Nova Friburgo é um dos principais produtores de flores ornamentais do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. A produção de flores de corte em nossa cidade começou na segunda metade do século passado e em 2023, tínhamos cerca de 3.500 produtores rurais e uma produção anual de cerca de 100 mil toneladas de flores e plantas ornamentais. Essa produção é resultado da modernização das técnicas de cultivo, da diversificação da produção e da oferta de crédito.
Nova Friburgo é um dos principais produtores de flores ornamentais do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. A produção de flores de corte em nossa cidade começou na segunda metade do século passado e em 2023, tínhamos cerca de 3.500 produtores rurais e uma produção anual de cerca de 100 mil toneladas de flores e plantas ornamentais. Essa produção é resultado da modernização das técnicas de cultivo, da diversificação da produção e da oferta de crédito.
Friburgo produz uma grande variedade de flores, dentre as quais 270 espécies de orquídeas, muitas bromélias e aves do paraíso, ou estrelítzia. Ela é considerada de caráter ornamental, na maioria das vezes, vendida em vaso e destinada ao consumo local. Além disso, o município produz flores de corte, cujo cultivo é comercializado industrialmente para vários pontos do país. Listamos as principais e damos as características dessas flores:
1- Copo de Leite, lírio do nilo (Zantedeschia aethiopica, Familia: Aráceas, Origem: África, Floração: Primavera e verão).
O copo-de-leite é uma flor ornamental de encher os olhos que se adaptou muito bem em terras brasileiras. Suas folhas são grandes, cordiformes-sagitadas e as flores, amareladas ou brancas, têm a forma de um copo. Seu nome é uma homenagem ao cientista Francesco Zantedeschia que, além de médico, era também botânico.
Na Inglaterra do século 19, simbolizava a nobreza e a boa educação, e demonstrava, grande estima e amizade, ao ser ofertada. No Brasil, é muito usado como decoração, pelas noivas, simbolizando pureza e virgindade.
Apesar de sua beleza, há de se tomar cuidado com ela, pois é tóxica, podendo causar problemas irritativos e inflamatórios, tanto no contato, como na ingestão de suas folhas ou da sua seiva.
2- Palma de Santa Rita, gladíolo (Gladíolus sp, Familia: Iridáceas, Origem: África do Sul, Floração: quase todo o ano).
A palma de Santa Rita, o popular gladíolo, pertence à família das iridáceas. É uma herbácea que pode atingir os 90 cm de altura. Pelo menos quatro horas diárias de sol direto são necessárias para o seu cultivo. O solo ideal para o plantio é o argiloso e a planta deve receber regas moderadas, sem excessos, para não correr o risco de provocar o apodrecimento dos bulbos. A planta é originária da África, Ásia e Europa e produz flores praticamente o ano inteiro, daí sua boa adaptação ao Brasil.
A palma é uma importante flor de corte que não requer cuidados especiais, portanto é ótima para arranjos florais. Seu grande diferencial é uma extensa variedade de cores que podem ser de uma tonalidade apenas, como a lilás; ou bicolores como a mescla de vermelho com amarelo.
3- Rosa chá (Rosa Apogée, Família: Rosáceas, Origem: China, Floração: Primavera e verão. Considerada a rainha das flores, de acordo com a mitologia grega, Chloris, a deusa das flores, criou a rosa a partir do corpo de uma ninfa encontrada num bosque. Afrodite deu a beleza, Dionísio concedeu o néctar e Apolo poliu e fez florescer a flor. Dessas três graças nasceu a flor das flores: a rosa.
O hábito de cultivar rosas surgiu no século 18, mas foi somente a partir do século 19, que os roseirais ganharam força. Elas nascem em arbustos ou trepadeiras e as folhas são simples, partidas em cinco ou sete lóbulos de bordos denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente cinco pétalas, muitos estames e um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes comestíveis. Beleza atrai beleza, para se conquistar uma bela mulher, nada melhor que presenteá-la com um bonito buquê de rosas vermelhas.
4- Gypsophila (Mosquitinho ou Banquinha), Família:Cariophillaceae, Origem: regiões mediterrâneas, Leste da Europa e Sibéria, Floração: Outono
As variedades de coloração branca são as mais cultivadas no Brasil, principalmente porque são fáceis de serem tingidas em colorações diversas. A sua durabilidade pós-colheita varia entre uma e duas semanas. Trata-se de uma planta altamente ramificada, que atinge, aproximadamente, um metro de altura. As folhas são finas e pontiagudas, de coloração verde-acinzentada e superfície pilosa.
Por sua leveza e suavidade é muito utilizada para completar arranjos florais de vasos.
5-Crisântemo (Dendranthema grandiflora, Família Compositae, Origem: Ásia, Floração: Inverno).
Originário da Ásia, o crisântemo foi adotado como símbolo nacional do Japão. Chegou à Europa por volta de 1700, onde foi melhorado geneticamente até alcançar as variedades atuais. Atualmente é a principal flor de corte do mercado brasileiro.
O crisântemo cresce em dias longos e floresce em dias curtos, daí ser uma flor de inverno. Para ser produzido durante o ano todo é necessário fazer o plantio em estufas durante o verão, onde técnicas de escurecimento permitem a obtenção artificial de plantas floridas.
Hoje em dia destacam-se os tipos: "margarida", bastante comum no Brasil e na Europa; o "spider" com pétalas tipo alfinete; e o "pom pom", crespo e arredondado. Quanto ao tamanho, dividem-se entre crisântemos, largos, médios e minis, dependendo da finalidade (corte ou vaso). As cores podem ser as mais diversas possíveis, destacando-se: o branco, amarelo, vermelho, lilás, roxo, salmão e a mistura dessas cores em tons variados.
No próximo dia 22 começa a primavera no Brasil e, certamente, Friburgo ficará mais bonita com a cidade toda florida. E aí prefeito, que tal uma festa das flores semelhante a que existe em Holambra, no Estado de São Paulo. Seria uma excelente exposição para nossos produtores.
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