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De janeiro de 2011 a janeiro de 2021, os desafios continuam em cena!

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Todo roteiro da nossa viagem em A VOZ DA SERRA, que envolva um passaporte para 12 de janeiro de 2011, há de ser sempre um misto de tristeza e superação. É algo que nos remete às vias da reflexão. Relembrar a tragédia climática faz parte do nosso consciente individual e coletivo. São passados dez anos e a catástrofe vem à tona e mesmo quem não ficou afetado, fisicamente, no plano emocional foi um desastre que repercute até hoje. O tempo abranda a dor, mas não apaga os seus reflexos. Em certas situações, somos chamados ao exercício da resignação, mas, nem por isso, deixamos de sofrer.

Todo roteiro da nossa viagem em A VOZ DA SERRA, que envolva um passaporte para 12 de janeiro de 2011, há de ser sempre um misto de tristeza e superação. É algo que nos remete às vias da reflexão. Relembrar a tragédia climática faz parte do nosso consciente individual e coletivo. São passados dez anos e a catástrofe vem à tona e mesmo quem não ficou afetado, fisicamente, no plano emocional foi um desastre que repercute até hoje. O tempo abranda a dor, mas não apaga os seus reflexos. Em certas situações, somos chamados ao exercício da resignação, mas, nem por isso, deixamos de sofrer.

Uma atitude louvável é a do governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Bonfim de Castro e Silva, que transferiu a sede do governo por três dias, para a Região Serrana. A transferência provisória tem por objetivo prestar homenagem póstuma às vítimas da tragédia climática de 2011 e aos bombeiros. O governador visita Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis cumprindo agenda de compromissos, como atos ecumênicos, ouvir demandas das prefeituras e da população e se inteirar das prioridades para traçar novas estratégias na prevenção de tragédias. Parabéns pela sensibilidade!

Guilherme Alt nos trouxe páginas de fortes emoções e por sermos uma construção de sensibilidades, nosso olhar se enebria e a alma se enternece. “Essa data mexe comigo”, disse o padre Leão, relatando as experiências vividas. Ele, que em 2011 era o responsável pela capela de Santo Antônio, no Suspiro, teve a oportunidade de lidar diretamente com a tristeza de um lado e a solidariedade, do outro. Contudo, era hora de agir e ajudar as pessoas desabrigadas. E destaca: “Se hoje a capela está de pé é porque foi reconstruída pelos friburguenses e com dinheiro de friburguenses. Tivemos muitos empresários que foram amigos e fizeram a diferença com doações para que a paróquia fosse reconstruída...”. E acrescenta: “Foi uma união de todos e muito bonita”.

A construção da Capela de Santo Antônio teve sua história marcante a partir de uma promessa do maestro Samuel Antônio dos Santos que, 1858, vindo de Portugal numa embarcação, prestes a um naufrágio, prometera, caso houvesse salvação, edificar uma igreja e uma banda musical na cidade onde fosse firmar residência. Estabelecido em Nova Friburgo, a capela foi erguida em torno de 1884. Vale lembrar que a Banda Euterpe Friburguense também foi criada, cumprindo-se a promessa do maestro Samuel.

Thiago Lima conversou com o professor da UFF, Renato Varges, que viveu uma experiência inusitada ao tomar conhecimento do tamanho da tragédia no Suspiro e logo pensou se o sacrário teria sido resgatado. A princípio, a quantidade de lama impedia o acesso às proximidades da igreja. Sem perder a esperança, no dia 14, dois dias depois da tragédia, ele e a esposa passaram “quase o dia inteiro” no local e encontraram a imagem de Nossa Senhora Aparecida, coberta de lama, porém intacta. A santa, entregue ao bispo, foi restaurada, sendo devolvida ao seu lugar, depois da recuperação da capela.

“A lembrança que guardei é de que eu sobrevivi” – conta Rose Evans em seus  relatos para Fernando Moreira. A designer de interiores, moradora do prédio Monte Carlo, nos emociona: “Fisicamente não sofri nada, mas aquele acontecimento mudou minha vida de diversas formas...”. E entre os desabafos de Rose Evans, fica uma mensagem, a todos nós, em especial, neste momento da pandemia do coronavírus: “A vida tem uma força transformadora e nossa capacidade de adaptação e sobrevivência é grande. Esse episódio também me ensinou que a fé constrói e reconstrói. Que a esperança é a força impulsionadora de energia. Que pessoas unidas conseguem resultados inimagináveis”.

Diante da foto do Edifício Monte Carlo, totalmente recuperado, eu observo a grandeza da inteligência humana com força capaz de refazer o prédio, sem deixar vestígios do desabamento. Uma verdadeira obra provando que, em se tratando de construção civil, tudo é possível. E eu penso: a reforma mais desafiadora ainda é a reforma humana. Edificar nosso melhor modelo é a construção diária de todos nós!

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Com primeiro aninho

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Com primeiro aninho

Na próxima sexta-feira, 15, será um dia de imensa e especial alegria a mais no lar do simpático casal Rudof e Silvia. Isso, por que a linda filhinha deles, a bonequinha Helena - com os pais na foto – vai completar neste dia seu 1° aninho de vida. 

Parabéns à Helena! Desejamos a ela um mundo de felicidades para a pequena menina, seus pais e familiares, inclusive a avó paterna e super coruja, Vera Regina.

Tristezas de janeiro

Com primeiro aninho

Na próxima sexta-feira, 15, será um dia de imensa e especial alegria a mais no lar do simpático casal Rudof e Silvia. Isso, por que a linda filhinha deles, a bonequinha Helena - com os pais na foto – vai completar neste dia seu 1° aninho de vida. 

Parabéns à Helena! Desejamos a ela um mundo de felicidades para a pequena menina, seus pais e familiares, inclusive a avó paterna e super coruja, Vera Regina.

Tristezas de janeiro

A marcante e, infelizmente, triste data que marca os dez anos da tragédia das chuvas de 2011 não se configura apenas como uma década daquela tragédia climática que fez toda Nova Friburgo sofrer muito naquela fatídica madrugada de 12 de janeiro.

Ontem, 11, também, completou exatos 15 anos em que nos deixou, o grande e inesquecível Francisco Faria, o conhecido Chico da Stam, que deixou eternas saudades, não somente na equipe da metalúrgica, mas também em toda Nova Friburgo, cidade pela qual muito fez.

Níver da Ana Luiza

A última quarta-feira, 6, o dia foi dos Reis Magos e também de uma linda princesinha. Trata-se dessa fofura aí da foto, Ana Luiza Demani, filha do querido casal Fabiana e Isaque Demani, vereador em nossa cidade, e irmã da super dupla Luiz Miguel e Mateus.

Parabéns para a Ana Luiza pelo seu 4° aniversário, com votos de felicidades também aos seus familiares.

Com idade nova

No último domingo, 10, o dia foi de parabéns para o prezado Jorge Comba da Costa (foto), figura bastante conhecida e admirada em Nova Friburgo pelo seu lado profissional no segmento de relevantes projetos criativos e manutenções de equipamentos industriais nas áreas mecânicas e hidráulicas.

Isso, por que o grande Jorge Comba completou seus 78 anos de idade, mais em forma, criativo e produtivo que nunca. Nossas congratulações e os votos de tudo de bom ao querido amigo!

Empossados na SEF (1)

Observando rigorosamente os protocolos de segurança, com distanciamento entre as cadeiras, uso de máscaras, higienizações com álcool em gel e sem parte festiva e cumprimentos individuais, aconteceu na noite do último dia 4, no ginásio do Bolão, a posse dos novos diretores do clube SEF - Sociedade Esportiva Friburguense para o biênio 2021/2022, eleitos em 6 de dezembro.

À mesa conduzindo a solenidade, estiveram o presidente e o secretário do Conselho Deliberativo, Mathias Biba Borges e Marcos Sanglard, tendo ainda aos seus lados o presidente reeleito do Conselho Diretor João Eduardo Marques Schlupp com seu vice Antonio Américo Pecly Ventura, o conhecido Toni Ventura.

Assim, foram formalizadas as posses do Conselho Fiscal com o presidente Fábio Marques da Silva e membros efetivos Paulo José Teixeira e Diego Sarno Machado. Já no Conselho Diretor, João Schlupp foi reconduzido como presidente da SEF; diretor administrativo Roberto Souza de Oliveira Júnior (Robertinho); diretora de tesouraria Jaqueline de Souza Nogueira; diretor de finanças Pablo Araújo Honório; diretor jurídico Alexandre Corrêa da Silva; diretor de secretaria Carlos José Santos Valente; diretor de bolão Jefferson Barbio de Oliveira; diretor social e cultural Janayna Leal Saade; diretor de esportes e lazer Rafael Alexandre Barros; diretor de patrimônio Adriano Maduro e diretor de saúde e higiene Francisco Rodrigues Quaresma.

Empossados na SEF (2)

Em seu discurso de posse, o presidente João Schlupp (foto) disse que apesar das adversidades, inclusive em decorrência da continuidade da bandeira vermelha, inadimplência e outras adversidades, garantiu que com toda sua diretoria continuará fazendo o melhor para a SEF afim de satisfazer e até surpreender o quadro social. O ilustre sócio benemérito Dalton Carestiato saudou e desejou felicidades aos empossados e por sua vez, o vice Toni Ventura além de confirmar as boas expectativas com a vinda por aí do Centro Brasileiro de Basquetebol.

Daltons também propôs um minuto de silêncio em memória de dois estimados sócios da SEF falecidos recentemente, e prestou uma homenagem póstuma a todos os friburguenses que perderam suas vidas vítimas da Covid-19.

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    Com primeiro aninho

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    Níver da Ana Luiza

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    Empossados na SEF (2)

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Dez anos de superação

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Lembramos essa semana os dez anos da tragédia climática que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro. O dia 12 de janeiro de 2011 ficou marcado no coração e na mente de todos os que viveram e sobreviveram a este acontecimento fatídico. As marcas são visíveis e incontáveis, muitos ainda convivem com as dores e o medo, consequências de uma noite de pavor.

Friburgo foi a cidade mais atingida da região, contabilizando 429 mortes e inúmeros desabrigados. Mas, em meio ao caos, os moradores da cidade viram florescer a esperança regada pela solidariedade.

Lembramos essa semana os dez anos da tragédia climática que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro. O dia 12 de janeiro de 2011 ficou marcado no coração e na mente de todos os que viveram e sobreviveram a este acontecimento fatídico. As marcas são visíveis e incontáveis, muitos ainda convivem com as dores e o medo, consequências de uma noite de pavor.

Friburgo foi a cidade mais atingida da região, contabilizando 429 mortes e inúmeros desabrigados. Mas, em meio ao caos, os moradores da cidade viram florescer a esperança regada pela solidariedade.

É neste sentido que queremos relembrar aqueles dias. Valorizamos e respeitamos, sim, a dor de tantos quantos estiveram imersos não só nos escombros, mas de todos que quase submergiram sob a lama do descaso e da indiferença. Contudo, destacamos a força de superação dos friburguenses.

O mencionado dia 12 de janeiro de 2011 mudou a história da cidade. O relevo deste fato não se poderá medir somente pelo horror vivido, nem pela tristeza de tantas vidas perdidas em meio aos destroços, mas sim, pela atitude solidária de todos os moradores, superando, inclusive, perdas familiares para socorrer os que sobreviveram.

A unidade e a fraternidade foram fundamentais para alimentar a esperança de quem havia perdido tudo. A meta era reconstruir não apenas a cidade e as casas, mas principalmente os corações. Muitos abriram mão do pouco que lhes restou para partilhar com quem havia perdido até a razão de continuar a viver. As diferenças foram superadas e independente de credos e posição social todos se abraçaram na certeza de que somos irmãos.

Sem dúvida ainda há muito o que fazer. Precisamos investir nos mais diversos campos do exercício do bem comum. Coincidentemente celebramos dez anos de superação vivendo a pandemia de Covid-19, uma realidade que exige de nós os mesmos sentimentos de amor mútuo, responsabilidade e respeito.

As situações adversas de nossa história sempre revelaram o melhor e o pior da humanidade. Estejamos atentos ao que vivemos e busquemos trilhar caminhos que nos conduzem ao bem e à paz. Assim, tenhamos sempre diante de nós que a reconstrução da dignidade, o zelo pelo bem comum e a superação das dificuldades são compromissos de todos.

É o que faz ecoar as palavras do Papa Francisco: “Ou seguimos em frente pelo caminho da solidariedade ou as coisas irão piorar. Quero repetir: de uma crise não se sai como antes. A pandemia é uma crise. De uma crise, sai-se melhor ou pior. Temos que escolher. E a solidariedade é precisamente o caminho para sair melhores da crise” (Audiência Geral, 2 set. 2020).

Façamos nossa parte! E sem nos esquecermos da história, de tudo o que foi construído no passado, vivamos o presente a fim de construirmos um futuro de verdade, justiça e paz para todos.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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O grande encontro

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

São raros os momentos na vida em que nos deparados com a verdade,
em que sentimos que somos invadidos pela constatação de fatos, que, muitas
vezes e naturalmente, negamos reconhecê-los como realidades presentes em
nossa história de vida. Um desses raros momentos é o da morte. Ninguém
consegue mentir na hora de findar.
A maioria das pessoas, como eu, não gosta de pensar nesta última etapa
da vida, nos minutos finais. A médica Ana Claudia Quintana Arantes, autora do
livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, editado pela Casa da Palavra,

São raros os momentos na vida em que nos deparados com a verdade,
em que sentimos que somos invadidos pela constatação de fatos, que, muitas
vezes e naturalmente, negamos reconhecê-los como realidades presentes em
nossa história de vida. Um desses raros momentos é o da morte. Ninguém
consegue mentir na hora de findar.
A maioria das pessoas, como eu, não gosta de pensar nesta última etapa
da vida, nos minutos finais. A médica Ana Claudia Quintana Arantes, autora do
livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, editado pela Casa da Palavra,
em 2016, através de uma escrita leve e cativante, por incrível que pareça,
coloca-nos frente a frente com a premissa: a única certeza de que temos na
vida é que vamos morrer um dia. Com vasta experiência e estudiosa em
Cuidados Paliativos, prática da medicina que, segundo a Organização Mundial
de Saúde, consiste na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar
que objetiva a melhora da qualidade de vida de pacientes e de seus familiares
diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e do alívio
do sofrimento.
Ah, a literatura nos salva durante a vida, do nascer ao morrer. Esse livro
tem me mostrado que estar preparado para o derradeiro momento é um modo
de findar com dignidade. Ler, pensar, falar e escrever a respeito é um ato de
coragem e de amor a si. Não é um gesto de autoconsolo, mas um modo
amadurecido de refletir sobre a vida, ou seja, uma avaliação sobre as decisões
que tomamos e como as realizamos. A vida é única. O tempo passa e não
retorna. Cada dia acordamos para um dia diferente. O modo como vamos
morrer será a síntese de tudo o que vivemos.


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

(Poema Tabacaria de Álvaro de Campos – Fernando Pessoa)

Nosso poeta, através do seu heterônimo, revela a essência da existência
humana na primeira estrofe de “Tabacaria”: somos seres em permanente
realização.
Na proximidade da morte, as dimensões espiritual e emocional dominam
a consciência. É o grande encontro. Não é um momento de abandono, nem de
deterioração. Mas de cura.
Quando partimos deixamos nossas gavetas cheias. Não levamos malas
carregadas de materialidades. Neste momento, podemos nos tornar heróis
quando temos a possibilidade de perceber grandezas: a nossa, a do outro e a
da natureza.
A literatura ao nos oferecer a possibilidade de compreender o processo
de morte com sabedoria, nos abre os olhos para lidar com a vida de modo
diferente, para observar o que nossas decisões têm nos oferecido e para
constatar o que temos possibilidades de ser e de fazer.

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Conselho de Educação aprova Faculdade de Odontologia

sábado, 09 de janeiro de 2021

Edição de 9 e 10 de janeiro de 1971
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

Edição de 9 e 10 de janeiro de 1971
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

  • Já aprovada pelo Conselho de Educação a Faculdade de Odontologia local - A Fundação Educacional de Nova Friburgo começou a inscrever candidatos ao primeiro ano do curso de formação de dentistas. São 60 vagas. A Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo já tem a aprovação do Conselho de Educação. 
  • Carnaval e turismo - Louvável a atitude do prefeito eleito, Feliciano Costa, que vai tomar posse em 31 de janeiro. Ele vislumbrou que o tempo seria exíguo para planejar e executar o carnaval como deve ocorrer nas cidades que investem no turismo. Por isso, foi designado um Grupo de Trabalho para estudar como será a ornamentação carnavalesca e decorativa, iluminação de cidade, principalmente — como ponto de partida para a animação do reinado de momo e, consequentemente, como de real interesse para o comércio.
  • Fluminense A.C. - O clube anuncia a reabertura do seu parque aquático, após a inauguração das obras de reforma das piscinas e banho turco. O clube azulino possui agora o que de mais bonito e moderno existe em matéria de piscina.
  • Não se brinca com fogo… A falta de água vem ocasionando desespero para os moradores dos pontos afetados. Do jeito que a situação está falta pouco para surgir incidentes sérios.
  • Aniversário do deputado Álvaro de Almeida - Como sempre acontece, o deputado Álvaro de Almeida passou o 31 de dezembro de 1970, dia do seu aniversário, no aconchego do lar junto com familiares, inclusive sua mãe e irmã, que vieram do Rio de Janeiro para felicitá-lo. Embora desejando fugir as manifestações, o aniversariante não pode evitar os abraços dos amigos que durante todo o dia lotaram a sua residência para levar-lhe, também, votos de felicidades ao político e industrial que representa o nosso povo até o dia 31 de janeiro na Assembleia Legislativa.
  • Dr. Waldir Costa - A partir de 31 de janeiro, o nosso município terá somente um porta-voz na Assembleia fluminense: o ilustre médico e prestigiado político dr. Waldir Costa. Com um colégio eleitoral que daria para eleger no mínimo, quatro deputados, Nova Friburgo, que na legislatura passada mandou ao Parlamento do nosso Estado três delegados, desta vez,  conseguiu, apenas, a eleição do dr. Waldir Costa, que assim terá que desdobrar-se para que os interesses de nossa terra não fiquem postergados por falta de assistência parlamentar.

Pílulas

  • Ao que tudo indica, o esporte friburguense está partindo para grandes conquistas. Um sopro renovador parece inclinar-se para o lado de colocar-se um paradeiro no ramerrão que após atordoar o nosso decadente futebol, pouco faltou para aniquilá-lo totalmente. Várias vezes, clamamos por ação, pela entrega da direção dos clubes a homens arejados, capazes de pelo menos compreender o valor de muita coisa existente por aí, absolutamente necessária a coexistência pacifica do esporte com o geral da comunidade. 
  • Nenhuma iniciativa, agremiação, firma e indivíduo chegará aos degraus do sucesso, da fama, do progresso, do êxito total, deixando de Iodo a força incomensurável da imprensa, dos veículos de promoções publicitárias das fórmulas enfim que os "grandes" das nações descobriram para promoções publicitárias junto às massas. 
  • Vamos ter um carnaval animado, com gordos auxílios às escolas de samba, ornamentação das vias públicas e um sem número de atrações no reinado de momo. A comissão especial sob a presidência de Lucas Bohrer vai mandar brasa. O dr. Feliciano Costa, quer que a cidade se apresente bem ornamentada e bem Iluminada.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Walter Soares da Cunha e Pedro Cúrio (5); Hamilton Nogueira, Olga Bonan Orlando, Louder Melo Schimith e Júlio José da Silva (6); Victório Luiz Spinelli, Alberto Paulo Künzel, Gilberto Moreira da Costa, Luzia Garcia Ventura e Beatrice Cariello (8); Layse Ventura Coutinho, Rivaldo de Carvalho, Liége Laginestra Motta e Justina Silva Lima Carvalho (9); Rubem Leal Pinto, Tenente Juvenal Soares de Mello, Lucia Martinez e Márcio Lugon (10); Pedro Paulo Cúrio e Oswaldo Zarife (11); Waldyr de Moraes Bezerra (12); Reginaldo Amin, Elias Marra da Silva e João Hélio Rocha (13); Heloisa Veiga do Valle (14); Marieta Braga Marra da Silva e Leda Belga (15).

 

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Pausa para respirar

sexta-feira, 08 de janeiro de 2021

Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.

Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.

Recebemos cotidianamente uma avalanche motivacional para seguirmos sempre em frente, haja o que houver, venha o que vier. E por mais que realmente seguir em frente por vezes seja o caminho mais recomendável, percebo que não raras vezes precisamos é de uma pausa efetiva para respirarmos, para nos reconectarmos, para reunirmos forças, renovarmos o repertório, oxigenarmos a mente e darmos consolo ao corpo, muitas vezes tratado com tanta displicência ao longo dos dias de rotina pesada.

Nosso templo precisa de cuidados. E ouso dizer que precisamos priorizá-lo, elevá-lo ao patamar do topo, vertermos nossa atenção, nossas ações, em prol dele, sem o qual simplesmente não temos como seguir adiante. Isso envolve todos os cuidados com nossa saúde física, mental, espiritual ... envolve ser presente, respirar com atenção, ler bons livros, pensar em coisas boas, sonhar com um futuro bom, exercitar o corpo, trabalhar com gratidão, amar e ser amado, cuidar das relações e tudo aquilo que é intangível, primordial e que faz a vida ter sentido.

Essa pausa a que me refiro não é o ficar estático. É o respeito ao tempo de florir-se, de não atropelar a si próprio em nome dessa correria desvairada que impõe barulho em nossas vidas. É o saber respeitar limites, dar descanso ao corpo e refrescar a mente de maus pensamentos, de demandas além da conta e telas coloridas. É o dispersar-se menos com o que não interessa e deixar a mente fluir.

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Os primeiros passos para investir

sexta-feira, 08 de janeiro de 2021

Todos os investidores precisam passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. O processo de abertura de conta contempla etapas importantes para que a experiência do investidor torne-se positiva e condizente com o seu planejamento. Bom, é hora de começarmos a destacar as características específicas que diferenciam as possibilidades em cada instituição possível para custodiar seus ativos.

Todos os investidores precisam passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. O processo de abertura de conta contempla etapas importantes para que a experiência do investidor torne-se positiva e condizente com o seu planejamento. Bom, é hora de começarmos a destacar as características específicas que diferenciam as possibilidades em cada instituição possível para custodiar seus ativos.

O primeiro ponto é definir se quer investir por conta própria ou contar com o auxílio de assessorias especializadas. A Assessoria de Investimentos é um serviço oferecido pelas grandes instituições e costumam ter custos adicionais pouco ou nada relevantes dentro da corretora. Acredite, investir com auxílio profissional pode ser o seu grande diferencial de desempenho.

O segundo ponto a refletir é sobre o que você espera da sua corretora: garantia do FGC, grande diversificação de produtos; assessoria de investimentos; serviços de banco; taxas de corretagem baratas; plataformas ágeis; qualidade de atendimento; acesso à crédito e seguros; enfim, o que julgar necessário para o sucesso da sua estratégia. O legal é ver a internet possibilitando muito conteúdo de qualidade para te ajudar a pensar nisso; uma dica é conferir o canal “Me poupe”, de Nathalia Arcuri, nas mídias sociais (principalmente YouTube), será uma grande ajuda para os seus primeiros passos.

Definida a corretora para os seus investimentos (pode ser mais de uma, caso considere necessário), é hora de abrir a sua conta. Os processos costumam ser simples; bastante padrão, como qualquer outra abertura de conta em instituições financeiras. Fornecidos os dados solicitados, geralmente em 24 horas o procedimento de aprovação e efetuado e você pode começar a pôr em prática toda a estratégia planejada ao longo deste progresso. Agora, é hora de fazer suas primeiras transferências.

Fique tranquilo, se você chegou até aqui mantendo as precauções e seguindo todas as dicas, o resultado é seguro! Ao transferir dinheiro para a sua conta na corretora, certifique-se de que a transferência é para a sua própria titularidade. Todo recurso destinado aos seus investimentos deve estar em alguma conta cadastrada no seu próprio CPF; caso contrário, é fraude. A propósito, nunca deixe o dinheiro na conta de terceiros (mascarados de assessores ou consultores) para fazer investimentos em produtos do mercado financeiro; eles estão cometendo crimes!

Não quero te assustar; muito pelo contrário, quero te tranquilizar e dizer que o seu investimento vai ser muito seguro caso não caia nas conversas de criminosos. Portanto, basta bom senso e um pouco de conhecimento básico para tomar a decisão correta. Finalizando esta primeira caminhada aos investimentos, após a transferência de capital para a sua conta na corretora, é hora de definir as alocações da sua carteira e manter o planejamento em dia para obter os melhores resultados.

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Terra Nova, lugar de memória do desastre climático de 2011

quinta-feira, 07 de janeiro de 2021

Nos encontramos na iminência de completar dez anos do maior desastre climático registrado no Brasil. Este sinistro ocorreu na madrugada do dia 12 de janeiro de 2011 na região serrana fluminense, envolvendo, pelo menos, 11 municípios atingidos pelo desastre. Fui procurar em Nova Friburgo um lugar de memória deste trágico acontecimento, aquilo que a imaginação investe de aura simbólica e o encontrei no conjunto habitacional Terra Nova.

Nos encontramos na iminência de completar dez anos do maior desastre climático registrado no Brasil. Este sinistro ocorreu na madrugada do dia 12 de janeiro de 2011 na região serrana fluminense, envolvendo, pelo menos, 11 municípios atingidos pelo desastre. Fui procurar em Nova Friburgo um lugar de memória deste trágico acontecimento, aquilo que a imaginação investe de aura simbólica e o encontrei no conjunto habitacional Terra Nova.

O artigo científico “Vulnerabilidade socioambiental, redução de riscos de desastres e construção da resiliência, lições do terremoto no Haiti e das chuvas fortes na Região Serrana, Brasil.”, de Carlos Machado de Freitas e outros foi a minha fonte para apresentar algumas informações sobre esta tragédia. Segundo os autores na subestação Ypu, naquele dia choveu 220 milímetros em 24 horas, sendo acima de 80 milímetros considerado situação de alerta para a região. Os autores nos informam que faleceram em Nova Friburgo 429 pessoas, 4.528 ficaram desalojadas e 789 desabrigadas.

Alguns prédios e residências desabaram e a infraestrutura do município ficou totalmente comprometida, principalmente no que se refere às pontes. A indústria, o comércio, a agricultura e os serviços sofreram grandes prejuízos resultado da paralisia de suas atividades. O desastre climático provocou danos potencializados no município em razão da ocupação desordenada de áreas de proteção ambiental, como margens de rios e encostas, tanto por parte do poder público como por ocupações ilegais.

Passemos então aos acontecimentos que se sucedem. No distrito urbano de Conselheiro Paulino, que até meados do século 20 era essencialmente rural, foi construído um conjunto habitacional para abrigar as famílias que perderam os seus imóveis no desastre climático. Uma linda plantação de rosas do imigrante japonês Motomo Watanabe foi desapropriada para dar lugar a construção do conjunto habitacional. Era uma das últimas plantações de flores de corte do vale do Rio Grande restando hoje apenas a localidade do Sítio dos Afonsos, cuja família Afonso ainda vive do amanho da terra.

O condomínio Terra Nova possui nove conjuntos com variado número de blocos em cada um deles totalizando 2.200 unidades. Os apartamentos têm uma área de 42 metros quadrados que compreende sala, dois quartos, banheiro e cozinha, sem área de serviço. Para a edificação destes modestos apartamentos foram investidos aproximadamente R$ 292 milhões, sendo R$ 163 milhões do Governo Federal destinado a construção e o aporte de R$129 milhões do governo estadual para a desapropriação do sítio e urbanização da área.

Iniciaram-se, portanto, os problemas. Em artigo publicado em A VOZ DA SERRA em 17 de abril de 2017, intitulada “Delator diz que houve propina nas obras do Terra Nova”, o ex-executivo da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, declarou em delação premiada que essa empreiteira teria pago R$ 5 milhões em propina das obras de construção do conjunto habitacional Terra Nova para a campanha do governador Luiz Fernando Pezão, a pedido do ex-governador Sérgio Cabral.

Dispensa comentário as relações espúrias de diversos políticos com a construtora Odebrecht. Qual foi a consequência de agrupar quase oito mil pessoas em um conjunto habitacional? A resposta é dada pela mídia onde o Terra Nova está sempre associado a notícias de tensões entre os moradores relativo ao direito de vizinhança, típicas de aglomerações, e ainda matérias de confronto de determinado grupo de moradores infratores com a Polícia Militar.

Ficarei em apenas três exemplos, “Tiroteios constantes têm assustado moradores do Terra Nova”, reportagem de A VOZ DA SERRA de 22 de novembro de 2016; “Policiais militares de Nova Friburgo sofrem ataque por traficantes no Terra Nova”, TV Zoom, noticiário de 19 de outubro de 2020; “PM apreende carga de drogas em operação no Terra Nova”, reportagem de A VOZ DA SERRA de 4 de setembro de 2020. O que se depreende são uma sucessão de fatalidades divididas em diversos atos de um drama dos moradores do Terra Nova.

O primeiro ato foi o desastre climático desalojando estas famílias. O segundo um esquema de corrupção dos governos federal e estadual na edificação do conjunto habitacional Terra Nova. O terceiro ato uma população vulnerável e desassistida, tendo o seu “lar, doce lar” tão somente nas matérias policiais. A omissão do governo em promover a melhoria das condições de vida da população, um déjà vu, cai sempre no colo da Polícia Militar, que certamente não gostaria de desempenhar o papel de repressor nesta tragédia em três atos.

Fui consultar no site do arquivo do Governo Federal o discurso da então presidente Dilma Rousseff, que em novembro de 2015 inaugurou um dos blocos do conjunto habitacional que ela denominou de “Residencial Terra Nova 7”. Segundo a ex-presidenta “...É Terra Nova mesmo, porque vocês estão inaugurando aqui não só as casas, mas também uma nova vida (...) se eu voltar aqui daqui a um ano, o que eu vou ver? Eu vou ver que estas casas adquiriram uma outra face, uma outra imagem. Elas vão estar de uma certa forma refletindo cada uma das famílias que moram aqui. Vão ter um jeito mais humano (...) eu assumo o compromisso com o governador que nós vamos ajudar sim, a fazer aqui um posto de saúde, um posto para a segurança pública. Vamos ajudar a fazer escola e vamos ajudar a fazer creche...”

Podemos colocar essas promessas não cumpridas como o quarto e último ato desta tragédia. Não há no Terra Nova escola, creche, posto de saúde, área de lazer e falta água frequentemente. A bíblica Terra Nova é tão somente um lugar de memória da tragédia climática, associada permanentemente às matérias policiais.

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    Conjunto Residencial Terra Nova (Foto: Henrique Pinheiro)

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    O Terra Nova está sempre nas matérias policiais. (Foto: Acervo 11° BPM)

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    Imagem da tragédia de 2011 (Foto: Acervo Pessoal)

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Comece o novo ano com iluminação

quinta-feira, 07 de janeiro de 2021

Nosso cérebro é atrofiado. O encéfalo humano, conhecido como cérebro, num adulto pesa cerca de um quilo e meio. Quando Deus criou Adão, ele tinha quase quatro metros de altura, as pessoas viviam em média 900 anos. Imagina o cérebro de Adão! Não se gabe de sua inteligência. Também não a deprecie. Seja humilde o suficiente para admitir que somos atrofiados, encolhidos, lesados, mesmo sendo você uma pessoa brilhante em termos de aquisições culturais, financeiras, espirituais.

Nosso cérebro é atrofiado. O encéfalo humano, conhecido como cérebro, num adulto pesa cerca de um quilo e meio. Quando Deus criou Adão, ele tinha quase quatro metros de altura, as pessoas viviam em média 900 anos. Imagina o cérebro de Adão! Não se gabe de sua inteligência. Também não a deprecie. Seja humilde o suficiente para admitir que somos atrofiados, encolhidos, lesados, mesmo sendo você uma pessoa brilhante em termos de aquisições culturais, financeiras, espirituais.

Quando começamos um novo ano, zeramos o calendário e iniciamos a contagem dos dias e meses novamente. Janeiro, Fevereiro, Março, até Dezembro. E a experiência dos anos vividos? O que tem acontecido em nossa mente com o passar dos anos? Estamos mais iluminados para compreender melhor detalhes do sentido da vida? Ou continuamos, ano após ano, com uma visão tacanha, materialista, consumista, egoísta?

Se você amadurece ao longo do tempo, com certeza surge em seu caráter humildade como contrário de arrogância, misericórdia em lugar de rigidez e agressividade, prontidão para perdoar ao invés de condenar, desapego material como oposto de ganância e outras coisas bonitas da Luz.

A aquisição de iluminação para uma qualidade de existir proveitosa é um milagre. Não vem por um mestrado, doutorado ou pós-doutorado. A compreensão intelectual não é suficiente para a iluminação chegar em nosso cérebro. Parafraseando o segundo passo dos doze sugeridos pelos Alcoólicos Anônimos e outros grupos de ajuda mútua, viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia nos conduzir para a sanidade.

Não há luz inerente em nossa mente produzida ou gerada por nós mesmos. Impossível. Se você quer começar um novo ano com iluminação para que sua vida melhore e seja mais frutífera do que nos anos passados, é preciso acreditar e pedir esta luz ao Poder Superior que eu chamo de Deus Criador do Universo. Só assim, na luz, é possível qualquer político, empresário, clérigo, leigo, magistrado agir em benefício da comunidade. Sem isso só existe conflito de interesses pessoais e corrupção.

Analisando seus pacientes cardíacos o dr. Dean Ornish, ligado à Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, verificou que faltava luz neles para que seus problemas cardíacos pudessem ser curados. Ele percebeu, em seus estudos, que era necessário algo mais além de uma dieta vegetariana, prática de atividades físicas, redução do colesterol e do estresse também para haver melhora da função cardiovascular. Ele começou a entender a importância dos aspectos emocionais e espirituais para a pessoa. Por isso teve sucesso com seus pacientes.

Quando ele, como cardiologista e pesquisador, colocou um grupo de pacientes com doença cardíaca na qual artérias coronárias estavam entupidas em graus diferentes, em um programa de reabilitação que envolvia exercícios físicos, dieta vegetariana, grupo de apoio para lidar com o estresse, redução do colesterol, aprendizado sobre como lidar com as emoções e desenvolvimento espiritual, houve uma redução das placas de ateroma (gordura) nas artérias coronárias! Sabe lá o que é isso? Imagina que maravilha é uma pessoa poder evitar ter que se submeter a uma cirurgia cardíaca usando método assim, simples, não invasivo?

Dr. Ornish, em seu importante livro “Amor e Sobrevivência - A Base Científica para o Poder Curativo da Intimidade”, colocou este texto: “Comecei a compreender que a escolha não está entre trabalhar ou não trabalhar, realizar ou não realizar, mas é a intenção por trás da ação, não a ação propriamente dita, que determina se o trabalho conduz à cura e à alegria ou ao sofrimento e à doença. Um dos meus provérbios zen favoritos diz: ‘Antes da iluminação, corte lenha, carregue água; depois da iluminação, corte lenha, carregue água.’ As ações parecem iguais, o trabalho pode ser pesado, mas a motivação é completamente diferente.” Completamente diferente.

Sugestão para você ter uma vida útil, produtiva, eficaz para seu bem e o das pessoas: procure a iluminação. Vai fazer toda a diferença entre uma vida que vale à pena para si e para sua comunidade e uma vida medíocre, vergonhosa e corrupta.

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Angústia pode matar

quinta-feira, 07 de janeiro de 2021

Confesso que não tive ânimo para recomeçar a escrever minha coluna, conforme tinha previsto, a partir desta semana. O meu grau de angústia em função da atual pandemia estava quase no limite, e chegou ao máximo na última segunda-feira, 4, quando soube que um de meus enteados testou positivo para o coronavírus. O pior é que estive com ele, no Natal, pois como estava em férias em Friburgo, veio almoçar conosco, no dia 25 de dezembro.

Confesso que não tive ânimo para recomeçar a escrever minha coluna, conforme tinha previsto, a partir desta semana. O meu grau de angústia em função da atual pandemia estava quase no limite, e chegou ao máximo na última segunda-feira, 4, quando soube que um de meus enteados testou positivo para o coronavírus. O pior é que estive com ele, no Natal, pois como estava em férias em Friburgo, veio almoçar conosco, no dia 25 de dezembro.

No dia 26 quando ele foi embora, esteve com uma sobrinha, muito gripada e que estava sem máscara, e quatro dias após sua chegada em casa, começou a ter sintomas típicos de uma gripe, com febre, dores pelo corpo, tosse com expectoração, porém sem perda do paladar e do olfato. Ligou para mim e me perguntou se deveria fazer o teste de Covid. Como ele trabalha numa repartição, com outras pessoas, disse-lhe que o exame era mandatório, pois a doença pode se manifestar como um simples resfriado, mas só o exame comprovaria tratar-se ou não de uma virose.

Eu, que já não estava bem, a beira de uma depressão, fiquei extremamente preocupado e, nessas horas, ser médico é um pesadelo, pois tudo que você sente, mesmo uma dor no dedão do pé, pode ser devido à gripe chinesa. Para piorar as coisas, nesta terça-feira, 5, ele me telefonou e me deu a triste notícia de que tinha testado positivo. Devo frisar que ele, provavelmente, se contaminou durante sua viagem de volta, de carro e com muitas paradas no caminho. Disse-me ainda que estava muito bem, com saturação de oxigênio de 96%, sem febre, somente um pouco rouco e ainda com tosse.

Após uma noite mal dormida, mesmo orientado por uma colega avaliando que dificilmente eu estaria infectado, já que se tinham passado 12 dias de um contato, sem que houvesse comprovação de nada, mas não sosseguei enquanto não fui fazer o teste do swab nasal. E, na hora do almoço recebi a auspiciosa notícia de que meu exame estava negativo, e que até aquele momento eu estava livre dessa praga do século 21, que maltrata e mata nossos irmãos do mundo inteiro. Respirei aliviado, tirei um peso da consciência e creio que conseguirei dormir melhor depois desse resultado.

A humanidade não está preparada, atualmente, para enfrentar esse tipo de pandemia, haja visto as aglomerações que se formaram nas festas de fim de ano, seja no Brasil, seja no exterior. Depois de quase um ano de isolamento social e confinamento, as pessoas chutaram o balde e se aglomeraram como se nada estivesse acontecendo, aboliram as máscaras e esqueceram-se das precauções inerentes a esse momento crucial pelo qual passamos.

É preciso manter o foco, a pandemia não acabou e a vacinação está apenas começando, e vai demorar muito até que se imunize toda a população mundial, pois se estima que ela chegou a 7,8 bilhões, em julho de 2020. Isso quer dizer que os testes da fase 3 chegaram ao seu final e que os órgãos que regulam a fabricação e venda de produtos farmacêuticos, em todos os países, estão começando a dar o aval para a fabricação em massa, dos vários imunizantes disponíveis até agora. Mas, vejam bem, se são necessárias duas doses para garantir uma imunização eficaz, serão necessárias 15,6 bilhões de doses. Haja tempo para que essa produção seja alcançada e que toda a população mundial esteja vacinada.

Portanto, um pouco de cuidado nunca é demais e continua sendo indispensável o uso de máscaras, a higiene das mãos com água e sabão ou álcool gel, a limpeza das compras ao se chegar de supermercados, padarias, lojas e etc e evitar a todo custo aglomeração, pois nesse caso fica impossível manter o distanciamento social. Devemos nos lembrar, sempre, que hoje já temos 1.857.274 mortos no mundo inteiro e, no Brasil estamos próximo dos 200 mil.

Todo cuidado é pouco e os mais jovens têm de entender que eles também são suscetíveis de contraírem a doença, e o que é mais grave, de passarem para os mais idosos, que são um grupo de alto risco. Vamos continuar a usar máscaras, mesmo com o advento da vacina. Essa será um coadjuvante a mais na luta contra a pandemia iniciada na China.

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