia 5 – talvez você tenha lido –, esta coluna completou a marca de 30 edições; ou seja 30 semanas consecutivas trabalhando para lhe manter informado e consciente financeiramente. E por este motivo, o mês de junho é dedicado ao aprendizado neste “Especial Sala de Aula”.

No último dia 5 – talvez você tenha lido –, esta coluna completou a marca de 30 edições; ou seja 30 semanas consecutivas trabalhando para lhe manter informado e consciente financeiramente. E por este motivo, o mês de junho é dedicado ao aprendizado neste “Especial Sala de Aula”.

Em “Especial Sala de Aula I” – tema da última coluna – destaquei alguns conhecimentos muito necessários para a boa relação com o dinheiro. Foram conceitos básicos de educação financeira para nivelarmos o amplo conhecimento entre os que acompanham esta coluna e, com isso, aprofundarmo-nos ao longo destas edições especiais. Então, sem mais delongas, vamos ao conteúdo pois ainda temos muito o que conversar.           Começaremos, hoje, com o mapeamento financeiro. Você sabe como fazê-lo e adaptá-lo ao seu contexto?

O primeiro passo é reconhecer a sua realidade: sua idade; idade prevista para sua aposentadoria; quanto tempo para se aposentar; renda pessoal média; despesa pessoal média; número de membros da família; membros com geração de receita; renda familiar média; nível de segurança das fontes de renda da família; despesa familiar média; valor total de investimentos; e, por fim, rentabilidade líquida dos investimentos. Coletar estes dados vai facilitar a compreensão do seu contexto familiar e será ponto de partida para estabelecer algumas métricas para indicadores financeiros.

Perceba que não estipulei prazo para as definições médias; mais adiante, entenderão que os ciclos de orçamento podem variar muito de acordo com a realidade de cada indivíduo. Outro ponto importante é a noção de família, pois desde um indivíduo único até uma família de muitas pessoas, o orçamento inclui toda realidade financeira (incluir seus pets como membros da família é importante e um ato responsável por assegurar a responsabilidade financeira sobre os animais).

Contudo, para obter todas estas informações com precisão é necessário um estudo aprofundado do seu orçamento doméstico. Então, se ainda não tem o seu; o faça.

Assim, chegamos no segundo passo: estabelecer um planejamento financeiro. Para ter sucesso no controle de seu orçamento, defina o tempo do período que determinará seu ciclo (é usual o ciclo mensal, mas o período pode ser reajustado de acordo com suas especificidades de caixa) e o dia de início de cada mês. Controlar o orçamento doméstico exige dedicação; portanto, crie o hábito de fazer o levantamento com determinada periodicidade. Ferramentas específicas podem te auxiliar.

Por fim, já no terceiro passo, inclua-se em algum perfil financeiro condizente com a sua realidade para definir quais serão os planos de ação para alcançar seus objetivos – sejam eles quais forem. Aqui vão os perfis: criticamente endividado; endividado; falso equilibrado (gasta o que ganha e nada poupa); poupador; investidor; liberdade financeira (quando a renda passiva de seus investimentos supre seu orçamento doméstico). Agora, em posse de tantos dados, é hora de interpretar toda a sua conjuntura com os indicadores financeiros (receitas; despesas; saldo; investimentos; caixa) obtidos no orçamento doméstico. Chegou a hora de começarmos a calcular sua capacidade – e necessidade – de poupar e investir. Na coluna da próxima sexta-feira, 19, daremos continuidade ao assunto.

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Responsabilidade coletiva

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Para pensar:
"Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade.”
William Shakespeare

Para refletir:
“Não existem as tonalidades cinzas no que se refere a honra e justiça, só existe o certo e o errado."
Código Samurai

Responsabilidade coletiva

Para pensar:
"Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade.”
William Shakespeare

Para refletir:
“Não existem as tonalidades cinzas no que se refere a honra e justiça, só existe o certo e o errado."
Código Samurai

Responsabilidade coletiva

Bom, os leitores habituais estão cansados de saber o quanto a causa animal é cara a este espaço, e sabem também o quanto este colunista acredita que o tratamento dispensado por determinada coletividade ao seu patrimônio natural reflete em grande medida seu grau de amadurecimento.

E sob este aspecto, infelizmente, nós estamos muito aquém de honrar o privilégio e a responsabilidade de vivermos em meio a um paraíso ecológico.

Miríade

Descarte irregular de lixo, desmatamentos e movimentos de terra não autorizados (ou autorizados por motivos errados), tratamento de esgoto insuficiente, baixa adesão a práticas empresariais de sustentabilidade e compensação ambiental, descuidos e abusos para com animais de grande porte, queimadas criminosas e falta de políticas públicas consistentes voltadas à proteção e ao bem-estar animal são apenas alguns entre muitos exemplos de nosso fracasso enquanto guardiões do que de mais precioso restou da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro.

Urgente

Poderíamos esmiuçar cada um destes temas, mas o drama enfrentado pelo grande contingente de cães e gatos que vivem sob a proteção da cuidadora Valéria Lima demanda apoio urgente, e também um inadiável convite à reflexão.

A rede friburguense de protetores e amigos dos animais encontra-se neste momento totalmente mobilizada em torno da difícil missão de promover a adoção responsável de aproximadamente 60 cães e 40 gatos - alguns já idosos ou doentes -, assumindo, mais uma vez, responsabilidades que deveriam ser compartilhadas por toda a sociedade em caráter institucional.

Como ajudar

A coluna evidentemente se une ao coro que clama por ajuda de qualquer natureza, divulgando que os contatos podem ser feitos diretamente com JanaÍna (22 99943-1912) ou Luane (22 99876-4656), ou através da conta no Instagram e da página no Facebook da campanha de adoção.

Registramos também que os gatos estão sendo doados pela Confraria Miados e Latidos.

Atacar a causa

No entanto, ainda que adotar de forma responsável ou ajudar a arcar com custos sejam posturas pessoais que fazem enorme diferença, a coluna entende ser necessário levar essa discussão um passo à frente, a fim de modificar a origem dessa omissão do poder público que tem demandado atenção integral por parte de um punhado de abnegados, sobrecarregando toda a rede de protetores voluntários, e cobrado doses inimagináveis de sofrimento evitável a um sem-número de filhotes de animais de rua que deveriam ser castrados e não o são.

Créditos

Nossa Câmara Municipal tem sido palco para algumas ações em favor dessa causa.

A coluna pode lembrar, por exemplo, que o ex-vereador Edson Flávio criou a Comissão Permanente de Proteção e Bem-Estar Animal, que os ex-vereadores Ceará e Luciana Silva tiveram atuação curta mas bastante engajada na causa, ou que o atual presidente da comissão, vereador Wellington Moreira, é autor da lei que extinguiu a tração animal nos centros urbanos de Nova Friburgo.

Legado

O maior legado legislativo, contudo, cabe ao ex-vereador Cláudio Damião, autor de diversas legislações e indicações a respeito do tema, tais como a lei municipal de bem-estar dos animais domésticos; os projetos de leis ordinárias para instituir o Serviço de Atendimento Emergencial de Socorro aos Animais e a implantação de cemitérios de animais; a indicação legislativa para a fundamental criação de um conselho municipal de proteção, defesa e bem-estar animal; e, acima de tudo, a lei municipal 4.099 de 19 de julho de 2012, que “eleva o controle populacional e de zoonoses dos animais que menciona à função de saúde pública”.

Histórico

A gestão do ex-prefeito Sérgio Xavier questionou a constitucionalidade desta legislação, alegando que gerava despesas ao governo.

O autor, por sua vez, argumenta que já existia rubrica prevendo tais investimentos no orçamento municipal.

O fato é que o governo Rogério Cabral levou adiante número ainda pequeno de castrações (geralmente eram cerca de 60 ao mês), e que a atual administração não deu continuidade a esse esforço.

Postura

A coluna entende que essa é uma situação absolutamente inaceitável, que não pode mais continuar a consumir integralmente a vida, a saúde e os recursos de pessoas que são verdadeiros anjos e suportam sozinhas um peso que precisa ser assumido urgentemente por toda a sociedade.

A coluna espera que o governo municipal apoie os envolvidos na campanha de adoção, ofereça suporte aos animais e tenha a decência de retomar as castrações o quanto antes.

Os leitores que apoiam a causa, sintam-se estimulados a deixar seus comentários. 

Surpresa?

Conforme a coluna havia registrado, a Comissão de Finanças, Orçamento, Tributação e Planejamento da Câmara Municipal se disponibilizou para a realização de oitivas na tarde desta quarta-feira, 10, com o prefeito Renato Bravo; o secretário de Finanças, Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Gestão, Sérvio Túlio Santos do Lago; a Controladora Geral do Município, Elizabeth Righetti Morais e o procurador geral, Ulisses da Gama.

No entanto, vejam só, ninguém compareceu.

Difícil

A interpretação evidente é a de que o Palácio Barão de Nova Friburgo já não tem mais qualquer esperança de conseguir os 14 votos necessários para reverter o parecer do TCE-RJ, nem tampouco demonstra ter argumentos para isso, e aposta todas as suas fichas num esforço cada por alegar à Justiça que não teve direito a ampla defesa.

Uma alegação, por sinal, que fica bastante fragilizada a partir de episódios como este, quando um espaço para a apresentação de eventuais argumentos não foi aproveitado.

E depois?

Tudo indica que mesmo vereadores da base de governo devem votar contra a aprovação das contas, possivelmente já na semana que vem.

A verdadeira avaliação de suas posturas, contudo, deve ser feita a seguir, diante do que farão (ou não farão) a partir da eventual rejeição das contas.

Porque é evidente que a Câmara terá de se posicionar formalmente a esse respeito, sob pena de ser incoerente.

Presenças

Em tempo: compareceram presencialmente às oitivas os vereadores Professor Pierre, Alcir Fonseca e Marcinho Alves (respectivamente presidente e membros da Comissão de Finanças), Nami Nassif e Johnny Maycon.

Remotamente também participaram os vereadores Marcio Damazio, Zezinho do Caminhão e Christiano Huguenin.

Educação em debate

Está mais do que claro, a essa altura, que a Educação representa um dos setores mais duramente afetados pela pandemia de Covid-19.

Pois bem, a esse respeito a coluna registra que na próxima segunda-feira, 15, o secretário Municipal de Educação, Marcelo Verly, e o presidente do Conselho Municipal de Educação, Ricardo Lengruber, dialogarão com o secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes a partir das 19h.

Temas

A reflexão “Educação na Pandemia: desafios e oportunidades”, será transmitida ao vivo pelo canal Educação & Cidadania, e deverá abordar temas como os desafios enfrentados pela rede estadual de ensino; estratégias adotadas; situação dos professores; números de alunos alcançados; legados das experiências na pandemia para depois; e dificuldades enfrentadas.

Vai ou fica?

Resta saber, apenas, por quanto tempo Pedro Fernandes continuará à frente da secretaria, uma vez que nesta quarta-feira, 10, a Alerj aprovou, com 69 dos 70 votos possíveis, o início do processo de impeachment do governador Wilson Witzel.

Se esses números significam alguma coisa - e certamente significam - as perspectivas de continuidade do atual governo estadual não são nada animadoras.

Aspas

“Recebo com espírito democrático e resiliência a notícia do início da tramitação do processo de impeachment pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Estou absolutamente tranquilo sobre a minha inocência. Fui eleito tendo como pilar o combate à corrupção e não abandonei em nenhum momento essa bandeira. E é isso que, humildemente, irei demonstrar para as senhoras deputadas e senhores deputados. Como bem ressaltaram o presidente da Alerj, André Ceciliano, e a maioria dos parlamentares, terei direito à ampla defesa e tenho certeza absoluta de que poderei demonstrar que nosso governo não teve tolerância com as irregularidades elencadas no processo que será julgado. Vou seguir nas minhas funções como governador e me preparar para a minha defesa. Tenho certeza que os parlamentares julgarão os fatos como eles verdadeiramente são”, declarou o governador.

Por aqui...

O processo mal começou, e já tem gente tentando tirar proveito da situação para as eleições municipais.

É só prestar atenção para ver...

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Mapeamento

quarta-feira, 10 de junho de 2020

 

Para pensar:

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.”

José Saramago

Para refletir:

“Não seja melhor que os outros, seja melhor para os outros."

Padre Léo

Mapeamento

Olha só que informação interessante.

 

Para pensar:

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.”

José Saramago

Para refletir:

“Não seja melhor que os outros, seja melhor para os outros."

Padre Léo

Mapeamento

Olha só que informação interessante.

O Conselho Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Educação, o Sepe, o Fórum Municipal de Educação, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a Supervisão Escolar uniram forças em favor de um grande levantamento de dados, através de formulários disponibilizados a unidades escolares, professores e famílias de alunos matriculados.

Coleta adiantada

O último dia para registro de respostas será nesta sexta-feira, 12.

Até o fechamento desta edição, todas as 120 unidades já haviam enviado suas respostas.

Entre os professores, 1.233 dos 1.272 que compõem o quadro docente (equivalentes a 97% do total) também já haviam respondido.

Entre os familiares, por fim, 10.468 famílias já haviam respondido, num universo de 17.028 matriculados.

Levando-se em conta que são esperados formulários independentes para cada aluno matriculado, 61% do levantamento já havia sido concluído.

Espaço aberto

A depuração dos dados coletados deve começar na próxima semana, e a coluna desde já se coloca à disposição para dar visibilidade ao quadro que vier a ser desenhado a partir das respostas reunidas, bem como às estratégias elaboradas a partir dessa base informativa.

Bom exemplo

Importante enfatizar a importância do caráter coletivo da iniciativa, no sentido de assegurar a continuidade das ações para além das trocas de comando na Secretaria, ou mesmo da eventual eleição de um novo grupo para comandar a prefeitura.

Se quisermos mudar de fato nossa sociedade, então precisamos disso: memória administrativa e planejamentos de médio e longo prazos.

A propósito...

O Legislativo friburguense aprovou nesta terça-feira, 9, em decisão única e por unanimidade, Projeto de Lei Ordinária protocolado há mais de um ano pelo vereador Johnny Maycon que dispõe sobre “o ‘Fundeb Transparente’ incluir no Portal da Transparência do Município de Nova Friburgo informações acerca da aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).”

Várias perspectivas positivas, portanto, para a Educação em nossa cidade.

É hoje!

A Câmara Municipal realiza hoje, 10, a partir das 14h, uma reunião voltada a ouvir o prefeito Renato Bravo (ou quem ele eventualmente designar), a Secretaria de Fazenda, o Controle Interno e a Procuradoria-Geral do Município a respeito das contas da prefeitura relativas ao exercício de 2018.

A coluna acredita que o encontro será transmitido via internet, mas essa informação não foi confirmada.

Curiosidades (1)

Ainda a esse respeito, o prefeito Renato Bravo, o procurador-geral Ulisses da Gama, e as secretarias de Educação, Saúde, e Ordem e Mobilidade Urbana tinham até segunda-feira, 8, para que pudessem entregar manifestação escrita a respeito dos remanejamentos orçamentários que executaram em 2018.

A manifestação chegou nesta terça-feira, 9, portanto com o prazo vencido, mas deve ser considerada mesmo assim.

Curiosidades (2)

Até onde a coluna conseguiu levantar, os argumentos apresentados foram muito mais voltados a questões formais do que ao mérito do que foi alegado por TCE-RJ e Ministério Público.

Também vale observar que após a insistência para que as secretarias pudessem se manifestar, nenhuma manifestação por parte delas foi recebida...

Macabro

No último fim de semana o filme brasileiro “Macabro”, inspirado na história real de Ibraim e Henrique de Oliveira, os “Irmãos Necrófilos”, que nos anos 90 foram acusados dos brutais assassinatos de oito mulheres, um homem e uma criança aqui em Nova Friburgo, ganhou o prêmio de Melhor Filme pelo júri popular no Brooklyn Film Festival, que esse ano aconteceu 100% on-line.

Dirigida por Marcos Prado (Estamira), a película foi rodada também por aqui.

Por falar nisso...

E já que falamos sobre coisas macabras, que tal o vereador que transformou o próprio mandato num grande cabide de empregos, e mais uma vez deu um jeito de encaixar a própria esposa, desta vez no contencioso cível da PGM?

E que tal a apuração que vem sendo tocada pelo vereador Wellington Moreira, que aponta para um fornecedor bastante conhecido (e controverso) para as cestas básicas distribuídas pelo Executivo Municipal?

Desafio

Dando continuidade às belas imagens clicadas por Regina Lo Bianco, que certamente servirão como registro histórico desses dias tão atípicos para gerações futuras, a coluna pergunta aos leitores: e aí, de quem é o rosto por trás da máscara?

Boa sorte a todos!

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