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Os 22 anos do Projeto Piabanha

quinta-feira, 18 de junho de 2020

O majestoso Rio Paraíba do Sul nasce no Estado de São Paulo e deságua no Oceano Atlântico em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Ocupando um bioma marcado pela Mata Atlântica, sua bacia drena 24% do estado paulista, 39% do estado fluminense e 37% de Minas Gerais, sendo responsável pelo abastecimento de água para mais de 14 milhões de pessoas. Como compreende centros de expressiva concentração urbana e industrial, esses três estados colocam em risco a biodiversidade do Paraíba do Sul.

O majestoso Rio Paraíba do Sul nasce no Estado de São Paulo e deságua no Oceano Atlântico em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Ocupando um bioma marcado pela Mata Atlântica, sua bacia drena 24% do estado paulista, 39% do estado fluminense e 37% de Minas Gerais, sendo responsável pelo abastecimento de água para mais de 14 milhões de pessoas. Como compreende centros de expressiva concentração urbana e industrial, esses três estados colocam em risco a biodiversidade do Paraíba do Sul.

Antes mesmo do processo industrial, o Vale do Paraíba fluminense e paulista, desde o último quartel do século 18, ficou sujeito a devastação de sua mata para a implantação da cultura da cana-de-açúcar seguida do ciclo econômico do café. A redução da área original de cobertura vegetal do vale provocou a erosão acelerada dos morros acarretando o assoreamento do rio.

Já nas últimas décadas, o lançamento de esgoto doméstico com baixo percentual de tratamento e de dejetos industriais têm ameaçado diversas espécies de peixes nativos como o surubim-do-paraíba e a piabanha. Estima-se que o Rio Paraíba do Sul possuía cerca de 127 espécies de peixes, das quais 115 nativas e 12 introduzidas. São peixes de valor comercial no Rio Paraíba do Sul a piabanha, o piau branco e vermelho, a tainha, o dourado, a traíra, o robalo peva e flexa, o cascudo ou caximbau e o curimatã, curimbatá ou carpa do rio.

Para evitar que essas espécies aquáticas desapareçam de sua bacia foi criado o Projeto Piabanha que comemora 22 anos de atuação. Não fosse essa iniciativa muitas espécies já teriam sido extintas. Na celebração de seus dois decênios de atividade, o Projeto Piabanha lança a campanha “Em defesa dos rios, em defesa da vida” reunindo colaboradores, voluntários e parceiros.

Utilizando as redes sociais objetivam levantar a pauta da conservação, proteção e recuperação para a sustentabilidade das espécies de peixes em extinção no Rio Paraíba do Sul. Para tanto, o projeto conta com o apoio institucional do Instituto Humanize, Pesagro-Rio, Carinho Eco Green (Copapa), Uenf – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais – Cepta, ICMBio e da Universidade Mogi das Cruzes.

O Projeto Piabanha mobiliza recursos, tecnologias e pessoas em defesa dos rios, em especial para a conservação dos peixes da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, com ênfase nas espécies aquáticas ameaçadas de extinção. É formado pela Associação de Pescadores, aquicultores familiares e amigos do Rio Paraíba do Sul, uma organização da sociedade civil de interesse público municipal e estadual, com sede no município de Itaocara, no noroeste fluminense.

Nessas mais de duas décadas consolidou estudos, pesquisas, experiências e resultados na participação do Plano de Ação Nacional retendo o maior plantel de reprodutores de espécies nativas de peixes da bacia hidrográfica do Paraíba do Sul. O Projeto Piabanha representa uma oportunidade socioambiental de transformação e impactos positivos para uma área de mais de 55 mil quilômetros, com 40 espécies ameaçadas de extinção, incluindo os peixes piabanha, surubim-do-Paraíba, grumatã e toda a população ribeirinha que vive em seu entorno.

Com o auxílio de parceiros realizam o repovoamento nos rios Pomba e Paraíba do Sul com peixes marcados, objetivando preservar as espécies ameaçadas de extinção. A marcação em peixes é amplamente utilizada para diagnosticar aspectos da dinâmica populacional, crescimento, mortalidade, deslocamento e reprodução. A partir dessa marcação é possível monitorar a fauna aquática e avaliar o êxito do estabelecimento dessas espécies no ambiente natural. O monitoramento conta com a parceria dos pescadores da região e de uma rede ampla de colaboradores.

De acordo com o biólogo e diretor técnico da instituição, Guilherme Souza, ao longo do projeto a Piabanha atingiu um aumento populacional expressivo consolidando a ideia de conservação em um trabalho que se tornou referência no país. Segundo o geógrafo, ecologista e diretor geral da instituição, Luiz Felipe Daudt de Oliveira, “o Projeto Piabanha objetiva ampliar a capacidade de atuação, consolidar novas tecnologias em prol dos rios representando uma voz significativa no movimento ambiental, que vem mudando hábitos arcaicos e arraigados disseminando boas práticas de conservação que atendem as expectativas de corações e mentes.” Esse projeto pode ser mais bem conhecido acessando www.projetopiabanha.org.br ou pelo instagram @projetopiabanha. 

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    O Projeto Piabanha conta com o apoio de instituições governamentais e acadêmica

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    O Projeto Piabanha é uma referência no país

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    Os peixes marcados são monitorados

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O que sobra no final de sua vida?

quinta-feira, 18 de junho de 2020

A história relata que Jesus Cristo viveu na Palestina cerca de dois mil anos atrás. Em vestes humanas ele veio à Terra no nível daqueles que desejava salvar. Que humildade! Totalmente oposto aos arrogantes e aos abusadores do poder que dizem coisas como “Sabe com que está falando?”. Que pessoas fracas são estas, não é?

A história relata que Jesus Cristo viveu na Palestina cerca de dois mil anos atrás. Em vestes humanas ele veio à Terra no nível daqueles que desejava salvar. Que humildade! Totalmente oposto aos arrogantes e aos abusadores do poder que dizem coisas como “Sabe com que está falando?”. Que pessoas fracas são estas, não é?

No caráter de Jesus não havia nenhuma malícia, nem impureza, nem mácula, nenhuma arrogância. E em relação a nós, como está o nosso caráter? Tem brotado dele malícias, corrupção, mentiras, vaidade, que se transformam em comportamentos egocêntricos, pedantes, arrogantes? Ou temos aceitado ajuda divina passando gradativamente a ter atitudes éticas, bondosas, benignas que auxiliam o próximo? Já descobriu a necessidade de acabar com suas mentiras e outros problemas de caráter para crescer e realmente se tornar feliz? Somos ajudados a querer o bem se pelo menos queremos ser ajudados. Você quer? Saúde depende de admitirmos ter a doença e decidir praticar o que promove recuperação.

Contudo Jesus sendo Deus assumiu um corpo humano já debilitado em comparação com o corpo, por exemplo dos primeiros seres humanos, como Adão que tinha quase quatro metros de altura e viveu quase mil anos. Uma amiga comentou no contexto de Jesus ter assumido um corpo como o nosso assim: “Como a divindade coube num corpo humano!” trajando sua divindade com a humanidade, para se associar com a humanidade imperfeita, ele procurou ajudar-nos a redimir o que, pela desobediência, Adão perdera.

Em seu próprio caráter Jesus manifestou para o mundo o caráter de Deus. Ele não viveu procurando agradar a si mesmo, mas fazendo o bem. Você faz o bem? A história dele por mais de 30 anos de vida aqui na Terra foi de benevolência desinteressada. Duas das revistas médicas mundialmente famosas no meio científico a “The Lancet” e a “NEJM-New England Journal of Medicine,” admitiram este mês que elas se deixam influenciar pela indústria farmacêutica que faz muita pressão para publicar artigos com conflitos de interesses nestes periódicos.

Alguns cientistas ganham muito dinheiro das indústrias de medicamentos ao produzirem pesquisas sobre determinado remédio. A “The Lancet” publicou um trabalho poucas semanas atrás sobre medicamentos para a Covid-19 que verificou-se depois que no estudo haviam erros e falhas de metodologia de pesquisa científica. Um dos autores tinha conflito de interesse com uma indústria de medicamentos. Que vergonha! Veja isto em: https://quinina.com.br/editores-do-the-lancet-e-do-nejm-as-empresas-farmaceuticas-nos-pressionam-a-aceitar-artigos/

Você faz o mesmo? Defende ideias e comportamentos não saudáveis por interesse seja econômico ou ideológico sem uma apropriada verdade por detrás? Ganhar dinheiro, fama, discussões filosóficas tem realmente produzido paz em sua mente? Jesus não tinha nenhum conflito de interesse em sua pregação, em sua conduta e vida terrestre. Não é sem razão que as pessoas ficavam maravilhadas com seus ensinamentos. Ele ensinava como tendo autoridade e não preso às tradições religiosas que colocavam a opinião humana acima da revelação divina, como muitas filosofias, ideologias e religiões fazem hoje. Cristo não ficou preso às fracas e insípidas fábulas e tradições dos escribas e fariseus. Alguns admirados de sua doutrina, chegaram a expressar: “Nunca homem algum falou como este homem.” João capítulo 7, versículo 46.

Examine por você mesmo com humildade e motivação de desejar a verdade o que consta nas escrituras sagradas, a Bíblia. Ali tem saúde mental, saúde física, saúde espiritual e social. A postura de reverência diante da luz da verdade nos conduz à saúde, força para viver e entendimento do sentido da vida, que não é “retomada do crescimento econômico após a pandemia. Só a mente contrita e humilde pode ver a luz. Temos que deixar a arrogância, a autoconfiança doentia, a fissura materialista, a obsessão pela fama, pelo prazer sexual, pelo romance, pelo acúmulo de bens, para realmente ser possível amadurecer como pessoa. Não tem remédio de farmácia que faça isso.

Você pode escolher um caminho bom. Pode escolher. Você pode decidir querer a verdade, saindo da corrupção, do nariz empinado que defende ideologias no mínimo duvidosas. Deixe a mente aberta para que o que é realmente verdadeiro possa entrar. Não é abandonar o que você sinceramente crê hoje como verdade e realidade. Mas é se perguntar: “O que creio é realmente verdadeiro?”. E pesquisar. Este é o caminho do crescimento de nosso caráter. É o que pode ajudar a humanidade. Afinal, no final de nossa vida nessa existência curta, o que sobra é o caráter, é o que você fez de bom para as pessoas, sem interesses egoístas. O resto se perde, ou fica por aí nas contas bancárias ou listadas no seu inventário para outros desfrutarem. Você pode escolher agora o que quer deixar ao morrer. Luz ou escuridão, bem ou mal, só dinheiro ou exemplo de bom caráter que influencia vidas para a virtude.

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Loteamentos

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Para pensar:

"Vivemos neste mundo como se tivéssemos outro para o qual ir.””

Autor desconhecido

Para refletir:

“Só no Noroeste Fluminense são mais de 950 mil hectares de áreas degradadas. Se em cada hectare três empregos diretos podem ser gerados, imaginem vocês o potencial adormecido. Restauração de florestas é a pauta do futuro. Inadiável"

Emanuel Alencar

Loteamentos

Para pensar:

"Vivemos neste mundo como se tivéssemos outro para o qual ir.””

Autor desconhecido

Para refletir:

“Só no Noroeste Fluminense são mais de 950 mil hectares de áreas degradadas. Se em cada hectare três empregos diretos podem ser gerados, imaginem vocês o potencial adormecido. Restauração de florestas é a pauta do futuro. Inadiável"

Emanuel Alencar

Loteamentos

Diversos moradores do Loteamento Tiradentes, no distrito de Amparo, entraram em contato com a coluna para pedir ajuda em tom de desespero.

Diversos relatos descrevem a falta de abastecimento d’água desde o último sábado, 13, com uma breve exceção na manhã desta terça-feira, 16.

Uma situação que já seria muito delicada num contexto normal, mas que se torna inaceitável num cenário de pandemia, no qual a correta higiene é fundamental para as medidas de prevenção.

Aspas

Tão logo foi confrontada com os relatos a coluna entrou em contato com a concessionária Águas de Nova Friburgo, e obteve a seguinte resposta: “A Águas de Nova Friburgo informa que foi identificado um vazamento não aparente na rede de água que abastece o loteamento Tiradentes. O reparo foi realizado na manhã desta terça-feira, 16, e a previsão para a normalização no fornecimento de água é até o final do dia de hoje [terça-feira, 16]. Vale destacar que a empresa enviou quatro carros-pipa para abastecer os clientes da região.”

Contatos

“Em casos de desabastecimento, a concessionária disponibiliza carros-pipa, que podem ser solicitados pelo WhatsApp (21) 97211-8064, 0800 757 0422 (ligações gratuitas de telefones fixos, celulares e longa distância), aplicativo cliente águas, chat interativo, que está disponível no aplicativo e no site www.aguasdenovafriburgo.com.br.”

Em espera

De posse da resposta, a coluna a encaminhou aos reclamantes, que atestaram, na tarde desta terça-feira que o problema ainda persistia.

A coluna seguirá monitorando a situação.

Por falar nisso...

E já que falamos em loteamento, a história começa a se repetir e o último ano de mandato volta a dar mostras de loteamento do governo em favor da costura de apoios e parcerias voltados à corrida eleitoral que se avizinha.

Após a controversa nomeação na Procuradoria de cônjuge do político cuja base eleitoral se sustenta na obtenção de empregos e gratificações com recursos públicos, agora foi a vez de um importante posto de saúde da cidade virar moeda de troca com o mesmo grupo, em meio a diversos questionamentos públicos.

Parasita

A coluna registra aqui sua total reprovação a esse tipo de prática, enfatizando que só fica nas mãos de chantagista quem tem algo a esconder, e só faz pacto com personagem tão nocivo quem coloca interesses pessoais acima dos coletivos.

Aliás, a Justiça já tem provas de que o sujeito em questão se esforçou por alterar datas em processos para não ter de reconhecer dívidas, e também de que interferiu em licitações enquanto foi secretário, ora para provocar compras emergenciais, ora para favorecer empresas “parceiras”, entre inúmeras outras possibilidades de enquadramento.

Alma pequena

A coluna não entende como alguém tão incauto ainda não respondeu pelos seus atos.

Mas entende perfeitamente como esse tipo de personagem tem sempre a reeleição assegurada, ou ao menos encaminhada.

Afinal, a fatia da população que se dispõe a prejudicar a coletividade em troca de um emprego para si mesmo ou para alguém próximo também vota.

Onde alguns veem esperteza, no entanto, existe apenas pequenez.

Retrato

Aconteceu nesta segunda-feira, 15, a prestação de contas do 1° quadrimestre da Saúde.

Ao todo, foram quase sete horas de apresentação, ao longo das quais o vereador Professor Pierre esteve praticamente sozinho, como o vídeo no YouTube não deixa mentir.

O vereador Zezinho do Caminhão participou parcialmente, o vereador Alcir Fonseca não encontrou conexão; Johnny Maycon e Marcinho Alves estavam em viagem; e a vereadora Vanderleia tem toda a solidariedade da coluna, uma vez que estava chorando a perda de sua amada mãe.

Todavia, ninguém mais participou. “Comecei sozinho e terminei sozinho, depois de 20 horas”, resumiu Pierre.

Números

Entre os itens apresentados, o boletim Segov referente à articulação federativa para o enfrentamento da situação de emergência decorrente do coronavírus informa que os repasses do Governo Federal para Nova Friburgo alcançam R$ 11.626.726,02, divididos da seguinte forma: Fundo Nacional de Saúde (FNS FAF-Covid), R$ 4.980.216,27; Apoio FPM (MP 938) R$ 2.202.231,30; Pfec (LC nº 173) 4.444.278,45.

Em nome da confiança

A friburguense Ilona Szabó teve participação importante na edição da última sexta-feira, 12, do Jornal Nacional, em matéria que tratava da omissão, aparentemente temporária, dos dados relativos a violência policial no relatório sobre violações de direitos humanos de 2019 no Brasil.

“Mascarar dados - ou não divulgar dados - traz consequências muito graves para essa relação de confiança entre a sociedade e o governo”, afirmou Ilona, em rede nacional.

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Bernardo Dugin

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Bernardo Dugin
O ator friburguense, Bernardo Dugin, em breve estará mais uma vez nas telonas do cinema. Acaba de sair o trailer oficial do aguardado filme “M8 – Quando a morte socorre a vida”. O suspense nacional é baseado no livro homônimo de Salomão Polakiewicz e é aguardado desde o início de sua produção, dirigida pelo premiado Jeferson De. 

Bernardo Dugin
O ator friburguense, Bernardo Dugin, em breve estará mais uma vez nas telonas do cinema. Acaba de sair o trailer oficial do aguardado filme “M8 – Quando a morte socorre a vida”. O suspense nacional é baseado no livro homônimo de Salomão Polakiewicz e é aguardado desde o início de sua produção, dirigida pelo premiado Jeferson De. 

Suspense aguardado
O filme conta a história de Maurício (Juan Paiva), um calouro da prestigiada Universidade Federal de Medicina, filho de Cida (Mariana Nunes), auxiliar de enfermagem que dá duro para ver o jovem entrar para a faculdade. Em sua primeira aula de anatomia, Maurício é apresentado a M8, corpo que servirá para o estudo dele e dos amigos durante o primeiro semestre.

Crítica Social
Em uma jornada permeada de mistério e realidade, Maurício enfrenta suas próprias angústias para desvendar a identidade desse rosto desconhecido.​ Muito atual, diante de todos os processos contra o racismo, o longa aborda o lugar ocupado pelo corpo negro dentro da sociedade, as formas como ele é imediatamente carregado de preconceitos e é sentido pelo outro.

Na tela do cinema
O friburguense Bernardo Dugin interpreta Thiago, namorado de um dos estudantes. O elenco conta com nomes como Lázaro Ramos, Zezé Motta, Ailton Graça, Rocco Pitanga e Léa Garcia. O filme estreou no Festival de Cinema do Rio de 2019, mas ainda não entrou no circuito comercial. Com a pandemia, a data de estreia permanece  imprevista, mas M8 deve ser uma das primeiras produções a serem exibidas assim que os cinemas reabrirem.

Doação de sangue em queda
Caiu em mais de 200% a média de doação de sangue no Hemocentro de Nova Friburgo. Algo que não é uma exclusividade local. Todos os hemocentros do Estado sentiram a queda, desde a adoção do isolamento social. Com medo de contágio pelo novo coronavírus, muita gente deixou de doar.

Todos os tipos
Por aqui, em média o hemocentro arrecadava 14 bolsas de sangue por dia. Atualmente, não passa de quatro. O estoque de todos os tipos sanguíneos está baixo, sendo que O+ está praticamente zerado. Por conta da pandemia, as doações estão sendo realizadas de forma agendada pelo telefone 2523-8084.

Campanha dos Bombeiros
Por conta dessa realidade enfrentada por todos os hemocentros e aproveitando que estamos no mês do doador de sangue, o Corpo de Bombeiros está realizando a campanha “Onda Vermelha” que estimula que os militares façam a sua doação de sangue e postem na internet, fazendo um desafio interativo aos colegas da corporação.

Financeiro abalado
O Friburguense, mesmo sem jogos previstos nos campeonatos profissionais, está de olho na volta do futebol. Livre do rebaixamento e com a Copa Rio cancelada, a ausência de competições acerta em cheio o financeiro do clube. Isso porque, sem poder emprestar os jogadores de seu elenco aos clubes com jogos, a folha salarial fica como responsabilidade do Tricolor Serrano.

Sem datas
A expectativa é que a segundona do Rio comece em agosto. A ideia é emprestar o máximo de atletas, até para que eles fiquem em atividade. É impossível traçar quando será iniciada a seletiva 2021. Há quem até tema que não exista a seletiva por conta de ter que espremer o calendário futebolístico.

Espera
A princípio, a previsão é final de dezembro. No entanto, isso dependerá do novo calendário das competições nacionais. Com a ausência da Copa Rio que dá vaga no Brasileiro da Série D e na Copa do Brasil, acredita-se que essas vagas irão para os times de acordo com a colocação do Campeonato Carioca.

Brasileirão
Isso afeta em cheio os planos do Friburguense que sonhava em voltar ao Brasileiro da Série D já em 2021. Sequer é possível cravar que haverá Série D este ano. Uma das discussões que ganha força nos bastidores é de que as séries A, B e C tenham o mesmo formato, imitando a fórmula atual da C: dois grupos de dez, com os quatro primeiros de cada grupo passando ao mata-mata.      

Palavreando
“As metáforas estão na minha cara, sem a necessidade de desvendá-las com a perícia de um doutor em enigmas. O mesmo faço com o tempo. Não tenho a ambição de domar as horas”.

Foto da galeria
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D. Maria Leopoldina

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Na semana passada escrevi que líderes e autoridades do primeiro quarto do século 21 não têm mais o peso e o valor daqueles do passado. Com isso na cabeça, resolvi passar pelo século 20 e aterrissar no século 19, conhecido por guerras, revoluções, inovações e pensamentos que marcaram a humanidade até os dias de hoje. Esse período foi importantíssimo para o Brasil, quando deixamos de ser colônia portuguesa e viramos Reino Unido de Portugal e Algarves. Não demorou muito, exatos 14 anos, e nos tornamos um país independente, a primeira monarquia do continente americano.

Na semana passada escrevi que líderes e autoridades do primeiro quarto do século 21 não têm mais o peso e o valor daqueles do passado. Com isso na cabeça, resolvi passar pelo século 20 e aterrissar no século 19, conhecido por guerras, revoluções, inovações e pensamentos que marcaram a humanidade até os dias de hoje. Esse período foi importantíssimo para o Brasil, quando deixamos de ser colônia portuguesa e viramos Reino Unido de Portugal e Algarves. Não demorou muito, exatos 14 anos, e nos tornamos um país independente, a primeira monarquia do continente americano.

Muitos foram os nomes de importância em nossa história, nesse período, mas vou me deter na figura de D. Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil e das Américas, da qual sou fã incondicional. Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena nasceu em Viena, no palácio de Schonbrunn, em 28 de janeiro de 1797. Era filha do imperador da Aústria, Francisco I e de sua segunda esposa Maria Teresa das Duas Sicílias. Era oriunda de um dos impérios mais importantes da Europa daquela época e teve uma educação esmerada, preparada para reinar, se fosse necessário. Ela baseava-se na crença educacional de "que as crianças deveriam ser desde cedo inspiradas a ter qualidades elevadas, como humanidade, compaixão e desejo de fazer o povo feliz”. Falava seis idiomas, entre eles o português.

Foi essa mulher prendada e culta a escolhida para se casar com Pedro, futuro imperador do Brasil e oriundo de uma corte europeia escrachada, como era a portuguesa. Faço ideia do choque que ela deve ter tido ao conhecer a nobreza portuguesa quando desembarcou, no Rio de Janeiro, em 6 de dezembro de 1817, em especial D. Carlota Joaquina que a detestava. Mas, quem muito ganhou com a sua presença foi o Brasil, pois amante da botânica e da mineralogia, trouxe consigo um mineralogista e seu futuro marido, D. Pedro de Alcântara, tão logo seu casamento foi anunciado, organizou, sob os auspícios da Coroa Austríaca, aquela que viria a ser a principal expedição científica ao interior das desconhecidas (para a ciência) terras brasileiras.

Dizem que D. Maria Leopoldina (ela incorporou o prenome Maria por ser devota da Virgem Maria ou como deferência à corte portuguesa, onde as mulheres tinham o Maria como prenome) não era bonita, mas sua simpatia compensava tudo. No entanto, ela conseguiu se fazer respeitar pelo marido, no que concerne a sua inteligência e perspicácia, a ponto de ser a substituta de D. Pedro, quando esse, já imperador do Brasil, se ausentava da corte em viagens pelo interior.

Com sua educação esmerada ela fazia questão de comer com garfo e faca, quando os hábitos palacianos eram usar as mãos; adotou o Brasil como sua pátria, tanto é assim que não permitia que se falasse outra língua que não o português, em sua presença. Conquistou a todos, principalmente os pobres e os escravos, que ficaram desconsolados quando do seu precoce falecimento. Foi uma verdadeira comoção no Rio de Janeiro e em todo o país, sendo que os escravos soluçavam a perda de “sua mãe”.

Mas, foi no período que antecedeu a independência brasileira que sua presença se fez marcante. O famoso Dia do Fico, em que Pedro decidiu permanecer no Brasil, contrariando as ordens da corte portuguesa, tem o seu dedo. Foi mais abnegada no movimento separatista que o próprio marido, pois este tentava uma conciliação com a futura ex metrópole.

O decreto da independência, assinado em 2 de setembro de 1822, separando o Brasil de Portugal, foi assinado pelo presidente do Conselho de Estado, D. Maria Leopoldina do Brasil, reunido às pressas, face as ameaças portuguesas de voltar o Brasil à condição de colônia. Sua postura, defendendo os interesses brasileiros, é flagrante na carta que escreveu a D. Pedro, naqueles dias conturbados: “É preciso que volte com a maior brevidade. Esteja persuadido de que não é só o amor que me faz desejar mais que nunca sua pronta presença, mas sim as circunstâncias em que se acha o amado Brasil. Só a sua presença, muita energia e rigor podem salvá-lo da ruína”.

Ou seja, enquanto Pedro bradava o famoso “Independência ou morte”, o Brasil já era uma nação independente, sob a batuta de D. Leopoldina. E mais, a bandeira do império é de sua autoria, sendo o verde a cor da casa dos Bragança e o amarelo dos Habsburgo. Nada de mata e ouro, invenção dos republicanos, que tinham de desmistificar tudo que se referia ao império brasileiro, quando da proclamação da República.

A “mãe dos brasileiros” faleceu de septicemia pós-puerperal, no palácio da Quinta da Boa Vista, em 11 de dezembro de 1826, aos 29 anos de idade, deixando entre seus oito filhos aquele, que viria a ser, na minha opinião, o melhor chefe de estado que esse país já teve, D. Pedro II.

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O príncipe sensato

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura:

Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura:

— “Certo rei, senhor de imensos domínios, desejando engrandecer o espírito dos filhos para conferir-lhes herança condigna, conduziu-os a extenso vale verdoengo e rico de seu enorme império e confiou a cada um determinada fazenda, que deviam preservar e enriquecer pelo trabalho incessante. O pai desejava deles a coroa da compreensão, do amor e da sabedoria, somente conquistável através da educação e do serviço; e, como devia utilizar material transitório, deu-lhes tempo marcado para as construções que lhes seriam indispensáveis, mais tarde, aos serviços de elevação. Assim procedia, porque o vale era sujeito a modificações e chegaria um momento em que arrasadora tempestade visitaria a região guardando-se em segurança apenas aqueles que houvessem erguido forte reduto. Assim que o soberano se retirou, os filhos jovens, seguidos pelas numerosas tribos que os acompanhavam, descansaram, longamente, deslumbrados com a beleza das planícies banhadas de sol. Quando se levantaram para a tarefa, entraram em compridas conversações, com respeito às leis de solidariedade, justiça e defesa, cada qual a exigir especiais deferências dos outros. Quase ninguém cuidava da aplicação dos regulamentos estabelecidos pelo governo central. Os príncipes e seus afeiçoados, em maioria, por questões de conforto pessoal, esmeravam-se em procurar recursos sutis com que pudessem sonegar, sem escândalos visíveis entre si, os princípios a que haviam jurado obediência e respeito. E tentando enganar o magnânimo pai, por meio da bajulação, ao invés de honrá-lo com o trabalho sadio, internaram-se em complicadas contendas, em torno de problemas íntimos do soberano.”

Gastaram anos a fio, discutindo-lhe a apresentação pessoal. Insistiam alguns que ele revelava no rosto a brancura do lírio, enquanto outros perseveravam em proclamar-lhe a cor bronzeada, idêntica à de muitos cativos de Sídon. Muitos afirmavam que ele possuía um corpo de gigante e não poucos exigiam fosse ele um anjo coroado de estrela.

Ao passo que as rixas verbais se multiplicavam, o tempo ia-se esgotando e os insetos destruidores, infinitamente reproduzidos, invadiram as terras, aniquilando grande parte dos recursos preciosos. Detritos desceram de serras próximas e fizeram compacto acervo de monturo naquelas regiões, enquanto os príncipes levianos, inteiramente distraídos das obrigações fundamentais que lhes cabiam, se engalfinhavam, a todo instante, a propósito de ninharias.

Houve, porém, um filho bem-avisado que anotou os decretos paternais e cumpriu-os. Jamais esqueceu os conselhos do rei e, quanto lhe era possível, os estendia aos companheiros mais próximos. Utilizou grande número de horas que as leis vigentes lhe concediam ao repouso e construiu sólido abrigo que lhe garantiria a tranqüilidade no futuro, semeando beleza e alegria em toda a fazenda que o genitor lhe cedera por empréstimo. E assim, quando a tormenta surgiu, renovadora e violenta, o príncipe sensato que amara o monarca e servira-o, desvelado e carinhoso, estendendo-lhe as lições libertadoras, pela fraternidade pura, e cumprindo-lhe a vontade justa e bondosa, pelo trabalho de cada dia, com as aflições construtivas da alma e com o suor do rosto, foi naturalmente amparado num santuário de paz e segurança que os seus irmãos discutidores não encontraram.

Doce silêncio pairou na sala singela...

Decorridos alguns minutos, o mestre fixou os olhos lúcidos na pequena assembléia e concluiu:

— Quem muito analisa, sem espírito de serviço, pode viciar-se facilmente nos abusos da palavra, mas ninguém se arrependerá de haver ensinado o bem e trabalhado com as próprias forças em nome do pai celestial, no bendito caminho da vida.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

 

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Tendência

terça-feira, 16 de junho de 2020

Para pensar:
"Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno.”
Khalil Gibran

Para refletir:
“O amor não age com interesses; o egoísmo é falta de amor. O amor vive de dar e perdoar e o egoísmo vive de tomar e esquecer."
Sathya Sai Baba

Tendência

Para pensar:
"Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno.”
Khalil Gibran

Para refletir:
“O amor não age com interesses; o egoísmo é falta de amor. O amor vive de dar e perdoar e o egoísmo vive de tomar e esquecer."
Sathya Sai Baba

Tendência

Em nossa edição do último fim de semana a coluna manifestou seu entendimento de que o Judiciário deve começar em breve a sinalizar alguma margem para flexibilização da quarentena, mas limitações de tempo e espaço não permitiram desenhar, naquela altura, uma mapa um pouco mais preciso do que já está se passando.

Hoje, com mais calma, podemos ampliar um pouco mais.

Exemplo

Um exemplo que parece ser relevante diz respeito ao pagamento de pensões alimentícias.

Neste momento o Judiciário tem em mãos um grande abacaxi para descascar, uma vez que muitos pais perderam o emprego ou a renda em decorrência da paralisação econômica, e subitamente se viram sem condições de honrar os pagamentos.

Todos sabemos que esse é o tipo de situação que frequentemente acaba redundando em reclusão, mas é evidente que em muitos dos casos relacionados à Covid isso não seria nem justo nem eficiente para resolver o problema.

E então, o que fazer?

Pior dos cenários

Parece evidente, a essa altura, que falhas cruciais, antes e durante o período de isolamento, condenaram o Brasil ao pior dos cenários.

O histórico de desvios e péssimas administrações nas três esferas de governo não permitiram o necessário acúmulo de gordura econômica para o enfrentamento adequado de um problema de tal magnitude, de modo que, desde o início, o Governo Federal se declarou incapaz de (ou indisposto a) financiar o isolamento que todos sabiam ser necessário.

Oportunidade perdida

A defesa de tal posicionamento, todavia, se deu de maneira absolutamente controversa, para dizer o mínimo, recorrendo ao negacionismo científico, a desrespeitos públicos a recomendações de especialistas, e ao acirramento da polarização.

Em resumo: perdemos uma oportunidade única de retomada do diálogo ou, que fosse, de direcionarmos as divergências a uma disputa producente em torno de qual grupo seria capaz de dar os melhores exemplos.

Casa de palha

Como resultado, fizemos um isolamento cheio de furos que não rendeu os frutos sanitários necessários, mas manifestou todos os seus efeitos colaterais sobre uma economia que não foi devidamente protegida.

Agora, começamos a retomar as atividades econômicas não porque o problema já foi devidamente superado, mas porque não parece mais haver meios para sustentar esse tipo de mobilização em meio ao cenário de esgotamento e descrença em que estamos mergulhados.

Infelizmente, o coronavírus encontrou o Brasil em meio a sintomas severos de alguma doença autoimune.

Pesquisa confiável

Felizmente, por outro lado, também há notícias boas, e elas nascem dos mananciais que jamais nos abandonaram.

Ricardo Fabbri, professor permanente de Engenharia da Computação do Instituto Politécnico da Uerj em Nova Friburgo, informa a coluna a respeito da elaboração de “um guia confiável a respeito de imunidade, resultado de uma extensa revisão bibliográfica junto a imunologistas e médicos, incluindo vitaminas, alimentos e pequenas medidas seguras que possam ajudar a reduzir as chances e o tempo de infecção pelo novo coronavírus.”

Aspas

“Escrevi o artigo com apoio de médicos e imunologistas. Mas, como não sou médico, me limitei a suplementos seguros e não falo de remédios de uso restrito. Participo de grupos emergenciais de pesquisa em Covid-19 da Uerj/UFF e UFRJ, e estamos continuamente submetendo projetos de pesquisa sobre imunologia computacional ao CNPq, Capes e Faperj.”

Método

“Para o guia fiz um levantamento em todos os papers da Nature, Cell, The Lancet e outras revistas centrais que saíram desde o início da pandemia, e recortei referências a esses suplementos. A primeira página foi escrita para ser útil a toda a população, e logo abaixo dela há os links para o meu Research ID  (Orcid) e o DOI para que não pareça fake news.

Compartilhei o artigo com alguns especialistas em detectar fake news e obtive impressão positiva. Tudo que é citado na primeira página é justificado com referências. Desta forma, não emiti opinião de saúde, apenas repasso, como um repórter.”

Raridade

Ricardo esclarece ainda que eventuais opiniões ou informações de menor confiabilidade aparecem discriminadas em cinza claro nas justificativas.

O guia pode ser visto através do seguinte D.O.I. (Digital Object Identifier): https://doi.org/10.5281/zenodo.3880105 .

Em meio a um volume tão grande de informações falsas ou duvidosas, ter entre nós pesquisadores sérios é como encontrar água fresca no meio do deserto.

Por falar nisso...

Ivan Napoleão, também professor titular do precioso IPRJ, é o solicitante de um projeto conjunto dos campi da Uerj e da UFF em Nova Friburgo que acaba de vencer edital emergencial da Faperj voltado a financiar pesquisas com potencial para combater os efeitos da Covid-19.

Em essência, o projeto trata da “evolução da indústria da moda, metal-mecânica e universidades de Nova Friburgo para o desenvolvimento e produção de EPIs e equipamentos odonto-médico-hospitalar no enfrentamento da Covid-19”.

Criatividade

Em meio aos obstáculos que se apresentam a todos nós nestes dias desafiadores, a criatividade para se reinventar parece uma característica crucial para a superação da crise econômica cujos efeitos apenas estamos começando a experimentar.

A esse respeito a coluna registra um exemplo bastante interessante, envolvendo o friburguense Victor Malhard Sayão.

Mais exemplos

Analista de sistemas, com atuação em TI e diversos cursos de especialização, Victor investiu os recursos de uma rescisão trabalhista na montagem de uma empresa, vejam só, de higienização e impermeabilização de estofados atuando por delivery, atendendo a lares, empresas e até mesmo veículos em nossa região.

O colunista torce para que o empreendimento dê certo, e abre espaço para registrar outros exemplos de criatividade que possam servir de estímulo a nossos empreendedores.

Certamente, precisaremos de muitas histórias como esta nos próximos anos.

Sem pressa

Hoje tem sessão na Câmara Municipal, e a ordem do dia traz a mesma dinâmica que tem marcado o mandato atual: enquanto os vereadores Isaque Demani e Cascão apresentam dois requerimentos de informação (a respeito do cumprimento da lei municipal 4.099/12 e das ações efetivadas pela Subsecretaria do Bem Estar Animal (Subea); e sobre a reforma do Centro Cultural César Guinle – antiga rodoviária urbana, respectivamente), o Executivo Municipal apresenta também dois requerimentos de dilação de prazo para envio de respostas a requerimentos aprovados anteriormente, propostos respectivamente por Johnny Maycon e Professor Pierre.

Insatisfatório

A rigor, tem sido sempre assim.

O plenário aprova os requerimentos, mas não conserva a unidade no momento de cobrar respostas satisfatórias, e dentro do prazo.

Toda essa dinâmica por vezes parece ganhar ares de encenação, e o resultado está longe de ser satisfatório ou demonstrar verdadeiro compromisso com a transparência.

Mais respostas

Pouco após o fechamento da edição do último fim de semana a coluna recebeu mais respostas ao desafio, enviadas por Manoel Pinto de Faria, Gilberto Éboli, Igor dos Santos e Lauro Éboli.

A eles os parabéns, e o agradecimento pela parceria de sempre.

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O jornal A VOZ DA SERRA é um excelente parceiro de viagens!

terça-feira, 16 de junho de 2020

O último sábado, 13, além de ter sido dedicado a Santo Antônio, foi o Dia Nacional do Turista e o Caderno Z nos garantiu uma excelente viagem a bordo de suas páginas, sempre atraentes. A VOZ DA SERRA é um roteiro especial, por onde começei a viagem sem botar os pés fora de casa. O setor turístico, também abalado pela crise do coronavírus, indica: “A pandemia vai passar; o turismo não”. Ouço dizer que o turismo nas calçadas da Alberto Braune está intenso. Talvez muita gente esteja agora conhecendo os encantos da cidade. Pode ser isso, uma sede inconsequente de andar na rua.

O último sábado, 13, além de ter sido dedicado a Santo Antônio, foi o Dia Nacional do Turista e o Caderno Z nos garantiu uma excelente viagem a bordo de suas páginas, sempre atraentes. A VOZ DA SERRA é um roteiro especial, por onde começei a viagem sem botar os pés fora de casa. O setor turístico, também abalado pela crise do coronavírus, indica: “A pandemia vai passar; o turismo não”. Ouço dizer que o turismo nas calçadas da Alberto Braune está intenso. Talvez muita gente esteja agora conhecendo os encantos da cidade. Pode ser isso, uma sede inconsequente de andar na rua.

Mas, sabemos que, como num dominó, uma pedra mexida, e pronto, lá se tomba toda uma estrutura. E o Turismo não ficaria de fora desse tombo. O fato incontestável é que a pandemia abriu caminhos pelo mundo e fechou fronteiras. Como bem disse Júlio Cesar Matos Henrique, presidente/fundador da Associação de Cicerones e Guias de Turismo de Nova Friburgo, “perdemos nossa essência, descobrimos outros atrativos, agora nos falta reinventarmos o potencial que temos”.

Essa reinvenção vale para tudo e para todos nós. Enquanto Sandra Ferro, da agência Flybourg e Ana Claudia Balsa, da Genebra Turismo, aguardam dias melhores para a retomada das atividades turísticas, o jeito é seguir firme, resolvendo as demandas emergenciais. Seguindo Wanderson Nogueira, “o importante é ter o coração perto para acumular no cérebro tudo o que realmente nos alegra e aniquila depressão e ansiedade”.

Se uns setores vão mal, outros reagem e descobrem novos modos de superação. Flávio Stern, proprietário do restaurante Trilhas do Araçari, observa que a quarentena trouxe uma preocupação maior com a alimentação e as pessoas procuram os orgânicos até para reforçar a imunidade. Ana Carolina Ribeiro, agricultora orgânica, alerta: “A natureza é uma forma de inteligência que o homem ainda não compreende”.

O tema ainda ganhou uma página dupla, lindamente colorida, reunindo produtores de orgânicos. Muita sensibilidade para que possamos entender os benefícios da alimentação natural. Marcelo Meirelles, que mudou seu estilo de vida, passou de designer de moda para agricultor, está feliz da vida no sítio da família. Ele e a companheira tiveram o primeiro filho, em agosto de 2019, “ele com 56 e ela com 43 anos”. Marcelo ressalta: “A sociedade se habituou a tomar remédio pra tudo, quando na verdade os remédios sãos os nossos alimentos”. Parece que perdemos o fio condutor da cura natural.

Em “Sociais”, só geminianos queridos aniversariando: Meu primo Juca Berbert, Girlan Guilland, meu amigo que rima com Aldebaran, Adriana Oliveira, musa linda de todos os tempos e Ana Paula, a musa de Fernando Moreira. O time dos natalícios em junho é forte mesmo e parabéns a todos com votos de muitas felicidades.

“Há 50 anos”, a venda do leite em saquinho parecia não ir adiante na cidade, que se tornaria “campo livre” para “qualquer produtor” que quisesse colocar seu produto aqui, desde que houvesse qualidade nos padrões exigidos pelo Governo Federal. As notícias para o ano 2020 serão bem outras: “Nova Friburgo recebe 29 respiradores”, aumento de casos e mortes por Covid-19, flexibilização,  aglomerações “de turistas sem máscaras” em Lumiar. Penso que vamos deixar uma pauta bem pesada. Contudo, também será destaque – “Nova Friburgo tem mais de 40 mil pessoas idosas”. Que beleza!

Em “Massimo”, a máxima de Denis Diderot é um convite para a reflexão: “O que é a virtude? É, seja qual for o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós mesmos”. Atualmente, então, virtude pode ser o sacrifício de seguir as medidas restritivas para conter a pandemia; o sacrifício de usar máscara, de manter distanciamento, de evitar aglomerações, de sair de casa somente quando de extrema urgência. Virtude também pode ser respeitar o momento de tantas perdas humanas e pensar nas famílias com suas dores. Virtude seria também um minuto de silêncio, diário,  pensando na própria vida e na vida do seu semelhante! O “sacrifício” dessas virtudes pode ajudar a conter a pandemia!

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Sete décadas de união

terça-feira, 16 de junho de 2020

A tradicional família Thurler celebra uma data extremamente marcante e rara nos dias de hoje: os 70 anos de feliz união matrimonial que o casal da foto, Sebastião Donato Thurler & Maria Daudt Thurler completa amanhã, 17, para total felicidade de seus oitos filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

Ao casal Donato e Maria, com imensa satisfação da coluna e também de todos os parentes e amigos, enviamos os mais carinhosos e especiais parabéns pela celebração das Bodas de Vinho, uma estupenda marca do amor eterno que os une.

Trio aniversariando

A tradicional família Thurler celebra uma data extremamente marcante e rara nos dias de hoje: os 70 anos de feliz união matrimonial que o casal da foto, Sebastião Donato Thurler & Maria Daudt Thurler completa amanhã, 17, para total felicidade de seus oitos filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

Ao casal Donato e Maria, com imensa satisfação da coluna e também de todos os parentes e amigos, enviamos os mais carinhosos e especiais parabéns pela celebração das Bodas de Vinho, uma estupenda marca do amor eterno que os une.

Trio aniversariando

Ao longo desta semana, três amigos queridos do colunista vão somar mais um ano de vida: na quinta-feira, 18, os parabéns vão para o gentleman Renildes Roberto Reis; na sexta-feira, 19, será a vez de um dos dedicados advogados da Prefeitura de Nova Friburgo, dr. Rodrigo Lima Carvalho e no sábado, 20, quem vai assoprar as velas do bolo de aniversário será o conceituado advogado, dr. José Cosme Madeira.

Em dose tripla de felicidades, satisfações e alegrias, parabéns aos aniversariantes.

Vivas para a Sueli

 No último domingo, 14, mesmo em meio ao isolamento social em virtude da pandemia, a querida amiga Sueli Narazeth Baiense Rodrigues, celebrou mais um ano de vida.

 Aí na foto, a Sueli aparece junto ao marido Alberto Robson, ao qual nos juntamos para felicita-la com votos de felicidades como ela merece.

Simples assim, ou não?

Com a flexibilização prestes a se tornar realidade e de forma ordenada para que não venhamos a estar submetidos a mais riscos quanto ao coronavírus, fica claro mais uma vez, que a população, empresários e comerciantes, fazem aquilo que as autoridades não têm conseguido.

Sem condições de oferecer mais leitos e melhor estrutura de saúde pública, nem mesmo os testes em massa... assim com as coisas voltando ao normal, as indústrias, empresários e comerciantes se organizam para submeter seus funcionários aos testes de Covid-19, aferições da temperatura corporal e uso obrigatório de máscaras e aplicações de álcool em gel.

Dias de comemorações

Entre as datas comemorativas desta semana, amanhã, 17, é o “Dia do Funcionário Público aposentado”; na quinta-feira, 18, é o “Dia do Químico” e o “Dia da Imigração Japonesa” e na sexta-feira, 19, é o “Dia do Cinema Brasileiro”. Por fim, no sábado 20, “Dia do Revendedor” e “Dia do Vigilante”. Parabéns para todas essas classes.

Com nova idade

Felicitações ao conhecido Gabriel Domingos, colega da imprensa esportiva e grande goleiro que marcou época no futebol do passado, atuando por diversos clubes e também a seleção friburguense.

Ontem, 15, o querido Gabriel completou seu 82° aniversário. Parabéns com louvor e os nossos sinceros votos de saúde e paz.

  • Foto da galeria

    Setenta anos de casados (CASAL SR. SEBASTIÃO DONATO THURLER E DONA MARIA D. THURLER)

  • Foto da galeria

    Vivas para a Sueli (ROBSON COM SUA ESPOSA SUELI, ANIVERSARIANTE)

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Caixas de medo

segunda-feira, 15 de junho de 2020

 

Nestes tempos de pandemia, certa madrugada, lá pelas 3 horas, fui
tomada por um medo indefinido, sei lá de quê. Tentei encontrar em minha volta
um motivo que pudesse me causar tal sensação. Nada havia. Um diálogo entre
o escuro e uma gata, contido no livro de Mia Couto, então, O Gato e o Escuro,
editado pelo Grupo Companhia das Letras, em 2008, guiou minhas reflexões a
respeito. Ah, como a literatura infantil guarda sabedoria.

 

Nestes tempos de pandemia, certa madrugada, lá pelas 3 horas, fui
tomada por um medo indefinido, sei lá de quê. Tentei encontrar em minha volta
um motivo que pudesse me causar tal sensação. Nada havia. Um diálogo entre
o escuro e uma gata, contido no livro de Mia Couto, então, O Gato e o Escuro,
editado pelo Grupo Companhia das Letras, em 2008, guiou minhas reflexões a
respeito. Ah, como a literatura infantil guarda sabedoria.

— Dentro de cada um há o seu escuro. E
nesse escuro só mora quem lá inventamos.
— Não estou claro, Dona Gata.
— Não é você que mete medo. Somos nós que
enchemos o escuro com nossos medos.

Ao estarmos mais aquietados, podemos encontrar tempo de abrir nossas
caixas de medo para compreendê-los. Para cuidar deles. Tratá-los, para
melhor dizer.

***

Num piscar de olhos, a pessoa é tomada por um estado emocional ante
uma situação que possa lhe fazer mal. Ou coloque em risco sua integridade
física, emocional e moral. O medo, assim, toma conta de alguém como um
invasor que assola os pensamentos, arrepia o corpo e dá um nó cego na alma.
Há sempre motivos, mas a maioria é aumentado nos meandros do imaginário.
Ah, como ele é competente para acabar com a alegria e a sensação de bem-
estar! Se na cozinha, na rua ou no trabalho, é um indesejável companheiro que
finca o pé ao lado de alguém e faz questão de assustar. Pressionar. Restringir.
Às vezes, não se sabe ao certo o que ele anuncia. Muitas vezes, pode
embrulhar traições, ser feito de abandonos e perdas. Ser resultante de
agressões, físicas ou não. O certo é que sempre revela uma ameaça. Além do
mais, as caixas de medo podem até juntar todos os buracos negros que foram

feitos ao longo da vida, que geram uma sensação descomunal de temor e
desamparo. Nossas costas não são largas o suficiente para dissipá-los, e, na
maior parte, nos curvamos ante aos tantos espantos que provocam. Dele
podemos nos tornar escravos com enorme facilidade.
Não é preciso ter noite fria, nem madrugada escura para o medo surgir,
que sempre traz um presságio, daqueles que contraria a vontade que se tem
de estar tranquilo. Mesmo se fraco ou falso, mesmo se poderoso ou amargo, o
medo não tem hora, nem lugar para nos encruar. É sedento e empombado
como a dor de dente. Sequestra nossa mente, espalha-se poderosamente por
todos os pensamentos e abandona-nos à solidão. O medo se alimenta da
reclusão e gosta de ser guardado em segredos. Quem está sob o estado de
temor vive numa angústia que transpassa o coração, às vezes por um longo
tempo, quiçá a vida inteira. Quem o tem, conhece bem a sua maldade.
Quem o sente precisa de alento, mas nunca deve ser considerado como
um pobre coitado. É preciso enfrentá-lo!, com coragem e determinação. É
verdade, este sentimento tem eficiência para inibir a inteligência e a
criatividade. Entretanto, se aceito e entendido, quem o domina é capaz de
reunir condições para superar os desafios nele contidos. Para tornar-se pessoa
liberta e feliz.
Sim, senhor! O tempo que a pandemia nos oferece pode nos ser
produtivo!

***

Eu tenho medo de unha encravada, pois conheço a imensidão desta dor!
Mas confesso que não gosto dos fantasmas vivos, que sabem roubar a
esperança com maestria e mentem com a cara mais lavada deste mundo, que
possuem mais crueldade do que qualquer bondade. São tão assustadores que
escondem os piores malfeitos atrás de sorrisos sedutores.
E o maior dos medos, o da morte. Querem saber? Não me preocupo com
a minha morte, mas não quero perder as pessoas que amo. Nem meus
cachorros e minhas borboletas.

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