Blog de massimo_18840

Grupo de risco

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Para pensar:
"Raramente conhecemos alguma pessoa de bom senso além daquelas que concordam conosco.”
François La Rochefoucauld

Para refletir:
“Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão.”
Fedro

Grupo de risco

Para pensar:
"Raramente conhecemos alguma pessoa de bom senso além daquelas que concordam conosco.”
François La Rochefoucauld

Para refletir:
“Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão.”
Fedro

Grupo de risco

A coluna recebeu diversas manifestações enviadas por familiares de servidores da Prefeitura de Nova Friburgo com mais de 60 anos (ou integrantes dos chamados grupos de maior risco da Covid-19 por outras razões), preocupados com o recente retorno de seus parentes ao trabalho.

Fala, leitor!

“Peço sigilo em relação ao meu nome, pois meu próprio pai seria contra esse pedido de ajuda. Mas ele já é idoso, e sua rotina de trabalho inclui tomar duas conduções e passar boa parte do dia ao telefone, em situações bastante expostas ao contágio. Apelo à prefeitura para que repense esse posicionamento, ou que busque maneiras mais seguras de aproveitar a disposição dos servidores que integram o grupo de maior risco. Ninguém quer receber sem trabalhar, vejo isso dentro de casa. Mas esperamos que todos os esforços sejam empreendidos em favor da segurança dos servidores.”

Bom senso

A preocupação da leitora, em meio a toda a honradez de quem não quer receber sem trabalhar, segue na linha do que a coluna observou há poucos dias a respeito do corte indiscriminado do auxílio transporte entre o funcionalismo municipal.

Ora, é evidente que ninguém aqui está defendendo que alguém receba auxílio transporte de maneira injustificada - e muita gente de fato recebe.

Inclusive, entre os altos salários das incorporações, tem gente que reside pertinho da prefeitura e recebe este auxílio.

Na prática

No entanto, novamente parece correto olhar com atenção para as absurdas discrepâncias existentes na folha de pagamento do município, e observar que, para quem viu seu poder aquisitivo despencar ao longo dos últimos anos e passou a depender do auxílio transporte para conseguir fechar o mês, ele acabou se convertendo efetivamente num auxílio alimentação.

Remendo

É uma espécie de remendo? Sim, é.

Uma situação precária e degradante oriunda da aviltante diferença de tratamento há décadas reservada por um lado a concursados e quadros de carreira e por outro a indicações políticas úteis ao sistema, mas que se tornou tristemente necessária enquanto ninguém tem a dignidade de oferecer solução melhor.

Humanidade

É evidente, enfim, que o próximo prefeito terá de fazer das tripas coração para oferecer condições mais dignas e justas ao funcionalismo.

Por ora, no entanto, preservar o auxílio transporte dos salários mais baixos teria sido certamente um ato de humanidade.

Tic Tac

A coluna respeita embargos e jamais compromete suas fontes, e por isso se limita, por ora, a dizer que espera, para os próximos dias, novidades importantes a respeito do mais que controverso pagamento feito pela Prefeitura ao Instituto Unir Saúde, em valor superior a R$ 5 milhões, após a própria Organização Social ter concordado que a transferência fosse feita diretamente aos servidores que aguardavam (e ainda aguardam) pelo pagamento de suas rescisões.

Longo prazo

A coluna tem falado repetidas vezes a respeito da necessidade de planejamentos de médio e longo prazos para nossa cidade, com diretrizes que sejam seguidas e respeitadas mesmo após a renovação dos mandatos.

E falamos também a respeito de como a grande quantidade de pré-candidatos a prefeito reflete, em alguma medida, o profundo vácuo de lideranças e o descrédito da classe política como um todo (embora, também neste caso, qualquer generalização se revele injusta).

Pois bem, José Carlos Schuenck, presidente do Movimento Democrático Municipalista, que não é pré-candidato nas próximas eleições, enviou pequeno texto em relação a estes temas.

Aspas

“É preciso separar o joio do trigo, para voltarmos a crescer. Sobre o vácuo de lideranças que estamos vivendo em Nova Friburgo, não é novidade e sim uma realidade nos últimos 20 anos. Os oportunistas sempre aparecem à cada eleição e assim vão se revezando tanto no Legislativo como no Executivo, em uma mediocridade nunca antes vista em nossa cidade.

Em 2018, quando a crise político-administrativa já dava os seus sinais com decadência econômica e social em nossa cidade, resolvi convidar vários segmentos de nossa sociedade, pessoas que amam Nova Friburgo, para nos organizarmos no Movimento Democrático Municipalista.”

Segue

“Esse grupo, formado por políticos, gestores, ambientais, turismo, educação, segurança, mobilidade e saúde, colaborou para desenvolvermos o Projeto Nova Friburgo 2040, que indicava o caminho que deveríamos seguir nos próximos 20 anos para termos uma cidade diferente para nossos filhos, netos e bisnetos. Esse projeto está concluído e esperamos que seja colocado em prática por um gestor responsável, que realmente ame Nova Friburgo. Cabe agora a cada eleitor identificar e separar os candidatos que realmente pensam em nossa cidade, daqueles que pensam somente neles.”

Luto

A coluna se solidariza com a família de Luiz Carlos Lutterbach, prefeito de Duas Barras que faleceu na madrugada desta terça-feira, 11, vítima da Covid-19.

Ironicamente, Lutterbach havia se destacado justamente pela determinação com que se esforçou por manter o vírus longe de sua cidade, chegando ao ponto de virar os tradicionais bancos da Praça Governador Portela a fim de evitar aglomerações desnecessárias.

Que seu sofrimento sirva para combater a banalização e a negação em relação ao grande desafio de nossos dias.

 

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Cidade trancada

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Para pensar:

"As palavras, como as abelhas, têm mel e ferrão.”

Provérbio suíço

Para refletir:

Para pensar:

"As palavras, como as abelhas, têm mel e ferrão.”

Provérbio suíço

Para refletir:

“Você pode ser homem, mulher, branco, negro, hétero ou não, etc etc, mas algumas regras parecem universais: 1) você vai ter dificuldades para entender problemas diferentes dos seus; 2) você dificilmente irá reconhecer as vantagens e privilégios que possui e raramente irá concordar quando alguém que não os possui apontá-los a você; 3) sua tendência será sempre a de reduzir a realidade a sua própria vivência e medir o mundo pela sua régua.”

Alexandre Campos

Cidade trancada

Em meio à maior crise sanitária e econômica deste século até aqui, a semana começa com mais um período de pauta trancada no Legislativo Municipal em razão dos seguidos entraves ao processo de apreciação das contas da prefeitura referentes ao exercício de 2018.

Sob todos os aspectos é uma situação vergonhosa e fragilizante, que sintetiza o que ocorre quando um governo se coloca sistematicamente na contramão das burocracias protetivas.

Evitável

Ora, todos conhecem as regras orçamentárias, e ademais os avisos contidos no parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado do Rio) em relação às contas de 2017 eram bastante claros e enfáticos.

Se tais recomendações tivessem sido observadas, nada disso estaria se passando.

Da mesma forma, se o compromisso fosse efetivamente com a coletividade, e ainda se houvesse convicção quanto às teses de defesa, as oportunidades de manifestação estariam sendo aproveitadas, poupando o Legislativo de atrasos com questões que nem ao menos deveriam existir, num contexto em que cada um cumprisse com o próprio dever.

Retrato

A pauta trancada desta semana, portanto, serve como uma triste metáfora de uma gestão autoimune, na qual os sistemas de defesa se veem induzidos a combater órgãos internos, num momento em que ameaças externas deveriam merecer toda a atenção e todos os esforços.

Se ao menos tudo isso servisse como lição, ao menos o prejuízo não seria totalmente inútil.

Mas será que serve?

Presença marcante

A recente tragédia ocorrida no porto de Beirute lembrou aos brasileiros que a comunidade libanesa estabelecida entre nós supera, em número de cidadãos, a própria população do Líbano.

Em Nova Friburgo, todavia, tal lembrança nem teria sido necessária, tal é a presença e o grau de engajamento de libaneses e seus descendentes ao longo de nossa história.

Canal de apoio

Por tudo isso, parece bastante pertinente registrar que o Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro está lançando a página S.O.S Beirute, através da qual empresas ou pessoas físicas podem ajudar o povo da capital libanesa.

Para tanto, basta visitar a página http://riobeirute.clickablecard.top/hI00A, e em seguida preencher e marcar os itens no formulário disponibilizado.

“As informações serão colocadas em nosso bancos de dados para entrarmos em contato assim que se disponibilizar a logística dessa ajuda.”

10% (1)

Ainda a respeito da explosão ocorrida no dia 4 de agosto, especialistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, apontaram que ela alcançou aproximadamente 10% do impacto da bomba nuclear de Hiroshima, lançada sobre o Japão no dia 6 de agosto de 1945.

De fato, a comunidade científica tem tratado o episódio como uma das maiores explosões não nucleares da história, ao que tudo indica causada por cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que haviam sido confiscadas e estavam sendo armazenadas sem o devido cuidado.

10% (2)

No Brasil, o doloroso marco de 100 mil mortes causadas pela Covid-19 foi alcançado durante o fim de semana, ainda sem sinais de que os níveis de contágio e mortalidade estejam em queda acentuada.

Na prática isso significa dizer que aproximadamente um a cada dois mil brasileiros teve sua vida abreviada pelo novo coronavírus (em Friburgo felizmente os registros são um pouco melhores), o que também corresponde a aproximadamente 10% do índice de mortalidade observado mundialmente quando do segundo surto da (equivocadamente) chamada “gripe espanhola”, no fim de 1918.

Inesquecível

Naquela ocasião, estima-se que cerca de 20% da população mundial contraiu o vírus, e aproximadamente 2,5% desse contingente não resistiu.

Ainda a respeito dessa comparação, duas considerações parecem importantes: a primeira é de que infelizmente os estragos causados pela Covid ainda estão em curso, e a segunda é que de que em 1918 houve um surto muito contagioso de gripe não letal nos meses de inverno no hemisfério norte, e a população infectada nesta primeira onda foi quase que totalmente poupada na mortífera onda que se iniciou em setembro.

Ou seja, a catástrofe poderia ter sido ainda maior.

Por aqui...

Olhando especificamente para Nova Friburgo, a escalada nos índices de contágio observada a partir do início da flexibilização rapidamente elevou o número de vidas perdidas a aproximadamente 20% daquelas que nos foram ceifadas quando das chuvas de janeiro de 2011.

Não deixa de ser perturbador, portanto, que tanta gente ainda continue a desdenhar das informações oficiais, em negação aos valorosos esforços de tantas pessoas, tanto na frente sanitária quanto na econômica; aos riscos aos quais estamos expostos; e à dor de quem descobriu da pior forma que o momento é sim delicado e demanda maturidade coletiva.

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Em aberto

sábado, 08 de agosto de 2020

Para pensar:
“Eu te cumprimento pelo que você aparenta e me despeço pelo que você é.”
Provérbio libanês

Para refletir:
“Um camelo não zomba da corcunda de outro camelo.”
Provérbio africano

Em aberto

A enorme lista de pré-candidatos a prefeito em Nova Friburgo ganhou nesta semana a adesão do engenheiro e artista plástico Cacau Rezende, pelo Partido Verde.

Para pensar:
“Eu te cumprimento pelo que você aparenta e me despeço pelo que você é.”
Provérbio libanês

Para refletir:
“Um camelo não zomba da corcunda de outro camelo.”
Provérbio africano

Em aberto

A enorme lista de pré-candidatos a prefeito em Nova Friburgo ganhou nesta semana a adesão do engenheiro e artista plástico Cacau Rezende, pelo Partido Verde.

Mais que isso: a composição prévia da chapa também já foi fechada, tendo o jornalista Dib Curi como pré-candidato a vice-prefeito.

O mês de agosto, por sinal, vai ser crucial para que se realize a peneira final nas pré-candidaturas anunciadas, com a tendência de que ocorram algumas fusões entre espectros mais próximos do eleitorado, a fim de aumentar as chances de sucesso nas urnas.

Lado bom

A enorme fragmentação que se desenha tem aspectos positivos e negativos.

O lado bom, evidentemente, é que não devem faltar opções aos eleitores no dia 15 de novembro.

E não apenas isso, mas a princípio todo mundo está a apenas vinte e poucos mil votos da vitória, reduzindo em tese a necessidade de afunilamento do eleitorado, aquele processo que ocorre nos últimos dias no qual muitos eleitores abrem mão de votar em quem consideram a melhor opção, e migram para a que consideram a “menos pior entre as que têm chance”.

Lado ruim

E o lado ruim, evidentemente, é de que existe muito joio infiltrado neste trigal, e também estes grupos - é importante sempre pensar nos grupos - estão a pouco mais de 20 mil votos de serem eleitos.

Naturalmente, quando se espera que um prefeito seja eleito com votação tão baixa, fatores como rejeição perdem peso, e outros como o efeito da possível compra de votos (em suas mais diversas manifestações) se tornam mais sensíveis e potencialmente decisivos.

Colocando tudo na balança, é de se esperar muito jogo sujo entre as estratégias de uns e outros.

Vácuo

É um momento delicado, portanto, no qual a cidade tem a oportunidade de dar uma guinada mais radical do que de hábito, mas também corre o risco de se vender de vez a interesses impublicáveis.

Antes de tudo, no entanto, todo este quadro é reflexo de um profundo vácuo de liderança, da falta de referências sólidas, de um pequeno punhado de pessoas que sejam realmente capazes de unir essa cidade em torno de um projeto participativo e de longo prazo, colocando interesses coletivos acima das preocupações com as próprias carreiras.

Sem crédito

Quando se considera o tamanho dos desafios que o próximo prefeito terá pela frente, tudo que precisará moralizar e sanar, e toda a latência até que suas melhores ideias possam se fazer sentir, já podemos antever que o crédito eleitoral dificilmente será suficiente para adiar as turbulências até que as fundações estejam firmes o bastante.

Por tudo isso, importa - e muito! - que cada eleitor busque acompanhar os bastidores da política e se informar sobre quem irá apoiar, pensando sempre no coletivo.

As diferenças entre os futuros que nos aguardam a depender de quem seja eleito são muito grandes.

Uerj

Uma das questões mais sensíveis e delicadas a respeito do enfrentamento à Covid-19 diz respeito à Educação, e o debate em torno da existência (ou não) de condições aceitáveis para que aulas ocorram, presencialmente ou à distância.

A esse respeito, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Csepe) da Uerj aprovou, no dia 30 de julho, o planejamento e a execução de Período Acadêmico Emergencial (PAE), com 13 semanas de duração.

On-line

Durante a vigência deste período, em virtude da pandemia de Covid-19, serão ofertadas atividades letivas somente de forma remota.

De acordo com o calendário emergencial, haverá novo prazo para inscrição em disciplinas, que se inicia em 3 de setembro. Já para os estudantes aprovados nas reclassificações do vestibular 2020, as matrículas serão abertas em agosto, de forma on-line, pelo Portal do Vestibular. As aulas do período 2020.1 começam em 14 de setembro e se estendem até 12 de dezembro. O encerramento, após as avaliações finais, está marcado para 19 de dezembro.

Principais datas

Seguem as principais datas do calendário acadêmico 2020.1:

Inscrições em disciplinas: 3 a 9 de setembro.

Início das aulas: 14 de setembro.

Said: 14 a 28 de setembro.

Término das aulas: 12 de dezembro.

Término do semestre: 19 de dezembro.

Fala, leitor!

“As considerações das últimas colunas são realmente procedentes. Nós, servidores públicos concursados, estamos cansados de assistir esta panelinha que domina a Prefeitura de Nova Friburgo. São poucos eleitos que conseguem, por manobras questionáveis, aumentar seu proventos, ao passo que nós, pobres mortais, a fim de conseguir uma mera equiparação de insalubridade no Hospital Raul Sertã, mesmo entrando com processo administrativo, ficamos à mercê da boa-vontade do RH da prefeitura para liberar um direito já estabelecido ao servidor.

Agradeço o anonimato, porque perseguições existem sim.”

Sem apoio?

A coluna andou falando bastante a respeito de trânsito recentemente, e não param de chegar mensagens por parte dos leitores tratando do assunto.

Algumas chamaram atenção para a ausência de agentes de trânsito no fim de semana passado, e apurações iniciais parecem indicar que os plantões de fim de semana, tratados como horas extras, teriam sido cortados.

Considerando que neste fim de semana o movimento deve ser um pouco maior em razão do Dia dos Pais, vale observar se teremos ou não a presença dos agentes, e também quais as consequências práticas disso.

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Olhar com atenção

sexta-feira, 07 de agosto de 2020

Para pensar:
"A persistência é o caminho do êxito.”
Charles Chaplin

Para refletir:
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”
Oliver Goldsmith

Olhar com atenção

Alguns de nossos vereadores andam muito preocupados com o desenrolar dos atritos recentes envolvendo a Câmara Municipal e setores sensíveis da prefeitura, em especial o de recursos humanos.

Para pensar:
"A persistência é o caminho do êxito.”
Charles Chaplin

Para refletir:
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”
Oliver Goldsmith

Olhar com atenção

Alguns de nossos vereadores andam muito preocupados com o desenrolar dos atritos recentes envolvendo a Câmara Municipal e setores sensíveis da prefeitura, em especial o de recursos humanos.

Temem, evidentemente, que a parte menos nobre de suas atuações, notadamente a prática de fidelizar votos familiares através da obtenção de empregos - terreno sempre fértil para o florescer de práticas como as rachadinhas - venha à tona, permitindo que os eleitores pudessem dimensionar o custo que alguns mandatos representam à municipalidade.

Ratoeira

Por qualquer ângulo que se analise, devemos ter dias interessantes pela frente.

Afinal, estes vereadores terão de se expor em algum momento.

Não nos discursos, sempre bonitos, mas nos atos e nas posturas.

Ao leitor, cabe apenas observar com atenção.

Última chamada

Por outro lado, a coluna sabe bem que até agora avistou-se apenas a ponta do iceberg dos problemas ocorridos no quintal da prefeitura, e que desdobramentos maiores e mais sérios se aproximam rapidamente.

Por isso, se alguém não está confortável com tudo o que andou vendo ou ainda vê, posicionar-se agora contra tudo o que existe de condenável parece ser a última oportunidade de uma saída minimamente honrosa, antes que seja tarde demais.

Quem avisa, amigo é.

De aluguel?

A coluna escreveu ontem, 6, que a isenção editorial praticada neste espaço nada contra fortes marés, e que infelizmente é artigo raro entre os veículos de comunicação brasileiros.

Pois bem, a esse respeito parece necessário chamar a atenção do leitor para o comportamento de um veículo com histórico bastante delicado quando o assunto é ano eleitoral em Nova Friburgo.

Será?

Oito anos atrás o veículo em questão publicou uma notícia muito desabonadora a respeito de uma candidatura, que tarde demais se revelaria inverídica.

Tempos depois, uma pessoa bastante respeitada na cidade confidenciou a este colunista ter testemunhado o exato momento em que outro candidato ditou, por telefone, o que um repórter deveria escrever neste episódio.

Sem pudores

Quatro anos mais tarde, às vésperas das eleições de 2016, o mesmo veículo publicou pesquisa de opinião absolutamente descolada da realidade, em edição cuja tiragem foi, quase que integralmente, transportada para cá.

Naquele mesmo ano, já depois das eleições, um personagem que agora pretende se candidatar a prefeito abordou este colunista oferecendo uma coluna neste mesmo veículo, nos mesmos moldes da que publicamos aqui.

Com um pequeno detalhe: “mas você vai ter que falar bem de mim”.

Sem sutiliezas

Naturalmente não houve negociação, e qualquer possibilidade de que este colunista pudesse confiar na idoneidade do político em questão morreu ali mesmo.

E por que tudo isso voltou à lembrança agora?

Bom, porque este mesmo pré-candidato tem reproduzido em suas redes sociais diversas notícias que lhe são amplamente favoráveis, publicadas justamente neste mesmo veículo, não raramente lhe atribuindo a paternidade de capital político alheio.

Filtro

Cabe ao leitor, portanto, adotar alguns filtros antes de acreditar em tudo o que anda sendo publicado por aí, porque, infelizmente, tem muito comunicador que engorda o próprio patrimônio a cada quatro anos.

E à Justiça Eleitoral fica o alerta para que acompanhem esse desenrolar com atenção, pois o cenário está prontinho para a ocorrência de crimes eleitorais.

Aliás, caso a Justiça queira mais detalhes sobre o que está sendo dito, basta entrar em contato com a coluna.

Esperança

A coluna publica hoje, 7, um tocante relato de um leitor, pai de uma amiga muito querida, que sobreviveu à Covid-19 e desejou dividir sua experiência com todos nós.

Entendendo que depoimentos como este nos chacoalham em relação à banalização dos riscos, nos transmitem um sopro de esperança consciente, e ao mesmo tempo nos convidam a uma reflexão a respeito do valor da vida e das pequenas coisas, desejamos que o título escolhido: “Eu sobrevivi” possa se repetir em outras edições, com relatos de natureza semelhante.

A coluna somente pede aos leitores os leitores que os relatos não sejam muito longos, por favor.

Eu sobrevivi (1)

“Meu nome é Vicemar Montechiare, estive internado no Hospital Municipal Raul Sertã em Nova Friburgo, e gostaria de contar um pouco do que vivi durante os 19 dias em que fiquei lá.

No dia 4 de julho fui internado devido a sintomas de febre e uma tomografia do tórax com resultado de mais de 50% dos meus pulmões infectados com a suspeita do assombroso Covid-19. Assim que recebi o resultado não acreditei muito, pois sempre apresentei um quadro gripal nessa época do ano, mas infelizmente neste ano não era tão simples: estamos falando de um vírus para o qual ainda não existe a cura.”

Eu sobrevivi (2)

“Nesse dia começou a minha luta no combate ao nosso inimigo e pela minha vida. Fui encaminhado à parte da medicação sendo observado e monitorado, fiz o swab para ter a certeza do resultado, onde passei três dias até que comecei a ter a temida falta de ar... Fui direcionado ao CTI para que lá pudesse ser monitorado a maior parte do tempo e então lá passei mais dez dias de muita luta, medo, solidão, muitos altos e baixos, muita incerteza do que estava realmente acontecendo, mas durante os quais me mantive ‘tranquilo’ devido a todo o atendimento e carinho dos profissionais que ali estavam.”

Eu sobrevivi (3)

“Após todos esses dias eu tive a graça de Deus de me manter em um quadro clínico bom para que eu pudesse ser transferido para a semi-intensiva, e dali ter a alta. Passei mais seis dias sendo observado para, aí sim, no dia 23 de julho receber a tão esperada alta e a minha nova data de aniversário, porque sim, eu nasci de novo.

Primeiramente eu agradeço a Deus por ter me dado a chance de continuar escrevendo a minha história, depois agradeço imensamente a todos que estão na linha de frente ao combate à Covid-19.”

Eu sobrevivi (4)

“Estou falando de todos os profissionais do hospital, da recepção, serviços gerais, copeira, enfermagem, médicos, a todos sem exceção que estão sendo incansáveis e não me deixaram desistir de acreditar que eu sairia dessa.

Já em casa, minha família - que também foi incansável na luta junto com todos pela minha vida - me contou que precisei tomar uma medicação a qual o hospital não tinha e não tínhamos tempo hábil para agir de outra forma que não fosse comprando.

O meu propósito é passar para a população: consciência sobre o vírus, pois sim, ele existe e ainda não existe a cura; empatia / respeito / compaixão com quem está na linha de frente; existem sim muitas dificuldades no hospital, porém toda a equipe está sendo incansável na luta por todas as vidas.

Foto da galeria
Eu sobrevivi (4)
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Ecos

quinta-feira, 06 de agosto de 2020

Para pensar:
"A verdadeira sabedoria de um homem não está em suas palavras, está na coerência entre o que ele fala e o que ele faz!”
Fredjoger

Para refletir:
“Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.”
Provérbio árabe

Ecos

Para pensar:
"A verdadeira sabedoria de um homem não está em suas palavras, está na coerência entre o que ele fala e o que ele faz!”
Fredjoger

Para refletir:
“Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.”
Provérbio árabe

Ecos

Os leitores Marco Cavalcanti e Alisson Caetano enviaram mensagens ecoando as denúncias da coluna quanto à grande incidência de motociclistas trafegando na contramão ou desrespeitando sinais de trânsito, em situação que parece ter se agravado desde o início da quarentena.

Também têm sido frequentes - incrível isso ainda acontecer! - relatos a respeito da presença da chamada linha chilena em diversos locais utilizados para soltar pipa.

Isso é um absurdo, e à coluna só resta apelar aos motociclistas para que se protejam, e aos leitores conscientes que ajudem a combater essa prática. 

Bairro Suíço

“Prezado Massimo, em relação aos vândalos que insistem em sujar o alto do Bairro Suíço, acreditamos que somente com uma atuação maior da Polícia Militar e a instalação de câmeras (Cidade Inteligente) será possível coibir essa atuações de destruição do local.

Contudo, quanto ao péssimo estado do caminho que leva até o alto, a situação é reflexo do grande fluxo de caminhões que abastecem uma grande caixa d’agua que se encontra lá no cume, o asfalto está sendo destruído.”

A mensagem foi enviada em nome de FriburgoLegal.

De volta aos treinos

Invadindo um pouco a praia do colega Vinicius Gastin, a coluna registra que nesta semana, após a testagem de todos os atletas e da comissão técnica para Covid-19, foram retomados os treinamentos dos times de vôlei do Flamengo, agora sob a supervisão do premiadíssimo técnico Bernardinho.

A notícia nos diz respeito porque uma das atletas é a jovem Maithê Kler Carpi, friburguense de 14 anos, que é levantadora do time infantil e vem trilhando um caminho muito promissor no esporte.

À talentosa e esforçada Maithê, a coluna deseja toda a sorte na carreira.

Retratação?

Conforme dissemos ao fim da coluna de ontem, após nosso horário de fechamento da edição de quarta-feira, 5, chegou a esta coluna um pedido de retratação enviado pelo procurador-geral do Município, Ulisses da Gama.

Lamentavelmente a manifestação do procurador não traz qualquer argumento técnico que responda os muitos questionamentos levantados durante a convocação de segunda-feira, mas apenas ataques genéricos a este espaço e aos vereadores que mais têm questionado sua postura no exercício do cargo. 

A parte que nos cabe

Evidentemente não é razoável esperar que a coluna abra espaço para críticas a terceiros, tanto mais quando se observa que o procurador teve todos os meios disponíveis para manifestar tais entendimentos pessoalmente, e optou por não fazê-lo.

As críticas direcionadas à coluna, no entanto, reproduzimos abaixo na íntegra.

Aspas

“Sem jamais se querer ater-se à burocracia ou mesmos a ditames legais, o fato é que que a aludida coluna traz em seu conteúdo insinuações, comentários ‘soltos’ e incertezas factuais, enfim, elucubrações vazias de razão lógica, que pode (sic) levar o leitor desatendo (sic) a imaginar que somente o lado formado por um número reduzido de vereadores estaria a deter suposta razão jurídica, legal e ética sobre o tema novamente em análise.

O que nem de longe poderia ser levado a sério e muito menos ser aquilatado como correto e aceitável do ponto de vista jurídico/legal/ético/moral. A verdade, com a devida vênia, é que

tanto o Procurador Geral do município, assim como as servidoras públicas de longa data integrantes do quadro permanente da Administração Municipal, tiveram razões legais, jurídicas, morais e éticas suficientes para não comparecer à aludida assentada, idealizada por certo vereador, apoiada por seu fiel escudeiro, e que resultou em novos insultos, infames e ataques à honra dos que estão à serviço do Poder Público local.”

Aspas (2)

“O que se viu no vídeo no qual passou a dita audiência, assim como no que foi dito por este nobre jornal em nome daqueles que atuaram como se estivessem num ‘palanque em plena

campanha eleitoral’, foi simplesmente um desperdício de dinheiro público com um evento político de cartas marcadas, invenções, ilações sobre teses jurídicas, interpretação pessoal

relacionado ao tema incorporações de gratificações – concedidas a quem fizera jus e dentro da legalidade, diga-se de passagem – e demais insultos e agressões verborrágicas, covarde acusação de ‘formação de quadrilha’, esta insinuada pelo fiel escudeiro do principal idealizador do factoide político. Uma lástima só! Isso já seria suficiente – diante mesmo dos precedentes – em motivar os interessados em não comparecerem à audiência!”

Via fácil

A esse respeito a resposta da coluna será breve, posto que todo este episódio indigno já teve mais espaço do que faz por merecer.

Em vez de responder às inúmeras questões levantadas durante a convocação, o procurador mais uma vez tomou a via fácil da alegação de motivações eleitorais.

Com relação à parte que nos cabe, o leitor é testemunha de que a coluna não se pauta por qualquer interesse eleitoral ou econômico, mas sim por confiança e respeito.

Custo evidente

Muito ao contrário, a isenção editorial é postura que fatalmente custa muito caro no Brasil, e qualquer leitor atento o suficiente sabe valorizar esta posição, tão rara atualmente entre os maiores veículos de comunicação do País.

Se, em respeito à população, o procurador tivesse ido ao plenário, e lá não tivesse encontrado a oportunidade de expressar seus argumentos, teria aqui um espaço a lhe defender voluntariamente, como já ocorreu a tantos personagens diversas vezes no passado.

Mesma linha

Após todos estes anos seguindo a mesma linha de atuação, os leitores habituais já conhecem bem os valores que prezamos, e a transparência é o maior deles.

Obter apoio neste espaço depende única e exclusivamente das escolhas que cada agente público faz, da forma como se porta diante de interesses coletivos e, acima de tudo, do respeito que conserva (ou não conserva) pela inteligência da população.

Neste espaço, elogios precisam ser conquistados.

Antes tarde

Inclusive, por sorte, temos hoje a oportunidade de fazer um elogio ao prefeito Renato Bravo, em razão da nomeação de Osório Júnior Tardim como secretário de Turismo.

Técnico em Turismo e Hospitalidade e também Técnico em Guia de Turismo, Júnior é servidor de carreira da repartição, e conhece como poucos a realidade do setor agora sob sua responsabilidade.

Seria ótimo se todas as pastas vivessem realidade semelhante, e melhor ainda se a nomeação de um quadro de carreira tivesse ocorrido alguns anos antes.

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Vaidade

quarta-feira, 05 de agosto de 2020

Para pensar:

"Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir.”

Honoré de Balzac

Para refletir:

“A vaidade é um princípio de corrupção.”

Machado de Assis

Vaidade

Vaidade: eis a palavra central para que se possa compreender, de fato, o que se passou em nossa cidade na tarde de segunda-feira, 3.

Porque a vaidade, por sua própria natureza, não se deixa esconder.

Para pensar:

"Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir.”

Honoré de Balzac

Para refletir:

“A vaidade é um princípio de corrupção.”

Machado de Assis

Vaidade

Vaidade: eis a palavra central para que se possa compreender, de fato, o que se passou em nossa cidade na tarde de segunda-feira, 3.

Porque a vaidade, por sua própria natureza, não se deixa esconder.

O vaidoso jamais resistirá, por exemplo, à tentação de valorizar publicamente o próprio conhecimento, a própria experiência, ou ao impulso de ridicularizar um adversário.

Também por isso, irá sempre preferir ambientes controlados e protegidos para se exibir.

É muito fácil, portanto, reconhecer uma pessoa vaidosa.

Insegurança

Da mesma forma, um vaidoso jamais se permitiria fugir de um debate - e o verbo a ser utilizado só pode ser este - se acaso tivesse a convicção de que seus argumentos são irrefutáveis, se tivesse a certeza de que seria capaz de encurralar o debatedor, e assim expor a própria superioridade.

Não, um vaidoso jamais foge de um debate “por não se sentir obrigado a ir”.

Foge porque jamais entra numa disputa se não tiver a certeza de que irá vencer, tendo méritos ou não.

Dolo

Todavia, quando o debate em questão diz respeito a condutas públicas, e um vaidoso demonstra que prefere se sujeitar a imbróglios jurídicos do que debater num ambiente neutro, só nos resta tirar duas conclusões: 1) ele obviamente não está tão convicto a respeito da lisura de suas motivações e dos meios que empregou; e 2) talvez já não acredite tanto assim na eficiência da Justiça.

A primeira destas conclusões gera um desdobramento automático, pois, na prática, significa que existe consciência a respeito da questionabilidade daquilo que foi feito, e, portanto, dolo em alguma medida.

Gradação

De fato, existe uma gradação a respeito das dificuldades de convencimento envolvidas no que se passou segunda-feira: 1) convencer a respeito da legalidade das incorporações; 2) convencer de que as incorporações não se deram entre pessoas que, em alguma medida, se tornaram úteis ao sistema; 3) convencer a respeito da moralidade das incorporações; 4) convencer de que a ausência no debate público poderia ser moralmente justificada.

Última que morre

O colunista pode antecipar que o último destes itens é, ao menos em relação a este que vos fala, impossível.

O terceiro item também seria muito, muito difícil.

Com relação aos dois primeiros, contudo, restava uma sincera esperança de que pudesse haver explicações plausíveis.

Cereja do bolo

Em meio a sinais tão claros para quem dá a devida atenção às entrelinhas - onde, de fato, a verdade se esconde - a sessão desta terça-feira, 4, na Câmara Municipal reservou a cereja do bolo.

Eis que, em dada altura, o vereador que mais indicou nomeações no mandato atual saiu em defesa de quem ganha muito bem para guardar este e outros segredos, de quem sabe o quanto custa este tipo de mandato parasita, não apenas em valores absolutos, mas em comprometimento da eficiência administrativa.

Tocante, não?

Praxe

No entendimento deste colunista, quem não se sente em condições de enfrentar um debate público para justificar os próprios atos não tem condições morais de exercer um cargo público, muito menos nos primeiros escalões.

No atual governo, no entanto, estão todos bem amparados.

Basta observar que, na tarde desta terça-feira, 4, os quatro representantes do Executivo que eram aguardados para a rodada de oitivas que integra o processo de defesa da prefeitura no processo de avaliação das contas de 2018 também não compareceram à Câmara.

Revelador

Posturas análogas para problemas semelhantes.

Na falta de argumentos, sabotagem aos procedimentos previstos.

Na prática, o Palácio Barão de Nova Friburgo tem se esforçado por transferir para o Judiciário a atribuição Legislativa de apreciar suas contas.

E, ao agir desta forma, desde já se mostra incapaz de apresentar defesa convincente, e lança sombras sobre os possíveis desfechos de algo que já vem errado desde o nascedouro.

Contraditório

A coluna assumiu o compromisso de abrir espaço à manifestação enviada pelas servidoras Ana Paula Navega dos Santos e Gisele Busquet Nunes a respeito das incorporações salariais.

As justificativas quanto ao não comparecimento à convocação já foram publicadas na edição de ontem, 4, em matéria específica sobre o tema.

Seguimos, portanto, com as justificativas para as incorporações.

Aspas (1)

“Esclarecemos, oportunamente, que em relação a matéria que o nobre vereador pretende que prestemos esclarecimentos, ou seja, ‘sobre condutas adotadas nos processos administrativos em que contam concessões de incorporações e de consequentes acumulações salariais que contrariam decisões judiciais federais, no âmbito da Justiça do Trabalho’, nos compete a manifestação enquanto servidoras públicas municipais no exercício dos nossos direitos de petição perante à Administração Pública Municipal.”

Aspas (2)

“Subsidiamos nossos pedidos pela via administrativa dentro do prazo prescricional legal e, posteriormente, pedimos reconsideração do parecer baseando-nos em fato novo, mediante duas decisões judiciais transitadas e julgadas de servidoras públicas em situação funcional idênticas às nossas.

Não bastasse tais decisões transitadas e julgadas, em recente decisão, ou seja, no dia no dia 24 de julho de 2020, a juíza da 1ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo, também concedeu o mesmo direito de incorporação a outra servidora, afirmando em seu julgado que tanto o servidor celetista quanto o estatutário integram o quadro permanente do município fazendo jus aos direito da lei municipal 3.385/2004, dando assim, robustez ao nosso direito.”

Aspas (3)

“Por esta razão, o pedido feito pautou-se em situações absolutamente idênticas as nossas, onde o Poder Judiciário posteriormente ao indeferimento do primeiro pedido administrativo, confirmou sentenças, e Tribunal Regional do Trabalho manteve o reconhecimento ao direito de incorporação de servidores nas mesmas condições que as ora peticionantes.

Destarte que o direito de petição do servidor para “defesa de direitos”, assegurado no artigo 5º, LXXXIV, ‘a’ da Carta da República, teve como fundamento a garantia também constitucional da isonomia, que veda o tratamento diferenciado para servidores nas mesmas condições. Concluímos, assim, que na posição de servidoras públicas, possuímos o direito de petição de postular, como demais servidores assim também o fizeram.”

Pertinente

A esse respeito, a coluna entende ser pertinente observar que as duas servidoras entraram no passado com ações na Justiça e tiveram seus pedidos considerados improcedentes em decisões que transitaram em julgado, antes de adotarem a rota administrativa, já na atual gestão da PGM, fundamentando-se em decisões favoráveis de outras servidoras, sem menções às decisões judiciais já existentes para seus casos específicos.

Pós-fechamento

A coluna de hoje já estava fechada quando o procurador-geral do município enviou ao Massimo um pedido de espaço ao contraditório.

A respeito dele a gente conversa na coluna de amanhã, 6.

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Tristeza

terça-feira, 04 de agosto de 2020

Para pensar:

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.”

Maurice Switzer

Para refletir:

“Onde estão nossos valores?

Onde está nossa ética?

Onde está nossa decência?

Foram todos exauridos com o passar dos anos.”

Allann Xavier

Tristeza

A coerência não raramente nos cobra um preço alto.

Para pensar:

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.”

Maurice Switzer

Para refletir:

“Onde estão nossos valores?

Onde está nossa ética?

Onde está nossa decência?

Foram todos exauridos com o passar dos anos.”

Allann Xavier

Tristeza

A coerência não raramente nos cobra um preço alto.

Por que o que é certo continua sendo certo mesmo quando um crápula o pratica - e isso é sempre positivo -, e o errado continua sendo errado mesmo quando uma pessoa querida é a autora - e isso nos obriga a criticar, por vezes asperamente, pessoas das quais gostamos.

Hoje é um desses dias.

Ingenuidade

Exatamente às 14h desta segunda-feira, a não mais do que 50 metros da Câmara Municipal, o colunista teve um encontro fortuito com uma das pessoas convocadas a prestar esclarecimentos ao Legislativo naquele mesmo horário, a respeito das incorporações salariais.

E, inocentemente, acreditou que teria uma surpresa positiva, que as cadeiras afinal não ficariam vazias, que teríamos esclarecimentos, satisfações, e a coluna não precisaria estar aqui, mais uma vez, narrando um ato do mais profundo desrespeito à transparência, à representação parlamentar e, mais do que tudo, ao próprio pacto social.

Ausência

Como o leitor já deve estar sabendo, tanto o procurador-geral quanto as duas servidoras convocadas por unanimidade pelo plenário da Câmara decidiram não comparecer à casa legislativa às 14h desta segunda-feira, 3, e deste modo privaram de respostas e esclarecimentos importantes toda a sociedade friburguense.

Existem consequências previstas para este tipo de atitude, e é preciso que tais consequências sejam devidamente observadas pelo Judiciário, sob pena de se abrir um precedente sob todos os aspectos inaceitável.

Deveria bastar

Muito mais do que uma questão relacionada ao Direito, contudo, estamos falando é sobre decência aqui, e a coluna tem batido sempre nesta tecla.

Servidor público deve sim satisfações à população e a seus representantes legítimos, toda vez que venham a pairar dúvidas a respeito de suas condutas.

Lei alguma deveria ser necessária para assegurar a presença de um servidor neste tipo de circunstância.

O respeito à coletividade deveria ser razão mais do que suficiente.

Desrespeito

Dito isso, a coluna pode atestar que as dúvidas existentes nestes casos em questão mais do que justificam a convocação, como ficou bastante claro a todos que se deram ao trabalho de assistir à apresentação através do canal da Câmara no YouTube.

Aliás, quem não viu deveria ver.

E é por isso que a coluna não irá perder tempo com discussões de natureza jurídica aqui.

Sob o ponto de vista ético - que é o que efetivamente nos interessa - nada poderia justificar tamanho desrespeito à população.

Repúdio

As justificativas apresentadas para as ausências seguiram a linha de que o debate não teria sido técnico.

Conversa fiada.

Esta coluna tem um longo histórico a lhe respaldar quando afirma que teria dado todo o espaço para divulgar os argumentos que viessem a ser apresentados, mesmo que não fossem convincentes.

E claro, se fossem convincentes, teriam aqui também todos os elogios merecidos.

Oportunidade perdida

Ademais, a apresentação do vereador Professor Pierre foi essencialmente técnica, como todo mundo pode ver no YouTube.

Qualquer insinuação neste sentido, portanto, é leviana e covarde.

De fato, a postura adotada pelos convocados é própria de quem não tem argumentos conclusivos para agir como age, e pior: tem consciência disso.

E se tal interpretação está em alguma medida equivocada, a oportunidade de mostrar isso foi deliberadamente perdida.

Enquanto isso...

O colunista tem testemunhado com grande tristeza o tratamento que vem sendo reservado à imensa maioria dos servidores municipais.

Tem visto de perto o empobrecimento, a diminuição do padrão de vida, o drama.

E diz com muita concretude que o corte do vale transporte neste mês de julho vai significar, na prática, que muitos servidores e suas famílias vão comer menos neste mês de agosto.

Infelizmente, ao escrever estas linhas, não faltam nomes e rostos no pensamento.

O que acontece em nossa prefeitura neste momento é desumano.

P.S.

A coluna de hoje já havia sido escrita quando recebemos nota assinada pelas servidoras Ana Paula Navega dos Santos e Gisele Busquet, justamente as duas que haviam sido convocadas a comparecer no plenário.

A nota é grande demais para que possa ser publicada na íntegra, nesta edição.

Mas traz posicionamentos técnicos que a coluna faz questão de publicar em oportunidade próxima.

Segue amanhã

Evidentemente teria sido muito melhor se este debate tivesse ocorrido no plenário.

Mas, se temos a oportunidade de publicar argumentos de ambas as partes neste espaço, então os leitores certamente não serão privados destas informações.

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E depois?

sábado, 01 de agosto de 2020

Para pensar:
"Somente um idiota responde uma pergunta com outra pergunta.”
Senhor Barriga

Para refletir:
“À criança que amanhã será homem; à semente que amanhã será fruto; ao casulo que amanhã será mariposa.”
Professor Girafales

E depois?

Uma das grandes perguntas que têm marcado estes meses de quarentena é como iremos sair deste período de provação.

Para pensar:
"Somente um idiota responde uma pergunta com outra pergunta.”
Senhor Barriga


Para refletir:
“À criança que amanhã será homem; à semente que amanhã será fruto; ao casulo que amanhã será mariposa.”
Professor Girafales

E depois?

Uma das grandes perguntas que têm marcado estes meses de quarentena é como iremos sair deste período de provação.

Seremos pessoas melhores? Daremos mais valor à saúde ou ao contato com pessoas queridas? E os pequenos momentos de lazer, serão devidamente valorizados? Continuaremos a trabalhar em casa, e a consumir via internet?

Ou, numa abordagem um pouco mais filosófica mas não menos importante ou concreta: será que toda esta experiência nos ajudará a amadurecer de alguma forma?

Trânsito

Em algumas frentes talvez já seja possível arriscar palpites.

No trânsito, por exemplo, o colunista tem colecionado indícios de que o período de quarentena definitivamente não foi bem assimilado por número significativo de condutores, em especial motociclistas profissionais.

Ao que parece, os maus hábitos adquiridos ao longo de meses de ruas vazias acabaram sendo incorporados às rotinas de muita gente.


Daltonismo adquirido

Sábado passado, 25 de julho,por exemplo, no curto intervalo até que acendesse a luz verde no semáforo que fica em frente à Igreja Luterana, este que vos escreve testemunhou três motociclistas ignorando o sinal vermelho.

Um deles, de fato, esteve muito perto de colher lateralmente um carro que saía da Rua Trajano de Almeida.

Tudo isso em aproximadamente um minuto...

Absurdo

Já nesta sexta-feira, 31 de julho, um cidadão escapou por pouco de ser atropelado na Rua Monsenhor José Antônio Teixeira por um motociclista que trafegava na contramão em alta velocidade.

Moradores, inclusive, afirmam que a cena é corriqueira, e duplamente perigosa.

Afinal, justamente por estarem na contramão, os motociclistas aceleram ainda mais.

Absurdo completo.

Perigo

Ali pertinho, na Rua Augusto Spinelli, o sinal na esquina com a Rua Monte Líbano estava apagado na tarde desta sexta-feira, e não é necessário ser doutor no assunto para perceber os riscos que essa situação implica.

Também no intervalo de um minuto o colunista presenciou diversos motociclistas seguindo rumo às Braunes sem referências sobre o fluxo paralelo, em situações que por pouco não geraram ocorrências.

Ali, definitivamente, é um ponto que necessita de algum plano B para o caso de pane no semáforo.

Bairro Suíço (1)

Praticamente desconhecido há pouco mais de duas décadas, o mirante do Bairro Suíço tem se tornado um ponto de interesse cada vez mais popular entre os friburguenses.

A proliferação de residências, a existência de uma casa noturna, a vista privilegiada do centro da cidade, o recente trabalho realizado pelo movimento Montanhe-se e a própria saturação da quarentena se uniram para aumentar o fluxo de pessoas e veículos, sobretudo nos fins de semana.

Bairro Suíço (2)

Sobre o triste acúmulo de lixo e a presença de materiais cortantes, outras reportagens já abordaram o tema anteriormente.

Mas, seguindo a abordagem voltada ao trânsito, vale destacar que vários trechos na estrada que leva ao mirante estão com o asfalto deteriorado ou até mesmo solto.

Como resultado, a passagem fica em meia pista em diversos pontos, representando um risco para atropelamentos ou colisões frontais.

Um lugar tão bonito e especial, há tempos faz por merecer mais atenção por parte da municipalidade.

Briga de foice

Não será apenas entre os pré-candidatos a prefeito que a disputa promete ser acirrada e de baixo nível.

Dentro das nominatas, também tem muito aspirante a uma cadeira no plenário disposto a tudo para conseguir a (re)eleição.

Ainda mais porque, no formato atual da disputa, e em meio às costuras que estão sendo feitas, em especial na órbita do Palácio Barão de Nova Friburgo, já podemos afirmar com certeza que teremos alguns candidatos ficando de fora, mesmo que com votações expressivas.

Mau sinal

Na prática, isso é um péssimo sinal.

Primeiro, porque lança as campanhas a um clima no qual muitos acreditam que vale tudo.

Depois, porque a própria representatividade do plenário acaba sendo prejudicada.

E, por fim, porque a existência de suplentes com grandes votações sempre se traduz em composições de primeiro e segundo escalão ditadas por critérios políticos, e não técnicos.

E a continuação desses vícios é tudo que não precisamos nessa altura de nossa história.

Anistia

Entre as matérias aprovadas pelo plenário de nossa Câmara Municipal na última semana está uma indicação legislativa apresentada pelo vereador Wellington Moreira que propõe anistias das primeiras multas aplicadas aos empresários em função da pandemia.

A principal linha argumentativa leva em consideração o caráter inusitado do fechamento do comércio e das indústrias, do isolamento e das medidas sanitárias, para ponderar que muitos talvez não tenham compreendido de forma correta todas as determinações e por isso tenham cometido equívocos.

Aprendizado x punição

De acordo com a assessoria do parlamentar, o projeto valoriza o aprendizado e não a punição, uma vez que não poupa da multa os reincidentes.

Resta ver, contudo, se será acatado pelo Executivo.

Apocalypse now

Ainda estamos entrando em agosto e o ano de 2020 já assegurou seu lugar de destaque entre os mais bizarros na história recente da humanidade.

E, como se não bastasse tudo o que já sabemos de cor, chega agora a notícia impensável de que o seriado Chaves deixará a programação do SBT após 36 anos de exibições que tiveram enorme impacto sobre nossa cultura popular.

Se isso não é um sinal dos tempos, então...

Saudoso Teixeirinha

O saudoso cantor gaúcho Teixeirinha, que em dezembro completará 35 anos de falecimento, tem um fã incondicional em Nova Friburgo. O ex-vereador Joel de Sá Martins externa toda essa paixão pelo eterno Rei do Disco aos fins de semana na Rádio Friburgo AM, apresentando o programa Relembrando Teixeirinha.

A edição da madrugada deste sábado, 1º, das 3h30 às 5h30, foi especial para Joel que relembrou os 44 anos de sua recepção a Teixeirinha em Nova Friburgo, no antigo hotel Sans Souci. Em 31 de julho de 1976, o cantor fez um show no campo do Nova Friburgo F.C. com a produção de Joel de Sá Martins e do compositor Horizonte, com grande sucesso.

E aí?

Na próxima segunda-feira, 3 de agosto, o procurador-geral do município é aguardado no plenário da Câmara Municipal, juntamente a duas servidoras, a fim de que sejam prestados esclarecimentos sobre incorporações de alto valor em grupos específicos sobre as quais pairam dúvidas incômodas.

A convocação tem início às 14h, e será transmitida ao vivo pelo canal da Câmara Municipal no YouTube.

O que se espera

De forma antecipada a coluna reafirma que espera dos convocados uma postura comprometida com a transparência irrestrita, e coerente com aquilo que se demanda de servidores públicos em nossos dias.

Que compareçam e apresentem argumentos técnicos.

Sem floreios, sem vitimização, sem desvios do tema.

Se, ao fim do encontro, conseguirem dissipar todas as dúvidas, este espaço terá enorme satisfação em lhes dar o devido crédito.

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Mais transporte

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Para pensar:
"Não há ninguém mais fácil de enganar do que um homem honesto; muito crê quem nunca mente, e confia muito quem nunca engana.”
Baltasar Gracián y Morales

Para refletir:
“Não se iluda, simpatia nunca foi sinônimo de retidão e retidão nunca foi sinônimo de simpatia.”
Ivan Teorilang

Mais transporte

Para pensar:
"Não há ninguém mais fácil de enganar do que um homem honesto; muito crê quem nunca mente, e confia muito quem nunca engana.”
Baltasar Gracián y Morales

Para refletir:
“Não se iluda, simpatia nunca foi sinônimo de retidão e retidão nunca foi sinônimo de simpatia.”
Ivan Teorilang

Mais transporte

Ao longo dos últimos dias várias notícias direta ou indiretamente relacionadas ao transporte coletivo friburguense se acumularam, e hoje a gente aproveita para atualizar este tema um pouquinho.

Forma de pagamento (1)

Dias atrás a coluna noticiou que a empresa de ônibus Faol havia começado a quitar alguns débitos com a municipalidade, e agora podemos trazer mais detalhes a esse respeito.

Durante a audiência virtual de conciliação realizada no último dia 21 a empresa reconheceu o débito de R$ 5.395.120, 23, o equivalente à soma das execuções de quatro processos distintos.

A coluna entende que grande parte desse débito foi herdada quando da aquisição da empresa.

Forma de pagamento (2)

Acordou-se que o valor seja pago mediante entrada de R$ 322.602,91, dos quais R$ 232.684,25 estão bloqueados por ordem do Juízo, concordando que este montante seja transferido para a conta do município; aos quais será acrescido R$ 89,918,67, que será pago até hoje, 31.

O restante da dívida, que totaliza R$ 5.072.517,32, será pago em 59 parcelas, vencendo-se a primeira no próximo dia 30 de agosto e as seguintes no dia 30 dos meses subsequentes, com incidência da correção monetária, prevista no Código Tributário Municipal.

Como garantia do débito, a Faol oferece o imóvel onde funciona sua sede.

Subsídio

Com relação ao pagamento do subsídio, interrompido há quatro meses, até a tarde desta quinta-feira, 30, ele não havia sido retomado.

E, ainda que a posição da coluna a esse respeito seja bastante conhecida e aponte para uma auditoria independente das contas e a elaboração de plano de mobilidade que permita um equilíbrio econômico justo combinado a um serviço tão eficiente e barato quanto possível, cabe registrar que, neste momento excepcional da pandemia, o colunista é inteiramente favorável ao subsídio, desde que atrelado ao compromisso de que o número de ônibus em circulação seja suficiente para evitar o excesso de lotação em todos os horários.

Algo que precisaria ser acordado com números bem definidos e devidamente fiscalizados.

Investimento preventivo

Deveria ser interesse prioritário da administração municipal reduzir a lotação no contexto atual, inclusive como forma de investimento preventivo em Saúde.

E, para tanto, seria sim compreensível o financiamento da operação em moldes menos lucrativos, com mais cadeiras vazias, em caráter temporário.

Este, no entanto, parece ser mais um exemplo de onde recursos poderiam ser bem empregados, caso não tivessem sido comprometidos em frentes menos nobres ou eficientes.

Fala, leitor!

O entendimento da coluna encontra respaldo em manifestações de vários leitores.

“Eu, como cidadão e trabalhando como representante comercial pelas ruas da cidade, tenho visto todo o esforço dos comerciantes dos mais variados segmentos para atender e cumprir todas as medidas sanitárias. Mas não existe flexibilização correta se o transporte coletivo não funciona. Com a flexibilização, muitas pessoas dependem do transporte público para trabalhar, e sofrem com a superlotação que acaba com qualquer tipo de precaução. É um absurdo a situação de Friburgo.”

O leitor em questão preferiu ter sua identidade preservada.

Vergonha

Também nos últimos dias foi registrado mais um episódio lamentável de vandalismo nos banheiros da Estação Livre.

Os sanitários chegaram a ficar fechados por 48 horas em razão dos reparos, ocorridos pela 24ª vez somente em 2020.

Cá entre nós, isso é absolutamente vergonhoso e inaceitável.

O prejuízo, neste caso mais recente, girou em torno de R$ 3.500.

Foram roubados fios, disjuntores, interruptores, tomadas, lâmpadas, registro e torneiras, entre outros itens.

Tiradentes

No último dia 28, o vereador Zezinho do Caminhão, em resposta a apelos da comunidade do Loteamento Tiradentes, em Amparo, protocolou representação na qual requer o apoio do Ministério Público para que medidas cabíveis sejam tomadas no sentido de assegurar a oferta de um plano alternativo emergencial para que a comunidade volte a ser contemplada com o transporte coletivo, bem como para que seja levado adiante o processo licitatório e a realização das obras necessárias na Rua Jerônimo de Castro e Souza, que dá acesso ao loteamento.

Vai baixar?

Em meio a tudo isso, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade e em primeira discussão, na sessão desta quinta-feira, 30, o decreto legislativo que susta os efeitos do decreto do Executivo que havia estabelecido o valor da tarifa em R$ 4,20, com subsídio que se iniciou em R$ 300 mil e depois subiu para R$ 400 mil, antes de ser interrompido há quatro meses.

A coluna entende que após a publicação do decreto, que tem o vereador Zezinho do Caminhão como autor, o vereador Marcinho Alves como co-autor, e foi assinado também pelos vereadores Professor Pierre, Johnny Maycon e Wellington Moreira, a tarifa deve voltar a ser de R$ 3,95.

Questionamento

Os vereadores têm consciência de que não é atribuição do Legislativo baixar ou subir o valor da tarifa, mas entendem que o Palácio Barão de Nova Friburgo agiu de maneira irregular ao reajustar a tarifa num momento em que os vínculos de continuidade do serviço eram (e ainda são) muito precários.

Nas palavras de Zezinho do Caminhão: “A prefeitura teve dois anos de vigência de contrato para conceder o reajuste, e não o fez. A motivação não está no valor. Se tivessem feito isso naquelas oportunidades, não haveria nenhum problema jurídico agora com a Câmara.”

Contaminação

A esse respeito, a coluna se permite dizer algumas palavras.

A condição atual de nosso transporte coletivo é retrato do acúmulo das piores práticas existentes na gestão da coisa pública.

Tanto na política quanto entre comunicadores e uma ou outra organização social, existe um histórico de pessoas que colocaram interesses pessoais à frente dos coletivos no momento de lidar com a concessionária, e muitas decisões ou determinações foram tomadas por razões diferentes daquelas que foram divulgadas.

Joio e trigo

Assim como na sociedade existe quem cometa vandalismos como os que narramos aqui, na política também existe o joio e o trigo.

Existe quem lute habitualmente pela legalidade, e quem o faça apenas quando não obteve êxito na tentativa de negociar a própria influência.

E Friburgo não é diferente.

Portanto, no momento de interpretar o que está ocorrendo agora, o leitor deve se perguntar sobre o histórico dos envolvidos, e dali tirar suas próprias conclusões.

Por quê? (1)

Por que, afinal, a prefeitura não concedeu os reajustes enquanto o contrato estava em vigor, e alterou tão profundamente o próprio discurso quando se viu diante da possibilidade do caos, se um serviço essencial viesse a ser interrompido?

Por que não se dedicou plenamente à licitação, preferindo se esforçar em favor da prorrogação de um contrato sabidamente improrrogável?

Por quê? (2)

Por que alguns vereadores fiscalizam apenas empresas específicas, em momentos específicos?

Porque de resto, entre os poucos fiscalizadores de fato - e todo friburguense deveria ser capaz de reconhecê-los nesta altura do mandato - eles estão fazendo apenas o que acreditam ser correto, e não há nada de condenável nisso.

Já o restante...

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Novo capítulo

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Para pensar:

"Escute 100 vezes, pondere mil e fale apenas uma vez.”

Provérbio turco

Para refletir:

“Ofende os bons, quem poupa os maus.”

Provérbio romano

Novo capítulo

O procurador-geral do Município, Ulisses da Gama, divulgou mais um vídeo nesta quarta-feira, 29, em resposta às críticas que vem recebendo na Câmara Municipal, sobretudo por parte dos vereadores Professor Pierre e Zezinho do Caminhão, os quais citou nominalmente.

Para pensar:

"Escute 100 vezes, pondere mil e fale apenas uma vez.”

Provérbio turco

Para refletir:

“Ofende os bons, quem poupa os maus.”

Provérbio romano

Novo capítulo

O procurador-geral do Município, Ulisses da Gama, divulgou mais um vídeo nesta quarta-feira, 29, em resposta às críticas que vem recebendo na Câmara Municipal, sobretudo por parte dos vereadores Professor Pierre e Zezinho do Caminhão, os quais citou nominalmente.

Entre uma ou outra analogia bastante característica de determinado tipo de orador, o PGM afirmou ter acionado a Comissão de Prerrogativas dos Advogados junto à 9ª Subseção da OAB, e que, “com base nela, e com o respaldo dos meus pares, tomarei as providências devidas”.

Segue

O procurador afirmou ainda que poucos dias atrás “saiu mais uma sentença referente ao tema de incorporação de gratificações”, e que o texto em questão “se baseia no parecer que foi exarado pelo procurador-geral do município”.

Ao se referir a um vídeo gravado pelo vereador Zezinho do Caminhão, Ulisses, declarou que tomará “as medidas legais cabíveis no momento oportuno”.

Em relação a ambos os parlamentares, Ulisses levantou a possibilidade de que suas posturas sejam de palanque, possivelmente motivadas por interesses eleitorais.

Anacrônico

Este colunista não é nem nunca foi candidato, e ainda assim se reserva o direito de considerar absurdo que um servidor se dê ao trabalho de sair em busca de possibilidades burocráticas que eventualmente sirvam para amparar uma recusa a prestar esclarecimentos à população a respeito de uma questão sensível, ignorando por completo tudo o que se espera de um agente público no século 21.

Como já dissemos anteriormente, é antes uma questão de decência do que de Direito.

Básico

De fato, num ambiente democrático mais amadurecido tal postura deveria bastar para que a população se mobilizasse e exigisse a exoneração imediata do servidor, por evidente desrespeito ao que de mais básico se espera da função que exerce.

Ou talvez isso nem fosse mesmo necessário, posto que um prefeito devidamente comprometido com a transparência certamente já teria se antecipado a tal mobilização.

Mas, claro, cada governo tem a PGM que merece.

Alinhados

Outra demonstração deste alinhamento foi dada na tarde desta quarta-feira, 29, quando o prefeito Renato Bravo se recusou a receber o ofício 038/2020, emitido pela Comissão de Finanças, Orçamento, Tributação e Planejamento (CFOTP) e relacionado ao processo de julgamento das contas de 2018.

A dois vereadores e uma servidora efetiva da Câmara a recusa foi justificada sob a alegação de que o processo está judicializado, o que em si chega a ser engraçado, uma vez que a intimação se deu justamente em cumprimento a decisão judicial.

Como resultado a Câmara está tendo de publicar edital para dar ciência ao prefeito de um ato que diz respeito à sua própria defesa...

Patético

Na prática é tudo muito simples: ou a pessoa se envaidece da própria competência e retidão e não se furta a debates e esclarecimentos, ou reconhece a inconsistência de seu posicionamento e busca meios de evitar a transparência e o contraditório.

Qualquer coisa diferente disso cai no patético, e se assemelha muito ao que o próprio procurador disse: “Quem não tem argumentação se utiliza da coisa vil, da coisa pueril, da coisa rasteira, da incongruência, da falta de raciocínio”.

Ora, se os argumentos são tão sólidos, por que nos privar deles?

Desnecessário

Curioso notar, por fim, que ao longo dos seis minutos da gravação não foi rebatido um único argumento da nota divulgada pela Câmara em relação à legitimidade de seu pleno funcionamento ao longo do mês de julho.

Resta evidente, a essa altura, que o Legislativo irá responder de forma muito contundente a qualquer desrespeito à convocação na próxima segunda-feira, 3 de agosto, sob pena de ter a própria imagem arranhada.

E pensar que tudo isso poderia estar sendo evitado...

Alerta

No último dia 13 de julho, Roberto Gil Mazzala Mello, que era pré-candidato a vereador em Nova Friburgo e infelizmente foi vencido pela Covid-19 nesta semana, deixou um depoimento marcante em suas redes sociais a respeito da doença e os efeitos de seus sintomas mais severos.

Como a mensagem se tornou pública, e ele próprio manifestou o desejo de conscientizar a população, a coluna entende que a repercussão de suas palavras neste espaço o deixaria feliz.

Uma pena, apenas, que a coluna não tenha visto este depoimento com maior antecedência.

Aspas

“Segundo dia de internação. É solidão, saudade, falta de ar, oxigênio, saturação baixa, remédio na veia o tempo todo, febre de quatro em quatro horas. E o fantasma da UTI te rondando o tempo todo.

Meus amigos, cuidem-se!! Máscara sempre que for à rua!!! Desde ontem passo a maior parte do dia de bruços, para respirar melhor.

Tem dias que desejamos tantas coisas! Hoje, meu desejo é só voltar a respirar bem!!!”

Fala, leitora!

“Causa-me surpresa que ninguém fique indignado e a mídia não mostre como o friburguense não está respeitando nada. Há muito tempo que tem comércio aberto, que não se usa máscara e que a prefeitura não tem fiscalizado nada. (...) Vi estupefata a dona de um hotel falar em ‘alta temporada’ e que deveriam abrir. Em um mundo totalmente fora da ordem normal, que alta temporada é essa? (...) Lojas em frente à prefeitura funcionavam à meia porta. Em várias reportagens ao vivo se via lojas semiabertas e muita, muita gente sem máscara. Cartas para esse jornal relatam que no ônibus tem gente que não usa e acha que está certa. Hoje [ontem] faleceu uma vizinha, teve problemas cardíacos e teve que ser internada no Raul Sertã. Contraiu a Covid. O que esta cidade está esperando para entender a gravidade da doença?”

Continuando

“Fui ao Centro no final de domingo… Pista de skate com gente sem máscara, gente no autoatendimento com máscara na orelha, gente nos bancos da Rodoviária Sul conversando sem máscara e muitos outros cenários fáceis de serem identificados. E nenhuma fiscalização. Em frente a uma agência bancária tinha uma idosa sentada no banco sem máscara e olhando um papel. Numa padaria havia funcionários com a máscara no queixo.

Eu pergunto: o que Nova Friburgo está pretendendo? E que administração pública é essa? Os canais de denúncia não funcionam.”

Assina a mensagem a leitora Ludmila Pereira.

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