À parte as notícias recordistas em acessos no site de A VOZ DA SERRA, pedimos também aos nossos profissionais que indicassem as reportagens, fotos e charges que mais os marcaram ao longo deste ano.
Fernando Moreira: “Entre tantas reportagens que tive o privilégio de escrever neste atípico ano de 2020, destacaria duas delas por motivos distintos. Uma por me permitir cumprir com o papel principal do jornalismo, que é noticiar, informar e ser um elo entre a população e o poder público. E outra pela importância e relevância histórica. A primeira foi no início de março, quando denunciamos com exclusividade a paralisação - há meses - das obras de reforma da Unidade Básica de Saúde do bairro Cordoeira (relembre aqui). O fato ganhou grande repercussão na cidade e, dada a gravidade do problema, a situação foi resolvida poucos meses depois, graças à "pressão" feita pelo jornal em cima do assunto. A segunda foi no dia 7 de abril, ocasião em que tive a honra de assinar a reportagem que celebrou os 75 anos do jornal A VOZ DA SERRA, único diário da cidade e terceiro mais antigo do Estado do Rio (relembre aqui). Isso muito me orgulha porque daqui a alguns anos meu filho - que hoje tem apenas 3 anos - poderá dizer que o pai dele ajudou a escrever algumas páginas da história de Nova Friburgo para o veículo de comunicação mais tradicional da cidade”
Henrique Pinheiro: Apaixonado por pássaros e flores, nosso fotógrafo teve a sorte de clicar momentos muito especiais e únicos pelas ruas da cidade ao longo deste ano. Como dois sanhaçus tomando banho no chafariz da Igreja Matriz (acima), um joão-de-barro em sua casinha na Avenida Galdino do Valle, em frente ao Clube de Xadrez, e uma maritaca se escondendo no comedouro instalado por taxistas na Praça Getúlio Vargas, em frente à Rua Portugal. Veja mais cliques fantásticos na galeria de fotos no final desta reportagem.
Guilherme Alt: “Destaco as reportagens que denunciaram em detalhes os desdobramentos da operação da Polícia Federal sobre o suposto esquema de corrupção na compra de medicamentos superfaturados (relembre aqui). Também a reestruturação planejada pelo estado na educação que levaria ao corte de professores em escolas de Friburgo, abortada após denúncia nossa (relembre aqui). As unidades de saúde do município sem alvará de funcionamento (relembre aqui) foi outro trabalho do qual me orgulho. Por fim, não posso deixar de destacar o trabalho em equipe de A VOZ DA SERRA que contribuiu diretamente para a melhoria da qualidade e maior transparência dos boletins sobre o coronavírus divulgados pelo município”.
Alan Andrade: “Mesmo com todas as incertezas e dificuldades que enfrentamos este ano, tive a oportunidade de conhecer casos e pessoas que me fascinaram, sempre acompanhado pelo meu amigo e mestre Henrique Pinheiro. Entre temas delicados como saúde mental em tempos de pandemia, com o psiquiatra Danilo Cassane (relembre aqui), e sensíveis para um cinéfilo como eu em “O homem que alugava sonhos”, com o Guinga (relembre aqui), acredito que a produção que mais me encantou realizar foi o documentário “Pilares orgânicos” (relembre aqui), tanto por sua estética como pela importância do tema: a transformação do pensamento humano em relação à produção de alimentos. Depoimentos como o do seu Aílson (acima) ficarão marcados para sempre na minha memória”.
Ana Borges: Sob o título “Os pequenos prazeres da vida que a Covid-19 nos rouba”, a entrevista que fiz com o médico cardiologista Marcelo Orphão Motta foi uma das que mais me marcaram neste infeliz ano de 2020 (relembre aqui). Contaminado pelo novo coronavírus em setembro, Marcelo Orphão vai além da abordagem sobre a Covid-19 e o trabalho nos hospitais para contar como foi enfrentar a doença, passar de médico a paciente, sentir o medo da morte e ficar afastado da esposa e do filho. “Com ele, aprendemos que muitas das coisas que acreditamos ser importantes não são realmente”.
Adriana Oliveira: “Todas as matérias feitas com amor, por mínimas que sejam, já nascem especiais. Mas tenho um carinho especial pela que escrevi sobre a vida e a obra do Monsenhor Mielli, por ocasião dos seus 98 anos de nascimento (relembre aqui). Sugerida pelo padre Roberto José Pinto, ex-aluno do Colégio Nossa Senhora das Graças e querido amigo de família, esse trabalho foi a chance de eu prestar, indiretamente, uma homenagem também à minha mãe e à minha tia, que trabalharam por quase 30 anos junto ao monsenhor. Mamãe desengavetou cartas e fotos inéditas, que estavam guardadas por longos anos, para ilustrar a reportagem (acima), que contou com depoimentos emocionantes de familiares do monsenhor Mielli e fez o jornal impresso rapidamente se esgotar nas bancas de Olaria. Ainda sobre memórias afetivas, também me encantou resgatar, nas redes sociais, as lembranças dos friburguenses e as histórias fascinantes envolvendo Lulu Carne Seca e outros personagens pitorescos da cidade (relembre aqui)”.
Vinicius Gastin: “Talvez a nossa cidade não entenda a dimensão do que representa ter dois atletas friburguenses na principal organização de lutas do planeta (relembre aqui), como prova de que qualquer um de nós, com perseverança, disciplina e pés no chão, podemos ganhar o mundo. Se fazer, desenvolver e reportar o esporte diariamente já é uma tarefa não tão fácil em Nova Friburgo, em tempos de pandemia e paralisação quase que por completo das atividades, foi ainda mais desafiadora. Perguntas antigas aguardando por respostas no desporto municipal (relembre aqui) para o próximo prefeito foram uma forma de driblar esse vácuo de assuntos”.
Deise Silva: "A emoção de diagramar essas páginas (acima) do achado histórico no Colégio Anchieta trouxe à tona a história de uma epidemia passada. Sabendo que, naquela época, pessoas também tiveram a cura como uma vitória. Nos dias de hoje, em que vivemos uma nova epidemia, a mensagem é: tudo passa!"
Thiago Lima: “Entre tantas matérias e incríveis edições do Caderno Z produzidas ao longo deste ano, fica difícil escolher uma matéria que eu tenha gostado mais. Mas destaco a mais recente, sobre o Dia da Consciência Negra, quando tive a oportunidade de entrevistar a vereadora Maiara Felício, a mais votada nas eleições deste ano (relembre aqui). Como jornalista e em primeiro lugar, como um ser empático, acho essencial dar voz para pessoas como Maiara, que luta pelas mulheres, negros, LGBTQIA+ e outros. Na entrevista, escrita para o impresso e gravada para nossas plataformas digitais, a nova vereadora dá uma aula sobre como é ser uma mulher negra e ser a mais votada, quais os motivos que a levaram para a prática política e as dificuldades e obstáculos que permanecem nesta luta. O resultado final ficou maravilhoso e não podia ser diferente! Agradeço a Maiara por aceitar meu convite e ao A VOZ DA SERRA, minha segunda casa”.
Deixe o seu comentário