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quinta-feira, 22 de maio de 2025

Oito capitais do Brasil receberão jogos da Copa do Mundo Feminina de Futebol

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou as oito cidades brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo Feminina Fifa de 2027. São elas: Rio de Janeiro (Maracanã), Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Fortaleza (Arena Castelão), Porto Alegre (Beira--Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Neo Química Arena).

Oito capitais do Brasil receberão jogos da Copa do Mundo Feminina de Futebol

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou as oito cidades brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo Feminina Fifa de 2027. São elas: Rio de Janeiro (Maracanã), Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Fortaleza (Arena Castelão), Porto Alegre (Beira--Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Neo Química Arena).

“O Brasil está pronto para fazer história. Essa é uma das etapas mais empolgantes rumo à Copa do Mundo Feminina de 2027. A definição das cidades-sede representa o momento em que o sonho começa a ganhar forma, com rostos, territórios, culturas e histórias que vão fazer parte dessa festa coletiva. Lugares que já respiram esporte e terão a oportunidade de deixar um legado transformador para suas cidades e próximas gerações”, afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.

Pela primeira vez, o torneio será sediado na América do Sul. Para o ministro, a mensagem é clara: o Brasil não é um país só do futebol, mas também da inclusão, da diversidade e da transformação social.

“Queremos mostrar ao mundo que a paixão pelo futebol pode ser também uma ferramenta poderosa para promover igualdade, respeito e muitas oportunidades, com a certeza de que esta será a Copa do Mundo Feminina mais impactante da história. Estamos falando de oportunidades para mulheres e meninas, de movimentar a economia local e de fazer do futebol uma ponte para o futuro. Vamos fazer história junto com nossas mulheres”, completou.

As oito cidades selecionadas programaram diversos eventos para celebrar a escolha, como iluminações de monumentos e pontos turísticos, coletivas de imprensa, ações nas redes sociais, celebrações nos estádios, participação de atletas e lideranças locais, entre outras iniciativas de grande simbolismo para o futebol feminino.

Em maio de 2024, o Brasil superou a candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Holanda e foi escolhido para sediar, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo Feminina. O torneio contará com 32 seleções e será disputado entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027.

 

Pontos em casa

Frizão goleia no Sub-15 e soma um ponto no Sub-17 pelo Estadual

Jogando em casa, no último domingo, dia 18, os meninos da base do Friburguense fizeram bonito nas partidas válidas pelo Campeonato Carioca da Série A2. Diante do Rio de Janeiro, a equipe Sub-15 aplicou sonoros 5 a 0, fazendo a festa do público presente ao estádio Eduardo Guinle. Já o Sub-17 fez jogo equilibrado, e terminou no empate pelo placar de 1 a 1.

O próximo desafio das equipes será fora de casa, no próximo domingo, 25, contra o Pérolas Negras. De acordo com o regulamento, as equipes de um grupo enfrentam as do outro, mas com a pontuação dentro da própria chave, avançando os quatro primeiros colocados de cada lado.

O grupo A conta com as equipes do Petrópolis, São Gonçalo, Pérolas Negras, Resende, Audax Rio, Cabofriense, São Cristóvão, Rio de Janeiro, 7 de Abril, Bonsucesso, Artsul e Nova Cidade. O Friburguense está na chave B, com Araruama, Duque de Caxias, América, Americano, Olaria, Campo Grande, Serra Macaense, Paduano, Barra Mansa e Niteroiense.

 

Sequência do Friburguense

25/Mai, Dom - Pérolas Negras x Friburguense, a definir

01/Jun, Dom - Friburguense x 7 de Abril, Eduardo Guinle

08/Jun, Dom - São Gonçalo x Friburguense, a definir

15/Jun, Dom - Friburguense x Bonsucesso, Eduardo Guinle

22/Jun, Dom - Petrópolis x Friburguense, a definir

29/Jun, Dom - Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

06/Jul, Dom - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim A. Flores

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    Presidente da FIFA, durante anúncio da escolha pelo Brasil: momento histórico para o futebol feminino nacional (Foto Manan Vatsyayana / AFP)

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    Oito capitais brasileiras foram selecionadas para receber as partidas; final pode ser no Maracanã (Foto: Lucas Figueiredo / CBF)

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Como não atrofiar sua mente?

quinta-feira, 22 de maio de 2025

 

A mente humana tem sido ameaçada de atrofiar ou encolher por causa do ser humano gastar enorme quantidade de tempo em redes sociais, games, tablets, computadores, celulares, fazendo isso de forma passiva, recebendo muitas vezes alimento de baixa qualidade nos conteúdos que assiste. Mas uma nova preocupação surge com a IA – Inteligência Artificial.

 

A mente humana tem sido ameaçada de atrofiar ou encolher por causa do ser humano gastar enorme quantidade de tempo em redes sociais, games, tablets, computadores, celulares, fazendo isso de forma passiva, recebendo muitas vezes alimento de baixa qualidade nos conteúdos que assiste. Mas uma nova preocupação surge com a IA – Inteligência Artificial.

Agora mesmo, ao precisar pensar no que escreveria para essa coluna, lembrei da IA. Seria fácil colocar um título nela e ela me daria um texto pronto. Penso em usar a IA em alguns momentos para pesquisar alguns assuntos, mas não pretendo usá-la para produzir textos para o jornal, revista, programa de rádio ou de televisão e palestras nas quais tenho trabalhado. Ainda quero usar minha mente para que ela seja preservada, não atrofie e até possa se expandir mais.

Poderosas mídias querem pensar por você. Basta conectar e, pronto, ali está tudo feito e preparado para o consumo. Mas você se preocupa em quem produziu o conteúdo que vai assistir ou ler? Conhece o que esta pessoa pensa sobre a vida, sobre ética, sobre moral e sobre a guerra entre o bem e o mal na mente humana? Sabe qual é a ideologia do conteúdo? Sabe se fala de verdades ou de mentiras disfarçadas de ciência, qualquer ciência, até ciência política? Conhece a motivação por detrás do conteúdo no qual você mergulha? O maior desafio para a preservação da saúde mental não é ser enganado por mentiras ideológicas sem base científica alguma e que são explicitamente danosas, ainda que aplaudidas pelo grande público, mas é ser enganado por verdades misturadas com mentiras e isso existe em abundância nas produções literárias, cinematográficas, grupos ideológicos.

Cuidado para você não expor sua mente a conteúdos destrutivos da filosofia pós-moderna que prega o hedonismo, que diz que você tem direito de se sentir bem e tudo o que o faz sentir-se bem, é válido. A palavra "hedonismo" deriva do grego "hedonê", que significa prazer. O hedonismo é uma filosofia que prega que o prazer é o objetivo principal da vida humana e anuncia que a felicidade é obtida através da busca e da experiência do prazer. 

Isso é uma ilusão porque nessa existência o normal é conviver com o que produz prazer junto com o que produz dor. Não tem como fugir da angústia existencial inerente ao existir humano. Não existe medicação que acabe com esse tipo de angústia. Ela vai além do psicológico e entra no campo espiritual, por isso os instrumentos para lidar com ela são de origem espiritual, e não farmacológicos.

A Natureza mostra isso claramente. Basta olhar o processo de morte de um vegetal. A folha, a flor ou o fruto de uma árvore vai murchando naturalmente. Caminha para a morte. Evolui para em seguida involuir. Assim ocorre com os seres humanos. Estamos indo para a morte. Existem dois tipos de morte biológica, a necrose e a apoptose. A primeira, a necrose, é uma morte antecipada, precoce, destrutiva dos tecidos e órgãos, como um câncer. A segunda, a apoptose é a chamada morte por suicídio celular inteligente. Ela ocorre naturalmente, dentro da célula ela se processa de forma organizada, ao contrário da morte por necrose que é uma bagunça agressiva.

Quer preservar seu cérebro e, portanto, sua mente? Evite bebidas alcoólicas, coma alimentos naturais, beba água pura ao longo do dia, pratique atividade física ao ar livre com frequência, respire ar puro, se exponha à luz solar sem exagero, use com moderação o que é saudável, durma entre 7 a 9 horas por dia em ambiente ventilado, escuro e sem barulho. Filtre os conteúdos que você assiste na mídia. Leia algo proveitoso. Assista vídeos educativos de bom conteúdo. Se ofereça para algum trabalho voluntário que alivie o sofrimento das pessoas. Aprenda a lidar com a angústia sem querer fugir dela com substâncias, sexo, comida, compras, jogos, corrupção. Separe um momento a cada dia para oração e meditação.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com

www.youtube.com/claramentent

Tik-Tok  @claramentent

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Deve ser complicado morar na Via Expressa, em Olaria, em dias de festa

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Dia 16 de maio comemorou-se os 207 anos de fundação da cidade de Nova Friburgo. Não faltou combustível para o prefeito festeiro festejar essa data. Mais uma vez, o ponto escolhido para as comemorações foi o terreno ao lado do Cieps de Olaria, local tradicional de atividades de lazer ou cultural da cidade. Ali se realizam festas, shows e instalações de circos, que fazem a alegria da garotada e, por que não, dos adultos, também. Vou confessar que o meu sonho de criança, era fugir num circo e viver essa vida de aventuras.

Dia 16 de maio comemorou-se os 207 anos de fundação da cidade de Nova Friburgo. Não faltou combustível para o prefeito festeiro festejar essa data. Mais uma vez, o ponto escolhido para as comemorações foi o terreno ao lado do Cieps de Olaria, local tradicional de atividades de lazer ou cultural da cidade. Ali se realizam festas, shows e instalações de circos, que fazem a alegria da garotada e, por que não, dos adultos, também. Vou confessar que o meu sonho de criança, era fugir num circo e viver essa vida de aventuras. Oportunidades não faltaram, pois na minha época de Rio de Janeiro, a Pça. Onze era o local de instalação das grandes empresas circenses da época.

No entanto, o local é passagem e chegada de três bairros importantes da cidade, Olaria, Cônego e Cascatinha, sem falar no Sítio São Luís, Vargem Grande e Granja do Céu, o que torna a via um corredor extremamente movimentado. Então, em dias comuns o barulho do tráfego já é intenso, o que já incomoda um pouco a vida de quem mora nas proximidades, na hora do rush, principalmente. Mas, imaginem nas festas, quando o vai e vem de pessoas, o barulho das músicas, nem sempre agradáveis de se ouvir, o burburinho das conversas se torna infernal. Sem falar no trânsito que fica caótico, pois nos dias 16 e 17, num trecho da Via Expressa, colocaram divisórias na pista e adotou-se o trajeto em mão e contramão. Bem, pelo menos não fecharam a via e desviaram todo o tráfego de Olaria para o Cônego e Cascatinha pela Avenida Júlio Antônio Thurler. Aliás, esse era o caminho normal, antes da implantação da Avenida João Pires Barroso (nome da Via Expressa), nos idos de 1992, mais precisamente no dia 9 de março.

Não deve ser fácil morar nesses condomínios, nos dias de fuzarca, pois a barulheira começa muito antes, com a instalação das barracas de venda de alimentação, das caixas de som, sem contar com o barulho dos motores de caminhões e furgões, transportando todo esse material. Terminada a festa, ainda têm de suportar o “day after” para a devolução da via totalmente liberada. Outro problema, esse inerente à má educação do povo brasileiro, é o cheiro de urina que fica ao longo da ciclovia, nas imediações do terreno. O número de banheiros químicos é insuficiente e as pessoas aliviam-se onde encontram um lugar disponível.

Na realidade foram dois dias (sexta e sábado) de balbúrdia, pois no domingo de manhã o local começou a ser liberado e, à tarde, o trânsito estava fluindo normalmente pelos dois lados da via. Aliás, esse não é o comportamento habitual, pois já que se gastou dinheiro com aluguel do espaço e da instalação de toda a traquitana, o domingo também é aproveitado, só se encerrando a festa à tarde. Os moradores das adjacências ficaram aliviados.

Além da Fri Fest foi montada uma programação especial para marcar a data. As comemorações incluíram o tradicional desfile cívico-militar e um concerto da Banda Sinfônica Campesina Friburguense. O desfile, como não podia deixar de ser, foi realizado na Avenida Alberto Braune, começando com o hasteamento das bandeiras em frente à prefeitura. À noite, as homenagens continuaram com a apresentação da Banda Sinfônica Campesina Friburguense no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, em um concerto especial que celebrou a história e a música de Nova Friburgo. O evento contou com participações especiais do tenor Agni de Souza e da mezzosoprano Isabela Passos.

Mais um ano de vida da nossa querida Nova Friburgo, uma cidade rica em história, tradições, com uma trajetória cultural importante e, o fato de não ser mais bela, se deve à falta de comprometimento de alguns prefeitos que não compreenderam a sua importância no cenário estadual e do Brasil. Me mudei para cá há exatos 48 anos, cresci profissionalmente, criei meus filhos e aqui pretendo ficar até quando Deus permitir. Parabéns, Nova Friburgo.

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As estátuas decepadas

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Eu gostaria que os eventuais leitores da crônica de hoje tivessem lido a do dia sete deste mês, na qual explico por que estou republicando texto tão antigo, tão estranho ao que atualmente escrevo e sobre um assunto que os friburguenses mais idosos já esqueceram e que os mais jovens nem sequer chegaram a conhecer.

As estátuas decepadas

Eu gostaria que os eventuais leitores da crônica de hoje tivessem lido a do dia sete deste mês, na qual explico por que estou republicando texto tão antigo, tão estranho ao que atualmente escrevo e sobre um assunto que os friburguenses mais idosos já esqueceram e que os mais jovens nem sequer chegaram a conhecer.

As estátuas decepadas

Alguém um pouco mais louco do que nós, mortais comuns, investiu contra as figuras de mármore que, na praça, simbolizavam as quatro estações do ano, e feriu-as de morte. Elas eram o que de mais belo havia nos apagados jardins de gramas secas e flores descoradas. Mas, principalmente, eram elas que nos lembravam a todo instante que tudo muda, que as flores morrem porque o sol as abrasa no seu desvairado desejo de brilhar, que os frutos caem porque chega o frio.

Tudo passa. O dia vai depressa e não damos conta de nossos múltiplos e multiplicados compromissos; a semana some e não podemos encontrar o amigo, nem podemos nos encontrar (ai de nós, tão perdidos de nós mesmos!); o mês voa e não temos tempo de deixar a amada descobrir o quanto é amada, nem acariciar os cabelos das crianças. A primavera acaba, acaba o verão, o outono acaba, acaba o inverno e não descobrimos a felicidade, não isolamos a alma do frio, não aquecemos o coração inquieto, não contemplamos as flores que ainda conseguiram brotar, nem provamos o fruto que mais desejávamos. Tudo passa muito depressa. A vida passa muito depressa.

As figuras imóveis no jardim olhavam-nos com pétrea complacência: os velhos aposentados que liam o jornal e carregavam pesadas horas de enfado; as crianças que corriam e gritavam ao irem para a escola; os namorados que passavam de mãos dadas e furtivamente se beijavam sob o olhar mudo das quatro estações. Então alguém, cegado pela noite interior do seu mundo insondável, apanhou-as indefesas dentro da madrugada e decepou-as com a força de sua loucura e a violência de suas mãos.

E nós, que não sentíamos a beleza das estátuas, descobrimos na manhã seguinte que nossa cidade estava menos habitável, que nossa vida estava mais vazia, que nós estávamos mais pobres. As estátuas eram nossas e, nelas, a beleza foi ferida. E cada vez que a beleza do mundo diminui, cada um de nós fica mais feio e mutilado. Com seus pés corroídos, seus dedos quebrados, seus ventres marcados, seus seios incompletos, ostentavam o encanto das coisas sofridas, que só as coisas sofridas atingem a plenitude de sua graça e de seu encantamento. Nosso pobre Dom Quixote às avessas lançou-se contra elas, talvez porque elas, ao contrário dos moinhos de vento, não acenassem para outra visão do mundo e não o olhassem senão com indiferença, cansadas de contemplar tantas formas de loucura no desfile diário pela praça.

E o mais triste é que estamos nos acostumando às imagens decapitadas, e o vazio de suas cabeças passa a integrar-se à paisagem. É como se elas sempre se encolhessem ou despissem, oferecessem flores e frutos, assim mesmo, como nós mesmos muitas vezes o fazemos na vida, sem olhos para ver a quem, sem boca para dizer por que, sem cabeça para entender o mundo. Nós também decapitados, quase sempre sem o sentirmos e mais infelizes ainda quando temos consciência disso.

Restaurarão as estátuas? Ó, vós, governantes do dinheiro (do povo) que compra o mármore, que move a mão do escultor, que ressuscita as estátuas mortas, restaurai as estações do ano! Nada perdeis e fazeis um grande bem a todos que sabiam amar as frias presenças, que achavam nas velhas figuras a graça sempre renovada e o calor sempre repetido das coisas que fazem parte de nós sem que o saibamos.

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Brilhando

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Etapa do Estadual de Futmesa tem participação destacada de friburguenses

A AFFM / Friburguense teve participação destacada na 3ª Etapa do Campeonato Estadual Individual de Futebol de Mesa, Regra 12 Toques. O evento, promovido pela Fefumerj, foi realizado no último final de semana, na sede do Botafogo Futmesa, no centro do Rio de Janeiro. A competição levou o nome de Copa Manoel Gomes Tubino, em homenagem àquele que oficializou o Futebol de Mesa como esporte no Brasil, em 1988.

Etapa do Estadual de Futmesa tem participação destacada de friburguenses

A AFFM / Friburguense teve participação destacada na 3ª Etapa do Campeonato Estadual Individual de Futebol de Mesa, Regra 12 Toques. O evento, promovido pela Fefumerj, foi realizado no último final de semana, na sede do Botafogo Futmesa, no centro do Rio de Janeiro. A competição levou o nome de Copa Manoel Gomes Tubino, em homenagem àquele que oficializou o Futebol de Mesa como esporte no Brasil, em 1988.

Na categoria Adulto, com confrontos equilibrados ao longo do dia, o destaque ficou por conta de Thiago Penna, que se sagrou campeão ao superar Marcus Vinicius, atleta friburguense que defende o Fluminense, na final. Marcelinho Dias (América) garantiu a terceira colocação, enquanto o tricolor Marcos Antunes completou o pódio com o quarto lugar, mantendo a sua liderança do Ranking Estadual.

Na Série Prata, destinada aos atletas que não avançaram à fase principal, o título ficou com o atleta rubro, Ramos, que superou Marco Antônio, do Vasco da Gama, em uma final disputada entre dois atletas com idade para a categoria Master. Na decisão do terceiro lugar, João Victor, do Petropolitano, levou a melhor sobre Rodrigo Adão, do América.

A etapa foi marcada por disputas equilibradas e pela participação de representantes de diversos clubes tradicionais do estado, como Friburguense, América, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Petropolitano e Vasco da Gama, reafirmando a força e a tradição do Futebol de Mesa fluminense.

No dia anterior, pela na categoria Master (atletas acima de 48 anos), botonistas do Friburguense, América, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Petropolitano e Vasco da Gama, batalharam pelo título. O grande destaque da etapa foi Vinicius Mendes, do Flamengo, que conquistou o título da categoria ao vencer Evandro Gomes, do Vasco da Gama, por 5 a 4, em uma grande final. Márcio, do Friburguense, garantiu o terceiro lugar, enquanto Renato Kort, também do Vasco, completou o pódio com a quarta colocação.

Já na Série Prata, o campeão foi Cláudio Novelli, do Petropolitano, ao superar Christofer, do Friburguense, na final. Completaram o pódio na 3ª e 4ª colocações, respectivamente, Reynaldo (Fluminense) e Naldo (América). Na Série Bronze, o campeão foi Fred, do Fluminense, após superar Antônio (Friburguense) na final. Marco Pessoa, do Petropolitano, completou o pódio na 3ª posição.

Nomeada em homenagem ao professor Manoel Gomes Tubino, a etapa celebrou a memória de quem oficializou o Futebol de Mesa como esporte no Brasil, em 29 de setembro de 1988, quando era conselheiro-presidente do Conselho Nacional de Desportos (CND). Seu filho, o jornalista e professor Fábio Tubino, esteve presente na competição, acompanhou as disputas e posou para fotos com representantes de todos os clubes participantes.

A próxima etapa da competição acontece nos dias 12 e 13 de julho, na sede do Friburguense Atlético Clube, em Nova Friburgo.

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    Friburguense foi ao pódio na categoria Máster em mais uma etapa da 12 Toques (Crédito: Divulgação / Fefumerj)

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    Marcus Vinicius, defendendo o Fluminense, foi um dos destaques na categoria Adulto (Crédito: Divulgação / Fefumerj)

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    Christofer, do Friburguense, conquistou a segunda posição na Série Prata da Máster (Crédito: Divulgação / Fefumerj)

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Você conhece?

terça-feira, 20 de maio de 2025

Processo natural, Sarcopenia pode ter efeitos minimizados com dieta e exercícios

Com o passar dos anos e o avanço da idade, o ser humano naturalmente sentirá os mais diversos efeitos em seu corpo. Um desses processos inevitáveis é a sarcopenia, reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde, desde 2016. Trata-se de uma condição definida pela perda de massa e função do músculo esquelético. Mesmo que sarcopenia e envelhecimento estejam fortemente ligados, o desenvolvimento pode estar associado a doenças que não são exclusivamente notadas em idosos.

Processo natural, Sarcopenia pode ter efeitos minimizados com dieta e exercícios

Com o passar dos anos e o avanço da idade, o ser humano naturalmente sentirá os mais diversos efeitos em seu corpo. Um desses processos inevitáveis é a sarcopenia, reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde, desde 2016. Trata-se de uma condição definida pela perda de massa e função do músculo esquelético. Mesmo que sarcopenia e envelhecimento estejam fortemente ligados, o desenvolvimento pode estar associado a doenças que não são exclusivamente notadas em idosos.

 “Com o passar dos anos, todos nós perderemos massa muscular e parte da nossa força, o que pode provocar perda de autonomia em nossas atividades, aumento do risco de queda, redução no desempenho físico em atletas e redução da capacidade para fazer atividades de rotina. É um fenômeno fisiológico. A diferença é que, para quem faz exercício e se alimenta bem, o processo é mais lento. Muitas vezes até mesmo a perda da massa muscular, pois o músculo se adapta. O exercício é fundamental, especialmente os de força, como musculação, pilates, ginástica, crossfit, calistenia e outros”, explica o nutricionista e educador físico Felipe Monnerat.

A sarcopenia é uma condição frequente, embora pouco diagnosticada, com o número de pessoas acometidas pela doença crescendo com o aumento da idade. A redução da força e da massa muscular está associada a efeitos adversos a curto e longo prazo. A sarcopenia está relacionada a vários comprometimentos da saúde que se estendem desde quedas e fraturas ao comprometimento cognitivo, com alterações da memória e quadros depressivos, incapacidade para as atividades de vida diária, como deambular sozinho; perda da independência e maior risco de óbito.

 “Também existe a sarcopenia decorrente de outras causas, como doenças neurológicas, câncer, traumas, fraturas e outros. Mas para todos esses casos existe tratamento, através do exercício e fisioterapia. Mas é importante pontuar que a massa muscular perdida não retorna. Só é possível aumentar a massa magra e a força muscular, através do treinamento que chamamos de hipertrofia”, explica o profissional.

A prevenção da perda da massa muscular e do possível quadro de sarcopenia é fundamental para o envelhecimento saudável. Atualmente, sabe-se que o seu desenvolvimento se inicia antes do envelhecimento. A prática regular de exercícios físicos, em especial as atividades de resistência (força ou musculação), e a alimentação balanceada, com ingestão de calorias e proteínas em quantidades direcionadas à fase de vida do indivíduo, representam os pilares para a prevenção da doença.

“Existem alguns suplementos importantes para o controle do processo, principalmente quando associados a uma alimentação correta e aos exercícios, como a creatina, o HMB, o whey protein e outros pré-treinos que participam retardando a fadiga e melhorando o rendimento do exercício. No mínimo duas vezes por semana, nós devemos cuidar da nossa massa muscular, com a devida supervisão profissional”, finaliza Monnerat.

Estudos demonstram que o treino de resistência, realizado por meio do próprio peso corporal, com auxílio de pesos livres, halteres, faixas ou máquinas de resistência apresenta efeito positivo na quantidade (massa) e qualidade muscular (força), reduzindo ou retardando os efeitos do envelhecimento na musculatura. Não menos importante é o tratamento e acompanhamento regular de doenças que podem ocasionar comprometimento muscular, como as metabólicas.

 O tratamento da sarcopenia é baseado principalmente no estímulo muscular por meio de exercícios físicos de resistência e no suporte proteico-calórico adequado a cada caso. Até o momento, não há medicamentos direcionados e aprovados para o tratamento da doença, embora alguns estudos estejam sendo realizados.

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    Processo natural, a sarcopenia pode ter efeitos minimizados com estilo de vida saudável (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Prática de exercícios é uma das principais formas de conter a manifestação da doença (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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A importância da família na formação do leitor

terça-feira, 20 de maio de 2025

A formação do leitor é de responsabilidade da família, da escola e do Estado. Começa desde a mais tenra idade através da escuta de histórias contadas e lidas, do manuseio dos livros e visualização das suas imagens e pelo prazer de brincar.

A formação do leitor é de responsabilidade da família, da escola e do Estado. Começa desde a mais tenra idade através da escuta de histórias contadas e lidas, do manuseio dos livros e visualização das suas imagens e pelo prazer de brincar.

Na família, os pontos de partida da formação do leitor são o amor à criança e o gosto pela leitura. O ambiente familiar é construído através de elos afetivos e narrativas; cada família tem as suas, que passam, inclusive, de geração a geração. A criança nasce mergulhada em histórias que são contadas e recontadas, hábito com o qual vai se acostumando, assimilando, fazendo com que as recrie, quando experimenta uma gama de emoções ao imitar os familiares, seus modos de agir, papéis e funções. Através do encantamento e da fantasia com as histórias do universo da literatura infantil que lhes são contadas, a criança adentra o imaginário e convive com o universo lúdico, que possibilita que ela mesma crie narrativas através dos processos de identificação com os personagens da história. Assim sendo, o faz de conta é uma brincadeira simbólica fundamental.

A formação do leitor é um processo complexo que tem por objetivo último o domínio da leitura e a espontânea vontade de ler. A partir da convivência com familiares leitores, ela, certamente, vai receber estímulos para buscar o livro, abri-lo e absorver o texto. Do ser estimulada ao tornar-se leitor é um caminho desafiador. O primeiro deles é aprender a ler que envolve a decodificação de palavras, apreensão de sentidos e interpretação.

O familiar, ao ler para a criança, valoriza o contato com o livro.  Ao conversar a respeito do texto, compartilhar sua interpretação e cuidar do livro, enaltece as riquezas contidas em cada leitura.

As oportunidades variadas de leitura permitem que o leitor infantojuvenil defina seus gostos por assuntos. Nem todos os leitores são versáteis e, de um modo geral, possuem uma tendência particular. Há leitores que apreciam esportes e outros assuntos médicos, os que gostam de romances e poesias. Mas há também aqueles que preferem assuntos relacionados à sua formação profissional. São tendências que vão se construindo ao longo da vida e podem mudar de acordo com centros de interesse.  As histórias em quadrinhos, por exemplo, são oportunidades de leitura que não podem ser negligenciadas, até porque há textos clássicos adaptados aos quadrinhos. A linguagem empregada pelo texto deve estar adequada à faixa etária para manter o leitor se infantil ou se juvenil interessado na leitura, como também o assunto abordado e sua forma.

Enfim, criança, em processo de formação, precisa se sentir livre para escolher seus temas. Para tal as oportunidades de leitura são fundamentais. Vale a pena observar, no entanto, que a maioria da população infantojuvenil tem dificuldades para acessar o livro. O hábito de frequentar bibliotecas escolares e públicas, pegar livros para serem lidos em casa pode ser positivo. Não podemos negligenciar a leitura em livros virtuais, especialmente para os jovens, opção que vem crescendo e facilita o seu encontro com a literatura.

Os leitores infantis apreciam as ilustrações, imagens que recontam o texto e permitem a imaginação. Ler e imaginar favorece que o leitor sinta prazer em manusear o livro. Quando a criança gosta da atividade de ler — posto que é uma das atividades dentre outras várias que poderia realizar, como assistir a desenhos animados, jogar e brincar — ela vai encontrar momentos para ler. Ou seja, é uma atividade prazerosa e pode ser incentivada. E, caso seja, obrigatória, os professores e familiares devem mostrar o valor da leitura para a vida.  

Para finalizar, deixo uma frase do psicanalista e educador Rubem Alves: “O livro é um brinquedo feito de letras. Ler é brincar”.

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Leão XIV inicia seu ministério

terça-feira, 20 de maio de 2025

“Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vocês como um irmão que deseja fazer-se servo da fé e da alegria”, disse Leão XIV na missa de início do seu pontificado. O Santo Padre expressou o desejo de uma Igreja unida, que seja fermento para um mundo reconciliado. E se emocionou ao receber o Anel do Pescador.

“Esta é a hora do amor!”

“Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vocês como um irmão que deseja fazer-se servo da fé e da alegria”, disse Leão XIV na missa de início do seu pontificado. O Santo Padre expressou o desejo de uma Igreja unida, que seja fermento para um mundo reconciliado. E se emocionou ao receber o Anel do Pescador.

“Esta é a hora do amor!”

O Papa Leão XIV presidiu à Santa Missa de início do seu ministério petrino numa Praça São Pedro lotada de fiéis e autoridades civis e religiosas. Antes da cerimônia, o Pontífice passou de papamóvel, pela primeira vez, por entre as 200 mil pessoas que se aglomeraram também na “Via della Conciliazione”, que dá acesso à Praça.

A solene cerimônia teve início dentro da Basílica Vaticana, em oração diante do túmulo do Apóstolo São Pedro, junto com os patriarcas das Igrejas Orientais. De lá, o Evangeliário, o Pálio e o Anel do Pescador foram levados em procissão para o altar no adro da Praça São Pedro, enquanto o coro entoava a ladainha de todos os santos.

Após a proclamação do Evangelho, três cardeais das três ordens (diáconos, presbíteros e bispos) aproximaram-se de Leão XIV para o momento das insígnias episcopais “petrinas”: o card. Mario Zenari impôs-lhe o Pálio e o card. Luis Antonio Tagle entregou-lhe o Anel do Pescador, num dos momentos mais tocantes da missa, com o Papa contendo a emoção.

A cerimônia prosseguiu com o rito simbólico de “obediência”, prestado ao Papa por 12 representantes de todas as categorias do Povo de Deus, provenientes de várias partes do mundo, entre eles, o cardeal brasileiro Jaime Spengler. Na sequência, o Pontífice pronunciou a sua homilia.

"Fui escolhido sem qualquer mérito"

Leão XIV saudou a todos “com o coração cheio de gratidão” e uma das frases mais célebres de Santo Agostinho: «Fizeste-nos para Vós, [Senhor,] e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Vós» (Confissões, 1,1.1). O Santo Padre recordou os últimos dias, vividos de maneira intensa com a morte do Papa Francisco, “que nos deixou «como ovelhas sem pastor»”.

À luz da ressurreição, enfrentamos este momento e o Colégio Cardinalício reuniu-se para o Conclave para eleger o novo sucessor de Pedro, “chamado a guardar o rico patrimônio da fé cristã e, ao mesmo tempo, ir ao encontro das interrogações, das inquietações e dos desafios de hoje”.

“Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vocês como um irmão que deseja fazer-se servo da fé e da alegria, percorrendo com vocês o caminho do amor de Deus, que nos quer a todos unidos numa única família.”

Nunca ceder à tentação de ser um líder solitário e acima dos outros Leão XIV ressaltou as duas dimensões da missão que Jesus confiou a Pedro: amor e unidade. Jesus recebeu do Pai a missão de “pescar” a humanidade para salvá-la das águas do mal e da morte. Esta missão permanece ainda hoje, de lançar sempre e novamente a rede e navegar no mar da vida para que todos se possam reencontrar no abraço de Deus.

Essa tarefa é possível porque Pedro experimentou na própria vida o amor infinito e incondicional de Deus, mesmo na hora do fracasso e da negação. A Pedro, portanto, é confiada a tarefa de «amar mais» e dar a sua vida pelo rebanho.

“O ministério de Pedro é marcado precisamente por este amor oblativo, porque a Igreja de Roma preside na caridade e a sua verdadeira autoridade é a caridade de Cristo. Não se trata nunca de capturar os outros com a prepotência, com a propaganda religiosa ou com os meios do poder, mas se trata sempre e apenas de amar como fez Jesus.”

Para isso, Pedro e seus sucessores devem apascentar o rebanho sem nunca ceder à tentação de ser um líder solitário ou um chefe colocado acima dos outros, tornando-se dominador das pessoas que lhe foram confiadas pelo contrário, deve servir a fé dos irmãos, caminhando com eles.

“Irmãos e irmãs, gostaria que fosse este o nosso primeiro grande desejo: uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado.”

Olhar para Cristo!

No nosso tempo, acrescentou o Santo Padre, ainda vemos demasiada discórdia, feridas causadas pelo ódio, a violência, os preconceitos, o medo do diferente, por um paradigma econômico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres.

“E nós queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade. Queremos dizer ao mundo, com humildade e alegria: Olhem para Cristo! Aproximem-se Dele! Acolham a sua Palavra que ilumina e consola! Escutem a sua proposta de amor para se tornar a sua única família. No único Cristo somos um.”

Este é o espírito missionário que deve nos animar, acrescentou Leão XIV, sem nos fecharmos no nosso pequeno grupo nem nos sentirmos superiores ao mundo. “Irmãos, irmãs, esta é a hora do amor!”, concluiu o Papa, exortando a construir uma Igreja missionária, que abre os braços ao mundo e anuncia a Palavra.

“Juntos, como único povo, todos irmãos, caminhemos ao encontro de Deus e amemo-nos uns aos outros.”

Fonte: Vatican News

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A VOZ DA SERRA é o pilar da informação friburguense

terça-feira, 20 de maio de 2025

         Foi muita surpresa receber um telefonema de Jane Ayrão na semana passada. Essa querida amiga ligou me convidando para a estreia da peça “Floradas na Serra”, no próximo dia 31 de maio, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, às 19 horas. Ao mesmo tempo em que fiquei feliz com a ligação, lamentei não confirmar minha presença. Expliquei, justificando a minha ausência, pois, nesta data e horário, estarei envolvida com os Jogos Florais de Nova Friburgo – a tradicional festa da trova friburguense.

         Foi muita surpresa receber um telefonema de Jane Ayrão na semana passada. Essa querida amiga ligou me convidando para a estreia da peça “Floradas na Serra”, no próximo dia 31 de maio, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, às 19 horas. Ao mesmo tempo em que fiquei feliz com a ligação, lamentei não confirmar minha presença. Expliquei, justificando a minha ausência, pois, nesta data e horário, estarei envolvida com os Jogos Florais de Nova Friburgo – a tradicional festa da trova friburguense.

         No entanto, não me senti ausente por inteiro da peça, pois o Caderno Z trouxe um especial cheinho de informações sobre o espetáculo que será encenado pela Companhia de Arte Jane Ayrão. O enredo da peça foi inspirado no romance da escritora Dinah Silveira de Queiroz, lançado em 1939,  sobre a doença que, à época, ameaçava a segurança da sociedade brasileira, ou seja, a tuberculose. A autora do livro se aprofundou no assunto, já que suas bisavó e avó contraíram a doença que as levou do plano terreno. Na obra literária, Dinah se inteirou de muita informação, visitando sanatórios e consultórios médicos, adquirindo conhecimento de causa para escrever.

         A doença, que era contagiosa, exigiu que se criasse um local específico para o tratamento dos acometidos. A “Campos do Jordão Sanatorial”, no Estado de São Paulo, serviu de abrigo e tratamento para os pacientes. “O local não era apenas uma arquitetura europeia, mas, principalmente, mantinha os valores sociais e culturais da população dos Alpes”. No contexto, a obra de Dinah “nos envolve com a solidão vivenciada por seus “hóspedes”, a exclusão do convívio social por conta da doença e a perspectiva da morte”.

         Ana Borges entrevistou o ator Eduardo Ramos e, confirmando a tese da minha monografia na graduação de Comunicação Social, de que, quem lê entrevistas de conteúdo pode até se enriquecer de forma cultural e social. A entrevista é todo um deleite literário, artístico e instrutivo. O ator e diretor de cena realça a importância de estar novamente em cena: “Um romance! Sim, um romance em meio ao sofrimento. O amor como elemento de cura. O altruísmo e a compaixão como antíteses ao medo e à desesperança”. Sobre a relação de seu trabalho com a peça, Eduardo, em seu terceiro personagem, confessa:  “Aproveitar aquilo que o personagem desperta em mim faz com que suas emoções se tornem mais críveis e verdadeiras. No caso do Dr. Celso, como ele é repleto de conflitos e contradições, interpretá-lo é um prato cheio para qualquer ator...”.  

         Conhecendo a performance de Jane Ayrão, de suas mãos de fada, e do elenco da Companhia, formado por 16 atores e atrizes, temos certeza de mais um espetáculo de encantamento e magia. A equipe técnica é composta por Jane Ayrão (roteiro adaptado e direção geral); Eduardo Ramos Jr. (direção de cena); Tininha Nagato (assistente de produção); Ágni Souza (coordenação musical); Philip Gutwein (piano); e Virgílio Santos (figurino). A trilha sonora é de tirar o fôlego: De Edelweiss  a  Va Pensiero, de Giuseppe Verdi, o repertório há de envolver o público num verdadeiro passeio musical da era de ouro das composições, que não só marcaram épocas, mas que passaram a fazer parte da vida dos amantes da história musical de todos os tempos. A peça, inclusive, já está convidada para se apresentar na Academia Brasileira de Letras (ABL), em novembro.

         Em “Há 50 anos”, Nova Friburgo festejava 157 anos, “convivendo com mais um aniversário, mais uma data de real significado... Por isso mesmo, “A VOZ DA SERRA, a voz guardiã dos interesses do povo”, não poderia deixar passar a data, sem um registro especial, sem uma edição comemorativa...". Na mesma edição, o Cinema Eldorado exibia o filme “Enigma para Demônios”, o Eldorado dos anos dourados. Era assim, há 50 anos, com a nossa Voz que continua sendo a Voz de Nova Friburgo, agora para o mundo, pois chegamos a 2025. São 207 anos de uma cidade que se renova, sempre buscando desenvolvimento para estar no topo da lista dos melhores lugares para se viver. O que for bom para o povo há de ser muito melhor para os visitantes. Feliz cidade, parabéns!

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Melhor possível

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Lya Luft escreveu: “E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que se conseguir fazer”.  Sim. Que o melhor seja feito dentro das possibilidades existentes. E que novos horizontes ampliem as possibilidades para que mais bem feito ainda possa ser feito adiante.

Lya Luft escreveu: “E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que se conseguir fazer”.  Sim. Que o melhor seja feito dentro das possibilidades existentes. E que novos horizontes ampliem as possibilidades para que mais bem feito ainda possa ser feito adiante.

Os perfeccionistas de plantão sabem que não dar conta de fazer o que se quer, da forma como se deseja, dói. E, às vezes não é pouco. Uma sensação de impotência pode brotar de forma mais simples do que um pé de feijão que nasce do caroço deixado no copo com algodão úmido. (Aliás, aqui vale uma digressão... saudosos tempos em que fazíamos experiências como essa e víamos o milagre acontecer sob nossos olhos.)

São muitos os relatos de pessoas que se sentem constantemente exaustas e sobrecarregadas e muitas vezes a razão disso reside justamente no acúmulo de tarefas que pretendem desempenhar de forma impecável. É seguro afirmar que pessoas com esse perfil podem aliar a satisfação pelo desempenho escorreito de suas funções na vida com uma bagagem pesada de cansaço. E o bonito dessa história é perceber que ainda assim, continuam se esforçando para honrar os compromissos assumidos da melhor maneira com que podem fazer. Dando o melhor de si, não param de descobrir caminhos de expansão interna. Vem o prazer da satisfação, do mérito plantado pelo esforço. O movimento é de dentro para fora e não o contrário. Quanta gratidão das pessoas é colhida pela doação do melhor que se pode oferecer e fazer pelo outro? A felicidade que dessa experiência advém é algo que não tem como valorar.

Mas o ponto curioso, a meu ver, é que ser “certinho”, além de rótulo esquisito, virou tratamento pejorativo, quando não adjetivo empregado com intuito de desmerecer alguém. Chegar na hora do compromisso passou a ser estranho. Cumprir prazos. Dedicar-se para alcançar os objetivos estabelecidos. Olhar para o outro. Ajudar as pessoas, então! Virou coisa de gente chata e fora do padrão.

Em um momento de tanta fluidez, tempo corrido, agendas lotadas, demanda social, interação, inchaço nas relações, ser pessoa cumpridora das regras que ainda assim se esforçam para priorizar o comprometimento, não deveria ser elogio?

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