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Nova Friburgo domina

sexta-feira, 09 de maio de 2025

Estadual Individual de Pastilha Fefumerj tem botonistas da cidade em destaque

A 2ª Etapa do Campeonato Estadual Individual de Pastilha Fefumerj, realizada em Nova Friburgo, no último dia 27 de abril, parece ter inspirado os botonistas cidade. O torneio foi realizado na sede do Friburguense Atlético Clube, contando com a participação de 25 atletas, representando oito clubes: Fluminense, Friburguense, Vasco, Flamengo, Duque de Caxias, Kamikaze, Grajaú e A.A Light. Os atletas do município foram dominantes em ambos os pódios.

Estadual Individual de Pastilha Fefumerj tem botonistas da cidade em destaque

A 2ª Etapa do Campeonato Estadual Individual de Pastilha Fefumerj, realizada em Nova Friburgo, no último dia 27 de abril, parece ter inspirado os botonistas cidade. O torneio foi realizado na sede do Friburguense Atlético Clube, contando com a participação de 25 atletas, representando oito clubes: Fluminense, Friburguense, Vasco, Flamengo, Duque de Caxias, Kamikaze, Grajaú e A.A Light. Os atletas do município foram dominantes em ambos os pódios.

Nas semifinais da Série Ouro, Vinícius (Friburguense) venceu Sarti (Fluminense) por 10 a 7; e o friburguense Marquinhos, hoje defendendo o Fluminense, empatou com Quartarone (Fluminense), por 4 a 4, com o primeiro se classificando pelo critério de desempate de melhor campanha. Na final, Marquinhos venceu Vinícius por 6 a 5. Na disputa de 3º lugar, Quartarone venceu Sarti por 6 a 4.

Já na final da Série Prata, Bittencourt (Friburguense) deixou o título em casa, após vencer Marcus (Flamengo) por 5 a 4. O Campeonato Estadual Individual de Pastilha Fefumerj de 2025 terá mais duas etapas. Porém, o próximo compromisso da regra é o Interclubes, que será realizado em 19 de julho.

 

Novo formato?

Campeonato Carioca de 2026 pode ter nova fórmula de disputa

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) emitiu uma nota oficial informando que planeja uma reformulação no formato de disputa do Campeonato Carioca de 2026 e 2027. A ideia, segundo informado, é valorizar o calendário ao topo e a base da pirâmide.

Ao longo da semana, surgiram notícias de que o Flamengo havia proposto um modelo de disputa do Carioca 2026 com divisão de dois grupos com seis times cada, onde os quatro melhores avançariam às quartas de final. Entretanto, segundo a nota da Ferj, não houve reunião com os clubes na sede da entidade e a possível reformulação ainda será apresentada no Conselho Arbitral para decisão.

O Campeonato Carioca 2025 terminou com o Flamengo campeão sobre o Fluminense, com 2 a 1 no agregado, em um torneio que teve 15 datas, de 11 de janeiro a 16 de março. A ideia da reformulação é reduzir as datas e aliviar o calendário dos clubes, visto que em 2026 é ano de Copa do Mundo.

A nota diz que “A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro informa que, logo ao fim do Campeonato Carioca Superbet 2025, debruçou-se sobre a realidade do futebol brasileiro e decidiu pela readequação do formato de disputa do Estadual mais charmoso e visto do país.

Desde lá, o presidente Rubens Lopes e membros do Conselho de Administração da Ferj debatem e desenham uma fórmula que proteja e valorize o futebol como um todo: do calendário ao topo e base da pirâmide.

Paralelamente, a Ferj vem conversando com os clubes participantes da Série A para apresentar a proposta. Não houve reunião alguma na sede da entidade para tratar tal tema. Mais à frente, em momento oportuno, será realizado um Conselho Arbitral para decidir o regulamento do Campeonato Carioca de 2026 e 2027".

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    Pódio Série Ouro teve Vinícius, da AFFM, o friburguense Marquinhos, Quartarone e Sarti (Foto: Campito / Divulgação Fefumerj)

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    Na Série Prata, pódio do Frizão, formado por Marcus, Bittencourt, Alex e Paulão, teve dois atletas do Frizão (Foto: Campito / Divulgação Fefumerj)

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A mensagem da dor emocional

quinta-feira, 08 de maio de 2025

“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus estatutos.” (Sal 119:71)

É comum a pessoa que sente um desconforto mental pensar em usar algum medicamento para obter alívio. Claro que sentir dor emocional, seja tristeza, angústia, medo, é desagradável e todos queremos sentir alegria, serenidade, segurança. Querer alívio não é errado. Mas será que o alívio de nossas dores emocionais tem que vir só e principalmente pela ação de medicamentos?

“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus estatutos.” (Sal 119:71)

É comum a pessoa que sente um desconforto mental pensar em usar algum medicamento para obter alívio. Claro que sentir dor emocional, seja tristeza, angústia, medo, é desagradável e todos queremos sentir alegria, serenidade, segurança. Querer alívio não é errado. Mas será que o alívio de nossas dores emocionais tem que vir só e principalmente pela ação de medicamentos?

É muito importante e até libertador passar e pensar que a dor é amiga, não inimiga. A dor indica que algo está errado em nós e que, assim, precisa ser verificado. É como estar dirigindo seu carro e uma luz vermelha acende no painel. Essa luz vermelha que acendeu é algo bom ou ruim? Os dois. É bom porque indica que há um problema a ser consertado talvez a tempo de não prejudicar mais gravemente o veículo. E é ruim porque surgiu um defeito e você tem que parar para consertá-lo.

Então, a dor emocional, ou mesmo a física, é um alarme, uma informação, serve para chamar a atenção, para que possamos parar, refletir sobre o estilo de vida que estamos vivendo e tentar entender onde está o problema, a fim de que o mesmo seja corrigido.

Talvez você precisará de ajuda profissional para entender a causa da sua dor emocional. Mas se já sabe e o sofrimento ainda existe, então o que está faltando pode ser uma atitude em favor de sua saúde emocional e relacional. Tome uma decisão de fazer aquilo que você já entendeu que precisa fazer para melhorar, mesmo sentindo alguma insegurança ou meio fraco para fazer a coisa. Vá com calma, mas vá.

Mudar a forma de pensar é muito importante para corrigir muitos tipos de dores emocionais que existem justamente porque a pessoa pode possuir crenças psicológicas doentias, pensamentos com conteúdos ruins. Então, se ela insiste em pensar negativo, o sofrimento persiste. Mudar os pensamentos é mais importante do que acreditamos. E é possível escolher pensar diferente, mais saudavelmente, independentemente dos seus sentimentos.

Os sentimentos são também importantes para nossa saúde ou doença mental. Mas eles em geral dependem da qualidade de nossos pensamentos. Escolha pensamentos saudáveis, de perdão, de misericórdia, de gratidão, de elogios sinceros aos outros, de incentivo, paciência, inclusive para com você mesmo, pois isso influi no que você sente.

Muitos sofrimentos emocionais têm mais que ver com as pessoas atacarem a si mesmas se depreciando, se menosprezando, do que devido a problemas com os outros. O mais importante para resolver sua dor emocional não é o que as pessoas fazem ou fizeram com você, mas o que você faz com o que elas fizeram ou estão ainda fazendo.

Então, aprenda a olhar sua dor emocional, que pode ser tristeza, irritação, ansiedade, medos exagerados, excessiva timidez, vergonha, como um sinal de que algo precisa ser mudado na sua maneira de ser como pessoa. A dor está aí lhe dizendo: “Vamos dar uma parada na vida para melhorar seu jeito de pensar, de sentir, de agir?”

_______

Cesar Vasconcellos de Souza

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Taça na conta

quinta-feira, 08 de maio de 2025

Friburgo Sporting fatura o Campeonato Intermunicipal Sub-17

Um bicampeonato com sabor especial. O Friburgo Sporting se consagrou campeão do Campeonato Intermunicipal Sub-17 de Bom Jardim, pela segunda vez consecutiva, após uma decisão emocionante. A taça foi garantida após uma vitória nos pênaltis sobre o Brasil de Talentos, durante a grande final, realizada no último sábado, 3, no campo do São Miguel, em Bom Jardim.

Friburgo Sporting fatura o Campeonato Intermunicipal Sub-17

Um bicampeonato com sabor especial. O Friburgo Sporting se consagrou campeão do Campeonato Intermunicipal Sub-17 de Bom Jardim, pela segunda vez consecutiva, após uma decisão emocionante. A taça foi garantida após uma vitória nos pênaltis sobre o Brasil de Talentos, durante a grande final, realizada no último sábado, 3, no campo do São Miguel, em Bom Jardim.

A competição, organizada pela Liga Bomjardinense de Desportos, sob a presidência de Andrey Silva, em parceria com a Secretaria de Esporte de Bom Jardim, contou com a participação de quatro equipes: Friburgo Sporting, Bom Jardim, Brasil de Talentos e Bola Cheia.

Na semifinal, o Friburgo Sporting enfrentou os donos da casa, em mais um jogo eletrizante. Após empate por 2 a 2 no tempo regulamentar, a vaga foi decidida nas penalidades. Foi então que brilhou o goleiro Lucas Couto, que defendeu duas cobranças e garantiu a vitória por 3 a 2, classificando o time à final. Na outra semifinal, o Brasil de Talentos não encontrou dificuldades diante do Bola Cheia e venceu com autoridade, pelo placar de 4 a 0, avançando à decisão.

A grande final foi digna do equilíbrio observado entre os participantes do torneio. No primeiro tempo, o Friburgo Sporting dominou as ações, criou diversas oportunidades, mas não conseguiu balançar as redes. Na etapa final, o Brasil de Talentos saiu na frente com belo gol, mas o Friburgo reagiu rapidamente e empatou com Pedro Sardou.

Com o empate em 1 a 1, a decisão foi novamente para os pênaltis — e mais uma vez Lucas Couto foi decisivo. O goleiro defendeu uma das cobranças e ajudou a equipe a vencer por 4 a 3, garantindo o bicampeonato do torneio (2024 e 2025).

“A conquista reforça o bom momento da base do Friburgo Sporting, que demonstra consistência, talento e espírito competitivo, com destaque para a estrela em ascensão de Lucas Couto, já reconhecido como especialista em decisões por pênaltis”, avalia a direção da equipe.

 

Nova vitória

Frizão Sub-17 vence mais uma no Estadual da Série A2

Os meninos estão representando bem o Friburguense, com boas atuações e vitórias no Campeonato Carioca da Série A2. Em casa, diante do São Cristóvão, o Sub-17 tricolor venceu jogo movimentado, pelo placar de 3 a 2, fazendo a festa dos torcedores presentes ao estádio Eduardo Guinle. Já a equipe Sub-15 não teve a mesma sorte, e acabou derrotada por 2 a 0.

No próximo domingo, 11 de maio, os meninos da base do Friburguense voltam a pegar a estrada para enfrentar o Resende. As partidas, no estádio do Trabalhador, acontecem às 13h e 15h.

O grupo A da Série A2 conta com as equipes do Petrópolis, São Gonçalo, Pérolas Negras, Resende, Audax Rio, Cabofriense, São Cristóvão, Rio de Janeiro, 7 de Abril, Bonsucesso, Artsul e Nova Cidade. O Friburguense está na chave B, com Araruama, Duque de Caxias, América, Americano, Olaria, Campo Grande, Serra Macaense, Paduano, Barra Mansa e Niteroiense.

As equipes de um grupo enfrentam as do outro grupo, mas com a pontuação, dentro da própria chave, avançando os quatro primeiros colocados de cada lado. Dos clubes da Série B1, apenas Serrano, que é o atual campeão no Sub-15, e Carapebus não disputam. Nas divisões de base, clubes da segunda (A2), terceira (B1) e quarta (B2) divisões atuam juntos. O América é o atual campeão no Sub-17.

 

A sequência do Friburguense

11/mai – Dom: Resende x Friburguense, Trabalhador

18/mai - Dom: Friburguense x Rio de Janeiro, Eduardo Guinle

25/mai – Dom: Negras x Friburguense, a definir

 01/jun – Dom: Friburguense x 7 de Abril, Eduardo Guinle

08/jun – Dom: São Gonçalo x Friburguense, a definir

15/jun – Dom: Friburguense x Bonsucesso, Eduardo Guinle

22/jun – Dom: Petrópolis x Friburguense, a definir

29/jun – Dom: Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

06/jul – Dom: Nova Cidade x Friburguense, Joaquim A. Flores

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    Friburgo Sporting fatura o Intermunicipal pelo segundo ano consecutivo (Foto: Gustavo Rocha)

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    Categoria sub-17 tem revelado bons talentos recentemente em Nova Friburgo (Foto: Gustavo Rocha)

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    Título contou com o brilho do goleiro Lucas, com duas vitórias alcançadas nas penalidades (Foto: Gustavo Rocha)

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Estacionamento rotativo sob suspeita: TCE-RJ suspende licitação

quinta-feira, 08 de maio de 2025

Você já pagou para estacionar na rua e se perguntou para onde vai esse dinheiro? Em Nova Friburgo, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) se fez essa pergunta — e foi além: investigou, analisou documentos e apontou indícios de irregularidades na licitação entre a prefeitura e as empresas candidatas pelo estacionamento rotativo da cidade.

Você já pagou para estacionar na rua e se perguntou para onde vai esse dinheiro? Em Nova Friburgo, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) se fez essa pergunta — e foi além: investigou, analisou documentos e apontou indícios de irregularidades na licitação entre a prefeitura e as empresas candidatas pelo estacionamento rotativo da cidade.

Em denúncia realizada pelo vereador Maicon Gonçalves (Mobiliza), através de decisão monocrática nos autos do processo de 214.876-9/2025, o TCE-RJ suspendeu os efeitos do certame e apontou indícios de irregularidades no processo licitatório apontados pelo vereador em sua petição inicial.

Denúncia

A denúncia apresentada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) levanta sérias suspeitas sobre o processo que visa implantar novo sistema de estacionamento rotativo em Nova Friburgo. Uma das críticas é que a população não foi devidamente informada nem convidada a participar das audiências públicas, o que fere a Constituição e a lei que garante os direitos dos usuários de serviços públicos.

Outro ponto grave é que, segundo a denúncia, a Prefeitura não apresentou nenhum estudo técnico para justificar a escolha do modelo adotado, que loca equipamentos por valores altos. Não houve comparação entre alugar ou comprar os equipamentos, nem análise de alternativas mais vantajosas, como uma concessão que dividisse a arrecadação com o município, o que vai contra o princípio da boa gestão do dinheiro público.

A acusação também destaca que o projeto não está alinhado com o Plano de Mobilidade Urbana, exigido por lei federal. Isso significa que o estacionamento rotativo poderia vir a ser implantado sem considerar o impacto no trânsito e no transporte da cidade, comprometendo sua utilidade e legalidade.

Além disso, a denúncia afirma que a forma como o dinheiro arrecadado será usado não está clara. Pela Lei Orgânica do Município, esse recurso deveria ir para o Fundo Municipal de Mobilidade Urbana, mas isso não aparece no edital da licitação — o que pode abrir brechas para uso indevido da verba.

Faltou também, de acordo com a denúncia, uma avaliação sobre os efeitos sociais e econômicos do projeto. Não se sabe, por exemplo, como o sistema afeta os moradores sem garagem, o comércio local ou as pessoas em situação de vulnerabilidade. Sem esses dados, é impossível saber se a medida realmente atende ao interesse público.

A denúncia aponta ainda a ausência de regras sobre gratuidade ou reserva de vagas para idosos, pessoas com deficiência e veículos de saúde. Isso fere diretamente leis que garantem esses direitos, como o Código de Trânsito, o Estatuto do Idoso e a Lei Brasileira de Inclusão.

Por fim, o texto alerta que o modelo adotado permite que empresas privadas apliquem multas e autuações, o que é uma função exclusiva do poder público. Se confirmado, isso representa uma grave irregularidade, pois o Estado não pode transferir esse tipo de autoridade para particulares.

Licitação impedida

Com a decisão, a Prefeitura de Nova Friburgo fica provisoriamente impedida de dar continuidade a licitação atual e deverá refazer os estudos técnicos necessários. O TCE determinou, ainda, que o município apresente esclarecimentos e adote providências para corrigir as falhas apontadas.

Para os cidadãos, a decisão pode parecer apenas mais uma briga burocrática. Mas os efeitos são diretos. A falta de controle e fiscalização sobre a cobrança de vagas significaria um eventual risco de desvio de recursos, gastos superfaturados de dinheiro público, aumento indevido de tarifas, impostos e multas num serviço caro e ineficiente.

Outro efeito relevante da decisão é o impacto na política urbana da cidade. O estacionamento rotativo não serve apenas para arrecadar: ele deve garantir o uso racional do espaço público, rotatividade nas vagas e incentivo ao transporte coletivo. Quando o contrato é feito sem planejamento e nas pressas, todos esses objetivos se perdem — e quem paga a conta é o cidadão.

É importante lembrar que a decisão é preventiva e cautelar. Ou seja, ela visa interromper um processo que poderia causar danos maiores, até que os fatos sejam totalmente apurados. O conselheiro do TCE-RJ agiu com base em indícios consistentes, mas os envolvidos ainda têm o direito de apresentar defesa e esclarecer os pontos levantados.

O TCE-RJ também enviou o caso ao Ministério Público e à Secretaria-Geral de Controle Externo. Tal medida pode permitir o controle maior da licitação, gerar investigações e até uma suspensão definitiva da licitação dos estacionamentos rotativos na cidade de Nova Friburgo.

Enquanto isso, a população deve acompanhar o desdobramento do caso com atenção. O estacionamento rotativo é um serviço público, e não uma concessão privada irrestrita. Todo valor pago pelo cidadão precisa ser justificado com retorno à coletividade: ruas mais organizadas, acesso ao comércio, segurança e manutenção de vias.

A decisão do TCE-RJ em relação a Nova Friburgo serve de alerta para outras cidades. Contratos públicos devem seguir princípios de legalidade, eficiência e transparência. E quando isso não acontece, é papel dos órgãos de controle agir com firmeza para proteger o interesse coletivo e garantir o uso correto do dinheiro público.

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Antes foi a Petrobrás, agora são os Correios e o INSS

quarta-feira, 07 de maio de 2025

O governo do PT não se emenda nem aprende a lição. A partir de março de 2014, em pleno governo Dilma Rousself, do PT, foi deflagrada no Brasil a operação Lava Jato. Foi a maior operação sobre corrupção já realizada no Brasil e o que começou com as apurações sobre uma rede de doleiros em diversos estados acabou revelando um vasto esquema de maus feitos que causou um prejuízo bilionário para a Petrobras. A estatal estimou as perdas em R$ 6,2 bilhões.

O governo do PT não se emenda nem aprende a lição. A partir de março de 2014, em pleno governo Dilma Rousself, do PT, foi deflagrada no Brasil a operação Lava Jato. Foi a maior operação sobre corrupção já realizada no Brasil e o que começou com as apurações sobre uma rede de doleiros em diversos estados acabou revelando um vasto esquema de maus feitos que causou um prejuízo bilionário para a Petrobras. A estatal estimou as perdas em R$ 6,2 bilhões. Já o Tribunal de Contas da União (TCU) fala em um prejuízo de R$ 29 bilhões desde 2002. No caso específico da estatal brasileira do petróleo, o principal envolvido era Paulo Roberto Costa, engenheiro e ex-diretor de abastecimento da empresa. De uma candura exemplar, tinha a bagatela de R$ 23 milhões em contas bancárias, na Suíça.

Não podemos nos esquecer jamais que os Correios quase quebraram nos governos do PT, seus funcionários são descontados até hoje dos desvios do dinheiro do Postalis (Plano de previdência complementar dos Correios), estava em recuperação no governo Bolsonaro. Bastou Luís Inácio voltar à presidência da República para que a coisa desandasse outra vez. Conforme publicado pelo G1: “Os Correios são uma das principais razões para o aumento do déficit das estatais em 2024. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), a estatal registrou um rombo de R$ 3,2 bilhões no ano passado”.

A bola da vez na longa lista de corrupção do PT é o INSS, aliás uma mãe em falcatruas, basta relembrarmos o affaire Jorgina. O envolvido atual é Alessandro Stefanutto, implicado no desvio de R$ 6,3 bilhões de benefícios e aposentadorias, de forma indevida, de segurados do instituto. De acordo com o divulgado pelo Jornal da Record, no último sábado, 3, a maioria é composta de trabalhadores agrícolas do nordeste, semianalfabetos e de regiões de acesso difícil às agências do INSS. Poucos sabem, mas esse senhor foi expulso da Escola Naval, na década de 1980, por apropriação indevida da arrecadação do dinheiro coletado pelos seus colegas, para custear as despesas da formatura. Aproveitava, também, para roubar pertences dos demais alunos, em vestiários e alojamentos.

Alessandro Stefanutto, que foi demitido do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é filiado ao PDT e foi indicado, em julho de 2023, para a chefia da autarquia previdenciária pelo aliado e ex-ministro Carlos Lupi (Previdência Social). Dizem as más línguas que muita água ainda vai rolar nessa investigação e mais cabeças coroadas rolarão.

Pelo menos a Jorgina de Freitas, já falecida, foi com menos sede ao pote e desviou R$ 2 bilhões, da verba dos aposentados. Aliás, é por essas e outras que de tempos em tempos o governo é obrigado a fazer ajustes no organograma das aposentadorias, como a última reforma no governo Bolsonaro. Na realidade, quem paga a conta é aquele que trabalhou a vida inteira, de sol a sol, e no final tem dificuldades em vivenciar com dignidade a sua aposentadoria. Já se cogita de novas alterações no cálculo dessas aposentadorias, pois o rombo previdenciário não cessa de aumentar.

Melancolicamente, a Operação Lava Jato foi completamente desmantelada, sendo hoje uma manobra fracassada de se tentar moralizar um país que adotou, desde a sua descoberta pelos portugueses, o caminho errado na condução de sua caminhada. A meu ver, a corrupção está entranhada no Brasil e não importa se ricos, pobres ou remediados, a maioria de sua população já a praticou. Não se trata de grandes ou pequenos delitos, pois o fim é sempre o mesmo, agir de maneira sub-reptícia com a intenção de tirar algum proveito.

Pobre Brasil, um país tão rico em belezas e recursos naturais que poderiam tê-lo inscrito no rol das nações mais abastadas do mundo. No entanto, patina na incompetência e má fé de seus dirigentes e responsáveis e no seu próprio povo. Como diz o ditado popular a corrupção é a soma de corruptos e corrompidos e é por isso que seremos sempre o país de um futuro que nunca vai chegar. chegar.  

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Oportunidade

quarta-feira, 07 de maio de 2025

Com seletivas no interior, estão abertas as inscrições para as Paralimpíadas Escolares 2025

Com seletivas no interior, estão abertas as inscrições para as Paralimpíadas Escolares 2025

Estão abertas as inscrições para as Paralimpíadas Escolares 2025, a maior competição estudantil paralímpica do estado. A novidade deste ano é histórica: pela primeira vez, as etapas seletivas acontecerão também no interior do Rio de Janeiro, ampliando a participação de jovens talentos de todas as regiões fluminenses. O evento é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro (Suderj), que também será responsável por toda a logística dos atletas na competição nacional, marcada para novembro em São Paulo.

“As Paralimpíadas Escolares são um símbolo de superação, inclusão e cidadania. E neste ano damos um passo ainda maior ao levar as seletivas para o interior, garantindo que jovens de diferentes localidades do estado tenham a mesma chance de representar o Rio de Janeiro. É assim que fazemos política pública de verdade: com igualdade de acesso e valorização da diversidade”, destacou o governador Cláudio Castro.

Estudantes com deficiência, de escolas públicas ou privadas, entre 11 e 17 anos, podem se inscrever enviando e-mail para suderj@suderj.rj.gov.br. A competição, que abriu suas inscrições na última semana, contará com 14 modalidades paralímpicas: atletismo, natação, vôlei sentado, futebol PC, judô, badminton, tênis de mesa, bocha, tênis em cadeira de rodas, halterofilismo, futebol de cegos, basquete 3x3, goalball e taekwondo.

As etapas classificatórias acontecerão em três municípios: Iguaba Grande (17/05), Paraíba do Sul (28/06) e Rio de Janeiro – (05/07).  Na capital fluminense, as modalidades disponíveis são Bocha, Natação, Atletismo e Tênis de Mesa. Enquanto nos demais municípios, as opções serão de acordo com a demanda. Os interessados podem se inscrever até 15 dias antes da data de cada de cada etapa classificatória.

O suporte aos atletas será custeado pelo Governo do Estado, por meio da Suderj, que fornecerá transporte, hospedagem, alimentação, uniformes e auxílio técnico aos participantes. Os atletas selecionados vão compor a delegação que representará o estado na fase nacional, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

“Este ano, além de oferecer uma estrutura completa, damos um passo inédito ao interiorizar as seletivas. Essa descentralização garante mais acesso, mais inclusão e mais oportunidades. Ter a delegação do Rio de Janeiro participando de mais uma Paralimpíada Escolar e com o apoio cada vez maior do governo, me faz ter certeza de que o nosso Estado vai se fortalecer como um verdadeiro celeiro de campeões paralímpicos”, destacou Marcos Santos, presidente da Suderj.

 

Sem Frizão

Ferj define tabela da Copa Rio 2025; Friburguense não está classificado

Competição que proporciona vagas na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro e distribuição de R$ 500 mil em premiação, a Copa Rio 2025 já tem o caminho definido para os 24 participantes. O Friburguense não conseguiu a classificação para a edição deste ano, por ter ficado de fora das semifinais da Série B1 do Campeonato Carioca em 2024. Desta forma, não há chances de o Tricolor da Serra retornar ao cenário do futebol nacional no próximo ano.

De acordo com o sorteio realizado no auditório da sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, o Maricá, campeão da edição de 2024, estreará na segunda fase contra o vencedor de Petrópolis x Artsul. Prevista para iniciar no dia 25 de junho, a Copa Rio conta com oito clubes da Série A2, quatro da Série B1 e quatro da Série B2 na disputa da primeira em sistema eliminatório (mata-mata). Na segunda fase, oito participantes da Série A esperam os vencedores dos confrontos.

Irão se enfrentar, nesta primeira fase, Petrópolis x Artsul, Niteroiense x América (o Audax Rio aguarda o vencedor), Paduano x Cabofriense (o vencedor pega o Boavista), São Gonçalo x Olaria (o Nova Iguaçu aguarda o ganhador), Bonsucesso x Araruama (o vitorioso pega o Sampaio Corrêa), Carapebus x Duque de Caxias (o Madureira aguarda), Campo Grande x Americano (quem passar encara o Bangu) e Pérolas Negras x Resende (o classificado medirá forças com a Portuguesa).

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    Seletiva no interior é uma das novidades das Paralimpíadas Escolares 2025 (Divulgação Vinicius Gastin)

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    Em 2024, Frizão participou da Copa Rio e acabou eliminado no primeiro confronto, com o América (Divulgação Vinicius Gastin)

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Crônicas antigas

quarta-feira, 07 de maio de 2025

Não duvido que, depois que a tiver lido, alguém comente: “Não melhorou nada até hoje”

Não duvido que, depois que a tiver lido, alguém comente: “Não melhorou nada até hoje”

Alguém me perguntou qual foi a minha primeira crônica publicada, a porta de entrada para as mais de 900 que já tive a ousadia de estampar em jornal, desde aquele longínquo 15 de outubro de 1977. Até me lembrei dela, mas logo me veio a ideia de que não fui eu que a publiquei, o autor era outro. Não que eu a tenha roubado; falando sinceramente, não sou dado a roubar coisa nenhuma. Podem investigar. Acontece que eu era outro, mais jovem, mais analfabeto e menos experiente dos tropeços e avanços que todos nós vamos dando, vida afora. E tanto eu não era o eu que está escrevendo agora, nesta manhã de abril, fria e chuvosa, que hoje eu não publicaria nada daquela época (mas vou publicar, como se verá mais adiante).

De repente, alguém da casa vem me informar que o Papa Francisco morreu durante a madrugada. Os dedos ficam imóveis sobre o teclado, porque a notícia é triste. Depois do grande intelectual e teólogo que foi Joseph Ratzinger, Deus (para os católicos), ou o acaso (para os múltiplos não católicos) mandou Jorge Mario Bergoglio, um homem simples, com cara de vizinho antigo, ou de dono da quitanda do bairro. Já está no céu, onde continua torcendo pelo San Lourenço e dizendo que Pelé era melhor do que Maradona. Talvez não diga em voz alta, porque pode ser que no céu exista outro argentino.

Também é Dia de Tiradentes, “aquele herói enlouquecido de esperança”, na definição de Tancredo Neves.  Talvez tenha muito de mito, mais Joaquim José e menos Tiradentes. No entanto, é um mito do bem, tão diferente dos que atualmente vemos por aí. Sabe-se o quanto ele se sacrificou pelo que acreditava e do que se sabe conclui-se que, como diz o samba do Império Serrano, “Foi traído e não traiu jamais / A inconfidência de Minas Gerais”.

E a primeira crônica? Não, essa não. Destoa muito do que escrevo atualmente. Talvez a terceira, que saiu no Correio Friburguense em 5/11/77, seja um pouco menos ruim. Além disso, essa foi a primeira que escrevi especificamente para o jornal. Não duvido que, depois que a tiver lido, alguém comente: “Não melhorou nada até hoje”. Não vou levar a mal. E, para que isso não me desanime de continuar escrevendo, atribuirei comentário tão negativo a esta fria e chuvosa manhã de abril, pois ela há de ter deixado o leitor aborrecido com a vida e com toda a raça de cronistas.

Quanto à crônica... bem, vai ter que ficar para a próxima quinzena. Gastei o espaço que tinha só na introdução (isso é que é ser conciso!). Vou deixar os leitores e as leitoras roendo unha de tanta ansiedade! Mas, como não confio na memória de vocês, recomendo que anotem a data num papelzinho: 21.05.25.  Aqui estarei, esperando, e ficarei muito decepcionado se vocês não aparecerem.

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A VOZ DA SERRA, jornalismo de excelência, abrangente e confiável

terça-feira, 06 de maio de 2025

Quando se fala em Marechal Rondon, muitas vezes, nem levamos em conta o ano em que ele nasceu – 1865. Parece-nos alguém dos tempos atuais, tamanho o seu envolvimento em causas sociais e inovadoras para a sua época.

Quando se fala em Marechal Rondon, muitas vezes, nem levamos em conta o ano em que ele nasceu – 1865. Parece-nos alguém dos tempos atuais, tamanho o seu envolvimento em causas sociais e inovadoras para a sua época.

O Caderno Z, festejando o Dia Nacional da Comunicação, 5 de maio, relembra a história de Rondon, abrindo um leque de informações sobre sua vida. Além das lutas em defesa dos indígenas, ele foi responsável pela criação de linhas telegráficas, integrando regiões do Centro-Oeste e Norte ao Sudeste do Brasil.   Coisa alguma na história da Comunicação aconteceu da noite para o dia, na instantaneidade com que acontecem hoje e “só na primeira metade do século 20, centrais telefônicas foram instaladas em todo o país”.

Lembro-me do tempo em que meu irmão foi viver em São Paulo, em meados da década de 70, e se quiséssemos fazer uma ligação por telefone era preciso ir ao balcão da companhia telefônica e solicitar o serviço. No início dos anos 80, era tão valioso empreendimento que muita gente vendia imóveis para a aquisição de linhas. Quando surgiram o DDD e o DDI, então, foi uma glória. Era possível falar, de casa, com o mundo. E as conquistas vinham rodando, até que os computadores tomaram os espaços das escrivaninhas. Existia até conjunto de capas de plástico para proteger a aparelhagem da poeira. O disquete que armazenava imagens, textos, em torno de 144 mil palavras. E o e-mail, gente, que coisa mágica. O pendrive, a nuvem, as conversas simultâneas, as videochamadas... Tudo chegando sem a menor cerimônia e tanto que se clicamos em algum programa e não abrir, no ato, nossa pressa reclama: “A internet está lenta!”. 

E chegamos no tempo da Inteligência Artificial. Há indicadores de que a IA começou “sua jornada nos anos 1950”, com Alan Turning propondo “máquinas capazes de simular a inteligência humana”. Nós já estamos vivendo com essas inteligências há muito tempo. Em 2025, por exemplo, “espera-se que esses dispositivos não apenas coletem dados, mas interpretem e ajam com base nas informações que recebem em tempo real, trazendo mais inteligência e eficiência  para sistemas conectados”.

No emaranhado das tecnologias, uma questão foi levantada: “Jornalismo lidera arrependimento nos EUA. E no Brasil?” – Entre os dois países, as diferenças e divergências são bem acentuadas e o que pode não ser bom para eles, para nós é fundamental. Como graduação acadêmica, o jornalismo precisa ser considerado na maior relevância, porque é no curso que se abre o leque de conhecimentos que levará os profissionais a discernirem sobre fato, notícia e credibilidade. Antes de tudo, é uma graduação para a formação de uma personalidade consciente de seus deveres, pautada na ética, na imparcialidade, na apuração aprofundada e na publicação transparente dos acontecimentos. Ninguém se arrependa do investimento, porque Jornalismo é lição de vida.

Quanto aos modos de trabalho, os tempos modernos exigem um malabarismo exorbitante para compartilhar respeito, confiança e instantaneidade. Precisamos do jornalismo, sim, para manter nossa mente aberta e formatar o nosso pensamento crítico para que jamais se creia nas inverdades e na tendenciosidade das falsas mídias.

É nessa visão de responsabilidade que abrimos o Jornal A VOZ DA SERRA e temos, perante o seu profissionalismo, motivos de sobra para afirmar que o jornalismo é fonte de saberes, não só noticioso, mas de conhecimentos abrangentes de cultura, arte, saúde, lazer e o que mais contribua para o desenvolvimento das essências humanas. Ufa!

Em “Sociais”, um afetuoso abraço para Maria Nilce, aniversariando nesta terça, 06 de maio. Que linda friburguense que eu considero a poesia em forma de mulher. Adoro vê-la com seu charme, esbanjando o sol do seu carisma. Parabéns!

Falando em ruas, a Praça Getúlio Vargas “ganhará novo paisagismo”. O projeto inclui “preservação histórica do patrimônio tombado”. Aguardemos. E a bomba do momento é uma pergunta: “Onde está o canhão do CNF? Quem souber, com precisão, que responda!

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A mãe de Chapeuzinho Vermelho

terça-feira, 06 de maio de 2025

Hoje, pensando no que ia escrever às vésperas do Dia das Mães, um dia divino em que se comemora a vida, o começo e a transformação, me deparei com a mãe da Chapeuzinho Vermelho, personagem silenciosa, de quem pouco se sabe e se conhece na literatura, mas que guarda um significado profundo.

Hoje, pensando no que ia escrever às vésperas do Dia das Mães, um dia divino em que se comemora a vida, o começo e a transformação, me deparei com a mãe da Chapeuzinho Vermelho, personagem silenciosa, de quem pouco se sabe e se conhece na literatura, mas que guarda um significado profundo.

Uma personagem que ocupa o lugar entre duas gerações que dependem de atenções e cuidados. A sua invisibilidade na história representa as funções especiais que a mulher ocupa em relação aos filhos e aos pais, no sentido de acompanhá-los e encaminhá-los. Quanto aos filhos tem a responsabilidade de permitir que eles transcendam da posição de dependência para a de produtividade e independência, capazes de construir a própria vida, bem como participar da construção das de outras. Quanto aos pais, tem a função de apoiá-los nos processos de envelhecimento de modo a oferecer-lhes presença, alegrias e assistência. Se bem que, hoje, os avós dão um suporte significativo aos filhos e netos.

 É uma mulher que trilha os caminhos do meio e, para tal, precisa se adaptar às transformações que seus filhos e pais vivem, ocupando posições cheias de desafios que são absorvidos através da experiência existencial deles. Tanto a infância e a adolescência, como a velhice, correspondem a épocas de vida em que a criança, o adolescente e o velho sofrem mudanças intensas, diárias, que requerem assistência de quem ocupa a geração do meio. Sim, assistir no sentido de estar atento aos acontecimentos, ter prontidão para socorrer quando necessário e trocar afetividade. É ter uma postura efetivamente amorosa. Talvez seja o momento da vida em que a mulher, ao lidar com lados opostos, exigentes e contrastantes, vivencia diversas faces do amor, como acompanhá-los ao pediatra e geriatra, administrar medicamentos, colocar as velas nos bolos de aniversário e escolher fraldas mais confortáveis.

A mãe da geração do meio tem um olhar que gira trezentos e sessenta graus diversas vezes por dia, tendo pouco tempo para se ver. Está mais com seus pais e filhos do que consigo. Está entre o revolucionário e o conservador, interagindo com culturas distintas que trazem princípios muitas vezes diferentes dos que construiu ao longo da sua vida, tendo que transitar com desenvoltura em contextos familiares e sociais com características próprias. Como seu mundo se mistura com o dos pais e dos filhos, é a fase da vida em que a mulher experimenta profundo compartilhamento. É como se vivesse num caleidoscópio, a cada movimento tudo se configura de forma diferente.

Além de tudo, é uma pessoa humana, que possui imperfeições. É aí que reside a grande sabedoria de ser mãe e ser filha: estar pronta para aprender com os próprios erros, de saber olhar e lidar com o diferente, de gostar do outro tanto quanto gosta de si mesma.

A mãe da Chapeuzinho Vermelho tem o trunfo de possuir uma visão mais amadurecida da vida diante do filho e o vigor da juventude diante dos pais. Mas ela não é, nem pode ser, um cabide de sustentação ante as fragilidades dos pais e dos filhos, até porque ela tem as próprias. Mas a partir das suas possibilidades é uma pessoa que aprende dia a dia a acolher; a dizer o sim e o não; a chorar junto; a compartilhar o riso; a experimentar o nascimento e a morte; a ser gestada e a parir. A dar as mãos.

A partir da invisibilidade da mãe da Chapeuzinho Vermelho, entrego um cesto carregado de queijos e beijos a todas as mulheres que escolheram ser mães.

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Eternos

terça-feira, 06 de maio de 2025

Marquinhos Galhardo e Bernardo Ribeiro ganham homenagem especial da torcida do Frizão

Dois jogadores nascidos em Nova Friburgo, com carreira de sucesso no Friburguense e diversos outros clubes, foram homenageados e eternizados pela torcida tricolor. Bernardo Ribeiro e Marquinhos Galhardo ganharam bandeiras próprias confeccionadas pela Rasta Tricolor, um dos mais tradicionais movimentos de torcedores organizados do Frizão. As novidades foram apresentadas durante a estreia do clube no Estadual das categorias sub-15 e sub17, no último dia 20 de abril.

Marquinhos Galhardo e Bernardo Ribeiro ganham homenagem especial da torcida do Frizão

Dois jogadores nascidos em Nova Friburgo, com carreira de sucesso no Friburguense e diversos outros clubes, foram homenageados e eternizados pela torcida tricolor. Bernardo Ribeiro e Marquinhos Galhardo ganharam bandeiras próprias confeccionadas pela Rasta Tricolor, um dos mais tradicionais movimentos de torcedores organizados do Frizão. As novidades foram apresentadas durante a estreia do clube no Estadual das categorias sub-15 e sub17, no último dia 20 de abril.

“Gostaríamos de agradecer ao nosso amigo Misael Souza que nos proporcionou a oportunidade de poder realizar essa homenagem, e ao nosso amigo Rafael Galhardo, por abraçar a nossa ideia e nos ajudar a realizar essa pequena homenagem. Nunca nos esqueceremos de vocês. O início da nossa torcida se deve muito a vocês, que abraçaram muito nossa torcida na época quando surgimos. Vocês são ídolos eternizados”, resume a direção da torcida, em postagem na rede social.

A homenagem também foi apreciada, curtida e celebrada por amigos e familiares dos jogadores, falecidos nos anos de 2013 e 2016. “Parabéns a essa torcida tão linda. Muito obrigado por essa linda homenagem ao meu amado filho Marquinho, que amava esse clube e essa torcida. Saudade eterna do meu filho, e que Deus abençoe vocês a cada dia. Meu muito obrigada pelo carinho e por essa homenagem tão linda”, escreveu Zizi Galhardo, mãe de Marquinhos.

“Parabéns e muito obrigado pela homenagem com o meu irmão. Uma história que ninguém apaga”, resumiu o irmão Rafael Galhardo, também atleta profissional de futebol, com passagens por Flamengo, Vasco, Santos, Grêmio, Bahia, dentre outros clubes.

“Obrigada pela linda homenagem para o meu irmão Bernardo. Para sempre lembrado”, comentou Najila Salim, irmã de Bernardo.

Marquinhos Galhardo morreu após sofrer acidente de carro na BR-356 no ano de 2013, na altura de Retiro do Muriaé, distrito de Itaperuna, cidade do norte do Rio de Janeiro. O jogador tinha 22 anos e saiu de Nova Friburgo com destino a Tombos (MG), onde morava. Marquinhos passava o fim de semana de folga com o irmão Rafael e o restante dos familiares em Santos, litoral paulista. O jogador nasceu e foi criado em Nova Friburgo e foi revelado nas categorias de base da equipe, tendo se destacado nos últimos anos, antes de ser emprestado para a Tombense.

Já Bernardo Ribeiro defendia o Friburguense quando morreu, em 2016, durante uma partida de futebol amador na cidade de Recreio, na Zona da Mata de Minas Gerais. O jogador de 26 anos, que havia disputado o Campeonato Carioca daquele ano pelo Frizão, sofreu um mal súbito dentro de campo, chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu. No Estadual jogou nove partidas, na campanha que culminou com o rebaixamento da equipe de Nova Friburgo para a Série B.

O jogador foi formado nas categorias de base do Flamengo e fez parte da geração de Renato Augusto, Erick Flores e companhia. Antes de se profissionalizar, se transferiu para a Albânia e fez toda sua carreira fora do Brasil. Bernardo atuou, também, na Itália, Finlândia e Austrália antes de retornar ao Brasil para defender o Inter de Lages.

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    Bernardo atuou pelo Friburguense em uma das últimas participações do clube na elite Estadual (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Marquinhos teve boa passagem pelo Frizão, e assim como Bernardo, foi eternizado pela torcida (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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