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AVS é um presente para o nosso dia a dia!

terça-feira, 03 de agosto de 2021

O frio deste ano não está economizando baixas temperaturas e o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um festival de sugestões para quebrar o gelo. Entre o verdadeiro e o fake news, a boa notícia é que no estado do Rio de Janeiro não há risco de cair neve, embora ainda possamos ter geadas nos próximos dias. Para “derreter os corações”, a melhor dica é degustar uma boa pedida de fondue, comida típica suíça, que combina bem não só com carnes e frutas, mas com a nossa descendência dos imigrantes suíços.

O frio deste ano não está economizando baixas temperaturas e o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um festival de sugestões para quebrar o gelo. Entre o verdadeiro e o fake news, a boa notícia é que no estado do Rio de Janeiro não há risco de cair neve, embora ainda possamos ter geadas nos próximos dias. Para “derreter os corações”, a melhor dica é degustar uma boa pedida de fondue, comida típica suíça, que combina bem não só com carnes e frutas, mas com a nossa descendência dos imigrantes suíços. A novidade é o fondue com carne de avestruz e no restaurante Bräun & Bräun essa iguaria se tornou especial. Interessante é saber que o avestruz “chega a se apaixonar perdidamente pelo seu criador” e olha para ele “com olhar de paixão mesmo”. Mas... e na hora de abater?

Enfim, “queijos, vinhos e friozinho” formam o triângulo perfeito. Porém, esse trio requer conhecimentos, pois é “necessário que o vinho realce o sabor do queijo, criando a mistura de sabores ideal”. Outra boa indicação é apelar para o calorzinho de uma lareira. O uso de lenhas de reflorestamento e ecológicas é bem adequado aos apelos da sustentabilidade. Já Wanderson Nogueira combinou “vinho, vela, lareira e romance”: “O vinho pode vinagrar,  toda vela tem como destino findar, o fogo queima... e os romances são definidos mais pela permissão que nos damos ao encantamento do que pelo encantamento em si...”. As sugestões e o frio estão aí. As escolhas são nossas!

Por outro lado, o frio dói em quem não tem os recursos para o aquecimento. Com termômetros marcando 2 graus, eu penso que o verão é mais camarada, pois, quem não tem piscina e sofisticações, um bom banho de mangueira no quintal resolve o calor. O que tem abrandado a friagem de quem vive ao relento são as campanhas que continuam fervorosas. Graças ao empenho de voluntários, do poder público, de instituições sociais, de A VOZ DA SERRA, os donativos são entregues a quem precisa.

Em “Sociais”, quantos ilustres queridos aniversariando: Paula Farsoun,  Wanderson Nogueira e Thiago Lima. Abraços e votos de muita paz e saúde a todos. Joel de Sá Martins é destaque também, relembrando os 45 anos do show que o saudoso cantor Teixeirinha fez em Nova Friburgo, reunindo duas mil pessoas.

Já em “Esportes”, Vinicius Gastin destacou os 40 anos do Grupo Silvana Gym/Inec, lembrando um pouco de sua trajetória, que já tem uma pré-classificação para vaga no FIG Gala da Gymnaestrada Mundial 2023, em Amsterdam, na Holanda. Que beleza! Mas não para por ai, pois a jovem Mylena Andrade, balconista de uma lanchonete, agora modelo, já tem foto na versão colaborativa da Vogue Itália digital. A jovem albina pretende usar a nova carreira para desenvolver projeto social sobre o albinismo. Sucesso!

Em “Há 50 Anos”, ainda em 1971 a Faol dava explicações sobre os investimentos para melhor atender as demandas do povo e as implicações no aumento da passagem para CR$ 0,30. Depois de muitos debates, a tarifa ficou em CR$ 0,25. Agora, em 2021, o transporte público continua em questão e, como diziam os antigos, “são outros quinhentos”! O pedágio da RJ-116 já custa  R$ 7 para carros de passeio. Demais veículos têm outros valores. Mas, e os “gatos” nas ligações de luz, água, internet e TV a cabo? Muito cuidado, pessoal. A caça aos gatos já começou e a ligação clandestina é crime!

Enquanto a indústria “criou mil empregos” em Nova Friburgo neste ano, há desemprego por falta de mão de obra qualificada no setor de costura. O isolamento social também é responsável pela defasagem, já que muitas profissionais abandonaram seus empregos para o trabalho informal em casa, com facções próprias. A tendência é a retomada do crescimento com o futuro controle da pandemia e as escolas retornando, aos poucos. Em compensação, o Dia dos Pais se aproxima e o comércio do Estado do Rio de Janeiro está otimista com a venda de presentes. Em Nova Friburgo é grande a expectativa. Contudo, que ninguém se esqueça de que amor, carinho e atenção não têm preço e estão no dia a dia de todos nós.  Felicidades aos papais do mundo inteiro!

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Casório em Portugal

terça-feira, 03 de agosto de 2021

Casório em Portugal

 A última quinta-feira, 29 de julho, foi especial e inesquecível para os queridos Agentil e Elizabeth da Silveira Rabelo e seus familiares. Isso, porque o filho do casal, Victor se uniu em matrimônio com a portuguesa Catarina, durante cerimônia religiosa realizada numa bela igreja da localidade de Antas, na cidade do Porto, seguindo-se depois concorrida recepção na Quinta do Rio, também naquela cidade de Portugal.

Casório em Portugal

 A última quinta-feira, 29 de julho, foi especial e inesquecível para os queridos Agentil e Elizabeth da Silveira Rabelo e seus familiares. Isso, porque o filho do casal, Victor se uniu em matrimônio com a portuguesa Catarina, durante cerimônia religiosa realizada numa bela igreja da localidade de Antas, na cidade do Porto, seguindo-se depois concorrida recepção na Quinta do Rio, também naquela cidade de Portugal.

No registro fotográfico, vemos os noivos Catarina e Victor com seus pais, respectivamente, Maria Cláudia e Nuno Vieira Novo e Elizabeth e Agentil Ferreira Rabelo.

Parabéns com votos de felicidades ao casal, com cumprimentos à parte e em dose dupla, ao Victor que no dia do casamento também aniversariou juntamente com a mãe Beth.

Amanhã, centenário de vida

Amanhã, 4, a senhora Nadir Duarte Martins (foto), vai celebrar, com imenso orgulho 100 anos de vida. A aniversariante é mãe de Maria do Carmo, Altiva, Almira, Sônia, Selma, Sueli, Sirlei e Almir (in memoriam) e em sua bonita, trajetória de vida constituiu uma numerosa família, hoje composta também por genros, noras, 13 netos e 13 bisnetos.

Mineira da cidade de Recreio, mas que há mais de 40 anos reside em Nova Friburgo, a vovó Nadir vai receber os parabéns de forma virtual, por causa da pandemia, a partir das 18h.

À querida Sra. Nadir Duarte Martins nossos carinhosos parabéns que bem sabemos, são também dos familiares e muitos amigos, com votos de saúde, paz, alegrias, felicidades e tudo de bom.

Tributo a Beirute

Amanhã, 4, completa-se um ano que Beirute, capital do Líbano, foi parcialmente destruída por uma imensa explosão em seu porto.

A superação daquele maravilhoso povo após tão dolorosa ocasião que entristeceu libaneses e muita gente pelo mundo, será motivo de homenagem organizada pelo Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro que preparou um tributo especial às 20h30 que poderá ser acompanhado virtualmentes através do YouTube.

Bernardo com nova idade

O último sábado, 31 de julho, foi um dia de alegrias a mais e muito especiais na residência dos empresários da construção civil, Rodrigo e Luana.

Nesta data, o filho do casal, Bernardo Lima de Souza França Silva, na foto dando aquela força ao nosso Friburguense A.C. com sua nova camisa, completou 14 anos. Parabéns e felicidades!

Eleição libanesa

Integrantes da colônia libanesa em Nova Friburgo terão um compromisso importante na próxima segunda-feira, 9.

Neste dia, a partir das 17h, acontecerá a assembleia geral, para além de tratar importantes assuntos, eleger e empossar a nova diretoria da Associação Cultural Libanesa Friburguense.

Formatura e aniversário

Com grande carinho compartilhado por familiares e amigos, cumprimentamos em dose dupla de satisfação a querida professora Carla Maria de Almeida Santos Machado (foto), que desenvolve há anos um belíssimo trabalho social voltado para a educação de crianças carentes no bairro Rui Sanglard.

No último dia 15 de julho, a Carla recebeu as congratulações merecidas por conta da sua formatura e colação de grau com licenciatura em Matemática pela Faculdade Uninove. No último sábado, 31 de julho, teve mais parabéns para a Carla. Agora pelo seu aniversário. Ela merece todo o carinho por sua bonita trajetória de vida e profissional na área da educação.

Vivas ao Olney

Enviamos um abraço especial de congratulações ao conhecido empresário friburguense, Olney Ribeiro Botelho, pelo transcurso de seu aniversário natalício ocorrido no último domingo, 1º. Parabéns!

Contagens regressivas

No próximo sábado, 7, estarão faltando exatos 1.000 dias para o bicentenário da Imigração Alemã em Nova Friburgo, ocasião que marcou a chegada em nossa cidade de 342 colonos.

Outro detalhe também, a nível de curiosidade envolvendo ocasiões especiais, é que no próximo dia 7 de setembro a Independência do Brasil estará completando 199 anos.

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Vocação à família

terça-feira, 03 de agosto de 2021

Tradicionalmente a Igreja Católica no Brasil celebra o mês de agosto como o Mês das Vocações. O objetivo desta prática é separar um tempo durante o ano para a reflexão e conscientização das comunidades acerca da sua responsabilidade e importância no processo vocacional de cada pessoa. Assim, em cada domingo deste mês, celebra-se uma forma de vocação específica.

Tradicionalmente a Igreja Católica no Brasil celebra o mês de agosto como o Mês das Vocações. O objetivo desta prática é separar um tempo durante o ano para a reflexão e conscientização das comunidades acerca da sua responsabilidade e importância no processo vocacional de cada pessoa. Assim, em cada domingo deste mês, celebra-se uma forma de vocação específica.

Ao contrário do que muitos podem pensar, quando a Igreja reflete sobre o tema da vocação, ela não se restringe somente à vocação religiosa e sacerdotal. O que pouco se conhece é que a Igreja reconhece e incentiva como vocação fundamental a vocação leiga, principalmente no exercício da missão sacerdotal.

A célula base da sociedade é a família. E é nela que se forma o indivíduo que com seu agir construirá o futuro. Todo sacerdote, todo religioso, toda religiosa, todo consagrado, todo pai, toda mãe, todo profissional da Saúde e da Educação, infinitamente todos os agentes sociais foram formados no seio de uma família, e dela receberam os valores que reproduzem no mundo. O seio familiar é a base para a construção da nossa identidade, valores e vocações. Nela damos os primeiros passos de vida em comunidade e, sobretudo, nela nos deparamos com as principais questões que vão formar quem somos.

O Diretório Pastoral Familiar da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – 79, esclarece que homem e mulher são chamados a viver a comunhão de amor à imagem de Deus-Trindade impressa no ser humano desde a sua criação. Aí está a razão fundamental de sua dignidade. Este diretório pontua ainda que o matrimônio, desde a criação do homem e da mulher, é um projeto de Deus, obra predileta nesse seu projeto de amor. Não é criação humana, nem do Estado, nem da Igreja. Está constitutivamente ligado à essência do homem e da mulher, para o bem pessoal e da comunidade.

Acentua também que as duas finalidades do matrimônio previstas na Bíblia são: de um lado, a realização plena de cada um, homem e mulher, tanto na sua dimensão corpóreo-sexual quanto na sua realidade afetiva e espiritual; e, de outro, a geração e educação dos filhos (cf. n. 45-71). Quanto à tarefa formativa dos filhos, o diretório ressalta que o pai e a mãe devem assumir o compromisso mútuo e complementar, numa pedagogia que junta a firmeza e disciplina do homem e a ternura e amabilidade da mulher. Por isso, “O pai não pode descuidar seus deveres de educador com a desculpa de que sua função é trabalhar para sustentar a casa ou de que tarefa da educação dos filhos é responsabilidade da mãe ou de algum parente” (n.128).

Na exortação apostólica Amoris Laetitia, sobre o amor na família, o Papa Francisco, atento às necessidades e urgências das famílias no mundo contemporâneo, propõe à humanidade apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; e encoraja todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar (cf. n. 5).

Deste modo, ao iniciar o mês das vocações, busquemos dar o devido destaque e valor à vocação familiar, a qual todos somos chamados à cultivar e proteger com afinco e devoção.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior, assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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A nobreza da ternura

segunda-feira, 02 de agosto de 2021

Ao ler o romance “O Lugar do Outro, de Janimary Guerra PeccI, nossa escritora friburguense, fui transportada aos bancos da universidade quando me especializava em Orientação Educacional, finalizando o curso de Pedagogia. Um dos suportes teóricos da formação foi a obra de Karl Rogers, psicólogo americano, que escreveu a respeito do processo terapêutico centrado na pessoa. Mantive seu livro, “Tornar-se Pessoa”, por um longo tempo sob meus olhos, uma vez que além de estudá-lo, fiquei sensibilizada com suas ideias.

Ao ler o romance “O Lugar do Outro, de Janimary Guerra PeccI, nossa escritora friburguense, fui transportada aos bancos da universidade quando me especializava em Orientação Educacional, finalizando o curso de Pedagogia. Um dos suportes teóricos da formação foi a obra de Karl Rogers, psicólogo americano, que escreveu a respeito do processo terapêutico centrado na pessoa. Mantive seu livro, “Tornar-se Pessoa”, por um longo tempo sob meus olhos, uma vez que além de estudá-lo, fiquei sensibilizada com suas ideias. Nessa etapa da minha formação, passei a perceber o outro com maior abertura de sentidos. Ao longo da especialização, que teve duração de dois anos, fizemos incontáveis exercícios que nos facilitaram a desenvolver esse nível de percepção. Ao dialetizar a interação entre a minha pessoa com o outro, percebi o surgimento de um gostoso sentimento decorrente do estar junto num mesmo espaço. 

Janimary apresenta como base do seu pensamento a história de Ana, sua personagem, que, além de tímida, sofre bullying na escola. Com um forte sofrimento e acanhada, ela se recolhe diante da turma. Ao tecer a trama, a autora, vai mostrando a perversa impostura através da falta de respeito ao outro.

Quando o olhar não ultrapassa os limites pessoais, o ambiente e o outro tornam-se imperceptíveis, a realidade fica limitada ao campo de sentimentos e intenções individuais. A pessoa que se mantém centrada em si mesma, olha ao seu redor, porém não vê nada além do seu egocêntrico querer. Com cegueira existencial, não capta com sensibilidade os fatos e pouco toma consciência dos acontecimentos em seus meandros e da presença do outro em seus pormenores. É um olhar simplista, incapaz de observar detalhes, uma vez que a pobreza de afeto restringe os modos de conviver e interagir com respeito, solidariedade e inteligência afetiva. Num grupo imaturo, apenas uma pessoa com tais características é capaz de enfraquecer e comprometer as relações interpessoais.

O bullying é um ato de emboscada que, inesperadamente, quem o pratica golpeia uma outra pessoa para fins fúteis, como autovalorização, divertimento e perversidade. Geralmente quem o recebe é impactado pelo susto e tomado por sentimentos incapacitantes que dominam toda e qualquer reação. O bullying deixa marcas nocivas, às vezes dilacerantes, que impedem que a pessoa seja quem ela é em sua plenitude.

A falta de reação ao bullying pode vir a aumentar sua ocorrência. Por sorte, hoje, é considerado um ato maléfico. Criminoso. 

Noutro dia conversei com uma amiga que me contou sua história de vida. Ela, irmã mais velha de cinco filhos, sentiu a necessidade de proteger sua mãe e irmãos menores quando seu pai se ausentou de casa. Sentindo a obrigação de defendê-los, descobriu que quando alguém vinha com “graça” para cima deles, ela, com inteligência, respondia da mesma forma e quem ficava se sentindo mal era esse alguém que não se “engraçava” mais.

Eu já fui mais boba e sofri, em vários momentos da minha vida, com brincadeiras, comentários e piadas maldosas, o que me embotou bastante. Mas, até hoje, por incrível que pareça, aos 67 anos, ainda estou aprendendo a lidar com essas situações que surgem inesperadamente. Que machucam. Inibem. 

Enfim. Gostei de ler o livro de Janimary e, mais uma vez, constatei que atitudes generosas engrandecem e trazem felicidade. Compadecer-se com as dificuldades de outra pessoa, revela nobreza de alma. A família e a escola devem preservar o altruísmo e a ternura entre os seus. É uma proposta desafiadora que vai exigir um trabalhoso cuidado de fazer com que seus filhos e alunos se tornem pessoas dignas.   

 

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A Friburgo Auto Ônibus dá explicações

sábado, 31 de julho de 2021

Edição de 31 de julho e 1º de agosto de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim

Manchetes:

Edição de 31 de julho e 1º de agosto de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim

Manchetes:

  • A VOZ DA SERRA participou de uma palestra com os diretores da empresa Friburgo Auto Ônibus Ltda., a Faol, que tratou da melhoria dos serviços de transporte, aquisição de novos e moderníssimos veículos, com detalhados informes Em 18 de fevereiro de 1971 recebemos ofício da Prefeitura de Nova Friburgo nos seguintes termos: “Sendo intenção do atual prefeito dotar a cidade de meios de transporte adequado ao seu estágio de desenvolvimento, julgamos ser do nosso dever expor o motivo de ter se tornado incontrolável o sistema de transporte urbano devido ao estágio de desenvolvimento da cidade. Assim, solicitamos a apresentação de um minucioso relatório sobre a situação desta empresa, bem como das possibilidades que ela pode oferecer num futuro próximo, visando dotar Friburgo de uma rede de transporte digna de suas necessidades de metrópole civilizada e progressista.”
    A direção da empresa respondeu à prefeitura que em 2 de abril foi elaborado um estudo detalhado que na visão da diretoria da Faol iria de fato, resolver o problema, pois havia a proposta era adquirir 17 onibus novos, implantar novas linhas, inclusive uma expressa entre Olaria e Conselheiro Paulino, ônibus circulares, modificação de itinerários atuais, fazendo ligação de bairro a bairro, e ampliação da tabela de horários de todas as linhas aumentando todos os bairros.
    Tais investimentos, no entanto, dependem de uma correção tarifária (aumento das passagens para CR$ 0,30), pois só cada ônibus novo custa 100 milhões de cruzeiros antigos. A oferta de mais horários nas linhas implica na necesidade de contratação de mais funcionários e maior gasto com combustível, óleos lubrificantes e peças. A prefeitura argumentou que este valor iria prejudicr muito a população e a empresa chegou, então, a proposta de R$ 0,25 pelas passagens.    
  • O que está havendo?: Há alguma coisa funcionando mal no que respeita a um justo e necessário entrosamento entre os homens públicos de Friburgo e os dirigentes estaduais. Depois de perdemos a privilegiada situação de termos gente nossa funcionando no governo – secretários de Estado, chefes de gabinete, de autarquias, de departamentos, banco do Estado, Coderj etc, voltamos a estaca zero, nada ficando de pé, numa situação que sempre classificamos de prestígio político de partido e excepcionalmente de homens a ele ligados. De uma hora para outra, a Arena vai sofrendo golpes profundos, um em cima de outros, como se devesse pagar por crimes praticados pelo doutor engenheiro ex-prefeito de Friburgo, que diga-se de passagem nunca defendeu realmente os postulados do seu partido e muito menos as legítimas aspirações dos seus companheiros de Legenda.
  • Autarquia da Agua: Estamos informados de que a administração municipal não mais suportará os desmandos, a incúria e as desconsiderações da Autarquia de Águas para com o governo e, principalmente, para com o povo friburguense. O prefeito Feliciano Costa tem diante de si para completo exame, um manancial de reclamações e de subsídios que o levarão a uma única solução: a expulsão urgente dos ‘’estrangeiros da água’’ que precisam saber que Friburgo não é terra de ninguém.

Pílulas:

  • Um nova orientação está imperando na Agência Fluminense de Informações, principalmente no sentido de apoio aos jornais fluminenses, que além de sofrerem brutal concorrência dos seus colegas da Guanabara, vinham sofrendo e o que é mais grosseiro, e estapafúrdio, um irritante boicote dos próprios órgãos e homens do governo, incapazes de compreender o que poderia significar para nosso Estado uma imprensa moderna, dinâmica, fortalecida e capaz de engradecer a gloriosa terra de Nilo Peçanha.
  • A nossa reportagem esteve na A.F.I onde foi informada sobre medidas que serão postas em prática objetivando dinamizar a distribuição de notícias, inclusive ilustradas, do Governo Raimundo Padilha. É realmente importante o plano que o jornalista Roberto Gonzaga está ultimando e que levará a aprovação do governo do Estado do Rio. Aliás, em se tratando de um jornalista bem gabaritado, cuja passagem pelo Serviço de Imprensa da Embaixada Americana constituiu um marco brilhante, o planejamento será mais um sucesso em sua carreira.
  • A Academia Militar de Agulhas Negras recebe inscrições para o curso de oficial para o Exército Brasileiro, que proporciona aos cadetes, alojamento, alimentação, fardamento e assistência médica, dentária, psicotécnica e educacional, pagando ainda os vencimentos fixados em lei. Os interessados deverão procurar o Tiro de Guerra local para melhores informações.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Humberto de Moraes (31); Maria Weidauer (1º); Mário Carpenter Meyer (3) Evanir Costa (4); Alberto da Rosa Pinheiro e dr. Luiz de Oliveira Rocha (5); professora Maria do Carmo Nader  e Regina Nevelli (7).

 

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Vinho, vela, lareira e romance

sábado, 31 de julho de 2021

Se toda uva merece ser vinho, se toda cera é digna de ser vela, se todo fogo faz jus a ser chama, todo encontro deveria ser romance. Todo inverno de alguém pede primavera. O tal abraço que aquece mais do que casaco e gera o calor de mãos unidas formando história. Ainda que passageiras.

Se toda uva merece ser vinho, se toda cera é digna de ser vela, se todo fogo faz jus a ser chama, todo encontro deveria ser romance. Todo inverno de alguém pede primavera. O tal abraço que aquece mais do que casaco e gera o calor de mãos unidas formando história. Ainda que passageiras.

Posto que até os melhores vinhos podem vinagrar, que toda vela tem como destino findar, que fogo demais queima, é preciso entender que romances são definidos mais pela permissão que nos damos ao encantamento do que pelo encantamento em si. Há um pouco de escolha nesse roteiro que o mundo faz, pois o escrevemos de certa forma para nós mesmos. E ainda que o tempo possa ser personagem, jamais será ator principal. Somos protagonistas de nossas horas. 

Vinho é bom, em boa companhia melhor ainda. Muitas das vezes pode ser só a sua companhia mesmo. Não sei você, mas sou adepto do clube dos que nunca bebem sozinho. Ou quase nunca. Fato é que muitas das vezes, mesmo nas salas cheias, bebemos só com a gente mesmo. Que se brinde! Há solitários na festa das multidões? Também é preciso cuidado com a carência. Quando somos visitados por ela e deixamos que a carência nos dirija, acabamos por permitir que qualquer pessoa entre. Pode ser bom, mas também pode ser a pior das experiências. Que o vinho salve e avelude o paladar.

Luz de vela pode ser um pequeno sol no aconchego de dois. Faz brilhar os olhos e serena o espírito enquanto queima. É a paciência de quem derrete em intensidade, ainda que paciência e intensidade soem tão ambíguas. Mas é possível saber esperar e arder ao ponto que a espera se traduza em sonho prazeroso e a realidade extrapole o próprio prazer do que se vislumbrou. Se o destino do encontro for ser vela, terá valido a chama. Se o que ficar for memória, ainda sim será louvável a cera derretida e legítimas serão as cinzas do que foi barbante. Perdurará, portanto, a perecível sombra feita pela vela. O que você gostaria que fosse sombreado? 

Assim, a lareira pode queimar em vastos combustíveis e mais importante que a madeira, o álcool, o querosene ou mesmo eletricidade, é o motivo de acendê-la. Pode ser pela necessidade de espantar o frio, por puro charme ou filosofia, para unir pessoas em torno do fogo ou tão somente para apreciar tudo que a flama consome. Levará pensamentos vãos, fabricará saudades futuras ou retomará saudades passadas? 

O fogo é tão repleto de símbolos, mas nem ele é capaz de aquecer a alma quando essa está convicta de ser frio. Talvez precise de luva, gorro e cachecol. Talvez se desnude pela graça de ser liberdade e voe como as fuligens da lareira para alimentar toda vida que há do lado de fora. 

Se poesia se escreve com tinta de vinho, é aconchego o sentido que traz a neblina repousada no vidro da janela. O dedo indicador vira caneta e desenha lua na madrugada que já é sol. Pudera e quem sabe da sua coragem para rabiscar coração. A inquietação com o amanhã talvez venha mais das possibilidades do que do medo. Nem sorte ou azar, apenas velas aromáticas rosas, azuis e amarelas; vinhos merlot, malbec e carménère; lareira em vestígios de brasa... Espalhados no inverno, romance não sabe se será primavera ou se sequer precisa de outras estações.   

 

Foto da galeria
(Foto: Freepik)
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10º lugar no semestre

sexta-feira, 30 de julho de 2021

10º lugar no semestre
Nova Friburgo fechou o semestre como o 10º melhor município do estado do Rio em geração de emprego formal. No entanto, em junho, teve o seu pior resultado, segundo dados do Caged, o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego, da Secretaria Nacional de Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia.

10º lugar no semestre
Nova Friburgo fechou o semestre como o 10º melhor município do estado do Rio em geração de emprego formal. No entanto, em junho, teve o seu pior resultado, segundo dados do Caged, o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego, da Secretaria Nacional de Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia.

Pior mês de 2021
Apesar do pior resultado do ano em junho, ainda sim o saldo foi positivo: 1.528 admissões contra 1.366 desligamentos, resultando em saldo positivo de 162 novas vagas. Com o resultado, o município teve também a sua pior posição no ranking do emprego em comparação aos demais 91 municípios fluminenses em 2021: 18º lugar. Foi a segunda vez que Nova Friburgo ficou fora do Top 10. Em maio, ficou na 11ª posição.

Mais do que recuperação
Nova Friburgo obteve saldos positivos em todos os meses do ano e fechou o semestre com saldo positivo de 1.657 postos de trabalho formais. Caiu uma posição, do 9º para o 10º lugar. Se levarmos em conta os últimos 12 meses, Nova Friburgo apresentou forte recuperação após o primeiro lockdown feito em abril, por conta da pandemia.

Recuperação acelerada
O município teve 18.723 admissões ante 15.068 desligamentos, resultando em 3.655 empregos, entre julho de 2020 e junho de 2021. De lá para cá, apenas o mês de dezembro registrou saldo negativo na geração de empregos. Confira o ranking de junho, em que Nova Friburgo ficou fora dos dez melhores e do primeiro semestre, em que o município ficou em 10º lugar.

Ranking de junho

1º - Rio de Janeiro – 6.465 contratações
2º - Duque de Caxias – 1.250
3º - Niterói – 909
4º - Macaé – 883
5º - Nova Iguaçu – 560
6º - Maricá – 495
7º - São Gonçalo – 404
8º - Campos – 354
9º - São João da Barra – 289
10º - Angra dos Reis – 269

Nova Friburgo aparece em 18º com 162 novos postos de trabalho

Ranking de 2021
1º - Rio de Janeiro – 21.951 empregos
2º - Duque de Caxias – 3.857
3º - Campos – 3.630
4º - Macaé – 3.482
5º - Arraial do Cabo – 2.308
6º - Niterói – 2.217
7º - Maricá – 2.150
8º - Volta Redonda – 1.955
9º - Resende – 1.812
10º - Nova Friburgo – 1.657

Futebol e vacina
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) praticamente finalizou seu plano de volta do público aos estádios de futebol. Será com 30% da capacidade, com áreas exclusivas para vacinados, a partir das quartas de final da Copa do Brasil, prevista para 25 de agosto. Com isso, surge um problema para os friburguenses. A base de dados de vacinados do Ministério da Saúde é a que será usada para comprovação de que a pessoa se vacinou.

Problema de dados represados
Por óbvio, ir a um estádio de futebol não é prioridade nem para os mais fanáticos torcedores. O fato é que a mesma base é a que será utilizada, por exemplo, para entrar em outros países que exigem o passaporte de vacinação. Nova Friburgo está muito atrasada no cadastro de vacinados na plataforma do Ministério da Saúde.

Números desatualizados
Como por aqui não se faz o cadastro em tempo real – anota-se no papel para só depois lança-lo na plataforma – como já noticiado pela coluna, há quase 50% dos dados de vacinados ainda sem digitalização. De acordo com atualização feita nesta semana, segundo a Prefeitura foram aplicadas 104.330 doses, mas para a plataforma nacional que é a que vale no sistema, foram aplicadas 50.848. Ambas para 1ª dose.

121 doses de Janssen sem destino?
Já para 2ª dose, a prefeitura divulgou a aplicação de 36.816 doses, no entanto, no sistema nacional aparecem apenas 16.470. O problema se repete na dose única: o município diz ter aplicado 4.239, mas estão registradas no Ministério da Saúde 1.464. No caso da dose única, do imunizante Janssen, Nova Friburgo recebeu 4.360 doses. A prefeitura divulga que aplicou 4.239. Pelo menos 121 doses não teriam sido aplicadas. Onde estão? Foram perdidas?

Norma estabelece 48 horas
Com a interrupção da vacinação nesta semana, espera-se que os dados represados possam avançar ou que uma força-tarefa possa ser realizada nesse sentido. Fica a dica. De qualquer maneira, dois fatos são inquestionáveis: o atraso digital de Nova Friburgo (há municípios que o fazem em tempo real) e o desrespeito às normas estabelecidas pelo Governo Federal (MP 1.026/21 e portaria GM/MS 69/21) de cadastro em até 48 horas.

Friburguense
Pedreira pela frente. O Friburguense tem um grande desafio amanhã, 31, de acabar com os 100% de aproveitamento do Audax, em confronto que pode encaminhar a classificação para as semifinais do 2º turno. O jogo, 15h, no Eduardo Guinle, também é um aperitivo do encontro dos dois times na semifinal do 1º turno, ainda sem data marcada.

Vencer para se classificar
Beneficiado pelos resultados dos adversários, apesar da derrota para o Sampaio Corrêa (2 a 1), o Frizão se mantém na zona de classificação, com cinco pontos. Caiu da 1ª para a 2ª colocação, dois a menos que o líder Gonçalense (7) e um a mais do que o primeiro fora da zona de classificação, o Artsul (que tem quatro pontos). A vitória é fundamental e dependendo dos outros jogos, pode até selar uma classificação antecipada.

Palavreando
“Se toda uva merece ser vinho, se toda cera é digna de ser vela, se todo fogo faz jus a ser chama, todo encontro deveria ser romance. Todo inverno de alguém pede primavera”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Foto da galeria
Iniciativa do morador Alan Santos, a Rua Dom João VI, no bairro Cascatinha, tem atraído a atenção de visitantes e moradores. O muro e a calçada antes sem vida, ganharam arte e até um hotel para plantas.
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Mundo novo

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Reflexões sobre o mundo virtual. Penso que sejam necessárias. Realmente necessárias. Pelo menos ando pensando bastante sobre o assunto. Sinto que as vidas, os desejos, os passos, os afazeres, os familiares das pessoas nunca antes haviam sido tão expostos como nos últimos tempos. Por vezes, as postagens nas redes sociais nutrem um ideal de aparência que sequer condiz com a realidade. Muitas pessoas mais preocupadas em parecerem ser do que o que verdadeiramente são.

Reflexões sobre o mundo virtual. Penso que sejam necessárias. Realmente necessárias. Pelo menos ando pensando bastante sobre o assunto. Sinto que as vidas, os desejos, os passos, os afazeres, os familiares das pessoas nunca antes haviam sido tão expostos como nos últimos tempos. Por vezes, as postagens nas redes sociais nutrem um ideal de aparência que sequer condiz com a realidade. Muitas pessoas mais preocupadas em parecerem ser do que o que verdadeiramente são.

Há filhos de estranhos cujo crescimento podemos acompanhar com sensação de proximidade ainda maior do que os próprios parentes que se encontram em almoços de domingo, Dia das Mães ou Natal. Sem nunca sequer os termos conhecido. Porque seus rostos nos são apresentados às vezes por foto de exames de ultrassonografia. Porque não há mais necessidade de ir à maternidade para sanar a ansiedade e a curiosidade de conhecer “a carinha do bebê”. Basta esperar algumas horas (às vezes, minutos) e alguém se encarregará de apresenta-lo ao mundo virtual, aos amigos reais, aos amigos de amigos, conhecidos e estranhos que estranhamente (e aqui cabe o pleonasmo) estão aguardando para conhecer a face da nova vida que chegou ao mundo. Muitas vezes, sequer os pais são conhecidos. Nunca os abraçamos. Não trocamos palavras, não compartilhamos momentos.

Tenho a sensação de que muitas pessoas fazem coisas apenas para dizer que fizeram. Para que terceiros saibam que foram feitas. Vivem no piloto automático, na ânsia de cumprir o roteiro e mostrar para os demais que o cronograma está sendo cumprido. Não sei se vivem tão bem cada momento, quando cada imagem por vezes denota personagens afoitos por provarem que fazem cada vez mais coisas legais. Viagens inteiras são postadas. Claro, não há um radar das 24 horas vividas por alguém.

Mas, mesmo que o seu acesso às redes sociais seja muito limitado, asseguro que você, caro leitor, tem conhecimento sobre o paradeiro de muitos conhecidos, de pessoas com as quais pouco trocou palavras na vida. Sabe o que comeram no almoço, a marca do vinho que bebem, as roupas preferidas, os lugares por onde passaram, as principais paisagens avistadas. Se bobear, aproximando alguma imagem, se informa até sobre número de voo e as poltronas em que sentaram-se no avião. Tudo isso, sem esforço, em uma mera passagem de dedos pela tela do celular enquanto a vida multitarefas demanda de você o pensamento acelerado e distribuído nas muitas distrações mentais que demandam nosso pensar contínuo. Com pouco relaxamento.

Às vezes eu me indago: por que determinada pessoa está um local tão lindo e não aproveita para se desconectar para esvaziar a mente, para ser presente e aproveitar a oportunidade que tem sem prestar contas aos outros nas redes sociais? Será que sabe o quanto é bom não prestar contas à ninguém, não dar satisfações sobre seu destino, sobre o inenarrável prazer da liberdade de não precisar provar nada para ninguém, de não necessitar de aprovação, de não precisar demonstrar o tempo todo tudo o que se faz e o que se tem? Será que sabe quem é independente do que os outros pensam e julgam?

E eu mesma busco respostas na tentativa de autoconvencimento: porque determinada pessoa pode simplesmente gostar de compartilhar coisas incríveis de sua vida com seus muitos amigos virtuais, afinal, o mundo já está tão sobrecarregado que inundar de alegria o ambiente da internet com referidas imagens pode ser uma grande ideia. Porque a sociedade já está farta de acessar informações tristes e desesperançosas. Porque o convívio ainda que virtual é prazeroso, une, aproxima e dá voz às pessoas.

Reflito sobre a ideia de partilha, o sonho de habitarmos em um mundo em que as pessoas torcem umas pelas outras, que ficam realmente felizes por suas conquistas, que se inspiram verdadeiramente e sinceramente nas imagens de amor compartilhadas. Temo que seja apenas um ideal distante – não sou tola, a exposição desmedida atrai holofotes por vezes perigosos, outras vezes, bem vindos, planejados, comemorados até.

Temos muito o que refletir sobre tudo isso. Às vezes sinto-me constrangida por invadir a intimidade alheia ao abrir meu celular nas redes de interação. Outras vezes, sinto-me privilegiada em acessar recursos tecnológicos que permitem com que eu me sinta tão próxima fisicamente - mesmo sem estar - dos meus familiares que moram em outros países. Tudo isso é realmente incrível. A pandemia veio e essa vida virtual ganhou espaço ainda maior, necessariamente maior. Cedemos todos. Utilizamos as redes para trabalhar, para sonhar, para interagir. E o depois disso tudo? Seremos cada vez mais imersos no mundo da conexão.

De certa forma, penso que estamos todos nos adaptando e aprendendo conciliar a vida real com essa magnífica e potente ferramenta de comunicação que pode trazer incontáveis benefícios de muitas ordens. São as dores e as delícias desse novo universo virtual. Por ora, fico com as delícias dessa interação fantástica que as redes sociais nos proporcionam e sigo refletindo sobre as consequências da exposição de nossas vidas para um sem limite de indivíduos. Não nego, para mim, muitas vezes danosas. Prefiro a liberdade de viver a vida real sem realmente precisar postar nada para ninguém.

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Como é sua relação com o consumo?

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Compreender necessidades é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de o conceito simples, as singularidades humanas tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e e também em um cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Compreender necessidades é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de o conceito simples, as singularidades humanas tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e e também em um cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema. Talvez comentar sobre como o consumo estabiliza as métricas e parâmetros da economia vigente seja uma ótima ideia de texto, mas este não é o objetivo agora.

Nesta coluna de hoje, a propósito, comento sobre o básico: a consciência de consumo. Somos pessoas diferentes, temos prioridades diferentes, projetos de vida diferentes, sonhos diferentes; portanto, somos, cada um de nós, diferentes entre si. E por isso venho repensar as estruturas de consumo. Apesar de termos nossas peculiaridades específicas – e muitas vezes únicas –, consumir torna-se uma atividade comum e, por isso, é importante repensá-la.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais. Ficam aqui, então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com a possibilidade de boas economias.

Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novas compras e você não merece viver para pagar boletos.

É reflexo do consumismo a crescente taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras. Nossa moeda é frágil, nosso poder de compra é pequeno, vivemos numa economia ainda em processo de maturação e a desorganização financeira cobra o preço pela forte cultura de consumo. Percebem como a educação financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos? É a rotina de todos que usam a moeda como ferramenta de trocas.

Então, por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? É sua, a responsabilidade pela boa relação com o dinheiro. Pense nisso!

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Paciência e saúde mental

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Você tem sido paciente? Se não, as boas novas é que a paciência pode ser desenvolvida. Ela é uma prática psicológica bem como espiritual. E ajuda a pessoa a ter liberdade emocional, ou seja, a não ficar presa a comportamentos sofridos. É possível aprender a mudar a impaciência em paciência. Podemos aprender a lidar com as situações frustrantes de uma forma paciente. Podemos aprender. Comece a pensar que paciência não quer dizer passividade, não fazer nada, resignação. Paciência é um poder. Uma das características do amadurecimento é conseguir ter paciência.

Você tem sido paciente? Se não, as boas novas é que a paciência pode ser desenvolvida. Ela é uma prática psicológica bem como espiritual. E ajuda a pessoa a ter liberdade emocional, ou seja, a não ficar presa a comportamentos sofridos. É possível aprender a mudar a impaciência em paciência. Podemos aprender a lidar com as situações frustrantes de uma forma paciente. Podemos aprender. Comece a pensar que paciência não quer dizer passividade, não fazer nada, resignação. Paciência é um poder. Uma das características do amadurecimento é conseguir ter paciência.

A paciência é essencial para nossa vida diária se tornar melhor, mais feliz. Ser paciente significa ter melhor saúde mental porque com paciência conseguimos esperar com calma ao enfrentarmos uma frustração ou adversidade. Ao surgir uma situação frustrante, este é o momento para exercer paciência. Você tem a escolha de enfrentar o problema com rebeldia, irritação ou com paciência e calma.

Cultivando paciência você vai ter menos aborrecimento, mais serenidade, menos preocupação e mais tranquilidade. A jovem Kira Newman, gosta de escrever textos sobre felicidade, e comenta sobre quatro razões para cultivarmos paciência. Primeiro, ela cita um trabalho científico de 2007 de Sarah Schnitker professora do Seminário Teológico Fuller e do professor de psicologia Robert Emmons da Universidade da Califórnia em Davis, no qual foi verificado que as pessoas pacientes tendem a experimentar menos depressão e emoções negativas, talvez porque possam lidar melhor com situações perturbadoras ou estressantes. E também se consideram mais atentos e sentem mais gratidão, mais conexão com a humanidade e com o universo, e um maior senso de abundância.

Em segundo lugar, as pessoas pacientes são melhores amigos e vizinhos. A paciência se torna uma forma de gentileza. A pesquisa sugere que as pessoas pacientes tendem a ser mais cooperativas, mais empáticas, mais justas e mais complacentes. A paciência envolve assumir algum desconforto pessoal para aliviar o sofrimento das pessoas ao nosso redor.

Estes autores da pesquisa, Schnitker e Emmons escreveram que “A paciência pode permitir que os indivíduos tolerem as falhas dos outros, exibindo, portanto, mais generosidade, compaixão, misericórdia e perdão”. Um terceiro aspecto que mostra o benefício de exercermos paciência é que ela nos ajuda a alcançar nossos objetivos. Na vida o caminho para a realização profissional, diz a autora Newman, é longo, e aqueles sem paciência - que querem ver resultados imediatamente - podem não estar dispostos a percorrê-lo.

Finalmente, uma quarta razão boa que pode nos animar a exercer paciência é que ela está ligada a uma boa saúde. No estudo de 2007, Schnitker e Emmons descobriram que os pacientes eram menos propensos a relatar problemas de saúde como dores de cabeça, acne, úlceras, diarreia e pneumonia. Outra pesquisa descobriu que pessoas que exibem impaciência e irritabilidade - característica da personalidade Tipo A - tendem a ter mais problemas de saúde e sono pior.

Como cultivar a paciência? Reformule a situação. Se um colega chegar atrasado para uma reunião, você pode se irritar ou ver aqueles 15 minutos extras como uma oportunidade para ler um pouco. A paciência está ligada ao autocontrole. Treine refletir antes de agir. Pense mais em vez de agir de forma impulsiva. A meditação especialmente em temas espirituais, como gratidão, esperança, perdão, meditar nas cenas de amor prático de Jesus que viveu curando, orientando, perdoando, animando pessoas, ajudam a diminuir a impulsividade, a necessidade de querer algo já, imediatamente.

Ao acontecer algo que empurra você para agir com impaciência, respire fundo, perceba seus sentimentos de irritação, pense em atuar com compaixão, adie por uns minutos pelo menos dar uma resposta que pode sair de forma agressiva, impaciente. Respire profundamente. Tente olhar a pessoa sob uma ótica de compreensão do sofrimento dela. Pratique a paciência. É bom para sua saúde mental.

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