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Novos acadêmicos cheios de boas ideias

segunda-feira, 09 de agosto de 2021

A Academia Friburguense de Letras está abrindo vagas para novos membros efetivos do seu quadro de acadêmicos e do seu Anexo Jovem. A abertura foi adiada desde o primeiro semestre de 2020 por conta da Pandemia causada pelo Covid 19. Agora, na esperança de retorno às atividades, dá um passo efetivo ao retorno à vida acadêmica. 

A Academia Friburguense de Letras está abrindo vagas para novos membros efetivos do seu quadro de acadêmicos e do seu Anexo Jovem. A abertura foi adiada desde o primeiro semestre de 2020 por conta da Pandemia causada pelo Covid 19. Agora, na esperança de retorno às atividades, dá um passo efetivo ao retorno à vida acadêmica. 

Comumente o friburguense pergunta aos acadêmicos sobre a Casa de Salusse, sempre acolhida por amigos que acompanham sua trajetória. Uma trajetória que guarda e resguarda a vida literária da cidade há 74 anos, promovendo o encontro entre os amantes das palavras. Esta Casa foi gerada pelos ideais do Dr. Rudá Brandão Azambuja e dos professores Messias de Moraes Teixeira, José Cortes Coutinho, Luís de Gonzaga Malheiros e Jamil El Jack em 22 de junho de 1947. Nasceu nos bancos da então Praça Quinze de Novembro, hoje Praça Presidente Getúlio Vargas, sob os galhos das árvores e canto dos passarinhos, sem portas, paredes e janelas. Despontou na cidade livre e tão bela quanto seu lema: cultuar a arte é sublimar o espírito, criado pelo seu patrono primeiro, o Dr. Rudá.  Sua criação se constituiu num lugar de letras, cultura e convivência, tendo sido amada e cuidada por aqueles que fincaram suas raízes, dela pertenceram e frequentaram-na. Foi tratada com esmero, inclusive pelo Prefeito Dr. Amâncio Mário de Azevedo que construiu sua aconchegante sede.  

Nossa Casa preserva os princípios da Academia de Platão que surgiu na Grécia Antiga, há mais de trezentos anos antes de Cristo, enquanto entidade independente das organizações governamentais e religiosas, que cultuava o livre pensar, a busca e a difusão do saber, e respeita os da Academia Francesa, criada no século XVII pelo Cardeal Richelieu, pela sua estrutura e rituais, como também por preservar a língua portuguesa, promover palestras, concursos e debates.

Nossos acadêmicos têm produzido obras para adultos, jovens e crianças, são escritores de romances, trovas e poesias, pesquisas históricas, contos e crônicas, além de terem participação ativa nos jornais da região, como o A Voz da Serra. 

Com a finalidade de fomentar a produção literária entre os jovens no alto desta serra, situada no cinturão central da Mata Atlântica, em 2016 foi criado o Anexo Jovem, destinado aos escritores entre 16 e 29 nove anos. 

Temos ultrapassado nossas paredes, dando palestras sobre diversos temas em escolas, bibliotecas e em instituições sociais como o Sesc de Nova Friburgo. Disseminamos assim o valor da literatura enquanto arte da palavra, que recorre à beleza e criatividade para abrir suas asas sobre a vida. 

Para finalizar esta coluna, deixo a frase de Fernando Pessoa que tanto mostra a firmeza dos passos com que a AFL trilhou nesses anos: “Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É saber falar de si mesmo.  É não ter medo dos próprios sentimentos”.

Que venham novos acadêmicos cheios de energias e boas ideias!

 

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Aprovada gratificação para o presidente da Câmara

sábado, 07 de agosto de 2021

Edição de 7 e 8 de agosto de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim.

Manchetes:

Edição de 7 e 8 de agosto de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim.

Manchetes:

  • Baixou um manto protetor - Em um passe de mágica, a Câmara Municipal de Friburgo aprovou uma verba mensal de um milhão e 100 cruzeiros antigos para o seu presidente. Fomos os primeiros a reclamar da ilegalidade da medida, da sua flagrante inconstitucionalidade, apesar da mesma ter subido ao plenário alicerçada em parecer de um órgão do Ministério da Justiça. Muito embora o vereador emedebista Newton  D’Angelo tivesse reclamado na Comissão Técnica da Casa do Povo, apresentando trabalhos e pareceres contrários ao verdadeiro maná, a verdade é que de um momento para o outro a movimentação sobre o assunto deu lugar a um mutismo geral, parecendo que uma “cortina de fumaça” e posteriormente um “muro de cimento armado” abocanhou o problema conseguindo silêncio sepulcral sobre a matéria, até então ameaçada até de ação popular na Justiça. Ação popular seria pouco. O certo seria o Ato Cinco. 
  • Jogos estudantis da Primavera - A olimpíada que reúne os colégios em disputa de várias modalidades esportivas terá em setembro deste 1971 desfile de atletas, corrida de tocha olímpica, bandeira olímpica, juramento do atleta, provas de atletismo, natação, futebol, basquete, voleibol e outros. Uma comissão organizadora foi designada pelo presidente Amaury incluindo os professores Eraldo Sá, Eclício Chianca, Maria Elielci Cordoeira, Lygia Saade, Yvo Deroche e Ronaldo Calvo. Haverá ainda eleição da rainha da Primavera, plantio de árvores, além de dias e noites de festivais nunca vistos em Friburgo.
  • Melhorias urbanas - Em cada distrito e locais de grande densidade populacional como Olaria e Cônego, a administração do prefeito Feliciano Costa irá construir prédios adequados ao funcionamento de regiões administrativas, com acomodações para correios e telégrafos, posto de saúde, assistência social, manutenção dos serviços de água e esgoto e estradas de rodagem, além de viaturas e seção arrecadora de impostos.
  • Estudante pobre terá livro de graça em 1972 - O governo do Estado investirá um milhão de cruzeiros em livros didáticos, a serem distribuídos aos alunos pobres da rede oficial de ensino. Será firmado convênio com o Instituto Nacional do Livro com autorização do  governador Raimundo Padilha. A distribuição gratuita de livros, no total previsto de 340.560 volumes, será feita sem maiores protocolos. A ideia do convênio para essa medida de largo alcance educacional surgiu de recente encontro em Brasília entre o secretário de Educação fluminense e a diretora do Instituto Nacional do Livro, escritora Maria Clara Barroso.
  • Dimensão consagratória - O governo Feliciano Costa desapropriou vasta área nas imediações da Rua Souza Cardoso para instalação do mercado do produtor e uma feira para venda de legumes, aves, ovos e frutas, com instalações condignas e condições de perfeita higiene, como manda o figurino.
  • Medida salutar - O governador Raimundo Padilha recomendou ao prefeito Feliciano Costa que a Prefeitura de Friburgo não deverá fornecer gasolina e óleo às viaturas de órgãos estaduais, pois os referidos setores deverão ser abastecidos em fontes do próprio governo. A medida é saneadora, pois tira o natural constrangimento dos executivos dos municípios quando há necessidade de negar o fornecimento.

Pílulas:

  • O panorama politico friburguense anda movimentadíssimo com entrevistas, telefonemas e reuniões que marcam o princípio de uma carreira vertiginosa que de agora em diante somente parará com a abertura das urnas do futuro pleito.
  • A administração fluminense parte para uma enorme série de realizações, com muitas obras e serviços públicos. A recomendação do governador Padilha repercutiu de forma especial junto ao povo do Estado do Rio. 
  • O Caledônia Montanha Clube anuncia para 4 de setembromo a sua tradicional Festa da Cerveja. O presidente da agremiação social, jornalista Sylvio Fonseca e sua equipe se esforçam para que a iniciativa – que faz parte do calendário oficial do turismo – alcance o máximo de sucesso.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Eudalis Éboli Tavares (8); Geny Amelia (10); Emilinha, Jaine Campos Aucar, Dr. José Amélio, Alvarino Bessa e Adelino Valente (11); Rostain Pinto de Faria, Bernardino Vieira Gomes, Dermeval Barbosa Moreira e Lafayette Bravo Filho (13); Ricardo Roberto Alves e José Carlos Cordeiro (14); Monsenhor José Antônio Teixeira (15).

 

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Mães pais

sábado, 07 de agosto de 2021

Tenho alguns amigos que tiveram suas mães como exemplo de paternidade. Pensando bem, conheço muita gente que teve na mãe o seu pai. E conheço muitas mães que acumularam essa missão: ser pai e mãe. Como se ser mãe já não fosse o bastante. Admiro-as com devoção. E dois domingos para serem o dia delas - que são mãe e pai - ainda é pouco.  

Tenho alguns amigos que tiveram suas mães como exemplo de paternidade. Pensando bem, conheço muita gente que teve na mãe o seu pai. E conheço muitas mães que acumularam essa missão: ser pai e mãe. Como se ser mãe já não fosse o bastante. Admiro-as com devoção. E dois domingos para serem o dia delas - que são mãe e pai - ainda é pouco.  

Na ausência do pai, as mães ficam. Nas diversas possíveis ausências paternas, pelas formas mais variadas... Algumas como viúvas, outras mães solos que na grande maioria das vezes, ou porque os homens têm outras famílias, porque trabalham o tempo todo fora ou porque simplesmente somem no mundo, sem nada deixar para o(s) filho(s) a não ser as fortes mulheres que não esmorecem e não paralisam. Pois as mães ficam. Provam não precisar de homem, ainda que pelo amor que têm pelos filhos gostariam de que crescessem com um pai presente. Mas se a ausência persiste, tomam para si esse lugar e não permitem qualquer vazio para quem amam. 

Pelos filhos, mães sempre permanecem.Como se amor de mãe já não fosse pouco, acumulando o de pai se torna maior do que o muito que já é. Mas mães não se importam com a dupla função, porque amor não é uma tarefa para elas. Amor é o que as fazem ser mãe e até mães pais.  

Mães jamais abandonam o lar ou seus filhos e muitas das vezes fazem um esforço hercúleo. Trabalham o dia todo para garantir a sobrevivência e ainda encontram tempo para levar para creche, escola, médico e, exaustas, ainda cumprem com as tarefas domésticas da casa e encontram descanso ao velar o sono dos filhos. Mães não gostam de dormir antes dos filhos, mães são naturalmente preocupadas. E nada é mais respeitável que uma mãe pai. Mães são sagradas. Mães pais são santas na Terra.

E os filhos dessas mães pais são gratos por nunca terem ficado sozinhos. Devem reconhecer e retribuir tamanha dedicação, entrega e exemplo. De garra, de força própria dos que têm fé, mas que não esperam - vão! Mães pais são determinadas e se uma mãe protege os seus, mães pais protegem e guerreiam pelos seus com certa ousadia sobrenatural. Filhos de mães pais sabem que não são apenas adjetivos soltos, é acima: contundência. Simplicidade elegante de quem não mede esforço para ser mais do muito que já se é, apenas por ser mãe. 

Ao ser pai, não chega a dobrar seu amor, pois amor de mãe não aceita equação, mesmo quando se multiplica na paternidade. Mães pais sagram a santidade sem objetivar serem santas. São, naturalmente, divinas ainda que sabiamente recusem o título de divindade. São nobres, ainda que não tenham vaidade por nobreza. São pais, ainda que abdiquem desse lugar, pois para elas não importa o quanto são mães e pais ao mesmo tempo, em suas canduras, apenas querem bem aos seus filhos e fazem o que for preciso para que isso seja garantido. 

A todas mães pais, dedico o segundo domingo de maio, mas também o segundo domingo de agosto e todos os demais domingos e dias do ano. Reunidos no calendário, são poucos para glorificar quem são, o que fazem e o quanto se dispõe em amor por seus filhos.                

 

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Média acima da nacional

sexta-feira, 06 de agosto de 2021

Média acima da nacional
Nova Friburgo continua superando a triste marca brasileira de mortos por Covid, quando se considera a média de mortos por cada 100 mil habitantes. Apesar de ser o 2ª pior do mundo em números, quando se faz a conta por média populacional, o Brasil cai para 13º.

Média acima da nacional
Nova Friburgo continua superando a triste marca brasileira de mortos por Covid, quando se considera a média de mortos por cada 100 mil habitantes. Apesar de ser o 2ª pior do mundo em números, quando se faz a conta por média populacional, o Brasil cai para 13º.

Números tristes
O Brasil registrava até o fechamento desta coluna 559.715 óbitos pela doença, média de 264,26 a cada 100 mil habitantes. Nova Friburgo registra 570 mortes, por 100 mil habitantes. o que dá um média de 298,18. A taxa por média populacional é defendida por especialistas para se ter uma noção mais real sobre como cada lugar enfrenta a pandemia de acordo com seu tamanho.

Novo vilão
O mais novo vilão do bolso será o café. Nos últimos dias, o preço do grão de café mais tradicional, o arábica, disparou e teve alta de 30%, atingindo seu maior nível em sete anos. O preço mais alto já começa a chegar ao consumidor final nos supermercados e deve elevar o valor também nas padarias.

Efeito do clima
Dois fatores estão levando à alta: a seca e o frio. Fenômenos comuns no inverno brasileiro, mas que neste ano estão mais intensos. Estragos em diversos cafezais, especialmente em Minas Gerais, atingidos por geadas fortes. Lembrando que Minas é responsável pela produção de 70% de toda a safra brasileira do arábica.

Inflação por longo período
O Brasil é o principal produtor mundial, com mais de 40% de toda a produção total. Tudo isso tende a afetar a produção nos próximos anos, e estima-se que a safra de 2022 possa ser reduzida em até 5,2 milhões de sacas. Ou seja, a alta vai seguir por algum tempo. O grão de café representa 70% do preço final do produto.

Pode acreditar
Por falar em café, bebida e comida, uma empresa chilena está fabricando carne, leite, sorvete e maionese à base de plantas. E já é um sucesso de investimentos. Por meio de tecnologia, eles estão produzindo comidas que imitam cor, sabor e textura de produtos com origem animal usando apenas plantas. Contam com a ajuda de inteligência artificial para otimizar o processo. Estima-se que alimentos à base de vegetais podem crescer 12% ao ano até 2027.

Salários na conta
Ainda longe de voltar ao patamar antes da grave crise financeira de 2016, o Estado que tem até o 10º dia útil do mês para pagar seus servidores, deposita os salários de julho hoje, 06. Ou seja, no 5º dia útil. Os Vencimentos serão quitados ao longo do dia para ativos, aposentados e pensionistas. São 463.929 servidores com valor líquido de R$ 1,84 bilhão.

Antecipação, nem tanto
Até 2016, os salários do Estado eram pagos no último dia útil do mês, como atualmente paga a Prefeitura de Nova Friburgo, por exemplo. A Secretaria estadual de Fazenda conseguiu antecipar o pagamento em todos os meses desse ano, sendo que o 5º dia útil foi a maior antecipação até agora.

Matemática tricolor
Sem chances de alcançar o 1º lugar, mas ainda na briga por uma vaga nas semifinais do 2º turno da segundona, o Friburguense enfrenta o Maricá, fora de casa, amanhã, 7, às 15h. A conta é simples: o tricolor da Serra tem que vencer e torcer para que o Artsul perca ou empate, em Saquerema, com o eliminado Sampaio Corrêa.

Vencer ou empatar e torcer
Caso o Friburguense empate com o Maricá, o Frizão se classifica desde que o Artsul seja derrotado no seu confronto e o Americano perca ou empate com o Audax, fora de casa. O detalhe é que no outro grupo, ainda está em aberto a 1ª colocação que dá vantagem nas semifinais de jogar em casa e pelo empate. Ao Audax basta um empate. Já o Maricá tem que vencer e torcer para que o Audax seja derrotado.     

Copa Rio
A competição mata-mata do estado começou. O Friburguense só estreia na 2ª fase, mas ficou de olho no jogo entre América e 7 de Abril que define seu 1º adversário. E já está praticamente definido quem o Frizão vai encarar na luta por uma vaga na Copa do Brasil ou no Brasileiro da Série D. O América estreou com goleada de 4 a 0, fora de casa.

Palavreando
“Mães não gostam de dormir antes dos filhos, mães são naturalmente preocupadas. E nada é mais respeitável que uma mãe pai. Mães são sagradas. Mães pais são santas na Terra”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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Nova Friburgo recebe nos próximos dias 14 e 15 um seminário com o renomado fotógrafo Murillo Azevedo. No evento, será abordado o painel estético do audiovisual, que pretende fazer uma análise crítica acerca de um estilo semiótico pela narrativa e linguagem aplicada à poética do cinema. Com o título “Que Quadro é esse [?]”, o seminário acontecerá no Colégio Anchieta. O projeto tem curadoria do ator e diretor Bernardo Dugin e se dirige a profissionais do audiovisual, estudantes, professores e todos os apaixonados pela arte. Murillo Azevedo é conhecido por grandes trabalhos na televisão como “Velho Chico”, “Dois Irmãos”, “Afinal, o que querem as mulheres?”, “Capitu”, “Meu Pedacinho de Chão”, “Hoje é dia de Maria”, entre outros. O seminário é uma realização do SerraAção, Polo Audiovisual de Nova Friburgo. Mais informações pelo telefone: (21) 9 7949 7107.
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Frio

sexta-feira, 06 de agosto de 2021

is que o céu cinza se viu azul de novo. A serração sumiu, a neblina dissipou, o frio encolheu e o astro rei foi tomando seu lugar. Retomando, na verdade. O sol às vezes se esconde, em que pese a paisagem exuberante de inverno. E quanto frio tem feito.

Querendo ou não, há de se ter em mente que os dias cinzas virão. E passarão. Os dias frios estão. E passarão. E podem não ter correlação com o tempo lá fora. O mundo não para se estamos tristes. Dia e noite continuam se revezando no espetáculo da vida. Somos nós que temos e perdemos a capacidade de apreciarmos o show.

is que o céu cinza se viu azul de novo. A serração sumiu, a neblina dissipou, o frio encolheu e o astro rei foi tomando seu lugar. Retomando, na verdade. O sol às vezes se esconde, em que pese a paisagem exuberante de inverno. E quanto frio tem feito.

Querendo ou não, há de se ter em mente que os dias cinzas virão. E passarão. Os dias frios estão. E passarão. E podem não ter correlação com o tempo lá fora. O mundo não para se estamos tristes. Dia e noite continuam se revezando no espetáculo da vida. Somos nós que temos e perdemos a capacidade de apreciarmos o show.

Realmente todas as fases da vida em alguma medida fazem jus à essa roupagem de ciclos de que se vestem. Não há como negar. Algumas fases mais parecem lições, há diálogos que parecem aulas, trocas regadas de aprendizados. Conversas em dias cinzas têm seu poder, é verdade. Dia desses falávamos sobre o tempo, sobre cronologia e necessidade de percebermos que as fases, boas ou ruins, passam, e que a maturidade aos poucos nos acalma à medida em que acalenta a afobação de termos nossos problemas resolvidos “para ontem”, como num passe de mágica que não existe.

Na verdade, seria um tanto interessante assimilarmos que até mesmo a paisagem lá fora é relativa ao nosso sentir, tem a ver com a nossa forma de enxergar o dia, ainda que o tempo esteja chuvoso ou ensolarado para todos e os relógios avancem na mesma cadência para todo mundo. Aliás, essa relação com essas duas concepções de tempo me fascina.

Se estamos bem, junto de quem amamos, com saúde plena, lazer em dia, estado de espírito de alegria, é mais comum desejarmos que o tempo passe devagar, quando não sonhamos que ele pare de vez naquele momento. Almejamos que coisas boas tenham duração maior e que a felicidade se perpetue no tempo. Ao contrário, nos momentos de tristeza, doença, agonia, solidão, o correr do relógio é que passa a ser a utopia almejada. De alguma maneira, nessas horas, ao torcermos para que o tempo passe rápido, demonstramos ser sabedores de que os ciclos existem e que as dores também são passageiras.

Por mais que queiramos acelerar e desacelerar, a verdade é que o tempo não muda e sim a nossa percepção sobre ele. Sobre tudo. Sobretudo. O céu cinza lá está, mas dependendo do nosso olhar, saberemos apreciar, gostaremos do bucolismo e até sentiremos saudade. Enxergar a vida com cor é, na verdade, uma questão sobre o olhar, de dentro para fora, de percepção e reflexo do próprio estado de espírito. Pode estar frio lá fora e aqui dentro, o coração quentinho.

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A revolução do open banking

sexta-feira, 06 de agosto de 2021

Estamos presenciando o início de uma mudança na formação do sistema financeiro capaz de revolucionar a relação entre instituições financeiras e seus clientes. O nome da ferramenta responsável pela mudança? Open banking!

Estamos presenciando o início de uma mudança na formação do sistema financeiro capaz de revolucionar a relação entre instituições financeiras e seus clientes. O nome da ferramenta responsável pela mudança? Open banking!

Em desenvolvimento pelo Banco Central, a plataforma pretende democratizar o acesso a serviços financeiros e promover maior competitividade entre instituições financeiras. Com a possibilidade de interconexão entre as informações do cliente, diferentes instituições (e novos modelos de negócio que surjam com o advento desta tecnologia) podem oferecer serviços mais personalizados e o consumidor terá a autonomia de – em uma única tela – optar pela opção com maior “custo x benefício” de acordo com a sua concepção para a melhor solução de um determinado problema.

Contudo, quando falamos em compartilhamento de dados e demais informações de clientes o assunto torna-se bastante delicado. De acordo com a definição do próprio Banco Central, o open banking “é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC.” Reforçando a definição, repare como é o cliente o responsável pela autorização do compartilhamento desse conteúdo; é ele quem decide quais e por quanto tempo as informações serão disponibilizadas a determinadas instituições – também definidas pelo consumidor, que passa a ser o dono dos próprios dados.

É uma concepção completamente diferente do que já vemos hoje com o sistema financeiro, mas precisamos nos antecipar à novidade e compreender o que virá a ser, de fato, a plataforma de open banking. Portanto, darmos um breve “passo atrás” pode ser importante para o pleno conhecimento. Hoje, não há comunicação acerca do relacionamento do cliente entre diferentes instituições financeiras e, com isso, maior dificuldade no processo competitivo por este consumidor. Essa é uma dor que a nova tecnologia em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil (num movimento global de evolução tecnológica do setor financeiro) pretende solucionar: a criação de um ecossistema financeiro interconectado e com o cliente – e seus dados – no centro dessa relação.

Dentre as soluções propostas merecem destaque os comparadores de serviços e tarifas, com a possibilidade de (novamente, em uma única tela) transparência na relação entre custo e benefício para o cliente; os softwares de aconselhamento financeiro e planejamento familiar, promovendo maior eficiência da gestão de orçamento doméstico; serviços de iniciação de pagamento, como é o caso das transações bancárias através do WhatsApp (sim, já é uma conquista do open banking); e, também, a criação de um marketplace de crédito, fomentando a competição entre instituições por juros mais baixos.

Essas novas funcionalidades só puderam surgir por conta da evolução das tecnologias de comunicação e isso proporcionou um grande avanço desta plataforma: a portabilidade de relacionamento, assim as instituições autorizadas por você e pelo BC podem trocar essas informações e facilitar a contratação de diferentes produtos emitidos por diferentes companhias.

O projeto é ambicioso e tem tudo para mudar a forma de organização do sistema financeiro. Elaborado para ser implementado em quatro etapas; a primeira já foi concluída e outras duas estão planejadas para serem entregues ainda em agosto, mas o objetivo é finalizar o projeto até 15 de dezembro deste ano de 2021. É a partir desta data (se nada for adiado) que consumidores de serviços e produtos financeiros poderão ter acesso pleno a todas as atividades que compõem o sistema. Esteja atendo, pois as novidades não param. Precisamos estudar muito. Sempre!

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LGBTfobia é crime!

quinta-feira, 05 de agosto de 2021

Realidade brasileira

Começo a coluna desta semana com o seguinte questionamento: Você sabe quantas pessoas gays (lésbicas, trans, bi’s etc) morrem no Brasil por dia devido ao preconceito?

Uma pessoa a cada 20 horas foi morta no Brasil, de forma violenta, segundo dados coletados de uma pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia, importante fonte de fiscalização e apoio às causas LBGTQI+, em 2018.

Realidade brasileira

Começo a coluna desta semana com o seguinte questionamento: Você sabe quantas pessoas gays (lésbicas, trans, bi’s etc) morrem no Brasil por dia devido ao preconceito?

Uma pessoa a cada 20 horas foi morta no Brasil, de forma violenta, segundo dados coletados de uma pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia, importante fonte de fiscalização e apoio às causas LBGTQI+, em 2018.

No total, 420 pessoas morreram de modo hostil em um único ano, seja por arma de fogo, espancamento, pauladas ou suicídio. Segundo a pesquisa do mesmo orgão, os dados da violência contra LGBTQIA+, em 2010 ocorreram 130 homicídios, enquanto poucos anos depois, em 2017, esse dado já computava 445 mortes durante a vigência deste mesmo ciclo anteriormente apurado, ou seja, um aumento de 242%.

Essa realidade no Brasil é a que ceifa a vida de muitas pessoas, deixando famílias desamparadas, cicatrizes nos rostos das vítimas e sequelas permanentes na alma de quem é acometido por esse tipo de violência que não deveria sequer existir.

Em 2019, no Brasil, a LGBTfobia foi considerada crime através de uma polêmica decisão envolvendo grupos religiosos, as duas casas do Legislativo e o Superior Tribunal Federal. Dessa forma, através do julgamento da Ação Direta de Insconsticuionalidade por Omissão (ADO nº 26) e do mandado de injunção 4.733, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entenderam que a homofobia é um crime análogo ao de racismo, sendo assim, passível de processo criminal e até prisão.

Novas perspectivas e reflexões

Nesse sentido, sabe-se que homossexualidade não se trata de perversão humana, mas sim, de uma preferência individual de cada pessoa, exprimida por meio da sua expressão de sexo, gênero, sexualidade e amor. Muitos podem questionar e dizer que se trata de uma escolha e eu lhes perguntarei: “Em que dia da sua vida você escolheu ser heterossexual?”.

Eu posso escolher muitas coisas na minha vida, seja o meu almoço num domingo de sol, a roupa que irei vestir no dia de amanhã, a cor do meu próximo carro. Agora, o que realmente se gosta, não dá para escolher. Você gosta e pronto! Amor não se explica, amor se sente!

Ao passo que a sociedade transcorre com o passar dos anos, vivemos uma evolução social que nos permite questionar situações que anteriormente eram cotidianas e habituais.

Um grande exemplo disso se dá pela gama de direitos cedido às mulheres nos tempos atuais, dadas as discrepâncias sociais, que foram incorporadas recentemente. Seria impensável em tempos antigos que mulheres possuíssem deveres e direitos em parâmetros de equidade aos homens, como: poder estudar, poder votar, poder dizer “não” para uma relação sexual com o marido, poder ser independente civilmente e financeiramente etc.

O mesmo, seria impensável aos afro-descendentes, que nos anos de 1500 até 13 de maio de 1888, eram escravizados como mercadorias, das formas mais cruéis e horrendas que esse mundo já pode imaginar, dentro de navios negreiros em que muitos preferiam perder a vida do que viver o resto dela como escravo. 

Caso uma pessoa dos anos 1500 pudesse viajar no tempo aos dias atuais, certamente, seria de grande espanto que pessoas negras, pardas e ameríndias, possam andar livremente na rua, que usufruam de liberdade religiosa e intelectual, que possam ter um trabalho e adquirirem bens.

Esperamos que daqui a alguns anos, toda sociedade consiga olhar para trás e perceber que 420 pessoas mortas em um ano, de forma violenta, por possuírem liberdade sexual e de gênero soe como um absurdo, Assim como a escravidão e a violência contra a mulher soam nos dias atuais (ou deveriam soar).

Respeito é essencial! Vamos viver menos ódio e mais amor! Homofobia é coisa do passado e é crime!

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É possível aprender a ser feliz?

quinta-feira, 05 de agosto de 2021

Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles, e construir felicidade. Como é isso?

Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles, e construir felicidade. Como é isso?

Você pode aprender a desenvolver uma visão otimista da vida, não no sentido de fingir que não há problemas, ou ignorar problemas sociais e políticos que nos afetam diretamente. Você pode desenvolver um viver útil, com ações positivas, mesmo que pequenas, no seu círculo social, e isto produz gratificação que gera felicidade, fortalece sua imunidade, causa paz interior. Podemos aprender a viver melhor. E são estas pessoas que desenvolvem uma visão mais otimista da vida e do viver, que adoecem menos, e se adoecem, se recuperam mais rápido, necessitam de menos medicação, menos hospitalização, seu corpo funciona melhor porque sua mente ajuda.

Primeiro de tudo não coloque sua fonte de felicidade em coisas passageiras, como a estética de seu corpo, as emoções, a energia sexual, aquisições materiais, nem coloque-a num outro ser humano. As pessoas que nos amam, não conseguem expressar afeto necessariamente como queremos, da mesma maneira o tempo todo, sentindo igualzinho cada momento. Nem nós conseguimos isto, não é? Amar produz felicidade, mas este amor tem que ser altruísta, não egoísta, se não ele não funciona na produção da felicidade.

Dr. Frederico Demetrio, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), em interessante artigo denominado “A Importância da Felicidade”, diz que as pessoas que têm falta de “felicidade estrutural” podem aprender a buscar a felicidade, e ela não está “aí fora”, mas depende do seu modo de pensar, de lidar com os sentimentos, e de agir, e não na satisfação de desejos, que pode ser algo superficial e fugaz.

Ele descreve virtudes a serem cultivadas sendo componentes da felicidade, como: sabedoria e conhecimento (criatividade, curiosidade, mente aberta); coragem (autenticidade, bravura, persistência, entusiasmo); humanidade (gentileza, amor, inteligência emocional); justiça (imparcialidade, liderança, trabalhar como parte de uma equipe); temperança (modéstia, prudência, equilíbrio); transcendência (gratidão, esperança, humor e crença religiosa).

De uns anos para cá tem surgido ênfase a chamada “Psicologia Positiva” como fator de saúde mental e física. Ela envolve, por exemplo, incentivar o paciente a exercer gratidão, visitando pessoas que o ajudam e falar diretamente a elas. Tem que ver com fazer uma lista de coisas boas que têm ocorrido em sua vida, escrevendo num papel, desde algo simples, até algo mais complexo, e concentrar-se no positivo. Também envolve exercer bondade com qualquer pessoa, evitar criticar as pessoas e a si mesmo, detectando as qualidades e falando delas. Tem que ver com confiar mais em suas capacidades de lidar com situações difíceis e nas que Deus concede.

Assim, quando você se defrontar com situações desafiadoras, evite dizer: “Eu não consigo!”, mas diga “Eu não consigo, ainda!” E não só pense positivo, mas pratique algo positivo. Pensou em ajudar alguém? Ajude! Mesmo que seja com uma palavra. E preste atenção porque todos os dias temos oportunidade de ajudar outra pessoa.

Estas coisas devem ser feitas constantemente para terem efeito sobre nossa saúde e produzir felicidade. É bom que tais atitudes positivas passem a ser algo em nosso estilo de vida e não algo isolado aqui e ali. Uma pessoa feliz de dentro para fora é útil na família, na comunidade e na sociedade. E felicidade tem muito que ver com servir, ajudar, sem conflitos de interesses, mas voluntariamente.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Bichos à solta

quarta-feira, 04 de agosto de 2021

Bichos à solta
Com o frio intenso, os animais da nossa fauna estão mais à solta e os flagrantes têm sido cada vez mais constantes. Nos últimos dias foram flagrados uma onça-parda (puma concolor), o nascimento livre de uma anta reintroduzida na natureza e uma lontra.

Bichos à solta
Com o frio intenso, os animais da nossa fauna estão mais à solta e os flagrantes têm sido cada vez mais constantes. Nos últimos dias foram flagrados uma onça-parda (puma concolor), o nascimento livre de uma anta reintroduzida na natureza e uma lontra.

Lontra do bengalas
A lontra desperta a curiosidade de quem passa pelas margens do Rio Bengalas, próximo à Rua Duque de Caxias. O animal, considerado arredio, no entanto, não se espanta com os olhares curiosos. No Bengalas, tem sido cada vez mais corriqueira a presença de patos silvestres, ou seja, não domesticados, garças e antas.

Puma
Já no Parque dos Três Picos, o flagrante mais emocionante foi a presença de uma onça-parda. Segundo maior felino do continente americano, a espécie tem baixa população e, naturalmente, está ameaçada pelo avanço da ação humana no habitat natural.

Anta
O animal foi filmado em dois pontos, na parte baixa e na parte alta do Complexo Caledônia. Também no Parque dos Três Picos, mas em Cachoeiras de Macacu, foi motivo de grande emoção a captação de imagens do bebê anta Flora, animal reintegrado ao seu habitat.

Sucesso da reintegração
O nascimento do filhote de anta representa a confirmação de que o processo de recuperação da reserva ecológica é um caso de sucesso na recomposição da Mata Atlântica. O filhote recebeu o nome de Júpiter. É o 1º nascimento comprovado das antas reintroduzidas na natureza em 2018, vindas do Parque Ecológico Klabin, no Paraná.

Restrição de horário
Com o avanço da vacinação e a liberação de quase tudo, segue gerando muitas reclamações a restrição de horário imposta pela prefeitura à bares e restaurantes, em Nova Friburgo. É de acordo que não se sirva pessoas em pé e tenha o distanciamento entre mesas. Mas empresários do setor alegam ser grande prejuízo a obrigação de fechar às 23h.

Perseguição?
Como muitos bares são restaurantes, com alguns tendo até adicionado o alvará de restaurante durante a pandemia, alguns donos de restaurantes avaliam que acabaram inseridos numa possível perseguição às atividades dos bares. Na linguagem popular: “estão pagando o pato”.

Volta gradual
Enquanto em Nova Friburgo não há qualquer ensaio de uma mudança de posição da prefeitura quanto a restrição de horário, a cidade do Rio planeja para 2 de setembro a volta gradual do público aos estádios de futebol e boates. São Paulo, antes, a partir do próximo dia 18, acaba com as restrições de funcionamento de uma série de atividades.       

Suas digitais
Comprar dados biométricos é o novo negócio da Amazon. A gigante está pagando dez dólares pela coleta da palma da mão de seus usuários. Por enquanto, a compra só é feita em lojas físicas da empresa. O dinheiro fica para comprar qualquer produto com eles.

Grande negócio
Os dados biométricos são uma das únicas maneiras pelas quais empresas e governos podem rastrear uma pessoa eternamente. Você pode mudar seu nome, seu rosto, mas não a palma da sua mão. Com crescimento de crimes cibernéticos e frequentes ataques hackers a grandes empresas, o prejuízo pode ser maior que o retorno pela concessão da sua mão.

Friburguense
Uma semana inteira para trabalhar. Como o Friburguense só estreia na Copa Rio a partir da segunda fase, o técnico Cadão, depois de muito tempo, tem a semana inteira para treinar a equipe. Dos participantes da segundona, apenas Friburguense, Macaé e Cabofriense não atuam no meio de semana. Daí a explicação para que a semifinal do 1º turno contra o Audax só possa ser realizada após a última rodada do 2º turno.

Copa Rio
O Audax joga pela Copa Rio contra o Sampaio Corrêa, hoje, 4. A Ferj entendeu que não cabia marcar a semifinal antes do término do 1º turno, uma vez que mais da metade dos times poderá encerrar a temporada com o fim do 2º turno, pois não se classificaram e no máximo teriam a próxima quarta-feira, 11, caso sejam eliminados também da Copa Rio.

Sem chances de 1º lugar
Por falar em classificação, todos os seis jogos da última rodada interferem na disputa, ainda que três times não têm mais chance de classificação ou rebaixamento e dois times já tenham garantido a vaga nas semifinais (Gonçalense e Audax). O eliminado Macaé recebe o classificado Gonçalense, no entanto o time de São Gonçalo briga para garantir o 1º lugar do grupo, o que lhe dá enorme vantagem na semifinal: jogar em casa e pelo empate.  

Matemática da classificação
Se o Friburguense não pode mais alcançar o Gonçalense e nem o 1º lugar do grupo, vale a briga pela vaga nas semifinais. O Tricolor da Serra tem que vencer o Maricá, fora de casa, e torcer para que o Artsul não vença, em Saquerema, o eliminado Sampaio Corrêa. Caso o Friburguense empate, se classifica desde que o Artsul seja derrotado no seu confronto. 

Rebaixamento
Na disputa do descenso, Angra dos Reis e Duque de Caxias brigam para não cair, com vantagem de um ponto para o time da Baixada. O Angra recebe a eliminada Cabofriense e o Duque de Caxias sai para enfrentar o América, que por sua vez, tem remotas chances de classificação. O América precisa vencer, torcer para a derrota do Maricá diante do Friburguense e ainda tirar uma diferença de cinco gols de saldo.

Palavreando
“Não somos perfeitos. Ninguém é! Reconhecer nossas falhas é essencial para nos aperfeiçoarmos sem a ganância da inexistente perfeição. Enfrentar nossos medos para espantar nossos fantasmas, sabendo que é bom que alguns fiquem por um tempo para nos conceder o direito de humanidade. É necessária igual coragem para abraçar o sobrenatural. Afinal, essa força que nos intriga é a mesma que uns chamam de sorte e outros de azar”.

 

Foto da galeria
Mais uma foto icônica do talentoso fotógrafo João Luccas. Ele tem feito verdadeiras obras de arte com seu olhar poético para as paisagens de Nova Friburgo. Nas redes sociais, João Luccas compartilhou que há muito tempo planejava e desejava essa foto dos Três Picos. Conseguiu! Nas redes dele é possível conferir demais obras, verdadeiramente únicas
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O problema causado por certas situações

quarta-feira, 04 de agosto de 2021

A princípio pensei ser brincadeira e de mau gosto, mas ao continuar a ler a notícia vi que não, era a pura realidade. Um dos membros do STF (Supremo Tribunal Federal), mais especificamente, a ministra Rosa Weber, resolveu acatar o mandado de segurança (MS 38.097) impetrado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), reclamando de 265 bloqueios feitos por autoridades públicas, em suas contas do Twitter, para impedir o acesso as suas postagens, atingindo 133 jornalistas, no geral. (Jornal da Cidade On-Line segunda feira 2 de agosto).

A princípio pensei ser brincadeira e de mau gosto, mas ao continuar a ler a notícia vi que não, era a pura realidade. Um dos membros do STF (Supremo Tribunal Federal), mais especificamente, a ministra Rosa Weber, resolveu acatar o mandado de segurança (MS 38.097) impetrado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), reclamando de 265 bloqueios feitos por autoridades públicas, em suas contas do Twitter, para impedir o acesso as suas postagens, atingindo 133 jornalistas, no geral. (Jornal da Cidade On-Line segunda feira 2 de agosto).

Na realidade, esse ato da dra. Rosa Weber tem como objetivo o presidente Jair Bolsonaro que bloqueou, em sua conta oficial, 71 jornalistas. Tanto é assim, que ela em seu despacho diz: ”Notifique-se a autoridade impetrada para que preste informações, no prazo de dez dias, como providência prévia ao exame do pedido de liminar”. Essa liminar encaminhada ao Palácio do Planalto refere-se ao mandato de segurança (MS 38.097) solicitado pela Abraji.

Pois bem, várias considerações devem ser feitas, pois a notificação em pauta é completamente descabida. O Twitter de Jair Bolsonaro, pessoa física, é de sua total responsabilidade e ingerência, podendo ele bloquear quem ele quiser e bem entender sem ter que dar satisfações a quem quer que seja. Em se tratando do Twitter oficial da presidência da República, aí sim ele deve ser universal e sem qualquer tipo de restrição, pois é mais um canal de comunicação oficial. Aliás, para prestação de contas, divulgação de agenda ou de notícias e ações realizadas ou previstas pelo Governo Federal, as assessorias de imprensa ou as secretarias de comunicação do Palácio do Planalto, dos ministérios ou demais órgãos do governo são os canais mais indicados.

Além disso, é público e notório que atazanar a vida do presidente é o esporte preferido de muitas personalidades da capital federal e quem mais tiver tempo livre para criar empecilhos no dia a dia do chefe da nação. Nunca, jamais, um presidente do Brasil foi tão perseguido como Bolsonaro. Na época da Redentora (antes que me critiquem, essa era a alcunha pejorativa com a qual o grande jornalista Stanislaw Ponte Preta se referia à revolução de 1964) muitos dos críticos de hoje não azucrinariam os generais presidentes, porque havia sempre retaliação por parte do Planalto.

O deputado federal Alencar Furtado foi cassado pelo AI-5, durante o mandato de Ernesto Geisel, em 1977, por críticas ao próprio ato institucional, ao custo de vida, ao arrocho salarial e ao “desaparecimento” de oposicionistas sabidamente mortos por agentes da repressão. Felizmente, nos tempos de hoje as críticas são livres, mas também não precisa exagerar.

O papel do STF é o de salvaguardar a Constituição Federal e fazer com que ela seja respeitada. Aliás, nessa mesma carta magna existe um artigo que diz serem os três poderes da nação independentes, sem interferências de um sobre o outro, salvo se a Constituição for desrespeitada. Não cabe ao STF ser porta voz de políticos ou instituições, distribuindo habeas corpus e mandatos de segurança a torto e a direito, sem ao menos observar o conteúdo de alguns deles, diga-se de passagem, o atual.

No meu e-mail, twitter e whatsApp mando eu, sem ter que dar satisfação a quem quer que seja, a não ser que eu ofenda, discrimine ou ameace o meu semelhante.  Tenho, também, o direito de bloquear quem eu quiser, sem por isso ser admoestado por quem quer que seja.

A judicialização da política brasileira não é benéfica para ninguém. Dá ao STF um papel que ele não tem, já que governar é papel do Executivo e o presidente Bolsonaro tem mais o que fazer do que ficar respondendo a questionamentos judiciais descabidos. Deixa deputados e senadores mal acostumados ao abandonarem as negociações políticas em prol de mandatos de segurança. Acarreta uma insegurança institucional com reflexos na economia do país.

Já se divisa em Brasília um novo processo contra Jair Bolsonaro, por criticar e desconfiar das urnas eletrônicas atuais, quando ele disse ter provas de que elas podem ser violadas. Se o presidente da República não conseguir demonstrar o que afirmou, aí sim estaríamos diante de uma fake news e caberia uma investigação e, possível punição, desde que essa investigação se pautasse na seriedade que tal fato exige.

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