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Antecipação da segunda dose

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Antecipação da segunda dose
Aproximadamente dez municípios fluminenses anunciaram que vão antecipar a segunda dose da vacina AstraZeneca para oito semanas. O intervalo regular entre as duas aplicações é de 12 semanas. Nova Friburgo não esboçou ainda qualquer tipo de antecipação de segunda dose deste imunizante.

Antecipação da segunda dose
Aproximadamente dez municípios fluminenses anunciaram que vão antecipar a segunda dose da vacina AstraZeneca para oito semanas. O intervalo regular entre as duas aplicações é de 12 semanas. Nova Friburgo não esboçou ainda qualquer tipo de antecipação de segunda dose deste imunizante.

Decisões municipais
A medida ocorre depois que a Secretaria estadual de Saúde autorizou as prefeituras a reduzir o intervalo. A decisão do governo do estado, no entanto, é apenas uma recomendação, já que cada prefeitura tem autonomia para definir as regras da sua campanha de imunização.

Acelera vacina
A redução do intervalo visa acelerar a imunização completa da população, em um momento em que o país tem casos confirmados da variante Delta, incluindo casos na capital, Campos, Seropédica, São João de Meriti e Itaboraí. Esta nova cepa é considerada mais transmissível.

Prioridade para a 1ª dose
Especialistas, no entanto, são críticos à medida de antecipar em quatro semanas a aplicação da segunda dose da AstraZeneca. Consideram que, apesar de ter evidências de que se pode antecipar, o mais importante agora é imunizar mais pessoas pelo menos com a primeira dose. Avaliam que mesmo que não garanta 100%, já se obtém boa resposta imunológica.

Avanço
Nova Friburgo acelerou a vacinação de primeira dose nas duas últimas semanas, com mudanças também na política de xepa, ou seja, das vacinas que sobram ao final do dia. O número de vacinados, pelo menos com a 1ª dose, aumentou consideravelmente. Ritmo que melhorou também a imunização por faixa etária.

Termômetros turísticos
O frio veio de rachar e movimentou os termômetros da cidade que viraram queridinhos nas redes sociais. O do Paissandu, sempre está um grau abaixo do termômetro do início da Alberto Braune. Para quem gosta de tirar fotos, com a temperatura menor, portanto, recomenda-se o termômetro do Paissandu.

Medidas erradas
No entanto, ambos os termômetros do Centro não marcam a temperatura exata. Geralmente quatro graus abaixo do que realmente está. Seria mais para turista ver. O que não é mal chamariz, afinal o frio é atrativo. De qualquer sorte, vale o que está escrito e o que o corpo sente. Que o diga a sensação térmica...

Geadas 
Esse mesmo frio ilustrou as redes sociais com jardins com gelo e carros com placas de geada. De São Lourenço a São Pedro da Serra houve registros dos mais inusitados com o inesperado frio da madrugada de segunda para terça. As temperaturas devem continuar baixas nos próximos dias.

Hora de vender carro usado?
Carros usados estão em alta no mercado. Por Nova Friburgo, sempre foram mais caros do que na capital, por exemplo. Veículos com quatro a dez anos de uso, valorizaram, em média, 13,04% — especialmente aqueles que têm mais de quatro anos de fabricação. O motivo desse inusitado é muita demanda e pouca oferta.

Mercado aquecido
As pessoas estão querendo comprar carros, mas o mercado não consegue entregar. Tanto nos seminovos e usados, quanto nos novos. Outros dados que corroboram para essa marca é que de janeiro a junho, houve uma alta de 81% no emplacamento desses veículos, em comparação com 2020. A média diária de vendas do setor teve aumento de 7,8% em relação ao mesmo período de dois anos atrás. Números semelhantes ao de Nova Friburgo.

Inflação
O preço médio dos veículos zero quilômetro subiu cerca de 15%. Várias fábricas chegaram a ficar fechadas temporariamente em abril por causa do coronavírus e da falta de chips semicondutores, que são fundamentais na produção dos veículos. A escassez de peças não só atrasou a entrega de inúmeros veículos novos, como ainda está forçando fábricas a interromperem a produção.

Friburguense
Após empatar em casa, o Friburguense reencontra o finalista da última vez em que venceu a segundona: o América. Boas recordações, em especial, nas partidas fora de casa, onde o tricolor tem bom retrospecto diante do adversário. Vencer hoje é fundamental.

Confronto de grupos
Como os times enfrentam adversários do outro grupo, mas marcam pontos em seus próprios grupos, a competição fica mais complexa, pois um não tira ponto do outro. Então, vale a torcida sempre para os times do grupo que não são do Frizão. Isso dá condição de um time alcançar a zona de classificação sem combinações de resultados.

Sem data de julgamento
Até o fechamento desta coluna, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) ainda não havia marcado a data do julgamento do caso Friburguense, o que pode mudar os destinos do 1º turno. Vitorioso em campo, o Tricolor da Serra teve os pontos tirados, porque um jogador seu simplesmente sumiu do registro da Federação de Futebol.

Rei do tapetão
Mesmo comprovado que o erro foi da Fferj, o Americano insistiu e venceu no tapetão. Em campo, acabou como vice, mas tudo pode voltar atrás a partir dessa decisão judicial. Se o Americano vencer no tapetão, o Artsul é campeão do 1º turno. Se o Friburguense confirmar no tapetão o que conquistou em campo, nova semifinal entre Friburguense e Audax, com o vencedor encarando o Artsul, em uma nova final.   

Palavreando
“Há um turbilhão de pensamentos soltos no céu de minha cabeça. Perfilam palavras em frases sem artigos. Mas a desconexão delas não impede que eu entenda que espera e procura perdem sentido quando afirmo a vida para firmar pacto de felicidade comigo mesmo”. 

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mais frio para Nova Friburgo

quarta-feira, 21 de julho de 2021

A previsão é de temperaturas baixas para Nova Friburgo nos próximos dias, quando os termômetros não deverão ultrapassar os 23 graus de máximas e as mínimas deverão variar de 4 a 8 graus. Uma trégua é aguardada para o próximo fim de semana com a previsão das mínimas variarem entre 15 e 16 graus. Isso significa que os agasalhos têm que sair dos armários, mais uma vez. Gorros e cachecóis idem. As lareiras deverão funcionar a todo vapor, assim como os aquecedores ambientais. Não poderá faltar, também, um bom vinho, fondues e sopas bem quentes para ajudar a amenizar o frio.

A previsão é de temperaturas baixas para Nova Friburgo nos próximos dias, quando os termômetros não deverão ultrapassar os 23 graus de máximas e as mínimas deverão variar de 4 a 8 graus. Uma trégua é aguardada para o próximo fim de semana com a previsão das mínimas variarem entre 15 e 16 graus. Isso significa que os agasalhos têm que sair dos armários, mais uma vez. Gorros e cachecóis idem. As lareiras deverão funcionar a todo vapor, assim como os aquecedores ambientais. Não poderá faltar, também, um bom vinho, fondues e sopas bem quentes para ajudar a amenizar o frio.

Eu, particularmente, amo o frio e esse foi um dos motivos que me fizeram escolher Friburgo como local para fixar residência e iniciar minha vida profissional. E lá se vão 44 anos. Optei pelo bairro Cônego, que mesmo com a ocupação desenfreada dos últimos anos, ainda continua com aquele friozinho gostoso e aconchegante, principalmente ao entardecer e pela manhã. Sem falar que seu polo gastronômico consegue oferecer pratos típicos da estação fria, que são sempre muito saborosos. Aliás, até o final deste mês, o Festival Gastronômico de Inverno estimula muitos restaurantes da cidade a aderir a iniciativa promovida pela Secretaria de Turismo.

Se a cidade tivesse seguido a tradição das construções alemãs e suíças, nossos principais colonizadores, teríamos um sistema de calefação mais adequado para o nosso inverno e nossas fachadas seriam mais parecidas com aquelas do sul do país, tipo Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, e, mesmo, Campos do Jordão-SP. Essa colocação é importante porque desde a sua fundação e até a década de 1970, quando Nova Friburgo ainda não tinha atingido a marca de 100 mil habitantes, o frio era maior e no Cônego as geadas não eram incomuns. Em muitas manhãs os gramados amanheciam branquinhos. Um cenário de extrema beleza.  

No entanto, é preciso tomar algumas precauções uma vez que no inverno é muito comum o aparecimento das doenças respiratórias. Gripes, resfriados, bronquites, pneumonias e a asma são as mais comuns; mas, devemos lembrar também das alergias da pele, em função do uso de roupas de lã e moletom.  Por isso, alguns parâmetros devem ser seguidos para evitar problemas. Durante o dia, quando esquenta por causa de sol, devemos abrir a casa para que o ar circule e não haja acúmulo de poeira; usar roupas quentes, principalmente, à noite. Aqueles que têm o hábito de usar lareira ou aquecedor devem ter sempre à mão um agasalho mais pesado, se tiverem necessidade de saír de casa.

Na Europa toda casa tem um local onde os casacos ficam pendurados, isso porque com a calefação ligada, a diferença de temperatura entre o interior e o exterior é grande. Entre nós isso não acontece, mas a lareira aumenta a temperatura interior e sair de casa sem agasalho pode ocasionar um resfriado. Com o frio, é sempre bom usar um cachecol e um gorro ou algo que cubra a cabeça, no caso dos carecas é uma necessidade. Luvas nem sempre são necessárias, mas há pessoas que sofrem da doença de Raynaud, cuja característica principal é mãos frias e com tonalidade mais para o azulado. Nesses casos, manter as mãos aquecidas é muito importante.

É importante frisar que nesses tempos de pandemia deve-se evitar ao máximo uma gripe, isso porque como na maioria dos casos de Covid os sintomas iniciais são os típicos da gripe, se eles estiverem presentes, um teste será mandatário, para se fazer o diagnóstico diferencial.

 É importante aumentar o consumo de alimentos à base de vitamina C, mas a melhor prevenção ainda é um bom agasalho. Desfrute desse inverno que promete temperaturas baixas, mas não descuide dos cuidados preventivos causados pelas baixas temperaturas.

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Qualquer que seja a viagem, sempre o melhor roteiro!

terça-feira, 20 de julho de 2021

O Caderno Z do último fim de semana trouxe em sua capa uma foto, que é tão real, que se meu pai estivesse aqui, certamente, vestiria seu guarda pó para vivenciar “a última viagem do trem”. Papai amava contar histórias e se emocionava ao recordar a derradeira passagem da Maria Fumaça pela cidade. E eu sinto essa mesma emoção permeando os relatos da historiadora Vanessa Melnixenco: “Foi assim que no dia 15 de julho de 1964, o governo mandou suspender o serviço...”.  Era essa uma tristeza de papai.

O Caderno Z do último fim de semana trouxe em sua capa uma foto, que é tão real, que se meu pai estivesse aqui, certamente, vestiria seu guarda pó para vivenciar “a última viagem do trem”. Papai amava contar histórias e se emocionava ao recordar a derradeira passagem da Maria Fumaça pela cidade. E eu sinto essa mesma emoção permeando os relatos da historiadora Vanessa Melnixenco: “Foi assim que no dia 15 de julho de 1964, o governo mandou suspender o serviço...”.  Era essa uma tristeza de papai. E Vanessa segue: “Todos ficaram sem palavras quando, dias depois, os dormentes foram destruídos e o trilhos, arrancados...”. 

Renato Henrique Gomes da Silva, membro da diretoria do Clube do Trem Nova Friburgo, fez um passeio pela história, numa narrativa envolvente que culminou na “Viagem dos Sonhos”, no trecho Fazenda da Laje-Sumidouro, onde se plantou a esperança de uma “linha regular de trem, inicialmente turística”, entre Nova Friburgo e Sumidouro. Ainda é sonho, mas tem força para a sua realização futura.

Deborah Cunha, presidente do Clube do Trem, ressalta a “beleza cênica” da região por onde a linha turística está idealizada e destaca: “Seguimos com esse objetivo: obter apoio de investidores que vislumbrem a reconstrução da ferrovia em nossa região que possui fortíssimo potencial turístico e certamente poderá oferecer grande desenvolvimento econômico...”.

Girlan Guilland, que nasceu 11 meses depois da última passagem do trem, em 1964, parece que já nasceu sabendo tudo sobre “as causas ferroviaristas”. Também ele é incentivador da linha turística Fazenda da Laje-Sumidouro, pois, no seu entender, “terá grande e positivo impacto, sobretudo ao criar mais um atrativo turístico, principalmente, pós-pandemia...”. E garante: “é uma das grandes apostas para a retomada econômica...”. Será mesmo um sonho de passeio!

O professor e jornalista Giovanini Faria, que já percorreu, por 11 vezes, o Caminho de Santiago de Compostela, confessa: “as emoções de caminhar pelo antigo leito do trem de nossos antepassados são imbatíveis. É sensação caseira, é flertar com séculos passados...”. Giovanni, se pudesse, “roubaria a canção “Encontros e despedidas”, de Milton e Fernando Brant. Então, meu querido, vamos roubar juntos! Confesso que não é fácil sair dessa viagem que o Caderno Z nos proporcionou, mas saímos com Wanderson Nogueira, em alto estilo: “O tempo só anda para a frente. O passado, para o tempo, é história...”. E a história para o tempo é preciosa.

Falando em tempo, na coluna “Há 50 anos”, A VOZ DA SERRA noticiou em julho de 1971 que o então governador Raymundo Padilha prestigiou a abertura da Exposição Agropecuária de Cordeiro. Agora, passado meio século, o tradicional evento da região recebeu o título de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Inaugurada em 4 de maio de 1921, pelo presidente da República, Epitácio Pessoa, nada melhor para festejar o seu centenário, do que um título de tamanho reconhecimento. O autor da proposta junto a Alerj é o deputado estadual Felipe Peixoto. Parabéns, Cordeiro, pela conquista!

A procura por doses rotineiras de vacinas para crianças caiu bastante nos últimos tempos. A queda, em parte, se deve ao fato de os pais terem medo de levar os pequenos para os postos durante a pandemia do coronavírus. Entretanto, a pneumopediatra, Renata Salgado, alerta para a importância da vacinação. Ao contrário, para os adultos, a vacinação contra a Covid-19 ganhou mais abrangência com o novo calendário. Até o dia 10 de agosto, espera-se que a vacina já tenha contemplado até os jovens de 18 e 19 anos. Em breve, todos estaremos vacinados. Uma boa notícia para quem não se vacinou ainda e que já tenha passado a sua idade, é pegar a “xepa”, no final do dia, nos postos de vacinação. 

“A VOZ DA SERRA recebe doações para população de rua”, em sua nova sede, no Espaço Arp. Os donativos arrecadados são encaminhados aos grupos de voluntários das campanhas para as devidas entregas. Nas graças da solidariedade, o povo friburguense se une e oferece a ternura de seu calor humano. Que maravilha!

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Rotarys friburguenses com visitante especial

terça-feira, 20 de julho de 2021

Rotarys friburguenses com visitante especial

Em razão de Nova Friburgo ser, também aos olhos do renomado Rotary Clube, uma cidade de destaque por possuir um quinteto de atuantes clubes de serviços, um visitante especial aportou em terras friburguenses ontem, 19.

Rotarys friburguenses com visitante especial

Em razão de Nova Friburgo ser, também aos olhos do renomado Rotary Clube, uma cidade de destaque por possuir um quinteto de atuantes clubes de serviços, um visitante especial aportou em terras friburguenses ontem, 19.

Trata-se de Flávio Alejandro Zárate Chabluk (foto), que é governador do Distrito 4.751 do Rotary, que engloba os estados do Rio de Janeiro e Espirito Santo, que esta semana cumpre vasta agenda de atividades e sobretudo, visitas oficiais aos Rotarys Clubes Nova Friburgo, Imperador, Caledônia, Suspiro e o Olaria.

O governador Flavio Chabluk, de descendência argentina, casado com a belga  Viginie e que é associado ao Rotary Clube de Búzios, na Região dos Lagos, está sendo ciceroneado pelos governadores assistentes do Distrito 4.751, Cláudia Quintanilha e Jorge José Gouveia Abrunhosa. Flávio Chabluk deve permanecer em Nova Friburgo até o próximo sábado, 24, quando retornará para sua casa na Região dos Lagos.

Rezende no Leblon

O empresário Braulio Rezende e seu filho Braulinho, sempre a mil por hora em suas atividades profissionais, estarão se ocupando ainda mais a partir de meados do mês que vem.

É que além de suas três lojas em Nova Friburgo, eles com sua dedicada equipe estão ultimando os preparativos para abertura da filial sua empresa no bairro do Leblon, na Zona Sul carioca.

Engenheiro mecânico

Uma grande satisfação a mais viveram na última sexta-feira, 16, o querido e veterano médico friburguense, dr. Sérgio Ribeiro da Silva, a esposa, Emília Regina Monnerat da Silva, sua filha Maria Monnerat da Silva e esposo Rodrigo de Azevedo Custódio.

É que o neto do dr. Sérgio, Matheus Monnerat da Silva Lima (foto), colou grau no curso de Engenharia Mecânica do Centro Técnico-Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Cumprimentos á família e em especial ao querido Matheus com votos de sucesso em sua carreira profissional.

Centro de Cidadania LGBT

No último dia 14, o Centro de Cidadania LGBT da Região Serrana Hanna Suzart, retornou com as suas oficinas e encontros, após alguns anos de paralisação em Nova Friburgo e cuja a reforma das instalações contou com apoio da prefeitura.

O Hanna Suzart conta com a parceria do Governo do Estado através do programa Rio Sem Homofobia, e tem a frente como coordenadora a assistente social Alexandra Cavalheiro que assumiu esta missão e vem implementando uma série de ações e intervenções com dinâmicas e oferecimentos de serviços de psicologia, assistência social e auxílio jurídico.

O Centro de Cidadania LGBT de Nova Friburgo funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h num dos recintos da antiga Rodoviária Leopoldina, ao lado da prefeitura. Quem desejar mais informações, pode entrar em contato também pelo telefone (22) 2523-7907.

2° níver na Austrália

Na última quinta-feira, 15, os corações da avó Márcia Eliete, tios André e Thaís, prima Mirella e demais familiares de Nova Friburgo, estiveram ainda mais voltados para a longínqua cidade australiana de Melbourne.

É que o gracioso Noah Dias Murray (foto) completou seu 2° aniversário junto ao amor da mãe Lilia, pai Paul e a irmã, Bella.

Parabéns e um mundo de felicidades para o Noah e seus familiares.

Caldos na Santa Edwiges

A Paróquia de Santa Edwiges, no bairro Vale dos Pinheiros, estará oferecendo no próximo dia 31, um sábado, das 16h às 20h, mais um cardápio de delícias com a renda apurada com a venda de kits para as obras sociais da igreja. Desta vez, será preprara uma deliciosa Canjiquinha com Costelinha e Vaca Atolada, com os pratos custando R$ 10.

Os interessados devem comprar os convites antecipadamente, para retiradas das quentinhas na Igreja Santa Edwiges no dia 31.

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O devorador

terça-feira, 20 de julho de 2021

O contexto atual é marcado pela velocidade e se encontra sob a (o)pressão do relógio. Esta máquina de medir o tempo, que antes ficava nas praças, depois invadiu as casas e nas paredes passou a tiranizar a existência humana. Com o progresso, foi entrando no bolso e chegou ao pulso do homem, e agora está dentro do coração/mente, onde marca o passo, um passo acelerado que oprime e que faz este homem esquivar-se de sua essência.

O contexto atual é marcado pela velocidade e se encontra sob a (o)pressão do relógio. Esta máquina de medir o tempo, que antes ficava nas praças, depois invadiu as casas e nas paredes passou a tiranizar a existência humana. Com o progresso, foi entrando no bolso e chegou ao pulso do homem, e agora está dentro do coração/mente, onde marca o passo, um passo acelerado que oprime e que faz este homem esquivar-se de sua essência.

A vida é contada pelo passar das horas, dos dias, dos meses e dos anos e não mais a partir das atividades realizadas nesse tempo. O homem rende-se ao senhorio do time cronológico. Este modo de proceder nos faz lembrar a figura mitológica do Chronos, o deus do tempo, que devorava seus próprios filhos para manter-se no poder.

O homem contemporâneo vive imerso em uma sociedade que exige cada dia mais agilidade e produtividade. Tanto que agora é possível acelerar áudios em aplicativos de mensagens, a fim de que se possa fazer mais em menos tempo. Subjugando, assim, as relações interpessoais ao lucro do tempo.

A regra da vida do homem não está mais relacionada ao seu corpo – tempo biológico – e às necessidades que este lhe apresenta. É cada vez mais comum encontrar pessoas que se rendem às jornadas de trabalhos exaustivas e abusivas. Não se respeita mais as horas de sono, de se alimentar, de descansar, mas respeitam-se unicamente os ponteiros do relógio que administra as horas de trabalho, de produção e de consumo.

Outro fator que se pode evidenciar é o descaso, ou melhor, a inversão do tempo social. É notável que a vida do homem em sociedade, em certo período, vem se transformando a ponto deste homem perder-se em meio às horas contadas na exigência de produzir e não mais atentar para as necessidades de relacionamentos. O tempo reclama o homem só para ele. As relações com os outros – amigos, família, e até mesmo com o transcendente – estão cada vez mais restritas pelo tempo, que nunca sobra.

Um exemplo claro desta triste realidade é o descaso com os idosos. Homens e mulheres que viveram intensamente e que souberam extrair das horas vividas o bálsamo da sabedoria, agora são esquecidos à margem da sociedade. No próximo dia 25, a Igreja celebrará o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa Francisco no começo de 2021, na busca de ressaltar o valor que a história tem para a construção do futuro.

O que nos falta é, sem dúvida, tomar as rédeas de nossa vida novamente em nossas próprias mãos. Porém, não se pode alimentar a ilusão de que seremos capazes de nos livrar do alcance do tempo sobre nossa vida. Somos seres temporais, temos o tempo como condição necessária para a existência. Contudo, é preciso vencer a opressão cronológica, e dar margens e valor ao tempo de nosso corpo, ao tempo sociocultural, cosmológico e religioso. Devemos, portanto, assumir a função de regente de nossa vida e de todas as formas de tempo que giram ao seu redor.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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O fazer do livro: um processo de amor à literatura

segunda-feira, 19 de julho de 2021

A cada instante um tema me incita a escrever esta coluna semanal. Talvez, por isso, não seja repetitiva nas ideias e na construção delas. Ontem, arrumando minha estante de livros e folheando-os, comecei a pensar na energia que move a equipe que produz o livro, já que é resultado de um trabalho criativo realizado por diferentes profissionais, que se utilizam de conhecimentos e habilidades especializados, investem tempo e energias numa produção literária. 

A cada instante um tema me incita a escrever esta coluna semanal. Talvez, por isso, não seja repetitiva nas ideias e na construção delas. Ontem, arrumando minha estante de livros e folheando-os, comecei a pensar na energia que move a equipe que produz o livro, já que é resultado de um trabalho criativo realizado por diferentes profissionais, que se utilizam de conhecimentos e habilidades especializados, investem tempo e energias numa produção literária. 

O livro é um produto de consumo. Entretanto é um produto que enleva o humano que existe em cada um de nós e que vai beneficiar de alguma forma a integridade da vida. Não se confecciona um livro como se faz um relógio ou um porta-retrato. Os sentimentos que embasam o trabalho da equipe, que é interdisciplinar por essência, vão determinar a qualidade da obra. A começar pelo autor, o idealizador, pessoa que dá o crivo inicial ao projeto literário a partir de seus sentimentos, ideias e processos de criação. É um trabalho longo e delicado, que envolve várias etapas distintas, iniciado com a idealização do tema e finalizado com revisões cuidadosas do texto. 

Durante o trabalho de escrita há que se pesquisar, mesmo que seja limitado à leitura de obras em vários estilos literários, como estudo. Ah, o escritor tem que ser um estudioso de literatura, filosofia, medicina, dentre outras áreas do conhecimento. Enfim, a vida, em sua amplitude, precisa estar diante dos seus olhos para que desenvolva o texto com riqueza de detalhes. 

Saindo das mãos do escritor, outras mãos tecem o livro, compondo um trabalho de equipe continuado e diversificado. Também criteriosamente planejado e pesquisado. Assim, há a necessidade de o trabalho ser coordenado em suas etapas: projeto gráfico, ilustração, diagramação, prefácio, impressão gráfica, publicação material e virtual, divulgação e vendas. Até na leitura do texto em áudio.  Geralmente, é o autor ou o editor que vai dedicar atenção minuciosa ao trabalho de todos, em observância, principalmente, aos objetivos da obra.

Os profissionais se tornam compromissados com o livro através de uma relação que extrapola as ligações afetivas com o autor, que abrange, especialmente, a afinidade com o tema. É um fazer movido pelo respeito à liberdade de criação. Também pelo orgulho em participar do trabalho, não somente pelo conteúdo do texto, bem como pela presença dos outros profissionais, enquanto reconhecimento das capacidades individuais e histórico de realizações. 

Quando o livro fica pronto, todos estão enriquecidos, transformados e com motivos para saudar o trabalho concluído.

 

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Sopro do tempo

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Mesmo quando a maré está mansa, não significa que mansa para sempre permanecerá. Basta o sopro do tempo, o rebolar das correntezas, a inspiração da deusa do mar e as ondas vêm. É o movimento natural. Não existe maré calma eterna. Existe vai e vem da natureza, reboliço dos ventos, e logo a onda vem. Nós não escolhemos seu tamanho, não dimensionamos seu perigo, nem prevemos sua velocidade.

Mesmo quando a maré está mansa, não significa que mansa para sempre permanecerá. Basta o sopro do tempo, o rebolar das correntezas, a inspiração da deusa do mar e as ondas vêm. É o movimento natural. Não existe maré calma eterna. Existe vai e vem da natureza, reboliço dos ventos, e logo a onda vem. Nós não escolhemos seu tamanho, não dimensionamos seu perigo, nem prevemos sua velocidade. Elas chegam e nossas escolhas passarão por estarmos dentro ou fora do mar, condicionarmos nosso fôlego, aprendermos a nadar, aguçarmos nossa sensibilidade para identificarmos eventual perigo, domarmos o espírito aventureiro ou controlarmos o medo.

A onda pode ser uma marola ou chegar com a força de um tsunami, sei lá, quem vai saber? Seja o que for, precisamos estar preparados para as mudanças que podem acontecer no minuto seguinte da vida. E que podem ser ótimas, mesmo se fáceis não forem.

Gosto de comparar a vida com a natureza, pois ao observarmos carinhosamente essa engrenagem divina maravilhosa, nos damos conta de que somos parte de tudo isso e não seus senhores soberanos.

Encarar desafios pode ser um treinamento grandioso de superação. Há um enorme prazer embutido nesse exercício contínuo superarmos a nós mesmos. Quão sem graça seria a existência se a vida fosse um marasmo contínuo do início ao fim. Bom, acredito que isso sequer seria uma opção já que querendo ou não, o dia a dia é repleto de novos desafios.

Por que não acolher cada um deles como uma nova chance, uma oportunidade premiada, um grande negócio a ser feito? Transformar o medo pelo novo por motivação para seu encontro pode ser transformador. Ao invés de vislumbrarmos a muralha amedrontadora que pode estar por vir, podemos escolher avistar o belo oceano na condição mais linda que o universo pode ofertar.

Fácil não é. Mas nossa postura diante de um desafio vai gerar uma energia que pode ser positiva ou negativa, a depender de como estamos acolhendo esse movimento da vida. Abdicações, renúncias, esforço... preparação. Preparar-se para a execução da nova etapa. E durante todo o processo é aconselhável o treinamento do sentimento de gratidão, pois certamente se estamos diante de desafios, é sinal de que estamos vivos e em atividade, o que já merece nosso mais profundo agradecimento.

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Lançado projeto de construção da administração de Olaria do Cônego

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Edição de 17 e 18 de julho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim.

Manchetes:

Edição de 17 e 18 de julho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim.

Manchetes:

  • Edifício da administração regional de Olaria: Em solenidade que contou com a presença de vereadores e personalidades da política e da administração municipal, no gabinete do prefeito Feliciano Costa, foram abertas as propostas para a construção do edifício da administração regional de ‘’Olaria do Cônego’’ objeto de concorrência pública. Trata-se de um prédio que vai abrigar vários setores do governo do município, assistidos pelo administrador José Rios. No edifício, funcionarão, saúde pública e telégrafo etc, centralizando todas as repartições que prestam assistência e serviços aos municípios.
  • Muito bem!: A Agência Fluminense de Informações vem cumprindo importantíssimo papel na divulgação das matérias de interesse da administração estadual, agindo sempre com propriedade e sem os exageros comuns aos órgãos da mesma natureza. São justos e merecidos os elogios que estão sendo feitos aos novos mentores da AFI (Associação Friburguense de Imprensa), inclusive com relação às conclusões dos estudos a que chegaram, ou seja, da necessidade de serem prestigiados os jornais fluminenses que dedicadamente publicam matérias graciosas e oriundas das secretarias de Estado e de repartições, que não contam com qualquer verba para divulgação de suas atividades.
  • Governador Raymundo Padilha: O vizinho município de Cordeiro recebeu com honras especiais, o governador Raymundo Padilha, que acompanhado de enorme  comitiva prestigiou a abertura da tradicional exposição agropecuária. Tanto o governante fluminense, como o ministro da Agricultura, receberam carinhoso tratamento dos presentes. Em pronunciamento, o governador do Estado do Rio mencionou a sua decisão de prestigiar o meio rural.
  • Faculdade de Odontologia recebe novas matrículas: O prefeito Feliciano Costa recebeu telegrama do presidente do Conselho de Educação, comunicando a autorização de mais 15 novas matrículas na Faculdade de Odontologia.
  • Festa da Cerveja: Este 17 de julho de 1971 vai ficar na história. O Country Clube realiza a sua já tradicional promoção máxima: a VII Festa do Colonizador – Festa da Cerveja que já lota todos os aposentos dos hotéis. Mais de cinco mil pessoas participarão do monumental espetáculo que contará com um sem número de atrações. Magníficas orquestras, soberba ornamentação e chope da Brahma, servido em artísticos canecos, além de representações de países da Europa, com seus trajes e danças características. A estupenda iniciativa do Country consta da programação oficial dos Departamentos de Turismo local, fluminense e brasileiro.
  • Finanças esclarece anistia e parcelamento de débitos: A Secretaria de Finanças explica que a lei concedendo parcelamento de até 24 prestações nos débitos de ICM, denunciados espontaneamente pelas indústrias, não beneficia os contribuintes que tenham deixado de cumprir acordo anterior e os que exerçam, simultaneamente, atividade comercial e industrial, a não ser que esta última seja a principal. Essa lei concede também anistia a todos os débitos (exceto os decorrentes de infrações do Código Nacional de Trânsito) do comércio e indústria com a Fazenda Estadual, desde que o valor originário não seja superior a CR$ 300.
  • Imposto Predial: O pagamento do Imposto Predial relativo ao 2° semestre de 1971, poderá ser pago com 10% de desconto, até o dia 31 de julho corrente, é o que anuncia a nossa prefeitura.
  • Autarquia Municipal de Água: A opinião pública friburguense aguarda com ansiedade que o prefeito Feliciano Costa, encampe a Autarquia Municipal da Agua, expulsando os “estrangeiros’’ que se apossaram do importante órgão: coisa que não seja desservir ao nosso povo.
  • E mais: Aberta concorrência para construção de escola no bairro Varginha; Divisão de Divulgação da AFI tem novo chefe; Amaral Peixoto de passagem por Nova Friburgo. 

Pílulas:

  • Visitou a nossa tenda de trabalho, o mais votado para o Senado, almirante Amaral Peixoto, o maior líder do MDB fluminense. O ilustre brasileiro, que é considerado a maior força política da terra de Nilo Peçanha, é o natural candidato do partido da oposição no pleito de 1972. E já aceitou concorrer.
  • O senhor José Dantas dos Santos recebeu uma nova “intimação’’ no sentido de que aceitasse participar do grupo de auxiliares do governador Raymundo Padilha.  Amigo pessoal do chefe do governo do nosso Estado, o líder tem ocupado funções que não estejam rigorosamente de acordo com seus conhecimentos e aptidões. Coisa rara nos dias que correm, quando dificilmente são ‘’deixados’’ quaisquer espécies de ‘’galhos’’.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Marina Perestrelo Braune (17); Paulo Fernando (18); Marcos (19); acadêmico Roberto Ventura El-Jaick e Elias Buaizz (20); João Queiroz Teixeira, Tunney Kassuga, Germano Ferreira de Carvalho, Carlos Jaccoud Marchon, Georg Henz, Janine e Marcelo (21); Katia (22); Lúcia, Carlos Cúrio e Roberto (23); Regina Coeli, Flávio e Pablo Humberto (24).

 

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O trem da vida nos trilhos da charada do tempo

sexta-feira, 16 de julho de 2021

O tempo só anda para a frente. O passado para o tempo é história. E a história será contada de diferentes formas, por olhares diversos. Não sabemos o fim delas, ainda que no seu andar colecione nostalgias. Mas o tempo só anda para a frente, livre e leve. As bagagens, os acúmulos, mesmo os vazios, nós é que carregamos. O tempo não. O tempo só desliza e se deixa deslizar, faz trilho para nossa passagem.  

O tempo só anda para a frente. O passado para o tempo é história. E a história será contada de diferentes formas, por olhares diversos. Não sabemos o fim delas, ainda que no seu andar colecione nostalgias. Mas o tempo só anda para a frente, livre e leve. As bagagens, os acúmulos, mesmo os vazios, nós é que carregamos. O tempo não. O tempo só desliza e se deixa deslizar, faz trilho para nossa passagem.  

Pode se aprender com o que ficou para trás? Nós podemos. Mas o tempo, não! Pois, o tempo só olha para a frente, só anda para frente, só segue em frente. O tempo não tem o privilégio que temos de parar para pensar. O tempo segue destemido e nos colocando medo, caso não estejamos de bem com ele ou se não compreendermos a sua natureza. Pois o tempo, palco de nossas artes, se estende para a frente. Não para os lados ou para trás. Apenas para a frente.

Talvez, com o tempo, aprendamos a seguir em frente como ele. Se não sempre, na maioria ou em boa parte das vezes. Eu sei. Sei que dores existem e por vezes persistem. Pudera mandá-las embora com frases de efeito ou mesmo diálogos sem qualquer talento. Mas o tempo, mesmo diante da criatividade, não se curva e tramoia com suas curvas os mistérios que vem adiante. É sujeito birrento, intransigente, mas não mal-intencionado, tendo em vista que suas regras não permitem qualquer flexibilidade. É acordo inquebrável, do qual somos parte, ainda que não tenhamos assinado nada. Para o tempo, nascer já serve como aceite de suas imposições.      

Se você não vai, o tempo te arrasta para a saga comum a todos nós: nascer, crescer, envelhecer e fatalmente morrer. Como crescemos e envelhecemos é o que nos cabe. Fácil dizer. Nem tão simples, nem tão complicado assim para realizar.  

Viajantes, vamos e voltamos pelos caminhos antigos, novos e desconhecidos. Sem bilhete de volta no mesmo dia e horário, retornamos, vez em quando, com a intenção das mesmas coisas, mas aí já temos outras vivências que não nos permitem experimentar exatamente igual. Nada será absolutamente igual. Os trilhos ganham ferrugem, árvores florescem, desflorescem e desabam. O trem ganha velocidade, perde velocidade, mas o tempo segue no mesmo ritmo. Para frente. Sempre para frente.      

Talvez a grande charada do tempo não seja ser trilho, mas trem. Talvez o trem seja apenas residência para nós passageiros que envelhecemos nos trilhos pelos quais percorremos. É embaraçoso ao ponto de não poder se apontar claramente: o trem é a vida e o trilho é o tempo ou o trem é o tempo e o trilho é a vida? Se confundem. Propositalmente.   

A charada então deixa de ser do tempo e passa a ser da vida. O trem do tempo nos trilhos da charada da vida. O trem da vida nos trilhos da charada do tempo. A máxima: a ordem dos atores não altera o destino. 

Que grande charada é essa? Um enigma sem resposta certa ou errada. Vai se desdobrando em equações poéticas, como se a matemática pudesse aceitar poesia. E, pode! Vem em canção, nos passos frenéticos das avenidas, no ritmo das enxadas nos campos, no brinde dos bares, no burburinho dos corredores das fábricas, no bit das conexões, na contemplação dos templos, no silêncio noturno das casas pequenas, grandes e imensas, no batuque de cada coração, na chegada e despedida de cada estação. 

A vida desfila no tempo e o tempo desfila pela vida em conjunção. Para frente, sempre para frente, sem poder voltar para trás. Nem o trem que puxa vagões dá ré. No máximo, para. Roda. Volta para o trilho. No máximo, paramos. Pensamos. Agimos. Seguimos... Despidos ou cheios de adornos? 

O bilhete de viagem não nos obriga a nada.

 

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Estou preocupado com o seu patrimônio

sexta-feira, 16 de julho de 2021

O assunto é sério, eu realmente estou muito preocupado com a segurança do seu patrimônio. Fazer dinheiro não é fácil e muito provavelmente você já tenha se dado conta disso. Trabalhar horas a fio ao longo de uma vida inteira é a realidade da classe média que luta para construir seu patrimônio em meio a tantas dificuldades que surgem no decorrer do processo. A conquista da casa própria, da viagem dos sonhos, da saúde de qualidade, dos carros, motos e tantos outros objetivos alcançados podem ir por água abaixo quando a ganância fala mais alto.

O assunto é sério, eu realmente estou muito preocupado com a segurança do seu patrimônio. Fazer dinheiro não é fácil e muito provavelmente você já tenha se dado conta disso. Trabalhar horas a fio ao longo de uma vida inteira é a realidade da classe média que luta para construir seu patrimônio em meio a tantas dificuldades que surgem no decorrer do processo. A conquista da casa própria, da viagem dos sonhos, da saúde de qualidade, dos carros, motos e tantos outros objetivos alcançados podem ir por água abaixo quando a ganância fala mais alto. É exatamente o que acontece quando você decide aceitar propostas indecorosas capazes de – com total segurança, eles dizem – ser a mudança de vida nas suas finanças pessoais.

Nós, friburguenses, a propósito, já presenciamos histórias de investimentos fraudulentos responsáveis pela destruição de patrimônios e, até mesmo, da boa relação familiar. Mas cá entre nós, conhecendo a dificuldade do que é construir riqueza, oferecer o que é oferecido nessas fraudes (além de crime) é um desrespeito. Você passa a vida trabalhando para sustentar seu estilo de vida; imagine que da noite para o dia você pode vender seu imóvel de R$ 400 mil e passar a ter um rendimento garantido de 10% ao mês.

Continue imaginando e pense na mudança de vida proporcionada por um salário mensal de R$ 40 mil, mas agora faça o exercício de pensar em como seria se você parasse de receber os rendimentos e nunca mais visse o capital investido (no caso, decorrente da venda de seu único imóvel). Consegue compreender as possibilidades de um estrago avassalador na saúde financeira da sua família? Por favor, sejamos críticos para não sermos mais um número na hora de contabilizar quantos já foram lesados por investimentos fraudulentos.

Por falar em números, quero apresentar alguns dados já trabalhados por mim, há alguns meses, nesta coluna. Nos estudos divulgados em dezembro de 2019, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicaram que 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em algum esquema fraudulento de investimentos. Destes, 62% não conseguiram recuperar o valor perdido.

Já ouviu falar em esquemas de pirâmide financeira? Este é definido como crime contra a economia popular e é o caso mais comum entre os golpes de investimentos fraudulentos; dentre os 11% dos brasileiros lesados por esquemas fraudulentos, 55% já se envolveram em esquemas de pirâmides. A maioria dos casos acontece devido as promessas de alta rentabilidade, seguidos pela garantia da não necessidade de conhecimento acerca de investimentos e de baixo risco.

Percebe como é um assunto importante? Isso também é Educação Financeira. Portanto, caso surjam oportunidades garantindo alta rentabilidade de forma fixa e com baixo risco saiba que é fraude! A possibilidade de lhe oferecerem um investimento criminoso é enorme. Já vimos histórias como essas acontecerem em nossa cidade: vêm empresas, causam grande alvoroço e somem com o dinheiro do nosso povo. Situações assim já aconteceram e podem estar prestes a acontecer outra vez.

Fique muito atento, pois minhas preocupações não podem tomar decisões por você.

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