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O home-office veio para ficar?

quinta-feira, 29 de julho de 2021

O que é o home-office?

O home-office é uma palavra de língua inglesa e que significa “trabalho feito de casa”. Por mais recente e novo que pareça ser essa modalidade de serviço, o primeiro registro datado desta prática vem de 1857 nos Estados Unidos através do uso de telégrafos. Contudo, somente com o advento do computador, essa prática começou a ser mais cotidiana e, hoje, já é uma realidade mundial.

O que é o home-office?

O home-office é uma palavra de língua inglesa e que significa “trabalho feito de casa”. Por mais recente e novo que pareça ser essa modalidade de serviço, o primeiro registro datado desta prática vem de 1857 nos Estados Unidos através do uso de telégrafos. Contudo, somente com o advento do computador, essa prática começou a ser mais cotidiana e, hoje, já é uma realidade mundial.

Com a pandemia causada pela Covid-19 e pela realidade do isolamento social obrigatório, o home-office se mostrou necessário para que muitas empresas mantivessem seu funcionamento, sejam estas privadas ou públicas.

Avanço ou retrocesso?

Atualmente, existe algo que você não consegue comprar e ele se chama “tempo”. Com o advento do serviço remoto, trabalhadores tiveram uma economia de horas em seus dias, uma vez que gastavam muito tempo no transporte entre sua casa e o seu local de serviço. Assim, trabalhando de casa, a produtividade em tempo de cada empregado – e empregador – cresceu, podendo ser convertida ao lazer, ao maior contato com a família, ao lar e ao descanso.

Outro fator positivo foi o aumento da flexibilização nos horários de trabalho. Hoje, em algumas modalidades de serviço, o empregado não precisa necessariamente estar ativo durante um horário determinado de trabalho. Assim, não existe uma carga horária a se cumprir, mas sim, metas diárias, mensais e anuais. As pessoas noturnas que são mais produtivas nas madrugadas são as que mais se adaptam a esse “novo normal”. 

Além disso, a redução de custos para as empresas é um dos pontos principais para que o home-office tenha aumentado tanto. Alugar ou comprar um espaço físico tem sido cada vez mais caro e inviável para muitas empresas, gerando custos adicionais ao balanço financeiro dos empregadores. Assim, com o empregado trabalhando de casa, a empresa corta gastos como aluguéis de salas maiores, contas de luz e água, auxílio-transporte etc.

Por fim, houve uma maior gama de oportunidades de emprego proporcionadas pelo trabalho remoto. Já pensou em trabalhar numa grande empresa de São Paulo ou do Rio de Janeiro sem ter que se mudar de Nova Friburgo? Isso agora é possível! Trabalhos como os de atendentes online e de telemarketing, moderadores de sites, programação e design digital explodiram em 2020, em número de vagas e de candidatos. E sem dúvida, isso somente se tornou possível por conta do home-office que foi um grande facilitador.

Contudo, torna-se extremamente necessário conciliar o ambiente doméstico e o profissional. A casa, para muitos, é um local familiar, em que pessoas com diferentes personalidades convivem no mesmo espaço e, muitas vezes, o trabalho remoto não é muito bem compreendido e respeitado por todos. Então, trabalhar de casa, pode ser sinônimo de brigas e de estresse.

Por fim, a não existência de locais físicos nas empresas dedicados ao trabalho faz com que os empregados trabalhem mais em casa. Antes, o funcionário terminava seu expediente, pegava suas coisas e ia embora para seu lar. Hoje, como a casa é o seu ambiente profissional, há, às vezes, sobrecarga do funcionário que tem que interromper seu descanso para, “rapidinho”, resolver qualquer contratempo fora do seu horário laboral.

Além disso, ainda deve-se pensar na necessidade da empresa se reinventar para manter a equipe integrada, uma vez que a união e o convívio cria a motivação, vínculos e identidade.

Futuro incerto

O home-office não surgiu ano passado, mas o modo como enxergamos o trabalho de fato mudou. Isso é inegável! Contudo, trago o seguinte questionamento ao leitor. Com o avanço da vacinação das pessoas e a retomada dos “dias normais”, como éramos habituados a viver, as experiências dos empresários e dos trabalhadores, farão do home-office uma realidade para o futuro?

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Ao mestre com carinho

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Ao mestre com carinho
O primeiro diretor do Instituto Politécnico de Nova Friburgo (IPRJ), atualmente vinculado à Uerj, professor Marco Antônio Raupp, faleceu aos 83 anos de idade. Seu falecimento causou comoção no meio acadêmico da Uerj local, especialmente aos profissionais que tiveram a oportunidade de trabalhar com ele na cidade.

Ao mestre com carinho
O primeiro diretor do Instituto Politécnico de Nova Friburgo (IPRJ), atualmente vinculado à Uerj, professor Marco Antônio Raupp, faleceu aos 83 anos de idade. Seu falecimento causou comoção no meio acadêmico da Uerj local, especialmente aos profissionais que tiveram a oportunidade de trabalhar com ele na cidade.

Comoção local
Reconhecido como um dos mais brilhantes cientistas brasileiros de sua geração, Raupp foi ministro da ciência e tecnologia, presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), presidente da Agência Espacial Brasileira, entre outros importantes cargos em universidades e no meio científico. Ele enfrentava nos últimos anos um tumor cerebral e morreu de insuficiência respiratória aguda, em decorrência do avanço da doença. Ele era casado e deixou sete filhos.

Empresa júnior
Por falar no legado deixado por Raupp e da própria Uerj Friburgo, a Empresa Júnior do Instituto está ministrando treinamento para a gigante Ambev, inicialmente na unidade de Cachoeiras de Macacu. A Serra Júnior Engenharia está treinando a equipe da cervejaria em arduíno - sistema de automação. Arduíno é uma plataforma de desenvolvimento de projetos eletrônicos, tanto em hardware, como software.

Parceria gigante
Os alunos responsáveis pela apresentação do treinamento são Vinícius Fracasso, Sérgio Pedretti e Guilherme Morett. Assim que a vacinação estiver mais regularizada, a Serra Jr iniciará também a capacitação presencial nos laboratórios montados pela multinacional.

Maior sutiã do Brasil
A partir do incêndio da estátua de Borba Gato, em São Paulo, o canal de memes New Memeseum, que conta com mais de 110 mil seguidores, iniciou uma provocação com enquetes sobre os mais variados monumentos espalhados pelas cidades brasileiras. Nova Friburgo não ficou de fora. O maior sutiã do Brasil, instalado em Mury foi alvo da pergunta: preserva ou derruba?

Preserva ou derruba?
Até o fechamento desta edição a enquete contabilizava 63% dos votos pela preservação do sutiã gigante, contra 37% pela derrubada. O município concorrente no setor de moda-íntima, Juruaia-MG, também tem lá o seu sutiã que consideram como o maior do Brasil. Inusitadamente, a enquete aponta o mesmo resultado de Nova Friburgo: 63% pela preservação ante 37% pela derrubada. E você: derruba ou preserva?

Nova Friburgo ou Juruaia
Sem entrar na polêmica sobre qual é o maior sutiã do Brasil, se o de Nova Friburgo ou de Juruaia, foram elencados monumentos dos mais diversos. Tem de estátua personagens da TV, como da Velha Surda a Chaves gigante, de monumentos eróticos a animais em tamanhos diversos. Não faltam artistas (ainda vivos e falecidos) até orelhão de dez metros de altura.

Questionados
Se o que motivou a enquete foi a estátua de Borba Gato, reconhecido facínora na história, não poderia faltar a pergunta sobre o monumento paulista: 88% pela derrubada, ante 12% pela preservação. O fato é que não é de hoje que se questionam homenagens a personagens controversos da história.

Barão de Nova Friburgo
Um dos muitos homenageados não só por aqui, o Barão de Nova Friburgo é dos mais questionados por ter sido um escravocrata. Pouca gente sabe, mas o Palácio do Catete - antiga residência do presidente da República e local do suicídio de Getúlio Vargas - se chama oficialmente Palácio Barão de Nova Friburgo.   

Friburguense
Líder do seu grupo no 2º turno e no aguardo da realização das semifinais do 1º turno, após ter seus pontos conquistados em campo devolvidos, o Frizão enfrenta hoje, 28, às 15h, fora de casa, o Sampaio Corrêa. O adversário está fora da zona de classificação e virá afoito pela vitória. Mais tranquilo, o Friburguense só tem um ponto acima do Gonçalense, primeiro time fora da zona de classificação.

Secar adversários
Vencer lá pode deixar a classificação muito próxima, principalmente se os adversários não pontuarem. No 2º turno, os times enfrentam o outro grupo, mas seguem pontuando dentro da sua chave. Esse formato muda a dinâmica de disputa e vale toda torcida contra Artsul, Gonçalense, Cabofriense, Americano e Duque de Caxias.

Palavreando
“Não estamos sozinhos. Não somos solitários nas multidões. Há olhares que nos pescam. Há olhares que nos paralisam para que ajamos mais como emoções em trânsito do que racionais em estatísticas”.

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Pesos e contrapesos

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Tem uma história, ainda que seja sempre humilde e quase sempre sofrida

Peço-lhe trezentos gramas de queijo. Ele entendeu, mas necessita de confirmação: “Trezentas gramas?” Longe vão os tempos em que eu torturava os alunos, querendo que pesassem as coisas no masculino e não no feminino. Mas o tempo me ensinou que, bem pesadas as coisas, mais vale um grama de comunicação do que uma tonelada de gramática. E não é que as fatias que ele põe na balança somam exatamente trezentos gramas, nem um tiquinho a mais, nem um tiquinho a menos?

Tem uma história, ainda que seja sempre humilde e quase sempre sofrida

Peço-lhe trezentos gramas de queijo. Ele entendeu, mas necessita de confirmação: “Trezentas gramas?” Longe vão os tempos em que eu torturava os alunos, querendo que pesassem as coisas no masculino e não no feminino. Mas o tempo me ensinou que, bem pesadas as coisas, mais vale um grama de comunicação do que uma tonelada de gramática. E não é que as fatias que ele põe na balança somam exatamente trezentos gramas, nem um tiquinho a mais, nem um tiquinho a menos?

Elogio sua exatidão ao calcular as fatias necessárias, e ele diz que se tivesse a mesma sorte ao escolher os números da loto, estaria rico. Como não há nenhum outro freguês esperando, estico a conversa e lhe pergunto o que ele faria se acertasse os treze pontos. A resposta me surpreende. Esse rapaz, que tão modestamente trabalha atrás do balcão de um supermercado, não sonha com iates, viagens ou joias. Não quer ter um Rolex, nem conhecer Nova York. “Se eu ganhasse muito dinheiro, voltava pra minha terra, Maceió. Ia rever minha família e meus amigos”.

Sim, seu maior desejo, que não realiza porque parcos são os seus ganhos, é simplesmente voltar à terra natal, abraçar mãe, pai, irmãos, primos e conhecidos. Fico admirado ao ver a força desses laços telúricos, o quanto o lugar em que se viveu permanece na memória, o quanto persistem no coração os laços de amor e de sangue. Diferente de tantos que jogam sonhando com altos voos, ele — que não joga — queria apenas pegar um avião e pisar de novo no chão em que se criou, abraçar aqueles que o criaram e os que junto dele se criaram.

Para quem passa os dias atendendo a vozes que vêm do outro lado do balcão, achar um ouvinte disponível é oportunidade para contar um pouco de si, mostrar que também tem uma história, ainda que seja sempre humilde e quase sempre sofrida. Pois veio da capital das Alagoas para o Rio de Janeiro na esperança de melhorar de vida, o que então significava trabalhar com um tio tão distante que ninguém mais na família lembrava que cara ele tinha. Mas sabiam o nome e, mais ou menos, o endereço. Nunca encontrou o tio, mas achou quem lhe desse produtos pra vender na praia: protetor solar, óculos escuros, cangas coloridas e o que mais aparecesse. Também vendeu água nas imediações do Maracanã e flores na entrada do cemitério.

Um companheiro de aventuras e desventuras era de uma cidade próxima e assim também ele veio para cá, onde, graças à experiência de praias, estádios e cemitérios, arrumou trabalho no supermercado. E assim vai entregando duzentas gramas disso, trezentas daquilo, quatrocentas de tudo o mais. Tão bem se deu que mandou vir a namorada, já tem um filho e até pensa em se casar.  Está bem, está feliz. Mas nos momentos de folga, nas noites de sábado ou nas manhãs de domingo, deve ainda sentir o cheiro do mar, escutar o barulho do vento, ouvir a voz da mãe, dando conselhos, e a do pai, dando ordens. De tudo isso deve se lembrar e, fosse menos prático e mais poético, daria ao que sente o nome de saudade.  Como não é poeta, e sim balconista, se conforma em dizer que, se ganhasse na loto, voltava para Maceió, sua terra natal, ia rever a mãe, o pai, os irmãos e os amigos.

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A vacinação em Friburgo avança lentamente, mas avança

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Segundo o informativo da TV Zoom veiculado na última segunda-feira, 26, a totalização de vacinados contra a Covid-19 em Nova Friburgo, até o último dia 22, era de 137.957 pessoas, sendo 98.106 delas vacinadas com a primeira dose e 35.637 com a segunda. Esses números significam que a metade da população do município já está imunizada com a dose inicial e cerca de um quinto do total de habitantes já estariam com a vacinação plena. Isso, com certeza, explica a diminuição da taxa de internação tanto em UTIs como em enfermarias específicas para a Covid-19 nos hospitais locais.

Segundo o informativo da TV Zoom veiculado na última segunda-feira, 26, a totalização de vacinados contra a Covid-19 em Nova Friburgo, até o último dia 22, era de 137.957 pessoas, sendo 98.106 delas vacinadas com a primeira dose e 35.637 com a segunda. Esses números significam que a metade da população do município já está imunizada com a dose inicial e cerca de um quinto do total de habitantes já estariam com a vacinação plena. Isso, com certeza, explica a diminuição da taxa de internação tanto em UTIs como em enfermarias específicas para a Covid-19 nos hospitais locais. É também o motivo, felizmente, para a queda do número total de óbitos no município.

Claro está que a vacinação não é o único motivo da queda de novos casos e internações, daí a necessidade de se bater sempre na tecla de que as demais medidas preventivas não devem ser abandonadas: distanciamento social, ventilação diária dos espaços fechados, higienização das mãos com água e sabão e uso de máscaras para sair, fazer compras ou receber pessoas estranhas é, ainda, uma necessidade e continuará a ser ainda durante um bom período de tempo.

Mas, não basta as autoridades fazerem campanhas explicativas o tempo todo, é preciso, também, que a população se conscientize e abrace essa ideia. Nas filas de banco, lojas e supermercados dificilmente a distância de um metro e meio, entre uma pessoa e outra é respeitada. A ideia que fica é de que quem está atrás acha que ao encurtar a distância, vai fazer a fila andar mais depressa.

O noticiário das grandes mídias têm mostrado muitas festas clandestinas, com o ajuntamento habitual das pessoas, ingestão liberada de bebidas alcoólicas e a maioria sem máscaras. O problema é que a transmissão, em muitos lugares, regrediu, mas ainda persiste. Mesmo naqueles países onde as medidas preventivas tinham sido minimizadas, como Inglaterra, França, Espanha, com o advento da cepa Delta, o número de infectados começou a aumentar e algumas medidas estão para serem adotadas. Parece que após dois anos de pandemia, a ficha ainda não caiu e muitas pessoas não entenderam a dimensão dessa tragédia do século 21.

O aparecimento de cepas novas durante uma pandemia não é novidade, o que foi demonstrado durante a crise da Gripe Espanhola, no início do século 20, em 1918. Felizmente, a maioria das vacinas atuais imuniza contra esta cepa; é interessante notar que a nova Gripe Chinesa teve início 101 anos depois. O diferencial entre o número de mortes das duas gripes é exatamente a vacina. Naquela época o que se conseguiu foi um soro anti estreptocócico, pois muitas mortes foram ocasionadas pela pneumonia pneumocócica, um comprometimento secundário, mas temível. Aliás, esse tipo de pneumonia tem, também, ceifado um grande número de vidas na atual pandemia.

Muitas pessoas têm feito testes de anticorpos depois de vacinadas e ficam surpresas com a possibilidade de testes negativos, ficam preocupados com a possibilidade de não estarem imunizadas e querem se revacinar com outro tipo de imunizante. A infectologista do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, Madjane Lemos, diz que a presença ou ausência de anticorpos não diz nada sobre a eficácia da vacina ou sobre a proteção. A pessoa pode não ter o IGG, que são os anticorpos que a gente consegue dosar, e ter proteção, assim como ter IGG e não ter proteção. Isso porque o sistema imunológico é composto por várias linhas de defesa e a formação de anticorpos é apenas uma delas. O fato dela não ter anticorpos não significa que ela não esteja protegida, assim como a pessoa pode ter anticorpos e mesmo assim ter uma infecção, embora dentro das estatísticas dos casos seja uma infecção leve, informou a médica. (http://www.agenciaalagoas.al.gov.br).

Portanto, não deixe de seguir o calendário de vacinas e tome as duas doses, no caso dela ser necessária. A primeira já produz certo grau de imunização, mas que não é a desejada. Só as duas doses garantem uma imunidade satisfatória.

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A VOZ DA SERRA é uma viagem apaixonante!

terça-feira, 27 de julho de 2021

Mais uma data que o Caderno Z não deixaria passar sem uma edição especial: 26 de julho, Dia dos Avós, considerados “pais com açúcar”! A tradição religiosa escolheu a data em homenagem ao dia de Sant`Ana e São Joaquim, por serem os pais de Maria, mãe de Jesus Cristo. Os avós têm sido a referência familiar e o suplemento de fim de semana de A VOZ DA SERRA destacou alguns pontos essenciais da convivência, como os bons exemplos de experiência de vida, apoio emocional, mentoria, recreação, genealogia e sustentabilidade financeira.

Mais uma data que o Caderno Z não deixaria passar sem uma edição especial: 26 de julho, Dia dos Avós, considerados “pais com açúcar”! A tradição religiosa escolheu a data em homenagem ao dia de Sant`Ana e São Joaquim, por serem os pais de Maria, mãe de Jesus Cristo. Os avós têm sido a referência familiar e o suplemento de fim de semana de A VOZ DA SERRA destacou alguns pontos essenciais da convivência, como os bons exemplos de experiência de vida, apoio emocional, mentoria, recreação, genealogia e sustentabilidade financeira.

A jornalista e professora de Yoga, Simoni Lucena, definiu bem: “ser avó é um jardim de sensações sem fim”. Ao lado do vovô Márcio, Simoni exibiu, gloriosa, a netinha, a  sua “Flor” desabrochando em “sorrisos e cheirinhos...”. Eu, por exemplo, tenho essa sensação de “jardim sem fim”, quando minha neta Júlia me chama para brincar e diz: “Vovó, finge que você é uma vovó bem velhinha!”. Esse fingir é andar curvada, com uma bengalinha. Se os filhos da gente surpreenderam, os netos, então, nem se fala! Garanto que todos os avós têm uma bela história para contar de seus netos.

A economia estadual deverá ter se beneficiado com a movimentação financeira prevista por conta da compra de presentes para os avós. A tendência é injetar valores consideráveis na economia. O valor do presente está mais no gesto da compra, da preocupação da escolha de algo que toque a emoção dos avós e isso não tem preço. No mais, é o carinho de se estar junto, nas brincadeiras, na educação, na segurança da boa companhia dos avós. Sem esquecer as dicas de filmes indicadas pelo Z. Parabéns!

Sendo tarefa também a educação dos netos, vamos seguir Wanderson Nogueira e passar aos pequenos os cuidados com a natureza: “Consciência ambiental é mais do que sinal de evolução. É o sentimento de ser parte de algo maior, integrar algo que extrapola a nossa existência, pois se perpetua para além da gente mesmo”. Que bonito! E o jornal ilustrou ainda esses cuidados nos dando dicas da importância da conexão com a natureza. A tecnologia nos possibilita, por meio de plataformas digitais, o conhecimento das aves, com registros fotográficos e sonoros, a identificação de espécies e comunicação entre os observadores. Vale uma pesquisa abrangente sobre a matéria. Muito bom saber! Aliás, a internet tem sido a ferramenta eficiente para todos os setores. A exemplo, os gestores de confecções realizam encontros no Sebrae, sempre na última quinta-feira do mês, para “traçar estratégias e buscar soluções para o canal de vendas por e-commerce.

A novidade está por conta do projeto de lei que prevê oferta de treinamentos para guardas municipais das cidades fluminenses, a fim de “capacitá-los para atender e dar apoio às ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha”. Outra novidade é o retorno das aulas na rede estadual de ensino, com atividades no modelo híbrido ou somente remoto, conforme prevê resolução 5.930. Interessante é que em Nova Friburgo não há mais classificação de risco de contágio pelo coronavírus por cores. O que vale é a cor definida pelo governo do estado. No último boletim sobre o avanço da pandemia em Nova Friburgo, a prefeitura nos informou até a última sexta-feira, 24, o total de 724 óbitos na cidade.

Alguém sabe o que é Agetransp? Bem, agora eu sei: é a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro. A definição, por si só, ocupa um parágrafo, mas é ela quem vai julgar a quem cabe a obra de contenção na altura do quilômetro 53, na serra da RJ-116. A charge de Silvério resume bem a novela que já dura quase dois anos, sem um final feliz.

O  Papa Francisco instituiu o quarto domingo de julho como o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, nas proximidades dos festejos de Sant´Ana e São Joaquim, avós de Jesus, pois, o Cristo teve família e foi criancinha também. A data, no sentir do Papa Francisco, “permite aos fiéis recordar e celebrar os vovôs e vovós”.  Que assim seja para todos que amam a natureza do envelhecer na existência humana. Contudo, os avós da atualidade estão cada vez mais jovens, participativos e funcionais.  E como diz o ditado: “Na casa do vovô e da vovó, pode tudo”! Ou, quase tudo, melhor dizendo. Parabéns!

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Bodas de Ouro com missa

terça-feira, 27 de julho de 2021

Bodas de Ouro com missa

O querido casal Waldecir e Virgínia Lúcia Freire de Almeida, sem comemorar como gostaria com uma bela festa, celebrou os 50 anos de união ao lado de familiares mais próximos com missa  presidida pelo padre Yves Barcellos Mozer, na noite do último sábado, 24, na Igreja de Santa Terezinha.

Enviamos ao Waldecir, o conhecido Galo, e a Virgínia, na foto com os netos Guilherme e João Paulo, nossas congratulações com votos de contínuas felicidades conjugais.

Jovem grande chef

Bodas de Ouro com missa

O querido casal Waldecir e Virgínia Lúcia Freire de Almeida, sem comemorar como gostaria com uma bela festa, celebrou os 50 anos de união ao lado de familiares mais próximos com missa  presidida pelo padre Yves Barcellos Mozer, na noite do último sábado, 24, na Igreja de Santa Terezinha.

Enviamos ao Waldecir, o conhecido Galo, e a Virgínia, na foto com os netos Guilherme e João Paulo, nossas congratulações com votos de contínuas felicidades conjugais.

Jovem grande chef

A cantora juvenil Giovana Aguilera de Matos Soares que através da edição do ano passado do programa de TV, The Voice Kids, mostrou para Nova Friburgo, assim como para o Brasil, o seu nato talento como cantora, demonstrou, mais uma vez, garra e disposição para conseguir um futuro brilhante: recentemente ela lançou um novo desafio para fazer aflorar sua capacidade em outro tipo de arte.

Com 14 anos, a Giovana é uma das inscritas no Curso de Gastronomia da Escola Superior da Universidade Candido Mendes em  Nova Friburgo iniciado semana passada no Country Clube.

Assim como na música, a agora chef Giovana Aguilera promete dar show também na cozinha.

Amanhã, nova idade

Amanhã, 28, o dia será do simpático jovem integrante do Sanatório Naval de Nova Friburgo Caio Fernandes Oliveira (foto) receber os cumprimentos especiais pela nova idade. Ele celebra 24 anos para satisfação toda especial da mãe Tânia Lúcia Fernandes, demais familiares e claro, sua querida noiva, a botafoguense Júlia Amorim.

Nossas congratulações ao Caio com votos de mais e mais felicidades, sucessos e grandes realizações.

Vivas para a Eliete

No último domingo, 25, ao lado dos familiares, do filho André, netas Thaís e Mirella, o namorado Carlinhos e - infelizmente, distante da filha LÍlia, do genro Paul e dos netos Noah e Bella que residem na Austrália -, a querida irmã deste colunista, a sempre guerreira Márcia Eliete Dias Ivan celebrou mais um ano de vida, com as bênçãos também de São Cristovão, o santo do dia.

Com infinito amor, carinho e admiração que não é só de minha parte, enviamos os votos de muita saúde, felicidades, e sucessos para a amada Eliete. Parabéns!

Dia do prazer

Como é do conhecimento de todos, existem datas comemorativas para tudo no Brasil, algumas até bem surpreendentes.

E entre estas, consta que o próximo sábado, 31, será o Dia do Orgasmo.

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O sentido do sofrimento

terça-feira, 27 de julho de 2021

Diante de uma visão panorâmica da sociedade contemporânea, desfila-se um quadro sobre um dos temas que estão entre as principais perguntas existenciais do homem: Qual o sentido do sofrimento? As práticas do homem moderno, suas ideologias e a compreensão da essência da humanidade parecem sempre caminhar para uma total negação do sofrimento e uma busca desenfreada pelo prazer. Neste sentido, o ser humano foge ou nega tudo aquilo que pode lhe proporcionar qualquer tipo de desprazer.

Diante de uma visão panorâmica da sociedade contemporânea, desfila-se um quadro sobre um dos temas que estão entre as principais perguntas existenciais do homem: Qual o sentido do sofrimento? As práticas do homem moderno, suas ideologias e a compreensão da essência da humanidade parecem sempre caminhar para uma total negação do sofrimento e uma busca desenfreada pelo prazer. Neste sentido, o ser humano foge ou nega tudo aquilo que pode lhe proporcionar qualquer tipo de desprazer. Não é à toa que numa sociedade como a que vivemos impere a lei do menor esforço, da vantagem, do individualismo, do egoísmo e do hedonismo.

No entanto, o sofrimento faz parte da existência humana. Não se pode evitá-lo. Ele é uma realidade! Mesmo que em graus diferentes algum dia todos se encontrarão com ele. Assim, aumenta a angústia do homem frente a esta realidade da qual não se pode fugir. Algumas correntes teológicas baseadas na concepção de que Deus criou o homem para a felicidade, seguem o mesmo caminho da sociedade hedonista.

A busca pelo prazer e pela satisfação, por vezes, vem mascarada de prosperidade garantida por Deus àqueles que professam nele a sua fé. Ou ainda a negação do sofrimento como uma realidade permitida por Deus, e que, por isso, deve ser superada.

A fé católica, centrada no exemplo de Cristo, que padeceu e se entregou ao sacrifício como livre oferta de amor, não pode se fundar sob o pretexto de proclamar a felicidade eterna em um mundo futuro. A fé não pode alienar-se à angústia do ser humano, muito menos subestimar o seu valor. Primeiramente, a fé destaca que o mal e o sofrimento sempre estiveram presentes na história e na humanidade. Depois, observa que, em grande parte, a fonte do mal e do sofrimento humano é o coração do homem, nos seus reflexos egoístas, no apetite pelo prazer e pelo poder, principalmente na dureza do coração. Fatos estes já apresentados como consequência da busca de uma vida sem tribulações.

Logo, a busca de uma vida assim gera ainda mais sofrimento. Pode parecer então que não existe esperança para quem sofre, contudo a revelação bíblica e a fé cristã incentivam o homem na busca de caminhos que o conduzem a uma mudança, apelando ao livre arbítrio e para o senso de responsabilidade. Afirma ainda a Igreja que a presença de dores e alegrias na vida dos povos é uma ação de Deus, para que tudo concorra para o bem dos que o amam.

Para além da tentativa de compreender e situar o sofrimento na vida do homem, a Igreja defende junto com São Paulo o gozo no sofrer e assim convida aos que sofrem a entrarem no sentido salvífico do sofrimento. A especificidade do agir cristão diante da angústia é testemunhada na pregação apostólica e no testemunho dos mártires. Entendem que seu sofrimento é uma forte via de união ao sacrifício de Cristo por toda a humanidade.

Por isso, ao invés de ser negado, evitado ou superado o sofrimento deve ser abraçado por amor a Cristo e à sua Igreja, mas não com mera passividade, e sim livre acolhimento e testemunha de amor ao sofrimento.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Este não será o último poema

segunda-feira, 26 de julho de 2021

As oficinas literárias sempre nos oferecem temas para escrever. Nesta semana, Pablo, um amigo de oficina de escrita literária, me deu um motivo para elaborar minha coluna semanal. Mais um. Há poucas semanas, ele havia me enviado o texto “O Poeta e o Fantasiar”, de Freud, escrito em 1908. Ao ler, fiquei instigada em escrever a respeito e elaborei o texto “Beijo de Cetim”.

As oficinas literárias sempre nos oferecem temas para escrever. Nesta semana, Pablo, um amigo de oficina de escrita literária, me deu um motivo para elaborar minha coluna semanal. Mais um. Há poucas semanas, ele havia me enviado o texto “O Poeta e o Fantasiar”, de Freud, escrito em 1908. Ao ler, fiquei instigada em escrever a respeito e elaborei o texto “Beijo de Cetim”.

Nesta semana, ele falou a respeito da dor da perda. E, mais uma vez, fiquei tocada pelo tema. Os sentimentos que envolvem a situação de perda, sejam por causa de decisões, viagem, morte, entre tantos, são fortes. Tomam conta dos dias seguintes, invadem pensamentos e nos atingem em cheio. As emoções que preenchem a parte perdida não são próprias de um grupo social, nem de uma cultura, que cria vários ritos para externá-las. Este sentir é universal. A dor nos atravessa da mesma forma em qualquer tempo e lugar.

  A perda faz parte da vida e, consequentemente, a tristeza é o sentimento que se segue. Temos que lidar com ela para recompor a parte de nós que perdemos. Músicos, escritores, pintores e demais artistas buscam a arte como meio de extravasar a dor sofrida. Talvez pelo fato de sermos incompletos, precisamos de algo a mais que nos dê a sensação de completude. Até um animal cumpre essa função e, quando o perdemos, a dor nos veste de diversas formas. Geralmente, o dono busca um outro animal para suprir a sensação da ausência.

A folha de papel em branco é terapêutica e está sempre disponível a qualquer um, do padeiro ao maestro. Eric Clapton compôs “Tears in Heaven”, uma das mais belas músicas do século passado, depois de perder seu filho de quatro anos em 1991. Ah, como os poetas falam desta dolorosa sensação de privação, criando versos! Alguns cronistas citam a importância da perda nos processos de amadurecimento, uma vez que permitem que a pessoa aprenda a olhar de modo diferente para o viver. Uma vida sem perdas não é real.  

 

Soneto de Separação

                                        Vinícius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso de branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

 

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama

 

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente

 

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente

 

A dor, decorrente da perda, é capaz de semear possibilidades, de transformar modos de sonhar e de realizar. Neste sentido, a saudade tem como iluminar o amanhã, uma vez que na ausência há um grito ao novo. A dor da perda não pode ser eterna. Tem que conter a energia, mesmo que através de flashes, da esperança. A poeta, Frida Khalo, faz emergir da sua dor palavras que resgatam a força de viver. “Bebia para afogar as mágoas, mas as malditas aprenderam a nadar”.

   Deixo, para finalizar, Fernando Pessoa que tão bem exprime o recomeçar.

Eu amo tudo o que foi

Tudo o que já não é

A dor que já não me dói

A antiga e errônea fé

O ontem que a dor deixou,

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje já é outro dia

 

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Friburguenses revoltados com os serviços da Amae

sábado, 24 de julho de 2021

Edição de 24 e 25 de julho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com a supervisão de Henrique Amorim​

Manchetes:

Edição de 24 e 25 de julho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com a supervisão de Henrique Amorim​

Manchetes:

  • A Autarquia Municipal de Água e Esgoto permanece no firme propósito de malquistar a administração municipal  perante o povo friburguense:  Ruas esburacadas por vazamentos em canalizações, com bairros, ruas e locais apresentando deficiências e ou falta total do precioso líquido. A Amae, a nossa Autarquia Municipal de Água e Esgoto, não dispõe da mínima credencial para assumir novos compromissos, assim como quaisquer parcelas de responsabilidades relacionadas com obras ou serviços do governo municipal. – Para evitar que a calamitosa situação de incapacidade e incúria cheguem ao máximo tolerável, somente uma alternativa está de pé: a encampação da Amae com a ‘’expulsão dos estrangeiros da água.’’
  • Outra vitoriosa “tese” de A VOZ DA SERRA: O prefeito Feliciano Costa  não permitirá qualquer majoração nas tarifas sobre consumo d’água. – Freada a ganância da Amae, organismo que nasceu com o propósito de zombar da paciência do nosso povo.
  • Prefeito Feliciano Costa quer saber detalhes: Se reuniram com o prefeito membros da Fundação Sesp, secretários da prefeitura e o procurador, Prudêncio Rodrigues Miranda para discutir o serviço de água e esgoto do município. Feliciano Costa disse que desejaria uma solução radical para o problema, que aflige a população. Ficou resolvido o envio de ofício da Procuradoria da prefeitura à direção da Fundação Sesp, solicitando a remessa de documentos capazes de uma orientação acertada em benefício da população. 
  • Cooperativa dos Lavradores: Tanto o prefeito Feliciano Costa como o seu chefe de gabinete, Zanon Z.Costa, vêm representando papel relevante na fundação da Cooperativa dos Lavradores da região, atendendo ao pedido do secretário de Agricultura do Estado do Rio. Oferecendo prestígio pessoal e oficial, essas autoridades públicas cumprem as tarefas e colocam as peças disponíveis da administração para que os que cuidam do amanho da terra sejam beneficiados por entidade própria voltada para os seus interesses.
  • Lição de democracia: Um detalhe marcante da Exposição Agropécuária e Industrial de Cordeiro não passou despercebido: o carinho com que o governador Raimundo Padilha tratou o senador Amaral Peixoto. O chefe do Executivo convidou o líder oposicionista para a mesa e ainda desceu da tribuna de honra, onde já estava, para encontrar o adversário. Com o gesto, Raimundo Padilha reconheceu os méritos de Amaral, com quem sempre manteve relações cordiais. 
  • Agência Fluminese de Informações: Nos modernos governos ocupa lugar de relevância o setor encarregado das divulgação das matérias oficiais e dos assuntos direta ou indiretamente ligados à administração pública. À chefia desses órgãos cabe múltiplas tarefas que somente a inteligência, a capacidade e “cancha” sobre o assunto poderão resolver. Quando o governador Padilha foi buscar um conhecido jornalista para dirigir a AFI já sabíamos que o resultado seria o que todos  observam, sentindo-se que o gabaritado profissional da pena que relevantes serviços prestou a Embaixada  Americana do Rio de Janeiro daria, como deu especial colorido às funções que lhe foram confiadas. 

Pílulas:

  • Em “Linha de Frente” os nossos colegas de “Jornal da Serra” tecem uma série de considerações sobre a política friburguense, alguns dos seus homens e vários de seus líderes anunciando para breve, uma bomba. A urdidura deixa muito a desejar, e garantimos, a tal bomba não passa de um busca-pé dos mais fracotes. A simpatia com que vimos tratando o governo Feliciano Costa é a resultante de uma velha amizade cimentada por manifestações que somente uns poucos que falam a linguagem da sinceridade numa camaradagem sem subalternidades poderão bem compreender. 
  • O secretário de Agricultura, João de Abreu Jr. vem animando o movimento da instalação de uma Cooperativa Rural em Friburgo. Para a consecução do objetivo reuniões têm sido realizadas. Somos do time dos que acham que o êxito de uma organização cooperativista está na atividade, inteligência e sobretudo na absoluta dedicação dos homens que a dirigem..
  • A Associação dos Ex-Combatentes do Brasil – Seção de Nova Friburgo – organiza um programa de alto sentido comemorativo que vai homenagear os náufragos das marinhas do Brasil que pereceram do cumprimento do dever, como heróis da Pátria, com missa na capela de Santo Antônio.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Henrique Malheiros (25); Paulo Braune (26); Edson Roberto (27); Aurora Ventura Fernandes e Madre Lúcia Braune (28); José Antônio Alves (29); Joege Luiz (30); Humberto Teixeira de Moraes,  Hatuelpes Canedo e Theodoro (31).

 

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O sangue das árvores

sábado, 24 de julho de 2021

Árvores sangram e quando uma tomba sangra a alma da humanidade. Morremos, pouco a pouco, em suicídio coletivo. É uma morte cruel e lenta, própria das torturas. 

Consciência ambiental é mais do que sinal de evolução. É o sentimento de ser parte de algo maior, integrar algo que extrapola a nossa existência, pois se perpetua para além da gente mesmo.

Árvores sangram e quando uma tomba sangra a alma da humanidade. Morremos, pouco a pouco, em suicídio coletivo. É uma morte cruel e lenta, própria das torturas. 

Consciência ambiental é mais do que sinal de evolução. É o sentimento de ser parte de algo maior, integrar algo que extrapola a nossa existência, pois se perpetua para além da gente mesmo.

Árvores são pequenos planetas que abrigam uma infinidade de vidas, muitas das quais nossa visão limitada não permite ver. Mas mesmo que não vejamos, é sabido que todo o equilíbrio está até mesmo nos mais micros seres. E, sentimos na pele, as mudanças climáticas que seguem apenas o enredo que cada um de nós tem escrito. Somos vítimas de nós mesmos. Estamos nos torturando. A Terra pede socorro, grita! Nem é preciso tanta atenção para perceber.  

Em nome do progresso, da ganância, da vaidade, rompemos o trato com a vida. É motosserra ferindo tronco, é machado rompendo caule, é queimada sujando a terra de sangue. Sangue de árvore, cuja tintura não vinga o desprezo do homem, pois é o próprio homem tirando de si, dos seus filhos, dos próximos que virão.

Da varanda de minha casa, tenho o privilégio de ver muitas árvores. Há uma em especial que quase entra na minha sacada. Ela tem braços longos, troncos marcados em tatuagens diversas, folhas com várias tonalidades de verde. Em algumas épocas do ano, tem pequenas flores e frutos. Recebe além do meu olhar, visitas de pássaros dos mais diversos que me acordam todas as manhãs e que me avisam a cada entardecer da despedida do sol. É um relógio prazeroso, ainda que todo relógio seja um aviso de que o tempo está passando. 

Por mais que o tempo esteja passando para mim, para todos nós, para essa árvore, ainda não chegou a hora dela. Querem cortá-la. Seria apenas mais uma. Ora, vaidade para os olhares sensíveis de quem quer continuar apreciando-a todos os dias. Afinal, qual a importância de uma árvore? 

A mesma importância das árvores derrubadas da praça, das inúmeras espécies assassinadas todos os dias, em todos os cantos, para limpar terreno, para cair menos folhas no quintal, para construir, para se livrar de supostos riscos, para dizer ao planeta quem é que manda! 

Pois, as revoluções cotidianas se fazem com atitudes miúdas: parem! Permitam o ciclo natural seguir seu curso. Não sangrem mais uma árvore. Não me matem!        

Pode parecer um manifesto, um manifesto de características panfletárias. Manifestos e panfletos, por mais justos, geralmente levam ao torcer de narizes, ainda mais em tempos de lutas para provar obviedades. Mas é tão óbvio que estamos nos suicidando. Somos a natureza ou parte dela, e, estamos contra ela, contra nós mesmos. Não podemos compactuar com os profetas da ignorância. Esses que trucidam a Amazônia, o Pantanal e se reproduzem nos que destroem nossa Mata Atlântica, nossas médias e pequenas florestas ou mesmo nos que cortam, em vão, uma árvore – repouso dos pássaros e sustento de tantas outras vidas.   

Sustentabilidade não pode ser modismo, regeneração é necessidade urgente. Derrubar uma árvore é ceifar o futuro, é matar esse pouco de todos que ainda resta em nós. Portanto, preservar, recuperar, regenerar, conscientizar. Sangue de árvore, é sangue de gente, da gente mesmo. 

 

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(Foto: Henrique Pinheiro)
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