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Vivas ao grande Marcelo!

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Vivas ao grande Marcelo!

Neste domingo, dia 27, em ritmo de festividades familiares passadas pelo Natal e em preparação por conta do Ano Novo, o comerciante e empresário de Olaria, Marcelo Machado da Cruz - na foto junto da querida esposa,  Selda, filho Gabriel e filha Marcelly, completou mais um aniversário.

Nossas renovadas congratulações ao querido Marcelo com votos de mais e mais felicidades como ele e sua linda família bem merecem.

Mais um da maçonaria

Vivas ao grande Marcelo!

Neste domingo, dia 27, em ritmo de festividades familiares passadas pelo Natal e em preparação por conta do Ano Novo, o comerciante e empresário de Olaria, Marcelo Machado da Cruz - na foto junto da querida esposa,  Selda, filho Gabriel e filha Marcelly, completou mais um aniversário.

Nossas renovadas congratulações ao querido Marcelo com votos de mais e mais felicidades como ele e sua linda família bem merecem.

Mais um da maçonaria

Este primeiro sábado do novo ano de 2021, dia 2, marcará mais um ano de fundação da Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo, uma das mais antigas do Brasil.

Tendo à frente seu atual presidente, chamado internamente de venerável mestre, o professor Edmar José Bernabé, aquela instituição completa seu 182° aniversário de existência.

Parabéns ao Dr. JC!

Amanhã, 30 de dezembro, quem estará mudando de idade é o conceituado advogado friburguense Dr. José Carlos Alves (foto), a quem apresentamos desde já nossos cumprimentos com votos de muita saúde, paz, felicidades e mais sucesso.

Sentidos dos tempos

Mais que nunca este final de ano foi de desejar Feliz Natal, Feliz 2021 e olhe lá!

Afinal, a festa, que já era difícil de fazer por causa das condições financeiras, este ano ficou ainda mais em baixo devido às restrições sociais.

Em Sampa e no The Voice

O compositor e compositor friburguense Valcir Ferreira está fechando este ano em alta e deverá começar 2021 melhor ainda.

É que semana passada, o super Valcir foi agraciado com o troféu discografia do artista de 2020, em São Paulo, no programa Mega Fest, apresentado por Iran Tentação, na TV GNT, como mostra o registro fotográfico.

Já a outra informação envolvendo o nosso querido Valcir Ferreira é a expectativa que ele está vivendo, por ter feito sua inscrição no The Voice. A TV Globo deverá levar ao ar em rede nacional a partir do dia 17 de janeiro. A torcida é para que ele seja chamado para gravar a qualquer momento.

Maior bolão da história

Praticamente todos os brasileiros estarão, uma vez mais, de olho nos resultados da Mega Sena da Virada.

Da cidade de Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, surge uma notícia que pode mostrar até que ponto, grana, muita grana, pode atrair mesmo a sorte.

Uma lotérica daquela cidade catarinense fez o maior bolão do Brasil jogando 42 cartões de quinze dezenas, adquiridos por 58 apostadores que desembolsaram R$ 22 mil para comprar cada cota.

Ano novo e ótimo!

Que as luzes, alegrias e felicidades deste novo ano de 2021, que certamente não será como este que está findando, seja repleto de coisas boas, grandes conquistas, marcantes realizações e felicidades plenas.

Todos merecemos mesmo e assim será para todos nós!

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“Otimismo trágico”: balanço, gratidão e esperança

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

“Ainda que a figueira não floresça, nem a vinha dê seus frutos, a oliveira não dê mais o seu azeite, nem os campos, a comida; mesmo que faltem as ovelhas nos apriscos e o gado nos currais: mesmo assim eu me alegro no Senhor, exulto em Deus, meu Salvador!” (Hab 3,17-19)

“Ainda que a figueira não floresça, nem a vinha dê seus frutos, a oliveira não dê mais o seu azeite, nem os campos, a comida; mesmo que faltem as ovelhas nos apriscos e o gado nos currais: mesmo assim eu me alegro no Senhor, exulto em Deus, meu Salvador!” (Hab 3,17-19)

Após a celebração do Natal nosso olhar se volta para o final do ano, momento de balanço pessoal e comunitário acerca das experiências vividas, comportamentos e acontecimentos relevantes, tanto os positivos, quanto os negativos. Neste ano que termina surgiu uma pandemia que parou o mundo e, ao mesmo tempo, mobilizou pesquisadores, profissionais de saúde, autoridades com poder de decisão, na busca de vacinas, medicamentos e resoluções em vista da preservação da vida e amenização dos efeitos da pandemia, especialmente na população vulnerável e empobrecida.

Não sem razão dizemos de modo uníssono: “que ano difícil”! Contudo, quase sempre, nesse período, muitas pessoas utilizam essa mesma expressão, considerando que facilmente nos esquecemos de fatos positivos e acentuamos os negativos. Na verdade, todos os anos são difíceis! Uns mais e outros menos. Este ano que termina foi dificílimo para toda a humanidade, porém para a maioria da população do Planeta e do Brasil, que luta pela sobrevivência diária, sem as mínimas condições de vida digna, todo dia de vida é um dia de vitória diante das persistentes incertezas da vida sofrida e vulnerada.

O sofrimento de toda a família humana aumentou nossa sensibilidade e comprometimento para com os “invisíveis” da sociedade. As incertezas, o medo, a insegurança, nos ajudaram a entender melhor a vida cotidiana de bilhões de seres humanos. O extraordinário para nós é o ordinário para eles. Emblemática foi a fala de um morador do Complexo da Maré, Douglas Oliveira, publicada no Jornal o Globo, em 7 de abril, que registrei no coração: “a gente convive com a realidade iminente da morte, mas uma morte visível. Agora há um perigo invisível, e isso é muito confuso. Nas favelas, dificilmente um vírus que não se vê vai assustar a ponto de colocar as pessoas dentro de casa”. Nosso desejo maior para o próximo ano é, sem dúvida, o fim da pandemia, acompanhado, é claro, do desejo de superação das injustiças sociais e desigualdades que seguem ceifando vidas. Não se trata, de modo algum, de minimizar os efeitos da pandemia, mas apenas de alargar o horizonte de reflexão, para o hoje e para o pós-pandemia. Afinal, temos e teremos sempre muito trabalho pela frente! Reiniciar ininterruptamente é preciso! Ser agradecido muito mais!

Urge recordar que o caminhar humano não é linear, mas marcado por tensões e provações. “Entre o otimismo que não sofre e o pessimismo impaciente o verdadeiro caminho do homem é este otimismo trágico no qual ele encontra sua justa medida numa atmosfera de grandeza e de luta” (E. Mounier).  A proposta de Mounier é viver o otimismo trágico, que mantêm o otimismo tão necessário, porém sem desconsiderar os dramas da vida e as inevitáveis tensões e sofrimentos, sempre ocasião de crescimento e transformação pessoal e coletiva. Otimismo adjetivado, eis a nossa proposta, e não otimismo desconectado com a realidade concreta da vida que é alegria e dor, grandeza e pequenez.

Não obstante a pandemia, dor e dificuldades, o balanço final de 2020 certamente é positivo, mesmo não tendo feito tudo o que nos propusemos a fazer no final do ano passado, tanto por conta dos nossos limites, como pelas dificuldades impostas pela pandemia.  Houve mudança de rota, mas o destino é o mesmo. Quanto aprendizado nesse período dramático! Inúmeras iniciativas surgiram, dentro e fora da Igreja, para atender aos pobres e vulneráveis. O serviço evangelizador da Igreja e as atividades caritativas prosseguiram de vários modos e maneiras, graças à incansável dedicação, fidelidade, generosidade e criatividade dos nossos padres, diáconos, leigos e leigas, nas expressões concretas do toque de Jesus e da proximidade da Igreja na vida das pessoas. Gratidão a todos e todas!

A pandemia potencializou a cultura do cuidado, nos âmbitos material, emocional, espiritual. A mensagem do Papa Francisco, para o Dia Mundial da Paz, 1° de janeiro de 2021, segue nessa direção: “escolhi como tema desta mensagem ‘a cultura do cuidado como percurso de paz’; a cultura do cuidado para erradicar a cultura da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece prevalecer. Neste tempo, em que a barca da humanidade, sacudida pela tempestade da crise, avança com dificuldade à procura dum horizonte mais calmo e sereno, o leme da dignidade da pessoa humana e a «bússola» dos princípios sociais fundamentais podem consentir-nos de navegar com um rumo seguro e comum. Colaboremos, todos juntos, a fim de avançar para um novo horizonte de amor e paz, de fraternidade e solidariedade, de apoio mútuo e acolhimento recíproco. Não cedamos à tentação de nos desinteressarmos dos outros, especialmente dos mais frágeis, não nos habituemos a desviar o olhar, mas empenhemo-nos cada dia concretamente por formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros”.

No dia 31 de dezembro do ano passado, momentos antes da procissão de entrada da Santa Missa, Dom Alano Maria Penna, Arcebispo Emérito de Niterói, me disse: “Deus hoje me oferece uma folha em branco para que eu apenas assine e permita que Ele a preencha segundo a Sua Vontade”. Tratava-se de um ato de extrema confiança em Deus e de uma breve e substancial mensagem para o início do novo ano. E foi bem assim! Quando tudo parecia bem,  “de repente, não mais que de repente”, surge um vírus, uma pandemia e um cenário de distanciamento, incertezas e mortes.

Nesse horizonte, cabe a “Oração do Abandono” de Charles de Foucauld: “Meu Pai, a vós me abandono: fazei de mim o que quiserdes! O que de mim fizerdes, eu vos agradeço. Porque é para mim uma necessidade de amor, dar-me, entregar-me em vossas mãos sem medida, com infinita confiança, porque sois meu Pai”. Abandonemo-nos Nele porque Ele nunca nos abandona: “Sim, ó Senhor! De todos os modos engrandeceste e tornaste glorioso o teu povo. Nunca, em nenhum lugar, deixaste de olhar por ele e de socorrê-lo” (Sb 19,22). Chegou a hora de mais uma vez assinar a folha em branco que o Bom Deus nos oferece e deixar que Ele a escreva como Senhor da vida e da história. Vamos permanecer unidos a Ele e unidos Nele, como a jabuticaba, colada ao tronco.

Minha sincera gratidão a todos e todas, que de diversos modos, contribuíram para salvar vidas e amenizar a dor durante este dramático momento de pandemia, certamente mobilizados por diferentes motivos, dentre eles a fé, o amor concreto e o otimismo trágico ou dramático que propomos como atitude cotidiana e certamente fecunda. Em frente com paciência e perseverança! Enfrente com coragem! “Indo e vindo, trevas e luz, tudo é Graça, Deus nos conduz!”

Feliz Novo Ano!

Com minha benção, gratidão e proximidade,

Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, bispo diocesano de Nova Friburgo

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Gente como a gente

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Adoro gente de verdade. Gente cujo conteúdo é real, cujo comportamento é compatível com a fala. Você olha e vê, tem um quê de transparência. Gente que ri, que chora, acerta e erra, que reconhece o tropeço e que perdoa. Que trabalha duro, preconiza a dignidade, diz a verdade. Que sofre e sente, que vibra e comemora, abraça, acolhe. Esse tipo de gente.

Adoro gente de verdade. Gente cujo conteúdo é real, cujo comportamento é compatível com a fala. Você olha e vê, tem um quê de transparência. Gente que ri, que chora, acerta e erra, que reconhece o tropeço e que perdoa. Que trabalha duro, preconiza a dignidade, diz a verdade. Que sofre e sente, que vibra e comemora, abraça, acolhe. Esse tipo de gente.

Gente que entende quando você diz que está cansado. Que se coloca no lugar do outro. Que sabe a hora de falar e a hora de calar. Que sabe ouvir. Gente que compreende um “não”, que reconhece o poder do sonho, que decodifica o sorriso de lado, que percebe a lágrima de canto de olho, que ensina e que aprende com as lições. Gosto de gente com problemas, com angústias a serem trabalhadas, com dúvidas existenciais. Gente com espírito de busca, que busca crescer, que valoriza viver. Gente que respeita a religião dos outros, a opinião dos outros, as escolhas de todos, que respeita as leis. Gente que respeita pessoas, meio ambiente, sociedade, diferenças, individualidades. Gente que respeita e ponto.

Gente gentil, que sabe sorrir com os olhos e gargalhar da barriga doer. Gente que se dói com a dor do outro, que luta pela igualdade, que ama sem limites. Gente que manda a mensagem errada na hora errada, que encaixa as palavras certas na hora certa, que tropeça, mas não cai, que planeja a vida inteira ao mesmo tempo em que é instado a desenvolver o dom do improviso. Que curte o melhor restaurante, mas que sabe viver bem com a sobra do almoço que tem em casa. Que preza pela honestidade, que planeja viagem, que quebra a cara. Gente resiliente, que apesar de todos os pesares, enfrenta as adversidades e ainda consegue confraternizar com o amigo no final do dia. Gente paciente que entende que as coisas têm um tempo certo e que ninguém é igual a ninguém. E que tudo tem um lado bom.

Gosto dessa gente que insiste em ser otimista, que valoriza o solo que pisa, que honra o trabalho. Gente amiga, gente família. Gosto de gente acolhedora, gente de verdade, gente como a gente.

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Natal - Possa esta data preencher os corações de todos, em todas as partes...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Edição especial de Natal - dezembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição especial de Natal - dezembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • O encanto que o Natal perpetua em nossa vida é mágico. Vivemos aquele instante da criança que pela primeira vez assiste o prestigiador fazer surgir de um chapéu oco um coelhinho branco – mensageiro de risos e paz. É a gota transbordante da felicidade terna, das mãos que se afagam. Nesta hora os lábios sussurram os mais cálidos votos de um bom Natal, afetivo, efetivo de realizações. Assim pensamos e assim desejamos. Feliz 1971

Símbolos do Natal

  • O presépio - Realizado pela primeira vez por São Francisco de Assis, numa noite de Natal, o presépio, alegria das crianças, encerra para os grandes, que o queiram contemplar mais seriamente, graves e oportunas lições. Ali vemos os animais (o boi e o burro) a serviço dos homens: o trabalho e o governo (pastores e reis) a serviço da família (pai e mãe) a serviço do filho e o filho que é o Filho de Deus, a serviço do Pai que está no céu. Que o nosso presépio seja apresentado (e foi o que São Francisco pretendeu) como a reconstituição de um fato histórico, de alguma coisa que realmente aconteceu e que prossegue nas nossas almas e no mistério da Liturgia. Que nossa atitude diante do presépio mostre que não se trata de uma cena de folclore, nem de um conto de fadas, mas algo de mais surpreendente: o Filho de Deus que se faz homem.
  • Árvore de Natal - Costume de origem cristã (ao contrário do que muitos pensam), a árvore de Natal lembra as duas árvores do paraíso, a da vida e a da morte, que o Cristo juntou numa só, a árvore da cruz, com seus frutos de imortalidade (os sacramentos) e a sua luz de ressurreição.
  • Os Anjos - Mensageiros da boa nova da vinda do Filho de Deus, os anjos o acompanham do berço ao túmulo e continuam, quando Ele sobe ao céu, a assistir-nos com sua presença invisível.
  • A estrela - Não só lembra Maria, a estrela do mar que nos trouxe o Cristo, como sugere a luz da fé que nos conduz até Ele, se soubermos desejá-la e procurá-la, mesmo quando parece ocultar-se.
  • Os pastores - Os pastores recordam que Jesus veio sobretudo para os pobres e humildes, para os que estão de vigília e que buscam, para os que não vivem saciados e fartos com as riquezas e os prazeres.
  • Os reis - Os reis sugerem o caráter universal da vinda do Cristo, que veio entres os judeus, mas para todos os povos, pois é de longe que eles chegam. O ouro que oferecem significa que aquele menino é rei; o incenso, que se trata de Deus; a mirra, substância aromática que se punha nos cadáveres, que aquele menino vai morrer.
  • A coroa do advento - Ainda pouco conhecida entre nós, consta de uma coroa que simboliza o mundo e o tempo, munida de quatro velas que vão se acendendo a cada domingo do advento, mostrando que a vinda do Cristo se aproxima.  
  • A ceia de Natal - A ceia de Natal é uma bela tradição e profundamente cristã. Nosso Senhor quis nascer em Belém, cujo nome significa “casa do pão”. Fez o primeiro milagre nas bodas de Canaã, transformando a água em vinho. E antes de morrer reuniu os apóstolos para uma ceia onde transformou o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue. E quando aparece ressuscitado, faz questão de comer com os discípulos.
    Os primeiros cristãos começaram a celebrar a eucaristia, a consagração do pão e do vinho, no meio de uma ceia comum, como Jesus o fizera na ceia pascal judaica. Mas já São Paulo, vendo os abusos que se introduziam, determina que se separem as duas coisas: “Não tendes casas para comer e beber! Ou desprezais a Igreja de Deus”.
    Mas, mesmo em casa, nossa ceia deve ser uma preparação para a ceia eucarística, sobretudo na noite do Natal. Deve ser uma ceia de serenidade e sóbria alegria, ao lado do presépio e da árvore ornada com símbolos adequados, entremeadas de cânticos.
    O mais importante, porém, nesta noite em que a Sagrada Família não teve a quem recebesse, seria convidar, discretamente, uma família mais pobre. Ou mandar-lhe um pedaço da ceia (não as sobras) na própria noite de Natal, antes da missa. Lembremos que o jejum para a comunhão é de uma hora apenas e que a abstinência de carne costuma ser antecipada, para não colidir com a ceia.
  • Os presentes de Natal - Deus amou tanto os homens, diz o apóstolo São João, que lhes deu o seu próprio filho. Este presente nos foi dado na noite de Natal entre o cântico dos anjos e o silêncio dos homens. O presente de Deus deve ser a inspiração a medido o modelo dos nossos presentes, ao menos na festa de Natal.
    Seu presente deve ser um sinal de amor: ele se mede pelo amor com que é dado. Assim, imantando de amor, todo presente se torna rico. “Meu presente é de pobreza, mas o sentido é de amor”. Se não dermos por amor a quem damos quem daremos ainda por amor, se dermos por amor a Deus. Pois seu Filho nos dirá em um dia, quando voltar como Juiz e Rei, cheio de glória e majestade: “O que fizeste ao menor dos meus irmãos, foi a mim que fizeste”.
    Demos a quem nada tem para dar em troca. Foi o que Deus fez e faz conosco a cada instante. Se damos apenas aos que nos podem retribuir, isso os pagãos também fazem.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Leina Athayde Dutra da Costa (26); Luiz Gonçalves Pereira (27).

 

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AVS é a fonte cristalina para quem tem sede de informação

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Sempre que vejo alguma referência ao Colégio Nova Friburgo, minha primeira reação é pensar em como foi edificada a sua obra naquelas alturas, com acesso difícil até para a entrega de material de construção. Depois penso no ônibus que reunia os jovens na calçada da Catedral. Eram os estudantes “avançados” que marcariam para sempre a “Fundação” em nossa cidade. O Caderno Z nos apresenta a bela fachada do prédio, onde hoje mora uma história cheia de lembranças, como nos mostra Janaina Botelho. Sobre a escolha dos docentes, eles precisavam passar por “um exame criterioso de admissão”.

Sempre que vejo alguma referência ao Colégio Nova Friburgo, minha primeira reação é pensar em como foi edificada a sua obra naquelas alturas, com acesso difícil até para a entrega de material de construção. Depois penso no ônibus que reunia os jovens na calçada da Catedral. Eram os estudantes “avançados” que marcariam para sempre a “Fundação” em nossa cidade. O Caderno Z nos apresenta a bela fachada do prédio, onde hoje mora uma história cheia de lembranças, como nos mostra Janaina Botelho. Sobre a escolha dos docentes, eles precisavam passar por “um exame criterioso de admissão”. Quanto aos alunos, há episódios incríveis como soltar galinhas e pombos nas sessões de cinema. Porém, coisa alguma comprometia o teor do estudo, e sabe-se que muitos de seus estudantes se tornaram excelentes profissionais.

Com tanta importância, o imóvel, abandonado após a tragédia de 2011, já foi até colocado à venda, sem sucesso de negociações. O ex-aluno, arquiteto Luiz Otávio Lins de Souza, ressalta que não há chances de recuperação do espaço sem o envolvimento de várias parcerias, pois “nenhuma instituição ou empresa, quer pública ou privada – terá condições de aportar, sozinha, os recursos financeiros demandados para reverter a atual situação...”. E destaca: “A população hoje mal se recorda do que existe lá naquele morro e precisa readquirir o sentimento de pertencimento pelo Bem Patrimonial lá edificado, que é da cidade”. Os jovens, especialmente, precisam conhecer o legado da Fundação!

Vamos guardar o Caderno Z  para as gerações dos novos friburguenses. Enquanto isso, vivamos o Natal com musicais online. A Secretaria Municipal de Cultura, em virtude da pandemia, promove uma programação virtual com as três bandas de Nova Friburgo e aproveita para festejar os 15 anos do projeto “Banda na Praça”. Ao Secretário Municipal de Cultura, Mário Jorge, muitos aplausos pelo brilhantismo de sua atuação, regendo, inclusive, os dilemas deste ano tão complicado. Parabéns estendidos ao querido João Francisco, o JF, pelos 25 anos de carreira no rádio friburguense.

O evento astronômico anunciado para o dia 21 de dezembro, é um espetáculo que vem, gradativamente, percorrendo o céu desde meados de abril.  Agora, com a máxima aproximação de Júpiter e Saturno, num alinhamento que não ocorria desde a Idade Média, os astros ganharam mídia e as expectativas de boas observações são grandes.  O céu é um espetáculo aberto e, assim, aproveitem as noites de verão em Nova Friburgo!

Para quem vai receber o 13ª salário, o jornal A VOZ DA SERRA trouxe dicas fundamentais para o bom uso da verba extra. Pagar dívidas, limitar gastos de fim de ano, guardar uma parte para “honrar compromissos”, deixar reservas para emergências e investir são alguns aconselhamentos. “ Já que “dinheiro na mão é vendaval”, o melhor mesmo é não ir com muita sede ao pote do consumismo.  

Nova Friburgo continua com bandeira vermelha e a situação não está nada para relaxamento. As compras de Natal prometem melhorar a economia e o Sincomércio abraçou a campanha “Um por todos, todos por um. Juntos contra a Covid”, promovida pela Fecomércio. A campanha enfatiza as orientações da Organização Mundial de Saúde no sentido de conter a expansão do coronavírus. O fato é que muitas pessoas fazem ouvidos moucos e a situação está de mal a pior. É lamentável o comportamento irresponsável de alguns, prejudicando muitos. Famílias tristes com perdas irreparáveis e  este é pior de todos os males. Vamos levar a sério: “Um por todos, todos por um...”.

O prefeito Johnny Maycon , o vice prefeito, Sérgio Abreu  e os 21 vereadores foram oficialmente diplomados pela Justiça Eleitoral, na sexta-feira, 18. O prefeito Johnny Maycon concedeu entrevista para A VOZ DASERRA e, entre palavras de agradecimento e compromissos de “arregaçar as mangas”,  deixou mensagem: “Você que tem sonhos, siga firme no seu ideal. Saiba que com esforço e dedicação, você certamente conquistará seus objetivos”. Parabéns aos diplomados e feliz cidade para todos nós!

 

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Vivas por nova idade

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vivas por nova idade

Na tarde/noite de ontem, 21, rodeada de amigos e diversos familiares, sob todos os cuidados e protocolos de prevenções quanto ao coronavírus, a bela e querida Jaque Nogueira (foto) comemorou sua nova idade de 3.9 em concorrido churrasco no bar do Daniel, no bairro Perissê.

A querida empresária Jaque, que desenvolve maravilhoso trabalho junto ao bar da SEF com sua equipe, nossos renovados parabéns e com votos de muitas felicidades e mais sucessos.

Secretário em Macaé

Vivas por nova idade

Na tarde/noite de ontem, 21, rodeada de amigos e diversos familiares, sob todos os cuidados e protocolos de prevenções quanto ao coronavírus, a bela e querida Jaque Nogueira (foto) comemorou sua nova idade de 3.9 em concorrido churrasco no bar do Daniel, no bairro Perissê.

A querida empresária Jaque, que desenvolve maravilhoso trabalho junto ao bar da SEF com sua equipe, nossos renovados parabéns e com votos de muitas felicidades e mais sucessos.

Secretário em Macaé

O presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo vereador Alexandre Cruz não conseguiu seu intento nas urnas no dia 15 de novembro para chegar a Prefeitura de Nova Friburgo, mas deverá mostrando sua capacidade de administração partir do dia 1° de janeiro de 2021.

Pelo que se sabe, ele já está quase confirmado para ser um dos secretários municipais de Welberth Rezende (partido Cidadania), eleito prefeito de Macaé na região dos Lagos, com quase 24% dos votos.

Sandero chega aos 32 anos

Na sexta-feira, 18, sem poder festejar da forma que já fizeram trinta e uma vezes com muita alegria, agitos e animação, nesta oportunidade em razão da pandemia, os amigos do time Sandero (antes era chamado de Sandero Luminoso) que jogam suas animadas partidas de futebol no campo de society do Sandero, completaram 32° de existência.

Então, mesmo não sendo possível realizar festa com futebol, churrasco, bebidas, abraços e alegrias com todos juntos, parabenizamos todos que já fizeram ou fazem parte do Sandero, como consta nesta foto do ano passado, com Paulinho, Ascoly, Tim, Maicon, Rodrigo, Tião Girolamy, Debossan e Joaozinho.

Adeus sem saudades

Às muitas pessoas e segmentos que se despedem desta melancólica administração que geriu ou tentou gerir os destinos de Nova Friburgo, soma-se uma classe a mais.

A dos empresários que prestam serviços publicitários através dos inúmeros painéis de led espalhados em diversos e estratégicos pontos da cidade.

Porque além da elevação de impostos inerentes a esta atividade, foi lhes apresentada também uma elevadíssima e injustificada taxa a mais para ser recolhida.

Aniversariou no domingo

Neste domingo, 20, quem passou o dia recebendo abraços, beijos e cumprimentos por estar completando mais um aniversário foi a Lucileia Rocha (foto), produtora da TV Friburgo e vice-presidente do partido PTC de Nova Friburgo.

À querida amiga Lucilea, parabéns com votos de mais e mais felicidades.

FELIZ NATAL!

Com este ano que nos permite muito mais refletir que compartilharmos de sentimentos mais próximos fisicamente, estar juntos muito mais pelos corações que pelos encontros presenciais, que possamos ter um Natal de mais fraternidade, carinhos especiais e mais amor ao próximo e a todos.

Maravilhoso Natal aos queridos leitores e amigos desta coluna.

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Natal na Certeza e incertezas, na Festa e nas dores

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

“E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a dominaram” (Jo 1,5).

“E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a dominaram” (Jo 1,5).

Já se passaram nove meses do anúncio da pandemia em nosso país. Alguns dias depois celebramos a Anunciação do Senhor e agora nos preparamos para o Natal. Estávamos no tempo da Quaresma quando chegou o isolamento social. No início, pensávamos que seria por pouco tempo. Contudo, passamos os quatro Tempos Litúrgicos na pandemia e não obstante tanta dor, luto, incertezas e sofrimentos, permanecemos em pé, sustentados na certeza de que, Aquele que nasceu num contexto de vulnerabilidade, está Vivo, é o Senhor da vida e da história.

 Percorremos até aqui o tempo de uma gestação, durante o qual foram descobertas e testadas vacinas, que desejamos ver em breve disponíveis para toda a população. A vacina está chegando, porém, antes dela, chega Jesus que veio, vem e virá. A vacina imuniza contra o vírus. A Fé nos imuniza contra o desânimo, apesar da dor e cansaço diante de uma situação que se agrava e prolonga indefinidamente.  Nossas incertezas só encontram sentido na Certeza de que um Menino nos foi dado; Ele é o Príncipe da Paz; Deus conosco (cf. Is 9,5).

Dentro da manjedoura, com Jesus, estão as esperanças e alegrias, tristezas e angústias da humanidade. Natal é celebrar a Certeza do Amor de Deus nas incertezas da vida. “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho para nos salvar” (Jo 3,16). Por essa razão, trazemos a dor para dentro da Festa do Natal. É justamente a Festa que nos fortalece para enfrentar a dor, o luto, o cansaço e os sofrimentos decorrentes da pandemia e de tantos outros males persistentes em nossa sociedade. Sem a Festa a dor seria insuportável!

O Natal chegou num momento extremamente crítico. Sem a certeza de que Deus visitou o seu povo e permanece conosco, como enfrentaríamos esse dramático período? Diante da pandemia e da espera pela vacina, teremos que prolongar a gestação e adiar nosso parto, não o de Cristo. Ele nasce! Na verdade, estamos em contínua gestação no Útero de Deus, no qual não existe tempo cronológico, apenas Amor e Vida. Todo o tempo pandêmico está abrigado no tempo de Deus que pode criar, recriar e restaurar.

Recordemos que durante a gestação de Maria duas viagens foram realizadas: para servir Isabel e para se registrar com José. Logo após a Anunciação e o aceite generoso e corajoso da Vontade de Deus, Maria foi apressadamente servir sua prima gestante e idosa, numa longa viagem, atravessando desertos e montanhas. Também nós, no início da pandemia que coincide com a Anunciação do Senhor, não deixamos de ir ao encontro dos sofredores, pobres e vulneráveis, de diversas maneiras. 

Já perto do parto, Maria e José foram obrigados a se deslocarem para cumprir um Decreto do Imperador. Também nós, mesmo em gestação, somos “obrigados”, por respeito à vida e dever de consciência, ao distanciamento social e ao uso de máscara para evitar a proliferação do vírus.

Seguimos em nossa gestação, sem parto agendado, vivendo as incertezas na Certeza do Natal e do abraço do Menino Jesus que antecipa o abraço definitivo de Deus na Vida Eterna e os abraços tão esperados e reservados para o dia do nascimento. Prolongar a presença no Útero de Deus pode ser bom e necessário para maturar nossos pulmões e transformar o nosso coração, preparando-nos para o trabalho de parto.

Sabemos que tanto o parto pré-termo como o pós-termo podem colocar em risco a vida e causar o sofrimento fetal e materno. Contudo, na ótica da fé, o adiamento do parto, no contexto de dor, não é prejudicial, porque nossa gestação não se dá no tempo cronológico, mas no tempo kairótico (da Graça de Deus). Portanto, o parto não será pós-termo, mas na hora certa, no tempo de Deus.

Aguardemos com vigilância, coragem, paciência e perseverança. Enquanto em gestação, acolhemos agora Aquele que vem na hora certa e numa situação desfavorável, pois não havia lugar para eles (Lc 2,7). Nós, igualmente numa situação adversa, ainda que já sintamos suas dores, necessitamos aguardar o momento certo para nosso parto, pois Aquele que nasceu prepara para nós um parto humanizado e em melhores condições, para que renasçamos, após essa prolongada gestação, mais humanos e melhores.

A ocasião permite externar minha gratidão sincera a todos e todas que, de diversos modos, mesmo na pandemia, manifestaram-me acolhida, alegria e proximidade. Foram meses intensos de alegre convivência, aprendizado e crescimento. O balanço do ano que finda é positivo, porque, movidos pelo amor de Deus, somos capacitados para superar os obstáculos e situações adversas e com Maria, nossa Mãe Maior, cantar: “O Senhor fez em nós (e por meio de nós) maravilhas”! Vamos em frente, em pé, no olhar da fé!

"Dizei às pessoas deprimidas: Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é ele que vem para vos salvar" (Is 35,4).

Feliz Natal a todos e todas! Gratidão sempre!

Rezemos: Vem Senhor Jesus! Fica conosco Senhor! Ajude-me a ser mais santo e humano, mais humano e santo. Amém!

Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, bispo diocesano de Nova Friburgo

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Entre mulheres, palavras e orvalhos

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vou aqui relatar uma interessante experiência literária que tive recentemente. Com todas as dificuldades que enfrentamos neste ano de 2020, a literatura, mais uma vez nos mostrou seu poder de superação. É a expressão humana que está constantemente pronta a ir além. De apontar para horizontes, mesmo quando as nuvens carregadas retiram do nosso olhar o encontro da paisagem com o céu. É a arte que se aventura ao vazio, preenchendo-o com palavras cuidadas por pensamentos inquietos e mãos sensíveis. É o culto à beleza humana que nunca se esgota, mesmo nos tempos de pandemia.

Vou aqui relatar uma interessante experiência literária que tive recentemente. Com todas as dificuldades que enfrentamos neste ano de 2020, a literatura, mais uma vez nos mostrou seu poder de superação. É a expressão humana que está constantemente pronta a ir além. De apontar para horizontes, mesmo quando as nuvens carregadas retiram do nosso olhar o encontro da paisagem com o céu. É a arte que se aventura ao vazio, preenchendo-o com palavras cuidadas por pensamentos inquietos e mãos sensíveis. É o culto à beleza humana que nunca se esgota, mesmo nos tempos de pandemia.

Participei da coletânea Juntas e Diversas Contos, organizada por Márcia Lobosco, que reúne contos inéditos, escritos exclusivamente por mulheres, ilustrados com os sensíveis traços, também femininos. No início do processo de produção textual, nos momentos de inspiração, eu me lembrei de um texto escrito, guardado há mais de vinte anos, que ficava perambulando entre outros na minha pasta verde de páginas rascunhados. Foi uma das minhas primeiras tentativas de escrever um conto, que consistia no registro de uma memória, em que narrei o dia em que descobri o meu primeiro fio de cabelo branco. Foi uma relíquia que retirei daquele baú que todo mundo tem em que são repousados nossos melhores diamantes. Repousados porque a todo instante podem voar, ganhar novas formas e descobrir outros abrigos. E foi isso o que aconteceu. O texto em papel amarelado, escrito à mão, provavelmente com Caneta Bic, foi habitar num livro atual. Recebeu adornos e maquiagem. Ficou pronto para se apresentar ao leitor.

Ao ler os contos da coletânea, entrei em contato com a sensibilidade e a intuição feminina de cada uma das autoras, porém não tanto diferente uma das outras, até naqueles escritos em estilo ficcional. Ah, a mulher, não posso compará-la a nenhum outro ser que não seja mulher. Talvez porque pressinta que o feminino tenha o poder de perceber a alma de todos os seres que habitam neste planeta, inclusive das montanhas, que foram o mote do livro. Será que nossas montanhas são femininas? A palavra já é. Entretanto a rocha, coberta pela mata, é um ser feminino? Acredito que sim. Porque delas emanam uma tal emoção, uma tal empatia para com as pessoas que vivem em suas terras, que suscitam tamanha inspiração, ternura e receptividade. Porque acolhem e alimentam os mais variados tipos de vida.

Qual a mulher friburguense que não tem a firmeza de uma Catarina? O poder de purificar como as águas que nascem nos picos e nas encostas do Caledônia? A fertilidade de suas florestas? A dor das queimadas? Ah, as montanhas e nós mulheres friburguenses nos encontramos, nesta coletânea, entre palavras e orvalhos, e mostramos a resiliência que guardamos no ventre. Nossos textos viajaram do presente ao passado, encontraram-se com pessoas que já se transformaram em estrelas, refizeram caminhos e escalaram montanhas. Foi uma relação prazerosa. Mas tinha outro jeito de ser?

Esta experiência nos fez montanha. Com certeza. E se alguém assim me chamar, vou sentir orgulho das florestas que habitam meu corpo e dlos rios que correm em minhas veias.

 

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Eu acredito na rapaziada

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Tem gente que olha para o céu e agradece quando as oportunidades surgem ainda que venham acompanhadas de dedicação extrema, de trabalho árduo. Gente que acolhe uma missão e por ela se transforma no melhor que pode ser. Gente que não se acomoda, que encara, vai à luta, mesmo diante das dificuldades e da desconfiança dos outros, das indagações constantes sobre se é ou não capaz de dar conta do que está por vir. É claro que ele é capaz. Ele acredita nisso e faz acontecer.

Dá a sensação de que pessoas com esse perfil de enfrentamento e superação trazem em seu DNA a marca da coragem, apesar de todo medo pelo novo, pela missão grandiosa que pode estar por vir. Seria bom se os jovens fossem incentivados e encorajados a darem o melhor de si para vencerem a si mesmo e aos desafios impostos pela vida. Podem ser grandiosas oportunidades de crescimento e evolução, instrumentos úteis à formação de uma sociedade em que superar desafios pessoais em prol de um objetivo, de um projeto, de um trabalho seja valorizado.

Não é questão de retorno financeiro. Não apenas. É questão também de repercussão social. De ser exemplo para outras pessoas que continuam investindo sua energia e acreditando que vencer obstáculos pode ser uma forma eloquente de crescimento pessoal e profissional. Ser jovem que ensina jovem; que acredita em jovem; que aprende com jovem; que compartilha com jovem. Ser jovem que vai encarar sim, o que der e vier, com dignidade e hombridade. É disso que estou falando.

Que esse jovem corajoso que vai vencer o mundo – o seu mundo, tenha força e sabedoria para investir o mais nobre de si na construção de algo melhor. Há que se endossar cada palavra e concordar com Gonzaguinha quando pronunciou a bela canção que diz assim: “Eu acredito é na rapaziada/ que segue em frente e segura o rojão/ eu ponho fé é na fé da moçada/ que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou à luta com essa juventude/Que não corre da raia a troco de nada/Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada.”

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Retrospectiva 2020

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Em pouco mais de um ano assinando esta coluna de educação financeira, já é meu segundo mês de dezembro fazendo parte da incrível equipe de A VOZ DA SERRA. Este, já é o segundo texto tratando da retrospectiva anual – e, cá entre nós, um ano bastante louco. Enfim, gostei tanto da ideia de escrever sobre retrospectivas que o processo vai se tornar habitual: nas últimas semanas de dezembro, podem contar comigo para uma rápida retrospectiva econômica e financeira do ano.

Em pouco mais de um ano assinando esta coluna de educação financeira, já é meu segundo mês de dezembro fazendo parte da incrível equipe de A VOZ DA SERRA. Este, já é o segundo texto tratando da retrospectiva anual – e, cá entre nós, um ano bastante louco. Enfim, gostei tanto da ideia de escrever sobre retrospectivas que o processo vai se tornar habitual: nas últimas semanas de dezembro, podem contar comigo para uma rápida retrospectiva econômica e financeira do ano.

Entretanto, voltando ao “ano bastante louco”, é hora de começarmos a falar sobre 2020; período claramente marcado, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pela “maior crise sanitária mundial da nossa época”: a pandemia da Covid-19. O ano começou com muita expectativa positiva: o Ibovespa alcançava recordes históricos; o número de CPFs cadastrados na B3 (a bolsa de valores do Brasil) aumentava consideravelmente; vínhamos de aprovações de importantes reformas no Congresso; e, apesar do baixo crescimento em 2019, as projeções para o PIB em 2020 estavam relativamente altas. Bom... tudo parecia ir por água abaixo quando o mundo passou a sofrer os impactos do lockdown (necessário) e, em março, seis circuit breakers marcaram o processo de queda do principal índice brasileiro em mais de 46%. Não satisfeito, março também nos reservara uma guerra comercial entre Rússia e Arábia Saudita. O motivo? Petróleo!

Em meio a quarentenas, isolamentos e lockdowns, o mundo se viu estagnado e a grande commodity estava diante de um grande processo de ajustes entre oferta e demanda; trazendo a tona o resultado dessa equação: mudança nos preços. Durante o processo de desvalorização que se estendia desde o final de 2019, a cotação do petróleo tipo Brent sofreu desvalorização de 30% da noite para o dia ao abrirem os mercados de negociação no dia 9 de março; resultado do aumento da oferta e redução de até 20% do preço do petróleo bruto fornecido pela Arábia Saudita. Foi o estopim para uma longa fase de acordos internacionais até definir um consenso entre preços e produção.

A propósito, como entramos no assunto de políticas comerciais internacionais, vale ressaltar o que era para ser a grande “cereja do bolo” para 2020; o acontecimento que seria (e reafirmo, seria) o principal agente responsável pelas incertezas do ano: as eleições americanas. Nos últimos anos, as relações comerciais e diplomáticas entre China e EUA não têm sido nada saudáveis e a derrota de Trump pode marcar o início de novas estratégias coalizão entre os países. Contudo, uma coisa é certa: China é a mais nova superpotência e pode, sim, por fim ao imperialismo estadunidense. Portanto, cabe a estes países elaborar estratégias saudáveis, mas projetar possibilidades é muita especulação e prefiro controlar a ansiedade enquanto aguardo o tempo trazer nossas respostas.

Contudo, não param por aí os dados de impactos negativos. Como efeito colateral ao ano atípico, o índice de desemprego aumentou (crescente e a 14,6% no final do 3T20), a expressividade da população em situação de insegurança alimentar também é maior (no mundo, dois bilhões de pessoas são incapazes de ter acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para o ano inteiro) e o número de empresas declarando falência também teve maior relevância (mais de 700 mil empresas fechadas). Nesta quarta-feira, 16, enquanto escrevia esta coluna, o mundo computava mais de 73,5 milhões de casos notificados e 1,6 milhão de mortes decorrentes da nova doença; números brutais capazes de evidenciar o alto impacto direto sobre a humanidade.

Precisamos ambientar nossos processos econômicos a fim de estabelecer modelos capazes de compreender e considerar aspectos humanos e naturais. Ainda há muito o que estudar. Sorte a nossa termos tempo e pessoas dispostas ao novo ao nosso lado para as futuras conquistas. Como vemos, nos ciclos, as possibilidades de recomeço, que 2021 seja de esperanças renovadas.

 

 

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