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Imperdível feijoada, domingo

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Imperdível feijoada, domingo

No próximo domingo, 26, haverá deliciosa feijoada beneficente promovida pelos Rotarys Clubes Nova Friburgo Suspiro e Olaria em prol da Casa Madre Roseli, Adinf (Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo) e Projeto Mulheres Vítimas de Violência.

Imperdível feijoada, domingo

No próximo domingo, 26, haverá deliciosa feijoada beneficente promovida pelos Rotarys Clubes Nova Friburgo Suspiro e Olaria em prol da Casa Madre Roseli, Adinf (Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo) e Projeto Mulheres Vítimas de Violência.

Os convites custam R$ 25 e a retirada das quentinhas se dará das 11h às 14h no formato drive thru na sede da Casa Madre Roseli, com entrada pela Rua General Osório e saída pela Avenida Rui Barbosa. Para as compras, os interessados que realmente devem prestigiar este acontecimento, devem fazer seus pedidos através dos telefones e WhatsApp 9 9818 1316 ou 9 9896 7361.

Bodas de Granito

No último dia 15, o querido casal da foto Eneir e Reynaldo Thurler completou 48 anos de feliz união matrimonial, para felicidade também de seus filhos, netos, todos familiares e muitos amigos.

O casamento de Reynaldo e Eneir com presenças de familiares e convidados, aconteceu em 1973 na Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro. Parabéns e felicidades!

Vivas aos Fabrízio

Cumprimentos com um grande abraço de felicitações ao admirado Fabrízio Salarini que ontem, 20, completou mais um aniversário natalício. Tudo de bom!

Aniversariante do dia 26

O conhecido friburguense Jorge Risso, que como ótimo goleiro do passado brilhou defendendo diversas equipes de Nova Friburgo e em especial na década de 60, o São Pedro F.C. do bairro Duas Pedras, estará aniversariando no próximo domingo, 26, porém neste sábado, 25, no Bar do Solimar, da Associação de Moradores do Parque Residencial Maria Teresa, estará comemorando a data, naturalmente com todas os cuidados e protocolos de segurança sanitária necessários.

Desde já, ao grande Jorge Risso, na foto ao lado do seu ídolo e amigo Roberto Dinamite, memorável e inesquecível craque do Vasco da Gama, os nossos votos de tudo de bom.

Campesina: nova conquista

O presidente da banda Campesina Friburguense Carlos Magno da Silva, o Maguinho e toda diretoria, músicos e simpatizantes daquela admirada agremiação musical estão muito felizes com mais uma importante conquista recém-alcançada.

É que o deputado federal Marcelo Calero conseguiu mais uma emenda parlamentar para a Campesina adquirir novos instrumentos para sua banda sinfônica através do projeto Reestruturando a Campesina.

Lojas das capinhas

Nova Friburgo que já viveu no passado em épocas diferentes a febre das bombonieres, sapatarias e mais recentemente, farmácias, tem visto por último o modismo das lojas de acessórios para celular e sobretudo, das capinhas dos aparelhos.

Os designers, coloridos, estampas e criatividades realmente encantam especialmente aos mais jovens e aí os lojistas, claro, agradecem.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dom da escuta

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Na vivência eclesial, o mês de setembro é marcado pela meditação mais intensa da Sagrada Escritura. O Mês da Bíblia é um evento que tem como objetivo incentivar e valorizar a escuta da Palavra de Deus.

Desde 1971, a Igreja no Brasil oferece aos fiéis temas que favoreçam o aprofundamento e conhecimento dos mistérios e planos do Senhor. Este ano a proposta de estudo é a Carta de São Paulo Apóstolo aos Gálatas com o seguinte lema: “Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”.

Na vivência eclesial, o mês de setembro é marcado pela meditação mais intensa da Sagrada Escritura. O Mês da Bíblia é um evento que tem como objetivo incentivar e valorizar a escuta da Palavra de Deus.

Desde 1971, a Igreja no Brasil oferece aos fiéis temas que favoreçam o aprofundamento e conhecimento dos mistérios e planos do Senhor. Este ano a proposta de estudo é a Carta de São Paulo Apóstolo aos Gálatas com o seguinte lema: “Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”.

O mês de setembro também recebeu outra importante campanha de conscientização: “Setembro Amarelo”. Dentre as muitas e importantes ações, está a conscientização do valor da escuta.

A cultura atual tem nos conduzido ao mais terrível isolamento social, aquele que se faz atuante mesmo quando está cercado de pessoas. Há um certo ar de desconfiança em todas as relações que nos bloqueia e nos faz crer que não se pode mostrar fraqueza ou dor. Somos marcados com a dupla insensatez de não saber ouvir e não saber (poder) falar. Criamos um mundo utópico maquiando a realidade vivida pela obrigação de estar sempre bem, o que favorece o advento da desconfiança mútua e o aprisionamento em si, nas suas próprias dores e angústias. Não há espaço para grupos de partilhas sinceras e destemidas. As relações estão cada vez mais poluídas pela vaidade e pelo orgulho.

O Papa Francisco ao refletir a palavra “insensato”, aplicada por Jesus aos fariseus no evangelho de Lucas (11, 37-41), adverte que “a insensatez é não escutar, literalmente ‘não saber’, ‘não ouvir’: a incapacidade de escutar a palavra. Quando a palavra não entra, eu não a deixo entrar porque não a escuto. O tolo não escuta. Ele crê que ouve, mas não ouve, não escuta. Faz sempre como acha, sempre. E, por isso, a palavra de Deus não pode entrar no coração e não há lugar para o amor. E quando entra, entra destilada, transformada pela minha concepção da realidade. Os tolos não sabem ouvir. E esta surdez os leva à corrupção. Quando não entra a palavra de Deus, não há lugar para o amor e enfim, não há espaço para a liberdade” (Homilia Matutina, 17 out. 2017).

É urgente ouvir a voz de Deus que nos chama à reconciliação e ao amor, porém se estivermos preocupados demais em disfarçar nossas fraquezas, não seremos capazes de ir ao encontro dos que precisam de nós. O dom da escuta sincera, orante, o mais possível livre de preconceitos e condições nos permitirá entrar em comunhão com as diferentes situações que vivem nossos irmãos. Ouvir a Deus, para escutar com ele o clamor do povo; ouvir o povo, para respirar com ele a vontade a que Deus nos chama (cf. Papa Francisco, Discurso na Vigília de Oração preparatória para o sínodo sobre a família, 4 de outubro de 2014). Façamos de nossa vida um receptáculo aberto, disponível a acolher, a ouvir, a valorizar o outro com suas experiências, dores e alegrias.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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A quarta capa e a produção do mel

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Esta coluna vai me respaldar para escrever a quarta capa do livro de uma
amiga e escritora que me presenteou com esta oportunidade. O convite para
participar de uma obra literária é uma reverência ao convidado, um
reconhecimento às suas qualidades literárias e pessoais. Não são seus belos
olhos, muito menos seu agradável sorriso que vão fundamentar o delicado
convite, mas os valores e as capacidades literárias que ele desenvolveu a
longo do tempo com esforços e dedicação.
***

Esta coluna vai me respaldar para escrever a quarta capa do livro de uma
amiga e escritora que me presenteou com esta oportunidade. O convite para
participar de uma obra literária é uma reverência ao convidado, um
reconhecimento às suas qualidades literárias e pessoais. Não são seus belos
olhos, muito menos seu agradável sorriso que vão fundamentar o delicado
convite, mas os valores e as capacidades literárias que ele desenvolveu a
longo do tempo com esforços e dedicação.
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O livro é vestido por quatro capas. A primeira é o cartão de visitas. A
segunda é a parte oposta à primeira capa. A terceira é o lado oposto à
contracapa. A última é a quarta capa. Particularmente, gosto da segunda e da
terceira, chamadas de guarda, que possuem a função de grudar as capas ao
miolo e podem ser lisas ou ornamentadas com desenhos e estampas, que
encantam o leitor quando folheiam o livro. Em todos os livros que editei, cuidei
dessas capas com cuidados especiais.
A quarta capa ou a contracapa faz parte da vestimenta do livro, que
desfila em vários ambientes reais, como vitrines de livrarias, prateleiras de
bibliotecas e estandes de feiras literárias. Em ambientes virtuais, como sites,
bibliotecas e livrarias. Uma obra literária tem que percorrer os caminhos do
mundo para ser lida por diferentes pessoas e em culturas distintas. São
histórias e ideias que não podem ficar esquecidas ou guardadas, devem
fomentar novos pensamentos, fazeres e transformações. Os livros modificaram
as civilizações e atualizam a cada dia os modos de ser e fazer. São fontes
inesgotáveis de mutação.
Cada obra literária deve seduzir e cativar o leitor, que é sujeito único.
Quando exposta, o leitor vai ter vontade de conhecê-la de imediato,
observando sua capa para ter ciência do autor, do assunto, sempre contido no
título e na apresentação gráfica, da editora, do ilustrador e de outras questões
mais. A seguir, invariavelmente, detendo-se na quarta capa, em que o autor ou

alguém por ele escolhido, vai informar a respeito da obra, indicar o público-alvo
a que se destina, apresentar uma sinopse e fazer reflexões a respeito da obra
de modo que o leitor seja tocado em seus centros de interesse e tenha vontade
de adquiri-la para lê-la, presenteá-la, usá-la como fonte de pesquisa.
O texto da quarta capa deve ser suscinto, claro e objetivo. Não deve
confundir o leitor, uma vez que várias informações num curto espaço atordoam,
e o essencial acaba sendo ofuscado pelo irrelevante. Não deixa de ser uma
forma de divulgar a obra, ao apresentar uma avaliação positiva do texto e até
mesmo da ilustração.
O texto da quarta capa pede zelo de quem o escreve pelas necessidades
de concisão, criatividade e harmonia que exige. Em poucas linhas, através de
uma leitura agradável e atraente, deve conter a essência da obra. Quando
elaborado por um convidado, contém um olhar diferente do autor.
Se é o autor ou não, quem o escreve deve ter a presteza das abelhas que
retiram o néctar das flores, desprezam os micro-organismos e produzem o mel.

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Cohab promete construir 600 casas populares em Friburgo

sábado, 18 de setembro de 2021

Edição de 18 e 19 de setembro de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim

Manchetes:

Edição de 18 e 19 de setembro de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim

Manchetes:

  • Seis centenas de casas de apartamentos e casas populares financiadas pelo BNH é o que promete a Cohab ao prefeito Feliciano Costa: O grande plano obedecerá o novo sistema determinado recentemente pelo presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, ou seja, com juros menores aos que vinham sendo exigidos e correção monetária em termos moderados. Habitações serão erguidas no Cordoeira.  
  • Há algo que não pode continuar: No interior, principalmente, o funcionalismo estadual está vivendo um clima de dificuldades e apreensões. Com o passar dos dias, o pagamento atrasa e já neste setembro de 1971 o mesmo está previsto. Fala-se em acumulação de dois períodos mensais. Há muito tempo que o fato, realmente triste para os funcionários que não encontrando quem venda fiado – coisa que nos tempos atuais está completamente ultrapassado por parte dos negociantes - submetem-se aos maiores vexames e não estão muito longe da fome.
  • Novo diretor da Agência Fluminense de Informações: O jornalista Ayrton Baffa, assumiu o cargo de diretor da Agência Fluminense de informações, importantíssimo órgão de divulgação do governo do nosso estado. A posse ocorreu no Palácio Nilo Peçanha ocasião em que o novo titular da AFI foi alvo de consagradoras homenagens. Trata-se, de um conhecedor profundo dos variados ângulos da missão que vai ocupar, podendo-se esperar que o mesmo some mais uma série de vitórias em sua brilhante carreira de jornalista e de homem afeito aos da divulgação oficial.
  • Nada de piegas: Aos que, pretendendo justificar uma injustificada oposição ao proposto pelo Executivo municipal à Câmara dos Vereadores, ou seja a alienação de ações da Petrobrás para com os recursos executar importantíssimo plano no ensino superior, informamos que não vale falar em defesa do petróleo nacional, pois os ditos papéis são vendidos diariamente na Bolsa de Valores, na quantidade que possíveis compradores queiram.
  • Muito bem!: Já chegou à Câmara do nosso município, a mensagem do prefeito Feliciano Costa, propondo a alienação de ações da Petrobrás. Com os recursos desta operação, poderá ser realizado o velho sonho dos friburguenses: a implantação em nossa cidade da Faculdade de de Bio-médica e Colégio Profissional, arrancando assim para Friburgo, o nobre título de “Cidade Universitária”. 
  • XIII- Congresso Brasileiro de Radiologia: Seis centenas de médicos estarão em nossa cidade para participar do 13º Congresso Brasileiro de Radiologia. Delegações de todos os estados integram as comissões e o plenário da importantíssima assembleia. Como a maioria dos congressistas serão acompanhados de assistentes, esposas e familiares, calcula-se que aproximadamente dois mil visitantes permanecerão em Friburgo.
  • Pedro Cúrio em franca convalescência: O brilhante e querido confrade Pedro Cúrio que submeteu-se a uma delicada intervenção cirúrgica, felizmente está passando otimamente em sua residência na Guanabara, na Rua Barão da Torre,  cumprindo o período de convalescença previsto pelos médicos. O conhecido jornalista e historiador, que periodicamente honra nossas colunas é um bravo lutador da imprensa, a qual sempre se dedicou, tendo sido proprietário e diretor de O Nova Friburgo.
  • E mais: Secretário de Fazenda em entrevista na rádio; Frederico Sichel de regresso a Friburgo; Presidentes de Câmaras Municipais não podem receber; Briga de foice no esporte e as Bodas de Prata do casal Zeir e Humberto El-Jaick. 

Pílulas:

  • O senador Amaral Peixoto solicitou que fossem canceladas as homenagens com que o MDB fluminense festejaria a sua volta da Europa e América do Norte, países que lhe prestaram honrarias especiais e outorgaram-lhe comendas das mais expressivas, e que somente altas personalidades recebem.
  • A administração municipal tem esboçado um grande plano para imediata execução no extremo-norte do nosso principal jardim: a Catedral dos Eucaliptus. Aumento da área destinada ao recreio da garotada, com a instalação de novos aparelhos, moderno coreto para audições musicais e uma série de atrações, inclusive uma fonte luminosa musicada.
  • Graças ao prestígio da administração Feliciano Costa junto a COHAB-RJ, serão iniciadas ainda este ano, a construção de mais 600 casas populares, em terrenos da Vila Amélia e do chamado Morro do Cordoeira. As 600 unidades obedecerão ao novo processo de financiamento do BNH e com juros mais módicos e correção monetária amenizada.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Alael Coelho da Silva e Edelvira Mello Flores Guinle (18); João Batista da Silva, Maria Nilda Kemp Miller e Orquídea Ilse Rocha (19); Paulo Sérgio Cúrio (20); Joel Namen, Mário da Silva Miranda, Noêmia Bizzotto e Geovane (21); José Nunes Figueiredo (22); Flávio Luiz Malheiros, Hélio Madureira e Marina (24).

 

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Lockdown

sábado, 18 de setembro de 2021

Quantos fechados em si mesmos ou presos, arbitrariamente, pelo resto do mundo. Em um confinamento que não pediram, distanciados pela lógica desses tempos irracionais que antecedem a permanente era pandêmica que nos visita, sem data para ir embora.  

Gritam: “socorro”. Calam: “me ajudem”. Diga: “estamos juntos”. 

Quantos fechados em si mesmos ou presos, arbitrariamente, pelo resto do mundo. Em um confinamento que não pediram, distanciados pela lógica desses tempos irracionais que antecedem a permanente era pandêmica que nos visita, sem data para ir embora.  

Gritam: “socorro”. Calam: “me ajudem”. Diga: “estamos juntos”. 

Inserir solidariedade nas nossas vivências e perceber que dores individuais pedem batalhas coletivas são fundamentais para que esse lockdown de séculos que nos atravessa — cesse. Negar esse encontro do passado com o hoje é desassociar a própria existência do tempo. 

O nascimento de Cristo nos levou a 1500 que nos conduziu a 1888 que nos dirigiu a 1964 que nos transportou a 1985 que nos induziu ao hoje que determinará o amanhã. A sucessão de fatos entre todos os dias, escolhas, imposições e lutas construiu a psique de cada um de nós e a psique coletiva. Estamos influenciados pela trajetória humana e influenciaremos os caminhos adiante. Responsabilidade afetiva com nossos descendentes, amor mesmo aos que ainda não conhecemos ou jamais conheceremos.  

O medo e a coragem existem e é preciso admitir a convivência entre ambos dentro de cada um de nós. Suas manifestações, no entanto, não nos moldam. O que nos molda é o evocar cada um deles e o momento em que convocamos — para além da coragem e do medo — cada dialética que mora nas profundezas de nossas entranhas.

Corremos contra tempestades faz tempos e, definitivamente, aprendemos que utopias fazem sentido. O mundo de vez em quando muda e não é por acaso que muda. Alguém deu um primeiro passo e não necessariamente quem deu o primeiro, é quem dará o último — se o último existir. 

No mundo que habita em cada um de nós, nos mundos que chamamos ou se convidam para nos habitar, de uma maneira ou de outra, isso também se reproduz. Utopias nos alimentam e se realizam ou se realizam ao não se realizarem. Mudanças acontecem e são resultados de tantas outras, até imperceptíveis, decisões. 

Situações difíceis podem ser superadas. Sonhos se alcançam, mesmo quando temos a audácia humilde de desistir deles. Mas sonhos viram heranças que olhos atentos podem apanhar e prosseguir. A história está aí para mostrar. O cotidiano — essa tal história exclusiva da biografia de cada um — também prova. Tudo continuará a girar, o destino vai seguir entre velhos novos amores, em inovadores ultrapassados dilemas, em reinventadas enterradas ideologias. 

Segurança é um mito e querer ter segurança é um modo arriscado de acreditar que viver não seja um permanente risco.

O que precisamos agora, e, desde ontem, é abrir as nossas janelas e não basta olhar para além delas. É preciso colocar os braços, o peito, o espírito para fora. Deixar o vento bater e renovar as células mortas que se desprendem do choro ou do bafo do sorriso de quem se surpreende. Sair desse lockdown. Sentir o céu diurno até descer o céu noturno e se apreciar como ser exclusivo que se é. 

Liberdade!  

 

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Queridinha de atletas e celebridades

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Queridinha de atletas e celebridades

Queridinha de atletas e celebridades
Nova Friburgo é uma das primeiras cidades do estado a contar com uma tecnologia que está conquistando as celebridades e que permite treinos que durariam uma hora e meia serem realizados em apenas 20 minutos, sem levantar ferro. Quem traz a novidade criada na Alemanha é a empresária Lívia Ruiz. Trata-se de um colete recheado de eletrodos com estímulos simultâneos de cerca de 350 músculos. Tudo sem fios e controle via bluetooth. Basta o usuário colocar o colete e fazer exercícios simples e dinâmicos como agachamentos, afundo e flexões de forma orientada resultando na queima de até 350 calorias por aula. É considerado ideal para emagrecimento, redução da gordura corporal, correção postural, musculatura tonificada, aumento da massa magra, ganho de força e combate à celulite.

Selo Pet Friendly
O recém-reformado hotel do Sesc Nova Friburgo ganhou o selo Pet Friendly. Com a chancela, em breve, poderá receber hóspedes acompanhados de seus cães de estimação. O selo é dado pelo Governo do Estado quando o hotel ou pousada cumpre com todas as exigências necessárias para o bem-estar animal e a sua relação harmoniosa com os humanos.

2º maior do mundo
Segundo o IBGE, o Brasil tem a segunda população de pets do mundo, com 22,1 milhões de felinos e 52,2 milhões de cães. Pesquisa feita pela plataforma TripAdvisor com 1.100 viajantes mostrou que 53% deles viajam com seus animais de estimação, sendo que 52% só ficam em um hotel se ele for pet friendly. Tem crescido também o mercado de hotéis exclusivos para cães, inclusive aqui na região, onde os donos podem viajar e deixar os bichinhos com tranquilidade. 

Adaptações
Em princípio, serão aceitos apenas cães de pequeno porte (até dez quilos), mas a ideia é estender a permissão também para os gatos quando as mudanças estiverem consolidadas. Entre os produtos e serviços oferecidos aos pets e seus donos estão tapete higiênico e saquinho coletor, limpeza e higienização diária da acomodação e lixeiras específicas para dejetos dispostas no apartamento e nas áreas externas. O hotel do Sesc em Nova Friburgo conta com uma área de 16 mil metros quadrados, com piscina aquecida para crianças e adultos, estacionamento próprio, um lago e um chafariz. As obras de ampliação aumentaram de 20 para 52 apartamentos.

Dia Mundial da Limpeza
Nova Friburgo não passará batida pelo Dia Mundial da Limpeza, celebrado amanhã, 18. Liderado pelo movimento Let´s Do It World, o World Cleanup Day está unindo 180 países e milhões de pessoas em todo o mundo para limpar o planeta em apenas um dia. Em sua 4ª edição no mundo, em Nova Friburgo a ação é liderada por dois projetos de impacto ambiental da cidade: Organo Kits e Festival da Sustentabilidade. O convite é limpar as margens do Rio Bengalas.

Carnaval 2022
Se vai ter carnaval ou não em 2022 ainda não se é possível cravar, seja pela pandemia ou pelas intenções da prefeitura. Fato é que as quatro escolas de samba de Nova Friburgo estão se planejando e, pouco a pouco, retomando as suas atividades. A mais adiantada é Vilage que já tem até samba-enredo pronto e o barracão já está com alegorias e fantasias praticamente finalizadas para desfilar.

Preparação
Unidos da Saudade, Imperatriz e Alunão já estão com suas alegorias nos respectivos barracões, mas ainda não revelaram os enredos que levarão para a avenida. Neste domingo, a vermelho e branco de Olaria vai acabar com o mistério e numa live, às 13h, vai tornar público a história que pretende contar na passarela.

Alunão com nova diretoria
O fim de semana é também de eventos na Alunos do Samba. No domingo, 19, às 15h, a agremiação de Conselheiro Paulino vai realizar um festival de pastéis, no primeiro evento da nova diretoria que manteve Alessandro Amorim como presidente. A Vilage já iniciou as vendas para a sua tradicional feijoada que celebra, neste ano, 73 anos de fundação no próximo dia 26.     

Palavreando
“Corremos contra tempestades faz tempos e, definitivamente, aprendemos que utopias fazem sentido. O mundo de vez em quando muda e não é por acaso que muda. Alguém deu um primeiro passo e não necessariamente quem deu o primeiro, é quem dará o último - se o último existir”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

  • Foto da galeria

    Os jesuítas sempre tiveram muito apreço pela história e por conservar memórias. Assim, o Colégio Anchieta guarda boa parte das histórias de Nova Friburgo. Recentemente, o reitor do colégio, padre Toninho Monnerat, encontrou antigos filmes fotográficos e acaba de disponibilizar um deles com imagens raríssimas: o desfile do batalhão colegial, as caminhadas na Chácara do Paraíso e a Igreja de Duas Pedras são algumas delas. O filme está disponível nas redes sociais do Colégio Anchieta e aqui você confere algumas das imagens.

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Flor engasgada

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Sabe quando a gente engasga e não consegue dizer o que deve ser dito? De tanta coisa a ser pronunciada, refletida, expurgada de dentro da gente, parece que uma boca apenas não dá vazão? Pois então, a metáfora serve para ilustrar o que muitas de nós, mulheres, sentimos a cada crime cometido contra uma de nós, a cada covardia que nos inibe, nos mutila, nos agride moral e fisicamente. A cada vez que tentam nos calar e a cada vez que conseguem fazê-lo. A sensação é de impotência, de tristeza e de um monte de outras coisas.

Sabe quando a gente engasga e não consegue dizer o que deve ser dito? De tanta coisa a ser pronunciada, refletida, expurgada de dentro da gente, parece que uma boca apenas não dá vazão? Pois então, a metáfora serve para ilustrar o que muitas de nós, mulheres, sentimos a cada crime cometido contra uma de nós, a cada covardia que nos inibe, nos mutila, nos agride moral e fisicamente. A cada vez que tentam nos calar e a cada vez que conseguem fazê-lo. A sensação é de impotência, de tristeza e de um monte de outras coisas.

Contudo, os tempos são outros e em pleno século 21, estamos mais despertas, mais fortes e mais unidas. E essa potência pode e deve fazer toda a diferença na rede de apoio de umas com as outras. E tem tudo para ser uma força propulsora de mudança em nossa sociedade, para melhor.

Algumas vezes já escrevi por aqui sobre sororidade. E peço aos leitores, licença, mais uma vez, para abordar o tema. Porque ele deve ser repetido, relembrado, enfrentado, refletido e propagado. Mais mulheres estão sendo vítimas das pessoas em quem mais deviam confiar na vida. Aquelas pessoas que lhes prometeram "amar e respeitar, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, por todos os dias de sua vida."

Aconteceu em nossa cidade há um mês. E não podemos normalizar a barbárie. Mais um caso estarrecedor de violência contra todas as mulheres que traz à tona discussões acerca do feminicídio e nos relembra que uma parcela significativa do que entendemos por humanidade está carente justamente de humanidade. Mais covardia, maus tratos e violência de todas as ordens que nos saltam aos olhos e nos provocam mais tristeza e comoção.

Fica outra vez evidente que o agressor não necessariamente tem "cara de mau" e sangue visível nos olhos. Não está apenas nos becos escuros dos quais aprendemos a fugir desde a infância. Não transparece sua pior versão no primeiro encontro. Ele pode estar cruzando com você pelas ruas. Morar em seu condomínio. Frequentar os mesmos restaurantes. Cumprimentar no trabalho. Participar do seu seleto grupo de amigos.  Pode estar dentro do lar, dividindo a cama com você. E essa realidade aterrorizante pela qual tantas mulheres passam é absolutamente assustadora sobretudo e por razões óbvias, para as outras mulheres.

O impacto foi generalizado. Muitas de nós, absolutamente estarrecidas e compadecidas, concluímos que o inimigo pode mesmo morar ao lado e que não podemos nos calar. Quantas mulheres e homens são vítimas cotidianas da violência de homens? Não se trata de um sexismo às avessas. É realidade nua e crua, nítida aos olhos de qualquer um que queira enxergar. Muitas mulheres são agredidas por serem mulheres. Mortas por serem mulheres. E os ataques à integridade física e moral podem ser- e são!- degradantes.

Os atos de hostilidade e as provocações não resultam sempre no fim da vida delas. Felizmente. Mas deixam marcas e feridas abertas em sua identidade que deveriam nos envergonhar enquanto sociedade. Nossa omissão merece nos penalizar internamente por cada vez que pudemos ser úteis para ajudar alguém e não o fizemos por qualquer razão.

Precisamos falar sobre sororidade, sobre o sentimento de empatia que deveria impregnar a cada uma de nós e sobre a união entre as mulheres que podem ser a aliança de que muitas precisam para terem força e caminho para e reerguerem e se libertarem. Em proporção ainda maior do que tem sido propagada a sororidade, ela tem que ser sentida. E praticada. A união faz a força, sim. Que consigamos desengasgar nossas flores. Em paz. #nuncafoisurto

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Pix: ainda tem mais inovação

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Você conhece o Pix? Usa o serviço? Sabe como funciona o sistema por trás deste meio de pagamento? Já conhece as novidades a serem implementadas ainda neste ano? Hoje eu quero elucidar todos os pontos necessários para você compreender a dinâmica da inovação financeira que está entre as mais relevantes da nossa história econômica recente.

Você conhece o Pix? Usa o serviço? Sabe como funciona o sistema por trás deste meio de pagamento? Já conhece as novidades a serem implementadas ainda neste ano? Hoje eu quero elucidar todos os pontos necessários para você compreender a dinâmica da inovação financeira que está entre as mais relevantes da nossa história econômica recente.

Contudo, antes de abordarmos suas características técnicas, é importante entender que – de acordo com o próprio Banco Central – o Pix é “o meio de pagamento criado pelo BC em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro”. Seu objetivo é facilitar transações financeiras entre as partes com o desenvolvimento de novas tecnologias bancárias. A propósito, por falar em tecnologia, você se lembra quando o WhatsApp anunciou sua parceria com a Cielo para transações dentro do aplicativo de conversas e também sem custos? Era o projeto pioneiro do que hoje pode ser classificado como Iniciação de Pagamento e fora, inclusive, “congelado” durante certo tempo para que o Pix fosse lançado como a única plataforma inovadora de pagamentos até então.

E deu supercerto! Hoje, segundo dados do Sistema Instantâneo de Pagamentos (SIP), já são mais de 310 milhões de chaves cadastradas e mais da metade da população já usa o Pix. Em volume financeiro, de novembro do ano passado (quando o sistema foi implementado) a julho deste ano, as transações aumentaram mais 1.600%; saltando de R$ 29,6 milhões para R$ 526,8 milhões no respectivo período. Tudo isso por conta das características do serviço que promove rapidez, disponibilidade integral, baixo ou nenhum custo e, principalmente, segurança.

Todavia, apesar da praticidade, o processo técnico por trás do Pix é bastante complexo e só é possível por conta da eletronização dos meios de pagamentos; abrindo espaço para a criação do ecossistema de pagamentos instantâneos, formado por provedor de conta transacional e liquidante especial (ambos formados por instituição financeira ou de pagamento), iniciador de transação de pagamento (instituição de pagamento que prestará serviço de iniciação de transação de pagamento sem gerenciar conta de pagamento e sem deter em momento algum os fundos transferidos na prestação do serviço, como o WhatsApp Pay) e o Banco Central (que atua como regulador, definindo as regras de funcionamento do Pix, e gestor das plataformas operacionais, provendo as infraestruturas tecnológicas necessárias). Ufa! Complexo, não é mesmo?

Basicamente, esse novo sistema de pagamentos permite que instituições financeiras realizem a liquidação do dinheiro de forma menos burocrática do que os atuais boletos, TEDs e DOCs; promovendo maior praticidade operacional.

Entretanto, além da atual concepção do Pix, a agenda evolutiva do sistema ainda guarda grandes novidades e o Banco Central pretende implementar muitas novidades ainda em 2021:

- Conta Salário no Pix: Inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por Pix;

- Pix Saque e Pix Troco: Para dar ao consumidor a opção de obtenção de dinheiro em espécie diretamente do lojista e para facilitar a gestão de numerário dos estabelecimentos;

- Mecanismo especial de devolução: Possibilidade de devolução ágil de recursos pela instituição recebedora, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes;

- Pix por aproximação: Para dar mais facilidade e mais conveniência na iniciação de um Pix e para atender casos de uso específicos;

- PIX Offline: Para viabilizar a realização de Pix mesmo estando offline, ampliando o acesso da sociedade ao Pix.

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Próxima parada: aumento no preço dos alimentos

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Comida mais cara

Que a “vida” anda muito cara, todos nós já sabemos e estamos sentindo isso nos nossos bolsos já faz um bom tempo. Os aumentos constantes nos preços de combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica, aluguéis de imóveis vêm galgando a passos largos e pesando cada dia mais no orçamento do brasileiro, que não está vendo seu salário aumentar conforme a inflação.

Comida mais cara

Que a “vida” anda muito cara, todos nós já sabemos e estamos sentindo isso nos nossos bolsos já faz um bom tempo. Os aumentos constantes nos preços de combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica, aluguéis de imóveis vêm galgando a passos largos e pesando cada dia mais no orçamento do brasileiro, que não está vendo seu salário aumentar conforme a inflação.

No entanto, as notícias ruins não param por aí. A previsão é que o preço de alimentos como café, laranja, carne bovina, milho, feijão e arroz devam aumentar devido à falta de chuvas que atingem nosso país atualmente.

Falta de chuvas e altas temperaturas

Atualmente, o mundo passa por um processo de mudanças climáticas drásticas, alcançando temperaturas de 50 graus em partes da Europa, em lugares em que isso nunca ocorreu anteriormente. O Brasil, por exemplo, vem enfrentando um longo período de estiagem que tem trazido climas secos e prejuízos nas lavouras.

O déficit hídrico impacta diretamente não só na produção de hortaliças, grãos e leguminosas, mas também, no preço final da carne de bovinos e dos frangos, uma vez que o pasto e a soja são ingredientes essenciais para desenvolvimento e engorda dos mesmos. Logo, com menos oferta de animais gordos para o abate, o preço também deve subir.  

Além disso, deve-se levar em conta o aumento da bandeira tarifária de energia elétrica, que a tornou ainda mais cara, devido aos baixos níveis de água nos reservatórios das hidroelétricas. Fazendo com o que custo embutido na industrialização, nos comércios, fazendas e galpões, aumente e seja repassado ao consumidor final em efeito cascata.

O café por sua vez, poderá sofrer um aumento de quase 40%, segundo a Associação Brasileira de Café, devido ao segundo ano seguindo de baixíssima produção, devido à seca. Nesse mesmo sentido, a produção de arroz e feijão que demandam muita água para o cultivo também devem enfrentar impactos negativos e consequente aumento no preço pela regra da oferta e demanda.

Consequências imediatas

Dessa forma, com o brasileiro com menos renda e chegando a marca de quase de 15 milhões de pessoas desempregadas no país, as famílias já tem optado por alimentos mais baratos no seu dia-a-dia, acarretando numa queda na qualidade e variedade nos pratos de comida.

Daniella Morgado, friburguense, nutricionista com especialização materno-infantil e que conta no currículo com o atendimento de personalidades famosas relata que quem não tem condições financeiras para manter uma rotina alimentar vasta e de qualidade, é obrigado a se contentar com pouco e o básico para se alimentar.

“Infelizmente, com a alta dos preços dos alimentos, a população tende a comprar menos comida ou então se alimentam com comida de baixa qualidade e valor nutricional. Isso tem impacto direto na saúde, já que esses alimentos costumam ser ricos em sódio, gordura saturada, açúcar, tornando mais propício o surgimento de colesterol elevado, obesidade, desnutrição, hipertensão, problemas cardiovasculares, dentre outros.”

Desse modo, segundo Daniella Morgado, uma opção viável à saúde e ao bolso é que se dê a preferência para frutas, verduras e legumes da estação uma vez que o consumo se torna mais barato e nutritivo, especialmente se comprados nos dias de feira livre, em que se é possível comprar com descontos maiores.  E, por fim, optar pelo consumo de proteínas como frango e ovo, quando o valor da carne bovina não estiver viável.

A verdade é que a vida do brasileiro se compara a um grande ônibus, desgovernado e sem freio, em que a “próxima parada” é o aumento dos preços de alimentos e a pergunta que fica é: “Em que ponto nós iremos parar?”.

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Suicídio: compreender para evitar

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

No mundo de 2005 até 2015 aumentou a taxa de depressão em 18,4%. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo a segunda principal causa de morte em jovens entre 15 e 29 anos. No Brasil ocorrem em torno de 11 mil suicídios em média por ano.

No mundo de 2005 até 2015 aumentou a taxa de depressão em 18,4%. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo a segunda principal causa de morte em jovens entre 15 e 29 anos. No Brasil ocorrem em torno de 11 mil suicídios em média por ano.

Do ano 2000 até 2016 ocorreram 782 suicídios entre índios no Brasil. Foram 106 em 2016 e 128 em 2017, a maioria em pessoas entre 15 e 49 anos de idade. As causas possíveis são alcoolismo, uso de drogas como maconha, afastamento de práticas culturais em jovens gerando depressão, limitação de território por conflito de terras, pressão do agronegócio. (Fonte: CIMI – Conselho Indigenista Missionário da CNBB).

Colaboram para o suicídio fatores socioculturais, genéticos, epigenéticos, psicodinâmicos, filosófico-existenciais e ambientais. Havendo doença mental como a depressão, há maior risco suicida, o que não significa que todo o suicídio se relaciona com uma doença mental e nem que todas as pessoas com doença mental se suicidarão. Mas a presença de doença mental é fator de risco para o suicídio.

Filhos de pais que tentam o suicídio têm risco seis vezes maior de se matar do que filhos de pais que nunca tiveram esta intenção. Isto mostra que há influência genética, mas ela não explica tudo.

Favorece o suicídio o uso de drogas, uma crise psicótica, falência financeira, término de um relacionamento amoroso, perda de emprego, morte de pessoa amada, solidão, abusos sofridos, vergonha, injustiças na vida profissional, abuso moral na empresa, entre outras causas. No fundo, o suicida não quer morrer. Ele não sabe é como continuar vivendo com o que para ele não tem saída. Mas sempre tem saída, não necessariamente para o que a pessoa deseja, mas pelo menos para ela aprender a suportar a perda, a frustração, e a raiva contra a realidade que ela joga contra si mesma, se agredindo mortalmente.

Sinais de intenções suicidas em adolescentes incluem: o jovem era calmo e passa a ficar agressivo; se isola quando antes era comunicativo; passa a dormir mais do que o normal ou surge insônia; rebeldia aguda, tristeza profunda com desânimo; o rendimento escolar cai; afastamento dos amigos. Os pais de um jovem com estes sintomas devem conversar com o filho/filha, ver o que ocorre e, dependendo da gravidade da mudança do comportamento, levá-lo para avaliação com psiquiatra especializado em infância e adolescência.

Outros sinais de intenção suicida incluem: sentimentos de tristeza, desesperança, uso de frases típicas como: “Por que Deus não me leva?”, “Não sei para que continuar vivendo.” Diante disso o familiar deve conversar, tentar entender o que está entristecendo e animar a pessoa para atendimento psiquiátrico e psicológico.

O que fazer para ajudar uma pessoa com ideia suicida? Explicar que filhos e netos, precisam dela. Comentar que na depressão circuitos cerebrais alterados favorecem uma visão distorcida da vida e realidade e sendo corrigidos, o alívio surge. Dizer que o estado de humor neste momento não pode ser padrão para o julgamento da realidade porque o cérebro está neuroquimicamente alterado. Lembrar para a pessoa que a mente humana se adapta à perda e não necessariamente ela ficará sofrendo na mesma intensidade o tempo todo.

Quando o pensamento suicida perturbar muito, a pessoa deve comentar com alguém perto sobre o que sente. Se estiver sozinha, telefone para um amigo ou parente e fale do assunto, ou saia de casa e se encontre com um familiar/amigo que dará suporte. Também faça contato com o profissional que cuida do tratamento.

Dialogar francamente sobre suicídio ajuda porque oferece opções de tentativa de solução do que aflige e dá tempo para repensar sobre uma decisão trágica e radical. Dar apoio espiritual também é importante, oferecendo textos como este para a pessoa meditar: “Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.” Isaías 57:15.

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