Blogs

Datas importantes

quarta-feira, 22 de julho de 2020

No dia 20, celebramos a viagem à lua, coisa da qual minha avó muito duvidava

Você, leitor, precisa ficar mais atento às coisas realmente importantes que acontecem ao seu redor. Por exemplo: em 24 de junho comemorou-se o Dia do Disco Voador, data da mais alta grandeza, noticiada por todos os veículos de comunicação, tanto aqui na Terra quanto em outros planetas, notadamente em Marte, de onde vem a maioria dos extraterrestres que nos visitam. E vai ver que você, alienado do jeito que é, não se lembrou de nada disso.

No dia 20, celebramos a viagem à lua, coisa da qual minha avó muito duvidava

Você, leitor, precisa ficar mais atento às coisas realmente importantes que acontecem ao seu redor. Por exemplo: em 24 de junho comemorou-se o Dia do Disco Voador, data da mais alta grandeza, noticiada por todos os veículos de comunicação, tanto aqui na Terra quanto em outros planetas, notadamente em Marte, de onde vem a maioria dos extraterrestres que nos visitam. E vai ver que você, alienado do jeito que é, não se lembrou de nada disso.

E cá estamos em fins de julho, que é um mês de grandes efemérides, e algumas delas você já perdeu. No dia 3, o calendário nos lembra de reverenciar Tomé, aquele cético que precisou tocar em Jesus para dar crédito à boa nova que lhe contaram os demais apóstolos. Já não digo acreditar em Jesus, que estava desaparecido há uma semana, mas ao menos acreditar nos próprios companheiros. Não sei como eles não lhe deram uns cascudos, para aprender a não chamar os outros de mentirosos. Principalmente Pedro, que era meio esquentado, haja vista o que aconteceu com a orelha do soldado romano que se dirigiu a Jesus sem o devido respeito, no mais famoso e injusto “Teje preso!” da história de humanidade.

No dia 4 — essa você não pode ter deixado passar em branco, seria a maior falta de patriotismo — nossos calendários registram com muito orgulho o Dia da Independência. Não a do Brasil, que pra essa não damos muita confiança, mas a dos Estados Unidos. Pois do que gostaríamos mesmo era de ser sobrinhos do Tio Sam, tanto que procuramos usar o máximo possível de palavras ianques, tais como sale, off, t-shirt, etc. Agora está muito em moda a tal da “live”, que, quando somos obrigados a falar em língua de gente pobre e atrasada, dizemos “ao vivo”.

O sete celebra o Ingresso das Mulheres na Marinha, acontecimento que, se não foi suficiente para transformar nossa armada em uma potência bélica, ao menos nos dá motivo para acreditar que melhorou em mil por cento a beleza da marujada. Sei até de um cidadão cujo pacato coração civil vira um mar revolto toda vez que vê passar certa capitã-de-corveta que mora na mesma rua que ele. Dez é o Dia da Pizza, a qual, ao contrário do que muitos pensam, não é uma massa de origem italiana, mas um jeito brasileiro de se aplicar a lei, sobretudo quando tem gente importante envolvida na questão.

Dia 11 é o Dia Mundial da População, seja lá o que isso possa significar. Até por que, quem vai cumprimentar quem, se todos fazem parte da população? A tal população é uma coisa que está em todo lugar, aonde quer que se vá, lá está ela, tão numerosa que não há quem de vez em quando não se sinta sufocado com tanta gente em volta, como se o planeta fosse um elevador para seis pessoas e mais de vinte já tivessem entrado. Assim é porque, embora todos concordem que há gente demais no mundo, raros são os casais que deixam de agravar a explosão populacional.

No dia 20, celebramos a Viagem à lua, coisa da qual minha avó muito duvidava. Segundo sua firme convicção religiosa, esse era um abuso que Deus não ia permitir, posto que entregou a lua à administração de São Jorge, que a percorre toda noite, mantendo o lugar bonito, brilhante e desinfestado de dragões. Essa era a convicção dela, e quem teve avó italiana sabe que não vale a pena discutir com ela. Quando criança, consultei um padre a respeito, e ele, sem nenhum respeito, apontou para vovó e girou o dedo em torno da orelha, gesto que na época nada significou para mim, mas que, quando vim a entender, me deixou bastante revoltado. Alguém poderá rir da ignorância de D. Maria Chardelli, que era analfabeta, Mas, quando se vê alguns notáveis do governo federal sustentando que a Terra é plana, conclui-se que a ignorância está ao alcance de todos, mesmo dos mais sábios.

Em julho temos a celebrar ainda outros dias grandiosos: 15 (do Homem), 21 (dos Mortos da Marinha), 29 (da Identificação) e por aí vai. E só mesmo pela grande modéstia que me caracteriza é que deixarei de citar a data mais importante do mês: meu aniversário. E a prova da importância dessa data é que aqui em casa ninguém se lembra das outras que citei, mas a do meu aniversário, graças a Deus, ninguém se esquece.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Uso de máscaras é indispensável numa epidemia

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Li no Santé Magazine, um site de informações francês, um interessante artigo sobre a proteção facial que diz: “As máscaras de tecido não são destinadas a proteger a pessoa que a usa, mas aquelas que estão ao seu redor segundo o princípio de um por todos e todos por um.” Essa é a opinião da Academia Francesa de Medicina (AFM). Se preocupar em não contaminar outras pessoas não deve ser uma atitude isolada, mas um posicionamento coletivo, e seu cumprimento deveria ser rigoroso nos espaços públicos (lojas, bancos, supermercados, farmácias, padarias etc.)” e porque não em público.

Li no Santé Magazine, um site de informações francês, um interessante artigo sobre a proteção facial que diz: “As máscaras de tecido não são destinadas a proteger a pessoa que a usa, mas aquelas que estão ao seu redor segundo o princípio de um por todos e todos por um.” Essa é a opinião da Academia Francesa de Medicina (AFM). Se preocupar em não contaminar outras pessoas não deve ser uma atitude isolada, mas um posicionamento coletivo, e seu cumprimento deveria ser rigoroso nos espaços públicos (lojas, bancos, supermercados, farmácias, padarias etc.)” e porque não em público.

É interessante lembrar que na Ásia o seu uso é um hábito enraizado na população, há muito tempo, nos períodos de epidemia e, talvez, isso tenha contribuído na redução da taxa de contaminação do SARS-CoV-2, em Taiwan, Singapura e Coréia do Sul. Aliás, o grau de preocupação dos indivíduos, nesse continente, é tanta, que mesmo num simples resfriado, o cidadão sai com sua proteção facial, evitando assim propagar a doença.

“Na ausência de vacinas e medicamentos específicos contra a Covid-19, a única maneira de impedir sua progressão é tentar bloquear a transmissão do vírus de pessoa para pessoa. De acordo com a AFM, os últimos estudos mostram que somente 6% dos franceses teriam contraído a doença se a proteção facial tivesse sido utilizada desde o início”. Por isso, o presidente do conselho de administração da academia francesa de medicina, Jean Françoise Matéi, declarou que 80% da população francesa deveria usar a máscara, para que numa segunda onda de contaminação, a taxa fosse abaixo de um, que é o limite de propagação populacional.

É preciso, no entanto, lembrar sempre para o perigo do falso sentimento de segurança pelo fato de estar com a máscara. Não podemos esquecer nunca das medidas básicas de higiene como lavar as mãos e manter o distanciamento social. Esse distanciamento é importante, pois a maioria das viroses respiratórias é transmitida pelo ar, nas gotículas que nele são lançadas seja através da conversação, do ato de tossir ou espirrar. São as chamadas emissões de perdigotos.

Aqui no Brasil não temos esse hábito e me lembro de que, em Friburgo, as primeiras pessoas que saíram às ruas, com máscaras, foram olhadas como alienígenas. E mesmo, hoje, quando as autoridades passaram a cobrar o seu uso dentro de locais públicos ou mesmo na rua, muitos ainda insistem em não portá-las, ou o que é pior, a usam no queixo. Devemos nos lembrar do ditado popular de que máscara no queixo ou no pescoço é que nem colocar a camisinha nos testículos, ou seja, ineficaz.

Não adianta essa celeuma em torno do uso delas, inclusive com ocorrência de agressões e, até mesmo, de mortes por parte de pessoas que se recusam a utilizá-las. Ficamos 15 dias em bandeira amarela e desde a última segunda-feira, 20, houve a determinação de passarmos para a vermelha, pois a taxa média de utilização de leitos de UTI ficou acima dos 70 %. A população, com essa quarentena interminável, não vai aguentar mais esse abre e fecha a que estaremos sujeitos. Por outro lado, temos que nos conscientizar de que nossa colaboração é indispensável. Há de se ter em mente que o pós-pandemia, por um período talvez longo, não será mais como o pré-pandemia e que devemos evitar aglomerações e sair de casa desnecessariamente.

O que vimos nos 15 dias de bandeira amarela, em Friburgo, foi a Avenida Alberto Braune como em dias que antecedem o Natal, com lojas cheias, sem respeito às normas que foram determinadas, uns se jogando em cima dos outros, esquecendo-se do distanciamento de um metro e meio entre as pessoas. Em Olaria foi a mesma coisa, com as lojas de moda intima repletas. O trânsito, então, nem se fala, voltando ao normal ou pior, pois aqueles que não costumam sair de carro aproveitaram, também, para dar uma voltinha. Um horror.

Acho que nosso prefeito deveria vir à público e alertar a população sobre as medidas que a prefeitura está adotando e a necessidade da ajuda mútua; somente a união do esforço municipal e da população podem nos trazer dias melhores.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O revolucionário sincero

quarta-feira, 22 de julho de 2020

No curso das elucidações domésticas, Judas conversava, entusiástico, sobre as anomalias na governança do povo, e, exaltado, dizia das probabilidades de revolução em Jerusalém, quando o Senhor comentou, muito calmo:

— Um rei antigo era considerado cruel pelo povo de sua pátria, a tal ponto que o principal dos profetas do reino foi convidado a chefiar uma rebelião de grande alcance, que o arrancasse do trono.

No curso das elucidações domésticas, Judas conversava, entusiástico, sobre as anomalias na governança do povo, e, exaltado, dizia das probabilidades de revolução em Jerusalém, quando o Senhor comentou, muito calmo:

— Um rei antigo era considerado cruel pelo povo de sua pátria, a tal ponto que o principal dos profetas do reino foi convidado a chefiar uma rebelião de grande alcance, que o arrancasse do trono.

O profeta não acreditou, de início, nas denúncias populares, mas a multidão insistia. “O rei era duro de coração, era mau senhor, perseguia, usurpava e flagelava os vassalos em todas as direções” — clamava-se desabridamente.

Foi assim que o condutor de boa-fé se inflamou, igualmente, e aceitou a ideia de uma revolução por único remédio natural e, por isso, articulou-a em silêncio, com algumas centenas de companheiros decididos e corajosos. Na véspera do cometimento, contudo, como possuía segura confiança em Deus, subiu ao topo de um monte e rogou a assistência divina com tamanho fervor que um anjo das alturas lhe foi enviado para confabulação de espírito a espírito.

À frente do emissário sublime, o profeta acusou o soberano, asseverando quanto sabia de oitiva e suplicando aprovação celeste ao plano de revolta renovadora.

O mensageiro anotou-lhe a sinceridade, escutou-o com paciência e esclareceu:

— “Em nome do Supremo Senhor, o projeto ficará aprovado, com uma condição. Conviverás com o rei, durante 100 dias consecutivos, em seu próprio palácio, na posição de servo humilde e fiel, e, findo esse tempo, se a tua consciência perseverar no mesmo propósito, então lhe destruirás o trono, com o nosso apoio.”

O chefe honesto aceitou a proposta e cumpriu a determinação.                                

Simples e sincero, dirigiu-se à casa real, onde sempre havia acesso aos trabalhos de limpeza e situou-se na função de apagado servidor; no entanto, tão logo se colocou a serviço do monarca, reparou que ele nunca dispunha de tempo para as menores obrigações alusivas ao gosto de viver. Levantava-se rodeado de conselheiros e ministros impertinentes, era atormentado por centenas de reclamações de hora em hora. Na qualidade de pai, era privado da ternura dos filhos; na condição de esposo, vivia distante da companheira.

Além disso, era obrigado, frequentemente, a perder o equilíbrio da saúde física, em vista de banquetes e cerimônias, excessivamente repetidos, nos quais era compelido a ouvir toda a sorte de mentiras da boca de súditos bajuladores e ingratos. Nunca dormia, nem se alimentava em horas certas e, onde estivesse, era constrangido a vigiar as próprias palavras, sendo vedada ao seu espírito qualquer expressão mais demorada de vida que não fosse o artifício a sufocar-lhe o coração.

O orientador da massa popular reconheceu que o imperante mais se assemelhava a um escravo, duramente condenado a servir sem repouso, em plena solidão espiritual, porquanto o rei não gozava nem mesmo a facilidade de cultivar a comunhão com Deus, por intermédio da prece comum.

Findo o prazo estabelecido, o profeta, radicalmente transformado, regressou ao monte para atender ao compromisso assumido, e, notando que o anjo lhe aparecia, no curso das orações, implorou-lhe misericórdia para o rei, de quem ele agora se compadecia sinceramente. Em seguida, congregou o povo e notificou a todos os companheiros de ideal que o soberano era, talvez, o homem mais torturado em todo o reino e que, ao invés da suspirada insubmissão, competia-lhes, a cada um, maior entendimento e mais trabalho construtivo, no lugar que lhes era próprio dentro do país, a fim de que o monarca, de si mesmo tão escravizado e tão desditoso, pudesse cumprir sem desastres a elevada missão de que fora investido.

E, assim, a rebeldia foi convertida em compreensão e serviço.

Judas, desapontado, parecia ensaiar alguma ponderação irreverente, mas o Mestre Divino antecipou-se a ele, falando, incisivo:

— A revolução é sempre o engano trágico daqueles que desejam arrebatar a outrem o cetro do governo. Quando cada servidor entende o dever que lhe cabe no plano da vida, não há disposição para a indisciplina, nem tempo para a insubmissão.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Escalada

terça-feira, 21 de julho de 2020

Para pensar:

"A maioria dos grandes males que o homem incidiu sobre si mesmo partiram de pessoas se sentindo muito seguras a respeito de algo que, de fato, era falso.”

Bertrand Russell

Para refletir:

“Como é terrível conhecer, quando o conhecimento não favorece quem o possui.”

Sófocles

Escalada

Para pensar:

"A maioria dos grandes males que o homem incidiu sobre si mesmo partiram de pessoas se sentindo muito seguras a respeito de algo que, de fato, era falso.”

Bertrand Russell

Para refletir:

“Como é terrível conhecer, quando o conhecimento não favorece quem o possui.”

Sófocles

Escalada

A coluna andou registrando, nas últimas semanas, diversos comportamentos adotados pelo atual comando da Procuradoria-Geral do Município que dão margem a questionamentos a respeito de quais interesses ela representa de fato.

Citando apenas dois exemplos, podemos lembrar da sinalização de que responderia apenas a questionamentos em forma de requerimento de informações, e também da recente recusa a receber documento relacionado aos procedimentos necessários à análise das contas de 2018 do Executivo Municipal.

E, bom, era evidente que tudo isso em algum momento iria gerar consequências.

Alegações

A primeira delas ocorreu na última sexta-feira, 17, quando o vereador Professor Pierre encaminhou ofício ao Ministério Público no qual relata o que entende ser “embaraço aos atos de fiscalização” e controle externo, apontando, inclusive, que “opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço” fere textualmente o artigo 11, II, da lei federal 8.429/1992.

Requerimentos

Ao fim de uma série de justificativas o parlamentar requer que seja emitida recomendação urgente ao município a fim de que este se abstenha de rejeitar recebimento direto de quaisquer documentos públicos em suas repartições, especialmente dos órgãos de controle externo; e também um pedido de imediato afastamento de Ulisses da Gama do cargo de procurador-geral do Município “em virtude de apresentar postura incondizente à probidade exigida pelo cargo, tendo em vista as condutas alheias aos princípios republicanos e da administração pública, considerando-se, ainda, o porte violador do CPC e do Código de Ética do Poder Executivo; as práticas já relatadas robustamente em demais notícias encaminhadas ao MPRJ; e a atuação sobejadamente em desacordo com o que preceitua o artigo 209 da Lei Orgânica Municipal”.

Tem mais

Está achando pesado? Pois se acomode bem na poltrona, porque a história não para por aqui.

Na manhã desta segunda-feira, 20, o gabinete do vereador Pierre tornou a remeter ofício ao Ministério Público, desta vez debruçado sobre a distinção feita pela PGM entre ofícios e requerimentos de informações, e a indicação de que não mais atenderia aos primeiros.

O parlamentar manifesta o entendimento de que a ação foi tomada com “o objetivo claro de procrastinar o acesso às informações que foram requisitadas”, “por quem deveria prover máxima transparência e publicidade”.

Aspas

“É certo de que inibir o acesso de informações públicas por esse instrumento concentra-se na tentativa de embaraçar a eficiência do ato fiscalizador, pois a Procuradoria-Geral do Município é sabedora de que questionamentos oriundos dos demais órgãos de controle externo, como o próprio parquet e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE), tiveram como origem dados obtidos via expediente legislativo por “ofício”. Nesse sentido, atuar para o encobrimento da informação pública, a qual deve ser transparente e disposta à publicidade nos prazos legais, carrega o ato do procurador-geral do município e de seu subprocurador de gravíssimo atentado ao interesse coletivo e a vários princípios da função administrativa pública, dentre os quais, o da probidade.”

Contraponto

Como contraponto, o ofício recorda a postura bastante diversa adotada pela gestão anterior da PGM.

“Considerando, sobretudo, a política jurídica de total e irrestrita transparência que era adotada pelo anterior procurador-geral que buscou incorporar ao corpo técnico da advocacia pública deste município o princípio da máxima transparência e publicidade, que é o que se verifica com a aprovação da lei municipal 4.612/17, regulamentadora da Procuradoria-Geral do Município e de seu Fundo Especial, de iniciativa do então ex-procurador-geral, o qual também propôs a inserção de capítulo específico acerca do órgão na nova Lei Orgânica Municipal”.

Testemunho

A coluna não se furta a testemunhar a veracidade da avaliação acima, e prova disso é que mesmo em meio a eventuais discordâncias foi possível estabelecer uma relação de respeito mútuo, dado o evidente esforço da PGM de então por atuar de maneira preventiva e orientadora, preservando o interesse coletivo e buscando evitar que o Executivo atuasse além dos limites éticos e legais.

De fato, a comparação com a gestão anterior da PGM é extremamente inglória para com a atual.

Inquérito civil

Em resumo, o parlamentar alega que têm sido violados princípios da administração pública, entre os quais o da publicidade.

E, a partir disso, requer “ao parquet que adote as providências para instaurar o competente inquérito civil para apurar o indício fortíssimo de improbidade administrativa praticado, de forma livre e consciente, pelos agentes públicos envolvidos.”

Convocação

O leitor não deve estranhar, portanto, que na ordem do dia da sessão de hoje, 21, na Câmara Municipal, conste a apreciação de “convocação de agentes públicos em razão de atos que redundaram em descumprimento de decisão judicial”.

Resta, agora, ver como o plenário irá reagir à matéria.

Habitualmente a base governista defende que seja feito um convite, e, caso de recusa, que os gestores sejam convocados.

Mas, e quando o tempo é um fator crucial?

Polêmica

A determinação da bandeira vermelha para esta semana, dentro do processo de monitoramento da flexibilização da quarentena, gerou as mais diversas reações por parte da sociedade.

Umas favoráveis, outras de revolta. Algumas legítimas e sinceras, outras invariavelmente eleitoreiras e oportunistas.

Respiradores

De todo modo, a questão ampliou a relevância da transparência em relação ao aproveitamento de todos os 71 respiradores disponíveis na rede pública municipal, e a coluna publica agora o resultado do levantamento mais atualizado, realizado na manhã desta segunda-feira, 20.

Distribuição

Unidade coronariana (6); CTI I (6), CTI II (5), UTI Covid (10), Trauma Covid enfermaria (1), Semi-Intensiva Covid enfermaria (8), Centro cirúrgico (1), Isolamento (1), Trauma (4), Repouso Masculino (1), Pediatria CTU (1), Ambulância Samu, um fixo e outro para transporte (2), Ambulância Covid (1).

Subtotal: 47.

Por sua vez, no Serviço de Assistência Ventilatório estão distribuídos outros 24, da seguinte forma: Transporte (sete disponíveis), Leito (seis de backup / disponíveis), Manutenção (11).

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Vivas para a Marisa

terça-feira, 21 de julho de 2020

Vivas para a Marisa

Quem passou o último sábado, 18, recebendo abraços, beijos e manifestações de carinhos de familiares e muitos amigos, foi a simpática empresária do ramo hoteleiro Marisa Dominguez, na foto muito bem acompanhada o marido e grande amigo deste colunista, Alexandre Guerreiro.

Para a querida Marisa, renovadas congratulações com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom que ela bem merece.

Encontro só em 2021

Vivas para a Marisa

Quem passou o último sábado, 18, recebendo abraços, beijos e manifestações de carinhos de familiares e muitos amigos, foi a simpática empresária do ramo hoteleiro Marisa Dominguez, na foto muito bem acompanhada o marido e grande amigo deste colunista, Alexandre Guerreiro.

Para a querida Marisa, renovadas congratulações com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom que ela bem merece.

Encontro só em 2021

Entre as muitas decisões e reposicionamentos que se fizeram necessários frente a pandemia do coronavírus, mais uma situação acaba de ser adotada.

Depois de quatro décadas com eventos ininterruptos anualmente, a Associação João Erthal, anuncia que infelizmente não poderá ser realizado em setembro próximo, como estava programado, o 42º Encontro da Família Erthal.

Diante deste quadro, o presidente do 42º Encontro, Milton Erthal Júnior e a presidente da Associação João Erthal, Beatriz Erthal Alves, confirmam que o evento deste ano foi adiado para dia 25 de setembro de 2021.

Aniversários bem marcantes

Além de esbanjar charme e beleza, as queridas irmãs aniversariantes que aparecem aí na foto, Thais Pistila e Vanessa Pistila de Abreu Rohem, que completaram no último domingo, 19, respectivamente 34 e 32 anos, compartilham duas históricas alegrias.

No dia em que Thais comemorava 2 aninhos de idade, para surpresa da mamãe Eliane, a Vanessa nasceu enquanto era realizada a festinha de aniversário da Thais, enchendo a família de felicidade. E vejam só que alegre consciência: uma ganhou uma irmã de presente e a outra, teve o que é incomum, uma festa de nascimento.

Em dose dupla de contentamentos dos pais Eliane e Gérson, André e Mirella (esposo e filha de Thais) e Matheus, Rebecca e Levi (esposo e filhos de Vanessa), nossos parabéns também às amáveis aniversariantes.

Bazar é adiado

A Casa Madre Roselli, uma das mais admiradas entidades assistenciais de Nova Friburgo, fundada pelas Irmãs Dorotéias em 1952 e que desde 2012 é dirigida por leigos católicos voluntários de Nova Friburgo, assiste a dezenas de meninas carentes e também nesta época, tem prestado apoio aos seus familiares.

Para ajudar a reforçar suas ações, a Casa Madre Roselli previa inaugurar nesta segunda-feira, 20, o seu Bazar do Casarão, mas devido à pandemia e a adoção da bandeira vermelha no município, teve que adiar a abertura da obra social que quando houver condições, irá funcionar de segunda à sexta-feira, das 12h às 16h30.

Com idade nova

Quem está com nova idade desde a última sexta-feira, 17, o garotão Brayan Amaral Tardem, que comemorou seus 4 aninhos. Aí na foto ele aparece junto aos pais Roberto e Diana.

Ao querido Brayan, assim como aos seus pais e familiares, nossos cumprimentos e votos de muitas felicidades.

Dor pela Danielle

Os renovados sentimentos deste colunista ao amigo José Luiz Paixão, pela trágica morte no último sábado, 18, em um trágico acidente numa cachoeira de Trajano de Moraes, de sua linda filha, a advogada e funcionária da Polícia Civil, Danielle da Costa Paixão.

Dani, como carinhosamente era chamada por familiares e colegas de trabalho estaria completando justamente hoje, 21, 36 anos de idade.  Condolências à família e descanse em paz, Danielle.

  • Foto da galeria

    Vivas para a Marisa

  • Foto da galeria

    Aniversários bem marcantes

  • Foto da galeria

    Com idade nova

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Onde está teu irmão? (Gn 4,9)

terça-feira, 21 de julho de 2020

*Padre Aurecir Martins de Melo Júnior

A reconstrução de uma realidade pós-pandemia é um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias. Contudo, parece que a realização desta expectativa está cada vez mais distante.

Estamos inseridos numa atmosfera de dor e incerteza que abala nossa esperança, enche nosso coração de angústia e alimenta em nós o questionamento: Como faremos para superar esta situação que nos sobreveio de repente e levar em frente nossa vida?

*Padre Aurecir Martins de Melo Júnior

A reconstrução de uma realidade pós-pandemia é um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias. Contudo, parece que a realização desta expectativa está cada vez mais distante.

Estamos inseridos numa atmosfera de dor e incerteza que abala nossa esperança, enche nosso coração de angústia e alimenta em nós o questionamento: Como faremos para superar esta situação que nos sobreveio de repente e levar em frente nossa vida?

Na semana passada, refletimos sobre o que podemos aprender com esta situação complexa e dolorosa. Sem dúvida, o impacto de tudo o que está acontecendo, as graves consequências que se descortinam e se vislumbram, a dor e o luto por nossos seres queridos nos desorientam, entristecem e paralisam. Mas, ao mesmo tempo, nos provocam a tomar as rédeas da situação e começar uma nova etapa na história da humanidade.

Não podemos sepultar a esperança, é preciso fortalecê-la pela realização de nossas práticas pessoais e sociais de justiça, caridade e solidariedade. Como uma pequena porção de fermento leveda toda a massa (cf. Mc 8, 14 -21), toda atitude é, na verdade, um passo em direção ao futuro.

Todas as vezes que saímos de nossa comodidade e caminhamos ao encontro das dores e angústias das pessoas vulneráveis e anciãs que atravessam a quarentena na mais absoluta solidão, quando de alguma forma ajudamos as famílias que não sabem como colocarão um prato de comida sobre a mesa, e tantas outras formas que poderíamos enumerar, concretizamos um encontro condolente com nosso semelhante.

A Pontifícia Academia para a Vida em nota reflete: “A pandemia de Covid-19 nos coloca numa situação de dificuldade sem precedentes, dramática e global: a sua força de desestabilização do nosso projeto de vida cresce a cada dia. Estamos vivendo um paradoxo que nunca teríamos imaginado: para sobreviver à doença, devemos nos isolar uns dos outros, e vivendo assim, percebemos que viver com os outros é essencial para a nossa vida” (30 mar. 2020).

Somos todos responsáveis! Mais uma vez se comprova que não há lugar para o egoísmo no futuro da humanidade. Aquele que escreve sua história dando as costas ao sofrimento dos irmãos e excluindo-se da responsabilidade na construção de um futuro melhor, fere a essência da comunidade.

No panorama atual, podemos perceber o quanto isso atinge a nós. O isolamento (afastamento) social é a principal, se não a única, arma que temos no momento para combater a contaminação pelo coronavírus. Sobre este tema, advertiu o Santo Padre: “Cada ação individual não é uma ação isolada, para o bem ou para o mal, ela tem consequências para os demais, porque todo está conectado em nossa casa comum; e se as autoridades sanitárias ordenam o confinamento nos lugares, é o povo que o faz possível, consciente de sua corresponsabilidade para frear a pandemia” (Papa Francisco, Un plan para ressuscitar, 14 abr. 2020).

Assim, se agimos como um só povo podemos pôr fim não só a esta crise que vivemos, mas a tantas outras epidemias que massacram a humanidade. Do simples uso de máscara de proteção ao voto consciente, assumimos que somos corresponsáveis e protagonistas na tarefa de tornar possível um novo mundo.

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

Foto da galeria

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

No fascínio dos temas, A VOZ DA SERRA é o nosso melhor amigo!

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo.

Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo. Contudo, a trova está muito honrada, como se vê nas declarações: “Nesse turbilhão de transformações, onde tudo muda a cada instante, nossa trova se engalana, vestindo o orgulho de tanto prestígio em A VOZ DA SERRA...”. Sem possibilidade de uma festa para 2020, “vestimos traje de gala no Caderno Z”!

Fazendo parte dos “Quatro As” que apoiaram a criação dos Jogos Florais, a celebração nas páginas do jornal é mais uma prova de que A VOZ DA SERRA faz parte das seis décadas de história da trova em Nova Friburgo. Os trovadores que ilustram o caderno com suas mensagens dão provas também do amor que sentem pela “Meca dos Trovadores”. Os inesquecíveis, imortais, quanta saudade! A exibição de algumas trovas vencedoras, tudo lindo, maravilhoso! E até uma “oficina” com as artimanhas da trova, que pode até ser um desafio, mas, é um bom investimento para a elasticidade da mente.

Deixamos o Caderno Z e já com saudade de sua leitura. Mas, em compensação, somos apresentados a algo muito interessante: “Tecidos de cera de abelha”, ideais para a substituição das embalagens plásticas. A produtora dos tecidos em Nova Friburgo, Maribel Albreschtt, explica que “basta usar a temperatura das mãos para moldar qualquer tipo de embalagem, como cobrir potes sem tampas, pães, queijos, legumes, frutas e verduras”. O tecido ainda tem a vantagem de ser lavável para reutilização. Sensacional!

Em “Esportes”, Jhennifer Alves comenta sobre o cancelamento do Campeonato Interclubes de Natação em virtude da pandemia: “Para nós é um alívio, sim, em meio a tudo o que estamos passando. Começar uma olimpíada dentro da data prevista seria muito ruim. Eu, por exemplo, já estou dentro de casa há uma semana, e para nós, nadadores, é algo muito ruim”. A Meia Maratona Internacional do Rio 2020 também foi cancelada.

Uma reportagem maravilhosa! É assim que me refiro ao brilhantismo da matéria sobre o Colégio Anchieta – “Uma conexão histórica”. Nosso colega Fernando Moreira conversou com o reitor do Anchieta, padre Luiz Monnerat, o protagonista da façanha de encontrar cinco corações de prata, datados de 1903 e 1904. No interior de um deles, padre Toninho achou um papel com o nome de 69 alunos. Achou também uma mensagem escrita pelo reitor da época, em agradecimento ao “amabilíssimo Jesus” por ter concedido a graça de preservar os alunos da epidemia da varíola. Uma verdadeira joia de achado!

Depois de haver liberado até as atividades de turismo na cidade, com o aumento  para 822 infectados por coronavírus e 50 mortes por Covid-19, Nova Friburgo entra no estágio da bandeira vermelha. O avanço da pandemia por aqui causa insegurança e ainda assim, tem gente com dificuldade de cumprir as medidas restritivas. Pois se não vai por bem, que vá por mal com o fechamento do comércio e outras proibições de funcionamento que já estavam liberadas. É isso que dá, pois não saber cumprir regras atrasa todo o processo para o “novo normal”. A máxima de Alexander Pope, em Massimo é oportuna: “Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”.

Nesta segunda-feira, 20, foi celebrado o Dia do Amigo. Guilherme Alt mandou bem na matéria sobre os encontros virtuais com “maquiagem, drinks e até roupas de sair”. Foi então que me toquei na expressão “roupas de sair”, e pensei nas minhas roupas nos cabides do closet. Coitadas, elas precisam pegar sol. Acho que nem sei mais me “arrumar” para sair. Entretanto, se “amigo é coisa pra se guardar...”, vamos guardá-lo no coração. Em caso de um encontro,  na sugestão de Silvério, siga a charge: uma boa cotuvelada é o suficiente. O mais fica para depois! No momento, preservar uma amizade é mantê-la distante.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Entre palavras e geringonças

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ninguém gosta de ser tomado pelo inesperado, que não tem a formalidade de chegar sem ironia. Sem avisos, costuma vir com abre-alas, cortejos e alegorias.

**

Ninguém gosta de ser tomado pelo inesperado, que não tem a formalidade de chegar sem ironia. Sem avisos, costuma vir com abre-alas, cortejos e alegorias.

**

Ah, pobre de todos nós que necessitamos do computador para escrever. Somos dependentes desta geringonça, que, repentinamente, fecha a cara e resolve não funcionar. Quem é amante das letras, dificilmente tem facilidade com máquinas. Como também, tais artefatos não se preocupam com escritores, apesar de precisarem deles para ganhar espaço no mundo. Afinal de contas, quem escreve seus manuais, artigos para a mídia e outros textos importantes para a sua divulgação?

As palavras têm longevidade, versatilidade e são viajantes. Vestem-se com os mais variados figurinos e são enfeitadas com adereços inéditos, uma vez que os escritores, por serem perfeccionistas e gostarem de autenticidade, precisam até inventá-las para melhor expressarem o que pensam. Já as máquinas vivem por tempos reduzidos, rapidamente são superadas por outras mais modernas. Com toda essa pequenez de valor, são de tamanho imenso diante de uma simples palavra, sempre carregada de sentidos. Ora pois sim!, uma palavra não precisa de vitrines, nem de anúncios para mostrar o seu poder. Basta ser lida ou mesmo dita em voz baixa. Tem a humildade dos heróis.  

Por muitas razões, acredito que palavras e geringonças nunca vão se entender bem, apesar de uma depender da outra. O escritor sempre se alimentou de palavras, e, por determinação da modernidade, deixou-se enlaçar pela tecnologia. Ah, sem ela, hoje, reconheço, não teria como sobreviver. Charles Chaplin sabia muito bem disso!, ao ser engolido por uma máquina no filme Tempos Modernos, que sabiamente escreveu e produziu. Ele criou uma metáfora que mostrou o que iria acontecer com a humanidade nas próximas anos, previsão confirmada pelo astrônomo Marcele Geiser, que considerou que as máquinas fazem parte, cada vez mais, do corpo humano, completando-o ao engrandecer ou recuperar suas capacidades.

 Os computadores, para os escritores, são prolongamentos mecânicos das mãos, substituindo-as no ato de escrever; da memória, guardando produções, ideias e projetos; da comunicação, facilitando a interação com o mundo; da pesquisa, possibilitando o acesso com as mais diferentes fontes de informação. É uma relação que por tanto ampliar as oportunidades de realização e de diálogo, que se transformou em objeto pessoal e intransferível.

Há ainda outra questão essencial. Há escritores que perderam o hábito de escrever com as mãos e precisam recuperá-lo para elaborarem seus textos. Assim, tudo se torna caótico quando esta máquina fecha a cara. Emburra.

**

Amigo leitor, esta coluna me é um desabafo. Mesmo chamando meu computador de geringonça tecnológica, estou numa tristeza sem dó porque está velho e fez parte da minha vida por um longo tempo. Ele é meu amigo. Vou fazer de tudo para recuperá-lo. Mas se não for possível, vou guarda-lo como um companheiro até nas horas de solidão.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Os frutos

sábado, 18 de julho de 2020

Para pensar:

"Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”

Alexander Pope

Para refletir:

“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.”

Bertrand Russell

Os frutos

Para pensar:

"Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”

Alexander Pope

Para refletir:

“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.”

Bertrand Russell

Os frutos

O leitor que tenha alguma familiaridade com a política sabe bem que os discursos definitivamente não são a maneira mais fácil de separar o joio do trigo, uma vez que quem não tem lastro para levantar certas bandeiras ou justificar a confiança popular que ciclicamente pleiteia geralmente não tem embaraços quanto a preencher tais lacunas com informações inventadas ou distorcidas.

Em resumo: ainda que haja diferenças perceptíveis no falar, é na conduta que residem os frutos pelos quais a árvore deve ser identificada.

Conduta

Quanto à fiscalização, por exemplo, são evidentes duas posturas muito distintas.

De um lado existem fiscalizadores que defendem determinadas bandeiras o tempo todo, indo às últimas consequências no processo de apuração e levando informações ao conhecimento da Justiça.

E de outro há aqueles que fiscalizam apenas esporadicamente, como forma de extorsão, sobretudo em período eleitoral.

Estes últimos, se conseguem o que querem, nunca mais tocam no assunto.

Mera coincidência

Tomando exemplos ao acaso, qualquer semelhança com a realidade sendo mera coincidência, poderíamos dizer que o leitor pode ter certeza de estar diante de representantes do segundo grupo se algum dia topar com um vereador fazendo pesados ataques à empresa que faz transporte escolar ou para tratamento fora de domicílio, para em seguida nunca mais voltar ao assunto; ou um vereador que apresente requerimento de informações a respeito da adesão a uma ata de registro de preços superfaturada e em seguida não faça nada a respeito; ou ainda um vereador que assuma a Secretaria de Saúde e, ao ter acesso a informações comprometedoras, prefira usar isso como trunfo para ter influência e indicar dezenas de pessoas, do que comunicar à Justiça.

Sorte a nossa

O mesmo vale, ainda pensando em exemplos ao acaso, para nomeados que, diante de uma CPI incumbida de investigar possíveis irregularidades na Saúde, afirmem ter provas sobre a ocorrência de ilícitos, e no momento de tornar isso público façam de tudo para não serem mais encontrados.

Ou para o vereador que se esforça para presidir uma CPI voltada a investigar os serviços prestados por uma concessionária, e na prática atua como defensor da empresa.

Sorte a nossa que jamais tivemos qualquer uma dessas situações por aqui, não é verdade?

Alívio

Quando observamos, portanto, toda a dinâmica que ao longo do atual governo municipal desconfigurou por completo a relação poder concedente/concessionária, no que diz respeito ao transporte coletivo, é um alívio saber que vivemos numa cidade livre deste tipo de prática.

Do contrário, imaginem só, alguém poderia suspeitar das intenções, nas vilas marginais, quando tentou-se prorrogar por mais cinco anos um contrato que todos sabiam ser improrrogável.

Ou quando da recusa a reajustar a tarifa, enquanto havia um contrato a assegurar poder de negociação ao Palácio Barão de Nova Friburgo.

Ainda bem

Ou pior: alguém poderia acreditar que a situação de extrema fragilidade em que o governo atualmente se encontra pudesse ter sido evitada caso tivesse dada, desde o início, a devida atenção à nova licitação, ou que ataques recentes à empresa pudessem ser fruto, imaginem só, de alguma insatisfação impublicável.

Ter essa paz de espírito quanto à honestidade de todos os agentes públicos envolvidos nessa degeneração é reconfortante, porque não seria exagero dizer que vivemos atualmente uma profunda crise de bastidores relacionada ao transporte coletivo que pode, sim, chegar ao extremo de paralisar temporariamente o serviço, com consequências inimagináveis.

Coincidências

De fato, todo este cenário faz lembrar uma antiga profecia dos índios Sinimbu, encontrada há algumas décadas em pintura rupestre na Caverno do Eco, próxima ao Morro da Cruz, e traduzida recentemente por um antropólogo grego chamado Ironicus Maximus.

De novo, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Profecia

“Naqueles dias, nos domínios do grande cão de pedra, a corrupção chegou a tal ponto que o principal cocheiro da cidade era obrigado a distribuir onças e garoupas a 11 dos 21 caciques do conselho tribal, além de mensageiros e comunicadores, do glutão de uma tribo marginal e diversos outros parasitas sociais, para que pudesse continuar a circular suas carroças.

Por fim, o empreendimento do cocheiro ficou em real situação de falência e o negócio acabou sendo passado a um grupo forasteiro, que passou a sofrer os ataques de quem não queria perder a fartura de outrora.”

Pé no freio

Pouco após o início do processo de flexibilização, como observou-se também em diversas cidades de clima e porte parecidos com Nova Friburgo, o acentuado aumento no número de casos e a evolução das taxas de ocupação em CTIs destinados ao tratamento da Covid-19 alterou o contexto rumo aos parâmetros que determinam a bandeira vermelha, e toda a paralisação das atividades a ela atrelada.

A notícia é evidentemente desanimadora, e deveria servir de convite à reflexão de quem se comportou diante da flexibilização como se a pandemia tivesse terminado.

Quanto ainda teremos de perder antes de amadurecermos, hein?

A propósito...

Desde a última segunda-feira, 13, os repórteres de A VOZ DA SERRA Guilherme Alt e Fernando Moreira têm enviado constantes solicitações à prefeitura pedindo informações sobre as taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e CTI dos hospitais de Nova Friburgo.

Os repórteres pediam mais transparência na divulgação destes dados, mais especificamente no que diz respeito aos dados relativos aos fins de semana.

De fato, a crescente taxa de ocupação evidenciada a cada boletim divulgado durante esta semana evidenciou ainda mais a necessidade de informações sobre todos os dias de cada semana.

Interesse de todos

Em resposta a questionamentos complementares enviados nesta sexta-feira, 17, a Secom reconheceu a legitimidade da insistência e informou que vai passar a detalhar melhor os próximos boletins.

A mudança mais significativa será justamente a inclusão das taxas de ocupação dos sábados e domingos, nos boletins das segundas-feiras.

Exemplo bacana do comprometimento com a informação de qualidade nas duas pontas do trabalho, que facilitará o trabalho jornalístico como um todo, com benefícios diretos para a população.

Troca de experiências

Na próxima sexta-feira, 24, uma live com início previsto para 10h e encabeçada pelo MercoSerra irá reunir os secretários municipais de Saúde de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, para uma pertinente troca de experiências envolvendo estratégias de prevenção e as práticas que têm alcançado melhores resultados.

O encontro poderá ser acompanhado através do canal da Acianf no YouTube.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dr. Dermeval Barbosa Moreira entrega o primeiro título do Hospital São Lucas

sábado, 18 de julho de 2020

Edição de 18 e 19 de julho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

Edição de 18 e 19 de julho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

  • Dr. Dermeval entrega primeiro título do Hospital São Lucas e afirma que confia em todos os friburguenses - No início da semana, o médico Dermeval Barbosa Moreira, em ato informal, fez a entrega do certificado de reserva de ações, número 1, do Hospital São Lucas, a um dos primeiros adquirentes, o sr. José Newton Bizzotto – um dos proprietários do Supermercado Bizzotto. Representando a direção da Casa de Saúde São Lucas, estiveram presentes os cardiologistas Mário Haiut e Jesuíno Olívio da Cunha, além de jornalistas e corretores do empreendimento, convidados para assistirem as solenidades. Na ocasião, o dr. Dermeval Barbosa Moreira, rapidamente, afirmou simbolizar aquela entrega ao sr. José Newton Bizzotto, “uma verdadeira outorga da confiança que depositou em todos os friburguenses, no momento em que lhes passo às mãos os destinos da empreitada a que ora nos lançamos, cujas metas buscam alcançar melhores condições para o bem-estar de todo o povo desta cidade”. Acredito — frisou o conhecido médico — "que, muito em breve, os objetivos iniciais do corpo médico da Casa de Saúde São Lucas, estarão plenamente concretizados, graças à decisiva colaboração que o povo de Nova Friburgo começa a prestar-lhe”.
  • Saramago Pinheiro é o novo presidente da Assembleia Legislativa do nosso Estado - O operoso e prestigiado deputado Darcílio Alves foi eleito o primeiro secretário da Casa do Povo.
  • Dr. Paulo Vassallo de Azevedo - Para desincompatibilizar-se, já que é candidato pela legenda do MDB ao legislativo estadual, deixou as funções de chefe de gabinete do prefeito Amâncio Azevedo, o dr. Paulo Vassallo Azevedo, que desde o primeiro dia da atual gestão desempenha com brilho e entusiasmo o mencionado cargo.
  • Tenente Manoel Carneiro de Menezes - O prefeito Amâncio Azevedo acaba de designar o prestimoso e querido chefe do Departamento de Turismo, tenente Manoel Carneiro de Menezes, para a chefia de seu gabinete, na vaga decorrente do afastamento do titular, dr. Paulo Vassallo Azevedo, que deixou o cargo para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de nosso Estado.
  • Mensagem de Geremias na reabertura da Assembleia destaca pontos básicos de seu governo - Durante 40 minutos, o governador Geremias de Mattos Fontes apresentou aos deputados um relato do que foram os seus três anos e meio de administração, enumerando as principais obras, com destaque para os empreendimentos considerados de infraestrutura e para implantação do Centro de Processamento de Dados, que, segundo afirmou, colocou o Estado do Rio numa posição vanguardeira na tecnologia do país. O chefe do Executivo destacou também a criação da Secretaria de Água e Saneamento, como um procedimento inédito, objetivando concentrar técnica e recursos na solução do problema do abastecimento de água e instalação de esgotos em todo o território fluminense. Lembrou que vai deixar iniciada a obra do interceptor oceânico, destinado a eliminar a poluição da Baía de Guanabara. Outros empreendimentos citados pelo governador numa área de importância foram: a criação do "holding" financeiro da Nova Coderj; construção do Centro de Abastecimento de Tribobó, a unificação das concessionárias de energia em torno da CELF, que passou a deter o controle de 70% do território estadual; a construção de 17 subestações de energia e a implantação das cooperativas de eletrificação rural, que até o final do ano serão 20 em todo o Estado: criação do Serviço Médico Volante e construção de 2.186 salas de aula.
  • MDB - A base fluminense do partido não aceitou participar da Mesa da Assembleia, nos cargos inexpressivos que lhe foram destinados pela agremiação oficial que somente tornou-se majoritária pelo "grande jogo" das conquistas por adesões, pelas cassações e pela excepcional condição política proporcionada pelo “Partido de cima".
  • Torrington: A fábrica Torrington, situada em Olaria, recebeu a visita de diretores que vieram da América do Norte. Mais detalhes em nossa próxima edição. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Rita de Cássia Cordeiro (6); Paulo Fernando Costa (18); Marcos Haiut (19); Roberto Ventura El-Jaick (20); Tunney Kassuga, João Queiroz Teixeira, Germando Ferreira de Carvalho, Carlos Jacob Marchon, Georg Henze, Janine Jordão e Marcelo Merecci (21); Kátia Rocha (22); Lúcia Mello e Souza, Carlos Curio e Roberto Solon de Pontes (23); Renato Albino Filho, Regina Coeli, Jayro Winter, Flávio Folly e Paulo Humberto Chaves (24); Henrique Malheiros (25).

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.