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Mais uma grande rede na cidade

sexta-feira, 05 de março de 2021

Mais uma grande rede na cidade
Mais uma grande rede de supermercados pretende se instalar em Nova Friburgo. Com marketing focado no atacado, a rede inclusive estaria procurando e já negociando um grande espaço em Conselheiro Paulino.

Concorrência nacional
De grupo rival a uma rede recém instalada no município que tem o mesmo formato (atacado), se somaria a esse boom de supermercados que Nova Friburgo vem tendo nos últimos meses. Chama atenção, especialmente quando não se sente esse mesmo movimento em municípios de mesmo porte.

Mais uma grande rede na cidade
Mais uma grande rede de supermercados pretende se instalar em Nova Friburgo. Com marketing focado no atacado, a rede inclusive estaria procurando e já negociando um grande espaço em Conselheiro Paulino.

Concorrência nacional
De grupo rival a uma rede recém instalada no município que tem o mesmo formato (atacado), se somaria a esse boom de supermercados que Nova Friburgo vem tendo nos últimos meses. Chama atenção, especialmente quando não se sente esse mesmo movimento em municípios de mesmo porte.

Economia forte
Além da ampliação de supermercados de empresários locais, a vinda de empresas de grandes grupos de fora mostra que o negócio de fato é bom, afinal, essas empresas nunca empreendem em nenhum lugar sem vastas pesquisas de mercado.

Município polo
O que pode explicar também a ampliação de supermercados na cidade é o fato de Nova Friburgo ser um município polo que atrai consumidores de pelo menos 11 municípios em seu entorno.

Mais empregos
Comemora-se a possibilidade de geração de novos postos de trabalho e, claro, o aumento de concorrência sempre beneficia o consumidor. Fica a expectativa agora para a confirmação da instalação dessa marca na cidade para ainda esse ano. A conferir.

Constatação
Cá entre nós, a abertura de supermercados mostra que em Nova Friburgo não se abrem apenas farmácias e igrejas. Essas se alastram por todo território. Sinal de que nosso povo anda doente do corpo e da alma ou de que nossa gente busca se cuidar.  

Bares
Antes da pandemia até poderia se acrescentar bares nesse enredo de abertura de farmácias e igrejas. Mas esses vêm fechando um a um com as restrições impostas que alguns proprietários até acusam, ultimamente, de perseguição, vide funcionamento de outras atividades que causam aglomeração. Polêmicas à parte, bem-vindo os empregos, concorrência e novos supermercados. Que exista demanda e espaço para todos!

Segundona
inda não há data para começar o Estadual da segunda divisão que passará a ter novo formato a partir desse ano. A tendência é que comece em junho. A competição deve seguir o mesmo formato da primeira divisão, ou seja, 12 clubes em um grupo único, com todos se enfrentando. Ainda não se sabe se será ida e volta ou exatamente como na elite: turno único.

Altos custos
A tendência é ser em turno único pelo menos nesse ano, por conta dos custos elevados de cada partida que, além de arbitragem e ambulância, tem os testes obrigatórios de Covid de todos os envolvidos, dos jogadores aos gandulas. Em suma, com no mínimo 11 jogos, sendo cinco ou seis em casa, o Friburguense, por exemplo, teria um custo como mandante de aproximadamente R$ 100 mil.

12 clubes
Participarão da segundona desse ano, além do Friburguense, o rebaixado da elite, mais América, Americano, Cabofriense e Sampaio Corrêa (vindos da seletiva) e os melhores classificados da segundona do ano passado: Duque de Caxias, Maricá, Gonçalense, Angra dos Reis, Goytacaz e Artsul. Os demais 11 clubes da segundona do ano passado, praticamente foram rebaixados para a nova terceirona.

Apenas o campeão
Apenas um time subirá para a elite. Diferente dos anos anteriores, sem necessidade de seletiva. Seguindo exatamente o mesmo formato da primeirona, os quatro primeiros colocados farão a semifinal e os vencedores a grande final para definir o acesso.         

Palavreando
“Conhecer pessoas. Nada é mais importante. Colecionar as suas histórias e experimentar as suas experiências”.

 

Legenda foto

Mesmo em tempos de pandemia, Nova Friburgo ganhou uma Ludoteca. Trata-se da Cidadela, instalada na Vila Amélia. Na verdade, o espaço de boardgames começou meses antes de estourar a pandemia, o que prejudicou bastante o empreendimento que teve adaptações com as medidas de flexibilização do isolamento. Conta com inúmeros jogos de tabuleiro e cartas de RPG. É só chegar e jogar gratuitamente, após devido cadastro. Uma ótima dica para quem gosta ou quer descobrir melhor tanto o mundo do RPG como os diversos jogos de tabuleiro para além dos trazidos por editoras tradicionais.

  • Foto da galeria

    Mesmo em tempos de pandemia, Nova Friburgo ganhou uma Ludoteca. Trata-se da Cidadela, instalada na Vila Amélia. Na verdade, o espaço de boardgames começou meses antes de estourar a pandemia, o que prejudicou bastante o empreendimento que teve adaptações com as medidas de flexibilização do isolamento. Conta com inúmeros jogos de tabuleiro e cartas de RPG. É só chegar e jogar gratuitamente, após devido cadastro. Uma ótima dica para quem gosta ou quer descobrir melhor tanto o mundo do RPG como os diversos jogos de tabuleiro para além dos trazidos por editoras tradicionais.

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Metáforas

sexta-feira, 05 de março de 2021

Disseram-me que prazos são uma "coisa chata". Que melhor seria viver sem tê-los, sem cumpri-los, sem que sequer existissem. De certo, concordei. Liberdade, pensei. Fazer o que quiser, da forma como pretender, no momento que entender adequado. Mas em sequência, retruquei: teríamos maturidade e responsabilidade suficientes para convivermos em uma sociedade moderna dessa maneira? Prazos perturbam ao mesmo passo que nos lembram dos limites, das regras, das tarefas que devemos desempenhar. Compromisso. Prazo tem a ver com isso.

Disseram-me que prazos são uma "coisa chata". Que melhor seria viver sem tê-los, sem cumpri-los, sem que sequer existissem. De certo, concordei. Liberdade, pensei. Fazer o que quiser, da forma como pretender, no momento que entender adequado. Mas em sequência, retruquei: teríamos maturidade e responsabilidade suficientes para convivermos em uma sociedade moderna dessa maneira? Prazos perturbam ao mesmo passo que nos lembram dos limites, das regras, das tarefas que devemos desempenhar. Compromisso. Prazo tem a ver com isso. Conviver com a ideia de que o tempo passa e que não podemos procrastinar. E que se o fizermos, arcaremos com as devidas consequências. Cumprir prazos pode ser por vezes desagradável, mas não desnecessário.

Esse diálogo trouxe a lembrança de uma explicação interessante que certa vez ouvi de um professor em uma aula de geopolítica, correlacionando o desenvolvimento econômico de um país com o seu clima, oportunidade que indagou: em um país tropical como o Brasil, alguém que more em frente à praia tende a preferir passar seus dias de folga estudando filosofia? Lendo Machado de Assis? E a resposta foi: os fortes escolherão os livros. E o contra-argumento imediato de um colega foi: e os felizes optarão por viver – como se dissesse que vivem aqueles que degustam do que a generosa natureza tem a oferecer.

Esse pequeno espectro por si só originaria uma série de discussões filosóficas e existenciais. Por que só os "fortes" gostariam de estudar? Qual a definição de força? Por que viver significaria ir para à praia? O que é felicidade?  E o que isso tem a ver com o clima de onde vivemos? E qual a correlação de tudo isso com os prazos a cumprir, a procrastinação e o tempo que não cessa?

Viver não deixa de ser uma habilidade de conviver com muitos pontos de interrogação sem respostas para todas as perguntas. Ainda assim, vale viver a buscar caminhos para encontrá-las. Mas não tem respostas prontas, certo e errado. Acho que vou parar por aqui. Não porque eu não tenho o gabarito dessas questões. Não porque eu realmente seja o tipo de pessoa que verdadeiramente gosta de prazos, da adrenalina da agenda cheia e da satisfação do dever cumprido. Não por isso. Não porque a ponta do novelo de lã se perdeu no emaranhado dos pensamentos. Não porque o comentário de hoje cedo a respeito dessas questões que envolvem os “prazos para tudo na vida” tenha me feito imaginar um cidadão em frente à praia de Ipanema em um sábado de folga ensolarado lendo Nietzche. Não porque percebo que me transformei em uma máquina de metáforas sobre a vida. E que está confuso.

Na verdade, enquanto divago sobre isso, o fio de lã continua completamente perdido no novelo arrevesado e corre contra mim um relógio que não para e prazos que não esperam.

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A volatilidade te assusta?

sexta-feira, 05 de março de 2021

De fato, volatilidade não é algo confortável para muitos investidores e isso é normal. Este é um dos grandes motivos para existirem os clássicos formulários de suitability nas corretoras de investimentos: definir o seu perfil de investimentos para adequar sua carteira aos produtos mais condizentes com as suas necessidades. Portanto, siga o planejamento e evite “perder a mão” em investimentos pouco ou nada recomendados para a sua carteira. O meu objetivo aqui, afinal, é divulgar conhecimento financeiro para que você viva boas experiências na sua jornada como investidor.

De fato, volatilidade não é algo confortável para muitos investidores e isso é normal. Este é um dos grandes motivos para existirem os clássicos formulários de suitability nas corretoras de investimentos: definir o seu perfil de investimentos para adequar sua carteira aos produtos mais condizentes com as suas necessidades. Portanto, siga o planejamento e evite “perder a mão” em investimentos pouco ou nada recomendados para a sua carteira. O meu objetivo aqui, afinal, é divulgar conhecimento financeiro para que você viva boas experiências na sua jornada como investidor. Este é meu propósito profissional! Portanto, conheça e respeite suas limitações. Não dê passos maiores do que pode e seus investimentos vão refletir o seu conhecimento.

Contudo, antes de aprofundarmos os impactos psicológicos do investidor, é hora de definir volatilidade para você tirar a própria conclusão de se isso é, ou não, condizente com suas características e objetivos. Por definição, volatilidade é medida em um determinado período de tempo e representa a intensidade da variação de preço de um ativo. Matematicamente, a volatilidade é calculada a partir do desvio padrão de preços durante um determinado período de tempo. Em outras palavras, ativos muito voláteis oscilam fortemente sua cotação; por outro lado, ativos mais perenes (menos voláteis) mantém pequenas variações no preço da cotação ao longo do tempo.

A noção de volatilidade vai te auxiliar no processo de elaboração da sua estratégia de investimentos e o conhecimento vai te deixar mais à vontade e confiante na hora de acompanhar o desempenho da sua carteira. Agora, vou pontuar algumas classes de investimentos em escala das menos voláteis para as mais voláteis: caderneta de poupança, tesouro direto, renda fixa (com cobertura do FGC), fundos de renda fixa, renda fixa (sem cobertura do FGC), fundos multimercado, COEs, fundo de ações, derivativos e contratos futuros.

Vale ressaltar, a possibilidade de ganhos é diretamente proporcional ao risco assumido pela volatilidade e ao conhecimento do investidor. Portanto – volto a ponderar – entenda seu perfil e busque estratégias condizentes com o seu conhecimento. Afinal, você pode viver boas experiências com seus investimentos e não precisa correr riscos desnecessários.

Num exemplo clássico, é comum novos investidores se encantarem com as possibilidades de ganhos na renda variável (Ações, Derivativos e Contratos Futuros) e entrarem com tudo em um novo mundo que fora muito pouco explorado por eles. Tudo parece estar caminhando maravilhosamente até que a volatilidade entra em cena e mostra que a força de valorização é ainda menor que a de desvalorização dos ativos. Numa conta simples, pense comigo: após uma queda de 50%, seus investimentos precisam valorizar 100% para voltar aos antigos patamares.

Percebe como a minha ideia aqui – ao contrário de te assustar – é te conscientizar? Você pode viver tranquilamente e com a consciência limpa de que seus investimentos foram uma ótima escolha, basta ter paciência. Pense nisso!

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Escravidão e castigo

quinta-feira, 04 de março de 2021

A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos (...) Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. (...) Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.

A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos (...) Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. (...) Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.

Já o ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginem uma coleira grossa, com a haste grossa também à direita ou à esquerda, até o alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho (...) A fuga repetia-se, entretanto.

Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando. Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncio nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha a promessa gratificar-se-á generosamente ou receberá uma boa gratificação. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara no ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo rigor da lei contra quem o acoutasse.

Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

Cândido Neves(...) cedeu à pobreza, quando adquiriu o ofício de pegar escravos fugidos. Tinha um defeito grave esse homem, não aguentava emprego nem ofício, carecia de estabilidade;(...) era dado em demasia a patuscadas.(...) mas a ocupação que escolheu é vaga. Você passa semanas sem vintém.(...) Pegar escravos fugidos trouxe-lhe um encanto novo. Não obrigava a estar longas horas sentado. Só exigia força, olho vivo, paciência, coragem e um pedaço de corda. Cândido Neves lia os anúncios, copiava-os, metia-os no bolso e saía às pesquisas. Tinha boa memória.

Fixados os sinais e os costumes de um escravo fugido, gastava pouco tempo em achá-lo, segurá-lo, amarrá-lo e levá-lo. A força era muita, a agilidade também. Mais de uma vez, a uma esquina, conversando de cousas remotas, via passar um escravo como os outros, e descobrira logo que ia fugido, quem era, o nome, o dono, a casa deste e a gratificação; interrompia a conversa e ia atrás do vicioso. Não o apanhava logo, espreitava o lugar azado, e de um salto tinha a gratificação nas mãos. Nem sempre saía sem sangue, as unhas e os dentes do outro trabalhavam, mas geralmente ele os vencia sem o menor arranhão. Este texto foi extraído da crônica de Machado de Assis “Pai contra mãe”.

Em Nova Friburgo os suíços Henri Mozer e François Vuillemin requereram provimento de capitão do mato nas cabeceiras do Rio Macaé de Cima. A norma estabelecia que quanto mais distante da vila a captura maior seria a remuneração. Os escravos fugiam com frequência das fazendas. Em abril de 1822 há referência de escravos aquilombados nas partes de Macaé e que nesse quilombo havia 14 deles. Mesmo sem provisão na função de capitão do mato qualquer indivíduo que prendesse um escravo fugitivo seria gratificado. Esta despesa seria paga pela Câmara Municipal e reembolsada de seu senhor quando lhe fosse entregue.

O colono suíço Joseph Hecht deixou o seguinte registro: “... Com frequência víamos passar por nossa cidade de Nova Friburgo negros fugidos que tinham sido capturados pelos caçadores contratados e que estavam sendo devolvidos aos donos. (...) Para quem se dedicava a essa maldita atividade, essa paga era suficiente. O negro que fugia pela primeira vez era espancado de forma horrível. Se fugisse uma segunda vez era novamente espancado brutalmente, mas isso não era tudo. Uma corrente era presa ao seu corpo com uma parte pendendo para baixo por meio da qual as pernas eram presas a uma argola. A corrente lateral era soldada a outra argola. Nessa miserável condição com o corpo todo apertado ele tinha de trabalhar e dormir. Quando dois escravos fugiam juntos eram depois acorrentados juntos a uma argola e assim forçados a trabalhar...” Acompanha este artigo duas imagens de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) sobre o cotidiano dos escravos castigados.

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    A máscara de folha-de-flandres. Foto Fabrice Monteiro

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    As punições eram públicas. Jean-Baptiste Debret

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    Depois do açoite o tronco. Jean-Baptiste Debret

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Como contribuir para a diminuição da violência social?

quinta-feira, 04 de março de 2021

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade.

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade. Você pode ver as recomendações em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/violence/world_report/en/wrvhrecommendations.pdf

Entretanto, o que está ali é algo que para ser praticado a classe política, a polícia, o judiciário, os pais de família, várias instituições sociais, como associação de moradores, escolas, universidades, igrejas, empresários, mídia, entre outros, precisam dar as mãos para unir os esforços no combate e na prevenção da violência social.

A violência tira a vida de mais de 1,5 milhões de pessoas anualmente: pouco mais de 50%, devido ao suicídio, cerca de 35% devido ao homicídio, e pouco mais de 12%, como resultado direto da guerra ou alguma outra forma de conflito. Mas é possível atuar na prevenção da violência se combatermos suas causas como: pobreza concentrada, inadequação quanto ao salário pago para o trabalhador em função do gênero homem e mulher, uso de bebidas alcoólicas de modo prejudicial, falta de relacionamento entre os filhos e seus pais que forneça segurança, estabilidade e nutrição afetiva, e outros fatores.

Há níveis sociais diferentes que tentam explicar as causas da violência, tais como: 1 - Primeiro nível: idade, educação, salário, hereditariedade, lesões cerebrais, transtornos de personalidade, abuso de substância e relatos de história de pessoas que experimentam, testemunham e praticam comportamentos violentos. 2 - Segundo nível: tem que ver com relacionamentos íntimos, com familiares, amigos. Você tem amigos violentos? Há violência no seu casamento? Ocorre abuso contra um idoso que você tenha notícia produzido pelos cuidadores deles? 3 - Terceiro nível: contexto da comunidade, como escolas, locais de trabalho, vizinhança, pontos de venda de drogas, ausência de redes sociais de apoio, pobreza concentrada. 4 - Quarto nível: fatores sociais maiores que criam um clima que encoraja a violência, como corrupção, hipocrisia e instabilidade política, problemas no sistema judiciário incluindo corrupção, normas que regulam os papéis do homem e da mulher na sociedade, ou relações pais-filhos, que envolve injustiça econômica, afetiva; aceitação social da violência, disponibilidade de armas, exposição da violência pela mídia (TV, rádio, jornal, internet, revistas etc.).

A melhor forma de prevenção da violência tem que ver mesmo com a família. O melhor ensinador, para o bem ou para o mal é o exemplo da pessoa. A criança necessita aprender conceitos de boa moral, valores positivos de conduta. Mas para isso seus pais ou cuidadores precisam ser pessoas de boa moral, de boa conduta. Porque o exemplo fala mais alto. Mas se estes pais são eles mesmos agressivos verbal e/ou fisicamente, se nutrem em sua família o consumo de álcool, vivem assistindo programas de TV cheios de sensualidade, mentiras, violência, agressões e péssimos modelos como em algumas novelas, o que é passado para a criança será algo negativo, que poderá contribuir para gerar comportamento violento. Por isso, o mais significativo fator para reduzir a violência na sociedade tem que ver com guiar a criança desde pequena com disciplina equilibrada, exemplo de boa moral, evitando expor a criança à maldade e modelos de conduta muito alterados como aparece na mídia.

É muito difícil educar filhos na sociedade pós-moderna na qual vivemos para prevenção da violência, mas não é impossível. Tudo começa no lar com o relacionamento entre os pais e os filhos. É ali onde a prevenção da violência tem mais poder. Tenha coragem de ensinar seus filhos pequenos a serem honestos, verdadeiros, a se protegerem de crianças agressivas, a saberem dizer “não” para coisas estranhas para elas que outros possam oferecer, a terem valores éticos mesmo rodeados com abundância da falta de ética.

Ensine a criança a se autocontrolar. Coloque limites para ela quanto aos tipos de “lazer” que são violentos como certos videogames, filmes, encorajando-as e vivendo com ela mais perto da natureza, tendo alimento simples e natural, dormindo cedo, monitorando os estudos dela. Você acha que isso é fora de nossa época? Não mesmo. É possível aprendermos a ser verdadeiros, honestos, sinceros, éticos, numa sociedade apodrecida moralmente, sem nos tornarmos bobos e ingênuos, sabendo nos proteger da maldade.

(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Violence#cite_note-who.int-2).

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Terra Nova em documentário

quarta-feira, 03 de março de 2021

Terra Nova em documentário
O condomínio Terra Nova de velhos problemas da não tão nova assim Nova Friburgo vai virar documentário, e, em breve estará disponível em plataformas de streaming. O local, nascido após a tragédia climática de 2011, juntou identidades e histórias de famílias que perderam pessoas e casas e se viram obrigadas a morar no novo grande condomínio, convivendo com realidades tão distintas.

Terra Nova em documentário
O condomínio Terra Nova de velhos problemas da não tão nova assim Nova Friburgo vai virar documentário, e, em breve estará disponível em plataformas de streaming. O local, nascido após a tragédia climática de 2011, juntou identidades e histórias de famílias que perderam pessoas e casas e se viram obrigadas a morar no novo grande condomínio, convivendo com realidades tão distintas.

Cicatrizes
Mas é na perspectiva das mudanças climáticas, cujos um de seus efeitos é o refúgio, que Bernardo Dugin traça um de seus mais novos projetos em sua dupla estreia de direção cinematográfica. Terra Nova é uma delas e a outra é Cinquentânias.

Bernardo Dugin a mil por hora
Aliás, o ano de 2021 está a todo vapor para o jovem talento friburguense. Bernardo Dugin tem além do documentário Terra Nova, a adaptação teatral para o vídeo Cinquentânias, grava participação em uma novela da Record e está na Netflix e Amazon Prime com participações em um filme e um seriado, respectivamente.

Por partes
O documentário Terra Nova colheu inúmeros depoimentos de moradores, cujas histórias se entrelaçam no roteiro desenhado pela também friburguense Laiane Tavares, que divide a direção com Bernardo Dugin.

Friburguenses em destaque
Destaque importante é que para essa produção, Bernardo está utilizando quase toda a mão de obra de profissionais de Nova Friburgo. O mesmo se repete nas filmagens de Cinquentânias. Assim, Bernardo valoriza a prata da casa e ajuda o mercado local que passa ainda por sérias dificuldades por conta da pandemia.

Três irmãs
Cinquentânias começou como uma experiência de teatro virtual, ao vivo, inspirada e também vítima das imposições do isolamento social da Covid-19. Agora, ganhará uma versão cinematográfica ou teleteatral, dirigida pelo ator e produtor Bernardo Dugin, tendo no elenco as atrizes Cil Corrêa (Tânia), Cyomara de Paula (Caetânia) e Tânia Noguchi (Betânia).

Cinquentânias
A trama, escrita pela atriz Rebecca Noguchi, conta a história de três irmãs que em meio à pandemia aprendem a conviver apenas através das chamadas virtuais feitas pelo celular, até que uma delas desaparece em seu aniversário de 50 anos.

Lei Aldir Blanc
Tanto o documentário Terra Nova, como a experiência teatral Cinquentânias foram vitoriosas em concorrências públicas da lei de incentivo Aldir Blanc, promovida pela Secretaria estadual de Cultura. 

Mais Bernardo
Bernardo Dugin está envolvido ainda nas gravações de uma novela. Seu personagem e sua entrada no folhetim da Record, no entanto, ainda não podem ser revelados.

Filme
O ator friburguense pode ser visto ainda no filme brasileiro “M8 - Quando a morte socorre a vida”, que estreou na Netflix, na semana passada. O longa, dirigido por Jeferson De (Bróder) e protagonizado por Juan Paiva, discute racismo e o conflito social na cidade do Rio de Janeiro.

Vale a pena assistir
Na trama, Maurício (Paiva) acabou de ingressar na renomada Universidade Federal de Medicina. Na sua primeira aula de anatomia ele conhece M8, o cadáver que servirá de estudo para ele e os amigos. Daí vem uma jornada permeada de mistério e realidade com o sumiço do corpo. Bernardo faz uma participação no longa como namorado de um dos estudantes. O elenco conta com nomes como Lázaro Ramos, Zezé Motta, Ailton Graça, Rocco Pitanga e Léa Garcia.

Amazon Prime
Para completar essa diversidade de trabalhos, o friburguense nos dá ainda mais orgulho na série “Brasil Imperial”, já disponível na Amazon Prime. A série retrata a vinda da família real para o Brasil, a herança cultural e política que foi trazida para o nosso país, além da mudança de status da antiga colônia portuguesa. São dez episódios. Bernardo Dugin interpreta o Lorde Chamberlain, um inglês que vem negociar o fim da escravidão no Brasil.

Globo
Do jovem talento para o veterano Reginaldo Faria. O ator friburguense não estará mais na próxima novela das nove da Globo: "Um lugar ao sol". Ele será substituído por José de Abreu. A troca se dá por uma decisão da Globo de não escalar atores maiores de 80 anos por conta da Covid-19.

Protocolo pandemia
A emissora, que está retomando suas produções, está com uma série de protocolos para preservar a saúde de seus colaboradores. Reginaldo Faria está com 83 anos. Outros atores acima dos 80 também estão sendo substituídos. Uma pena, mas absolutamente entendível.

Mais um aumento
O novo aumento nos combustíveis já chegou aos postos de Nova Friburgo. A gasolina teve alta de R$ 0,1240 nas refinarias, o que equivale a 4,7%. Já o diesel teve acréscimo de R$ 0,1294, ou seja, 5%. Válido para venda nas refinarias desde ontem, 2, no mesmo dia os valores já tinham sido elevados nas bombas locais.

Repasse imediato
Os postos locais se defendem quanto ao repasse do aumento imediato, dizendo que o combustível chega quase que diariamente e a elevação é praticamente automática. Fato é que, só neste ano, o aumento de gasolina é de 41,5% quando comparado ao último valor de 2020. Já o diesel subiu 34,1%. Em apenas dois meses, foram cinco aumentos.

O petróleo é nosso?
Os sucessivos aumentos são provenientes da política de preços da Petrobras que está dolarizada desde 2018, refém, portanto, das especulações do mercado internacional. Agrada uma minoria de investidores e dói no bolso da grande maioria dos brasileiros. 

Reflexão
Não podendo mudar a realidade, se muda a letra fria (para não dizer morta) das leis. Não há mais cores de coisa alguma. É só para friburguense (ops, inglês) ver.   

Palavreando
“Renascer é mais que morrer para velhas questões, mas reconhecê-las como parte do processo evolutivo. Estamos, todos aqui, para evoluir, e, renascer é evoluir, tanto quanto retomar”.

 

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Vamos com calma

quarta-feira, 03 de março de 2021

Dentre os pecados capitais a ira é talvez o pior

Dentre os pecados capitais a ira é talvez o pior

Quem é que nunca teve um ataque de raiva? É só ler o Antigo Testamento para constatar que até Deus de vez em quando perdia a paciência com suas criaturas. Não que lhe faltassem boas razões para isso e tanto mais e melhores razões tem agora, quando os homens parecem achar que Deus não existe ou que, se existe, o problema é dEle. Pode ser que Ele esteja apenas dando um tempo à humanidade para ver se ela, por conta própria, para de fazer burrada. Mas, pelo visto, o resultado não tem sido muito bom, é só olhar para o que os homens andam fazendo uns aos outros, aos demais bichos deste mundo e à natureza. Nossa sorte é que a ira de Deus dura um triz e sua paciência dura pelos tempos eternos, in saecula saeculorum. Amém.

Sim, quem nunca viveu, ainda que uma única vezinha, esse momento em que um raio parece nos ter atingido, e tudo em volta fica vermelho, as feições se arrepiam, as mãos desatinam e a voz se desgoverna. Pudéssemos nos ver nessa hora e ficaríamos com tanta raiva de nós mesmos que jamais íamos nos permitir ficar com raiva de novo. Pena que em tais ocasiões nunca esteja por perto alguém com a calma e a coragem suficientes para colocar um espelho diante da nossa cara. Só assim veríamos o quão longe estamos de merecer o título de homo sapiens e o quão plenamente merecedores ainda somos do título de homo stupidus.

E não é por falta de conselhos. A sabedoria popular está cheia de boas recomendações que ajudam a cozinhar a cólera em fogo brando e depois deixar que ela vá esfriando por conta própria, feito panela destampada. Contar até dez ou, dependendo do tamanho do ataque, até cem ou mil é uma delas; tirar as calças pela cabeça também ajuda muito. E, no caso de a fúria se dirigir especificamente a alguém, é útil pensar contra ele as palavras mais feias, tais como onagro, sevandija, abantesma ou histrião. Pensar e calar, porque imagine as graves consequências de você, furioso, gritar ao seu interlocutor: “Você não passa de um réprobo!”  Se bem que é possível que ele reaja como aquele sujeito que, chamado de mentecapto, ficou comovido e agradeceu o elogio.

Escrever é ainda melhor, contanto que o escrito não seja enviado. Conta-se que certo general procurou Abraham Lincoln para queixar-se de um colega de farda. Após ouvir o imenso rol das acusações, o presidente recomendou que o homem lhe entregasse uma carta, registrando minuciosamente tudo o que lhe havia dito. O bravo soldado (naquele momento um soldado bravo) saiu da entrevista certo de que enérgicas medidas seriam tomadas contra seu desafeto. Dias depois, tocou no assunto com o presidente, ocasião em que foi informado de que aquela bela peça bélica e literária estava guardada, trancada e calada numa gaveta. Com espanto, o general quis saber quando afinal seus insultos chegariam aos olhos do destinatário, ao que Lincoln respondeu que, uma vez que o desabafo havia sido feito, e por escrito, o autor já devia ter esfriado a cabeça e lavado a alma. Portanto, não havia mais motivo para que a carta fosse entregue. E deu por encerrada a questão.

Acalmemo-nos, porque, pensando bem e com calma, concluiremos que dentre os pecados capitais a ira é talvez o pior, tanto que tem por patrono um demônio chamado Azazel, e pelo nome já se vê que boa coisa ele não é. Além disso, a ira é, de todos os pecados, o que mais se volta contra o próximo. Nos outros seis... Só para lembrá-lo, leitor, para que você possa melhor avaliar o quanto tem pecado ultimamente, o elenco completo é o seguinte: soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Pois bem, nos outros seis o mal se volta contra o próprio pecador, mas a tal da ira costuma ser despejada em cima de quem não tem nada com isso, às vezes estava só de passagem.

E se você conseguiu vencer a preguiça e ler esta crônica até aqui, sem ter ficado com raiva do autor, já obteve duas grandes vitórias. É só continuar se desviando dos outros cinco pecados e vai chegar ao fim do dia mais inocente que um passarinho voando no Jardim do Éden.

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A pandemia da Covid-19 é mundial

quarta-feira, 03 de março de 2021

A pandemia da Covid-19 é mundial e não é só o Brasil que enfrenta dificuldades. De acordo com o jornal Le Monde, a ameaça que estava no ar nas últimas duas semanas vai se concretizar. No último domingo, 28, a Alemanha anunciou que iria restringir a passagem de pessoas, na sua fronteira, provenientes do departamento da Mosella, na França, após ele ter sido classificado como “zona de circulação de cepas variantes” da Covid-19.

A pandemia da Covid-19 é mundial e não é só o Brasil que enfrenta dificuldades. De acordo com o jornal Le Monde, a ameaça que estava no ar nas últimas duas semanas vai se concretizar. No último domingo, 28, a Alemanha anunciou que iria restringir a passagem de pessoas, na sua fronteira, provenientes do departamento da Mosella, na França, após ele ter sido classificado como “zona de circulação de cepas variantes” da Covid-19. Isso significa que desde esta terça feira, 2, todo cidadão vindo da Mosella só poderá entrar no território alemão apresentando um teste negativo do PCR ou teste antigénico, datando de 48 horas no máximo. Tal medida vai afetar diretamente 16 mil franceses que têm residência na França e trabalham na Alemanha.

Aliás, após sete semanas de forte recuo, a curva de contaminação no país de Ângela Merckel não somente cessou de cair, mas mostrou um ligeiro aumento, com uma taxa de incidência de 57 a 63 casos novos por 100 mil habitantes, entre 19 e 26 de fevereiro. Uma situação bem menos tensa que na república checa onde essa taxa é de 670, na França em torno de 220 e na Bélgica e Holanda com cerca de 180. Tanto que as atuais medidas de distensão alemãs, como a reabertura de creches e escolas, que seriam estendidas a outras atividades, estão sendo revistas.

O Brasil, um país de dimensões continentais, realmente enfrenta um momento muito difícil, com vários estados do nordeste apresentando um esgotamento das vagas em UTI, o que complica em muito e muitas vezes é fatal, aqueles casos que requerem internação. Um estudo, inclusive, mostrou que de cada três pacientes entubados, dois vão a óbito. Mas, os estados do Sul e Sudeste também estão com problemas sérios, como Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro; a capital federal teve que decretar um lockdown parcial, só permitindo a abertura de supermercados, farmácias e padarias. Escolas, shoppings centers, restaurantes, bares, comércio em geral foram fechados.

Por outro lado, aquelas simples medidas ditadas por todas as pessoas que lidam diretamente com a doença, uso de máscaras, higiene constante das mãos e distanciamento social, são ignoradas por uma grande parte de população. As festas funks, os pancadões das periferias das grandes cidades, comemorações com bastante ajuntamento persistem por todos os lugares. Haja visto, que após as festividades de fim de ano, as taxas de contaminação explodiram em todo o país e o número de mortes por 100 mil habitantes, maneira correta de se classificar esse montante, está em alta na maioria das vezes acima das mil mortes diárias. Sem contar o que pode acontecer, 15 dias depois do carnaval.

Aqui em Friburgo, bastou entrar em vigor a bandeira amarela ou laranja para que os bares, principalmente no centro da cidade, fiquem lotados. O mesmo acontece em Olaria e Conselheiro Paulino. Ou seja, tal irresponsabilidade da população tem um preço a pagar, com nossas UTIs com lotação média sempre acima de 50% e nas enfermarias, acima de 30%. O pior é que há um comprometimento geral da economia de Friburgo e do país, pois as medidas restritivas impedem o pleno funcionamento do comércio, da indústria e demais estabelecimentos comerciais.

Ninguém aguenta mais, é verdade, esse estado de coisas, nem é da índole do brasileiro o distanciamento social, pois o que sempre caracterizou o famoso “ser brasileiro”, foi justamente o calor humano nas relações sociais. No entanto, não adianta querer forçar a barra, desrespeitar as orientações das autoridades, pois no final das contas pagamos todos nós, os que as respeitam e os que não ligam a mínima para elas.

A vacinação começou, ainda que de maneira tímida, mas tanto a Fiocruz como o Instituto Butantan estão em condições de aumentar em grande escala a produção mensal das vacinas Oxford e Coronavac. Sem contar que os estudos da vacina brasileira, feitos na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), passaram para a fase 2. Isso significa que em breve estaremos produzindo nosso próprio imunizante. Além disso, existem outras vacinas disponíveis, cujas negociações para sua aquisição, estão em curso.

Mais do que nunca é preciso paciência para que possamos sobreviver.

 

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Que venham as águas de março semeando as esperanças!

terça-feira, 02 de março de 2021

Por mais que estejamos familiarizados com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que  um caderno especial, inteirinho, de reflexões e conhecimentos sobre o assunto. É assim que o Caderno Z encerrou fevereiro com o tema “Da gripe espanhola à Covid-19”. O Brasil, em janeiro de 2020, era expectador do que ocorria em outros países e tudo nos parecia distante. Logo depois, numa divisão entre os que acreditavam na doença e os descrentes, nossa luta começou com inseguranças para todo lado. Não tem sido fácil, pois completamos um ano de batalha e ainda sentimos que o desconhecido nos assusta.

Por mais que estejamos familiarizados com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que  um caderno especial, inteirinho, de reflexões e conhecimentos sobre o assunto. É assim que o Caderno Z encerrou fevereiro com o tema “Da gripe espanhola à Covid-19”. O Brasil, em janeiro de 2020, era expectador do que ocorria em outros países e tudo nos parecia distante. Logo depois, numa divisão entre os que acreditavam na doença e os descrentes, nossa luta começou com inseguranças para todo lado. Não tem sido fácil, pois completamos um ano de batalha e ainda sentimos que o desconhecido nos assusta. Por mais que estudos sejam feitos e que a ciência avance, o coronavírus ainda é uma incógnita com direito a mutações. Esse “pequeno vírus” conseguiu “desestruturar todo o planeta”, aflorando crises sociais, políticas, econômicas e emocionais.

Quando os próprios médicos adoecem, nós, os leigos, nos fragilizamos. Ao ler os depoimentos dos doutores Marcelo Orphão Motta e Danilo Cassane, entendemos quando o dr. Marcelo define: “O coronavírus nos ensinou que não respeita fronteiras, não respeita políticas e políticos, não respeita negacionismo...”. Da mesma forma, dr. Danilo alerta: “É uma doença que não tem rabo, nem cabeça, que ainda não se sabe o suficiente sobre ela e a incerteza do que pode acontecer é algo assustador...”. São duas explicações diretas ao alcance de todos, mas que ainda encontra resistência em grande parte da população brasileira, o que é lamentável, pois só dificulta o controle da doença.

O “Z” ainda nos trouxe um pouco da história do Instituto Butantan e da Fiocruz, instituições centenárias a serviço da saúde brasileira. “Entre uma e outra pandemia”, a gripe espanhola foi terrível, sim. Porém, são mais de 100 anos do acontecido, com um século de avanços, e ainda somos apanhados por um vírus que se intimida ante uma boa higiene com álcool em gel, água e sabão. E que, mesmo assim, já fez mais de 250 mil mortos no Brasil.

“Ele voltou!” O filósofo voltou novamente! Bem-vindo, Wanderson Nogueira! E voltou cheio de inspiração e de achados na bagagem, trazendo-nos um roteiro completo para as viagens que possamos empreender, de onde destaco: “ Boa viagem! Bons momentos futuros inesquecíveis! Porque é bom se conhecer em outros lugares como turista de si mesmo”, pois, “estar de bem com a vida, faz a vida ficar de bem com você”!

Vamos ao noticiário da pandemia, com Nova Friburgo voltando ao estágio de bandeira vermelha até o próximo domingo, 7. Salve as águas de março, agora misturadas com sabão em barra!  A barra está pesada demais e há alguns equívocos na flexibilização, mas o espaço é pouco para questionamentos. Mesmo assim, a prefeitura estuda meios para a retomada das aulas presenciais, seguindo uma série de requisitos. Esquisito é entre os requisitos não haver prioridade de vacinação para o setor da Educação.

O Campeonato Friburguense de Kart Amador continua em alta com a última etapa em Guapimirim no último domingo, 28 de fevereiro. O esporte está ganhando força em Nova Friburgo e há um movimento “Pro – Kartódromo” para a construção do espaço em um terreno na rodovia RJ-130, entre Campo do Coelho e Conquista.  Bela conquista! Falando em terreno, está em destaque a notícia de que há projetos de a prefeitura construir uma “biblioteca internacional” no terreno de esquina com a Rua General Osório, na Praça do Suspiro. A boa nova, por enquanto, está no campo das ideias. Aguardemos!

E meio a tantos percalços, coisas boas acontecem. Vejamos: “Escolas do Senai Friburgo são destaques nacionais”, com primeiro lugar no setor de vestuário e o setor de mecânica entre os três melhores. “Seu Abdinho”, o estimado Abdo Carim festejou 104 anos, feliz da vida e vacinado! A Stam Metalúrgica recebeu homenagem da Real Banda Euterpe Friburguense por seu Jubileu de Ouro. Parabéns Stam! A Real Banda  Euterpe, por sua vez, festejou, em 26 de fevereiro,  seus 158 anos de existência. Desde os tempos do Barão / nossa Euterpe faz história / conduzindo o seu brasão / pelos caminhos da glória! Mais do que centenária, a Euterpe é um pilar na edificação de Nova Friburgo.

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Aniversário e campeão

terça-feira, 02 de março de 2021

Aniversário e campeão

Quem comemorou com muita alegria seus 78 anos de idade completados na última sexta-feira, 26 de fevereiro, foi o admirado empresário Antonio Américo Pecly Ventura, o grande Toni Ventura.

O aniversário teve celebração em dose dupla. É que ao lado de sua amada esposa Faninha, ele festejou a idade nova e no mesmo dia a conquista de mais um título de campeão brasileiro do Flamengo, como mostra o registro fotográfico. Parabéns em dobro ao Toni, pelo aniversário e presente recebido de pronto.

Vivas para o Comte!

Aniversário e campeão

Quem comemorou com muita alegria seus 78 anos de idade completados na última sexta-feira, 26 de fevereiro, foi o admirado empresário Antonio Américo Pecly Ventura, o grande Toni Ventura.

O aniversário teve celebração em dose dupla. É que ao lado de sua amada esposa Faninha, ele festejou a idade nova e no mesmo dia a conquista de mais um título de campeão brasileiro do Flamengo, como mostra o registro fotográfico. Parabéns em dobro ao Toni, pelo aniversário e presente recebido de pronto.

Vivas para o Comte!

Hoje, 2, o dia é de reverenciar, celebrar e parabenizar com muito carinho, o ex-deputado, grande politico de ligações intimas e históricas com Nova Friburgo e atual secretário estadual de Educação, Comte Bittencourt, também um grande amigo de A VOZ DA SERRA.

 Parabéns ao Comte pelo aniversário hoje.

Troca de idade na quinta

Desde já e certamente contando com o carinhoso endosso de muitos amigos e colegas de trabalho, parabenizamos a simpática Tania de Abreu Silveira (foto), que nesta quinta-feira, 4, estreia nova idade. Congratulações e felicidades para ela.

Lançamento no domingo

No próximo domingo, 7, às 18h30 o conhecido engenheiro friburguense e pastor evangélico, Ricardo Chinaidre Verly, vai lançar na Igreja Ceifa (Rua Sara Braune, 89 no bairro Braunes) seu primeiro e belo livro, denominado livro "Meu Projeto Devocional - Entrando no Sobrenatural - Minutos com Deus".

Aniversariou ontem

Ontem, 1°, em meio a importantes trabalhos desenvolvidos na saúde do município de Maricá, contou com pequenas pausas para alguns profissionais dedicarem cumprimentos especiais para alguém bastante querida entre eles.

É que a admirada e competente biomédica Andréa Ribeiro (foto), que é coordenadora dos laboratórios daquele município, bem como também responsável técnica do Lacen, completou mais um aniversário.

Por esta alegre e importante razão, enviamos felicitações à dra. Andréa Ribeiro com votos de muitas felicidades, sucessos e tudo de bom, nos associando assim as alegrias e felicidades de seus filhos Kaio e Gabriela, netos João André e Joana, assim como demais familiares e muitos amigos.

Doações por drive thru

Quem desejar e puder ajudar aqueles que de fato merecem, terão uma bela oportunidade no próximo fim de semana: os garotos do Capítulo Demolay de Nova Friburgo, que é uma espécie de maçonaria juvenil, vão promover uma campanha de recolhimento de alimentos não perecíveis para os velhinhos amparados pelo Lar de Idosos Frederico Meyer, de Bom Jardim.

O sistema de coleta das doações será no domingo, 7, das 9h às 16h, em forma de drive thru, bastando os interessados passar de carro em frente a sede da Loja Maçônica Independência, no Jardim Ouro Preto, próximo a Apae, para fazer a sua doação.

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