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O homem e a natureza

terça-feira, 03 de junho de 2025

Ao passar na Genipapo Livraria, conversei com a livreira, Maria Fernanda, sobre ecologia, e ela me indicou o livro “Maneiras de Ser: Animais, plantas, máquinas: a busca por uma inteligência planetária”, escrito pelo jornalista inglês James Bridle. O tema imediatamente me interessou porque somos partes integrantes da natureza, tanto quanto uma árvore, uma pedra e um tigre.

Ao passar na Genipapo Livraria, conversei com a livreira, Maria Fernanda, sobre ecologia, e ela me indicou o livro “Maneiras de Ser: Animais, plantas, máquinas: a busca por uma inteligência planetária”, escrito pelo jornalista inglês James Bridle. O tema imediatamente me interessou porque somos partes integrantes da natureza, tanto quanto uma árvore, uma pedra e um tigre.

Já no primeiro parágrafo fiquei tocada com a frase: (...) “aqui está se desenrolando um dos maiores conflitos da nossa era – entre a agência humana e a inteligência das máquinas, entre a ilusão da superioridade humana e a sobrevivência do planeta.” Talvez eu nem precise comentá-la posto que é bem explícita e nos induz a questionar: aonde a inteligência está nos levando? A mesma inteligência que criou as vacinas, a cirurgia, a engenharia genética, o telescópio espacial, é responsável pelo desenvolvimento da inteligência humana e produção das artificiais, que poderão fugir ao nosso controle, nos trazer consequências impensáveis e causar tantos desajustes. A racionalidade humana não pode esquecer de que há uma interconexão entre tudo o que existe neste planeta. O Efeito Borboleta é uma metáfora que exemplifica o caos decorrente das relações entre a causa e o efeito da desordem dos fatos e seus subsequentes e infinitos desdobramentos. Estamos mergulhados em resultados e impactos decorrentes dos esforços para dominar a natureza e usá-la para nosso favor, o que tem favorecido a qualidade de vida. Contudo, ao mesmo tempo, colocado em risco a nossa segurança, bem-estar e sobrevivência.  

Vamos tentar usar um exemplo para entender as conexões e correlações de ações tomadas aleatoriamente. Numa partida de futebol, André chutou uma bola, que correu para uma movimentada estrada. Naquele exato momento, um carro que passava freou e desviou da bola. Então, o motorista do caminhão que vinha atrás se assustou e perdeu o controle do veículo, que tombou. A carga líquida e concentrada de produtos químicos se espalhou pelo local e escorreu até um riacho. Com a água contaminada, a fauna e a flora foram afetadas, bem como criações de tilápias que utilizavam da água do riacho. Sem peixes para comercializar, os criadores tiveram perdas econômicas, o que repercutiu na vida financeira dos empregados e no comércio da localidade.

Agora, me vêm à lembrança programas de televisão sobre a construção de casas por arquitetos talentosos, que mostram com orgulho as grandes janelas projetadas e seus vidros imensos. Lindo de ver e desejar. Entretanto ninguém pensa na quantidade incontável de passarinhos que morrem ao bater nos vidros. Nos filhotes que ficam aguardando pelos pais nos ninhos. Os pássaros são grandes semeadores da natureza, sendo responsáveis pela manutenção das matas. As construções precisam protegê-los e não os sacrificar.

Segundo Bridle, há uma cisão entre o humano e o não humano. A ilusão de superioridade através da tecnologia se contrapõe a uma parceria saudável entre o homem e suas necessidades com a natureza. É importante ressaltar que a inteligência da natureza tem simplicidade, pureza e espontaneidade. Sem tecnologias, logísticas e redes de comunicação, os animais são capazes de se proteger. Como uma lagarta pode viver por meses, sobrevivendo aos incontáveis desafios que o ambiente lhe apresenta?

O homem ainda tem muito o que aprender com a natureza e com a dignidade com que os animais enfrentam as dificuldades diárias, como os ursos polares. Mas ainda não conseguiram se defender do homem...

E, agora, me digam, o que a natureza precisa aprender com os homens?

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Governador Faria Lima em Friburgo vê problemas de toda região

sábado, 31 de maio de 2025

Edição de 30 e 31 de maio

Manchetes

Edição de 30 e 31 de maio

Manchetes

Faria Lima em Friburgo vê problemas de toda região – O governador do Estado do Rio de Janeiro, Almirante Faria Lima, esteve em Nova Friburgo atendendo aos prefeitos e representantes de classes da região Centro-Norte fluminense. Além de atender os prefeitos de Cachoeiras de Macacu, Duas Barras, Bom Jardim e Sumidouro, Faria Lima participou de palestras com vereadores, líderes classistas, dirigentes empresariais, jornalistas e outras autoridades no Senai quando fez exposição dos planos e objetivos bancários.

Curso de Psicoterapia – Vai começar em Friburgo o curso de Psicoterapia ministrado pelo professor Arthur Grandmont, do Canadá, que será realizado no auditório do Colégio Nossa Senhora das Dores. O curso fornecerá um Certificado de Extensão Universitária equivalente a 30 aulas. Ele visa dar a pessoas os conhecimentos básicos para se libertar por si mesma dos conflitos angústias, e tabus assegurando a todos uma saúde perfeita. Serão estudados problemas ligados a Educação, Sexo e Amor.

Tapete de Corpus Christi – O tradicional Tapete de Areia que há mais de 60 anos vinha sendo feito no pátio interno do Colégio Anchieta para as celebrações religiosas do dia de Corpus Christi, este ano não foi confeccionado devido a despesa acarretada ao colégio. O tapete era também uma atração turística. Seu custo aproximado é de Cr$ 1 mil.

O friburguense só vê futebol pela TV com patrocínio – Apesar da interferência de Lair Macedo e Carlos Bini, a TV Rio já decidiu que os jogos em circuito fechado para Friburgo só serão transmitidos se houver patrocínio comercial. A emissora alega prejuízos com a transmissão para nossa cidade. O sr Lair Macedo informou, no entanto, que, dentro de três semanas no máximo, ele terá em mãos dez empresas interessadas nesse patrocínio. 

Benito di Paula fará show em Friburgo – O cantor friburguense Benito di Paula confirmou a realização de um show em Nova Friburgo, em julho, em um cinema da cidade, com toda renda revertida para as crianças pobres. A informação é do irmão do cantor, Urandir Veloso, acrescentando de que o cantor friburguense há muito tempo pensava na realização deste show e que somente a série de compromissos assumidos o impedia.

Guaracy: muita luta – Se alguma coisa está funcionando no esporte em Friburgo e, particularmente no futebol dente-de-leite, se deve a Guaracy Botelho, um dos principais incentivadores, lutadores e líderes de um movimento que visa salvar o nosso futebol, às portas da falência. Há duas semanas, foi realizada em Nova Friburgo a I Mini-Copa Dente de Leite que teve em Guaracy Botelho o organizador e o homem que lutou contra que a promoção saísse vitoriosa.

Assassinato no Catarcione – Foi assassinado na estrada de acesso ao bairro Catarcione, Dário Verly, 42 anos, branco, casado, dois filhos, residente na Rua Pedro Ranucci, 18, Vila Guarani, Bairro Ypu.  O primeiro tiro o atingiu próximo a barriga e o segundo penetrou o pulmão, tenso sido desferidos pelas costas. O assassino ainda não foi preso.

E mais: 

Uma montanha fantasma – Hermano Fontana foi o único friburguense que conquistou o Pico Maior de Salinas, a escalada mais difícil do Brasil. Ele contou toda a sua emoção em depoimento exclusivo para A VOZ DA SERRA.

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim 
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Pra toda a família

sábado, 31 de maio de 2025

Disney Magic Run retorna ao Rio de Janeiro no Dia das Crianças

Uma proposta diferente, capaz de contemplar toda a família e incentivar a prática esportiva. A Disney Magic Run  propõe transformar o ato de correr em um momento especial, trazendo a magia dos personagens da franquia para o universo da corrida de rua. Depois de seis anos, a prova está de volta ao Rio de Janeiro e será realizada em 12 de outubro, Dia das Crianças, no Aterro do Flamengo, na capital fluminense.

Disney Magic Run retorna ao Rio de Janeiro no Dia das Crianças

Uma proposta diferente, capaz de contemplar toda a família e incentivar a prática esportiva. A Disney Magic Run  propõe transformar o ato de correr em um momento especial, trazendo a magia dos personagens da franquia para o universo da corrida de rua. Depois de seis anos, a prova está de volta ao Rio de Janeiro e será realizada em 12 de outubro, Dia das Crianças, no Aterro do Flamengo, na capital fluminense.

Os participantes terão a oportunidade de escolher entre duas opções de percurso: uma corrida de 8 quilômetros para todo tipo de corredor e uma caminhada de 2 quilômetros, pensada especialmente para famílias. A modalidade corrida é destinada aos maiores com 16 anos, enquanto a caminhada está aberta a crianças a partir de 2 anos de idade.

Os inscritos recebem um kit com camisa temática, número de peito (com chip de cronometragem na modalidade corrida), sacochila, medalha (entregue ao final da prova) e outras surpresas. O uso de acessórios e fantasias é incentivado pelos organizadores. A retirada dos kits será realizada nos dias 10 e 11 de outubro, no Estádio de Remo da Lagoa (Lagoon).

A Disney Magic Run oferece a presença dos personagens da Disney, loja oficial, áreas de hidratação e massagem, fraldário, guarda-volumes, vestiários e espaços dedicados a carrinhos de bebê. O evento contará ainda com recreação, oficinas, ativações de patrocinadores e um show de encerramento com Gabi Melim.

A atividade espera reunir 12 mil participantes em seu retorno à Cidade Maravilhosa. A abertura das inscrições acontece no dia 1º de julho pelo site oficial da Disney Magic Run e, para quem deseja se antecipar, já é possível realizar um pré-cadastro para a inscrição, garantindo prioridade no momento da abertura das vendas.

A já tradicional corrida e caminhada é uma iniciativa que buscar unir esporte, lazer e entretenimento. O objetivo da experiência é incentivar a promoção de um estilo de vida saudável, contemplando, por meio de suas histórias, conteúdos e personagens, a prática de atividades esportivas ao ar livre.

 

Novo traje

Nova Friburgo Futebol Clube apresenta nova versão do uniforme oficial

A diretoria do Nova Friburgo Futebol Clube, em parceria com loja de Nova Friburgo, apresentou o uniforme oficial da agremiação verderrubro. A nova versão foi aprovada por unanimidade em reunião do Conselho Diretor.

“É com grande satisfação que apresentamos o novo uniforme principal do Nova Friburgo Futebol Clube. A camisa está muito bonita, confeccionada com tecido moderno e tecnológico. Quero aproveitar para agradecer ao Edinho, que me ajudou muito nessa tarefa, e à diretoria, representada por Luiz Fernando Bachini, que autorizou a confecção desse manto. Agora posso dizer a vocês que temos a camisa número 1 do Nova Friburgo Futebol Clube”, afirmou o empresário Luiz Eduardo Abicalil.

Foram mantidas as tradicionais cores do clube, estabelecidas no estatuto, nas tonalidades vermelha e verde. O vice-presidente de Marketing, Edson Roberto Tavares, destacou a importância da iniciativa.

“A versão atual ficou excelente e mantém as tradições das cores do clube. Apresenta um design arrojado e um material que segue o padrão dos grandes clubes brasileiros”, destacou o diretor.

Os uniformes estarão à venda na loja participante do lançamento, localizada na Praça Getúlio Vargas, 120, no Centro. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (22) 2523-6537. A loja funciona de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h.

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    Evento deve reunir 12 mil participantes na capital fluminense (Fotos: Divulgação/Disney Magic Run)

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    A tradicional corrida vai promover o contato das crianças com alguns dos personagens famosos da franquia (Fotos: Divulgação/Disney Magic Run)

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    O novo uniforme alia design mais moderno e manutenção de características históricas (Foto: Vinicius Gastin)

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Quebra-cabeças

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Para a construção de uma obra nova, devemos preparar o terreno, cuidar da limpeza do local, criar o ambiente ideal, promover as adaptações que se fizerem necessárias. Na verdade, essas medidas são mesmo fundamentais. Mas a metáfora dessa ideia é a que me leva a pensar. Não sobre obras, mas sobre pessoas.

Passamos muito tempo de nossas vidas construindo ideias sobre os outros. E o tanto que nos enganamos é algo grandioso. Creio que não somos tão bem-sucedidos nessas obras. Inevitavelmente, nos equivocamos. Erramos o cálculo. Confundimos a perspectiva. Mudamos o projeto.

Para a construção de uma obra nova, devemos preparar o terreno, cuidar da limpeza do local, criar o ambiente ideal, promover as adaptações que se fizerem necessárias. Na verdade, essas medidas são mesmo fundamentais. Mas a metáfora dessa ideia é a que me leva a pensar. Não sobre obras, mas sobre pessoas.

Passamos muito tempo de nossas vidas construindo ideias sobre os outros. E o tanto que nos enganamos é algo grandioso. Creio que não somos tão bem-sucedidos nessas obras. Inevitavelmente, nos equivocamos. Erramos o cálculo. Confundimos a perspectiva. Mudamos o projeto.

Seres humanos não são esse tipo de projeto que elaboramos com técnica. Somos, na verdade, uma obra sempre inacabada e complexa. Imperfeita por natureza. Em evolução (ou involução). O projeto é de vida e não há nada mais pessoal do que isso. O outro, por mais perito no assunto que seja, não pode precisar com exatidão o que acontece no interior da obra, nem apresentar soluções lapidares.

Esse terreno – que somos nós – não está descoberto a ponto de desvendarmos seus desníveis pelo olhar. Tem até areia movediça por baixo do mato verde. Tem de tudo, como se diz.

Investimos preciosos minutos de vida construindo uma imagem do outro. Supondo coisas. Julgando e prejulgando pelo pouco que conhecemos a seu respeito. Por isso o culto reverenciado pela imagem. Nem sempre a real. Quase sempre a projetada. A que pode ser vista. Isso é uma grande tolice, pois ao construirmos pessoas fictícias em nosso imaginário, empenharemos o dobro de energia para desconstruí-las, pois comumente erramos as análises. Os outros não são o que pensamos deles. Os outros são o que são.

Seria interessante se aceitássemos que o jogo começa com as peças do quebra-cabeças desmontadas, para então, com o tempo pudéssemos aprofundar e conhecer a imagem real que será formada. Daria menos trabalho e as surpresas talvez fossem mais prazerosas. Ou mais reais.

Mania estranha essa de querermos jogar um jogo ganho. Imagens preestabelecidas. Vencedores determinados. E no final das contas, a frustração da decepção. O girassol que eu estava montando no meu quebra-cabeça não passa de uma forma geométrica e sem sentido. Uma bola amarela. E vice e versa. Quantos girassóis deixamos de descobrir no meio do jogo justamente por superficialmente só enxergarmos a bola amarela. Sem essência. Forma e não flor.

Desconstruir é preciso. E se tivermos ânimo, reconstruir. Não sei se me fiz entender. Mas também não é preciso. Referenciando mais uma vez Clarice Lispector: “não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”. Não me preocupo, pois.

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Novas joias

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Talentos do Friburguense vão reforçar a base do Flamengo

Talentos do Friburguense vão reforçar a base do Flamengo

O Friburguense segue produzindo talentos, que em breve poderão reforçar alguns dos principais clubes do país. O trabalho é feito há anos pelo clube, a partir de um investimento constante por garimpar e dar oportunidades a atletas de Nova Friburgo e de toda a região. Nos últimos dias, duas dessas promessas rumaram ao Rio de Janeiro, e passam a integrar as equipes de base do Flamengo, na categoria Sub-15. O meia Ryan e o atacante Márcio chamaram a atenção do rubro-negro durante a disputa do Campeonato Carioca deste ano, e agora terão a chance de vestir a camisa preta e vermelha.

De acordo com informações do perfil Fla Base, em uma rede social, a dupla era monitorada por outros clubes, a exemplo do Atlético-MG, e o Flamengo superou a concorrência para fechar com ambos os talentos, que chegam ao Ninho do Urubu com contrato de formação.

Marcio, inclusive, é filho do ex-volante Bidu, um dos grandes ídolos da história do Friburguense, também revelado pelo Frizão. O garoto deu os primeiros passos ainda na Escola de Futebol de Campo do Tricolor da Serra, e foi ganhando o seu espaço nas equipes de base, conseguindo se destacar a partir do trabalho realizado junto aos companheiros de time.

Jogos pelo Estadual

Pelo mesmo Estadual que serviu como chamariz para a dupla de talentos, o Friburguense volta a campo neste domingo, 1º de junho, quando recebe o 7 de Abril. As partidas, nas categorias Sub-15 e Sub-17, acontecem às 13h e 15h, no estádio Eduardo Guinle, com entrada gratuita.

No compromisso anterior, o Tricolor da Serra não conseguiu pontuar. Atuando fora de casa, no João Francisco, o time Sub-15 acabou sendo derrotado pelo placar de 2 a 0, e agora ocupa a sétima colocação do grupo B: são três vitórias e três derrotas na competição, com 11 gols marcados e nove sofridos.

Já a equipe Sub-17 foi superada pelo mesmo adversário, por 2 a 1. Na tabela de classificação, o Friburguense aparece na quinta posição da chave B, com oito pontos ganhos, após as duas vitórias, um empate e três derrotas. A equipe juvenil balançou as redes em dez oportunidades, e foi vazada esta mesma quantidade de vezes.

O grupo A conta com as equipes do Petrópolis, São Gonçalo, Pérolas Negras, Resende, Audax Rio, Cabofriense, São Cristóvão, Rio de Janeiro, 7 de Abril, Bonsucesso, Artsul e Nova Cidade. O Friburguense está na chave B, com Araruama, Duque de Caxias, América, Americano, Olaria, Campo Grande, Serra Macaense, Paduano, Barra Mansa e Niteroiense.

Sequência do Friburguense

01/Jun, Dom - Friburguense x 7 de Abril, Eduardo Guinle

08/Jun, Dom - São Gonçalo x Friburguense, a definir

15/Jun, Dom - Friburguense x Bonsucesso, Eduardo Guinle

22/Jun, Dom - Petrópolis x Friburguense, a definir

29/Jun, Dom - Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

06/Jul, Dom - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim A. Flores

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    Filho do ídolo Bidu, Márcio é um dos garotos que passam a integrar a base do Flamengo (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Ryan chamou a atenção do rubro-negro, com suas atuações no Estadual (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Frizão volta a jogar em casa pelo Estadual da base neste final de semana (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Já vestidos com as cores do Flamengo, Márcio e Ryan iniciam suas caminhadas pelo novo clube (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Problemas na saúde: o drama que Friburgo vive

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A cena se repete em quase toda cidade brasileira — e Nova Friburgo, infelizmente, não é exceção. Você acorda cedo, vai até o posto de saúde, pega senha, enfrenta fila. Depois de horas de espera, ouve: “o médico não veio” ou “volte outro dia”. Parece piada, mas é o cotidiano de quem depende do SUS.

A cena se repete em quase toda cidade brasileira — e Nova Friburgo, infelizmente, não é exceção. Você acorda cedo, vai até o posto de saúde, pega senha, enfrenta fila. Depois de horas de espera, ouve: “o médico não veio” ou “volte outro dia”. Parece piada, mas é o cotidiano de quem depende do SUS.

O Sistema Único de Saúde é uma conquista nacional, mas anda tropeçando nas próprias pernas. A falta de médicos, a demora em exames e a superlotação são problemas reais. Em Friburgo, moradores enfrentam filas longas até para atendimento simples. E quando conseguem vaga, ainda precisam torcer para ter remédio.

Não é difícil encontrar quem esteja há meses esperando por uma ultrassonografia. Exame de sangue mais específico? Só com muita paciência — ou sorte. Tem gente que desiste e vai direto para a emergência - e quando chega na emergência, é mandado embora. E tem idoso que aguarda cirurgia há tanto tempo que até perdeu a esperança.

Estado crítico

A situação nas unidades básicas é crítica. Em vários bairros, o atendimento é intermitente ou insuficiente. Falta clínico, falta pediatra, falta especialista. Nos distritos, como Lumiar e Amparo, o problema é ainda mais grave. Quando o médico aparece, é uma vitória. Parte do problema está na dificuldade está na administração pública ser efetiva na rede pública. Os salários são atrativos, mas a infraestrutura e a fiscalização. Resultado: postos vazios, pacientes sem atendimento, exames e medicamentos em falta.

Muitas unidades não têm estrutura mínima para funcionar e basta estar nos locais para perceber isso. Faltam materiais, equipamentos, insumos básicos. Consultórios mal equipados e quase nenhuma fiscalização por parte dos órgãos. O profissional quer trabalhar, mas não tem como.

Raul Sertã

Em Friburgo, o Hospital Municipal Raul Sertã vive sempre no limite. Emergência lotada, plantões sobrecarregados, pacientes nos corredores. O hospital faz o que pode, especialmente com a força e garra dos enfermeiros, mas carrega nas costas boa parte da demanda da região. E sem reforço, o colapso é questão de tempo.

Os postos de saúde deveriam resolver 80% dos casos, mas nem sempre têm equipe completa e o atendimento esperado. E aí tudo vai parar no hospital. Quando a base falha, o topo desaba. A atenção primária precisa ser reforçada — com médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, dentistas e agentes de saúde.

Enquanto isso, o friburguense espera. Espera exame, espera consulta, espera atendimento. Muitos deixam de tratar a tempo e acabam agravando doenças. Muitos são mandados embora sem a menor condição de serem mandados embora. A fila cresce e o sofrimento também. O tempo perdido pesa — e, em saúde, tempo vale vida.

Precisamos de soluções para ontem

Soluções existem, mas exigem vontade política e planejamento sério. Outra: a valorização dos profissionais da saúde, com boas condições de trabalho. Ninguém quer atuar onde falta tudo e sobra pressão. No fim das contas, a indignação dos pacientes é repassada para quem menos tem culpa: os funcionários de atendimento e enfermeiros.

A informatização dos atendimentos, embora seja aplicada em Nova Friburgo, também pode ajudar. Prontuário eletrônico, agendamento online, controle de estoque de medicamentos. A tecnologia está aí e precisa ser usada a favor da população. Hoje, muita coisa ainda funciona no papel.

Outra alternativa viável é ampliar o uso da telemedicina. Muitas especialidades poderiam atender remotamente, reduzindo a fila. Psiquiatras, neurologistas, endocrinologistas são raros na rede pública. A consulta online pode ser uma ponte, especialmente nos bairros mais afastados e profissionais de outras regiões atenderem.

Audiências públicas acontecendo

O dever da população: cobrar, fiscalizar, participar e se indignar. Da mesma forma que elogiamos quando o trabalho é bem feito, nas redes sociais, temos também que nos indignar. As audiências públicas estão abertas a todos. A pressão popular é importante para mudar prioridades. Afinal, não há motivo para tanto valor gasto em festa e saúde sendo deixada pra depois.

Friburgo é uma cidade que valoriza sua gente. E gente saudável vive melhor, produz mais, sonha mais alto. Não podemos aceitar que o acesso à saúde básica vire privilégio. Embora muitos possuam plano de saúde, o SUS é para todos — e precisa funcionar para todos.

O friburguense não quer milagre. Quer respeito, dignidade, cuidado. Quer sair do posto com um diagnóstico, não com uma desculpa. Quer atendimento humano, estrutura decente, fila justa. Quer dar entrada em uma maternidade e ter a certeza que só sairá de lá, se realmente puder sair de lá. Não é pedir demais — é pedir o mínimo.

Enquanto isso não acontece, seguimos esperando. Mas sem calar. Porque se tem algo que não pode faltar num sistema de saúde, é voz. E a nossa precisa ser ouvida, alta e clara, porque o SUS em Nova Friburgo, berra por socorro.

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Bem representada

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Friburguense, com Tiago Spitz, é 4º na Série Bronze da Copa do Brasil de dadinho

Um desempenho para deixar orgulhosa a AFFM/Friburguense e todo o esporte municipal. Durante a disputa da 16ª Copa do Brasil de Futebol de Mesa da regra dadinho, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, a equipe foi representada pelos atletas Vinicius Esteves e Tiago Spitz. Com campanhas regulares na fase de grupos, os botonistas levaram a Associação a alcançar resultados importantes.

Friburguense, com Tiago Spitz, é 4º na Série Bronze da Copa do Brasil de dadinho

Um desempenho para deixar orgulhosa a AFFM/Friburguense e todo o esporte municipal. Durante a disputa da 16ª Copa do Brasil de Futebol de Mesa da regra dadinho, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, a equipe foi representada pelos atletas Vinicius Esteves e Tiago Spitz. Com campanhas regulares na fase de grupos, os botonistas levaram a Associação a alcançar resultados importantes.

Vinicius classificou-se no grupo da Série Ouro, caindo na fase eliminatória, mas ainda assim conseguiu terminar entre os 32 melhores colocados no geral. Já o atleta Tiago terminou em 4° lugar no grupo da Bronze.

O título principal veio para o Rio de Janeiro, e foi conquistado por Bandini, do Fluminense. Após três finais seguidas do Torneio Rio-São Paulo (2023, 2024 e 2025), o botonista e seu principal rival, Brayner, mediram forças na decisão, e o craque tricolor levou a melhor sobre o rubro-negro: em um jogo tenso, decidido nos detalhes, venceu por 3 a 1, faturou o bi e impediu o hexa do adversário.

Na Série Prata o título ficou com Davi Trigueiros, do Dom Pedro II-PR, que, na finalíssima, venceu Djalma Xavier, do Continente-SC, por 3 a 0. Na disputa do terceiro lugar, André Amorim, do Marcílio Dias-SC levou a melhor sobre Ito Santana, do Blumenau-SC, por 5 a 2. Os demais premiados foram Roberto Giolo, do Sobotons-MS, na quinta posição; o ex-Nova Friburgo F.C., Jonas Kojala, do Ferroviário-CE, no sétimo lugar; e Clóvis Silveira, do Continente-SC, na oitava colocação.

Já a Série Bronze teve uma premiação melhor distribuída entre os estados, embora Léo Azeredo, da Lafume, e Tiago Spitz, do Friburguense, tenham feito valer a tradição do Estado do Rio de Janeiro na competição. O atleta esmeraldino ficou com o vice-campeonato, ao ser derrotado por João Paulo, do Eldorado-MG, na final: 3 a 2. Na disputa do terceiro lugar, o botonista do Tricolor da Serra levou a pior diante de Marco Lomba, do Continente-SC, por 4 a 2.

Realizada pela Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM) e pela Federação Catarinense de Futebol de Mesa (FCFM), a 16ª Copa do Brasil reuniu quase 100 atletas, que representaram 25 clubes de dez estados brasileiros em 36 mesas oficiais dispostas no Norte Shopping.

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    Vinicius Esteves e Tiago Spitz representaram o Friburguense e Nova Friburgo, na Copa do Brasil (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    A competição, em Blumenau, reuniu dezenas de atletas, de diversas partes do país (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Tiago, entre os melhores da Série Bronze: mais um ótimo resultado para o Tricolor da Serra (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Congruência e coerência

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A palavra “congruência” relacionada com comportamento humano significa que o indivíduo congruente tem uma harmonia entre o que pensa, sente e se comporta. Ele é coerente. Existe muita incongruência e incoerência em vários tipos de agrupamento humano. Não podemos julgar o que vai no mais profundo da mente de uma pessoa, e tem alguma verdade no ditado popular que diz que “as aparências enganam”, porém muitas vezes elas não enganam, porque a pessoa, ou grupo de pessoas de poder social e político pratica a incoerência e a incongruência.

A palavra “congruência” relacionada com comportamento humano significa que o indivíduo congruente tem uma harmonia entre o que pensa, sente e se comporta. Ele é coerente. Existe muita incongruência e incoerência em vários tipos de agrupamento humano. Não podemos julgar o que vai no mais profundo da mente de uma pessoa, e tem alguma verdade no ditado popular que diz que “as aparências enganam”, porém muitas vezes elas não enganam, porque a pessoa, ou grupo de pessoas de poder social e político pratica a incoerência e a incongruência.

Na família ou em outro grupo social, é comum ter incongruências. Exemplo: pais viciados em mídias sociais e celular, cobram que o filho precisa usar menos o celular. Não faz sentido cobrar dos outros o que a pessoa que cobra não faz.

Tornar-se verdadeiro consigo mesmo é parte do caminho de restauração da saúde mental. Não é possível ter esse tipo de saúde e manter-se numa conduta com repetidas mentiras nas palavras, sentimentos e ações. Psicoterapia eficaz ocorre quando a ajuda profissional leva o paciente a encontrar as verdades do psiquismo dele para que entendendo essas verdades, seja gradativamente liberto daquilo que o faz sofrer.

Conhecendo a verdade, ela pode libertar, mas só se a pessoa praticá-la e ir acabando com as mentiras. Cura é um processo, e no caminho da cura emocional genuína quem a busca e a quer de todo o coração, precisa passar pela tomada de consciência de suas incongruências e incoerências para reconhecer que tem agido assim e decidir acabar com isso.

Muitos permanecem incoerentes e incongruentes por causa de conflitos de interesses, egoísmo, por manter um estilo de vida consumista e por causa de ideologias que ela defende, mas muitas vezes não vive. Isso é extremamente comum no mundo político.

Essa semana, após apresentar palestras em São Luís, no Maranhão, fiz um voo de conexão entre Brasília e Guarulhos. Enquanto aguardava meu voo no aeroporto de Brasília, notei duas figuras fora do padrão brasileiro de vestuário. Ambos eram de pele negra com roupa típica de algum país africano, e chapéu também da região.

O outro, que estava junto dele, era muito alto, usava um chapéu tipo “Indiana Jones” com as abas presas nas laterais, e usava uma roupa externa semelhante a uma capa grande, do ombro aos pés. O vi andando no saguão do aeroporto e ele tinha um porte imponente, talvez com um metro de noventa de altura, com aquela capa em tons de marrom, parecia um super-herói.

Entrei no avião e quando procurei meu assento, vi que iria sentar ao lado do primeiro que citei, que usava a roupa africana e o outro com a capa majestosa sentaria na fileira da frente. Ofereci trocar de lugar para eles ficarem juntos, mas ele não quis. Puxei assunto perguntando se falava inglês, mas eles eram de um país no noroeste africano, onde se falam vários dialetos e um tipo de francês.

Resumindo, o homem alto de capa era ministro de um tipo de “ministério da agricultura e alimentos gerais” do governo daquele país e o que estava ao meu lado era seu assistente. Eles tiveram reuniões com autoridades do governo brasileiro em Brasília para fazerem acordos sobre produtos alimentícios entre estes dois países e agora iriam regressar para sua pátria, com escala em Adis-Abeba, Etiópia.

Na viagem internacional para resolver assuntos político-comerciais no Brasil, quantas pessoas haviam na comitiva do governo daquele país africano? Duas. Só o ministro e seu assistente. E eles estavam usando um voo comercial em vez de gastar uma soma imensa numa viagem com aeronave do governo. Isso é coerência e congruência para com o uso do dinheiro público por quem está no poder dizendo que cuida dos interesses da população.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Carta aberta ao prefeito festeiro

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Caro prefeito, uma cidade feliz não é aquela que só tem festas, ela precisa de ruas com calçamento digno, bem iluminadas, limpas e conservadas além de um trânsito ordeiro com motoristas que respeitem as suas regras. No entanto, uma parcela importante de seus moradores, seus eleitores ou não, precisam bem mais do que estão recebendo. Não vamos falar da saúde, tópico sempre explorado durante as campanhas eleitorais e relegada ao ostracismo tão logo os alcaides e vereadores tomam posse. O hospital Raul Sertã é a amostra viva do atual estado da saúde pública friburguense.

Caro prefeito, uma cidade feliz não é aquela que só tem festas, ela precisa de ruas com calçamento digno, bem iluminadas, limpas e conservadas além de um trânsito ordeiro com motoristas que respeitem as suas regras. No entanto, uma parcela importante de seus moradores, seus eleitores ou não, precisam bem mais do que estão recebendo. Não vamos falar da saúde, tópico sempre explorado durante as campanhas eleitorais e relegada ao ostracismo tão logo os alcaides e vereadores tomam posse. O hospital Raul Sertã é a amostra viva do atual estado da saúde pública friburguense. Jogado às traças, relegado a um segundo plano, nem por sombras lembra um passado recente, de quando se chamava Santo Antônio, da então Santa Casa de Misericórdia de Nova Friburgo. Sua municipalização foi um desastre e, esse, talvez tenha sido o maior erro do então prefeito Paulo Azevedo. A partir daí, desceu ladeira abaixo e representa uma sombra do que já ostentou na saúde do município. Mas nada justifica a maneira como foi tratado por seus antecessores e por você.

No entanto, a cidade precisa de muito mais, principalmente quando é incensada pela imprensa em geral, elogiando as belezas naturais que o município ostenta, sua gastronomia bem estruturada e distribuída e sua história. Aliás, essa, com o envelhecimento de parte da população ligada as suas tradições de origem suíça, tende a ser esquecida. Talvez, você nem saiba que a cidade teve seu início com a chegada dos colonos helvéticos, nos idos de 1819 e 1820, e por muito tempo ostentou a alcunha de Suíça Brasileira devido a seu clima e ao grande número de descendentes suíços que aqui ainda moram. Mas, como uma folha de papel que perde a consistência com o passar dos anos, nossa história fenece a olhos vivos. Basta ver o estado de abandono que se encontra o complexo da Queijaria Escola, outrora motivo de orgulho de Friburgo. Outras cidades como Monte Verde, Campos do Jordão, com clima semelhante ao nosso, mas com uma visão muito mais acurada do que seja uma cidade bem cuidada, estão roubando-nos o título que por tantas décadas nos foi atribuído. Têm consciência de que o atrativo para o turista não é somente suas festas, mas o cuidado e o zelo que a ela é dispensada, pela administração municipal. E, essas festas, têm de ser muito bem pensadas, pois o objetivo é atender os vários segmentos da sociedade.

Nossas ruas são uma sucessão de buracos sem fim, talvez só Cabo Frio nos ultrapasse, pois lá prefeitos e vereadores conseguem ser ainda piores dos que os de cá. Não há um único bairro que não exiba crateras de bom tamanho, ameaçando a integridade de pedestres e automóveis. Aquelas cujo calçamento é de paralelepípedo então, estão num estado deplorável, pois além dos buracos apresentam desníveis importantes.  Na época da campanha eleitoral, para mostrar serviços e angariar votos, você deu um banho de asfalto em algumas ruas, mas bastou ganhar as eleições para tudo se tornar como dantes.

Vou me ater um pouco, no Cônego e Cascatinha, pois com um dos IPTUs mais altos da cidade, deveriam ser olhados com outros olhos. Ainda com muitos terrenos disponíveis têm sido a menina dos olhos dos construtores locais e do governo, pois todos se locupletam dos empreendimentos aos magotes. Sem o mínimo levantamento das necessidades desses bairros, as concessões para novos condomínios não param. Em consequência, o deslocamento tornou-se um problema sério, sendo quase impossível se encontrar vagas para estacionamento, não importa a hora do dia. À noite, então, nem se fala, pois com os muitos restaurantes que tornaram o bairro um importante polo gastronômico, achar uma vaga é como achar uma pepita numa mina abandonada. Não podemos, também, nos esquecer do abastecimento de água desses bairros. Eles estão crescendo e ninguém pensa na construção de um reservatório para as necessidades crescentes do precioso líquido.

No entanto, estacionamento virou um estorvo crônico na cidade, pois muitas vezes os “mautoristas” não têm nenhum escrúpulo e param em fila dupla, seja no centro ou nos bairros. E aqui ocorre outro problema, pois como os empregados da Smomu são funcionários públicos, só trabalham até às 17 horas. A partir daí é um deus nos acuda, sem nenhuma fiscalização.

 Como a sua meta é a deputança, federal ou estadual não importa, nesse quase um ano que falta para as eleições de 2026, que tal se preocupar menos com festas e mais com a cidade, pensando em angariar votos por méritos próprios. Afinal, um deputado eleito, com muitos votos, é sempre bem-visto na câmara.

A população de Friburgo, aquela que paga impostos e é um dos alicerces para a manutenção da máquina administrativa, agradeceria um novo enfoque do nosso alcaide.

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Dados do Censo

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Mais da metade das cidades não tem nenhum trecho de rua para bicicletas

No momento em que se discute projetos de mobilidade nas cidades brasileiras, incluindo Nova Friburgo, dados do Censo mais recente, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta para dados preocupantes. Segundo o estudo, mais da metade dos municípios brasileiros não possui trechos de ruas sinalizados para a circulação de bicicletas São 3.012 municípios sem sinalizações para ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, ou seja, 54,1% do total de municípios do país.

Mais da metade das cidades não tem nenhum trecho de rua para bicicletas

No momento em que se discute projetos de mobilidade nas cidades brasileiras, incluindo Nova Friburgo, dados do Censo mais recente, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta para dados preocupantes. Segundo o estudo, mais da metade dos municípios brasileiros não possui trechos de ruas sinalizados para a circulação de bicicletas São 3.012 municípios sem sinalizações para ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, ou seja, 54,1% do total de municípios do país.

No Brasil, apenas 1,9% da população vive em trechos de ruas sinalizados para bicicletas, percentual que o IBGE considerou baixo, confirmando que a infraestrutura das vias no país ainda é direcionada para veículos automotores.

Santa Catarina (5,2%), Distrito Federal (4,1%), Ceará (3,2%) e Amapá (3,1%) são os estados com maior proporção de moradores em trechos de ruas com sinalização para bicicletas. Por outro lado, Amazonas e Maranhão (0,5%), Tocantins (0,6%), e Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Alagoas (0,9%) são os que apresentam as proporções mais baixas.

As informações são da pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, realizada com base no Censo Demográfico de 2022. O levantamento avalia as condições das vias onde vive a população brasileira. O IBGE analisou 63.104.296 domicílios (66% do total), localizados em setores urbanos ou em setores rurais com características urbanas. Ao todo, foram consideradas as áreas onde moram 174.162.485 brasileiros — o equivalente a 86% da população.

Foram analisadas condições de infraestrutura urbana, como iluminação, pavimentação, transporte, calçadas, acessibilidade e sinalização. O IBGE considerou ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, incluindo temporárias para lazer, no levantamento. Também foi considerada sinalização vertical ou horizontal na pista de rolamento ou em calçadas compartilhadas.

De acordo com o Censo, a sinalização nos trechos de vias para bicicletas é importante em função da segurança, e que boas sinalizações e infraestruturas encorajam mais pessoas a optarem pela bicicleta como meio de transporte, contribuindo para a sustentabilidade e redução de poluição, além de melhorar o tráfego nas vias urbanas.

O levantamento afirma que a proporção de moradores em trechos de vias com sinalização para bicicletas é baixa em todas as categorias de hierarquia urbana, atingindo o maior percentual nas metrópoles (2,8%), caindo gradativamente nos centros locais (0,5%), considerado o menor nível hierárquico.

O Censo 2022 mostra que, dentre as concentrações urbanas, os maiores percentuais de pessoas residindo em trechos de vias sinalizadas para bicicletas estão na Região Sul, liderado pelas cidades de Joinville (11,2%), Jaraguá do Sul (9,8%) e Itajaí - Balneário Camboriú (7,2%), em Santa Catarina. Neste ranking aparecem as capitais Florianópolis (7,1%), Fortaleza (5,5%) e Belém (4,6%).

  • Foto da galeria

    A chamada via compartilhada, quando começou a ser pintada em Nova Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

  • Foto da galeria

    Projeto original da ciclovia em Nova Friburgo previa faixas para ciclistas até mesmo na Alberto Braune (Divulgação / PMNF)

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