Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Olhar com atenção
Para pensar:
"A persistência é o caminho do êxito.”
Charles Chaplin
Para refletir:
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”
Oliver Goldsmith
Olhar com atenção
Alguns de nossos vereadores andam muito preocupados com o desenrolar dos atritos recentes envolvendo a Câmara Municipal e setores sensíveis da prefeitura, em especial o de recursos humanos.
Temem, evidentemente, que a parte menos nobre de suas atuações, notadamente a prática de fidelizar votos familiares através da obtenção de empregos - terreno sempre fértil para o florescer de práticas como as rachadinhas - venha à tona, permitindo que os eleitores pudessem dimensionar o custo que alguns mandatos representam à municipalidade.
Ratoeira
Por qualquer ângulo que se analise, devemos ter dias interessantes pela frente.
Afinal, estes vereadores terão de se expor em algum momento.
Não nos discursos, sempre bonitos, mas nos atos e nas posturas.
Ao leitor, cabe apenas observar com atenção.
Última chamada
Por outro lado, a coluna sabe bem que até agora avistou-se apenas a ponta do iceberg dos problemas ocorridos no quintal da prefeitura, e que desdobramentos maiores e mais sérios se aproximam rapidamente.
Por isso, se alguém não está confortável com tudo o que andou vendo ou ainda vê, posicionar-se agora contra tudo o que existe de condenável parece ser a última oportunidade de uma saída minimamente honrosa, antes que seja tarde demais.
Quem avisa, amigo é.
De aluguel?
A coluna escreveu ontem, 6, que a isenção editorial praticada neste espaço nada contra fortes marés, e que infelizmente é artigo raro entre os veículos de comunicação brasileiros.
Pois bem, a esse respeito parece necessário chamar a atenção do leitor para o comportamento de um veículo com histórico bastante delicado quando o assunto é ano eleitoral em Nova Friburgo.
Será?
Oito anos atrás o veículo em questão publicou uma notícia muito desabonadora a respeito de uma candidatura, que tarde demais se revelaria inverídica.
Tempos depois, uma pessoa bastante respeitada na cidade confidenciou a este colunista ter testemunhado o exato momento em que outro candidato ditou, por telefone, o que um repórter deveria escrever neste episódio.
Sem pudores
Quatro anos mais tarde, às vésperas das eleições de 2016, o mesmo veículo publicou pesquisa de opinião absolutamente descolada da realidade, em edição cuja tiragem foi, quase que integralmente, transportada para cá.
Naquele mesmo ano, já depois das eleições, um personagem que agora pretende se candidatar a prefeito abordou este colunista oferecendo uma coluna neste mesmo veículo, nos mesmos moldes da que publicamos aqui.
Com um pequeno detalhe: “mas você vai ter que falar bem de mim”.
Sem sutiliezas
Naturalmente não houve negociação, e qualquer possibilidade de que este colunista pudesse confiar na idoneidade do político em questão morreu ali mesmo.
E por que tudo isso voltou à lembrança agora?
Bom, porque este mesmo pré-candidato tem reproduzido em suas redes sociais diversas notícias que lhe são amplamente favoráveis, publicadas justamente neste mesmo veículo, não raramente lhe atribuindo a paternidade de capital político alheio.
Filtro
Cabe ao leitor, portanto, adotar alguns filtros antes de acreditar em tudo o que anda sendo publicado por aí, porque, infelizmente, tem muito comunicador que engorda o próprio patrimônio a cada quatro anos.
E à Justiça Eleitoral fica o alerta para que acompanhem esse desenrolar com atenção, pois o cenário está prontinho para a ocorrência de crimes eleitorais.
Aliás, caso a Justiça queira mais detalhes sobre o que está sendo dito, basta entrar em contato com a coluna.
Esperança
A coluna publica hoje, 7, um tocante relato de um leitor, pai de uma amiga muito querida, que sobreviveu à Covid-19 e desejou dividir sua experiência com todos nós.
Entendendo que depoimentos como este nos chacoalham em relação à banalização dos riscos, nos transmitem um sopro de esperança consciente, e ao mesmo tempo nos convidam a uma reflexão a respeito do valor da vida e das pequenas coisas, desejamos que o título escolhido: “Eu sobrevivi” possa se repetir em outras edições, com relatos de natureza semelhante.
A coluna somente pede aos leitores os leitores que os relatos não sejam muito longos, por favor.
Eu sobrevivi (1)
“Meu nome é Vicemar Montechiare, estive internado no Hospital Municipal Raul Sertã em Nova Friburgo, e gostaria de contar um pouco do que vivi durante os 19 dias em que fiquei lá.
No dia 4 de julho fui internado devido a sintomas de febre e uma tomografia do tórax com resultado de mais de 50% dos meus pulmões infectados com a suspeita do assombroso Covid-19. Assim que recebi o resultado não acreditei muito, pois sempre apresentei um quadro gripal nessa época do ano, mas infelizmente neste ano não era tão simples: estamos falando de um vírus para o qual ainda não existe a cura.”
Eu sobrevivi (2)
“Nesse dia começou a minha luta no combate ao nosso inimigo e pela minha vida. Fui encaminhado à parte da medicação sendo observado e monitorado, fiz o swab para ter a certeza do resultado, onde passei três dias até que comecei a ter a temida falta de ar... Fui direcionado ao CTI para que lá pudesse ser monitorado a maior parte do tempo e então lá passei mais dez dias de muita luta, medo, solidão, muitos altos e baixos, muita incerteza do que estava realmente acontecendo, mas durante os quais me mantive ‘tranquilo’ devido a todo o atendimento e carinho dos profissionais que ali estavam.”
Eu sobrevivi (3)
“Após todos esses dias eu tive a graça de Deus de me manter em um quadro clínico bom para que eu pudesse ser transferido para a semi-intensiva, e dali ter a alta. Passei mais seis dias sendo observado para, aí sim, no dia 23 de julho receber a tão esperada alta e a minha nova data de aniversário, porque sim, eu nasci de novo.
Primeiramente eu agradeço a Deus por ter me dado a chance de continuar escrevendo a minha história, depois agradeço imensamente a todos que estão na linha de frente ao combate à Covid-19.”
Eu sobrevivi (4)
“Estou falando de todos os profissionais do hospital, da recepção, serviços gerais, copeira, enfermagem, médicos, a todos sem exceção que estão sendo incansáveis e não me deixaram desistir de acreditar que eu sairia dessa.
Já em casa, minha família - que também foi incansável na luta junto com todos pela minha vida - me contou que precisei tomar uma medicação a qual o hospital não tinha e não tínhamos tempo hábil para agir de outra forma que não fosse comprando.
O meu propósito é passar para a população: consciência sobre o vírus, pois sim, ele existe e ainda não existe a cura; empatia / respeito / compaixão com quem está na linha de frente; existem sim muitas dificuldades no hospital, porém toda a equipe está sendo incansável na luta por todas as vidas.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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