Blogs

Animizades

quarta-feira, 07 de agosto de 2024

Pessoas que, embora nos conhecendo, gostam de nós

Pessoas que, embora nos conhecendo, gostam de nós

Pior do que encontrar um inimigo é dar de cara com um ex-amigo, porque este traz consigo, além da inimizade, a lembrança da amizade que acabou. Essa foi a ideia que me ocorreu quando, no labirinto das prateleiras do supermercado, esbarrei com uma pessoa com a qual convivi fraternalmente por alguns anos. Não sei se eu errei, se ele errou, ou se foram as circunstâncias que, no passado, ergueram entre nós uma parede tão concreta que, se um de nós escorregar, bate com a cabeça nela e ganha um galo na testa. Para falar a verdade, eu acho que eu estava com a razão e ele, claro, com a desrazão. Mas está na cara (dele) que ele pensa exatamente o contrário.

Em uma de suas palestras, Leandro Karnal conta uma história (ou será anedota?) sobre Voltaire. O famoso filósofo iluminista já estava nos últimos suspiros, partindo desta para a melhor (embora ele não acreditasse em outra vida e menos ainda em outra vida melhor). Um padre, querendo salvar aquela alma rebelde, insistiu com ele: “Abandona o demônio, renega o diabo!” Voltaire, ateu que era, respondeu: “Padre, eu estou pra morrer. Não é hora de fazer inimigos”.

Pois eu devoto a mais radical inimizade àquele “cujo nome não se diz”. Concordo com Riobaldo: “Deus a gente respeita, do demônio se esconjura e aparta”. Afora isso, procuro me dar bem com todo mundo. Outro dia tive o trabalho de contar as pessoas que viram a cara quando dão o azar de passar por mim. Vai ver que são centenas, mas que eu saiba, declaradas, não foram além dos cinco dedos da mão direita. Depois disso, uma dessas pessoas faleceu, infelizmente antes que tivéssemos fumado o cachimbo da paz ou ao menos tomado em paz um cafezinho. As outras quatro estão aí, e eu peço a Deus que lhes dê vida longa, cheia de saúde e sucesso.

Porque a vida não é mais do que um pequeno jardim no fundo do quintal. Não vale a pena desperdiçar esse espaço, que já é pouco, cultivando ervas daninhas. Rancores e antipatias, raivas e animosidades. Ódio, então, nem se fala, que esse não só estraga o jardim inteiro como envenena quem o plantou.  A triste verdade é que somos mesquinhos demais para amar a todos de todo o coração. Mas não custa reservar ao menos um cantinho do jardim para aquelas pessoas que olham para as nuvens quando passam por nós. Ou mesmo para as que lamentam que já tivéssemos chegado na calçada quando o caminhão passou.

Lembremo-nos de Mandela, que, após décadas nas prisões do apartheid, saiu delas não para vingar, mas para pacificar. Lembremo-nos de Ghandi, que pagou com a vida sua teoria e prática de resistência pacífica, mas libertou a Índia do jugo inglês. E não nos esqueçamos de Teresa de Calcutá e Dulce da Bahia.

O que não falta no mundo é gente do mal, agentes do mal. Gente cheia de ódio, preconceito, fanatismo. Melhor deixá-las no fundo baú do esquecimento e lembrar apenas de quantas pessoas boas existem, daquelas que, embora nos conhecendo, gostam de nós.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Papa: as coisas materiais não preenchem a vida, sigamos o caminho da caridade

terça-feira, 06 de agosto de 2024

O Papa Francisco rezou ao meio-dia do último domingo, 4, a oração do Angelus, diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. “Se cada um der aos outros o que tem, com a ajuda de Deus, mesmo com pouco, todos podem ter algo", afirmou.

"As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor pode fazer isso. E para que isso aconteça, o caminho a seguir é o da caridade, que não guarda nada para si, mas compartilha tudo": foi o que disse o Papa, antes do Angelus, diante dos fiéis e peregrinos reunidos neste domingo na Praça São Pedro.

O Papa Francisco rezou ao meio-dia do último domingo, 4, a oração do Angelus, diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. “Se cada um der aos outros o que tem, com a ajuda de Deus, mesmo com pouco, todos podem ter algo", afirmou.

"As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor pode fazer isso. E para que isso aconteça, o caminho a seguir é o da caridade, que não guarda nada para si, mas compartilha tudo": foi o que disse o Papa, antes do Angelus, diante dos fiéis e peregrinos reunidos neste domingo na Praça São Pedro.

"Hoje, o Evangelho nos fala de Jesus que, depois do milagre dos pães e dos peixes, convida as multidões, que o procuram, a refletir sobre o que aconteceu, para entender seu significado. Eles haviam comido aquele alimento compartilhado e puderam ver como, mesmo com poucos recursos, graças à generosidade e coragem de um jovem, que colocou à disposição dos outros o que ele tinha, todos foram alimentados até a saciedade”.

O sinal era claro, destacou o Papa: “se cada um der aos outros o que tem, com a ajuda de Deus, mesmo com pouco, todos podem ter algo". E, em vez disso, eles não entenderam – completou o Santo Padre: “confundiram Jesus com uma espécie de mágico, e voltaram para procurá-lo, esperando que repetisse o prodígio como se fosse uma magia".

"Eles foram protagonistas de uma experiência para seu caminho, mas não compreenderam o significado dela: sua atenção estava voltada apenas para os pães e peixes, para o alimento material, que acabou imediatamente – continuou o Papa. Eles não perceberam que isso era apenas um instrumento, que o Pai, enquanto saciava a fome deles, lhes revelava algo muito mais importante: o modo de vida que dura para sempre e o sabor do pão que sacia para além da medida".

O verdadeiro pão, em resumo, - disse o Papa - "era e é Jesus, seu Filho amado feito homem, que veio para compartilhar nossa pobreza para nos conduzir, por meio dela, à alegria da plena comunhão com Deus e com nossos irmãos e irmãs, em dom".

"As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor pode preenchê-la. E para que isso aconteça, o caminho a ser seguido é o da caridade que não guarda nada para si, mas compartilha tudo", observou o Santo Padre.

"Isso não acontece também em nossas famílias? Pensemos naqueles pais que lutam a vida inteira para educar bem seus filhos e deixar-lhes algo para o futuro. Como é bonito quando essa mensagem é compreendida, e os filhos são gratos e, por sua vez, tornam-se solidários uns com os outros como irmãos! E como é triste, ao contrário, quando eles brigam por herança, e talvez não se falem por anos", enfatizou.

A mensagem da mamãe e do papai, seu legado mais precioso, não é o dinheiro, - enfatizou o Papa - "mas o amor com o qual eles dão a seus filhos tudo o que têm, assim como Deus faz conosco, e dessa forma eles nos ensinam a amar".

"Vamos nos perguntar, então: qual é a minha relação com as coisas materiais? Eu sou escravo delas ou as uso livremente, como instrumentos para dar e receber amor? Sei dizer "obrigado" a Deus e a meus irmãos e irmãs pelos dons recebidos e compartilhá-los? Francisco concluiu pedindo a Maria, que deu a Jesus toda a sua vida, que nos ensine a fazer de todas as coisas um instrumento de amor.

 

Fonte: Vatican News

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Educação ambiental nas escolas: cultivando consciência para um futuro sustentável

terça-feira, 06 de agosto de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre educação ambiental nas escolas, que é uma ferramenta vital na formação de cidadãos conscientes e responsáveis em relação ao meio ambiente. Ao abordar questões como conservação da natureza, uso sustentável dos recursos naturais, mudanças climáticas e poluição, as escolas não apenas fornecem conhecimento aos alunos, mas também os capacitam a tomar medidas concretas para proteger o planeta.

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre educação ambiental nas escolas, que é uma ferramenta vital na formação de cidadãos conscientes e responsáveis em relação ao meio ambiente. Ao abordar questões como conservação da natureza, uso sustentável dos recursos naturais, mudanças climáticas e poluição, as escolas não apenas fornecem conhecimento aos alunos, mas também os capacitam a tomar medidas concretas para proteger o planeta.

Alunos que recebem educação ambiental estão mais propensos a entender a interconexão entre suas ações e o meio ambiente, desenvolvendo hábitos sustentáveis que podem ter um impacto positivo significativo. Eles aprendem sobre a importância da redução do consumo de recursos, reciclagem, conservação da água e energia, e são incentivados a praticar esses comportamentos em suas vidas diárias. Como resultado, esses jovens se tornam agentes de mudança em suas comunidades, promovendo práticas sustentáveis e influenciando suas famílias e amigos a fazerem o mesmo.

Por outro lado, o impacto ambiental causado pelo ser humano que não teve sua consciência ambiental ativada é alarmante. Desde o desmatamento desenfreado até a poluição descontrolada, as atividades humanas têm devastado ecossistemas preciosos e acelerado as mudanças climáticas. Sem uma compreensão adequada das interações entre a humanidade e o meio ambiente, as consequências negativas só aumentam, colocando em risco não apenas a biodiversidade, mas também o bem-estar humano e a estabilidade do planeta como um todo.

Países em todo o mundo têm reconhecido a importância da educação ambiental e estão priorizando-a em seus sistemas educacionais. Na Finlândia, por exemplo, a educação ambiental é uma parte integrante do currículo escolar, desde os primeiros anos até o ensino médio. Da mesma forma, o Canadá implementou políticas que incentivam a incorporação da educação ambiental em todas as disciplinas, reconhecendo-a como uma ferramenta essencial para preparar os jovens para os desafios ambientais do século 21.

No entanto, implementar aulas de educação ambiental nas escolas, existem alguns aspectos que precisam ser considerados ao abordar essa questão:

Currículo escolar: Embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabeleça a obrigatoriedade da educação ambiental em todos os níveis de ensino, a efetiva implementação dessa disciplina pode variar de acordo com o currículo de cada estado e município. Muitas vezes, a educação ambiental no Brasil é tratada de forma interdisciplinar, sendo incorporada apenas em disciplinas como ciências, geografia e biologia.

Formação de professores: Um dos desafios enfrentados é a formação dos professores para ministrar aulas de educação ambiental de forma eficaz e integrada ao currículo. Muitos educadores podem não estar completamente preparados ou familiarizados com os conceitos e práticas da educação ambiental, o que pode limitar sua capacidade de transmitir esse conhecimento aos alunos de maneira significativa.

Recursos didáticos e infraestrutura: A falta de recursos didáticos específicos e de infraestrutura adequada também pode ser um obstáculo para a implementação efetiva da educação ambiental nas escolas públicas. Materiais educativos, laboratórios e atividades práticas são fundamentais para enriquecer o aprendizado dos alunos sobre questões ambientais.

Políticas públicas e financiamento: É crucial que haja políticas públicas claras e investimentos adequados para apoiar a integração da educação ambiental nas escolas públicas. Isso inclui a elaboração de diretrizes curriculares específicas, capacitação de professores, produção de materiais didáticos e melhoria da infraestrutura escolar.

Recursos didáticos: As escolas precisam de materiais didáticos adequados que abordem temas ambientais de maneira acessível e interessante para os alunos. Isso pode incluir livros, vídeos, jogos educativos, kits de experimentos e recursos online.

Infraestrutura escolar adequada: As escolas precisam de infraestrutura adequada para apoiar atividades ecopedagógicas, como áreas verdes para hortas, salas de aula equipadas com tecnologia para apresentações multimídia e laboratórios para experimentos científicos relacionados ao meio ambiente.

Parcerias externas: Colaborações com instituições e especialistas em meio ambiente podem enriquecer as atividades ecopedagógicas, fornecendo recursos adicionais, expertise e oportunidades de aprendizado prático fora da sala de aula.

Compromisso da direção e da comunidade escolar: O apoio e o comprometimento da direção da escola, dos pais e da comunidade em geral são fundamentais para o sucesso das atividades ecopedagógicas. Isso pode envolver a alocação de recursos financeiros, a promoção de programas ambientais e a integração de práticas sustentáveis no dia a dia da escola.

Incentivos e reconhecimento: Reconhecer e incentivar o engajamento dos alunos e dos professores em atividades ecopedagógicas pode motivar ainda mais a participação e promover uma cultura escolar voltada para a sustentabilidade.

Em resumo, para implementar atividades ecopedagógicas, as escolas precisam de uma abordagem holística que envolva recursos didáticos adequados, formação de professores, infraestrutura escolar, parcerias externas, compromisso da comunidade escolar e incentivos para promover uma cultura de sustentabilidade dentro da escola.

Tudo verde sempre!

Foto da galeria
(Foto: Pixabay)
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Beethoven, o mestre das superações

terça-feira, 06 de agosto de 2024

        A literatura mergulha na vida, e a vida abraça a literatura. É como se houvesse um bom intercâmbio entre uma instância abstrata que reflete a vida como um espelho e a realidade concreta da existência, enquanto palco de encenações e inspirações para um escritor atento e um vivente maduro.

        A literatura mergulha na vida, e a vida abraça a literatura. É como se houvesse um bom intercâmbio entre uma instância abstrata que reflete a vida como um espelho e a realidade concreta da existência, enquanto palco de encenações e inspirações para um escritor atento e um vivente maduro.

        “A pequena coreografia do adeus” (*), de Aline Bei, obra literária publicada pela Companhia das Letras, me tocou lá naquele fundo da gente que é macio e se modifica quando recebe um toque. Somos feitos de partes duras e moles que vão se entremeando de acordo com o que se vive. Nas partes duras estão os verdadeiros guerreiros, dotados de forças e espadas, que enfrentam guerras e batalhas. Enquanto as outras partes vão amolecendo, quase virando líquido, quando entram em contato com sensíveis afetos.

        Júlia, a personagem, recebe de sua mãe os piores maus-tratos desde os mais novos anos. E de seu pai, uma indiferença comprida que se estica pelos dias afora da sua infância. A autora realça na escrita, quer seja nas palavras, quer na formatação do texto, as emoções de Júlia. Vamos lendo com frases encurtadas e cortadas, letras em estilos e tamanhos diferentes, páginas escritas ou em branco. Os parágrafos são longos e ou curtos, feitos de uma só frase ou palavra. Ela escreve com divina criatividade de modo que o leitor se emociona junto com a autora, numa cadência literária definida e inteligente.

        A história acontece assim, encostando nas partes duras e moles de Júlia, que vai se acostumando a superar as tragédias diárias. E, aí, a cada página, corro para a janela da vida e começo a ver, como Aline Bei, as durezas com que as pessoas se deparam no dia a dia. O que me faz concluir que existe no fundo dos nossos poços o amor por nós que nos faz cantarolar a “Ave-Maria” de Schubert, tal qual eu fazia encostada no ombro do meu avô, às 18 horas, e escutar as poesias de Vinícius de Moraes através das suas músicas. É aconselhável cantar e recitar sempre que precisamos superar circunstâncias que nos machucam.

        Certa vez, assisti à palestra da médica e budista, Nazareth Solino, que publicou a crônica “O rabo da lagartixa” em 2006, contida no livro do mesmo título. Ela, com bom humor, fez uma exposição sobre o rabo do réptil e afirmou, com ênfase: quando decepado, cresce novamente com vigor. A seguir, ela completou que a maior luta que todos nós travamos é ao acordar: abrir os olhos, levantar da cama e jogar água no rosto para despertar com disposição.

        Pouco tempo depois, soube que Nazareth estava lutando com bravura contra um câncer, vindo a falecer. Naquela palestra ela estava altiva, animada e disposta a viver plenamente. E viveu até seus últimos dias, conforme uma amiga me disse.

A gente tem que aprender a superar as tantas perdas, mágoas, decepções e fracassos que experimentamos. A vida é assim. Não desfilamos em passarelas com beleza e juventude reluzente como pretendia Dorian Gray. Temos, posto que sim, a honra de estarmos vivos, trilhando trajetórias existenciais e tendo a ciência de que nascer é o maior presente que a natureza pode nos dar. Penso assim e com certeza crescente. Não perdemos mais de cem fios de cabelos todos os dias? Nós nos despedimos das pessoas que amamos, vivemos conflitos com quem convivemos, experimentamos necessidades não satisfeitas, desejamos e lutamos bravamente para realizar nossos propósitos, alguns deles não conquistados. Não esquecemos as chaves em casa?! Ou não perdemos cartões e documentos?!

        A verdade é que temos de aprender a surfar as ondas de nossas praias, principalmente quando o tempo das ressacas chega todos os anos com ondas imensas. Mas a praia, sempre bela, continua a receber o calor do sol e o brilho do luar.

        Se a vida nos maltrata e tira um filho dos nossos braços, como fez comigo, a gente tem que saber que vamos ter que acordar no dia seguinte porque outro filho vai nos chamar. Aí cantarolamos, versejamos o amor ao invés de bater no peito e bravejar. Ah, meu amigo, a inteligência emocional nos está disponível e pronta para ser usada.

        Beethoven pode nos ser um grande mestre!

        (*) Finalista dos prêmios Jabuti e São Paulo de Literatura de 2022.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é uma perfeita composição de credibilidade e carisma

terça-feira, 06 de agosto de 2024

         Na infância, quando colocávamos alguma dificuldade para efetuar uma tarefa, vovó Mariana dizia: “Ninguém nasce sabendo!” e com isso, ela nos estimulava a aprender algo diferente. Entretanto, parece que uma coisa que a gente nasce sabendo é respirar. Respiramos naturalmente, sem qualquer aprendizado. Mas será que sabemos respirar e tirar todos os proveitos dessa dádiva vital? O Caderno Z, nosso guia educacional, nos trouxe boas orientações: “O segredo de uma boa respiração está em usar principalmente o diafragma e o abdome...”.

         Na infância, quando colocávamos alguma dificuldade para efetuar uma tarefa, vovó Mariana dizia: “Ninguém nasce sabendo!” e com isso, ela nos estimulava a aprender algo diferente. Entretanto, parece que uma coisa que a gente nasce sabendo é respirar. Respiramos naturalmente, sem qualquer aprendizado. Mas será que sabemos respirar e tirar todos os proveitos dessa dádiva vital? O Caderno Z, nosso guia educacional, nos trouxe boas orientações: “O segredo de uma boa respiração está em usar principalmente o diafragma e o abdome...”.  O doutor Luiz Carlos Sampaio, psiquiatra e médico acupunturista, explica: “Se você reparar em um bebê respirando, vai ver que a barriguinha dele sobe e desce, numa respiração profunda. Esse é o jeito certo de respirar”.  

         “Processos imunoalérgicos e sinusite, também podem virar um processo bacteriano”, afirma o infectologista David Uip, diretor de infectologia da Rede D´Or. O número de casos de pneumonia tem aumentado e o doutor Uip destaca que diversos fatores ajudam a entender o crescimento: “Temos vários vírus circulando e muitas vezes um processo bacteriano sucede um processo viral. O clima seco também contribui. Estamos com um clima seco e temperaturas totalmente fora do esquadro, diferente do que estávamos acostumados”. As recomendações para cuidar dos pulmões são: “não fume, não beba exageradamente... não se exponha a mudanças bruscas de temperatura e, se preciso, procure orientação médica”. Lembrando que “a prática diária de exercícios respiratórios por cinco minutos ajuda a melhorar o humor e reduz a ansiedade”.

         E a saúde continua em destaque no percurso da viagem literária e há novidades. "Empresas terão que incluir saúde mental nos planos de gestão de risco". Essa iniciativa do Governo Federal tem o objetivo de “evitar o adoecimento dos trabalhadores por problemas psíquicos ou emocionais”. A partir da publicação das atualizações da norma, as empresas terão que adequar os ambientes de trabalho para protegerem a saúde psíquica e mental dos seus funcionários. O Governo Federal também aumenta o preço do cigarro e as campanhas do “Agosto Branco” visam conscientizar sobre os males do fumo. A charge de Silvério fala tudo sem dizer uma palavra. Cada símbolo compromete a saúde.

         A abertura do Agosto Suíço contou com atividades que colocaram Nova Friburgo no topo da satisfação. Festejar a vinda dos imigrantes suíços que tanto contribuíram para a formação do nosso povo é sempre celebrar a felicidade de sermos um pouco daquela terra irmã. “Salve brenhas do Morro Queimado que os suíços ousaram varar...” – esses versos acompanham a construção do legado helvético que ousou vir em busca da terra prometida, a terra da esperança. Salve o povo ordeiro, amoroso e forte. Que os festejos sejam plenos de alegria, danças, artes, conhecimentos, trocas e, claro, de guloseimas!

         Falando em festejos, que bonita a coluna Sociais, com tantos ilustres: Bruno Sanglard inaugurando o seu cinquentenário. Thiago Lima, da redação da nossa Voz, dia 5, um leonino com alma de passarinho; Wanderson Nogueira, do dia 4, quando nascia um filósofo contemporâneo. Pastor José Francisco, 30 anos de ministério pastoral. Rose Aguiar em Portugal mostrando a sua arte e Valcir Ferreira – 40 anos de puro samba, ansioso para o seu show dia 21 de setembro juntinho com a chegada da primavera.

         Estamos no inverno, mas a Praça Getúlio Vargas se floriu de trovas, na grande ousadia de se reerguer a Alameda dos Trovadores. Mais de 100 trovas, em placas elaboradas com amor e arte, foram necessárias para compor o novo “Olimpo da trova”, onde a musa inspiradora não poderia ser outra – Nova Friburgo. Os olhares do movimento nacional se voltaram para a nossa cidade, porque tudo o que se realiza aqui, reflete Brasil afora. Gratidão, Fundação D. João VI e aos parceiros: Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura e Águas de Nova Friburgo. O inesquecível trovador Rodolpho Abbud, cantaria: “Tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus...”. É uma exposição a céu aberto, permanente, um arsenal de trovas de amor por Nova Friburgo. Visitem!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

No topo

terça-feira, 06 de agosto de 2024

Friburgo Master Vôlei conquista, de maneira invicta, o título da Copa Minas

O Friburgo Master Vôlei deu show, e de maneira invicta, conquistou o título da Copa Minas, realizada em Belo Horizonte, na Categoria 40+ masculino. O resultado, bastante celebrado por atletas e comissão técnica, apenas consolida um trabalho realizado há anos, com dedicação e amor à modalidade. O torneio foi preparatório para um desafio ainda maior que está por vir: a Superliga Master, que vai acontecer no mês de setembro, em Brasília.

Friburgo Master Vôlei conquista, de maneira invicta, o título da Copa Minas

O Friburgo Master Vôlei deu show, e de maneira invicta, conquistou o título da Copa Minas, realizada em Belo Horizonte, na Categoria 40+ masculino. O resultado, bastante celebrado por atletas e comissão técnica, apenas consolida um trabalho realizado há anos, com dedicação e amor à modalidade. O torneio foi preparatório para um desafio ainda maior que está por vir: a Superliga Master, que vai acontecer no mês de setembro, em Brasília.

No primeiro confronto, o Friburgo Master Vôlei bateu o Clube Curitibano por 2 sets a 0, com parciais de 25x13 e 25x18. Na segunda rodada, o adversário foi o Brasília, e a nova vitória por 2 sets a 0, veio com as parciais de 25x19 e 26x24. Nas quartas de final o Friburgo Master encarou o Fluminense, vencendo novamente por 2 a 0, com as parciais de 25x19 e 25x23. O passo final rumo à decisão foi dado diante do América / Teófilo Ottoni, com um duplo 25x19. Na grande final, o troféu foi erguido com a vitória, de virada, por 2 sets a 1 sobre o Brasília, com parciais de 26x28, 25x12 e 15x10.

A Copa Minas de Voleibol Master 2024 foi disputada em categorias diversas, com regulamento específico e adaptações para cada um das categorias. Todas as partidas foram realizadas de acordo com as regras oficiais de jogo da FIVB em vigor, com algumas exceções estabelecidas. Em todas as fases, os jogos foram disputados em sistema de melhor de três sets, sendo permitidas até 12 substituições no mesmo set, sendo que o jogador que retornava à quadra no mesmo set substituía, obrigatoriamente, o jogador que havia entrado em seu lugar.

Todos os jogos pela competição foram dirigidas pela arbitragem designada pela Federação Mineira de Voleibol, composta pelo 1º árbitro, 2º árbitro e apontador. Foram conferidos um troféu para os três primeiros colocados em cada categoria, além de medalhas para os atletas.

 

 

Momentos decisivos

Série A2 do Rio tem semifinais iniciadas no fim de semana

O Campeonato Carioca da Série A2 – a segunda divisão do Rio – entrou nos momentos decisivos. As primeiras partidas válidas pelas semifinais foram realizadas neste final de semana, e na primeira delas, entre Duque de Caxias e Olaria, predominou o 0 a 0 em Los Lários, em Xerém.

Com o resultado, o Azulão joga por outro empate no segundo jogo da semifinal, no domingo, 11, às 14h45, na Rua Bariri. Ao Duque, só a vitória garante a vaga na final da competição.

Na outra semifinal, com um gol de Fabinho Polhão (sétimo gol na competição), no último lance da partida, já nos acréscimos do segundo tempo, o Audax Rio reverteu a vantagem do Maricá na semifinal da Série A2, ao vencer por 1 a 0, em Moça Bonita.

Com o triunfo, o Laranja Meritiense, que atuou boa parte do tempo com um homem a mais - Magno Nunes, do Tricolor Metropolitano, foi expulso ainda no primeiro tempo -, joga pelo empate no jogo de volta, no sábado, 10, às 14h45, no João Saldanha, para avançar à decisão da competição. Já o Tsunami terá de vencer por 2 gols de vantagem para se classificar. Caso ganhe por apenas um tento de diferença, a decisão será nos pênaltis.

  • Foto da galeria

    Friburgo Master Vôlei perdeu apenas um set, e de maneira invicta, ergueu a taça da competição (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Torneio foi preparatório para outro importante compromis-so, a Superliga Master, em Brasília (Foto: Divulgação)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Pra história

sábado, 03 de agosto de 2024

Quase 200 atletas, grande público e um bicampeão: Super Copa SAF foi um sucesso

        Foi mais uma daquelas edições, a nona da história do evento, que termina com gosto de quero mais. E cumpre com o seu principal objetivo, de resgatar e fortalecer o futebol amador de Nova Friburgo. As partidas, os números e a organização impecável apenas reforçam o sucesso da Super Copa SAF 2024, encerrada no último domingo, 28 de julho, com o título conquistado pelo São Pedro.

Quase 200 atletas, grande público e um bicampeão: Super Copa SAF foi um sucesso

        Foi mais uma daquelas edições, a nona da história do evento, que termina com gosto de quero mais. E cumpre com o seu principal objetivo, de resgatar e fortalecer o futebol amador de Nova Friburgo. As partidas, os números e a organização impecável apenas reforçam o sucesso da Super Copa SAF 2024, encerrada no último domingo, 28 de julho, com o título conquistado pelo São Pedro.

        Durante as 19 partidas realizadas, as redes balançaram 49 vezes, numa média de 2,58 gols por partida. Foram distribuídos 70 cartões amarelos e sete vermelhos – um deles, na grande decisão do campeonato. O Friburgo Sporting terminou com o melhor ataque, 12 gols marcados, e o Barroso com a melhor defesa, vazada em apenas três oportunidades. Júnior, do Nilo Martins, foi artilheiro com três gols marcados, e Pablo, do Barroso, o goleiro menos vazado.

        O torneio movimentou o total de 197 atletas de Nova Friburgo e região, consolidando a grandeza e a importância da competição para o futebol amador municipal e regional. O Corujão, de Olaria, segue como o maior vencedor da história da competição, com três conquistas, mas o São Pedro encosta, juntamente com o Vargem Alta, acumulando dois títulos cada. Unidos do Alto e Estrela do Mar levaram uma taça cada.

        A Super Copa SAF de Futebol Amador 2024 foi idealizada pelo SAF Assistencial, sendo organizada pela Liga Nova Friburgo de Desportos, com o apoio na organização da Secretaria Municipal de Esporte de Nova Friburgo. Desde já, fica a expectativa para a edição de 2025.

        “Tivemos partidas bastante competitivas e conseguimos atrair um bom público para acompanhar os jogos, principalmente a final. Agradeço a toda a nossa comissão organizadora, aos clubes, aos atletas, dirigentes e torcedores”, avalia Jailson Silveira, representante da comissão organizadora do evento.

 

Dia de festa

        Antes e depois de a bola rolar, como é tradição, diversas outras atrações tornaram o domingo especial. A começar pelo Torneio Infantil, com a participação das escolinhas de futebol da cidade de Nova Friburgo abrindo a programação da final. As quatro partidas foram disputadas pela manhã no estádio Márcio Branco.

        Os duelos foram abertos com o confronto entre o Sementinhas do Stucky e o Free Fute. Em seguida, aconteceu um triangular com a participação do Friburguense, Nova Friburgo e Guerreirinhos. A arbitragem escalada foi composta por Isabella Menezes, Caroline Menezes e Agatha Farias. Os jogos contaram com dois tempos de 20 minutos. Ao final, todos os participantes receberam medalha.

        Logo depois todos confraternizaram ao som de Israel Lacerda, em mais um dia memorável para a história do esporte de Nova Friburgo.

  • Foto da galeria

    Competição teve participação de quase 200 atletas, e atraiu ótimos públicos aos estádios (Foto: Rafael Seabra)

  • Foto da galeria

    Semifinalista, Friburgo Sporting teve o melhor ataque da competição este ano (Foto: Rafael Seabra)

  • Foto da galeria

    São Pedro dá um salto na galeria dos campeões, e se iguala ao Vargem Alta com duas conquistas (Foto: Rafael Seabra)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Trânsito em julho: 13 atropelamentos

sábado, 03 de agosto de 2024

Edição de 3 e 4 de agosto de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes

Edição de 3 e 4 de agosto de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes

Trânsito em julho: 13 atropelamentos - A Avenida Roberto Silveira voltou a registrar sua 18ª vítima de atropelamento este ano, tornando-se um verdadeiro matadouro, pois, desde a sua inauguração, já morreram naquela artéria 62 pessoas em atropelamentos e acidentes diversos. Das 18 pessoas atropeladas este ano, cinco morreram, não resistindo aos ferimentos. A prefeitura anunciou o início da construção de passarelas nos pontos de maior movimento de pedestres, mas, até agora, nada foi feito.  

Avenida Alberto Braune ganha sinalização - O Ciretran e a prefeitura vão colocar na Avenida Alberto Braune 160 “olhos-de-gato” que serão dispostos no meio e ao longo de toda a avenida, com a finalidade de orientar o trânsito de veículos, especialmente à noite.

Meningite: primeiro caso - Nova Friburgo foi a primeira cidade do centro-norte fluminense a registrar um caso de meningite, fruto da epidemia que atinge várias cidades brasileiras. Uma jovem de 17 anos está internada no isolamento do Hospital Santo Antônio com meningite declarada.

Lumiar ganha diretório da Arena - Foi inaugurado em Lumiar na última semana o diretório da Arena naquele distrito. 

Igreja: 71 anos - A Igreja Presbiteriana Independente de Nova Friburgo está realizando comemorações dos 71 anos de fundação da igreja no Brasil.

Cozinha: máximo de oito metros quadrados - A Secretaria de Urbanismo e Obras da Prefeitura de Friburgo já recebeu ordem do prefeito para que não sejam aprovados projetos de residências em que as dependências destinadas à cozinha possuam menos de oito metros quadrados. A norma faz parte do pensamento da prefeitura em criar em Friburgo um novo código de obras cujo teor está sendo estudado pelos engenheiros da municipalidade. 

Morre Johann Mayer - Provocando consternação geral em todos os círculos friburguenses, faleceu no último dia 29, com 57 anos, o sr. Johann Evangelist Mayer, que era uma das figuras mais queridas e ativas de Nova Friburgo. 

Aulas começam - Abertas as inscrições para as turmas da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia. As aulas começam em breve após já terem sido realizados exames de recuperação.

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Alberto da Rosa Pinheiro, Luiz de Oliveira Rocha e Henrique Teixeira Beauclair (6); Regina Novelli e Maria do Carmo Nader (7); Paulo do Valle e Eudali Eboli Tavares (8); Geny Amélia Nader (10); Emilinha Gandur (11); Custódia Tavares Künzel, Jaine Campos Aucar, José Amélio e Alvarino Bessa (12).

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Vagas de longa duração

sábado, 03 de agosto de 2024

“A Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana acertou em cheio ao criar os espaços destinados ao estacionamento rotativo com vagas de curta duração. São aquelas que o motorista pode estacionar por 20 ou 30 minutos mantendo o pisca-alerta acionado. A medida visa estimular maior rotatividade de estacionamento de veículos na mesma vaga. A ideia é ótima, mas, infelizmente, falta fiscalização. Muitos motoristas utilizam essas vagas para estacionar seus veículos por longos períodos.

“A Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana acertou em cheio ao criar os espaços destinados ao estacionamento rotativo com vagas de curta duração. São aquelas que o motorista pode estacionar por 20 ou 30 minutos mantendo o pisca-alerta acionado. A medida visa estimular maior rotatividade de estacionamento de veículos na mesma vaga. A ideia é ótima, mas, infelizmente, falta fiscalização. Muitos motoristas utilizam essas vagas para estacionar seus veículos por longos períodos. Nem se importam em consumir as baterias de seus carros mantendo o pisca-alerta aceso por, às vezes, até mais de uma hora. A Smomu deveria ter agentes de trânsito a pé nas vias de maior movimentação, como a Avenida Alberto Braune, para coibir esses abusos e multar os espertinhos.”

Vinícius Alencastro 

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Escolhas

sexta-feira, 02 de agosto de 2024

            Somos instados a fazer escolhas o tempo todo. Se pegarmos como exemplo, um único dia de nossas vidas, já podemos perceber que ao abrir os olhos pela manhã, já necessitamos optar sobre o que fazer logo em sequência. Algumas pesquisas já dão conta de que muitos de nós decidimos logo nos primeiros segundos do despertar, olhar para as telas luminosas dos celulares.

            Somos instados a fazer escolhas o tempo todo. Se pegarmos como exemplo, um único dia de nossas vidas, já podemos perceber que ao abrir os olhos pela manhã, já necessitamos optar sobre o que fazer logo em sequência. Algumas pesquisas já dão conta de que muitos de nós decidimos logo nos primeiros segundos do despertar, olhar para as telas luminosas dos celulares. Volta e meia me indago se isso faz bem e deparo-me com aquelas perguntas pueris: “Será que estamos preparados fisiologicamente para tantas horas de contato com tantos equipamentos eletrônicos?” De alguma maneira, se nos conectamos o dia inteiro com as telas, escolhemos arriscar.

            Fato é que somos muitas vezes levados a executar coisas em nosso dia a dia e sequer nos damos conta que podemos – e devemos – fazer escolhas conscientes. O ideal é que tenhamos em mente que cada opção nos infere alguma abdicação e que pensemos sobre isso.

            Saindo das escolhas triviais do cotidiano, sobre nos alimentarmos de vegetais impregnados de agrotóxicos ao invés de orgânicos, assistirmos a um filme ou uma série, lermos um livro ou batermos papo, irmos a um local à pé ou de carro, levar ou não o guarda-chuvas, sermos gentis ou rudes, é inegável que algumas escolhas são determinantes na trajetória de nossas existência e por óbvio devem ser precedidas de bases sólidas.

             Falo muito sobre esforço. Não consigo vislumbrar conquistas que não sejam precedidas pelo verdadeiro empenho. É claro que há exceções, talvez muitas mais do que consigo assimilar. Quando traçamos objetivos, se nos mantivermos inertes, dificilmente eles se concretizarão. Precisamos, antes, pensar sobre nossas prioridades e sonhos, com base em nossos princípios e valores de vida e pelo autoconhecimento saber o que pretendemos alcançar. A partir disso, não tem jeito, é necessário que nos esforcemos. E nessa caminhada precisaremos fazer escolhas conscientes.

            Cuidar da saúde física, mental, espiritual, parte de uma opção de vida e igualmente requer esforço, renúncias e constante busca. Quem estuda muito, por exemplo, certamente abre mão de muitas distrações interessantes. Pode não ser fácil, mas a pessoa que escolhe aprimorar seu conhecimento precisa passar muitas e muitas horas ao longo da vida abdicando de inúmeros prazeres da vida. Não tem jeito. Ser feliz também parte de escolhas? E de renúncias?

            Vamos pensar sobre isso. E que exista o equilíbrio, o qual, por si só, pode levar uma vida para aprendermos. De todo caso, até a própria busca pelo equilíbrio é uma escolha. Que seja consciente.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.