Nos dias de hoje, temos visto muitos casos de depressão e, também, de ansiedade, talvez aumentados pelo tipo de vida que levamos atualmente. Muita internet, pouco contato com o semelhante, um corre-corre desenfreado sem tempo para mais nada. Achei esse artigo interessante e resolvi reproduzi-lo por nos dar uma ideia do diferencial entre uma e outra patologia.
Nos dias de hoje, temos visto muitos casos de depressão e, também, de ansiedade, talvez aumentados pelo tipo de vida que levamos atualmente. Muita internet, pouco contato com o semelhante, um corre-corre desenfreado sem tempo para mais nada. Achei esse artigo interessante e resolvi reproduzi-lo por nos dar uma ideia do diferencial entre uma e outra patologia.
“Não é incomum chamarem de depressão diferentes tipos de sofrimentos mentais, podendo ser um surto psicótico, ou um quadro de ansiedade (“nervosismo”), etc. E, também, é importante entendermos que todas as pessoas têm ansiedade, assim como todas têm temperatura corporal (normal 36 graus centígrados), mas nem todas têm ansiedade alta ou exagerada, assim como nem todas têm febre.
Depressão, no sentido científico, é um transtorno mental no qual estão presentes sintomas como: sentir-se deprimido a maior parte do tempo; interesse diminuído ou perda de prazer para realizar atividades de rotina; sensação de inutilidade ou culpa excessiva; dificuldade de concentração ou habilidade diminuída para pensar e concentrar-se; fadiga ou perda de energia; insônia ou dormir demais diariamente; agitação ou lentidão psicomotora; perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta; ideias recorrentes (que surgem constantemente na mente) de morte ou suicídio.
O diagnóstico de depressão é feito da seguinte maneira:
1) Depressão menor: 2 a 4 dos sintomas acima por duas ou mais semanas, incluindo o estado deprimido, ou falta de interesse ou prazer nas coisas.
2) Distimia (tristeza crônica): 3 ou 4 dos sintomas acima, incluindo o estado deprimido, durante dois anos, no mínimo.
3) Depressão maior: 5 ou mais dos sintomas acima por duas semanas ou mais, incluindo o estado deprimido, ou falta de interesse ou prazer nas coisas.
Já a ansiedade é diferente da depressão. Ansiedade todo mundo tem. Mas ansiedade alta ou exagerada somente uma parcela da população apresenta. Ansiedade é uma sensação de vazio, de que falta algo sem que você saiba o que é, é uma falta de serenidade, uma inquietude. Ela se manifesta diretamente com estes sintomas, às vezes com aperto no peito, ou sensação de que há uma bola na garganta que sobe e desce, por medos exagerados, manias sem sentido (juntar coisas, conferir se fechou a porta várias vezes, lavar as mãos compulsivamente por 20 minutos ou mais, etc.).
A ansiedade alta é um aviso, um sinal de que algo está em conflito dentro da pessoa e que precisa ser compreendido para que a pessoa mude de conduta, adotando um comportamento, ou jeito de pensar e de sentir, que não produza a ansiedade ou angústia tão forte.
A ansiedade alta pode se manifestar também através de crises de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, somatizações (manifestações no corpo através de sintomas físicos, como pressão arterial alta, dores musculares, reações na pele, enxaqueca, etc.). Crise de pânico, por exemplo, é um transbordamento da ansiedade, durante a qual a pessoa tem sudorese, muita aflição, taquicardia (aceleração do coração), respiração curta ou difícil, sensação de que irá ter um ataque cardíaco ou que irá perder o juízo.
O tratamento da ansiedade excessiva tem que ver com ajuda psicológica (psicoterapia, veja abaixo), possivelmente medicação temporária sob orientação médica caso a ansiedade alta esteja prejudicando a pessoa a executar suas tarefas, prática de atividade física ao ar livre de preferência, redução ou eliminação do consumo de cafeína porque ela pode piorar a ansiedade.
O tratamento da depressão irá variar de acordo com a estrutura da personalidade do paciente, recursos psicológicos internos que ele tem, história pessoal de como lidou com problemas e perdas no passado, tipo de perda que gerou a depressão, mas basicamente, se a depressão é leve, a psicoterapia poderá ser suficiente. Se for moderada ou grave (maior), será necessário além da psicoterapia, o uso de medicação específica (antidepressivo), que deverá ser usada por tempo determinado, podendo variar entre seis meses a um ano de uso de preferência, sob orientação médica, geralmente do psiquiatra.
Psicoterapia, também chamada de “terapia”, é um tipo de ajuda humana técnica, profissional, especializada, na qual o profissional que a pratica (médico de qualquer especialidade que tem formação em psicoterapia, médico psiquiatra treinado em psicoterapia, psicólogo clínico) usa a palavra, numa conversa em geral individual (pode ser psicoterapia de grupo também) para dar apoio, ajudar a aliviar tensões internas, oferecer ao paciente melhor compreensão da causa dos problemas comportamentais, visando um melhor funcionamento do indivíduo consigo mesmo, com a família e socialmente.
Finalmente, tanto para a ansiedade excessiva e suas manifestações, como para a depressão, a apoio espiritual é muito importante e estudos revelam que as pessoas que sofrem de depressão e/ou algum transtorno de ansiedade e têm uma fé religiosa e praticam sua religião, apresentam melhores defesas contra as formas mais graves destas doenças. Oração, meditação em textos bíblicos, assistência a reuniões religiosas não agitadas, mas serenas e com mensagens de ânimo, aconselhamento espiritual, realmente ajudam e são fatores de restabelecimento da saúde, um complemento valioso para o tratamento medicamentoso e psicoterápico nas pessoas deprimidas e/ou exageradamente ansiosas”.
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