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Alerta à população feminina, isso é muito sério

quarta-feira, 11 de junho de 2025

De uns tempos para cá, temos assistido a um aumento desproporcional da prescrição do hormônio masculino Testosterona para mulheres. Com o intuito de aumentar massa muscular, disposição física e mental, e estimular a libido ou aumentar o desejo sexual, muitos profissionais da área médica e afim, que não os ENDOCRINOLOGISTAS, têm se intrometido onde não devem. É bom frisar, que apesar de lidar com doenças hormonais, são eles os que menos prescrevem hormônios por conhecer a fundo as vantagens e desvantagens desses componentes.

De uns tempos para cá, temos assistido a um aumento desproporcional da prescrição do hormônio masculino Testosterona para mulheres. Com o intuito de aumentar massa muscular, disposição física e mental, e estimular a libido ou aumentar o desejo sexual, muitos profissionais da área médica e afim, que não os ENDOCRINOLOGISTAS, têm se intrometido onde não devem. É bom frisar, que apesar de lidar com doenças hormonais, são eles os que menos prescrevem hormônios por conhecer a fundo as vantagens e desvantagens desses componentes.

Baseado nessa introdução, resolvi publicar a nota conjunta que recebi da Sbem, Febrasgo e DCM da SBC sobre o assunto. São sociedades sérias, que se preocupam com a saúde e o bem-estar da mulher.

Nota conjunta da Sbem, Febrasgo e DCM sobre o uso de testosterona na mulher:

“A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Departamento de Cardiologia da Mulher (DCM) da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no cumprimento de seu compromisso com a ciência, a ética e a saúde da mulher, vêm por meio desta esclarecer pontos fundamentais relacionados ao uso da testosterona em mulheres, à luz das melhores evidências científicas e diretrizes nacionais e internacionais.

1. SOBRE A INDICAÇÃO DE TERAPIA COM TESTOSTERONA NA MULHER: Atualmente, a única indicação clinicamente reconhecida e respaldada pelas diretrizes internacionais e nacionais para o uso terapêutico da testosterona em mulheres é o tratamento do transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH) em mulheres na pós menopausa. O diagnóstico de TDSH é clínico e de exclusão, devendo ser realizado por profissional qualificado. Antes de se considerar a terapia androgênica, é imprescindível avaliar e tratar outras causas de desejo sexual reduzido, incluindo: o hipoestrogenismo; a depressão e outros transtornos psiquiátricos; os efeitos colaterais de medicamentos (notadamente antidepressivos); a obesidade e síndrome metabólica; disfunções do relacionamento conjugal ou fatores psicossociais. A decisão de iniciar a terapia com testosterona deve ser feita apenas após esgotadas essas abordagens e confirmada a persistência do quadro clínico.

 2. SOBRE A DOSAGEM SÉRICA DE TESTOSTERONA NA MULHER A SBEM, a FEBRASGO e o DCM da SBC reiteram que: Não há indicação para dosar testosterona sérica com o objetivo de diagnosticar deficiência androgênica na mulher saudável ou em mulheres com queixa de baixa libido. A dosagem sérica de testosterona não deve ser utilizada para rastrear “níveis baixos” como justificativa para prescrição de testosterona. A única indicação formal de dosagem de testosterona na mulher é a investigação de níveis elevados de androgênios, com vistas ao diagnóstico diferencial de hiperandrogenismo (ex.: síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia adrenal congênita, tumores ovarianos ou adrenais, síndrome de Cushing, entre outros). A prática de dosar testosterona como exame de rotina ou sob alegação de “déficit androgênico feminino” não possui respaldo científico e pode induzir a medicalização inadequada e a prescrição hormonal sem indicação.

3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A FISIOLOGIA DA TESTOSTERONA NA MULHER: A testosterona tem papel fisiológico importante na mulher, mas é fundamental esclarecer que a testosterona não sofre queda abrupta na menopausa. Seus níveis declinam progressivamente a partir da terceira década de vida, independentemente da menopausa, com redução discreta e gradual. Não há um limiar laboratorial bem definido que caracterize “deficiência androgênica feminina” validado para uso clínico. Portanto, o conceito de deficiência de testosterona associada exclusivamente à menopausa não possui fundamentação científica robusta.

 4. SOBRE FORMULAÇÕES E SEGURANÇA DA TERAPIA COM TESTOSTERONA: Atualmente, não existe no Brasil formulação de testosterona aprovada pela ANVISA para uso em mulheres.  Quando indicada, a terapia com testosterona deve ser realizada com formulações de qualidade farmacêutica comprovada, monitoramento clínico rigoroso. Hormônios divulgados como sendo bioidênticos, biodisponíveis ou naturais constituem, na realidade, apenas estratégias de marketing para comercialização de formas manipuladas por farmácias magistrais e têm riscos semelhantes aos hormônios sintéticos.  Não se recomenda o uso de implantes subcutâneos, pellets ou formulações manipuladas de testosterona, devido à ausência de controle de qualidade, farmacocinética imprevisível e riscos aumentados de eventos adversos. A prescrição de testosterona para mulheres fora da única indicação reconhecida (TDSH na pós menopausa) configura prática off-label sem respaldo das sociedades científicas, com riscos significativos de efeitos adversos, incluindo hirsutismo, acne, alopecia, dislipidemia, hepatotoxicidade, alterações cardiovasculares, efeitos virilizantes e até mesmo dependência psíquica. A SBEM, a FEBRASGO e o DCM da SBC reforçam que a abordagem da saúde sexual da mulher deve ser baseada na ética e na Ciência, evitando reducionismos hormonais. A terapia hormonal da menopausa permanece baseada no uso de estrogênio e progesterona, principais hormônios femininos. Não existe respaldo científico para uso de testosterona com fins estéticos, para aumento de massa magra, emagrecimento, melhora de disposição ou efeitos antienvelhecimento. Também afirmamos que não há na literatura mundial absolutamente nenhuma evidência de que a testosterona tenha indicação primária para prevenção cardiovascular. Por fim, alertamos para os riscos da prescrição hormonal sem indicação formal, prática que pode trazer mais danos que benefícios à saúde da mulher. As sociedades se mantêm à disposição dos profissionais de saúde para atualização científica contínua sobre este tema e da população feminina para orientação correta”.

(Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DCM da SBC)).

Por isso, você mulher, sempre que, não importa quem, principalmente um médico, lhe prescrever Testosterona, ouça antes a opinião de um Endocrinologista, pois eles são as pessoas mais gabaritadas para lhe dar informações e prescrever, se necessário, tal medicação.

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No topo do mundo

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Atletas de Nova Friburgo, Marcelo e João são campeões mundiais de Kettlebell

Atletas de Nova Friburgo, Marcelo e João são campeões mundiais de Kettlebell

Com cada vez mais praticantes, o Kettlebell também se tornou um celeiro de atletas talentosos em Nova Friburgo. Dois deles, depois de se destacarem no Brasil e no continente, partiram para ganhar o mundo. Literalmente. João Lucas Souza e Marcelo Spinelli conquistaram o World Championship Ketlebell Sport (One Arm Jerk), cada um em sua categoria. A competição foi realizada em Busto Tarcísio, cidade vizinha a Milão, na Itália. Títulos que entram para as respectivas trajetórias pessoais, mas, também para a história do desporto friburguense.

A dupla participou do One Arm Jerk. A prova consiste em jogar o peso do ombro pra cima por 30 minutos, sem colocar o peso ao chão (caso aconteça o atleta é desclassificado). Cada um foi campeão em sua respectiva categoria (de peso corporal), tendo João Lucas Souza vencido na categoria 74 kg, e Marcelo Spinelli sendo ouro na categoria 87 kg.

O Campeonato Mundial de Kettlebell Esportes contou com a participação de 717 atletas, vindos de 33 países diferentes. Para ter o direito de figurar entre os melhores do planeta é preciso bater o índice — número mínimo de repetições exigidos para selar a classificação. Marcelo e João bateram esse índice em novembro do ano passado, durante o Campeonato Sul-Americano da modalidade. Spinelli conseguiu fazer 602 repetições, e de quebra, faturou o título, enquanto João Lucas alcançou a marca de 472 repetições, ficando com o terceiro lugar no torneio continental.

Já no mundial, João foi campeão com 540 repetições, após disputa acirrada com um competidor italiano. Marcelo chegou ao primeiro lugar com 673, também numa disputa intensa com o paraibano Gabriel e o português Eduardo. Marcas que foram suficientes para carimbar o passaporte e começar a pavimentar o caminho rumo ao topo do mundo.

“A nossa preparação consiste em treinos, quatro ou cinco por semana, específicos, e três ou quatro treinos por semana, acessórios, onde trabalhamos força, flexibilidade e condicionamento físico que dão suporte para uma boa performance com o kettlebell. Foram quatro meses de disciplina, dor e fazendo o mesmo movimento toda semana”, resumiu Marcelo.

O Kettlebell Sport é uma modalidade esportiva de levantamentos múltiplos e cíclicos de pesos com um formato característico. Ainda nova no Brasil – chegou ao país em 2015 - é sucesso absoluto em países como a Rússia, por exemplo. A Kettlebell Força Brasil foi criada em 2012, com o intuito de promover o desenvolvimento da modalidade como ferramenta de treinamento físico no Brasil.

Preparação

Ao longo dos anos, foram ministrados workshops, certificações e formações profissionais da modalidade em eventos nacionais e internacionais e também organização de campeonatos nos mais diversos estados brasileiros. Em 2017, a Kettlebell Força Brasil fez história ao decolar com destino à Grécia, levando a bandeira brasileira e participando, pela primeira vez, de um Campeonato Mundial de Kettlebell Sport.

Em provas de Kettlebell Sport vence o atleta que executar o maior número de repetições ininterruptas em um mesmo período de tempo, na mesma categoria, erguendo o mesmo peso que seus adversários. Há também as provas de meia maratona e maratona: são 30 minutos e uma hora fazendo um determinado exercício, de forma ininterrupta, sem colocar o peso no chão.

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    Com a bandeira do município, atletas selam momento histórico para o esporte municipal (Divulgação Vinicius Gastin)

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    João Lucas sobe ao lugar mais alto do pódio após desempenho praticamente impecável (Divulgação Vinicius Gastin)

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    Campeão do continente em novembro, Marcelo faz história ao conquistar o mundo (Divulgação Vinicius Gastin)

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    Competição reuniu alguns dos maiores atletas da modalidade, na Itália, com protagonismo de Nova Friburgo (Divulgação Vinicius Gastin)

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Sinodalidade é caminho “fora do qual tudo murcha”

terça-feira, 10 de junho de 2025

 

“Deus criou o mundo para que pudéssemos estar juntos. ‘Sinodalidade’ é o nome eclesial desta consciência. É o caminho que exige que cada um reconheça a sua dívida e o seu tesouro, sentindo-se parte de um todo”, disse o Papa Leão XIV.

Jubileu 2025, Vigília de Pentecostes com os movimentos eclesiais, as associações e as novas comunidades: o Papa, na véspera de completar um mês da sua eleição para a cátedra de Pedro, destacou o tema da sinodalidade.

 

Caminho para reconhecer a dívida e o tesouro

 

“Deus criou o mundo para que pudéssemos estar juntos. ‘Sinodalidade’ é o nome eclesial desta consciência. É o caminho que exige que cada um reconheça a sua dívida e o seu tesouro, sentindo-se parte de um todo”, disse o Papa Leão XIV.

Jubileu 2025, Vigília de Pentecostes com os movimentos eclesiais, as associações e as novas comunidades: o Papa, na véspera de completar um mês da sua eleição para a cátedra de Pedro, destacou o tema da sinodalidade.

 

Caminho para reconhecer a dívida e o tesouro

Com a força do Espírito Santo, no último sábado, 7, o Santo Padre afirmou que sinodalidade é o nome eclesial para a consciência de que Deus criou o mundo para estarmos juntos.

“Deus criou o mundo para que pudéssemos estar juntos. ‘Sinodalidade’ é o nome eclesial desta consciência. É o caminho que exige que cada um reconheça a sua dívida e o seu tesouro, sentindo-se parte de um todo, fora do qual tudo murcha, mesmo o mais original dos carismas”, afirmou o Papa. Em sua homilia, Leão XIV lembrou o “Espírito criador” invocado no cântico da Vigília. O Espírito Santo que é “o protagonista silencioso” da missão de Jesus.

“Nesta vigília de Pentecostes, estamos profundamente envolvidos na proximidade de Deus, pelo seu Espírito que une as nossas histórias com a de Jesus. Isto é, estamos envolvidos nas coisas novas que Deus faz, para que a sua vontade de vida se realize e prevaleça sobre os desejos de morte”, disse.  No Pentecostes há um “Espírito de unidade” que envolve “Maria, os apóstolos, as discípulas e os discípulos”.

“No Pentecostes, Maria, os Apóstolos, as discípulas e os discípulos que estavam com eles foram investidos de um Espírito de unidade, que enraizou para sempre as suas diversidades no único Senhor Jesus Cristo. Não muitas missões, mas uma única missão. Não introvertidos e conflituosos, mas extrovertidos e luminosos. Esta Praça de S. Pedro, que é como um abraço aberto e acolhedor, expressa de modo magnífico a comunhão da Igreja, vivida por cada um de vós nas diversas experiências associativas e comunitárias, muitas das quais representam frutos do Concílio Vaticano II, sublinhou.

 

Com o Espírito um povo em movimento

O Papa Leão recordou a tarde da sua eleição, em 8 de maio, quando olhou para a multidão na Praça de S. Pedro e sentiu a emoção de ver o povo de Deus ali reunido. “Lembrei-me da palavra ‘sinodalidade’, que expressa muito bem o modo como o Espírito molda a Igreja”, revelou o Papa.

"Na tarde da minha eleição, olhando com emoção para o povo de Deus aqui reunido, lembrei-me da palavra ‘sinodalidade’, que expressa muito bem o modo como o Espírito molda a Igreja. Nessa palavra, ressoa o syn – o “com” – que constitui o segredo da vida de Deus. Deus não é solidão. Deus é em si mesmo “com” – Pai, Filho e Espírito Santo – e é Deus conosco. Ao mesmo tempo, sinodalidade recorda-nos o caminho – odós – porque onde está o Espírito, há movimento, há caminho. Somos um povo em caminho”, declarou o Santo Padre.

Um povo que caminha em conjunto, mas “num mundo dilacerado e sem paz”, lembrou o Papa. Mas é aí que o Espírito Santo nos educa verdadeiramente a caminhar juntos. O Santo Padre lançou o desafio de não sermos predadores, mas peregrinos “harmonizando os nossos passos com os passos dos outros”.

“Não mais cada um por si, mas harmonizando os nossos passos com os passos dos outros. Não consumindo o mundo com voracidade, mas cultivando e cuidando dele, como nos ensina a Encíclica ‘Laudato Si’”, salientou o Santo Padre. Precisamente, citando o texto da Encíclica “Laudato Sí”, o Papa Leão afirmou que a “história toma forma somente na modalidade do reunir-se, do viver juntos”.

“O Espírito de Jesus muda o mundo porque muda os corações”, referiu o Papa acrescentando que o Espírito Santo “inspira, realmente, aquela dimensão contemplativa da vida que rejeita a autoafirmação, a murmuração, o espírito de contenda, o domínio das consciências e dos recursos”. O Santo Padre apontou ainda que a liberdade está onde está o “Espírito do Senhor”. “Onde isso acontece há alegria e esperança”, afirmou.

O Papa Leão assinalou que promover a evangelização é percorrer o caminho das bem-aventuranças, “uma estrada que percorremos juntos”, “famintos e sedentos de justiça, pobres de espírito, misericordiosos, mansos, puros de coração, construtores da paz”, disse o Papa. Na conclusão da sua reflexão na Vigília de Pentecostes, o Papa reforçou a importância sinodal da obediência ao Espírito como certeza de futuro.

“Os desafios que a humanidade enfrenta serão menos assustadores, o futuro menos sombrio e o discernimento menos difícil, se juntos obedecermos ao Espírito Santo!”, concluiu o Santo Padre.

 

Fazer redes para não sermos solitários

Na manhã de domingo, 8, o Papa Leão XIV celebrou Missa na Praça de S. Pedro e lembrou que o Espírito Santo abre fronteiras dentro de nós para que orientemos a nossa vida para o amor. Para que a presença de Deus desfaça a nossa dureza de coração, o nosso fechamento, egoísmo e “medos que nos bloqueiam”. Em suma, o Espírito Santo desafia o nosso individualismo para que não sejamos “viajantes perdidos e solitários”.

“O Espírito Santo vem para desafiar, em nós, o risco de uma vida que se atrofia, sugada pelo individualismo. É triste observar como num mundo onde se multiplicam as oportunidades de socialização, corremos o risco de ser paradoxalmente mais solitários, sempre conectados, mas incapazes de ‘fazer redes’, sempre imersos na multidão, mas permanecendo viajantes perdidos e solitários”, declarou o Papa.

Na sua homilia, o Santo Padre lembrou que o Espírito Santo “alarga as fronteiras” das relações, abrindo à fraternidade, que “é um critério decisivo também para a Igreja”. Para que não haja divisões, mas diálogo e acolhimento na diversidade.

“O Espírito alarga as fronteiras das nossas relações com os outros e nos abre à alegria da fraternidade. E esse é um critério decisivo também para a Igreja: só somos verdadeiramente a Igreja do Ressuscitado e discípulos de Pentecostes se entre nós não houver fronteiras nem divisões, se na Igreja soubermos dialogar e acolher-nos mutuamente, integrando as nossas diversidades, e se, como Igreja, nos tornarmos um espaço acolhedor e hospitaleiro para todos”, afirmou o Papa.

Recordemos que sobre o processo sinodal que está em fase de aplicação, foi publicada uma carta no último dia 15 de março pela Secretaria Geral do Sínodo, aprovada pelo Papa Francisco, que propõe um “processo de consolidação do caminho já percorrido” entre 2021 e 2024. Um documento, que vem no seguimento da publicação das conclusões do Sínodo em outubro de 2024 e que propõe um trabalho a iniciar em 2025 nas igrejas locais e com uma conclusão em Assembleia Eclesial em Roma em 2028.

Laudetur Iesus Christus.

Fonte: Vatican News

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Ecoturismo nas montanhas do Rio de Janeiro: Viva a natureza com consciência

terça-feira, 10 de junho de 2025

Opa! Tudo verde?

Bora para mais uma prosa sustentável!

As montanhas do Estado do Rio de Janeiro são um verdadeiro refúgio natural. Cidades como Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e outras joias da serra fluminense oferecem muito mais que um clima ameno e belas paisagens: é onde pulsa uma rica biodiversidade da Mata Atlântica, cultura regional autêntica e uma oportunidade única de viver o turismo de forma sustentável.

Opa! Tudo verde?

Bora para mais uma prosa sustentável!

As montanhas do Estado do Rio de Janeiro são um verdadeiro refúgio natural. Cidades como Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e outras joias da serra fluminense oferecem muito mais que um clima ameno e belas paisagens: é onde pulsa uma rica biodiversidade da Mata Atlântica, cultura regional autêntica e uma oportunidade única de viver o turismo de forma sustentável.

Cada trilha percorrida, cada cachoeira visitada ou cada produto local adquirido pode ter um impacto – positivo ou negativo – no meio ambiente e na economia local. Por isso, o ecoturismo consciente vem se fortalecendo como um caminho para equilibrar o prazer de viajar com a responsabilidade de preservar.

Por que escolher o ecoturismo nas montanhas fluminenses?

Além do ar puro e das paisagens inspiradoras, o ecoturismo na Serra do Rio impulsiona a economia de pequenas comunidades, valorizando a produção artesanal, a gastronomia local e o turismo de base comunitária. Cada visita consciente contribui para a geração de renda de famílias que vivem da terra, do artesanato e da hospitalidade simples e acolhedora do interior.

Por outro lado, o turismo desatento pode causar erosão em trilhas, poluição em rios e gerar resíduos que ameaçam a fauna e flora locais. Por isso, a forma como você viaja faz toda a diferença.

Turismo com menos impacto ambiental e mais impacto positivo

1. Planeje deslocamentos sustentáveis:

Dê preferência ao transporte coletivo, caronas compartilhadas ou veículos elétricos, se disponíveis. Se for possível, escolha destinos próximos e explore os arredores a pé ou de bicicleta. Isso reduz emissões e permite uma imersão maior no território.

2. Hospede-se em locais comprometidos com o meio ambiente:

Busque pousadas, hotéis ou hostels que adotem práticas sustentáveis: uso racional da água e energia, coleta seletiva, reaproveitamento de resíduos, entre outras. Alguns estabelecimentos já possuem selos verdes ou são parceiros de projetos de preservação ambiental.

3. Compre de quem faz com o coração:

Ao invés de comprar lembrancinhas industrializadas, prefira os produtos feitos por artesãos locais: bordados, cerâmicas, doces caseiros, cosméticos naturais, roupas de algodão ou reaproveitado. Isso fortalece a economia local e incentiva práticas mais sustentáveis de produção.

4- Leve o lixo com você:

Nunca deixe resíduos nas trilhas, rios ou áreas naturais. Se possível, recolha também aquilo que outros deixaram para trás. Uma simples atitude pode salvar animais silvestres e manter os locais limpos para os próximos visitantes.

5. Valorize a cultura local com respeito:

Converse com os moradores, conheça as histórias, consuma nos pequenos comércios. Exclua do roteiro as atividades que explorem animais ou causem impacto negativo à natureza. O ecoturismo é, também, um encontro humano.

6. Seja um multiplicador do bem:

Compartilhe boas práticas nas redes sociais, inspire outras pessoas a viajar de forma consciente e valorize negócios que investem em sustentabilidade.

Viajar pode regenerar!

Fazer turismo nas montanhas do Estado do Rio de Janeiro é um convite a desacelerar, respirar fundo e se reconectar com a natureza. Quando feito com responsabilidade, o turismo pode ser uma ferramenta poderosa de regeneração — da economia local, dos ecossistemas e de nós mesmos.

Viaje, explore, descubra. Mas, acima de tudo, preserve.

Tudo verde sempre!

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Salve Nova Friburgo - a Cidade da Trova

terça-feira, 10 de junho de 2025

Na madrugada de 30 de maio de 2025, os ventos sopraram sobre a cidade, bateram, com delicadeza, nas janelas dos trovadores que amanheceram festejando a trova, uma tradição poética e literária que nasceu na Idade Média, em Portugal. Assim começou a LXVI edição dos Jogos Florais de Nova Friburgo que realizou atividades diversas, como a recitação dos versos, premiação e encontros acalorados. Foram três dias de júbilo, em que os trovadores, vindos de vários lugares do Brasil, se confraternizaram, fazendo a cidade vibrar.

Na madrugada de 30 de maio de 2025, os ventos sopraram sobre a cidade, bateram, com delicadeza, nas janelas dos trovadores que amanheceram festejando a trova, uma tradição poética e literária que nasceu na Idade Média, em Portugal. Assim começou a LXVI edição dos Jogos Florais de Nova Friburgo que realizou atividades diversas, como a recitação dos versos, premiação e encontros acalorados. Foram três dias de júbilo, em que os trovadores, vindos de vários lugares do Brasil, se confraternizaram, fazendo a cidade vibrar.

Organizado pela União Brasileira de Trovadores, fundada em 1966, por Luiz Otávio, no Rio de Janeiro, a UBT é uma associação civil, cultural e recreativa, de âmbito nacional, que possui o objetivo de promover concursos de poesias no gênero trova, realizar encontros de trovadores, pesquisas e congressos. Nova Friburgo guarda com cuidados especiais uma de suas raízes, tendo Elisabeth Souza Cruz como presidente.

 Os Jogos Florais atuais fazem renascer a homenagem à Flora, deusa da primavera, da fertilidade e das flores. É a vida saltitante e colorida que pulsa nos versos do poeta que deseja ser livre para compor trovas e feliz para recitá-las a quem queira receber o seu calor.

O trovador é um doador de esperança, que não nega sequer um sorriso, que abre seus braços para acolher cada ouvinte e leitor apenas para celebrar sua alegria, mostrar seu espanto e, até mesmo, expressar sua dor. Em tantas chegadas e partidas há bons motivos para que trovas sejam compostas só para alguém ter o que recitar baixinho nos ouvidos dos que chegam ou partem.

A trova é a mais ousada arte das palavras: quer rima e métrica, inspiração e inteligência. Rapaz, não é para qualquer um!  Requer tempo para aprender a ser um poeta de verdade: para ler e reler trovas, escrever e reescrever incessantemente os versos. Insistir e não desistir até poder enaltecer a vitória de ver, escrita no papel os frutos da imaginação de um tímido trovador.

Mas há uma tristeza sem par. Nas esquinas da cidade, nas curvas da estrada e nos sacos de pão não há ao menos uma trova, um patrimônio cultural, muitas vezes esquecido, pelo povo friburguense.

Por nossa rosa a vibrar,

Vamos na estrada sorrindo

E quem nos venha ajudar

Há de ser muito bem-vindo!

Rodolpho Abbud

Mestre e guia dos trovadores de Nova Friburgo

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12 anos depois

terça-feira, 10 de junho de 2025

Tradicional Desafio da Ponte abre inscrições nesta terça-feira

Neste dia 10 de junho, terça-feira, são abertas as inscrições para o Desafio da Ponte, uma meia maratona de 21 km que cruza a Ponte Presidente Costa e Silva, conhecida como Ponte Rio-Niterói. Muitos friburguenses já se mobilizam para participar da prova, que retorna ao calendário esportivo após 12 anos e será realizada no dia 3 de agosto, com largada no Caminho Niemeyer, em Niterói, e chegada à Praça Mauá, no Rio de Janeiro.

Tradicional Desafio da Ponte abre inscrições nesta terça-feira

Neste dia 10 de junho, terça-feira, são abertas as inscrições para o Desafio da Ponte, uma meia maratona de 21 km que cruza a Ponte Presidente Costa e Silva, conhecida como Ponte Rio-Niterói. Muitos friburguenses já se mobilizam para participar da prova, que retorna ao calendário esportivo após 12 anos e será realizada no dia 3 de agosto, com largada no Caminho Niemeyer, em Niterói, e chegada à Praça Mauá, no Rio de Janeiro.

Com seus de 13 km de extensão, a Ponte — a maior do hemisfério sul — oferece aos corredores um percurso com vistas deslumbrantes da Baía de Guanabara. São disponibilizadas 8 mil vagas, e as inscrições (que incluem camiseta da prova, viseira e número de peito) podem ser feitas pelo site oficial do Desafio da Ponte.

No ato da inscrição, homens e mulheres precisarão comprovar ter completado, a partir de janeiro de 2024, prova de 21 km em tempo igual ou abaixo de 2 horas e 30 minutos ou prova de 42 km em tempo igual ou abaixo de 5 horas. A comprovação precisa ser de corrida de rua e chancelada por alguma entidade de caráter oficial, seja ela World Athletics, Nacional (CBAt) ou Estadual. Sendo assim, vale ressaltar que os resultados obtidos nas provas de 21 km e 42 km da Maratona do Rio 2024 são válidos como índice.

“Para viabilizar essa experiência única, foi necessário um grande esforço de coordenação com as autoridades do Rio de Janeiro, de Niterói, estaduais e federais. Tenho certeza de que toda a comunidade da corrida de rua está na expectativa para garantir uma vaga no Desafio da Ponte. Não tenho dúvida: todos vão levar para casa lembranças inesquecíveis”, destaca João Traven, um dos organizadores de evento.

O retorno

Criada em 1981, a Corrida da Ponte se tornou uma das provas mais desafiadoras e simbólicas do Brasil. Com seu percurso passando pela imponente Ponte Rio-Niterói, o evento não só testa os limites físicos dos corredores, como também proporciona um dos cenários mais icônicos do estado do Rio de Janeiro.

Realizada anualmente até 1986, a prova foi interrompida por questões operacionais e de tráfego na ponte. No entanto, sua importância permaneceu viva na memória dos atletas, resultando no retorno em 2011, e com edições subsequentes em 2012 e 2013.

A última edição, realizada em 2013, contou com 8 mil corredores e teve como grandes campeões o brasileiro Giovani dos Santos, que concluiu a prova com o tempo de 1h05m02s, e a queniana Dorcas Jepchirchir, que cruzou a linha de chegada em 1h17m42s. Agora, após mais de uma década, a prova volta ao calendário esportivo nacional.

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    Tradicional prova em um dos cartões postais do Rio, volta a ser realizada após mais de uma década (Créditos: Divulgação/Desafio da Ponte)

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    As inscrições abertas a partir desta terça, 10, são limitadas a 8 mil vagas (Créditos: Divulgação/Desafio da Ponte)

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A VOZ DA SERRA é completo, abrangente e confiável

terça-feira, 10 de junho de 2025

É bom olhar para o futuro, lançando a vista para as novas conquistas. Bom também é olhar para o passado e perceber o quanto a nossa cidade foi servida de obras arquitetônicas significativas. Cada uma com sua história e razão de ser.

Com esse tema, o Caderno Z aguçou muitas lembranças de minha infância, quando íamos passear no Parque São Clemente. Mamãe preparava a cesta de guloseimas, a toalha quadriculada, os guardanapos e os copos de papelão. Papai se encarregava das garrafinhas de Grapette, do binóculo e da máquina fotográfica.

É bom olhar para o futuro, lançando a vista para as novas conquistas. Bom também é olhar para o passado e perceber o quanto a nossa cidade foi servida de obras arquitetônicas significativas. Cada uma com sua história e razão de ser.

Com esse tema, o Caderno Z aguçou muitas lembranças de minha infância, quando íamos passear no Parque São Clemente. Mamãe preparava a cesta de guloseimas, a toalha quadriculada, os guardanapos e os copos de papelão. Papai se encarregava das garrafinhas de Grapette, do binóculo e da máquina fotográfica.

Foram domingos maravilhosos. O Park Hotel São Clemente era a menina dos olhos, o sonho de consumo nos arredores. Agora, quanto ao seu destino, como na narrativa de Victor Hugo Mori: “Há que se trabalhar e torcer para que o Park Hotel possa ter melhor sina do que a que hoje apresenta”. Tomara!

No pátio do Palacete do Dr. Elias íamos passear também e nós admirávamos aquela fachada eclética, com o seu suave azul acinzentado.  Era diferente de tudo o que já tínhamos visto. Digo isso porque eu e meu irmão éramos seguidores das ideias de papai e mamãe. Não havia Google ou uma fonte de informação tão instantânea ao nosso alcance.

A Casa do Barão de Nova Friburgo foi a nossa biblioteca para onde íamos, com papel de seda, copiar mapas e figuras. Sem as teclas Ctrl C - Ctrl / V, nossos trabalhos eram autênticos e dignos de nota 10, tamanho o esforço empreendido. No momento, esperamos, ansiosos, a inauguração do Museu do Solar do Barão. Maravilha!

O Country Clube, o Colégio Nova Friburgo e o Instituto de Educação, nosso antigo Grupo Escolar Ribeiro de Almeida são referências históricas. Alguns preservados e servindo ainda em seus objetivos. Sobre a Fundação, por exemplo, no alto do Morro da Cascata, a notícia que temos é a de seu total abandono. Se a sua construção foi um desafio, hoje a sua restauração é um confronto entre sonho e realidade. Ao contrário, o casarão de Galdino do Valle Filho tem a “estrutura original do imóvel e tem cômodos preservados. Como dizia vovó Mariana: “Deus o benza!  Que o aumente e o conserve!”.

Enquanto isso, estamos lutando para evitar a demolição do anexo do Clube de Xadrez. É uma pena que se tenha de fazer manifestações, abaixo assinados, audiência pública, tudo em prol da preservação de um bem comum. As autoridades competentes deveriam ser as primeiras a defenderem as causas patrimoniais,  em vez de serem pressionadas pelos anseios da população. S.O.S. Clube de Xadrez, avante!

Contudo, muito há que se lutar ainda pela preservação de outros patrimônios, também, sob muitos questionamentos. O casarão da antiga LBA, por exemplo, na Rua Augusto Spinelli: em 2023, A VOZ DA SERRA fez matéria sobre a promessa de recuperação do imóvel e até hoje, coisa alguma foi feita, além da reforma do telhado. Sobre o Lazareto, em Duas Pedras, a informação que se tem do andamento da obra: “momentaneamente paralisada”.

Em “Sociais”, Joel de Sá Martins festejando 74 anos de vida muito intensa. Geraldo Ventura Filho, o Teleco, simpatia em pessoa, no dia 12. Mesmo dia em que meu primo querido, Juca, festeja a nova idade. Fazer aniversário no Dia dos Namorados, primo, tem que ganhar dois presentes de sua adorável musa. Interessante que tanto você, primo, e o Teleco, foram destaques na coluna “Sociais”, em “Há 50 Anos”. Que prestígio!

A festa dos Jogos Florais também tem muito prestígio. Basta ler a matéria que o leitor tem um amplo panorama do que ocorreu: O frio não superou o calor humano. Visitantes de várias regiões do país. Minha neta Júlia entregou a “Chave da Cidade” à trovadora Maria Lúcia Daloce, de Bandeirantes/PR, vencedora do Concurso Nacional; momento tradicional do evento. Emoções à flor da pele. E A VOZ DA SERRA recebeu homenagens que estão, inclusive, no livro de 2025. A exemplo, a trova de autoria de Sérgio Ferreira da Silva/SP: “A Voz da Serra", aos Oitenta, / nesta missão de informar, / é uma luz que segue atenta / brilhando...em cada exemplar!”. E o brilho é tanto que faz a gente brilhar também. Por tudo e por todos, gratidão, A VOZ DA SERRA!!

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Friburgo pode absorver Região Metropolitana

sábado, 07 de junho de 2025

Edição de 7 e 8 de junho de 1975

Manchetes

Edição de 7 e 8 de junho de 1975

Manchetes

Friburgo pode absorver a Região Metropolitana - O Conselho Nacional de Política Urbana (CNPU) já concluiu estudo que coloca Nova Friburgo como uma das cidades em condições de absorver parte da população que hoje se comprime nos principais polos da Região Metropolitana. O documento já de posse do governador Faria Lima, afirma que para isso Friburgo só precisaria resolver alguns problemas de infraestrutura. Essa absorção se daria a longo prazo. Alguns políticos ouvidos por A VOZ DA SERRA se mostraram de imediato contrários a esta ideia pois fatalmente iria mitigar Friburgo de problemas dos demais variados.

Ilídio Corrêa da Rocha: pesquisa – Estudantes, professores e interessados na matéria, estão acompanhando todas as semanas os artigos do médico Ilídio Corrêa Rocha, que através de A VOZ DA SERRA vem orientando pais estudantes e educadores sobre problemas de ordem psicanalista. As pessoas interessadas também poderão dirigir seus problemas, por carta, ao médico, que será respondida diretamente pelo colunista. O médico Ilídio Corrêa Rocha é mais uma personalidade científica que Friburgo adquire e o jornal assim o projeta.

O Canal 3 vai ganhar um novo transmissor a cor – Dentro de pelo menos dois meses estará instalada em Friburgo um novo transmissor para a TV Nova Friburgo, canal 3, que permitirá a melhor captação da imagem em cores. A notícia nos foi concedida pelo sr. Lair Macedo que acrescenta: “Estão adiantados os contratos com firmas locais e de vários outros municípios para o patrocínio da transmissão dos jogos de futebol”. O novo equipamento tem custo aproximado de 300 mil cruzeiros.

Rápido e rasteiro – Há um mês exatamente denunciamos o desgoverno administrativo que vem imperando no Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Dizíamos: O SAAE começa a perder sua autonomia para a prefeitura, ingressando num processo de caos, cuja primeira consequência era um débito com o BNH que alcançava 400 milhões e que hoje deve estar em 600 milhões.

Menores: Delinquência permitida – Aumentou de maneira assustadora o número de menores abandonados nas ruas de Friburgo. As autoridades estão imponentes para realizar qualquer trabalho para contornar o problema ou tornar menos acintosa a situação. Os menores se agruparam ao redor das praças Getúlio Vargas e Dermeval Barbosa Moreira importunando motoristas realizando roubos, sem que as autoridades tomassem qualquer providência.

Pai é preso por agressão a filho – Está preso na Delegacia Civil, Luiz Gonzaga Alves que agrediu a golpes de correia seu filho Carlos da Silva, de apenas 2 anos de idade. A queixa à polícia foi registrada pela mãe da criança, Sirleia Silva Alves. O menor foi submetido a exame de corpo delito quando foram constatados os ferimentos.

E mais: 

Pílulas – Há exatamente alguns meses, a prefeitura criava, com grande estardalhaço, a sua Secretaria de Agricultura. Pelo barulho que foi feito pela imprensa, aquela secretaria iria resolver todos os problemas agrícolas do Brasil, quiçá do mundo. Isso há meses e dias. Até a presente data a secretaria ficou só no papel, não passou disso.

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Noberto Rocha e José Euclides de Souza (7); Luiz Vitório Ennes (8); José Câmara, Eduardo Souza e Américo Alves (9); Marília Braune, Lafayette Abido e José Antonio (10); Frederico Sichel (11); Geraldo Ventura Filho, Márcia Spinelli, Antônio Roberto, Sérgio Felga, Carlos Ayrão, Carlos Alberto e Carlos Arnaldo Bravo Berbert (12).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim 

Foto da galeria
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Frizão brilha no Futmesa

sábado, 07 de junho de 2025

Lucas Boa Morte, do Fiburguense, fatura o Desafio Interestadual no Espírito Santo

Mais uma conquista para a galeria do Friburguense. Lucas Boa Morte, representante do Tricolor da Serra, sagrou-se campeão do Desafio Interestadual de Futebol de Mesa – Regra 12 Toques, disputado no último sábado, dia 31, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Na final, o botonista venceu Filipe Maia, do Vasco da Gama, por 4 a 3, e garantiu o lugar mais alto do pódio de maneira invicta, com 100% de aproveitamento, ao vencer as suas nove partidas.

Lucas Boa Morte, do Fiburguense, fatura o Desafio Interestadual no Espírito Santo

Mais uma conquista para a galeria do Friburguense. Lucas Boa Morte, representante do Tricolor da Serra, sagrou-se campeão do Desafio Interestadual de Futebol de Mesa – Regra 12 Toques, disputado no último sábado, dia 31, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Na final, o botonista venceu Filipe Maia, do Vasco da Gama, por 4 a 3, e garantiu o lugar mais alto do pódio de maneira invicta, com 100% de aproveitamento, ao vencer as suas nove partidas.

O torneio reuniu botonistas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, e Lucas brilhou desde a primeira fase. Venceu todos os seis confrontos iniciais, superando seus adversários. Já nas fases decisivas, manteve o mesmo ritmo e eliminou, nas quartas, Júnior Monteiro por 4 a 2. Na semifinal, reencontrou Breno Mariano — a quem já havia vencido na estreia — e repetiu a dose, desta vez por 3 a 2.

A grande final foi uma verdadeira batalha. Filipe Maia, atleta do Vasco Futmesa, acumula boas campanhas inclusive no cenário nacional, mas Lucas mostrou precisão nos momentos decisivos e garantiu o título com um apertado 4 a 3. Oriundo da Liga Campista, Boa Morte agora brilha no Friburguense.

O evento foi marcado pela confraternização entre botonistas capixabas e fluminenses. Organizado pela Liga Cachoeirense de Futebol de Mesa, o torneio demonstrou mais uma vez que a Regra 12 Toques segue crescendo e revelando talentos como Lucas Boa Morte.

Interestadual Três Toques

Nos dias 24 e 25 de maio, a AABB-DF sediou o 43º Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa – Regra Três Toques. A tradicional competição nacional reuniu 66 técnicos de 14 equipes que, além do Distrito Federal, representaram os estados de Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Foram dois dias de disputas muito equilibradas, com várias equipes se candidatando ao título.

Mas, ao final, o troféu de campeão ficou, pelo segundo ano consecutivo, com o Tupi (Juiz de Fora – MG), sempre figurando entre os favoritos. A conquista veio com vitória por 3 a 1 sobre o Flamengo, o que levou o clube juiz-forano sagrar-se dodecacampeão: doze títulos conquistados desde a primeira vitória em 1988. AABB DF terminou em terceiro, a ADMB (Matias Barbosa – MG) ficou na quarta posição.

Retrô

A terceira etapa da Categoria Retrô, da Regra Dadinho, reuniu, na Sala do Botafogo FR, no domingo, 01 de junho de 2025, nada menos que 89 jogadores representando 17 equipes diferentes. Num campeonato marcado pela pontualidade, foram duas fases disputadas com bastante afinco. Na primeira, 368 jogos registraram uma média superior a quatro gols por partida, e apuraram 32 atletas para o tradicional mata-mata.

Na fase 16 avos de final, destaque para o Fluminense (que classificou sete atletas), Flamengo e Duque de Caxias (com quatro atletas cada). Victor Praça, do América, dono da melhor campanha da fase classificatória, enfrentou Yan Bazeth, responsável por ter, pela primeira vez, classificado o Embaixadores do Rei para o mata-mata. Outro aspecto a destacar é que, dos 16 confrontos, em cinco prevaleceu a vantagem do empate.

Nas oitavas de final, Flamengo e Fluminense seguiram com a maior parte dos atletas em disputa (três de cada). Mas somente metade seguiu adiante. Avançaram para as quartas, Sarti e Paulinho Quartarone (Fluminense), Garibaldi e Washington (Duque de Caxias), Serginho (Flamengo), Marcus Vinicius (América), Proença (São Cristóvão), e Schwenck (ABR), pela primeira vez colocando a liga amadora de Bonsucesso entre os oito melhores.

Serginho, Sarti, Paulinho e Washington seguiram até as semifinais. Na semifinal tricolor, melhor para o campeão da segunda etapa, 3×2. Mesmo placar da outra semifinal, vencida por Washington diante de Serginho. Na decisão, 4×4, e melhor campanha deu o bicampeonato ao Paulinho, do Fluminense.

  • Foto da galeria

    Lucas Boa Morte brilha e garante uma conquista de nível nacional para o Friburguense (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

  • Foto da galeria

    Competição reuniu atletas fluminenses e capixabas no Espírito Santo (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Menos é mais

sexta-feira, 06 de junho de 2025

Outro dia me vi parada no meio do corredor de casa, celular numa mão, um copo d’água na outra, sem saber ao certo o que tinha ido buscar. O corpo ali, presente. A cabeça, lotada. A alma, inquieta. Um apito de notificação, um aviso de reunião, uma mensagem que ainda não respondi, um conteúdo que talvez eu devesse ver. Tudo isso em segundos.

Outro dia me vi parada no meio do corredor de casa, celular numa mão, um copo d’água na outra, sem saber ao certo o que tinha ido buscar. O corpo ali, presente. A cabeça, lotada. A alma, inquieta. Um apito de notificação, um aviso de reunião, uma mensagem que ainda não respondi, um conteúdo que talvez eu devesse ver. Tudo isso em segundos.

É como se vivêssemos dentro de uma sala cheia de vozes, telas, alertas e exigências. Uma verdadeira enxurrada de informações nos atravessa o tempo todo – e, curiosamente, não é raro terminarmos o dia, exaustos, desinformados e com a incômoda sensação de que estamos sempre devendo algo.

O volume de dados que consumimos diariamente é maior do que qualquer geração antes da nossa ousaria imaginar. Estamos a um toque de saber o que acontece no outro lado do mundo, mas muitas vezes não conseguimos escutar nem a nós mesmos.

Eis o desafio: não saber silenciar o ruído externo ao mesmo tempo em que a voz interior não consegue ser ouvida. E quando a mente não descansa, o corpo cobra. Com ansiedade. Insônia. Falta de foco. Impaciência. E, tantas vezes, com um desânimo que não sabemos nomear.

Eu mesma me vi tantas vezes tentando acompanhar tudo: as notícias, as atualizações de trabalho, os grupos de família, as lembranças mostradas pelo google no meu smartphone, os memes, os vídeos inspiradores, os estudos, os textos — e, ao fim, só queria poder não ver mais nada. Me dei conta de que não precisamos saber de tudo, o tempo todo. Precisamos, sim, cuidar do que chega até nós. Fazer uma espécie de curadoria afetiva daquilo que consumimos.

Pode parecer banal, mas criar pequenos momentos de silêncio, de pausa e até de tédio, tem sido, para mim, um ato de resistência. Um respirar mais fundo. Um dizer “não” para o excesso e “sim” para a presença.

Tem horas que desligar o celular é o maior ato de autocuidado. E, quando possível, desligar também as cobranças invisíveis, as urgências que não são nossas, os ruídos que não dizem respeito ao que importa de verdade.

A vida pede atenção. Mas não aquela atenção difusa, que se espalha em mil abas abertas na cabeça. Pede presença. Daquela que nos devolve o tempo, a calma e o olhar demorado para o que realmente vale a pena.

Se puder, hoje, feche um pouco os olhos. Ouça o que há por dentro. Desligue o que te distrai. Às vezes, o que nos salva é exatamente o que conseguimos deixar de lado.

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