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Premiado

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Premiado

O filme brasileiro “Macabro", todo rodado em Nova Friburgo e baseado em reportagens de A VOZ DA SERRA ganhou o prêmio de melhor longa no Brooklin Film Festival Filme, nos Estados Unidos. Dirigido por Marco Prado, escrito por Lucas Paraízo e Rita Glória Curvo, tendo no elenco Renato Goés, Amanda Grimaldi, Guilherme Ferraz, entre outros.

Primeiro filme brasileiro

Premiado

O filme brasileiro “Macabro", todo rodado em Nova Friburgo e baseado em reportagens de A VOZ DA SERRA ganhou o prêmio de melhor longa no Brooklin Film Festival Filme, nos Estados Unidos. Dirigido por Marco Prado, escrito por Lucas Paraízo e Rita Glória Curvo, tendo no elenco Renato Goés, Amanda Grimaldi, Guilherme Ferraz, entre outros.

Primeiro filme brasileiro

A produção brasileira ganhou o prêmio de Melhor Filme pelo júri popular, que esse ano aconteceu 100% on-line. Com belíssima fotografia, é a primeira produção brasileira a vencer o festival norte-americano. “Macabro” já havia conquistado outro prêmio internacional: melhor filme na categoria “Dark Matters” no Festival de Austin, no Texas, também nos Estados Unidos.

Macabro

O filme teve estreia nacional durante a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e foi exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio. No entanto, ainda não estreou no circuito comercial. Por conta da pandemia, a sua estreia nas salas de cinema continua sem data. Mesmo assim pode ser assistido gratuitamente, on-line, durante o referido festival dos EUA.   

Narrativa

Tive o privilégio de assistir ao filme no Festival de Cinema do Rio. Inspirado na história real dos irmãos necrófilos Ibraim e Henrique de Oliveira, mostra os brutais assassinatos de oito mulheres, um homem e uma criança, em Nova Friburgo. O filme é inspirado nos fatos reais, portanto tem toda a licença artística para acrescentar fatos e perspectivas sobre a era de crimes ocorridos na década de 1990, nos quais os irmãos eram acusados de exterminar barbaramente as vítimas e em seguida praticar a necrofilia, que é a violação sexual dos cadáveres.

Perspectiva

Assim, a perspectiva escolhida é a partir do olhar do sargento Téo (Renato Goés), um jovem policial que nasceu na região e passa por uma crise profissional e ética, quando é resignado para voltar à sua cidade natal na busca pelos suspeitos escondidos na região da Janela das Andorinhas, no distrito de Riograndina.

Crítica social

Na minha opinião, o filme tem uma crítica social forte ao conseguir abordar temas muito atuais como auto de resistência, ações policiais nas favelas, pedofilia na igreja e intolerância religiosa. Para os mais desavisados, nem tudo no longa aconteceu. Não é um documentário. Com a liberdade cinematográfica é muito mais do que um filme que retrata o fato em si, mas tudo que pode ter havido por detrás dele e se repete de maneira, macabra ou não, até hoje.

A Voz da Serra

O longa tem A VOZ DA SERRA como fio condutor dos acontecimentos, com páginas verídicas. O jornal é quase um personagem dentro do filme que abusa das belíssimas paisagens da região dos Três Picos, o que lhe confere uma fotografia poética, mesmo numa película de ação policial e suspense que flerta com o terror.   

Hospital de Campanha

A visita da comissão especial de fiscalização com os gastos da pandemia da Alerj considerou o Hospital de Campanha de Nova Friburgo como o mais avançado em termos estruturais, entre os que ainda estão para ser entregues. No entanto, constatou a total ausência de equipamentos que não permite o seu funcionamento.

Problemas

A falta de pias nos banheiros é também um dos problemas, além de goteiras que devem ser resolvidas com a climatização do espaço. As goteiras seriam fruto da alteração de clima externo. Com a climatização interna o problema seria resolvido.

Perguntas

Entre as questões que levantam dúvidas estão perguntas como: custos, o não aproveitamento do ginásio coberto, o porquê da utilização de uma organização social (que acabou sendo trocada, após inúmeros problemas por um órgão público, a Fundação Estadual de Saúde. Ou seja, por que desde o início não foi a entidade pública que tocou o serviço?     

Palavreando

“A ingenuidade protege as crianças. Garante-lhes a felicidade. Acho que até hoje a ingenuidade me protege. A ingenuidade me protege tanto que não me importo em parecer distraído. O que tem que ser tem força. A palavra das pessoas e o que diz o olhar de cada ser tem que valer alguma coisa. Se acreditar nas pessoas e em certos olhares é ingenuidade, acho que nunca deixei ou deixarei de ser ingênuo.”

Foto da galeria
​Parque dos Três Picos, Pedra da Caixa de Fósforo, na encantadora foto do talentoso Thiago Lontra. Tantos adjetivos para a paisagem, para o Parque e para o profissional. Nova Friburgo é mesmo lindíssima
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É uma loucura!

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Falar sozinho, de fato, ninguém fala

Falar sozinho, de fato, ninguém fala

A senhora que vai à minha frente conversa tão animadamente que retardo o passo para observá-la. Falta de educação minha, reconheço, mas como não dar especial atenção a quem anda assim, num bate-papo tão animado pelas calçadas? E lá estava ela, alternando vozes, contrapondo argumentos, pontuando com gestos expressivos seus pontos de vista. Conversa educada, nenhum exagero, nada de ofensas. Mas também, é forçoso reconhecer, sem conciliação entre os interlocutores. Às vezes ela passava a mão na testa, num movimento impaciente, mas logo se acalmava e voltava a desfilar raciocínios, exemplos, ponderações. Parecia uma velha mãe doutrinando o filho cabeça dura.

Até aí, tudo bem. Não há lei que impeça as pessoas de conversarem enquanto vão caminhando para casa, após um longo dia de trabalho. Em se tratando dessa senhora, todavia, o caso tinha a particularidade de que ela estava falando sozinha. Ou, melhor dizendo, falava com uma pessoa que somente ela via e ouvia, porque falar sozinho, de fato, ninguém fala. Fala-se, sim, com alguém invisível, mas presente, pois “só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos”.

Confesso que fiquei quase feliz ao vê-la dialogar com o vazio, na sua loucura contida, civilizada. Até me lembrei de alguns malucos que conheci nos longes da minha infância e acabei concluindo que já não se fazem mais loucos como os de antigamente. Quando eu era garoto, todo bairro que se prezasse tinha o seu destrambelhado particular, do qual cuidava com orgulho e carinho. Ah, os doidos de antigamente! Serviam para capinar o quintal, levar recados, até mesmo para tomar conta das crianças eles serviam. Não assim os de agora. Atualmente, quando um sujeito resolve desvairar, não faz por menos: pega um fuzil, vai para a lanchonete e mata 10, 20 pessoas. Ou então funda uma religião, explica para Deus como é que as coisas devem ser e, não obtendo a compreensão de Deus no céu ou dos homens na terra, põe fogo no templo com todos os fiéis dentro, e eles morrem felizes, gritando “Glória, glória, aleluia!” Os tantãs dos velhos tempos eram Napoleão, Maria Santíssima ou Getúlio Vargas e só ficavam chateados quando alguém não lhes reconhecia a verdadeira identidade e insistia em chamá-los de João, Madalena ou Teotônio.

Contaram-me que certa vez fizeram um exame nos motoristas de ônibus do Rio de Janeiro e concluíram que 60 ou 70% deles padeciam de algum distúrbio mental. O que me espantou foi saber que 30 ou 40% desses trabalhadores ainda conseguem manter alguma sanidade, mesmo dirigindo o dia inteiro, por anos a fio, no trânsito carioca. Quando Jânio renunciou, um deputado propôs que a lei passasse a exigir atestado de saúde mental dos futuros pleiteantes à Presidência da República. A ideia não deve ter prosperado porque nunca se chegaria à conclusão de quem seria bom da bola o bastante para avaliar os candidatos.

Basta ler “O Alienista”, de Machado de Assis. O Dr. Bacamarte, médico ilustre, chega a Itaguaí para dedicar-se ao estudo da loucura. Começa por prender um doido indiscutível e pouco a pouco vai avançando sobre os demais cidadãos, até meter no hospício desde a própria esposa até o prefeito. Quando finalmente o Dr. Bacamarte fica sozinho do lado de fora do manicômio, chega à brilhante conclusão de que, se tantos são os doidos, ser doido é o normal, e só quem tem a cabeça no lugar é que precisa ser metido em camisa de força e retirado do convívio social, a fim de que não mais perturbe, com sua lucidez descabida, a tranquila loucura geral. E, então, o grande cientista liberta todos os internos e prende-se a si mesmo, numa atitude de grande coerência científica.

“Eu não sou maluco, não!”, é a primeira coisa que todo maluco diz. Não sejamos, pois, tão pretensiosos. Sejamos, sim, benevolentes com os que, neste vasto hospício em que vivemos, ainda conseguem conservar alguma mansidão em sua loucura, pois de médico, poeta e, sobretudo de louco, todos nós temos um pouco.

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O servo inconstante

quarta-feira, 10 de junho de 2020

À frente do todos os presentes, o Mestre narrou com simplicidade:

— Certo homem encontrou a luz da revelação divina e desejou ardentemente habilitar-se para viver entre os anjos do céu.

Tanto suplicou essa bênção ao Pai que, através da inspiração, o Senhor o enviou ao aprimoramento necessário com vistas ao fim a que se propunha.

À frente do todos os presentes, o Mestre narrou com simplicidade:

— Certo homem encontrou a luz da revelação divina e desejou ardentemente habilitar-se para viver entre os anjos do céu.

Tanto suplicou essa bênção ao Pai que, através da inspiração, o Senhor o enviou ao aprimoramento necessário com vistas ao fim a que se propunha.

Por intermédio de vários amigos, orientados pelo poder divino, o candidato, que demonstrava acentuada tendência pela escultura, foi conduzido a colaborar com antigo mestre, em mármore valioso. No entanto, a breve tempo, demitiu-se, alegando a impossibilidade de submeter-se a um homem ríspido e intratável; transferiu-se, desse modo, para uma oficina consagrada à confecção de utilidades de madeira, sob as diretrizes de velho escultor. Abandonou-o também, sem delongas, asseverando que lhe não era possível suportá-lo.

Em seguida, empregou-se sob as determinações de conhecido operário especializado em construção de colunas em estilo grego. Não tardou, entretanto, a deixá-lo, declarando não lhe tolerar as exigências. Logo após, entregou-se ao trabalho, sob as ordens de experimentado escultor de ornamentações em arcos festivos, mas, finda uma semana, fugiu aos compromissos assumidos, afirmando haver encontrado um chefe por demais violento e irritadiço. Depois, colocou-se sob a orientação de um fabricante de arcas preciosas, de quem se afastou, em poucos dias, a pretexto de se tratar de criatura desalmada e cruel.

E, assim, de tarefa em tarefa, de oficina em oficina, o aspirante ao Céu dizia, invariavelmente, que lhe não era possível incorporar as próprias energias à experiência terrestre, por encontrar, em toda parte, o erro, a maldade e a perseguição nos que o dirigiam, até que a morte veio buscá-lo à presença dos anjos do Senhor.

 Com surpresa, porém, não os encontrou tão sorridentes quanto aguardava. Um deles avançou, triste, e indagou:

— Amigo, por que não te preparaste ante os imperativos do céu?

O interpelado que identificava a própria inferioridade, nas sombras em que se envolvia, clamou em pranto que só havia encontrado exigência e dureza nos condutores da luta humana.

O mensageiro, no entanto, observou, com amargura:

 — O Pai chamou-te a servir em teu próprio proveito e, não, a julgar. Cada homem dará conta de si mesmo a Deus. Ninguém escapará à Justiça Divina que se pronuncia no momento preciso. Como pudeste esquecer tão simples verdade, dentro da vida? O malho bate a bigorna, o ferreiro conduz o malho, o comerciante examina a obra do ferreiro, o povo dá opinião sobre o negociante, e o Senhor, no conjunto, analisa e julga a todos. Se fugiste a pequenos serviços do mundo, sob a alegação de que os outros eram incapazes e indignos da direção, como poderás entender o ministério celestial?

E o trabalhador inconstante passou às consequências de sua queda impensada.

Jesus fez uma pausa e concluiu:

— Quem estiver sob o domínio de pessoas enérgicas e endurecidas na disciplina, excelentes resultados conseguirá recolher se souber e puder aproveitar-lhes a aspereza, inspirando-se na madeira bruta ao contato da plaina benfeitora. Abençoada seja a mão que educa e corrige, mas bem-aventurado seja aquele que se deixa aperfeiçoar ao seu toque de renovação e aprimoramento, porque os mestres do mundo sempre reclamam a lição de outros mestres, mas a obra do bem, quando realizada para todos, permanece eternamente.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Direito à informação

terça-feira, 09 de junho de 2020

Para pensar:

"A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.”

Immanuel Kant

Para refletir:

“Os mal-entendidos são frequentemente reações de bobagem raivosa. Há pessoas que não se sentem inteligentes senão quando descobrem ‘contradições’ em um pensador."

Gilles Deleuze

Direito à informação

Para pensar:

"A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.”

Immanuel Kant

Para refletir:

“Os mal-entendidos são frequentemente reações de bobagem raivosa. Há pessoas que não se sentem inteligentes senão quando descobrem ‘contradições’ em um pensador."

Gilles Deleuze

Direito à informação

A coluna busca, sempre que possível, focar em questões de âmbito municipal, se aventurando em esferas superiores somente quando algo nos diz respeito diretamente.

Algumas questões, todavia, demandam posicionamento, mesmo que no fim das contas nossa colaboração seja apenas uma gota no oceano.

Inadmissível

Na atual conjuntura é absolutamente inadmissível que seja levada adiante qualquer mudança na forma de coleta de dados sobre os efeitos da pandemia de Covid-19 que não seja para ampliar as informações já existentes, e isso vale para qualquer esfera de governo.

Ainda que as justificativas para isso tivessem sido técnicas, alterar nesse momento os critérios de contagem terminaria por contaminar a base de informações sobre as quais decisões precisam ser tomadas, expondo todos nós a eventuais leituras distorcidas a respeito da evolução do número de contágios.

Contaminação

A coluna, portanto, não pode deixar de criticar veementemente que no último domingo, por exemplo, o Ministério da Saúde tenha divulgado um total de 1382 mortes no intervalo de 24 horas, e, pouco depois, tenha “atualizado” esses dados para 525 óbitos no mesmo período.

Tudo isso, depois de uma semana em que o Governo Federal determinou a alteração do horário de atualização dos dados, manifestando abertamente a intenção de dificultar a divulgação dessas informações pela televisão, e de também ter flertado com a possibilidade de não mais divulgar atualização alguma.

Bases reais

A crítica evidentemente se entende também ao município do Rio de Janeiro, que dias antes também havia anunciado mudanças nos critérios para a contagem de vítimas.

É fundamental, afinal de contas, que possamos monitorar constantemente em qual fase da curva nós estamos, a fim de que seja possível planejar medidas de enfrentamento e estabelecer estágios para a retomada das atividades econômicas.

Vias alternativas

É miopia demais, obtusidade demais, imaginar que tais atitudes estão prejudicando um veículo de comunicação específico, perdendo de vista o que de fato está ocorrendo e quem são os verdadeiros prejudicados.

O resultado, de forma inevitável, acaba sendo uma repetição de algo que esta coluna já vivenciou muitas vezes em nossa realidade municipal: aquela que deveria ser a fonte natural para este tipo de informação, acaba deixando de ser.

A partir de agora, diversos veículos se uniram a fim de levantar os dados em conjunto, junto a prefeituras e secretarias estaduais...

Sempre atual

Também neste domingo, 7, tivemos uma demonstração bastante evidente a respeito da fragilidade das informações sobre as quais temos construído nossas opiniões coletivas.

No início da tarde, alguns amigos portugueses começaram a postar uma foto dos personagens George e Lorraine McFly, da trilogia “De Volta para o Futuro”, afirmando que “esta foto foi encontrada nas bombas de gasolina da Galp na A29, diz no verso "Pai e mãe - 1955". Vamos ver se as redes sociais ajudam a devolver a foto à pessoa que a perdeu, certamente terá um elevado valor sentimental.”

Vai vendo...

Poucas horas mais tarde, diversas pessoas aqui no Brasil, e também em Nova Friburgo, estavam compartilhando a mesma foto, com a mesma história, porém adaptada a ambientes que nos são familiares.

Em geral, dizendo que a foto havia sido encontrada na rodoviária da cidade onde a mentira era espalhada.

Ora, notem que essa era uma informação muito fácil de ser apurada, e ainda assim viralizou por diversos países em questão de poucas horas…

Sintomático

Imaginem, portanto, a quantidade de mentiras que têm sido absorvidas sobre temas mais difíceis de serem confrontados, que atendam a expectativas pessoais ou venham embaladas em elogios sedutores, e tente avaliar o grau de manipulação que foi alcançado em nossa sociedade atual.

Sintoma maior disso é justamente observar que tantas vozes estejam se levantando contra fontes confiáveis de informações, como o Inpe, a Fiocruz, o IBGE, as universidades públicas, a comunidade científica internacional ou a liberdade de imprensa.

Ora, a quem isso tudo interessa?

Confirmou

Dias atrás o senador Romário confirmou em vídeo a informação antecipada três meses antes pela coluna a respeito da intenção do Podemos de lançar a pré-candidatura de Adriano Pequeno à Prefeitura de Nova Friburgo.

O partido também vem com nominata completa para disputar cadeiras na Câmara Municipal, apostando num perfil de pessoas sem histórico político anterior.

A coluna entende que, nesse momento, a intenção do grupo é lançar uma chapa “puro sangue”, com vice também filiado ao partido.

Protocolos

A Faol divulgou, na semana passada, o protocolo de convivência que desenvolveu a fim de aumentar a segurança de motoristas e passageiros em meio à pandemia de Covid-19.

As medidas incluem aferição de temperatura de cada motorista antes de cumprir a jornada de trabalho; reforço no sistema de higienização dos veículos, na garagem e na Estação Livre; aumento na frequência dos processos de limpeza e desinfecção do ar-condicionado; e obrigatoriedade do uso de máscara, tanto para passageiros quanto para motoristas.

A empresa também incentiva o pagamento via cartão, que as empresas tentem intercalar horários de entrada e saída, e que horários de pico sejam reservados a viagens a trabalho.

Hospital de Campanha

No último domingo,7, foi dado mais um passo para a tão esperada abertura do Hospital de Campanha de Nova Friburgo que ainda não tem uma data definida pelo Governo do Estado depois de já ter sido adiada cinco vezes.

A construtora friburguense Frienge que assumiu as obras estruturais da unidade no ginásio do Sesi, em Conselheiro, concluiu a empreitada. Foram 15 dias de trabalhio ininterrupto para concluir o prometido dentro do prazo.

Foram realizadas a concretagem de acessos de pessoas e ambulâncias, base para geradores, necrotério e escavações.

Agora falta o Estado cumprir a sua parte e dotar o hospital de leitos e equipamentos.   

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A VOZ DA SERRA é fiel ao seu teor de credibilidade!

terça-feira, 09 de junho de 2020

O Caderno Z do último fim de semana foi de uma complexidade incrível para reverenciar o Dia da Liberdade de Imprensa, celebrado no domingo, 7. E, já de início, quando pensamos em “imprensa livre” surge a luz de “que se caminha no sentido de fortalecimento da vida democrática, ao lado da pluralidade de pensamentos...”. Contudo, há que se ressaltar que “liberdade de expressão não pode ser confundida com leviandade de divulgação de boatos”. Nesse mister, na atual era das facilidades de comunicação, surgem as indesejáveis “fake news”.

O Caderno Z do último fim de semana foi de uma complexidade incrível para reverenciar o Dia da Liberdade de Imprensa, celebrado no domingo, 7. E, já de início, quando pensamos em “imprensa livre” surge a luz de “que se caminha no sentido de fortalecimento da vida democrática, ao lado da pluralidade de pensamentos...”. Contudo, há que se ressaltar que “liberdade de expressão não pode ser confundida com leviandade de divulgação de boatos”. Nesse mister, na atual era das facilidades de comunicação, surgem as indesejáveis “fake news”. Para controlar esse mal que assola a internet e as redes sociais, serão adotadas medidas de combate intenso, de acordo com projeto de lei a ser aprovado pelo Senado.

Em “Liberdade de imprensa – uma bandeira que deveria ser de todos”, Márcio Madeira traz reflexões para enfrentarmos os dilemas da comunicação irresponsável e destaca, entre outras ponderações: “Quem se esforça por calar um jornalista, quem se torna incapaz de conviver com narrativas diferentes daquelas desejadas, está em inegável luta para amordaçar a própria consciência.”. É nessa prisão que podemos estagnar até nossos anseios, se não abrirmos os olhos para o que é real, abandonando as distorções desenfreadas que nos tentam embutir.

Wanderson Nogueira, que é “filho das Diretas já”, lembra que “a liberdade está tão intrínseca ao jornalismo que quando falta, acaba por burlar a tentativa de verdade...”. Nossa voz de A VOZ DA SERRA é fiel ao verdadeiro, ao esclarecedor, ao respeito e em respeito ao seu teor de credibilidade.

Vinicius Gastin, em “Esportes”, marcou um gol espetacular, abrindo espaço para um tema super top, ou seja, nutrição. O dr. Felipe Monnerat é quem nos orienta, já que estamos todos com a “rotina alterada”. A começar pelas atividades físicas, é importante dar atenção para os exercícios e, nesta quarentena, quem tem limites de espaço pode até “dançar ou pular corda”. A alimentação saudável é um fator relevante para fortalecer o sistema imunológico dando preferência aos alimentos naturais. O doutor cita, entre outros, a taioba. Que delícia e minha safra está generosa.  Sobre a ingestão de álcool, nada de abusos, pois ninguém pense que a bebida esquenta o corpo. Todo cuidado é pouco.

A última quinta-feira, 4, foi o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão, e Ana Borges conversou com a juíza Adriana Valentim, titular da Vara de Infância  e Juventude de Nova Friburgo. Em seus depoimentos, vê- se claramente o quanto as crianças ficam vulneráveis, dependendo do ambiente onde vivam. E ela ressalta: “A agressão deixa feridas que podem até cicatrizar, mas deixarão marcas para toda vida”. Só de pensar, dói a alma da gente.

“Há 50 anos” era dada a “largada” para a construção da Estação Rodoviária na “Rua Alberto Braune”. Outra pauta anunciava a obrigatoriedade da venda do leite em saquinhos de plástico. Isso foi uma grande novidade. No meu bairro, o leite vinha nos latões, por meio de uma carroça e era vendido pelo “leiteiro”, na quantidade desejada do freguês. E o leite dava uma nata de fazer manteiga e até biscoitinhos da vovó

Cinquenta anos depois, nós estamos na pandemia do coronavírus, cheios de incertezas. O Hospital de Campanha sem data para a conclusão. Os casos de contaminação pelo vírus aumentando a cada dia, as mortes, as dificuldades do isolamento social, a crise econômica, desempregos, a instabilidade emocional são algumas das consequências que nos afetam de uma forma ou de outra. Muitas adequações estão em andamento e a Acianf  “aposta no associativismo como forma de superação”.

O Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, não passou em brancas nuvens em Nova Friburgo. O Projeto Montanhe-se instalou um totem de conscientização ambiental no Mirante Suíço, no bairro Suíço, bem próximo ao centro da cidade de Nova Friburgo. O local ainda ganhou  um banco de madeira e ornamentos de plantas. Parabéns Christiane Mussi, idealizadora do projeto e a seu grupo de apoiadores. Iniciativas assim estimulam a prática do bem e a defesa do meio ambiente, onde o ser humano é uma parte fundamental da natureza. Uma semana de muita reflexão poderá ser um alento para todos nós.

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Vivas para a Marilda

terça-feira, 09 de junho de 2020

No último domingo, 7, junto aos familiares, a simpática Marilda Frez (foto) comemorou antecipadamente mais um aniversário. Na verdade, ela estreia a nova idade hoje, 9. Por isso, esta coluna se une ao marido da Marilda, o Leonardo, assim como mãe Maria Judith, irmãos Valdecir, Altair, Beto, Vanda, Graça, Carlinhos e demais familiares, para deseja-la inúmeras felicidades.

Dez anos de união

No último domingo, 7, junto aos familiares, a simpática Marilda Frez (foto) comemorou antecipadamente mais um aniversário. Na verdade, ela estreia a nova idade hoje, 9. Por isso, esta coluna se une ao marido da Marilda, o Leonardo, assim como mãe Maria Judith, irmãos Valdecir, Altair, Beto, Vanda, Graça, Carlinhos e demais familiares, para deseja-la inúmeras felicidades.

Dez anos de união

O querido casal Bruno França Silva Tuller (ele do Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo) e Marcella Schuabb Tuller Silva que é bancária, atingiu ontem, 8, uma bela e importante marca: dez anos de feliz união matrimonial, portanto Bodas de Estanho.

Há pouco mais de um ano, eles receberam um presente super especial: a filha Maria. Essa linda família merece os parabéns com louvor.

“Da” ou invés de “De”

Lamentavelmente, como já visto recorrentemente em épocas de grandes adversidades em que a população mais precisa da classe política, nos submetemos a mais uma.

Pelo visto, até que fosse estancada a situação, o tal hospital de campanha estava muito mais para o hospital da campanha (eleitoral).

Com novas idades

O último sábado, 6, foi de parabéns para dois queridos amigos: o médico veterinário Paulo Roberto Pecly e o profissional da área de seguros Jonas Bié Fernandes, ambos aí nas fotos. O Pecly completou seu 68°aniversário e o Bié chegou ao seu meio século de vida. Viva eles!

Aniversariantes do dia

Na onda dos parabéns pra você, hoje, 9, o coro animado vai para duas figuras especiais. Enviamos abraços de felicitações ao empresário Minelvino Antonio Gonçalves Neto e ao ex-comandante do 11° BPM, coronel Eduardo Vaz Castelano, que estreiam novas idades hoje. Salve eles!

Vivas para a Elisabeth

Mesmo não podendo comemorar com gostaria, rodeada de parentes e amigos, a querida Elisabeth Ruiz de Castro, atuante presidente do Rotary Clube Nova Friburgo Imperador aniversariou no último domingo, 7, e por isso, as muitas manifestações virtuais de carinhos e felicitações que recebeu pela data, juntamos os nossos desejos de felicidades mais e mais para ela.

Alô, porteiros!

Como existem as datas comemorativas para tudo, uma laboriosa classe não poderia ficar de fora.

Hoje,  9, é o “Dia do Porteiro” e em razão dessa satisfação nossas saudações a todos que atuam em prédios, condomínios, indústrias, empresas, clubes e todos os lugares que necessitam de seus importantes serviços.

  • Foto da galeria

    Vivas para a Marilda

  • Foto da galeria

    Com Idades novas (Paulo R. Pecly e Jonas Bié Fernandes)

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A simplicidade das maritacas e a poesia

segunda-feira, 08 de junho de 2020

Nestes tempos de pandemia, o pensamento reage como forma de apreender este momento tão estranho e absurdo. A filosofia, então, espalhada pelos tetos e paredes da casa, revela o espanto que nós, sujeitos tão bem capacitados e informados, temos fragilidade ante um vírus, um micro-organismo, que nos ameaça abater com tamanha eficiência e rapidez. Enquanto indefesos reféns, precisamos aceitar que estamos numa terrível guerra, mais ameaçadora das que se utilizam de bombas para atacar um inimigo visível e conhecido. O Covid 19 é um invisível desconhecido.

Nestes tempos de pandemia, o pensamento reage como forma de apreender este momento tão estranho e absurdo. A filosofia, então, espalhada pelos tetos e paredes da casa, revela o espanto que nós, sujeitos tão bem capacitados e informados, temos fragilidade ante um vírus, um micro-organismo, que nos ameaça abater com tamanha eficiência e rapidez. Enquanto indefesos reféns, precisamos aceitar que estamos numa terrível guerra, mais ameaçadora das que se utilizam de bombas para atacar um inimigo visível e conhecido. O Covid 19 é um invisível desconhecido. Estamos em plena batalha biológica que pegou o mundo com surpresa, tão diabólica que ainda mal sabemos como nos defender. Num redemoinho de preocupações, informações e questionamentos, sem conseguirmos compreender o significado dos acontecimentos, inéditos em nossas vidas, buscamos na filosofia, na história, na biologia e em ciências afins um conhecimento que amenize a angústia ante o incógnito. 

Eu, particularmente, cheguei a ler a respeito do sistema solar, da Via Láctea e da amplitude do universo para me deparar com outra questão mais complexa ainda. Quem somos nós? Afinal de contas, fazemos parte de um universo misterioso e chegamos a ser ainda bem menores do que o Covid 19, este ser microscópico que tanto nos atormenta! Ah, é uma questão transcendental à realidade factual, que precisamos nos debruçar sobre a metafísica. 

Aí, sorrateiramente, surge-me a poesia, que descreve empiricamente o que somos, como vivemos e o que podemos fazer dos nossos dias. Estava caminhando pelo meio da mata, mergulhada na natureza e conversando com pensamentos controversos, tentando entender um emaranhado de circunstâncias e informações, repentinamente, uma revoada de   maritacas passou sobre mim, indo de um lado a outro, piando, fazendo estardalhaço entre as copas das árvores, brincando com a vida. Parei e observei aquele modo simples e espontâneo de ser feliz. Um esbanjamento! Ah, como a alegria pode estar tão perto de nós, como as aves estavam de mim. As aves são seres ameaçados por doenças, incêndios na mata, predadores, ventanias, tempestades. São criaturas muito mais desabrigadas do que nós! 

Repentinamente, eu me senti carregada pelo poema Instantes, de autoria incerta, frequentemente atribuída ao escritor argentino Jorge Luiz Borges:

Se eu pudesse viver novamente a minha vida,

na próxima trataria de cometer mais erros.

Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.

Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade

Bem poucas coisas levaria a sério.

Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais,

contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,

nadaria em mais rios.

Iria em mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos letilha,

teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveram sensata e produtivamente

cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria.

Mas se pudesse voltar a viver, começara a andar descalço no começo da primavera e

continuaria assim até o fim de outono.

Daria mais voltas na minha rua,

contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,

se tivesse outra vez uma vida pela frente.

Mas, como sabem, tenho 85 anos

e sei que estou morrendo.  

Quando voltei para casa e escutei o noticiário da televisão tomado por estatísticas e notícias atualizadas do vírus, perguntei-me de que vale ter o conhecimento de tantas questões, se a vida nos afasta do que é mais simples. Certamente, naquele momento, as maritacas me foram mais esclarecedoras do que qualquer explicação científica. Quando retornarmos à vida, pelo menos eu, vou valorizar ao momento de saborear uma tangerina, tanto quanto visitar a Torre Eiffel.

 

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Inventário

sábado, 06 de junho de 2020

Diante da inesperada repercussão das notinhas publicadas na edição de sexta-feira, 5, a respeito do fluxo de recursos relacionados ao combate ao coronavírus em Nova Friburgo, a coluna achou por bem quebrar alguns protocolos e fazer um apanhado completo desses números, divididos em cinco categorias: receitas; despesas custeadas com recursos da União; despesas custeadas com recursos do Estado; processos em fase inicial e receitas de incrementos de Média e Alta Complexidade (MAC) e do Piso de Atenção Básica (PAB).

Diante da inesperada repercussão das notinhas publicadas na edição de sexta-feira, 5, a respeito do fluxo de recursos relacionados ao combate ao coronavírus em Nova Friburgo, a coluna achou por bem quebrar alguns protocolos e fazer um apanhado completo desses números, divididos em cinco categorias: receitas; despesas custeadas com recursos da União; despesas custeadas com recursos do Estado; processos em fase inicial e receitas de incrementos de Média e Alta Complexidade (MAC) e do Piso de Atenção Básica (PAB).

As duas primeiras categorias já haviam sido publicadas, mas serão repetidas aqui a fim de agrupar todos os dados numa única coluna.

Receitas

Entre as receitas, o Palácio Barão de Nova Friburgo registra o recebimento, a partir da União, de R$ 3.485.241,99 no dia 9 de abril. Desses, R$ 1.140.630,60 somam o total de despesas empenhadas, com saldo de R$ 2.344.611,39.

Em seguida, no dia 14 de abril, pingaram no caixa do governo municipal R$ 4.448.211,58 vindos do governo estadual, representando mais uma parcela do total de R$ 18 milhões repassados como superávit do Finansus. Nesse caso as despesas empenhadas alcançam R$ 3.647.236,68, com saldo de R$ 800.974,90.

No dia 17 de abril o governo estadual repassou mais R$ 1 milhão, para a montagem de quatro centros de triagem. O valor foi investido integralmente.

Já no dia 27 de abril a União repassou mais R$ 54.974,28 a serem investidos no enfrentamento da Covid-19, mais especificamente no Centro de Nefrologia. O valor ainda não foi empenhado, e consta integralmente como saldo.

Por fim, no dia 1º de junho a União repassou mais R$ 1.440.000 para a habilitação de leitos de unidade de terapia intensiva. O valor ainda não foi empenhado e consta como saldo.

Despesas custeadas com recursos da União

Entre as despesas custeadas com recursos da União, o processo 30.328/2018, para estrutura de montagem (registro de preços) para postos de saúde, UPA e hospitais, encontra-se empenhado com contrato. O valor empenhado é de R$ 212.990,00, mas ainda não foi pago.

O processo 6537/2020, por sua vez, data de 18 de março e tem como objeto a aquisição de material de médico para toda a rede. O valor empenhado de R$ 62.904,20 ainda não foi pago.

Ainda entre as despesas custeadas com recursos federais, o processo 6658/2020, de 26 de março, tem por objeto a aquisição de detergente enzimático para a Maternidade e o Raul Sertã. O valor empenhado, de R$ 2.040 ainda não foi pago.

Em seguida temos o processo 6698/2020, datado de 2 de abril, que tem por objeto suprir a fórmula l Glutamina para o Raul Sertã. O valor empenhado, de R$ 3.588 ainda não foi pago.

Encerrando as despesas custeadas por Brasília estão os processos 6660/2020 e  6662/2020, ambos de de 26 de março. O primeiro tem por objeto aquisição de material de limpeza para toda a rede, ao passo que o segundo tem por objeto a limpeza hospitalar do Hospital Raul Sertã.

Ambos se encontram em fase de confecção de NAD. O primeiro, no valor de R$ 276.073,46; o segundo no montante de R$ 583.034,94, valores estes que, naturalmente, ainda não foram pagos.

Despesas custeadas com recursos do Estado

As despesas custeadas com recursos repassados pelo Palácio Guanabara têm início com o processo 6654/2020, de 20 de março, para “aquisição de EPI para prevenção do coronavírus em toda a rede municipal de saúde pública e também na prefeitura. O valor empenhado foi de R$ 2.353.961,42, e o valor efetivamente pago foi de R$ 1.765.826,00.

A seguir há o processo 6662/2020, de 26 de março, para limpeza hospitalar do Raul Sertã. O processo encontra-se em fase de confecção de Nota de Autorização de Despesa (NAD), em valor de R$ 135.775,26. Ainda não houve valor empenhado ou pagamento.

Há, por fim, o processo 6997/2020, de 22 de abril, para aquisição de máscaras de barreira a serem distribuídas à população friburguense. O valor empenhado foi de R$ 2.157.500,00, mas ainda não foi feito pagamento.

Processos em fase inicial

O processo 6778/2020 foi aberto no dia 8 de abril para a aquisição de três respiradores, a serem incorporados de maneira permanente ao patrimônio do Hospital Raul Sertã. O processo atualmente aguarda a definição do valor da despesa.

O processo 6829/2020, por sua vez, foi aberto no dia 14 de abril para aquisição de termômetros e oxímetros para toda a rede municipal. No momento encontra-se em fase de cotação na Secretaria de Infraestrutura e Logística.

Seis dias mais tarde foi aberto o processo 6965/2020 para contratação de cinco médicos através de RPA, que neste momento aguarda instrução processual.

A seguir, no dia 28 de abril, foi aberto o processo 7064/2020, para aquisição de teste rápido Covid para o Hospital Raul Sertã. No momento este processo está aguardando a empresa enviar as certidões.

O processo 7347/2020 foi aberto no dia 8 de maio para aquisição de “Material médico II: filtro mecânico Hepa; aerocâmera retrátil para terapia com aerossol através de respiradores e sistema fechado de aspiração traqueal; filtro ventilação mecânica tipo HMEF pediátrico; caso para cadáver grande e saco para cadáver pequeno”. Este processo também está em fase de cotação na Secretaria de Infraestrutura e Logística.

Os processos 7633/2020, para aquisição de “máscara área Covid”; 7654/2020, para aquisição de poltrona hospitalar; e 7662/2020, para aquisição de 20 biombos estão todos em fase de cotação na Secretaria de Infraestrutura e Logística, e a coluna não conseguiu apurar suas datas de abertura.

Por fim, no dia 22 de maio foi aberto o processo 7664/2020 para aquisição do medicamento Tocilizumare, e este processo também encontra-se em fase de cotação.

Receitas - Incrementos MAC e PAB

As receitas de incrementos de Média e Alta Complexidade (MAC) e do Piso de Atenção Básica (PAB) são todas procedentes da União, e estão distribuídas em cinco portarias do Ministério da Saúde: três referentes a MAC, e duas ao PAB.

A primeira portaria de incrementos de Média e Alta Complexidade data de 9 de janeiro de 2020, no valor de R$ 4 milhões.

No dia 8 de abril outra portaria acrescentou mais R$ 1 milhão, e desse montante foram gastos R$ 3.576.808,05, restando saldo de R$ 1.423.191,95. Também para Média a Alta Complexidade foi recebido o montante de R$ 1.150.000 no dia 5 de maio, e estes recursos ainda não foram gastos.

Com relação ao Piso de Atenção Básica (PAB), no dia 24 de abril foram recebidos R$ 500 mil, e no dia 22 de maio foi recebido mais R$ 1 milhão. Nenhum dos dois recursos havia sido gasto até o fechamento desta apuração.

Saldos

Na última quinta-feira, 4, o saldo disponível para o enfrentamento da Covid-19 era de R$ 4.640.560,57. Somando-se a esse valor o saldo dos incrementos, o valor disponível para o combate à Covid-19 até quinta-feira, 4, era de R$ 8.713.752,52.

Cabe salientar, no entanto, que cada valor recebido pelo Fundo Municipal de Saúde está vinculado a uma portaria do Ministério da Saúde, ou a uma Resolução do Estado do Rio de Janeiro que orienta a execução da despesa.

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Prefeitura dá a largada para a construção da rodoviária na Rua Alberto Braune

sábado, 06 de junho de 2020

Edição de 6 e 7 de junho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

Edição de 6 e 7 de junho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

  • Estação Rodoviária Interestadual - A Prefeitura de Friburgo receberá propostas, até o dia 8, para a construção de moderna e funcional Estação Rodoviária, no terreno da Rua Alberto Braune, lado norte da sede do Executivo Municipal. Os termos da concorrência pública constam do órgão oficial 154, de 23 de maio de 1970.
  • Reimplantada pelo INSS a assistência médico-hospitalar dos previdenciários - Devido ao absoluto fracasso do Plano Nacional de Saúde, nesta região, assumiu novamente os encargos de assistência aos seus associados o Instituto Nacional de Previdência Social. O fato do INPS ter assumido o controle do serviço agradou aos contribuintes, cansados de serem mal servidos pelo tal "Plano" embora descontando boa parcela. Mesmo com os naturais embaraços da implantação, espera-se que tudo seja normalizado e a assistência médico-hospitalizar funcione a contento. Uma coisa não pode ser contestada: o falecido Plano de Saúde, que somente serviu a um reduzido grupo de felizardos e outro bem maior de aproveitadores, teve o fim merecido. E agora, João!
  • Governador Geremias de Mattos Fontes - A autoridade máxima de nosso Estado confirma que ficará no posto de comando até o último dia do seu mandato e que presidirá o pleito como verdadeiro magistrado. O gesto de desprendimento do jovem administrador da terra fluminense vem calando muito bem nos redutos da alta política e administração brasileira.
  • Sem lógica e sem nexo, a obrigatoriedade imediata, da venda do leite em saquinhos de plástico -Tal medida apenas satisfaz aos interesses comerciais, já que o decreto federal que regula essa ação situa o problema sem a rigidez que se quer atribuir. Proceder a ordenha no interior, conduzir o leite para a Guanabara, para de lá trazê-lo empacotado pela cooperativa Vigor, não passa de um recurso comercial para afastar o pecuarista da sua zona de distribuição comum. Estamos empenhados no esclarecimento do momentoso assunto. A obrigatoriedade do leite empacotado, sem que na nossa região exista ainda o maquinismo necessário, importa no acréscimo de 50 cruzeiros antigos, por litro. Devido a dificuldades na aquisição das máquinas para o empacotamento, em nenhum município vizinho e nem na Guanabara, São Paulo e Niterói, o fornecimento está sendo feito em consonância com o decreto federal.
  • Leite empacotado… Friburgo continua recebendo boa quantidade da Cooperativa de Macuco, organização que vem servindo ao povo. Tendo o Governo Federal tornado obrigatória a venda de leite em pacotes invioláveis, uma outra cooperativa propôs cumprir o decreto, de imediato, desde que a municipalidade proibisse a entrega do produto a granel, como vem sendo feito e deveria continuar até que o maquinário destinado a exigência fosse entregue aos produtores. Permita-se, então, que a nova fornecedora venda o leite como queira e entenda. Nunca, porém, com proibições extemporâneas. Para que possa ser bem cumprida a promessa da concorrente, o leite terá que viajar do local da ordenha até o Rio de Janeiro e de lá voltar empacotado e congelado para o consumo friburguense, custando as idas e vindas, no mínimo a bagatela de cinquenta cruzeiros antigos por litro. Quem pagará essas despesas? A cooperativa Vigor, além do mais cobrará as despesas do invólucro, embora esteja disposta a sacrificar seus interesses para ajudar na concorrência a conquista do mercado de Friburgo.

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Norberto Rocha (7); Luiz Antonio Ennes Cariello (8); Eduardo Antonio Nogueira (9); Frederico Sichel e Antonio Lima – Manga (11); Geraldinho Ventura e Antônio Roberto de Oliveira (12).

 

Foto da galeria
Edição de 6 e 7 de junho de 1970
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O jornalista é um libertário por natureza e pela convicção de sua própria natureza

sábado, 06 de junho de 2020

Sou filho das Diretas Já. Nasci em meio àquela luta por democracia, liberdade, tolerância. Quando o verde amarelo pertencia aos brasileiros e não a um grupo que se autointitulou proprietário da pátria, como se o modo deles fosse o único de ser patriota. A bandeira brasileira é dos brasileiros, de todos os brasileiros. Não há escolhidos para serem melhores do que os outros, ou donos uns dos outros. Pedaços de Brasil podem até ter donos, mas o Brasil é de todos os brasileiros.

Sou filho das Diretas Já. Nasci em meio àquela luta por democracia, liberdade, tolerância. Quando o verde amarelo pertencia aos brasileiros e não a um grupo que se autointitulou proprietário da pátria, como se o modo deles fosse o único de ser patriota. A bandeira brasileira é dos brasileiros, de todos os brasileiros. Não há escolhidos para serem melhores do que os outros, ou donos uns dos outros. Pedaços de Brasil podem até ter donos, mas o Brasil é de todos os brasileiros.

São nossas atitudes que separarão o joio do trigo, ou melhor, a terra da mandioca. Sempre foi assim. Uma hora chegará o momento do julgamento, não para condenar o passado, mas para fazer um novo futuro. É preciso aceitar que as atitudes de nossos antepassados nos tornaram todos ladrões, exceto os índios (vítimas) e os africanos (sequestrados). Não basta a história ser contada por esse ponto de vista, é preciso vivenciá-la com interpretação profunda não apenas dos fatos, mas com olhar jornalístico. 

Sou jornalista por formação. Fui formado exatamente quando o judiciário interferiu em desfavor da notícia, do profissionalismo e abriu espaço para repórteres de ocasião. E, justamente a decisão veio para inaugurar esses tempos em que redes sociais se tornaram campo de batalha de verdades absolutas, nascendo assim as Fake News. É meia verdade dizer que as redes sociais democratizaram a informação. Basta ver o valor de patrocínio cobrado por essa e aquela plataforma para impulsionar publicações. 

Aliás, é preciso estar atento: ninguém patrocina volumosamente suas postagens sem a intenção de vender ou se vender como bom produto. Em tempos de pandemia, essa simples observação já mostra muita coisa sobre quem é quem no jogo do poder. Que emana do povo... Que engana o povo! O tempo, no entanto, trata de separar os que são forjados pelo juramento de servir e transformar, daqueles que não tem qualquer compromisso para além de seus próprios umbigos que perseguem poder e fama momentânea. 

O jornalista, o verdadeiro jornalista, é um libertário por natureza e pela convicção de sua própria natureza. Uma natureza sensível e acolhedora. Uma convicção observadora de libertar mais do que a verdade, mas a transformação em benefício da sociedade. Opressão e jornalismo são antagônicos, para não dizer rivais, inimigos mortais que jamais serão parceiros. 

A liberdade está tão intrínseca ao jornalismo que quando falta, acaba por burlar a tentativa da verdade. De tal maneira que a liberdade é o mais importante instrumento de trabalho do jornalista e nenhuma outra profissão, nenhum outro setor como a imprensa, depende tanto da liberdade para se realizar.  

Em todos os tempos obscuros – não nos enganemos, estamos em tempos obscuros, de novo – a imprensa corajosa foi fundamental para resistir e transformar. Assim, repito meu automanual: o jornalismo exige, acima de tudo, sensibilidade. Não pode ser um mero relator de acontecimentos. 

E tem desafios que beiram o sobre-humano: deve ver poesia, sem se tornar poeta; deve fazer artes, sem ser artista; deve ensinar, sem ser professor; deve revisitar e entender a história, sem ser antropólogo; deve apostar na ciência, sem ser cientista; deve lutar pelo que acredita, sem ser militante. Deve, acima de tudo se abster, sem ser omisso. Nada de ser candidato a Clark Kent - mas se for necessário heroísmos – que assim seja para manter a imprensa livre para si, para os demais, para os que virão e para o povo.  

 

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